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Transtorno bipolar

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1 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE MENTAL 
JULIANA OLIVEIRA 
TRANSTORNO DO 
HUMOR BIPOLAR 
São separados dos transtornos depressivos no DSM-5 e 
colocados entre os capítulos sobre transtornos do 
espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos e 
transtornos depressivos, em virtude do reconhecimento de 
seu lugar como uma ponte entre as duas classes 
diagnósticas em termos de sintomatologia, história 
familiar e genética. 
O QUE É B IPOLARIDADE? 
É uma doença crônica que se inicia normalmente na 
juventude e cursa com episódios de elevação ou 
rebaixamento do humor (mania ou hipomania), de forma 
que possui alto impacto na qualidade de vida do indivíduo, 
de forma que pode haver a contração de DST ou gravidez. 
 Humor (THB) x afeto (THA) 
 Humor é o que costuma ser mais afetado no transtorno 
do humor bipolar. 
 O afeto é mais comum no transtorno do humor afetivo. 
TIPOS DE EPISÓDIO 
o Mania: Elevação extrema do humor. (a pessoa fica 
descompensada, não passa despercebido) 
o Hipomania: Humor está elevado, no entanto, menos 
que o normal. (passa despercebido) 
o Episódio depressivo: Rebaixamento do humor. 
o Episódio misto: Pode-se ter a soma de episódios de 
elevação e rebaixamento do humor, cursando com 
oscilações mais frequentes. 
QUADRO CLÍNICO 
o Mania: Euforia/disforia, pode cursar com psicose, 
delírio e alucinação de grandeza/riqueza, tem 
desinibição sexual, gastos excessivos, agitação 
psicomotora e logorreia. 
o Hipomania: Inadequação, inquietação, loquacidade, tom 
de voz elevado. 
o Episódio depressivo: Humor deprimido, anedonia. 
o Episódio misto: Oscilações de humor, reatividade + 
sintomas de elevação ou rebaixamento do humor. 
CLASSIF ICAÇÃO 
o THB I: Tem episódios de mania, podendo ser 
antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou 
depressivos maiores. 
o THB II: Tem episódios de hipomania, logo, é menos 
grave. 
o THB III: Elevação do humor após uso de fármacos. 
o THB IV: Hipertímico, ou seja, pessoa que naturalmente 
fala alto, fala demais, e repentinamente deprime. 
CID 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Tem-se a proporção de 2 mulheres para cada homem, com 
início dos 17 aos 25 anos. 
O Brasil pode chegar à prevalência de 2,6%. 
FIS IOPATOLOGIA 
Desregulação de neurotransmissores como serotonina 
rebaixada, dopamina aumentada ou rebaixada e 
noradrenalina aumentada ou rebaixada. 
A dopamina e a noradrenalina estão diretamente 
relacionadas com o humor, logo, se ambos caem, há um 
rebaixamento do humor, do mesmo modo, se ambos 
aumentarem, há uma elevação abrupta do humor. 
CRITER IOS DIAGNÓSTICOS 
➔ Episódio maníaco: Pelo menos 7 dias. 
A. Consiste em um período distinto de euforia ou disforia 
(se faz presente em vários outros transtornos, por isso 
é menos característicos) por pelo menos 7 dias. 
B. Durante o período de perturbação do humor e 
aumento da energia, três ou mais dos seguintes 
sintomas estão presentes em grau significativo: 
o Autoestima inflada ou grandiosidade. 
o Redução da necessidade de sono. 
o Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar 
falando, sem que haja perda do sentido da fala. 
o Distratibilidade, ou seja, a atenção é desviada muito 
facilmente. 
o Fuga de ideias ou percepção subjetiva de que os 
pensamentos estão acelerados. 
o Aumento da energia. 
o Envolvimento em atividades que possuem elevado 
risco. 
 
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a 
ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento 
social ou profissional ou para necessitar de 
 
2 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE MENTAL 
JULIANA OLIVEIRA 
hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou 
a outras pessoas. 
D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de 
uma substância ou a outra condição médica, portanto, 
deve-se fazer a exclusão de outras condições. 
 
 Diagnóstico: 
Euforia + 3 critérios (do B) + C + D + E + F 
Disforia + 4 critérios (do B) + C + D + E + F 
 
OBS¹: Um episódio maníaco completo que surge durante 
tratamento antidepressivo, mas que persiste em um nível 
de sinais e sintomas além do efeito fisiológico, é suficiente 
para fazer o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. 
IMPORTANTE: 
Durante o episódio maníaco, é comum que os indivíduos 
não percebam que estão doentes ou necessitando de 
tratamento, resistindo, com veemência, as tentativas desse. 
Podem mudar a forma de se vestir, a maquiagem, ou a 
aparência pessoal para um estilo com maior apelo sexual ou 
extravagante. 
Há pessoas que podem se tornar hostis e fisicamente 
ameaçadoras a outras, e, quando delirantes, podem agredir 
fisicamente ou suicidar-se. As consequências catastróficas 
de um episódio maníaco costumam resultar do juízo crítico 
prejudicado, da perda de insight e da hiperatividade. 
O humor pode mudar rapidamente para raiva ou 
depressão, podem ocorrer sintomas depressivos durante 
um episódio maníaco e, quando presentes, podem durar 
momentos, horas ou dias. 
 
➔ Episódio hipomaníaco: 
A. Consiste em um período distinto de humor anormal e 
persistentemente elevado, expansivo ou irritável e um 
aumento anormal e persistente da atividade ou energia, 
com duração mínima de 4 dias consecutivos e 
presente na maior parte do dia, quase todos os dias. 
B. Durante o período de perturbação do humor e 
aumento de energia e atividade, três ou mais dos 
seguintes sintomas persistem, representam uma 
mudança notável em relação ao comportamento 
habitual e estão presentes em grau significativo: 
o Autoestima inflada ou grandiosidade. 
o Redução da necessidade do sono, diferindo da insônia. 
o Mais loquaz. 
o Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os 
pensamentos estão acelerados. 
o Distratibilidade. 
o Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação 
psicomotora. 
o Envolvimento excessivo em atividades com elevado 
potencial para consequências dolorosas. 
 
C. O episódio está associado a uma mudança clara no 
funcionamento, que não é característica do indivíduo 
quando assintomático. 
D. A perturbação do humor e a mudança no 
funcionamento são observáveis. 
E. O episódio não é suficientemente grave, ou seja, isso é 
para diferenciar da mania. 
Existindo características psicóticas, o episódio é 
maníaco. 
F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de 
uma substância, fazendo a exclusão de outras causas. 
 
Diagnóstico: 
Euforia + 3 critérios (do B) + C + D + E + F 
Disforia + 4 critérios (do B) + C + D + E + F 
 
OBS¹. Um episódio hipomaníaco completo que surge 
durante o tratamento antidepressivo, mas que persiste em 
um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico 
desse tratamento, é evidência suficiente para um 
diagnóstico de episódio hipomaníaco. 
 
OBS². Os episódios hipomaníacos são comuns no transtorno 
bipolar tipo I, no entanto, não são necessários para o 
diagnóstico desse transtorno. 
 
➔ Episódio depressivo maior: 
A. Cinco ou mais dos seguintes sintomas estiveram 
presentes durante o período de duas semanas e 
representam uma mudança em relação ao 
funcionamento anterior, pelo menos um dos sintomas 
é humor deprimido ou perda de interesse ou 
prazer. 
o Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos 
os dias, podendo ser por relato pessoal ou por 
observação feita por outras pessoas. 
o Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas 
ou quase todas as atividades na maior parte do dia em 
quase todos os dias. 
o Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo 
dieta ou redução/aumento do apetite quase todos os 
dias. 
o Insônia ou hipersonia diária. 
o Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. 
o Fadiga ou perda deenergia quase todos os dias. 
o Sentimento de inutilidade, culpa excessiva ou 
inapropriada. 
o Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou 
indecisão quase todos os dias. 
o Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida 
recorrente, tentativa de suicídio ou plano para tal. 
 
B. Esses sintomas causam sofrimento clinicamente 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional e nas demais áreas importantes da vida do 
indivíduo. 
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de 
uma substância. 
 
 
3 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE MENTAL 
JULIANA OLIVEIRA 
OBS. Os critérios supracitados representam um episódio 
depressivo maior, sendo comum no transtorno bipolar tipo 
I, ainda que não seja necessário para diagnosticá-lo. 
 
OBS. É importante saber diferenciar os efeitos de uma perda 
significativa como p.ex. luto, dos sintomas de um possível 
episódio depressivo, pois, possuem um quadro semelhante. 
No luto, o afeto predominante inclui sentimentos de vazio 
e perda, enquanto em um episódio depressivo maior há 
humor deprimido persistente e incapacidade de antecipar 
felicidade ou prazer. 
 
O transtorno de humor bipolar para ser diagnosticado faz-
se necessário que haja, pelo menos, um episódio de mania 
ou hipomania na vida. 
TRATAMENTO 
➔ Psicofármacos: 
o Estabilizadores de humor: 
São os preferíveis para as pessoas com THB, puxando o 
humor para a “eutimia”, independente se está para baixo ou 
para cima. 
 
P.ex¹. Lítio, é um sal, que todos possuem no corpo, sua 
dosagem pode ser feita por meio da “litemia”, analisando 
sua absorção. O objetivo na fase aguda é que fique entre 
0,8 a 1,2, já na fase de manutenção deseja-se que fique 
entre 0,6. A princípio deve-se solicitar a função renal e 
tireoidiana do paciente, se houver comprometimento, não 
se deve usar o lítio. 
Deve-se ficar dosando, pois, a dose tóxica é muito próxima 
da dose terapêutica, a cima de 1,5 já se está na dose tóxica, 
por isso a litemia é importante. 
 
P.ex²: Ácido valproico, também é usado como 1ª linha e é 
mais seguro que o lítio, pois, não afeta rim ou tireoide. 
 
P.ex³: Quetiapina é um antipsicótico atípico que possui 
várias funções, utiliza-se entre 25 e 800 mg, em dose baixa 
serve para insônia, como ansiolítico, em dose intermediária 
ou potencializa antidepressivo ou estabiliza humor e em 
dose alta serve como antipsicótico. 
 
P.ex: Olanzapina é bom para episódios agudos de mania. 
 
o Antipsicóticos atípicos: 
Combatem psicoses, no entanto, também funcionam como 
estabilizador de humor. 
 
Em suma: 
Todo antipsicótico atípico é um estabilizador de humor, 
mas nem todo estabilizador de humor é um antipsicótico 
atípico. 
 
o Antipsicóticos típicos: 
Puxam o humor do paciente para baixo, piorando o quadro, 
fazendo uma “virada depressiva”, saindo da mania para a 
depressão, sem alcançar a eutimia. 
 
o Antidepressivos: 
Podem não alterar o quadro do paciente ou puxando seu 
humor para cima, fazendo uma “virada maníaca”, saindo de 
um estado depressivo para um quadro de mania. 
 
o Ansiolíticos: 
São medicamentos que não tratam a longo prazo, apenas 
aliviam os sintomas. 
 
➔ Mudança no estilo de vida. 
➔ Psicoterapia 
➔ Psicoeducação 
➔ Eletroconvulsoterapia 
PREVENÇÃO 
o Atividade física regular (30 min, 3 a 5 vezes por 
semana). 
o Exercer espiritualidade. 
o Exposição ao sol (10 a 20 min por dia, entre 10 a 15h). 
o Lazer. 
o Higiene do sono. 
o Hábitos alimentares saudáveis. 
o Meditação. 
o Acupuntura 
o Ventosoterapia 
 
DESENVOLVIMENTO E CURSO 
A média de idade de início do primeiro episódio maníaco, 
hipomaníaco ou depressivo maior é de cerca de 18 anos 
para transtorno bipolar tipo I. 
Considerações especiais são necessárias para o diagnóstico 
em crianças, uma vez que crianças com a mesma idade 
podem estar em estágios do desenvolvimento diferentes, 
ficando difícil definir com pressão o que é “normal” ou 
“esperado” em um determinado ponto. 
O início ocorre ao longo do ciclo de vida, inclusive os 
primeiros sintomas podem iniciar aos 60 ou 70 anos. O 
início dos sintomas maníacos no fim da vida adulta ou na 
senescência deve indicar a possibilidade de condições 
médicas e de ingestão ou abstinência de substância. 
Mais de 90% dos indivíduos que tiveram um único episódio 
de mania têm episódios recorrentes de humor. Cerca de 
60% dos episódios maníacos ocorrem imediatamente antes 
de um episódio depressivo maior. Pessoas com transtorno 
bipolar tipo I que tiveram múltiplos episódios (4 ou mais) 
de humor – depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco – 
em um ano recebem o especificador com ciclagem rápida. 
 
4 
4º SEMESTRE 2021 – UNIFTC SAÚDE MENTAL 
JULIANA OLIVEIRA 
FATORES DE R ISCO E PROGNÓSTICO 
o Ambientais: 
O transtorno bipolar é mais comum em países com pessoas 
com rena elevada. Pessoas separadas, divorciadas ou viúvas 
têm taxas mais altas de transtorno bipolar tipo I. 
 
o Genético e fisiológico: 
História familiar de transtorno bipolar é um dos fatores de 
risco mais fortes e mais consistentes para transtornos dessa 
categoria. 
 
o Modificadores do curso: 
Depois que uma pessoa teve um episódio maníaco com 
características psicóticas, há maior probabilidade dos 
episódios maníacos subsequentes incluírem características 
psicóticas. A recuperação incompleta entre os episódios é 
mais comum quando o episódio atual está acompanhado de 
características psicóticas incongruentes com o humor. 
QUESTÕES DIAGNÓSTICAS RELATIVAS AO GÊNERO 
Indivíduos do sexo feminino são mais suscetíveis a estados 
de ciclagem rápida e mistos e a padrões de comorbidade 
que diferem daqueles do sexo masculino, incluindo taxas 
mais altas de transtornos alimentares ao longo da vida. 
R ISCO DE SUICÍD IO 
O risco de suicídio ao longo da vida em pessoas com 
transtorno bipolar é estimado em, pelo menos, 15x o da 
população em geral. O transtorno bipolar pode responder 
a ¼ de todos os suicídios. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➔ Transtorno depressivo maior: 
Pode vir acompanhado de sintomas hipomaníacos ou 
maníacos. Quando o indivíduo se apresenta em um 
episódio de depressão maior, deve-se atentar para 
episódios anteriores de mania ou hipomania. Sintomas de 
irritabilidade podem estar associados a transtorno 
depressivo maior ou a transtorno bipolar, aumentando a 
complexidade diagnóstica. 
 
➔ Outros transtornos bipolares: 
O diagnóstico do TBT1 se diferencia do TBT2 pela 
presença de algum episódio anterior de mania. 
 
➔ Transtorno de ansiedade generalizada, t. de pânico, t. 
de estresse pós-traumático ou outros transtornos de 
ansiedade: 
Uma história clínica cuidadosa é necessária para diferenciar 
transtornos de ansiedade generalizada de transtorno 
bipolar, uma vez que ruminações ansiosas podem ser 
confundidas com pensamentos acelerados e esforços para 
minimizar sentimentos de ansiedade podem ser entendidos 
como comportamento impulsivo. 
Da mesma maneira, sintomas de transtorno de estresse 
pós-traumático precisam ser diferenciados de transtorno 
bipolar. É útil considerar a natureza episódica dos sintomas 
descritos, bem como avaliar possíveis desencadeadores dos 
sintomas, ao ser feito esse diagnóstico diferencial. 
 
➔ Transtorno bipolar induzido por substâncias ou 
medicamentos: 
Esse transtorno pode se manifestar com sintomas maníacos 
induzidos por uso de substâncias ou medicamentos e 
precisam ser diferenciados de transtorno bipolar tipo 1. A 
resposta a estabilizadores do humor durante mania induzida 
por substâncias pode não ser, necessariamente suficiente 
para se diagnosticar transtorno bipolar. 
Pode existirsobreposição substancial diante da tendência 
de pessoas com TBT1 a utilizar substâncias em demasia 
durante um episódio. 
Um diagnóstico primário de transtorno bipolar deve ser 
estabelecido com base nos sintomas que persistem depois 
que as substâncias não estejam mais sendo usadas. 
 
➔ Transtorno de déficit de atenção: 
São muitos os sintomas sobrepostos com os sintomas de 
mania como a fala rápida, pensamentos acelerados, 
distratibilidade e menor necessidade de sono. 
A dupla contagem de sintomas voltados tanto ao TDAH 
como ao transtorno bipolar pode ser evitada se o clínico 
esclarecer se os sintomas representam um episódio 
distinto. 
 
➔ Transtorno de personalidade: 
Podem ter, assim como o transtorno de personalidade 
borderline, sobreposição sintomática substancial com 
transtornos bipolares, uma vez que a labilidade do humor e 
impulsividade são comuns nas duas condições. 
Para o diagnóstico de transtorno bipolar, os sintomas 
devem representar um episódio distinto e um aumento 
notável em relação ao comportamento habitual do 
indivíduo. 
 
➔ Transtorno de irritabilidade acentuada: 
Deve-se ter o cuidado de diagnosticar transtorno bipolar 
apenas aos que tiveram um episódio claro de mania ou 
hipomania. Quando a irritabilidade de uma criança é 
persistente e particularmente grave, é mais apropriado o 
diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do 
humor, quando qualquer criança estiver sendo avaliada para 
mania, é fundamental que os sintomas representem uma 
mudança inequívoca de seu comportamento típico. 
COMORBIDADE 
Transtornos mentais comórbidos são comuns, sendo os 
mais frequentes os transtornos de ansiedade, que ocorrem 
em cerca de ¾ dos indivíduos. Mais da metade das pessoas 
cujos sintomas satisfazem os critérios de transtorno bipolar 
tem um transtorno por uso de álcool, e aquelas com os 
dois transtornos têm grande risco de tentar suicídio.

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