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Vitória Barbosa Turma XIII – 2020.1 Anatomia das vias aéreas inferiores Traqueia A traqueia é uma estrutura tubular cartilaginosa que conecta a margem inferior da laringe com o trato respiratório inferior (pulmões) Ela é considerada via de transição entre a via aérea superior e a via aérea inferior. Isso se dá pelo fato da traqueia possuir um segmento cervical (continuidade da cartilagem cricoide da laringe) e um segmento intratorácico (localizado no mediastino superior) Ela se estende por aproximadamente 9-15cm, desde a C6 onde ela se continua com a laringe até a T5 onde se bifurca nos dois brônquios principais A traqueia é constituída por cerca de quinze a vinte cartilagens hialinas, que possuem o formato da letra “C”. Essas cartilagens fornecem rigidez estrutural para a traqueia e suas fibras elásticas longitudinais internas permitem que ela se estique e se desloque inferiormente durante a inspiração. Na bifurcação traqueal existe um marco anatômico conhecido como carina, que é uma crista apontando superiormente em sua superfície interna Dessa forma, ela é um tubo constituído de cartilagem hialina, membrana fibromuscular e mucosa, além disso é revestida por epitélio respiratório O esôfago mantem intima relação com a membrana fibroelástica presente na região posterior da traqueia A traqueia é responsável por impulsionar o muco em direção à faringe para sua expulsão Limites da traqueia: A traqueia desce para a cavidade torácica logo anterior ao esôfago, e se bifurca no mediastino superior com um leve desvio para a direita, criando os brônquios principais direito e esquerdo Acima disso, entretanto, a traqueia é uma estrutura mediana, o que significa que ela cursa solitária na linha média do corpo A traqueia está localizada levemente à direita distalmente (plano sagital) Anteriormente, o arco aórtico desce antes de se curvar para o lado esquerdo da traqueia, logo acima do brônquio principal esquerdo. Outras estruturas adjacentes incluem as artérias braquiocefálica e carótida comum esquerda. Relações anatômicas – parte cervical: Anterior: pele e fáscias cervicais, istmo da tireoide, artérias tireoideas superiores Posterior: esôfago Lateral: lobos da glândula tireóide, nervos laríngeos recorrentes Relações anatômicas – parede torácica: Anterior: manúbrio esternal, tronco braquocefálico, carótida comum esquerda e arco aórtico Posterior: esôfago Lateral: pulmão direito, veia braquiocefálica direita, VCS, nervo vago direito e veia ázigos, arco da aorta, artéria carótidas comuns e subclávia esquerda Vasos e nervos da traqueia: Vascularização: a traqueia é vascularizada pelas artérias tireóideas inferiores Inervação: nervo laríngeo superior e nervo laríngeo recorrente esquerdo (ramos no nervo vago – NC X). Ela é inervada por fibras simpáticas e parassimpáticas Brônquios: Os brônquios inicialmente são originados pela traqueia – brônquios principais direito e esquerdo – o brônquio principal direito é maior e possui um curso mais vertical que o direito (esse é o motivo pelo qual as partículas https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/histologia-da-cartilagem-hialina https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/esofago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/mediastino estranhas aspiradas vão preferencialmente para o brônquio direito e atingem o pulmão direito). Após adentrarem na massa pulmonar os brônquios principais originam os brônquios lobares (brônquios secundários) destinados a cada lobo pulmonar). Dentro de cada lobo, existes os brônquios segmentares (brônquios terciários)os quais irão originar os bronquíolos (diferencial: não possuem cartilagem); os bronquíolos irão partir até atingir a estrutura alveolar (região onde ocorre o processo de hematose) Brônquio secundário lobar: um para cada lobo pulmonar (três para o pulmão direito e dois para o pulmão esquerdo) Brônquio terciário segmentar: um para cada segmento bronco pulmonar; os brônquios segmentares sofrem múltiplas divisões, resultando nos bronquíolos Bronquíolos terminais: são os ramos finais e menores ramos da via de condução aérea, correspondendo a transição para os bronquíolos respiratórios Bronquíolos respiratórios: dão origem aos ductos alveolares Árvore traqueobrônquica: engloba a traqueia, os brônquios e os bronquíolos Pleura A pleura é uma bolsa serosa que consiste nas camadas parietal e visceral A pleura parietal está em contato com as paredes da cavidade torácica e o mediastino A pleura visceral se adere no tecido pulmonar O espaço entre estas duas camadas é chamado de cavidade pleural, a qual é preenchida com cerca de 20 mililitros de líquido seroso, que ajuda a reduzir fricção durante a respiração A função da pleura é contribuir com o sistema de pressão que permite a expansão e colapso dos pulmões durante a respiração Existem quatro regiões da pleura que são nomeadas de acordo com a estrutura anatômica a que se encontra adjacente Pleura costal: reveste a cavidade ao longo das costelas Pleura mediastinal: reveste a cavidade ao longo do mediastino Pleura diafragmática: reveste a cavidade ao longo do diafragma Pleura cervical: também chamada de cúpula, reveste o domo que forma o ápice do pulmão Os limites da cavidade pleural são marcados utilizando-se linhas retas para estrategicamente posicionar e mensurar os órgãos internos Nível da sexta costela direita e da quarta costela esquerda, na linha média anterior Nível da décima segunda costela, na linha escapular Nível da oitava costela, na linha hemiclavicular Nível da décima costela, na linha axilar média A reflexão pleural corresponde a uma linha ou curvatura que ocorre quando uma dobra é feita para que a pleura possa muda de direção Posteriormente há uma reflexão vertebral Inferiormente uma reflexão costal Anteriormente uma reflexão esternal O recesso pleural corresponde a um espaço ou cavidade potencial menor, criada quando uma pleura toca a outra durante a respiração calma. Estes recessos são chamados de recesso costomediastinal e recesso cotodiafragmático Pleurite: a pleurite e uma inflamação da pleura que reveste os pulmões. A causa mais comum é um vírus respiratório que afeta secundariamente a membrana serosa. Dor durante a inspiração e expiração são característicos da pleurite, sintoma que aparecem devido ao contato das camadas inflamadas da pleura Pulmões Os pulmões encontram-se lateralmente no interior das cavidades pleurais do tórax Cada pulmão possui uma base, um ápice, duas superfícies (costal e medial) três margens (anterior, posterior e inferior) A base encontra-se sobre o diafragma O ápice projeta-se em direção à abertura torácica superior A face medial possui o hilo pulmonar (passagem para a artéria pulmonar, duas veias pulmonares e o brônquio principal, além de nervos e vasos linfáticos) O pulmão direito possui três lobos (inferior, superior e médio), os quais se subdividem e emitem 10 segmentos broncopulmonares, que são as unidades funcionais do tecido pulmonar. Os lobos pulmonares direitos são separados por duas fissuras: oblíqua e horizontal. A sua superfície mediastinal está em contato com o coração, a veia cava superior, a veia cava inferior, a veia ázigos e o esôfago O pulmão esquerdo possui dois lobos (superior e inferior) e oito segmentos pulmonares. Os lobos são separados por uma única fissura oblíqua. A superfície mediastinal do pulmão esquerdo demonstra impressões do: coração, do arco aórtico, da aorta torácica e do esôfago Inervação pulmonar: Os pulmões e a pleura visceral são supridos pelo plexo pulmonar anterior e pelo plexo pulmonar posterior (se encontram anteriormente e posteriormente à bifurcação traqueal) A fonte de inervação simpática para o plexo, é o tronco simpático A fonte de inervaçãoparassimpática é o nervo vago Atuam de maneira sincroniza com a estimulação simpática, levando assim a um processo de broncodilatação, e a parassimpática levando à broncoconstrição Drenagem linfática A linfa dos pulmões drena para os linfonodos traqueobrônquicos que se encontram ao redor dos brônquios principais e lobares, e ao longo das laterais da traqueia. Os linfonodos se estendem de dentro dos pulmões através do hilo e do mediastino posterior Os vasos dos linfonodos traqueobrrônquicos se unem com os vasos dos linfonodos paraesternais e braquiocefálicos, formando os troncos broncomediastinais direito e esquero Esses troncos eventualmente drenam para o ângulo venoso ou para o ducto torácico Vascularização pulmonar Os pulmões possuem dois sistemas circulatórios: um funcional e um nutritivo O sistema circulatório funcional (pulmonar), é constituído por duas artérias pulmonares e quatro veias pulmonares As artérias pulmonares se originam do tronco pulmonar e levam sangue desoxigenado do ventrículo direito para os pulmões. Ao se dividirem em vasos menores e finalmente nos capilares pulmonares, elas atingem a superfície respiratória dos pulmões As veias pulmonares carregam o sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo do coração Essa parte da circulação é chamada de funcional porque ela não serve para suporte nutricional do tecido pulmonar, porém, serve para o processo de troca de oxigênio e gás carbônico no interior dos pulmões O sistema circulatório nutritivo se refere à circulação brônquica As artérias brônquicas fornecem oxigênio ao tecido dos pulmões, suportando a função primária da troca gasosa As 4 artérias brônquicas se originam da aorta torácica: artéria brônquica direita, duas artérias brônquicas esquerda e artérias brônquicas superiores As veias brônquicas drenam o tecido pulmonar para o átrio direito através das veias pulmonares ou ázigos Alvéolos: Os alvéolos são as unidades terminais da árvore respiratória Os alvéolos são finas proeminências das paredes dos bronquíolos respiratórios, especializados em trocas gasosas A fina parede dos alvéolos é o local onde a troca gasosa ocorre Eles são encontrados em grupos chamados de sacos alveolares Juntamente com os capilares, os alvéolos formam a membrana respiratória, cujas camadas são: as células escamosas dos alvéolos, a membrana basal de um alvéolo, a membrana basal do capilar e o endotélio do capilar
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