Buscar

GTK_Map_Explanation_Volume1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 376 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 376 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 376 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE 
REPUBLIC OF MOZAMBIQUE 
 
MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS 
MINISTRY OF MINERAL RESOURCES 
 
DIRECÇÃO NACIONAL DE GEOLOGIA 
NATIONAL DIRECTORATE OF GEOLOGY 
 
NOTÍCIA EXPLICATIVA / MAP EXPLANATION 
TOME / VOLUME 1 
 
FOLHAS / SHEETS 
ESPUNGABERA/CHIBABAVA (2032/2033), NOVA/MAMBONE (2034/2035), 
MASSANGENA (2131/2132), CHIDOCO (2133), SAVE/BAZARUTO (2134/2135), 
CHICUALACUALA (2231), MACHAILA (2232), CHIGUBO (2233), 
MABOTE/VILANCULOS (2234/2235), RIO SINGUÉDZI/MASSINGIR (2331/2332), 
RIO CHANGANA (2333), FUNHALOURO/INHAMBANE (2334/2335), 
CHILEMBENE (2431/2432), CHÓKWÈ (2433), ZAVALA/INHARRIME (2434/2435), 
MAPUTO (2531/2532), XAI-XAI/ZAVALA (2533/2534) E /AND BELA-VISTA (2632) 
 
ESCALA / SCALE 1:250 000 
 
 
 
GTK CONSORTIUM 2006 
Volume 1 
 Page 1
 
Volume 1 
 Page 2
 
 
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE 
REPUBLIC OF MOZAMBIQUE 
 
MINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS 
MINISTRY OF MINERAL RESOURCES 
 
DIRECÇÃO NACIONAL DE GEOLOGIA 
NATIONAL DIRECTORATE OF GEOLOGY 
 
NOTÍCIA EXPLICATIVA / MAP EXPLANATION 
TOME / VOLUME 1 
 
FOLHAS / SHEETS ESPUNGABERA/CHIBABAVA (2032/2033), NOVA/MAMBONE 
(2034/2035), MASSANGENA (2131/2132), CHIDOCO (2133), SAVE/BAZARUTO 
(2134/2135), CHICUALACUALA (2231), MACHAILA (2232), CHIGUBO (2233), 
MABOTE/VILANCULOS (2234/2235), RIO SINGUÉDZI/MASSINGIR (2331/2332), 
RIO CHANGANA (2333), FUNHALOURO/INHAMBANE (2334/2335), 
CHILEMBENE (2431/2432), CHÓKWÈ (2433), ZAVALA/INHARRIME (2434/2435), 
MAPUTO (2531/2532), XAI-XAI//ZAVALA (2533/2534) AND BELA-VISTA (2632). 
 
ESCALA / SCALE 1:250 000 
 
 
GTK CONSORTIUM 2006 
 
 
 
MINERAL RESOURCES MANAGEMENT CAPACITY BUILDING PROJECT 
 
 
 
Volume 1 
 Page 3
© National Directorate of Geology, Republic of Mozambique 
Date: 31.12.2006 
 
Electronically available on CD-ROM from: 
In Mozambique: In South Africa 
The Director The Director 
National Directorate of Geology (DNG) Council for Geoscience (CGS) 
Praça 25 de Junho, 380, 4th floor 280 Pretoria Str. 
 Silverton, Pretoria 
PO BOX 217 Private Bag X112 
Maputo, Mozambique Pretoria, 0001, South Africa 
Tel: +258 (21) 312082/3 +27 (012) 8411018 
 +258 823128670 
Fax: +258 (21) 429216 +27 (012) 8411221 
e-mail: e-mail: 
edaudi@teledata.mz, edaudi@tvcabo.co.mz rprice@geoscience.org.za 
 
Price available on request. 
 
The National Directorate of Geology (DNG), Ministry of Mineral Resources, Republic 
of Mozambique, in collaboration with a consortium headed by the Geological Survey of 
Finland (GTK), and with funding from the Nordic Development Fund (NDF Credit 335), 
produced this Map Explanation, within the terms of the Mineral Resource Management 
Capacity Building Project (MRMP), contract 02/QCBS/B22./ MIREME-UCPM/2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volume 1 
 Page 4
The GTK Consortium’s field team for LOT 3 (Volume 1) comprised following geologists: 
• Yrjö Pekkala (GTK – Project Director, Mineral Expert) 
• Tapio Lehto (GTK – Deputy Project Director, Mineral Resources) 
• A.B. Phil Westerhof (ITC – Project Advisor) 
• Robbert Rutten (ITC – Sedimentology Expert) 
• Esko Korkiakoski (GTK – Mineral Resources) 
• Tapio Kuivasaari (GTK – Industrial Mineral Expert) 
• Hannu Mäkitie (GTK – Field Team Leader) 
• Tuomo Manninen (GTK – Mapping Expert) 
• Saku Vuori (GTK – Mapping Expert) 
• Toni Eerola (GTK – Mapping Expert) 
• João M. Marques (Gondwana, Lda – Mapping Expert) 
• Amad Mamad (Gondwana, Lda – Sedimentary geologist, Hydrocarbons Expert) 
• Reinaldo Gonçalves Jr. (Gondwana, Lda – Mineral Resources) 
• Maurizio Ferrara (Gondwana, Lda – Mapping Expert) 
• Mário Deus (Gondwana, Lda – Mineral Resources, Logistics) 
 
The DNG trainee geologists and technicians that participated in LOT 3 mapping: 
• Adriano Sénvano, geologist, DNG Maputo 
• Vladimiro Manhiça, geologist, DNG Maputo 
• Rogério Matola, geologist, DNG Maputo 
• Inácio Saranga, geologist, DNG Maputo 
• Victorino Joaquim, technician, DNG Maputo 
• Carlos Pambo, technician, DNG Maputo 
 
Data base construction and updating: 
• Olli Rantala (GTK, design planning) 
• Antti Kahra (GTK, planning, coordination) 
• Markku Tiainen (GTK, data management) 
• Esko Korkiakoski (GTK, mineral data) 
• Tapio Lehto (GTK, mineral data) 
• Jari Väätäinen (GTK, photo data base) 
• Petri Rosenberg (GTK, observation data base) 
 
The processing of data and maps by: 
• Olli Rantala (GTK, Manager, databases and airphotos, photo data base) 
• Antti Kahra (GKT, data management) 
• Hilkka Saastamoinen (GTK, map digitations and data management) 
• Eira Kuosmanen (GTK, GIS geologist, map production, satellite images) 
• Anneli Lindh (GTK, map production, data management) 
• Hanna Virkki (GTK, GIS gelogist, map production) 
• Merja Janhila (GTK, GIS geologist, map production) 
• Riikka Koskinen (GTK, GIS geologist, map production) 
• Mirjami Ajlani (GTK, map production) 
• Helena Saarinen (GTK, map production) 
• Marita Ranta-Pantti (GTK, input of data) 
 
Volume 1 
 Page 5
The Remote Sensing/GIS team: 
• Willy Lehman Weng (GEUS – GIS Expert) 
• Bjørn Hermansen (GEUS – GIS Expert) 
• Olli Rantala (GTK – Head GIS Department) 
• Antti Kahra (GTK – GIS Expert) 
• Markku Tiainen (GTK – GIS Expert) 
• Ernst Schetselaar (ITC – GIS/RS Expert) 
• Tsehaie Woldai (ITC – RS Expert) 
 
The Airborne Geophysics team: 
• Colin V. Reeves (ITC – Interpretation Expert) 
• Sally Barritt (ITC – Processing Expert) 
• Hilkka Arkimaa (GTK – Processing Expert) 
• Tapio Ruotoistenmäki (GTK – Interpretation Expert) 
 
Written contributions to the present Map Explanation by: 
• A.B. Phil Westerhof (ITC/Westcourt GeoConsult – Principal Author) 
• Robbert F.X. Rutten (ITC) 
• João M. Marques (Gondwana, Lda) 
• Maurizio Ferrara (Gondwana, Lda) 
• Hannu Mäkitie (GTK) 
• Tuomo Manninen (GTK) 
• Saku Vuori (GTK) 
• Toni Eerola (GTK) 
• Tapio Lehto (GTK – Mineral Expert) 
• Yrjö Pekkala (GTK – Industrial Minerals) 
 
 
Cover photo: Large flow fold in densely welded ignimbrite of the Pequenos Libombos rhyolite Member. 
Aggregate quarry north of the Portela mountain (SDS 2632). 
 
 
For future reference: 
 
GTK Consortium (2006a). Map Explanation; Volume 1: Sheets 2032 – 2632. Geology of Degree Sheets, 
Espungabera/Chibabava, Nova/Mambone, Massangena, Chidoco, Save/Bazaruto, Chicualacuala, Machaila, 
Chigubo, Mabote/Vilanculos, Rio Singuédzi/Massingir, Rio Changana, Funhalouro/Inhambane, Chilembene, 
Chókwè, Zavala/Inharrime, Maputo, Xai-Xai/Zavala and Bela-Vista, Mozambique. Ministério dos Recursos 
Minerais, Direcção Nacional de Geologia, Maputo. 
Volume 1 
 Page 6
FOREWORD 
The present Map Explanation (Volume 1) and related Geological Maps and Database have 
been produced by a consortium composed of the Geological Survey of Finland (GTK, leading 
partner), the International Institute for Geo-Information and Earth Observation (the 
Netherlands), the Geological Survey of Denmark and Greenland (GEUS) and Gondwana Lda 
(Mozambique) as part of the Geo Infrastructure Development Project (GIDP), a sub-
project of the larger Mineral Resources Management Capacity Building Project (MRMP). 
This consortium will be further referred to as ‘GTK Consortium’. 
The above project and sub-project have been implemented under the supervision of the 
National Directorate of Geology (DNG), Ministry of Mineral Resources, Republic of 
Mozambique. The major component of the GIDP has been to re-map, upgrade and improve 
existing geological maps in order to create a comprehensive and uniform coverage of 
geological maps at scale 1:250 000 and a partial coverage of detailed maps (scale 1:50 000) of 
selected areas of high mineral potential. The GTK Consortium undertook this task in LOT 2 
(and Extension) and LOT 3 (and Extension) as shown in Fig 1. The scope of LOT 3 included 
1) the compilation of existing map data into a series of 1:250 000 map sheets (total 20 pcs), 2) 
reinterpretation and compilation of the map legends in terms of the new lithostratigraphic 
framework created for Mozambique, 3) a review of the geology,based mainly on remote 
sensing data, but including limited fieldwork to resolve critical problems in key areas and 
undertake reconnaissance mapping in other areas and 4) provisional mineral maps in scale 
1:250 000 accompanied by inventory of mineral deposits and occurrences. 
A consortium comprising Norconsult and the Norwegian and British Geological 
Surveys (NGU and BGS) has co-implemented a contract for LOT 1 (and Extensions; Fig. 1). 
These projects were financed from a special grant from the Nordic Development Fund (NDF). 
The remainder of the territory of Mozambique has been re-mapped by the South African 
Council for Geoscience (CGS) under a separate bilateral contract. 
 
Fig. 1. Configuration of areas re-
mapped by the DNG in collaboration 
with various international consortia. 
Volume 1 
 Page 7
 
The present Map Explanation represents Volume 1 of a series of Map Explanations 
covering various parts of the territory of Mozambique (Fig. 2). It is bounded by 20° South, 
36° East and the international border with Zimbabwe, South Africa and Swaziland and 
contains the following Square Degree Sheets (SDS): 2032/2033, 2034/2035, 2131/2132, 
2133, 2134/2135, 2231/2232, 2233, 2234/2235, 2331/2332, 2333, 2334/2335, 2431/2432, 
2433, 2434/2435, 2531/2532, 2533/2534 and 26321. Each Map Explanation emphasises 
certain aspects of the geology of Mozambique. This Map Explanation stresses the 
geodynamic development and industrial mineral and hydrocarbon potential of the 
Mozambique Basin. 
All locations (e.g. in captions) are in UTM coordinates. Please note that in the area 
covered by LOT 3 reference is made to the 36 K zone. 
 
 
Fig. 2. Map Explanation Volume numbers in LOT 2 (+ Extension) and LOT 3 (+ Extension). This Map 
Explanation covers Volume 1 (SDS in red colour). 
 
1 A Square Degree Sheet or SDS (1° x 1° or ~ 100 x 100 km) also DS=Degree Sheet, is numbered after the 
coordinates of the upper left corner. For example, SDS 1834 is located south of 18° south and east of 34° east. 
Volume 1 
 Page 8
TABLE OF CONTENTS 
FOREWORD ....................................................................................................... 6 
ABSTRACT ....................................................................................................... 16 
RESUMO ........................................................................................................... 18 
RESUMO ALARGADO DA NOTÍCIA EXPLICATIVA (VOLUME 1).... 18 
ANTECEDENTES DO PROJECTO .............................................................. 18 
METODOLOGIA ............................................................................................. 18 
INFRA-ESTRUTURAS E GEOMORFOLOGIA.......................................... 19 
LITO-ESTRATIGRAFIA E GEOLOGIA REGIONAL .............................. 19 
TERRENO DO GONDWANA SUL - CRATÃO DO KALAHARI E 
CINTURÕES DOBRADOS DE IDADE PROTEROZÓICA....................... 21 
COBERTURA FANEROZÓICA - SUPERGRUPO DO KAROO.............. 23 
COBERTURA FANEROZÓICA - SISTEMA DO RIFTE ESTE-
AFRICANO ....................................................................................................... 25 
RECURSOS MINERAIS.................................................................................. 31 
LIST OF TABLES ............................................................................................ 34 
LIST OF FIGURES .......................................................................................... 34 
CHAPTER 1 ...................................................................................................... 50 
INTRODUCTION............................................................................................. 50 
1.1. BACKGROUND OF THE PROJECT..................................................... 50 
1.2. HISTORY AND SYNTHESIS OF PREVIOUS WORK........................ 50 
CHAPTER 2 ...................................................................................................... 53 
METHODOLOGIES AND PROCEDURES.................................................. 53 
2.1. INTRODUCTION...................................................................................... 53 
2.2. EXISTING DATA ...................................................................................... 53 
2.3. COMPILATION AND SYNTHESIS ....................................................... 55 
2.3.1. Digitising and Compilation of Existing Geological Maps......................................... 55 
2.3.2. Satellite Imagery........................................................................................................... 56 
Landsat 7 ETM data................................................................................................................ 56 
ASTER data ............................................................................................................................. 56 
2.3.3. Airborne Geophysics.................................................................................................... 59 
2.4. DATA PROCESSING................................................................................ 59 
2.4.1. Geometric Registration of Satellite Imagery ............................................................. 60 
2.4.2. Topographic Base Maps .............................................................................................. 63 
Datum transformation............................................................................................................. 64 
Manual digitising .................................................................................................................... 65 
Volume 1 
 Page 9
SRTM digital elevation data.................................................................................................... 66 
2.4.3. Digital Enhancement of LANDSAT-7 TM Scenes .................................................... 67 
2.4.4. Digital Enhancement of ASTER VNIR Scenes.......................................................... 69 
2.4.5. Digital Enhancement of Airborne Geophysical Grids .............................................. 69 
2.4.6. Digital Enhancement of SRTM Data.......................................................................... 71 
2.4.7. Integrated Enhancement of Radiometric and Landsat TM Scenes ........................ 72 
2.4.8. Digital Interactive Interpretation of Compiled and Processed Data Sets............... 73 
2.4.9. Interpretation of Lithological Units............................................................................ 74 
2.4.10. Geological Image Interpretation of Structural Features........................................ 77 
2.5. FIELD VERIFICATION AND MAPPING............................................. 80 
2.6. LABORATORY WORK ........................................................................... 80 
2.6.1. Petrography .................................................................................................................. 80 
2.6.2. Geochronology.............................................................................................................. 82 
2.6.3. Lithogeochemistry........................................................................................................ 82 
2.7. GEO-INFRASTRUCTURE PRODUCTS ............................................... 83 
2.7.1. Geological Maps ........................................................................................................... 83 
2.7.2. Map Explanations ........................................................................................................ 83 
2.7.3. Petrophysical Database................................................................................................ 85 
2.8. INVENTORY OF MINERAL RESOURCES......................................... 85 
CHAPTER 3 ...................................................................................................... 88 
INFRASTRUCTURE........................................................................................88 
CHAPTER 4 ...................................................................................................... 90 
PHYSIOGRAPHY AND GEOMORPHOLOGY .......................................... 90 
4.1. GEOMORPHOLOGY............................................................................... 90 
4.2. CLIMATE................................................................................................... 92 
CHAPTER 5 ...................................................................................................... 93 
LITHOSTRATIGRAPHY................................................................................ 93 
5.1. PRINCIPLES.............................................................................................. 93 
5.2. HISTORIC DEVELOPMENT ................................................................. 94 
5.3. REGIONAL GEOLOGY .......................................................................... 94 
5.3.1. Archaean Cratons and Mobile Belts........................................................................... 95 
5.3.2. Palaeoproterozoic Fold Belts....................................................................................... 97 
5.3.3. Mesoproterozoic Fold Belts ......................................................................................... 97 
5.3.4. Neoproterozoic Pan-African Fold Belts ..................................................................... 99 
5.3.5. Neoproterozoic – Cambrian Platform Sediments ................................................... 100 
5.3.6. Post-Pan-African Cambrian – Carboniferous Platform Sediments...................... 101 
5.3.7. Late Carboniferous – Early Jurassic Sediments and Volcanics of the Karoo...... 102 
5.3.8. Cretaceous – Recent Sediments and Volcanics of the East Africa Rift System.... 104 
5.4. GEODYNAMIC PRINCIPLES: WILSON OR SUPERCONTINENT 
CYCLES AND SUPERPLUMES.......................................................... 105 
5.4.1. Wilson or Supercontinent Cycles.............................................................................. 105 
5.4.2. Superplumes ............................................................................................................... 107 
Volume 1 
 Page 10
5.5. GEOCHRONOLOGY, WITH EMPHASIS ON NEW DATA............ 108 
5.5.1. Phanerozoic Cover ..................................................................................................... 108 
5.5.2. Crystalline Basement ................................................................................................. 109 
5.6. CRYSTALLINE TERRANES AND PHANEROZOIC COVER ....... 109 
CHAPTER 6 .................................................................................................... 111 
SOUTH GONDWANA BASEMENT – KALAHARI CRATON ............... 111 
6.1. INTRODUCTION.................................................................................... 111 
6.2. UMKONDO GROUP............................................................................... 113 
6.2.1. Introduction ................................................................................................................ 113 
6.2.2. Lithology ..................................................................................................................... 114 
Dacata Formation* ............................................................................................................... 114 
Espungabera Formation* (P2UEv) ...................................................................................... 119 
6.2.3. Geochemistry .............................................................................................................. 121 
6.2.4. Age ............................................................................................................................... 122 
6.3. MASHONALAND SUITE (P2ML)......................................................... 122 
6.3.1. Introduction ................................................................................................................ 122 
6.3.2. Lithology ..................................................................................................................... 123 
6.3.3. Geochemistry .............................................................................................................. 124 
6.3.4. Age ............................................................................................................................... 126 
CHAPTER 7 .................................................................................................... 128 
SOUTH GONDWANA BASEMENT – PROTEROZOIC FOLD BELTS128 
7.1. INTRODUCTION.................................................................................... 128 
7.2. GAIREZI FORMATION* (P1Z) ............................................................ 129 
7.2.1. Introduction ................................................................................................................ 129 
7.2.2. Lithology ..................................................................................................................... 130 
Arenaceous Mica Schist (P1Zas) .......................................................................................... 131 
Mica Schist (P1Zms).............................................................................................................. 132 
Saccharoidal quartzite (P1Zqs) ............................................................................................. 133 
Muscovite-biotite schist (P1Zss) ............................................................................................ 134 
7.2.3. Age ............................................................................................................................... 136 
7.3. BÁRUÈ COMPLEX ................................................................................ 137 
7.3.1. Introduction ................................................................................................................ 137 
7.3.2. Chimoio Group........................................................................................................... 138 
Migmatitic paragneiss (P2BCmi) .......................................................................................... 138 
Inchope gneiss (P2BUig) ...................................................................................................... 139 
CHAPTER 8 .................................................................................................... 140 
PHANEROZOIC COVER – KAROO SUPERGROUP ............................. 140 
8.1. INTRODUCTION.................................................................................... 140 
8.2. LOWER KAROO GROUP..................................................................... 141 
8.2.1. Introduction ................................................................................................................ 141 
Volume 1 
 Page 11
8.2.2. Lithology ..................................................................................................................... 141 
Moatize Formation* (PeM).................................................................................................. 141 
8.3. UPPER KAROO GROUP....................................................................... 143 
8.3.1. Introduction ................................................................................................................ 143 
8.3.2. Lithology ..................................................................................................................... 144 
Cádzi Formation*(PeC) ........................................................................................................ 144 
8.4. RIO NHAVÚDEZI FORMATION* ...................................................... 146 
8.4.1. Introduction ................................................................................................................ 146 
8.4.2. Lithology .....................................................................................................................146 
Basalts.................................................................................................................................... 146 
Geochemistry ......................................................................................................................... 146 
8.5. LEBOMBO MONOCLINE..................................................................... 147 
8.5.1. Introduction ................................................................................................................ 147 
8.5.2. Letaba-Pafuri Formation (JrLB).............................................................................. 149 
8.5.3. Sabie River Formation (JrSba)................................................................................. 149 
Basalts.................................................................................................................................... 149 
Rhyolites................................................................................................................................. 149 
Age ......................................................................................................................................... 150 
8.5.4. Umbelúzi Formation (JrU)........................................................................................ 150 
Introduction ........................................................................................................................... 150 
Dacites (JrUt) ........................................................................................................................ 150 
Basalt and massive dolerite member (JrUb) ........................................................................ 150 
Rhyolitic ash-flow tuffs and ignimbrites (JrUr).................................................................. 151 
Rhyolitic lavas........................................................................................................................ 154 
Volcanic breccias................................................................................................................... 156 
Tuff Member (JrUf) .............................................................................................................. 156 
Microgranite (JrUg) .............................................................................................................. 158 
Age ......................................................................................................................................... 158 
8.5.5. Movene Formation (JrM).......................................................................................... 159 
Introduction ........................................................................................................................... 159 
Basalt (JrM)........................................................................................................................... 159 
Pequenos Libombos Rhyolite Member (JrMr)..................................................................... 161 
Rhyolite breccia (JrMbr)....................................................................................................... 164 
Quartz latite (JrMq)............................................................................................................... 165 
Pessene alkaline lava (JrPal)................................................................................................ 165 
8.5.6. Upper Karoo intrusive rocks..................................................................................... 166 
Pessene nepheline syenite (JrPns)........................................................................................ 166 
Mafic dykes and sills (Jrdo, do) ............................................................................................ 167 
Gabbroic dykes (Jrgd) ........................................................................................................... 168 
8.5.7. Geochemistry .............................................................................................................. 169 
CHAPTER 9 .................................................................................................... 172 
PHANEROZOIC COVER – EAST AFRICA RIFT SYSTEM.................. 172 
9.1. INTRODUCTION.................................................................................... 172 
9.2. GENERALISED STRATIGRAPHY ..................................................... 174 
Volume 1 
 Page 12
9.3. LATE JURASSIC – EARLY CRETACEOUS (SEQUENCE 1)......... 176 
9.3.1. Introduction ................................................................................................................ 176 
9.3.2. Lupata Group ............................................................................................................. 176 
Tchazica Formation* ............................................................................................................ 179 
Monte Mazambulo Formation*............................................................................................ 180 
Red Beds of the Lupata Group in drill holes........................................................................ 180 
Volcanic rocks of the Lupata Group .................................................................................... 181 
Age ......................................................................................................................................... 181 
9.4. MIDDLE – LATE CRETACEOUS (SEQUENCE 2)........................... 181 
9.4.1. Introduction ................................................................................................................ 181 
9.4.2. Sena Formation* (CrS).............................................................................................. 181 
Introduction ........................................................................................................................... 181 
Lithology ................................................................................................................................ 182 
Age ......................................................................................................................................... 184 
9.4.3. Domo Formation* ...................................................................................................... 184 
9.5. LATE CRETACEOUS – EARLY PALAECENE (SEQUENCE 3) ... 185 
9.5.1. Introduction ................................................................................................................ 185 
9.5.2. Grudja Formation* (CrG)......................................................................................... 185 
Introduction ........................................................................................................................... 185 
Lithology ................................................................................................................................ 185 
9.5.3. Incomanini Formation* (CrI) ................................................................................... 186 
Introduction ........................................................................................................................... 186 
Lithology ................................................................................................................................ 187 
Age ......................................................................................................................................... 187 
Undifferentiated Cretaceous (CrM)...................................................................................... 188 
Age ......................................................................................................................................... 188 
9.6. PALEOCENE-PLIOCENE (SEQUENCES 4 AND 5) ......................... 188 
9.6.1. Introduction ................................................................................................................188 
9.6.2. Mapai Formation* (TeA)........................................................................................... 189 
Introduction ........................................................................................................................... 189 
General lithology ................................................................................................................... 192 
Lithology ................................................................................................................................ 192 
Age ......................................................................................................................................... 198 
9.6.3. Mangulane Formation* (TeM) ................................................................................. 198 
Introduction ........................................................................................................................... 198 
9.6.4. Tembe Formation* (TeT) .......................................................................................... 200 
9.6.5. Inhaminga Formation* (TeI) .................................................................................... 201 
Introduction ........................................................................................................................... 201 
Lithology ................................................................................................................................ 201 
Age ......................................................................................................................................... 201 
9.6.6. Maputo Formation* (TeP)......................................................................................... 201 
Introduction ........................................................................................................................... 201 
Regional appearance............................................................................................................. 202 
Lithology ................................................................................................................................ 202 
Overall depositional setting................................................................................................... 204 
Age ......................................................................................................................................... 204 
Volume 1 
 Page 13
9.6.7. Boane Formation* (TeB) ........................................................................................... 205 
Introduction ........................................................................................................................... 205 
Lithology ................................................................................................................................ 205 
9.6.8. Salamanga Formation* (TeS) ................................................................................... 207 
Introduction ........................................................................................................................... 207 
Lithology ................................................................................................................................ 207 
9.6.9. Cheringoma Formation* (TeC) ................................................................................ 211 
Introduction ........................................................................................................................... 211 
Lithology ................................................................................................................................ 211 
Age ......................................................................................................................................... 212 
9.6.10. Jofane Formation* (TeJ) ......................................................................................... 212 
Introduction ........................................................................................................................... 212 
Lithology ................................................................................................................................ 212 
Urrongas Limestone Member (TeJu) ................................................................................... 213 
Cabe (Calcarenite) Member (TeJc) ...................................................................................... 215 
Sandstone with local silicification (TeJs)............................................................................. 215 
Conglomeratic sandstone/ reworked sandstone (TeJco) ..................................................... 216 
Divinhe limestones ................................................................................................................ 216 
Age ......................................................................................................................................... 216 
9.6.11. Inharrime Formation* (TeIn) ................................................................................. 217 
Age ......................................................................................................................................... 217 
9.6.12. Ponte Vermelha Formation* (TeVs) ...................................................................... 217 
9.6.13. Mazamba Formation* (TeZ).................................................................................. 218 
Introduction ........................................................................................................................... 218 
Lithology ................................................................................................................................ 218 
Age ......................................................................................................................................... 219 
9.7. QUATERNARY DEPOSITS .................................................................. 220 
9.7.1. Introduction ................................................................................................................ 220 
9.7.2. Aeolian sand (Qe) ....................................................................................................... 220 
9.7.3. Fluvial terrace gravel and sand (Qt) ........................................................................ 221 
9.7.4. Eluvial floodplain mud (Qpi) .................................................................................... 222 
9.7.5. Colluvium (Qc) ........................................................................................................... 223 
9.7.6. Raised beach sediment/Coastal sand(stone) (Qcs) .................................................. 223 
Age ......................................................................................................................................... 225 
9.7.7. Lacustrine Limestone (Qll)....................................................................................... 226 
9.7.8. Eluvial floodplain clayey sand (Qps) ........................................................................ 227 
9.7.9. Alluvial mud of fluvial-marine origin (Qst)............................................................. 228 
9.7.10. Alluvium, sand, silt, gravel (Qa) ............................................................................ 228 
9.7.11. Internal dune (Qdi) .................................................................................................. 230 
Age ......................................................................................................................................... 231 
9.7.12. Coastal sand dune and beach sand (Qd) ................................................................ 232 
9.7.13. Pebble-bearing debris (Mantos de Cascalheiras) (Qp)......................................... 234 
CHAPTER 10 ..................................................................................................236 
STRUCTURE AND METAMORPHISM .................................................... 236 
10.1. INTRODUCTION.................................................................................. 236 
Volume 1 
 Page 14
10.2. METAMORPHIC AND STRUCTURAL DEVELOPMENT OF THE 
PRECAMBRIAN BASEMENT............................................................. 236 
10.2.1. Introduction .............................................................................................................. 236 
10.2.2. Grenville Orogenic Cycle......................................................................................... 237 
10.2.3. Pan-African Orogenic Cycle ................................................................................... 237 
10.3. MOZAMBIQUE BASIN........................................................................ 237 
10.3.1. Introduction .............................................................................................................. 237 
10.3.2. Karoo Rift Event ...................................................................................................... 238 
10.3.3. Post-Karoo Major Tectonic Events ........................................................................ 238 
10.3.4. Principal Structural Elements in the Mozambique Basin.................................... 240 
10.3.5. Basin Modelling ........................................................................................................ 242 
CHAPTER 11 .................................................................................................. 245 
GEODYNAMICIC EVOLUTION ................................................................ 245 
11.1. INTRODUCTION.................................................................................. 245 
11.2. CRYSTALLINE BASEMENT ............................................................. 245 
11.2.1. Introduction .............................................................................................................. 245 
11.2.2. Archaean Crustal Growth of the Kalahari Craton............................................... 246 
11.2.3. Palaeoproterozoic Extension of the Kalahari Craton........................................... 246 
11.2.4. Palaeoproterozoic Orogeny ..................................................................................... 247 
11.2.5. Mesoproterozoic Pre-Kibaran Extension............................................................... 247 
11.2.6. Mesoproterozoic Grenville Orogenic Cycle – Rodinia Supercontinent .............. 247 
11.2.7. Post-Rodinia Break-up (Neoproterozoic)............................................................... 248 
11.2.8. Pan-African Orogenic System (Neoproterozoic – Ordovician)............................ 248 
11.3. MOZAMBIQUE BASIN........................................................................ 250 
11.3.1. Introduction .............................................................................................................. 250 
11.3.2. Karoo Rift Phase ...................................................................................................... 250 
11.3.3. Neo-Tethys Drift/Rift Phase .................................................................................... 251 
Early to Middle Cretaceous Incipient Rift Volcanism and Transgression ......................... 252 
Campanian-Maastrichtian Regression................................................................................. 255 
Palaeocene passive continental margin................................................................................ 256 
Eocene Transgression ........................................................................................................... 257 
Late Eocene regression and Oligocene erosive event .......................................................... 258 
Lower and Middle Miocene transgression ........................................................................... 258 
Late Miocene unconformity and Pliocene transgression .................................................... 259 
Pleistocene and Holocene ..................................................................................................... 261 
CHAPTER 12 .................................................................................................. 264 
MINERAL RESOURCES .............................................................................. 264 
12.1. INTRODUCTION.................................................................................. 264 
12.2. INDUSTRIAL MINERALS .................................................................. 266 
Volume 1 
 Page 15
12.2.1. Ilmenite, Rutile and Zircon in Heavy Mineral Sands ....................................... 266 
Introduction ........................................................................................................................... 266 
Chibuto................................................................................................................................... 266 
Xai-Xai ................................................................................................................................... 267 
Other ‘Black Sand’ prospects ............................................................................................... 268 
12.2.2. Bentonite ................................................................................................................... 268 
12.2.3. Diatomite ................................................................................................................... 268 
Manhiça ................................................................................................................................. 269 
12.3. CONSTRUCTION MATERIALS........................................................ 270 
12.3.1. Aggregates................................................................................................................. 270 
12.3.2. Dimension Stone ....................................................................................................... 273 
12.3.3. Sand and Gravel ....................................................................................................... 273 
12.3.4. Brick Clay ................................................................................................................. 275 
12.3.5. Limestone .................................................................................................................. 275 
12.4. ENERGY MINERALS .......................................................................... 277 
12.4.1. Coal............................................................................................................................ 277 
12.5. HYDROCARBONS ............................................................................... 278 
12.5.1. Introduction .............................................................................................................. 278 
12.5.2. Natural Gas............................................................................................................... 279 
12.5.3. Oil............................................................................................................................... 280 
12.5.4. Current Developments............................................................................................. 280 
12.6. MINERAL POTENTIAL...................................................................... 284 
12.7. RECOMMENDATIONS FOR EXPLORATION .............................. 285 
12.7.1. Basement ................................................................................................................... 285 
12.7.2. Phanerozoic Cover ................................................................................................... 285 
APPENDIX 12.1 .............................................................................................. 287 
REFERENCES VOLUME 1 ..........................................................................288 
 
 
Appendix 1. Definition of lithostratigraphic units 
Appendix 2. Age Results, Mozambique Mapping Project/LOT3: Map Explanation, Vol. 1 
Appendix 3. Chemical analysis of rocks 
Appendix 4. Microprobe analysis of minerals 
Appendix 5. The sedimentary profile at the Massingir village 
Appendix 12.1. Mineral indications, occurrences and deposits 
 
Volume 1 
 Page 16
ABSTRACT 
The area covered by this Map Explanation (Volume 1) comprises a variety of lithologies that 
record a wide span of geological eras from Proterozoic until the present. The vast majority of 
mapped rocks represent products of sedimentary processes that are associated to the 
geodynamic evolution of Africa and South Gondwana Terrain in particular. 
 The Archaean nucleus of Kalahari Craton is bounded by Proterozoic fold belts that are 
observed in topographically elevated areas in northwestern region of this mapping area. 
During the Phanerozoic, large segments of the Precambrian basement in Southern Africa were 
overlain by sediments and volcanics of Karoo Supergroup. The remnants of sedimentary 
rocks of this group are more widespread than the volcanics, which are typically bounded to 
the margins of Proterozoic terrains due to extensional and continental rifting processes. The 
break-up of the Gondwana supercontinent is typically associated with voluminous extrusive 
and intrusive magmatism, but it also initiated the formation of Mozambique Basin. 
Subsidence of the basin was prolonged by subsequent development of the East Africa rift 
system that resulted in the deposition of Early to Middle Cretaceous sedimentary sequences 
on the top of extrusive rocks related to the break-up of Gondwana. These two events, 
combined with basin subsidence, continental rise and episodic eustatic sea level fluctuations 
have defined the main framework of Mozambique Basin development, which still continues. 
This basin forms the main part of the ~ 185 000 km² wide onshore mapping area in addition to 
considerable offshore deposits. The overall sedimentary column of the Mozambique Basin 
can be divided into a shallow platform sequence and sequences deposited in deeper sea that 
are restricted to a few narrow rift structures. Five major Cretaceous-Tertiary basin-wide 
depositional sequences are recognized that are delineated by angular unconformities. Facies 
changes generally record eastward transition from terrestrial deposits via paralic and shallow 
marine to deeper marine deposits, which may reach a thicknesses of >10 000 m in the 
Zambezi delta area. Cretaceous-Tertiary sedimentary rocks were exposed to erosion during 
the late Cainozoic resulting in that the Pliocene, Pleistocene and Holocene deposits consist 
essentially of reworked and winnowed weathering products. The Pleistocene consists of red 
and consolidated, mostly slightly eroded dune sands, while most of the Holocene comprises 
of recent alluvium and inland and coastal dunes. Although these Quaternary deposits occupy 
~90% of the current land area of this Map Explanation they typically form only thin 
overburden that covers the prevailing Phanerozoic rocks. 
 Since limited amount of historical exploration has been carried out in the area covered 
by this Map Explanation, containing rocks from Proterozoic to present, there is large potential 
for various new mineral resources. Currently exploited valuable mineral resources include: 
hydrocarbons (natural gas), bentonite, diatomite, rock aggregates, dimension stone, limestone, 
brick clay, sand and gravel and mineral water. The presently known valuable natural 
resources include: iron, copper, graphite, diamond, ilmenite, rutile, zircon, halite, gypsum, 
coal, fluorite and phosphorite. 
The metasediments of the Proterozoic Gairezi and Umkondo Groups along the frontier 
with Zimbabwe host showings of iron, copper and limestone (marble). Further, graphite exists 
in Proterozoic gneisses and schists as small disseminations or as narrow veins and small 
lenses, often in the proximity of marble horizons. Alluvial, micro-sized diamonds have been 
found in the Limpopo and Singédzi rivers in Gaza Province, probably transported by the 
Volume 1 
 Page 17
rivers from the South African Kaapvaal Craton. World class deposits of heavy mineral sands, 
enriched in ilmenite, rutile and zircon, are found in dunes and beach sands along the coastal 
zone from Maputo to Inhambane as well as in paleodunes from Chibuto to Xai-Xai. Bentonite 
occurs typically as a weathering product of rhyolites and rhyolitic tuffs of the Karoo 
volcanics, distributed in the Pequenos Libombos range and adjacent areas. Most of the 
bentonite from Boane Mine is exported without further treatment. More marketing and 
product development are required in order to add value and increase revenues. Many fluvial 
and lagoonal depressions between Pleistocene dunes from Inhambane in the north to 
Matituine south of Maputo have accumulated diatomite (kieselguhr). Possibilities for creating 
a stronger market for good quality diatomite resources in Maputo and Gaza Province, 
replacing imported material, should obviously be studied. 
Karoo rhyolites provide good raw material for rock aggregates and dimension stones, 
which, together with limestone, sand, gravel and various types of clay, are the backbone of the 
growing construction industry. Although sand and gravel deposits are widespread, high 
quality varieties are less common, as well as good quality clay deposits, which would be 
adequate for brick burning. The major resources of limestone, halite and gypsum are 
associated with Eocene Cheringoma and the Miocene Jofane Formations*. Associated witth 
the Karoo Supergroup, indications of coal seams are found in the Espungabera sub-basin, near 
Zimbabwean border. Whereas fluorite occurs in Mesozoic fractures that are related to the 
Karoo and/or Cretaceous rift evolution, the sedimentary deposits of phosphorite near Magude, 
85 km NNW from Maputo, are associated with calcarenites of the Jofane Formation*. In 
addition there are reserves of bat guano in karst-type caverns in Buzi area. 
 The resources of mineral water are considered to be abundant along the rift faults of 
the mountain ridges in the western border area with South Africa and Zimbabwe. Demand for 
good quality mineral water is steadily growing both for local consumption and for export. 
 At present the most important mineral resources in Mozambique south of the 20th 
parallel are the hydrocarbons. Indications of hydrocarbons are discovered in the Rovuma and 
Mozambique Basins. Commercial natural gas is produced from various horizons in the Lower 
Grudja in the central portion of the Mozambique Basin (e.g. Pande, Temane and Buzi), where 
the reservoirs constitute shallow water shoals and bars. Potential areas for oil have been 
reported in offshore segments of Mozambique Basin. Economically very important are also 
the heavy mineral sands and deposits along the coastal zone from Maputo to Inhambane, of 
which the Corridor Sands’ Chibuto project is at present the most advanced. 
 
 
KEY WORDS: Areal geology, basalt, construction materials, Cretaceous, geological 
mapping, Gondwana, heavy minerals, Jurassic, Karoo, Lebombo, limestone, natural gas, 
Mashonaland, Movene, Mozambique basin, Phanerozoic, Proterozoic, Quaternary, rift, 
rhyolite, sedimentary rocks, schist, structure, Umbelúzi, Umkondo, volcanic rocks. 
Volume 1 
 Page 18
RESUMO 
RESUMO ALARGADO DA NOTÍCIA EXPLICATIVA (VOLUME 1) 
CARTAS GEOLÓGICAS 2032-2035, 2131-2135, 2231-2235, 2331-2335, 
2431-2435, 2531-2534 e 2632 
 
ANTECEDENTES DO PROJECTO 
Como parte da política geológica e mineira do Governo de Moçambique, o Ministério dos 
Recursos Minerais (MIREM), através da Direcção Nacional de Geologia (DNG), encoraja a 
expansão das infra-estruturas geocientíficas nacionais, em apoio à promoção de investimentos 
mineiros e ao desenvolvimento social e económico sustentável do país. 
Desde o tempo colonial que se efectuamtrabalhos sistemáticos de cartografia 
geológica em Moçambique e, após a Independência (Junho de 1975), foram levados a cabo 
inúmeros levantamentos geofísicos, geoquímicos e geológicos. Os arquivos da DNG contêm 
uma quantidade apreciável de rica informação geocientífica. Todavia, a maior parte desta 
informação encontra-se ultrapassada no que se refere à tecnologia actualmente utilizada e aos 
conceitos geológicos baseados em técnicas modernas de apoio à pesquisa mineral. Assim, 
tornava-se de extrema importância efectuar-se a conclusão e modernização das infra-
estruturas geocientíficas nacionais. Com vista a se atingirem tais objectivos, o Governo de 
Moçambique implementou o Projecto de Apoio Instituicional ao Sector Geológico-Mineiro 
(Mineral Resource Management Capacity Building Project - MRMP), como parte de um 
grande programa internacional. 
O objectivo principal do programa de cartografia do MRMP foi o de rever a 
cartografia geológica anteriormente realizada em certas áreas do país, bem como melhorar a 
qualidade das cartas geológicas noutras áreas, a fim de fornecer uma cobertura consistente em 
termos de qualidade para todo o território moçambicano. A cartografia geológica baseou-se 
em princípios lito-estratigráficos modernos e, como tal, um outro objectivo deste programa foi 
o de se tentarem resolver problemas estratigráficos, efectuarem controlos geocronológicos e 
de se solucionarem problemas estruturais. 
METODOLOGIA 
A metodologia de implementação do projecto incluiu a execução de um grupo de tarefas 
relevantes para a cartografia, bem como um programa de treino para vário pessoal técnico da 
DNG. A preparação desta nova geração de cartas geológicas melhoradas foi 
convenientemente subdividida em quatro fases, a saber: (1) Preparação; (2) Compilação e 
síntese da informação geológica existente; (3) Trabalhos de campo; e (4) Preparação dos 
produtos finais. 
Os produtos que constituem as cartas digitalizadas são baseados na interpretação 
combinada de uma variedade de conjuntos de dados digitais (imagens de satélite, dados de 
levantamentos aeromagnéticos e aeroradiométricos), trabalhos laboratoriais (petrologia, 
Volume 1 
 Page 19
litogeoquímica e geocronologia incluindo o método SHRIMP e datações convencionais U-Pb 
e Sm-Nd) e verificação prática no terreno. A interpretação interactiva das imagens compiladas 
e processadas provou ser muito efectiva (p. ex., a banda 5 da imagem Landsat 7, em 
combinação com três conjuntos de dados radiométricos, nomeadamente, K, Th e U, co-
registados numa cela comum da dimensão do pixel/malha, foi integrada em imagens coloridas 
compostas pela aplicação de um algoritmo algébrico a tais pixels/malhas). 
Todos os dados, existentes e novos, foram incorporados num Sistema de Informação 
Mineral (Mineral Information System - MIS) em formato ArcGIS, o qual poderá ser 
consultado na DNG. 
INFRA-ESTRUTURAS E GEOMORFOLOGIA 
A área coberta pela presente Notícia Explicativa (Volume 1), mais adiante designada por 
‘área cartografada’, ocupa a região meridional de Moçambique, a sul do paralelo 20º S. 
Apresenta uma superfície de aproximadamente 170 000 Km2. As infra-estruturas e 
geomorfologia da área são abordadas nos Capítulos 3 e 4. O último inclui uma revisão breve 
das zonas ou ciclos fisiográficos, de acordo com King (1961) e lida com o conceito de 
‘tectónica do sôco’. 
LITO-ESTRATIGRAFIA E GEOLOGIA REGIONAL 
Aquando da preparação dos produtos cartográficos digitais foram aplicados princípios 
modernos de lito- e tecto-estratigrafia. Por forma a facilitar a correlação entre as unidades lito- 
e tectono-estratigráficas de Moçambique e as dos países vizinhos, descreve-se no Capítulo 5, 
de forma abreviada, a geologia regional de África. 
A África é largamente composta por um mosaico de cratões e cinturões móveis 
arcaicos, amalgamados por cinturões dobrados alongados, de idade proterozóico-câmbrica. 
Estes encontram-se cobertos por sedimentos indeformados e rochas extrusivas associadas, de 
idades neoproterozóica, carbonífera tardia a jurássica inicial e cretácico-quaternária (Tabela 
A.1; principalmente segundo Gabert, 1984; Dirks and Ashwal, 2002). Cinturões dobrados 
mais jovens, deformados durante as orogenias hercínica e alpina, apresentam apenas extensão 
local. 
 
Tabela A.1. Domínios tectono-estruturais-magmáticos de África. 
 
Evento/Sistema Era/Período Idade (M.a.) 
Fase principal Neogénico – Presente 23 - 0 Sistema do Rifte Este-Africano (SREA) 
Fase inicial Cretácico – Paleogénico 140 - 23 
Karoo Carbonífero Superior – Jurássico Inferior 318 - 180 Terrenos Gondwanides 
Plataformas pós-pan-africanas <542 
Orogenia pan-africana Neoproterozóico – Câmbrico 750 - 490 Pan-Africano 
Bacias do Pan-Africano inicial Neoproterozóico 900 - 700 
Kibariano/Irumides/Grenvilliano Mesoproterozóico 1450 - 900 
Fase tardia ~ 1860 Ubendiano/Usagariano 
Fase inicial 
Paleoproterozóico 
2100 - 2025
Cratões (terrenos de granitos e rochas verdes) e cinturões móveis Arcaico 3800 - 2500
 
Volume 1 
 Page 20
As unidades lito-estratigráficas constituintes do território moçambicano podem ser 
convenientemente divididas entre um sôco cristalino com idade arcaica-câmbrica e uma 
cobertura de rochas com idade fanerozóica. 
O sôco cristalino compreende um conjunto heterogéneo de paragnaisses supracrustais 
metamorfizados, granulitos e migmatitos, ortognaisses e rochas ígneas. Do ponto de vista 
geodinâmico, é normalmente aceite que o sôco cristalino de Moçambique é composto por três 
terrenos* diferentes, que colidiram e se amalgamaram durante o Ciclo Orogénico Pan-
Africano (COPA). 
Anteriormente à amalgamação pan-africana, cada terreno era caracterizado por um 
desenvolvimento geodinâmico individual e específico. Provisoriamente, estes terrenos são 
designados por Gondwana Este, Gondwana Oeste e Gondwana Sul (Tabela 5.4). As litologias 
do sôco discutidas na presente Notícia Explicativa (Volume 1) pertencem ao Terreno do 
Gondwana Sul e estão circunscritas à região noroeste da área cartografada. 
A grande maioria das unidades litológicas cartografáveis existentes na área abrangida 
pelo presente documento representa sucessões sedimentares que estão associadas com a 
evolução geodinâmica pós-pan-africana da região sudeste de África. Litologias do Supergrupo 
do Karoo foram descritas para consideráveis áreas e compreendem principalmente membros 
vulcânicos do Karoo Superior, os quais se encontram tipicamente bordejantes às margens dos 
terrenos precâmbricos por força de processos de extensão crustal e de abertura continental. O 
desmembramento do Gondwana está estritamente associado com marcante magmatismo 
extrusivo com cerca de 190 M.a. e representa o primeiro, mas firme, passo para a formação da 
Bacia de Moçambique. 
Depois de um período de acalmia que durou cerca de 50 M.a., a deriva e dispersão 
continental foi reactivada (aproximadamente aos 140 M.a.), facto que é manifestado pela 
instalação de corpos carbonatíticos dispersos, quimberlitos e rochas ígneas alcalinas 
associadas, e pela deposição de sequências sedimentares do Cretácico Inferior e até mais 
jovens, sobre as rochas relacionadas com o desmembramento do Gondwana. 
O desenvolvimento do Sistema do Rifte Este-Africano também foi iniciado no 
Cretácico, mas fortemente acelerado no Terciário. No domínio de Moçambique, a formação 
de margens passivas e o desenvolvimento do Rifte Este-Africano são processos sobrepostos e 
coevos. Os dois processos geodinâmicos combinados iniciaram um período prolongado de 
desenvolvimento de bacia, com subsidência, ascensão continental e flutuações episódicas 
eustáticas do nível do mar, que definiram a principal moldura do desenvolvimento da Bacia 
de Moçambique, o qual tem sido contínuo até aos nossos dias. 
Esta bacia forma a porção maior da área cartografada, com uma superfície de cerca de 
185 000 Km2 no continente, bem como um considerável domínio marinho. A coluna 
sedimentar geral da Bacia de Moçambique pode ser subdivididanuma sequência de 
plataforma pouco profunda e em sequências mais profundas que estão restritas a várias 
estruturas estreitas do tipo rifte. Cinco sequências deposicionais maiores, de idade cretácico-
terciária, foram reconhecidas como estando delineadas por descontinuidades ou hiatus. 
 
____________________ 
* O termo ‘terreno’ é usado para indicar uma unidade tectónica de dimensão variável, ou seja, uma 
placa litosférica, um fragmento ou lasca de placa ou, ainda, uma massa tectónica tal como uma nappe. 
Por outro lado, ‘terreno’ constitui um termo genérico, grosseiramente comparável a ‘área’. 
 
Volume 1 
 Page 21
As mudanças de fácies registam geralmente uma transição, em direcção a leste, de 
depósitos terrestres, parálicos e marinhos de fraca profundidade, e de depósitos marinhos 
típicos e espessos, os quais podem registar espessuras significativas como, por exemplo, 
superiores aos 10 000 metros na região do delta do Rio Zambeze. 
Rochas sedimentares cretácico-terciárias foram expostas à erosão durante o Cenozóico 
Superior, resultando que as épocas do Pliocénico, Pleistocénico e Holocénico consistem 
essencialmente de produtos de alteração retrabalhados e desagregados. Embora o 
Pleistocénico consista principalmente de areias de dunas erodidas, avermelhadas e 
parcialmente consolidadas, a maior parte do Holocénico consiste de aluviões recentes e de 
areias de dunas interiores e exteriores. Apesar destes depósitos quaternários formarem 
geralmente apenas uma camada de cobertura fina, ocupam cerca de 90% da superfície de 
terreno da área presentemente cartografada. 
TERRENO DO GONDWANA SUL - CRATÃO DO KALAHARI E 
CINTURÕES DOBRADOS DE IDADE PROTEROZÓICA 
O Terreno do Gondwana Sul é composto por um núcleo arcaico, sedimentos de plataforma 
proterozóicos e cinturões dobrados proterozóicos. 
O núcleo arcaico, conhecido como Cratão do Kalahari, foi afectado por um 
desenvolvimento geodinâmico prolongado e complexo, entre 3.5 e 2.5 G.a., seguido por uma 
extensão paleoproterozóica aos ~2.0 – 1.7 G.a. e por outra extensão mesoproterozóica pré-
kibariana aos cerca de 1350 – 1250 M.a. A maior parte da crusta juvenil foi acrecionada nas 
margens oriental e sul do Cratão do Kalahari durante a amalgamação colisional da Antárctica 
e a formação do Supercontinente Rodinia aos ~1000 – 1100 M.a. (Jacobs et al. 1993; 
Grantham et al. 1997; Wareham et al. 1998; Manhiça et al. 2001). 
A posterior fragmentação do Rodinia (~1000 – 850 M.a.), dispersão e reagrupamento 
de fragmentos, originaram a amalgamação dos Terrenos do Gondwana Este, Oeste e Sul, para 
além da impressão sobreposta pan-africana do Grenvilliano e litologias mais antigas grosso 
modo entre 0.60 e 0.45 G.a. (de Wit et al. 2001; Manhiça et al. 2001). A deformação pan-
africana ao longo da margem do Cratão do Kalahari é manifestada pelo desenvolvimento de 
uma zona de cisalhamento orientada N-S e por uma segunda fase de migmatização e 
retrogradação. 
Uma pequena parte do Terreno do Gondwana Sul é restrito ao canto noroeste da área 
cartografada e coberta pela presente Notícia Explicativa (Graus Quadrados 2031/2032). 
Estas rochas proterozóicas podem ser divididas em três categorias, nomeadamente: (1) 
Sedimentos autóctones ou in situ e vulcanitos do Grupo mesoproterozóico de Umkondo; (2) 
Metassedimentos para-autóctones do Grupo de Gairezi* (engloba as anteriores Formações de 
Gairezi e de Fronteira); e (3) Metassedimentos alóctones do Complexo mesoproterozóico do 
Báruè. 
O Grupo de Umkondo representa uma sequência composta maioritariamente por 
rochas vulcano-sedimentares não metamórficas e indeformadas, que repousam 
discordantemente sobre o Cratão do Zimbabwe e o Cinturão do Limpopo. 
Na área de estudo, o Grupo de Umkondo inclui as Formações de Dacata* e de 
Espungabera*. A Formação de Dacata* compreende cinco membros, a saber: Quartzitos 
Inferiores (P2UDlq), Xistos Grafitosos (P2UDsc), Chertes (P2UDch), Siltitos (P2UDs) e 
Volume 1 
 Page 22
Quartzitos Superiores (P2UDqz). O tipo de rocha epiclástica mais comum é um siltito 
acastanhado, localmente xistento (Fig. 6.7), mas há igualmente quantidades consideráveis de 
quartzito. As rochas de Dacata são intruídas pelos corpos maciços e volumosos dos doleritos e 
dos microgabros de Mashonaland (datados de ~1.102 M.a.). O grau metamórfico no interior 
da Formação de Dacata* cresce ligeiramente no sentido este, onde ocorrem rochas do Grupo 
de Gairezi. As rochas do Grupo de Umkondo parecem apresentar a mesma idade dos corpos 
de doleritos e microgabros (Master, 2006). A Formação de Espungabera* ocupa áreas 
situadas a sul da Formação de Dacata* e é formada por andesitos basálticos amigdalóides 
(P2Uer). Estatigraficamente, estas lavas cobrem a Formação de Dacata*. 
O Grupo de Gairezi é normalmente composto por metassedimentos fortemente 
deformados, estendendo-se através de um cinturão estreito ao longo da fronteira com o 
vizinho Zimbabwe. Foram ali observadas texturas em duplex, compostas por porções de 
gnaisses arcaicos e metassedimentos proterozóicos carreados e dobrados. Rochas da sucessão 
metassedimentar para-autóctone de Gairezi foram originadas há ~2.04 G.a., numa garganta 
alongada bordejando a margem oriental do Cratão do Zimbabwe. São consideradas como 
representando relíquias de um cinturão dobrado e carreado com vergência para oeste, 
tectonicamente cobrindo a margem oriental do Cratão do Zimbabwe, formado durante o Ciclo 
Orogénico Grenvilliano (COG), há ~1.1 – 1.0 G.a.. 
O COG foi acompanhado por metamorfismo de grau de anfibolito, em conjunto com a 
instalação de granitóides pré- a sincinemáticos e migmatização dispersa. Na área cartografada 
as litologias de Gairezi compreendem várias rochas pelíticas como xistos moscovítico-
biotíticos (P1Zss), micaxistos porfiroblásticos (P1Zms) (Fig. 7.3), e micaxistos arenosos 
(P1Zas). Ocorrem ainda quartzitos sacaróides (P1Zqs), os quais formam a impressionante 
cadeia montanhosa de Sitatonga, orientada N-S, a qual representa uma superfície de 
escorrência contra a Formação de Umkondo. 
A maior parte dos cinturões proterozóicos dobrados situados ao longo da margem 
oriental do Cratão do Zimbabwe, desde o Rio Zambeze até ao Rio Búzi, são atribuídos ao 
Complexo do Báruè. Este é formado por unidades tectónicas que constituem massas 
alóctones, as quais foram dobradas e carreadas sobre a margem do Cratão do Zimbabwe. 
Embora a idade e a origem do Complexo do Báruè sejam duvidosas, o mesmo sofreu 
idênticos tipos de metamorfismo e deformação dos do Grupo de Gairezi. As litologias típicas 
do Complexo do Báruè compreendem gnaisses quartzo-granatíferos, feldspáticos e micáceos, 
bem como migmatitos, com intercalações menores de quartzitos, mármores e, localmente, 
rochas máficas. Os protolitos sedimentares destas litologias correspondem mais 
provavelmente a sequências monótonas de turbiditos num ambiente de margem passiva. 
Baseada numa subdivisão modificada do Complexo do Báruè, foram observadas duas 
subunidades na área cartografada: o Grupo de Chimoio e os Ortognaisses do Inchope. O 
primeiro consiste de paragnaisses migmatíticos muitas vezes intensamente deformados 
(P2BCml), assemelhando-se localmente a gnaisses granulíticos (Fig. 7.9). Apresentam-se 
invadidos por uma série de metadoleritos (P2db). Os últimos são os Ortognaisses do Inchope 
(P2Buig), com idade de 1.079 M.a., os quais apresentam predominantemente composição 
granodiorítica a tonalítica. 
 
Volume 1 
 Page 23
COBERTURA FANEROZÓICA - SUPERGRUPO DO KAROO 
A cobertura fanerozóica compreende todas as litologias depositadas posteriormente ao Ciclo 
Orogénico Pan-Africano. Geralmente, tais litologias são constituídas por sedimentos 
continentais (sub-) horizontais a marinhos, e rochas (sub-) vulcânicas associadas, que não 
foram afectadas por deformação penetrativa, mas que puderam ter sofrido deformação 
tectónica frágil intensa. 
A cobertura do Fanerozóico está dividida em (da mais antiga para a mais recente) 
Supergrupo doKaroo e um conjunto de sequências relacionadas com o Rifte Este-Africano. O 
primeiro pode ser dividido nos Grupos do Karoo Inferior e do Karoo Superior, os quais foram 
depositados durante o evento Karoo, ou seja, num rifte abortado ou numa fase de 
desmembramento do Gondwana. É caracterizado pelo desenvolvimento de fossas tectónicas 
intracratónicas e de bacias profundas, e terminou com a instalação da Grande Província Ígnea 
do Karoo, de idade jurássica inferior (~190 M.a.). 
Os sedimentos do Karoo cobrem polígonos pequenos distribuídos no interior da área 
cartografada e estão expostos no canto superior esquerdo da carta (Graus Quadrados 
2032/2033). O Karoo Inferior compreende as Formações de Moatize* e de Cádzi*. A 
Formação de Moatize* (PeM) assenta sobre as rochas metavulcânicas de Umkondo e é 
caracterizada por sedimentos argilosos de grão fino com camadas de carvão ocasionais e 
horizontes conglomeráticos enquanto que, por seu lado, a Formação de Cádzi* (PeC) 
compreende principalmente grés. 
Na área cartografada os cinturões vulcânicos do Karoo Superior incorporam o 
monoclinal dos Libombos, com direcção N-S a NNW-SSE, o monoclinal do Nuanétzi-Save, 
com direcção ENE-WSW a NE-SW e o cortejo filoneano de Okavango, orientado WNW-
ESW, reconhecido como uma junção tripla do Karoo (Botha and de Wit, 1996; More and 
Larkin, 2001), sensu Burke and Dewey (1973). Estas três feições lineares estão ligadas ou são 
controladas por zonas de fraqueza pan-africanas ou mesmo mais antigas. 
A Grande Província Ígnea do Karoo foi instalada na África Austral (a Bacia principal 
do Karoo situa-se na África do Sul e o cortejo de diques de Okavango no Botswana), na 
Antárctica (p. ex. na Terra de Maud) e nos plateaux basálticos oceânicos no Oceano Índico 
(Cunha de Explora e Escarpa de Andenes) durante o Jurássico (195 – 178 M.a.), apresentando 
o seu auge cerca dos 183 M.a. (Duncan et al. 1997), embora outros autores (p. ex., Fitch and 
Miller, 1984) assumam os dois maiores períodos de produção de mantos basálticos aos 193±5 
M.a. e 178±5 M.a. A área presentemente coberta pelos vulcanitos do Karoo atinge cerca de 
140 000 km2. Tratam-se apenas das relíquias visíveis deixadas após erosão prolongada ou 
sucessivo afundamento. As lavas originais poderão, muito provavelmente, ter coberto uma 
extensão de cerca de dois milhões de quilómetros quadrados (Cox, 1970; 1972). 
Os monoclinais dos Libombos e do Nuanétzi-Save podem ser considerados como 
grandes fissuras do tipo rifte, vulcânicos, que marcam a margem oriental dos Cratões do 
Kaapval e do Zimbabwe, em ascensão. A sua localização coincide com um importante 
intervalo geodinâmico entre espesso manto litosférico superior arcaico e manto litosférico 
superior moderno com espessura normal. Um rifting incipiente no monoclinal dos Libombos 
é caracterizado por vulcanismo ultrapotássico, representado pelos nefelinitos de Mashikiri e 
por lavas basálticas picríticas com teor elevado em Ti e Zr (Reid et al. 1997). 
Subsequentemente, foram instaladas rochas vulcânicas de composição bimodal, com basaltos 
toleiíticos do tipo ‘intra-placa’e riolitos. 
Volume 1 
 Page 24
Os basaltos (p. ex., a Formação Basáltica do Rio Sábiè e a Formação do Rio 
Nhavúdezi) foram gerados por descompressão adiabática do manto superior seguida por 
subducção junto à fronteira entre o manto superior e o manto inferior. A quantidade de riolitos 
subsequentemente extruídos (> 30 000 km3) é muito maior do que a prevista. Cleverly et al. 
(1984) concluíram que os riolitos foram produzidos por fusão parcial dos basaltos 
subductados de idade Karoo, na ou próximo da base da crusta, e não por refusão da crusta 
inferior. A descompressão e fusão contínua de gabros subductados principalmente juvenis na 
presença de água meteórica produziram vastas quantidades de magmas riolíticos (Harris and 
Erlank, 1992). Em Moçambique, junto à fronteira com a África do Sul, ocorrem alguns 
basaltos da Formação do Rio Sábiè (JrSba). 
Ignimbritos, tufos e lavas (JrU) da extensa Formação de Umbelúzi situados ao longo 
da referida fronteira e sobre os basaltos, representam os Riolitos de Umbelúzi em 
Moçambique (Figs. 8.7 and 8.21). A Formação de Umbelúzi compreende também alguns 
dacitos e traquidacitos (JrUt), brechas, basaltos (JrUb) e doleritos (do). 
Na parte superior desta maior litologia riolítica ocorrem níveis coalescentes de riolitos 
e basaltos, anunciando a instalação das lavas basálticas da Formação de Movene* (JrM) (Fig. 
8.16). Esta formação é caracterizada por vulcanitos de composição máfica, mas está associada 
com vulcanitos riolíticos subordinados (JrMr), como por exemplo os tufos do Membro dos 
Pequenos Libombos, evidenciando o carácter geoquímico bimodal deste conjunto. Os basaltos 
de Movene são dominantemente subalcalinos (Figs. 8.30 and 8.31). Ocorrem também 
quartzo-latitos (JrMq). 
Os sienitos nefelínicos (JrPns) e as lavas alcalinas de Pessene (JrPal), situados perto da 
cidade de Maputo, são mais jovens que a Formação de Movene*, a qual é também intruída 
por diques de gabro (Crgd) e doleritos colunares (Jrdo) (Figs. 8.27 and 8.28). 
Como as bancadas da Formação de Movene* mergulham com inclinação suave (~10º) 
sob as rochas mais recentes da Bacia de Moçambique, então representam as rochas vulcânicas 
mais jovens expostas e pertencentes ao monoclinal dos Libombos. Baseando-nos nas 
inclinações dos derrames vulcânicos com tendência para leste e também nos perfis de 
trabalhos sísmicos anteriores, sugere-se que a continuação do monoclinal dos Libombos em 
profundidade constitua a chamada crusta proto-oceânica que forma o sôco da Bacia de 
Moçambique (Oil and Gas, July 2001). 
As lavas basálticas amigdalóides (JrRN) da Formação do Rio Nhavúdezi* formam um 
cinturão contínuo com largura de 15 a 25 Km na área da carta geológica correspondente aos 
Graus Quadrados 2032/2033. Estendem-se desde a fronteira com o Zimbabwe até cerca de 
250 Km no sentido nordeste. O contacto ocidental entre aquela formação* e as metalavas da 
Formação de Espungabera* é tectónico. Por outro lado, a leste, os basaltos da Formação de 
Nhavúdezi* encontram-se principalmente cobertos por sedimentos não consolidados da 
Formação de Sena*. 
Volume 1 
 Page 25
COBERTURA FANEROZÓICA - SISTEMA DO RIFTE ESTE-
AFRICANO 
O Supergrupo do Karoo, manifestando uma fase abortada da abertura continental, é seguido 
por um período de deriva continental e dispersão do Supercontinente Gondwana, em conjunto 
com a abertura dos Oceanos Índico e Atlântico Sul. Esta fase é contemporânea do 
desenvolvimento do Sistema do Rifte Este-Africano (SREA), que se iniciou no Cretácico e foi 
acelerado durante o Terciário. O desmembramento continental continua até aos nossos dias, 
como é provado pela actividade tectónica corrente ao longo do referido SREA. Nas regiões 
central e meridional de Moçambique, os processos acima descritos permitiram o 
desenvolvimento da Bacia de Moçambique, a qual tem como fundo os vulcanitos do Karoo 
Superior de idade jurássica inferior e é coberta por sucessões sedimentares do Cretácico 
Inferior a Médio e mais recentes, bem como por rochas (sub-) vulcânicas subordinadas, que 
constituem o grosso das rochas descritas na presente Notícia Explicativa (Volume 1). 
A sedimentação cretácica corresponde a um conjunto de eventos tectónicos que 
afectam o sôco cristalino e a cobertura do Karoo, demonstrando dominância da deriva no 
Cretácico Inferior e Médio e pulsações térmicas no Terciário (Coster et al. 1989). Estas 
prolongadas forças tectónicas resultaram na criação de gargantas e grabens, separadas por 
elevações e horsts, e por uma subsidência importante em certas porções da margem 
continental. A deformação frágil encontra-se frequentemente sobreposta em zonas de fraqueza 
mais antigas, episodicamente rejuvenescidas, no sôco cristalino. No Cretácico Inferior a 
Médio, um rifting incipiente encontra-se associado à instalação de rochas vulcânicas alcalinas, 
incluindo carbonatitos e quimberlitos,

Continue navegando