Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Oxigenoterapia A principal função do sistema respiratório é trocar oxigênio e dióxido de carbono entre a atmosfera e as células do organismo, por meio da movimentação de gás para dentro e para fora do pulmões. O sistema respiratório está dividido em: • Vias aéreas superiores: estes subsistema é formado pela boca, nariz, cavidade nasal, faringe e laringe. Possui a função de captar, filtrar, umidificar e aquecer o ar. • Vias aéreas inferiores: este subsistema é formado pela traqueia, bronco principal direito e esquerdo, brônquios segmentares, bronquíolos e alvéolos – todas essas estruturas encontram-se no pulmão. Função do sistema respiratório Função do sistema respiratório • O sistema respiratório funciona pela ação contínua dos músculos que realizam a respiração, a qual é composta pela inspiração e pela expiração. A inspiração é um movimento ativo e consiste na entrada do ar, e a expiração é um movimento passivo, responsável pela saída do ar. Assistência respiratória ao paciente • Muitas doenças podem prejudicar a oxigenação do sangue, havendo a necessidade de se adicionar oxigênio ao ar inspirado. Há várias maneiras de ofertar oxigênio ao paciente, por exemplo, através de cateter ou cânula nasal, nebulização continua ou ventiladores. Oxigenoterapia • A oxigenoterapia é o nome de um tratamento terapêutico que consiste em fornecer oxigênio ao paciente. Nos casos em que o paciente apresenta um déficit de oxigênio, seja por uma questão ambiental ou geográfica ou até mesmo devido a alguma doença, o médico prescreve a administração de oxigênio como se fosse um medicamento. • O oxigênio é um gás inflamável que exige cauteloso manuseio relacionado ao seu transporte, armazenamento em ambiente livre de fontes que favoreçam combustão (cigarros e materiais inflamáveis) e cuidados no uso da válvula do manômetro. Na maioria das instituições de saúde, o oxigênio é canalizado; mas também existe o oxigênio armazenado em cilindros de aço portáteis, que permitem seu transporte de um local para outro. Oxigenoterapia • A insuficiência respiratória é definida quando o sistema respiratório é incapaz de atender às demandas metabólicas do corpo. O paciente pode apresentar dispnéia, agitação, cianose, confusão, sudorese ou sonolência causada pela hipoxemia. • Hipoxemia: pouco Oxigênio na corrente sanguínea, dificultando a oxigenação dos tecidos. • Hipóxia: deficiência de Oxigênio no nível celular. Oxigenoterapia A administração de oxigênio é realizada por sistemas classificados em: • Baixo fluxo: a fração inspirada de oxigênio é determinada pelo fluxo de oxigênio empregado, tamanho de reservatório do equipamento, volume da máscara facial ou tamanho do espaço anatômico. Exemplo: cateter tipo óculos, máscara simples. • Alto fluxo: a fração de oxigênio fornecido é preciso e constante, independentemente da alterações no padrão ventilatório. Exemplo: Máscara de venture Baixo Fluxo • Cateter nasal tipo óculos: o volume de oxigênio é de 3 a 5 L/min, conseguindo- se uma Fio2 (fração inspirada de oxigênio) máxima de 35% Baixo Fluxo • Máscara simples: fornece até 40% de Fio2, porém seu uso é limitado por não ter o tamanho adequado para todos os tipos de faces. Alto Fluxo • Máscara de Venturi: fornece de 60 a 80% de oxigênio ao paciente. Através do um sistema sob pressão faz a mistura de ar ambiente e oxigênio. Nebulizador • Utilizado principalmente para fluidificar a secreção das vias respiratórias. • é um equipamento eletrônico que utiliza a nebulização, ou seja, um método de administrar algum tipo de medicamento sob a forma de vapor, que então é inalada para os pulmões pelo paciente através de uma máscara ligada ao equipamento. Os nebulizadores podem ser domésticos ou hospitalares. Inalador • As soluções utilizadas no inalador devem seguir exatamente a prescrição médica, o que evita complicações cardiovasculares. A inalação deve ser realizada com o paciente sentado, e é a maneira de fluidificar secreções do trato respiratório ou administrar medicamentos broncodilatadores. • O inalador possui dupla saída: uma que se conecta à máscara facial e uma ligada a uma fonte de oxigênio ou ao comprimido através de uma extensão tubular. Ao passar pelo inalador, o oxigênio ou o ar comprimido vaporiza a solução que, através da máscara facial, é repassada ao paciente. Inalador Umidificadores • O oxigênio fornecido sob forma gasosa é seco, sendo necessário a adição de vapor de água antes que ele alcance as vias aéreas. Os umidificadores promovem umidade relativa de 60 a 100%. • Quando o fluxo usado é de 4 L/min, não há necessidade de umidificação, fluxos acima destes levam a secura da mucosa nasal e de orofaringe, bem como cefaleia, desconforto torácico e aumento da produção de muco. Umidificadores Oxímetro de pulso • A oximetria de pulso mede a saturação de oxigênio. Cuidados com paciente sob assistência ventilatória • Vigilância constante; • Controle de sinais vitais; • Monitorização cardíaca; • Avaliar quadro de dispneia, agitação psicomotora, cianose, confusão, sudorese ou sonolência; • Monitorar as trocas gasosas e o padrão respiratório por meio da gasometria e oximetria (monitor); • Observar alterações do padrão neurológico, como nível de consciência; • Aspirar secreções de vias aéreas superiores quando necessário; • Realizar higiene oral; • Avaliar aceitação alimentar e • Avaliar padrão psicológico. ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES NO ADULTO (TRAQUEOSTOMIA, NASOFARÍNGE E OROFARÍNGE) Objetivos • Manter vias aéreas desobstruídas removendo secreções; • Promover ventilação eficiente; • Permitir troca gasosa adequada. Profissionais habilitados para execução do procedimento • Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem Apenas pacientes não críticos podem ser aspirados por técnicos, pacientes críticos devem ser aspirados por Enfermeiros. Aspiração de Vias Aéreas • É uma técnica que tem como objetivo retirar fluídos das vias aéreas superiores do cliente, melhorando sua respiração e evitando a broncoaspiração. Esse procedimento pode ser realizado pelos profissionais de enfermagem e de fisioterapia. • Os pacientes em unidades de repouso/observação, unidades de internação e em atendimento domiciliar, considerados não graves, poderão ter esse procedimento realizado por Técnico de Enfermagem, desde que avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo de Enfermagem. • Materiais: • Bandeja contendo: • 01 par de luvas estéreis; • Sondas de aspiração adequadas1; • 04 ampolas de solução fisiológica 0,9% e/ou água destilada (AD) de 10 mL; • Máscara cirúrgica simples, óculos de proteção e avental de mangas longas; • 01 pacote de gaze estéril; • Algodão com álcool 70%; • Frasco coletor de secreções (caso ainda não esteja instalado); • Toalha de banho; • Estetoscópio • Biombos; • Verificar a régua de gases (vácuo e oxigênio). • Os pacientes atendidos em Unidades de Emergência, Salas de Estabilização de Emergência, ou demais unidades da assistência, considerados graves, mesmo que não estando em respiração artificial, deverão ser aspirados pelo profissional Enfermeiro. Cateter de Aspiração Vácuo de Aspiração Frasco Coletor Luva Estéril O que aspirar? • Cânula de traqueostomia • Nariz • Boca Sondagem Gástrica • É a introdução de uma sonda ou cateter pelo nariz ou boca, que passe pelo esôfago até chegar ao estômago. Tem por finalidade drenar o conteúdo gástrico, seja para descompressão ou para a retirada de conteúdos tóxicos ingeridos acidental ou intencionalmente pelo paciente. • Pode ser utilizada: • Aberta: drenagem de conteúdo gástrico e gases. • Fechada: Administração de medicamentos e dietas. Sonda de Levine • Quem passa a SNG? • Conforme a Ressolução do COFEN 453/2014, a passagem de SNG passou a ser competência do Enfermeiro devido a sua complexidade e cabendo aos técnicos e auxiliares a sua manutenção. • Materiais: • EPI’S (Óculos de proteção, máscara, luvas de procedimento);• Sonda de calibre adequado (nº 12, 14,16 ou 18 French para adulto normal e nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade); • Lubrificante hidrossolúvel (xilocaína a 2% sem vasoconstritor); • Gazes; • Seringa de 20 ml; • Toalha; • Recipiente com água; • Estetoscópio; • Luvas de Procedimento; • Tiras de fita adesiva (micropore, etc) • Coletor s/n. • Cuidados de enfermagem: • Observar o volume e aspecto do líquido drenado e anotar; • Sempre testar o posicionamento da sonda antes de administrar nutrientes ou medicações; • A seringa para ministrar medicações e nutrientes deve estar sem agulha; • lavar a sonda antes, durante a após a administração de medicações; • Antes de ser aberta a sonda deve ser pinçada para evitar a entrada de ar; • Após administrar medicações via sonda, a mesma deve permanecer fechada por 30 mim e só então ser aberta; • Sempre observar se a sonda não está exteriorizada. Medição • Lóbulo da orelha • Ponta do Nariz • Apêndice Xifóide Fixação Frasco Coletor Sonda Nasoenteral • A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no duodeno, necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da sonda. • Tem como função apenas a alimentação do paciente, sendo de escolha no caso de pacientes que receberam alimentação via sonda por tempo indeterminado e prolongado. Por isso, esta sonda só permanece aberta durante o tempo de infusão da alimentação. Medição Medição • LÓBULO DA ORELHA • PONTA DO NARIZ • APÊNDICE XIFÓIDE (2 DEDOS ABAIXO) Fixação Equipo de Dieta Frasco de dieta • Cuidados com sondagem • troca de fixação, administração de alimentação ou medicamentos por estes dispositivos, desprezo de débitos, assepsia do local da inserção, troca de curativos, pode ser realizada pelo enfermeiro ou pelo técnico sob a supervisão do enfermeiro.
Compartilhar