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Aula 5_Minerais e rochas

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UERJ/FEBF
Profº Wellington Santos
 1. O que é um mineral?
 2. Minerais e o átomo – Ligações químicas
 3. Composição química e estrutura cristalina
 4. Classificação dos minerais
 5. Como identificar minerais?
 6. Minerais formadores de rochas
 7. Os minerais e sua utilidade
 8. Origem e distribuição dos minerais
 9. Ciclo das rochas
 É um sólido homogêneo (possuem forma própria);
 Com composição química definida, mas que pode 
variar dentro de intervalos restritos;
 Formado por processos naturais inorgânicos;
 Possui uma estrutura interna ordenada (os 
átomos se encontram organizados em um arranjo 
tridimensional). 
 O que exclui as substâncias sintéticas ou 
artificiais;
 Mesmo quando apresentam as mesmas 
características de seus equivalentes naturais. 
Rubi natural e seu análogo sintético. O rubi é a variedade vermelha do mineral 
Coríndon (Al2O3). Um rubi sintético não é um mineral, apesar de ambos terem a 
mesma composição química e estrutura cristalina. 
 O gelo das geleiras, por exemplo, é um 
mineral;
 Já o gelo produzido em refrigeradores é um 
equivalente sintético do gelo natural;
 Na fala cotidiana, os compostos sintéticos 
recebem em geral os mesmos nomes de seus 
equivalentes naturais. 
Gelo natural e gelo sintético. O primeiro é um mineral por se formar em 
condições naturais. O segundo é sintético por se formar artificialmente. 
 O que exclui as substâncias cristalinas 
biogênicas;
 Ex: As conchas carbonáticas que encontramos 
nas praias podem ter:
 A mesma composição química;
 A mesma estrutura cristalina;
 Dos minerais calcita ou aragonita (CaCO3).
 No entanto, as conchas carbonáticas não 
são consideradas minerais;
 São formadas pelo metabolismo de 
organismos;
 Assim como as pérolas, produzidas por 
processos biogênicos. 
Conchas carbonáticas presentes em uma praia e pérola produzida por moluscos 
(ostras). Ambos não são minerais, pois são produzidos por atividades biogênicas. A 
pérola é considerada um mineraloide. 
Âmbar e recifes de coral. Materiais cristalinos naturais biogênicos. Assim como 
a pérola, são considerados mineraloides, pois não satisfazem plenamente as 
condições do conceito formal de minerais. 
Opala e obsidiana. Materiais cristalinos naturais inorgânicos, mas sem estrutura 
cristalina. São amorfas, não tem formato de cristal. São considerados mineraloides, 
pois não satisfazem plenamente as condições do conceito formal de minerais. 
 Estrutura cristalina é o nome dado ao arranjo 
tridimensional periódico de átomos, que gera 
sólidos simétricos;
 A grande maioria dos minerais é formada pela 
combinação de diferentes elementos químicos, 
em proporções fixas ou variáves;
 Há minerais com composição fixa, que 
praticamente não aceitam elementos estranhos 
em sua estrutura, como o quartzo (SiO2). 
Quartzo (SiO2). Praticamente não aceitam elementos estranhos em sua estrutura. 
 Alguns minerais são compostos por um único 
elemento químico, como o diamante (C), o 
enxofre (S) e o ouro (Au); 
Diamante (C), Enxofre (S) e Ouro (Au). 
Minerais compostos por um único 
elemento químico. . 
 Alguns elementos ou compostos químicos 
são conhecidos popularmente como “sais 
minerais”;
 Entretanto, nem todos os sais minerais são 
sais e nem todos têm origem mineral;
 As embalagens de alimentos se referem a 
“minerais” como ferro, potássio, sódio, que 
não são minerais e sim, elementos químicos. 
 A fala popular também não faz distinção clara 
entre os termos mineral e minério;
 Minério é um conceito econômico e se refere a 
minerais ou rochas que possam ser extraídos da 
natureza com lucro.
 A água mineral e o carvão mineral não são 
minerais. O 1º é líquido à temperatura ambiente. 
O 2º é formado por material biogênico. 
 Os minerais são formados por átomos
organizados em um arranjo tridimensional
denominado estrutura cristalina;
 Um átomo é a menor parte de um elemento 
químico e conserva todas as suas propriedades 
físicas e químicas;
 Tem um núcleo formado por prótons e nêutrons, 
circundado por uma nuvem de elétrons;
 As grandezas que definem os elementos 
químicos são:
 o número atômico (Z) que é o número de 
prótons de um átomo. 
 Como também a massa atômica (A), que é a 
soma de prótons e nêutrons;
 O número atômico é constante para um 
determinado elemento químico;
 Entretanto, átomos de um mesmo elemento 
químico podem ter diferentes nºs de nêutrons
e, portanto, diferentes massas atômicas;
 Esses são denominados ISÓTOPOS. 
 Os átomos buscam uma configuração eletrônica 
estável;
 Na busca dessa configuração, os átomos doam e ou 
recebem elétrons, tornando-se eletricamente 
carregados, chamando-se ÍONS;
 Cátions são os ÍONS positivos;
 Ânions são os ÍONS negativos. 
 As CARGAS dos ÍONS recebem o nome de valência. 
 Os elementos das colunas da direita têm 
tendência a ganhar elétrons e formar ânions, ou 
seja, possuem alta eletronegatividade;
 Já os elementos das colunas a esquerda 
tendem a perder elétrons e formar cátions; 
 Os elementos das colunas centrais são 
denominados elementos de transição e podem 
perder, ganhar ou compartilhar elétrons. 
 Apresentam íons de diversas valências (ex: 
Fe2+ e Fe3+);
 São os principais formadores de cores em 
minerais, devido a oscilações eletrônicas em 
seus orbitais internos incompletos;
 As cores são geradas por absorção seletiva da 
energia luminosa. 
 Determinam grande parte das propriedades 
físicas dos minerais;
 Os minerais podem apresentar em sua 
estrutura todos os tipos de ligações:
 Iônicas;
 Covalentes;
 Metálicas;
 Van der Waals e pontes de hidrogênio. 
 Ocorrem quando átomos doam e recebem
elétrons, e passam a ter cargas opostas;
 Estas ligações são fortes e os materiais 
iônicos tem baixa maleabilidade e alto ponto 
de fusão;
 Geralmente não são tão fortes quanto as 
ligações covalentes. 
Transferência de elétrons gerando cargas e atração eletrostática entre íons (Na+ e 
Cl− na halita - Na Cl)
 Se dão pelo compartilhamento de elétrons
dos orbitais de valência;
 Materiais covalentes têm baixa maleabilidade, 
alto ponto de fusão e alta dureza;
 As ligações iônicas e covalentes são as mais 
importantes presentes nos minerais. 
Compartilhamento de elétrons de valência entre átomos vizinhos.
 Apresentam cátions neutralizados por uma nuvem 
eletrônica comum que os envolve;
 Nessa nuvem, os elétrons se movimentam livremente, 
permitindo a condução de calor e eletricidade;
 Confere maleabilidade e ductibilidade aos materiais 
metálicos; 
 Os minerais com ligações metálicas são bons 
condutores elétricos e possuem brilho metálico. 
Elétrons com movimentação livre entre núcleos catiônicos (metais nativos como 
ouro, prata e platina). 
 São as ligações mais fracas, formadas por 
cargas eletrostáticas residuais;
 Minerais com esse tipo de ligação têm baixa 
dureza;
Ligações fracas que se dão por assimetria na distribuição de cargas em moléculas 
(ligações nos planos de clivagem de caolinita ou grafita). 
 A estreita relação entre composição química
e estrutura cristalina leva à definição de três 
conceitos decorrentes:
 Solução sólida;
 Polimorfismo;
 Isomorfismo. 
 São estruturas cristalinas em que um ou 
mais sítios iônicos são ocupados por 
diferentes elementos químicos;
 Isto é possível para ÍONS que tenham raios 
iônicos semelhantes;
 As soluções sólidas podem ser completas quando a 
diferença de raios iônicos dos íons que se 
substituem for menor que 15%;
 Como no caso da série das olivinas (Mg,Fe)2SiO4, 
onde Fe2+e Mg2+são intercambiáveis na estrutura;
 Ou seja, as olivinas podem apresentar qualquer 
proporção Fe:Mg, desde o extremo puro em Fe
(faialita Fe2SiO4) até em Mg (forsterita Mg2SiO4). 
 Quando as diferenças de raio iônico são maiores, as 
possibilidades de substituição se tornam limitadas;
 Isso forma soluções sólidas parciais, como no caso 
dos feldspatos alcalinos(KAlSi3O8 - NaAlSi3O8); 
 As diferenças de raio iônico entre K+ e Na+ permitem 
apenas uma limitada substituição de um pelo outro. 
 É a propriedade de uma substância química se 
cristalizar em diferentes formas;
 Minerais com a mesma composição química, 
mas estruturas cristalinas diferentes; 
 Os principais fatores que possibilitam o 
polimorfismo são pressão e temperatura. 
 Minerais com estruturas mais compactas são 
mais estáveis a pressões elevadas;
 Ex: diamante (C) – formado no manto a 
centenas de quilômetros; 
 A grafita (C), forma-se a profundidade 
relativamente pequena no interior da crosta e 
tem estrutura menos densa. 
 Ocorre em minerais de diferentes 
composições químicas que apresentam o 
mesmo tipo de estrutura cristalina;
 Ex: halita (NaCl) e Sylvita (KCl); fluorita (CaF2) 
e Uraninita (UO2);
 Possuem sistema cúbico. 
Isomorfos são minerais que têm o mesmo tipo de estrutura cristalina, mas 
composição química diferentes. Halita (NaCl) e Sylvita (KCl). 
 Anisotropia – Variações das propriedades físicas 
em função da direção dentro de um cristal;
 Isotropia – Materiais cujas propriedades físicas 
são as mesmas em todas as direções;
 OBS: Nos materiais anisotrópicos , uma ou mais 
propriedades físicas, como dureza, são distintas 
em diferentes direções na estrutura cristalina. 
Anisotropia de dureza da cianita (Al2SiO5 ), que tem dureza menor 
longitudinalmente (dureza 5) e maior transversalmente (dureza 7). 
 O principal fator que controla o arranjo dos 
átomos numa estrutura cristalina é o raio dos 
íons presentes na sua estrutura;
 O empacotamento ordenado dos átomos gera 
uma simetria, que é uma repetição ordenada das 
partes de um todo;
 Um dos conceitos relacionados à simetria de 
estruturas cristalinas é o número de coordenação. 
 Corresponde ao número de átomos que estão em 
proximidade imediata com um átomo de 
referência;
 Uma regra indica que, quanto maior for um íon 
em relação aos seus vizinhos, mais vizinhos 
poderão se acomodar ao seu redor, e vice-versa;
 Outra forma de se referir à coordenação de íons 
em uma estrutura é usando poliedros. 
 São figuras geométricas tridimensionais que 
idealmente reproduzem o empacotamento 
de íons ao redor de um íon de referência. EX:
 Sítio tetraédrico – 1 cátion é cercado por 4 
ânions;
 Sítio octaédrico – 1 cátion é cercado por 6 
ânions;
 Sítio cúbico – 1 cátion é cercado por 8 ânions. 
Nº de coordenação = 4 
(tetraedro)
Nº de coordenação = 
6 (octaedro) Nº de coordenação = 8 (cubo)
 O raio iônico do oxigênio
é 5x maior do que do 
silício; 
 Quando a diferença entre 
os tamanhos dos íons é 
tão grande, estes 
organizam-se numa 
estrutura chamada 
tetraedro. 
 Durante o crescimento do 
mineral halita, o Na+ e o Cl−
organizam-se na forma de 
um octaedro;
 O pequeno íon Na+ (azul) 
está rodeado por 6 íons Cl−
 Quando um mineral cresce, 
os íons que o constituem 
tentam empacotar-se o 
mais perto possível;
 Se os cátions e ânions
forem de tamanhos 
semelhantes serão 
organizados na forma de 
um cubo. 
A estrutura interna do mineral define como será a sua forma externa. Cada Na+ está 
rodeado por 6 íons de Cl−, numa posição octaédrica. Quando um mineral de halita 
está crescendo, os íons Na+ e Cl− se organizam numa estrutura externa cúbica. Cada 
cristal na imagem à direita contém milhões de íons empacotados de Na+ e Cl−. . 
O quartzo é constituído por tetraedros de SiO4. Cada tetraedro do SiO4 está ligado 
a outros quatro tetraedros de SiO4. O quartzo forma normalmente prismas 
hexagonais, que refletem a estrutura interna do mineral. 
 Os minerais são divididos em classes de 
acordo com seu ânion ou grupo aniônico;
 Em geral, minerais com o mesmo ânion 
possuem semelhanças físicas e morfológicas;
 O que não acontece com minerais que têm 
apenas um cátion em comum. 
 A siderita (FeCO3) tem mais semelhanças com a 
calcita (CaCO3), ou com a magnesita (MgCO3), 
do que com a pirita (FeS2) ou hematita (Fe2O3);
 Minerais com o mesmo radical aniônico tendem 
a se formar por: 
 Processos físico-químicos semelhantes; 
 E a ocorrer juntos na natureza. 
 1 – Silicatos;
 2 – Sulfetos;
 3 – Sulfossais;
 4 – Óxidos e hidróxidos;
 5 – Haletos;
 6 – Carbonatos;
 7 – Nitratos;
 8 – Boratos;
 9 – Fosfatos
 10 – Sulfatos
 11 – Tungstatos;
 12 – Elementos nativos. 
 Os SILICATOS são a classe mais abundante 
na crosta e manto terrestre. São os principais 
minerais formadores de rocha;
 Apresentam diversos tipos de estruturas 
cristalinas, decorrentes de diferentes modos 
de polimerização da sílica;
 As classes são divididas em grupos por 
critérios químicos. Os grupos são constituídos 
de espécies minerais. 
 Algumas espécies se relacionam entre si por 
soluções sólidas;
 Formam assim séries, cujos membros têm a 
mesma estrutura cristalina e diferentes
composições químicas (isomorfos);
 Ex: Série dos feldspatos plagioclásios. São 
minerais de mesma estrutura e que podem 
apresentar qualquer composição extrema:
 Sódica (Albita – NaAlSi3O8) e outra cálcica
(anortita – CaAl2Si2O8); 
 Em português, os nomes de novos minerais 
têm o sufixo “ita”. Enquanto que o sufixo “ito” 
se refere a rochas. 
 Os nomes de minerais podem indicar a 
localização de sua descoberta. EX: 
Brasilianita - NaAl3 (PO4)2(OH)4;
 Como também suas propriedades físicas. Ex: 
magnetita – Fe3O4;
 O elemento químico predominante. Ex: 
Molibdenita – MoS2;
 Pode homenagear uma pessoa proeminente. 
Ex: Andradita – Ca3Fe2 (SiO4)3. Em 
homenagem a José Bonifácio de Andrada;
 Os minerais conhecidos há muito tempo 
podem ter nomes consagrados, que não 
seguem as regras atuais;
 EX: Quartzo (SiO2); Galena (PbS); Rutilo (TiO2).
 Podem ser identificados pelas suas 
propriedades macroscópicas determinadas 
através de ensaios físicos simples;
 Uma identificação precisa, entretanto, requer 
o uso de equipamentos sofisticados . EX:
 Difratômetro de Raios X; 
 Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). 
 Forma habitual exibida pelos minerais, em 
decorrência de sua estrutura cristalina;
 Alguns minerais têm forma característica que auxiliam 
em sua identificação tais como:
 Laminar da mica muscovita – KAl2 (AlSi3O10)(OH)2
 Prismático da apatita – Ca5(PO4)3(OH,F,Cl)
 Fibroso da serpentina crisotila – Mg3Si2O5(OH)4
 Tabular da barita – BaSO4
Hábito laminar da muscovita Hábito prismático 
da apatita 
Hábito tabular da barita 
Hábito fibroso da crisotila
 Entretanto, nem todos os 
minerais têm um hábito 
característico que possa ser 
usado em sua identificação.
 Capacidade de permitir a passagem da luz, que 
divide os minerais em 
 Transparentes;
 Translúcidos; 
 Opacos.
 Os elementos nativos metálicos, óxidos e 
sulfetos são em sua maioria opacos;
 Refere-se ao modo como o mineral reflete a luz
e é geralmente dividido em brilho metálico e 
não metálico;
 Os minerais que refletem mais de 75% da luz 
incidente exibem brilho metálico. É o caso dos 
minerais opacos;
 Os que não atingem essa reflexão têm brilho não 
metálico. Entre eles temos o brilho vítreo, 
gorduroso e sedoso. 
Não metálico
Não metálico
Não metálico
Não metálico
Não metálico
Não metálico
Não metálico
Não metálico
Não metálico
 Resulta da absorção seletiva de comprimentos 
de onda da luz visível;
 Principalmente em virtude da presença de 
elementos químicos de transição (Fe, Cu, Ni, 
Cr, V) ou de defeitos cristalinos;
 Os minerais que tem cores características são 
chamados idiocromáticos. Ex: Malaquita verde 
Cu2CO3 (OH)2. 
 Os alocromáticos apresentam cores variadas, 
como o coríndon, o quartzo e a fluorita. 
Coríndon Al2O3 Quartzo SiO2 Fluorita CaF2
 É a cor do pó obtido ao se riscar o mineral 
contra uma placa de porcelana;
 É útil para se identificar minerais opacos, que 
em geral apresentam traço colorido;
 A maioria dos mineraistranslúcidos ou 
transparentes tem traço incolor. 
Traço castanho avermelhado da hematita 
Fe2O3 em placa de porcelana. 
Goethita FeO (OH), Hematita Fe2O3, 
Magnetita Fe3O4 e Molibdenita MoS2 
 É a resistência do mineral ao ser riscado. Para 
classificá-la utiliza-se a escala relativa de 
dureza de Mohs;
 Baseada na dureza relativa de 10 minerais 
utilizados como padrões;
 A sequência de minerais na escala de dureza 
indica que os minerais de dureza maior 
riscam os minerais de dureza menor. 
 Planos de fratura de notável regularidade;
 Refletem a presença de planos de fraqueza em 
determinadas direções na estrutura cristalina;
 As superfícies de clivagem são nomeadas de 
acordo com sua orientação cristalográfica;
 Ou em referência aos sólidos geométricos por 
ela formados (laminar, cúbica ou romboédrica).
Calcita CaCO3 – romboédrica , galena PbS - cúbica ; e biotita 
K(Mg,Fe)3(AlSi3O10)(F,OH)2 – Laminar ou basal
 Assim como a clivagem, as superfícies de 
fratura são controladas pela estrutura 
atômica interna do mineral;
 Podem ser irregulares ou conchoidais, 
quando apresentam ranhuras concêntricas, 
como no quartzo (SiO2); 
Quartzo SiO2
 A densidade absoluta ou massa específica é um 
valor escalar (g/cm³), medida pela relação direta 
entre a massa e o volume do mineral;
 Os minerais de brilho metálico apresentam 
densidades próximas da pirita FeS2 (5,0 g/cm³);
 os minerais de brilho não metálico apresentam 
densidades próximas do quartzo (SiO2) ou 
calcita (CaCO3) (2,6/2,7 g/cm³). 
 Qualquer mineral com uma densidade 
superior a 7 g/cm³ já é considerado muito 
denso, como é o caso do ouro (Au).
 Geminação é um intercrescimento do mesmo 
mineral com duas ou mais orientações;
 O tipo de geminação pode ser uma 
propriedade diagnóstica do mineral;
 Ex: geminação em cruz da estaurolita
(Fe,Mg,Zn)2Al9(Si,Al)4O22OH2
Estaurolita (Fe,Mg,Zn)2Al9(Si,Al)4O22OH2
 Entre os minerais mais comuns, a magnetita 
(Fe3O4) e a pirrotita (Fe1-xS) são os únicos atraídos 
pelo campo magnético de um imã de mão;
 Outros minerais podem apresentar magnetismo 
sutil, percebidos apenas por equipamentos mais 
potentes, como os eletroímãs. 
 Dos milhares de minerais conhecidos, apenas 
pouco mais de uma dezena são considerados 
minerais formadores de rochas;
 São constituintes essenciais das rochas mais 
abundantes da crosta terrestre;
 Isto porque a crosta é composta quase que em sua 
totalidade por apenas oito elementos químicos. 
 Mais de 70% da crosta é formada por 
oxigênio e silício;
 Em decorrência os silicatos são a classe 
amplamente predominante de minerais, 
constituindo mais de 90% de seu volume;
 Podemos dividir os minerais em silicatos e 
não silicatos. 
 São os mais abundantes minerais da crosta e do 
manto terrestres;
 Seu radical aniônico, a sílica SiO4(4−), forma 
tetraedros que se unem entre si ou com cátions
pelo compartilhamento dos átomos de oxigênio;
 É possível em virtude da distribuição interna 
da cargas nos tetraedros;
 Cada um dos 4 ânions de oxigênio (O-2) 
fornece metade da sua carga negativa para 
neutralizar o cátion silício (Si4+);
 O cátion silício se encontra no centro do 
tetraedro de coordenação. 
 Assim, cada ânion de oxigênio pode usar 
metade de sua carga para se ligar a outros 
cátions ou a outros tetraedros de SiO4(4−); 
O tetraedro de sílica e a distribuição de suas cargas
 Há 7 tipos. A classe dos silicatos é dividida em 
subclasses de acordo com o tipo de 
polimerização;
 Os principais minerais formadores de rochas são 
silicatos, tais como feldspatos, quartzo, olivinas, 
piroxênios, anfibólios, granadas e micas. 
 Os não silicatos, apesar de representarem 
menos de 10% em volume da crosta, têm 
grande importância científica e econômica;
 Os minerais são o substrato da vida, a matéria da 
qual nosso planeta é feito;
 Seria um desafio enumerar os materiais ao nosso 
redor que não contenham insumos minerais em si 
mesmos ou em sua cadeia de produção. 
 Os minerais são formados por diferentes 
tipos de processos naturais, que envolvem 
principalmente:
 A – A cristalização a partir de magmas;
 B – De soluções aquosas saturadas;
 C – Degradação de minerais preexistentes 
pela reação com fluidos;
 D – Reações em estado sólido entre minerais.
 Produto do resfriamento de magmas, que 
são líquidos de composição em geral silicática
e, mais raramente, carbonática;
 Os magmas são gerados pela fusão parcial de 
rochas do manto ou da crosta;
 Seu resfriamento leva à formação de um 
grande número de minerais. 
 A cristalização dos magmas não é homogênea;
 Minerais estáveis a temperaturas mais elevadas 
se cristalizam primeiro;
 À medida que a temperatura cai, outros minerais 
se cristalizam;
 Esta sequência de cristalização é conhecida 
como série de Bowen. 
 A cristalização de minerais a partir de 
soluções aquosas a baixas temperaturas (< 
100ºC) é um processo importante na:
 Formação de rochas sedimentares químicas;
 Um processo que ocorre em ambientes 
evaporíticos em desertos e nas plataformas 
carbonáticas marinhas. 
 Este tipo de cristalização também ocorre a 
temperaturas mais elevadas, até poucas 
centenas de ºC;
 Quando soluções aquosas quentes 
(hidrotermais) interagem com as rochas 
causando dissolução e precipitação de minerais. 
Excesso de sal cristaliza naturalmente. 
 Está intimamente relacionado com a 
precipitação a partir de soluções saturadas;
 As soluções aquosas, tanto a baixas 
temperaturas (intemperismo), como a altas 
temperaturas (hidrotermalismo) são:
 Importantes agentes de transformação da 
crosta terrestre, sendo importante na 
formação de jazidas. 
 Variações nas condições de pressão e 
temperatura podem levar a reações entre 
minerais no estado sólido;
 Sem que haja fusão ou dissolução do mineral 
original;
 As reações minerais em estado sólido são 
parte importante dos processos 
metamórficos. 
 A distribuição dos tipos de rochas na crosta 
continental indica que 95% do seu volume total 
corresponde a rochas ígneas e metamórficas;
 Apenas 5% são de rochas sedimentares;
 Entretanto, considerando a parte superficial da 
crosta continental e oceânica, os números se 
modificam: 75% sedimentares e 25% cristalinas. 
 As rochas ígneas ou magmáticas são 
formadas pela cristalização de magmas;
 Podem conter jazidas de vários metais como 
Au, Pt, Cu, Sn;
 Trazem a superfície do planeta importantes 
informações sobre as regiões profundas da 
crosta e manto terrestre. 
 As rochas sedimentares são produto da 
consolidação de sedimentos na superfície 
terrestre; 
 Os fósseis são encontrados em rochas 
sedimentares; 
 A importância econômica está em suas reservas 
de petróleo, gás natural e carvão mineral. 
 As rochas metamórficas são o produto da 
transformação de qualquer tipo de rocha quando 
exposta a um ambiente em que:
 As condições físicas (pressão e temperatura) ou 
composição química são muito distintas daquelas 
onde a rocha se formou;
 O estudo permite a identificação de grandes 
eventos geotectônicos fundamentais para o 
entendimento da atual configuração continental. 
 Representa as variadas possibilidades de 
transformação de um tipo de rocha em outro;
 Os processos ígneos são colocados no início do 
ciclo, pois se considera que nas fases iniciais de 
acreção e consolidação da Terra:
 A formação de rochas acontecia principalmente 
pela cristalização a partir de magmas. 
 As rochas à ação da atmosfera, hidrosfera e 
biosfera sofrem intemperismo;
 Faz com que as rochas percam sua coesão, 
sendo erodidas, transportadas e depositadas
em depressões onde:
 Após a diagênese (compactação e cimentação), 
passam a constituir as rochas sedimentares. 
 A dinâmica interna da Terra faz com que 
rochas formadas em um certo tipo de 
ambiente geológico:
 Sejam levadas a ambientes muito diferentes 
(pressão, temperaturae composição química);
 As rochas sofrem transformações
mineralógicas e texturais, tornando-se rochas 
metamórficas. 
 Quando as condições de metamorfismo são 
particularmente intensas, as rochas podem:
 Se fundir, gerando magmas que, ao se 
solidificar, darão origem a novas rochas ígneas;
 O ciclo das rochas existe desde os primórdios 
da Terra e, através dele, a crosta está em 
constante transformação e evolução. 
 ANDRADE, F.R.D.; McREATH, I.; FILHO, 
J.B.M.; ATENCIO, D. A Terra sólida: minerais e 
rochas. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; 
FAIRCHILD, T. M.; TAIOLI, F. (Orgs). 
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de 
Textos, pp 130-151. 2009; 
 Webgeology. Disponível em: 
https://www.nbvm.no/index.html

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