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Cap 3 - GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

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GESTÃO INTEGRADA DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOSRESÍDUOS
Me. Renata Cr ist ina de Souza Chatalov
I N I C I A R
Mege 1.00
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introdução
Introdução
No contexto desta Unidade, vamos estudar a questão da disposição �nal dos resíduos sólidos.
Para tanto, vamos iniciar com os aterros sanitários, que visam a destinação �nal dos resíduos,
buscando técnicas baseadas em engenharia para minimizar os impactos ambientais que os
resíduos podem causar ao meio ambiente. Trata-se de uma técnica controlada que traz
vantagens e desvantagens, as quais vamos estudar. Também abordaremos os aterros
industriais, que são formas de destinação �nal adequada para resíduos industriais. Além
disso, vamos re�etir sobre a questão da disposição �nal de resíduos perigosos, bem como os
tipos de tratamentos de resíduos e as formas de recuperação destes.
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O aterro é uma forma de disposição de resíduos no solo que, com base em critérios de
engenharia operacionais especí�cas, garante um con�namento seguro em termos de poluição
ambiental e proteção à saúde pública (SILVA, 2008). Embora o método seja simples, um aterro
sanitário requer cuidados, desde a seleção e o preparo da área até sua operação e seu
monitoramento. É de�nido pela NBR 8.419 (ABNT, 1992, p. 1) como:
[...] uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar
danos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais,
método este que utiliza princípios de engenharia para con�nar os resíduos sólidos à
menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com
uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos
menores, se necessário. O projeto deve ser elaborado para a implantação de um
aterro sanitário que deve contemplar todas as instalações fundamentais ao bom
funcionamento e ao necessário controle sanitário e ambiental durante o período de
operação e fechamento do aterro (ABNT, 1992, p. 1).
Para Barbosa e Ibrahin (2013), o aterro sanitário deve contar com todos os elementos de
proteção ambiental, tais como:
Impermeabilização de base e laterais;
Sistema de recobrimento diário e cobertura �nal;
Coleta e drenagem de líquidos percolados;
Aterro SanitárioAterro Sanitário
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Coleta e tratamentos dos gases;
Drenagem super�cial;
Tratamento de líquidos percolados e sistema de monitoramento.
Todos esses elementos tem como intuito evitar danos ao meio ambiente, evitar a
contaminação das águas subterrâneas pelo lixivado e o acúmulo do biogás resultante da
decomposição anaeróbia do lixo no interior do aterro.
A operação de aterros sanitários, conforme a Figura 3.1, consiste em um sistema de
impermeabilização de base e laterais, geralmente, um �lme plástico de polietileno de alta
densidade, com sistema de recobrimento diário do resíduo depositado e com cobertura �nal
da área quando saturada.
Para avaliar a e�ciêcia da operação de um aterro sanitário, é preciso fazer o monitoramento
ambiental, para isso, devem ser controladas as águas super�ciais e subterrâneas da área,
realizar o monitiramento da qualidade do lixiviado (também conhecido como chorume, que é
um líquido de cor escura, fétido e com elevado potencial poluidor, resultante da
decomposição da matéria orgânica) e do e�uente tratado; a caracterização dos resíduos da
massa aterrada; o monitoramento geotécnico do maciço do aterro; e o controle da saúde das
pessoas envolvidas na operação do aterro (BARBOSA; IBRAHIN, 2013).
Nesse contexto, segundo a Abrelpe (2017), as principais vantagens de um aterro sanitário são:
Baixo custo operacional;
Tecnologia conhecida;
Figura 3.1: Vala de um aterro sanitário. 
Fonte:  Georgy Stepanov / 123RF.
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Possibilidade de aproveitamento do biogás, que pode ser aproveitado para geração
de produtos, tais como: energia elétrica, calor e metano.
Também apresenta alguns pontos de atenção, tais como:
Grandes áreas para empreendimento;
Tratamento de lixiviado deve ser e�ciente;
Após a capacidade esgotada, ainda exige cuidados e manutenção por anos.
Podemos observar que, infelizmente, além de todo conhecimento sobre os aterros sanitários,
boa parte dos resíduos são lançados inadequadamente em “lixões”. A Figura 3.2 nos
apresenta um comparativo de resíduos que são dispostos em aterros e lixões em 2017 (em
ton./dia).
Podemos observar que, embora haja um avanço na destinação �nal dos resíduos, ainda
existem lixões e aterros controlados ativos, recebendo uma enorme quantidade de resíduos.
Figura 3.2 - Disposição �nal de RSU no Brasil no ano de 2017 (em toneladas por dia). 
Fonte: adaptada de ALBERPE (2017, p. 15).
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Aterro Industrial
A disposição em aterros industriais é uma das formas adequadas de destinação �nal dos
resíduos sólidos gerados pelas indústrias, porém, não é a única. De acordo com a norma ABNT
10004 (ABNT, 2004), resíduos sólidos industriais seriam todos os resíduos no estado sólido ou
semissólido resultantes das atividades industriais, incluindo lodos e determinados líquidos,
cujas características tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos
d’água ou que exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis.
A instalação de um aterro industrial é controlada por legislação própria que tem o intuito de
minimizar os impactos ambientais. Para isso, são obrigatórios a implantação de sistemas de
impermeabilização, a drenagem e o tratamento de gases e de e�uentes (BARBOSA; IBRAHIN,
2013).
Os orgãos responsáveis, no Brasil, pelo licenciamento e pela �scalização dos aterros
industriais são os órgãos ambientais estaduais, ou seja,  cada estado em que o aterro foi
instalado, além de normas registradas na ABNT que regem esse serviço e que dão respaldo ao
órgão público para aplicar a lei. Dessa forma, os aterros industriais podem ser classi�cados
nas classes, a saber:
i. Resíduos perigosos;
ii. : Não perigosos, não inertes;
iii. B: Não perigosos, inertes.
saiba mais
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A quantidade de lixões no Brasil, continua crescendo. Eram 1.559 lixões em 2016 e, em 201,7
passaram para 1.610.
Para saber mais, sobre o assunto acesse o conteúdo a seguir.
Fonte: Adaptado de Mello (2018).
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https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-09/lixoes-continuam-crescer-no-brasil-mostra-levantamento
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Para Silva (2008), em um aterro Classe I, são destinados os resíduos considerados perigosos,
por exemplo, resíduos in�amáveis, cinzas de incineradores, tóxicos e outros. Esse tipo de de
aterro precisa ser operado com cobertura total para evitar a formação de percolado, devido à
ocorrência de águas pluviais. Para isso, ele possui um sistema de dupla impermeabilização
com manta polietileno de alta densidade (PEAD), protegendo o solo e as águas subterrâneas.
O aterro classe I deve estar de acordo com o estabelecido pela norma NBR 10.157 (ABNT,
1987), que de�ne as exigências quanto aos critérios de projeto, à construção e àoperação de
aterros industriais Classe I (SILVA, 2008).
Como a legislação ambiental varia de acordo com o estado, antes do envio de qualquer
resíduo para um aterro industrial, deve-se estar atento às especi�cidades dos requisitos legais
acerca do tema. No Rio Grande do Sul, por exemplo, há uma portaria da Fundação Estadual de
Proteção Ambiental - FEPAM, Nº 16/2010, de 20/04/2010 que “dispõe sobre o controle da
disposição �nal de resíduos Classe I com características de in�amabilidade no solo, em
sistemas de destinação �nal de resíduos denominados “aterro de resíduos classe I” e “central
de recebimento e destinação de resíduos classe I”, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul”
(FEPAM, 2010, p. 2).
A Portaria Nº 16/2010 da FEPAM proíbe, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, a
destinação dos seguintes resíduos para aterro de resíduos Classe I e central de recebimento e
destinação de resíduos dessa classe:
Borras Oleosas; borras de processos petroquímicos; borras de fundo de tanques de
combustíveis e de produtos in�amáveis; elementos �ltrantes de �ltros de
combustíveis e lubri�cantes; solventes e borras de solventes; borras de tintas a base
de solventes; ceras contendo solventes; panos, estopas, serragem, EPIs, elementos
�ltrantes e absorventes contaminados com óleos lubri�cantes,solventes ou
combustíveis (álcool, gasolina, óleo diesel, etc); lodo de caixa separadora de óleo
com mais de 5% de hidrocarbonetos derivados de petróleo ou mais 70% de
umidade; solo contaminado com combustíveis ou com qualquer um dos
componentes acima identi�cados (FEPAM, 2010, p. 2).
Em um aterro Classe II-A, temos as seguintes características, a saber:
Impermeabilização com argila e geomembrana de PEAD;
Sistema de drenagem e de tratamento de e�uentes líquidos e gasosos e completo
programa de monitoramento ambiental.
Já em um Aterro Classe II-B, destinado aos resíduos inertes, não há a necessidade de
impermeabilização do solo, devido às características dos resíduos que nele devem ser
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dispostos, no entanto, é necessário o sistema de drenagem de águas pluviais e um programa
de monitoramento ambiental (SILVA, 2008).
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atividade
Atividade
Um aterro sanitário é uma forma adequada de disposição �nal dos resíduos sólidos em que, por meio
de técnicas de engenharia, os resíduos são dispostos no solo, cobertos por uma camada de solo (com
proteção por uma geomembrana) e há monitoramento de lixiviado e de gases. Sobre o aterro
sanitário, avalie as a�rmativas a seguir e classi�que (V) para Verdadeiro e (F) para Falso.
i. Resíduos oriundos de indústrias podem ser destinados a aterros sanitários.
ii. Resíduos de serviços de saúde Classe A (biológicos) podem ser encaminhados para aterros
sanitários sem tratamento prévio.
iii. O sistema de drenagem de águas pluviais de um aterro deve permitir a in�ltração de águas
pluviais para seu interior.
Assinale a alternativa que apresenta o que as a�rmações I, II e III são respectivamente:
a) V, V, V.
b) F, F, F.
c) V, F, F.
d) V, F, V.
e) F, F, V.
eduge
Typewriter
 A alternativa correta é a letra B, pois as três afirmações são falsas. A afirmativa I está incorreta, pois resíduos com origem em indústrias devem ser encaminhados para aterro industrial e não sanitário; a afirmativa II também falsa, pois resíduos biológicos devem ser tratados antes de serem enviados a aterros; a afirmativa III é inadequada, já que o sistema de drenagem não deve permitir a infiltração de águas pluviais.
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A destinação, o tratamento e a disposição �nal de resíduos sólidos devem seguir a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010), bem como a NBR 10.004 (ABNT), que classi�ca os
resíduos de acordo com as reações que produzem quando são colocados no solo.
Em atividades de gerenciamento de resíduos, a NBR 10.004 é uma ferramenta essencial, que
vem sendo aplicada por instituições e órgãos �scalizadores. A partir da classi�cação
estabelecida pela NBR 10.004, o gerador de um resíduo pode facilmente identi�car o potencial
de risco deste, bem como identi�car as melhores alternativas para destinação �nal e/ou
reciclagem.
Além disso, o gerenciamento de resíduos sólidos é matéria com previsão constitucional,
enquadrando-se nos dispositivos que preveem a obrigação de conservação da natureza, a
defesa do solo e dos recursos naturais, a proteção do meio ambiente e o controle de poluição
(BECHARA, 2013).
A instalação e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere
com resíduos perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas
autoridades competentes se o responsável comprovar, no mínimo, capacidade
técnica e econômica, além de condições para prover os cuidados necessários ao
gerenciamento desses resíduos (BRASIL, 2010, p. 20).
Resíduos PerigososResíduos Perigosos
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O artigo 38 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) nos diz que cabe às pessoas
jurídicas, que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, a
obrigação de se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos. Para o
cadastramento, as pessoas jurídicas necessitam contar com um responsável técnico pelo
gerenciamento dos resíduos perigosos, de seu próprio quadro de funcionários ou contratado,
devidamente habilitado, cujos dados serão mantidos atualizados no cadastro (BRASIL, 2010).
Cabe às pessoas jurídicas que operem com resíduos perigosos:
Manter registro atualizado e facilmente acessível a todos os procedimentos
relacionados à implementação e à operacionalização do plano de gerenciamento de
resíduos perigosos;
Informar anualmente ao órgão competente do SISNAMA e, se couber, do SNVS,
sobre a quantidade, a natureza e a destinação temporária ou �nal dos resíduos sob
sua responsabilidade;
Adotar medidas destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos sob
sua responsabilidade, bem como a aperfeiçoar seu gerenciamento;
Informar imediatamente aos órgãos competentes sobre a ocorrência de acidentes
ou outros sinistros relacionados aos resíduos perigosos.
No processo de licenciamento ambiental de atividades que operem com resíduos perigosos, o
órgão licenciador do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) pode exigir a contratação
de seguro de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou à saúde pública,
observando as regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação �xados em
regulamento (BRASIL, 2010).
Essas atividades, além do licenciamento ambiental, devem fazer o plano de gerenciamento de
resíduos sólidos, contemplado pela PNRS, na qual direcionam as formas de minimização, de
coleta, de tratamento e de disposição �nal dos resíduos. Estão sujeitos à elaboração de Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010):
Os geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;
Os geradores de resíduos industriais, ou seja, os gerados nos processos produtivos e
nas instalações industriais;
Os geradores de resíduos de serviços de saúde;
Os geradores de resíduos de mineração, ou seja, aqueles gerados nas atividades de
pesquisa, de extração ou de bene�ciamento de minérios;
Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: (a) gerem resíduos
perigosos; (b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por
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sua natureza, sua composição ou seu volume,não sejam equiparados aos resíduos
domiciliares pelo Poder Público Municipal;
As empresas de construção civil nos termos do regulamento ou de normas
estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA;
Os responsáveis pelos terminais de serviços de transportes originários de portos, de
aeroportos, de terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de
fronteira, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do
SISNAMA e, se couber, do SNVS;
Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente
do SISNAMA, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) ou do Sistema
Uni�cado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).
Quanto à destinação ou à disposição �nal de resíduos sólidos ou rejeitos estão estabelecidas
as seguintes proibições (BRASIL, 2010):
Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados
para essa �nalidade;
Outras formas vedadas pelo Poder Público.
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Saiba mais
Uma outra alternativa para eliminar o lixo tóxico, gerado por qualquer segmento industrial, seja ele
um hospital ou uma metalúrgica, é contratar uma empresa especializada na destinação correta
desses resíduos ou fazer o coprocessamento destes. Para saber mais, acesse o link.
Fonte: Adaptado de CETESAMBIENTAL (2019).
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eduge
Typewriter
https://www.cetesambiental.com.br/coprocessamento-residuos-perigosos
https://www.cetesambiental.com.br/coprocessamento-residuos-perigosos
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atividade
Atividade
Os resíduos perigosos podem ser incinerados, sendo a incineração um processo de queima na
presença de excesso de oxigênio, no qual os materiais à base de carbono são decompostos,
desprendendo calor e gerando um resíduo de cinzas, de gases e de escória.
Sobre a incineração, leia as a�rmações a seguir.
i. A incineração do lixo é um tratamento e�caz para aumentar o seu volume, tornando o
resíduo absolutamente inerte em pouco tempo, se realizada de forma adequada.
ii. Na incineração ocorre a decomposição térmica, via oxidação à alta temperatura da parcela
orgânica dos resíduos, sendo transformada em uma fase gasosa e outra sólida, na qual são
reduzidos o volume, o peso e as características de periculosidade dos resíduos.
iii. A incineração é um processo que, se não operado em condições adequadas, pode liberar
gases nocivos à saúde humana, além disso, tem um custo alto e torna-se inacessível para a
maioria dos municípios.
iv. A incineração seria uma alternativa que resolveria integralmente o problema da destinação
�nal de resíduos sólidos.
É correto o que se a�rma em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
eduge
Typewriter
 A alternativa correta é a letra C,
a afirmativa I está incorreta, porque na incineração há a diminuição do volume de resíduos, não o aumento; e a IV também está incorreta, porque não resolve integralmente o problema da destinação dos resíduos e, assim, há a necessidade de se providenciar uma disposição final adequada para as cinzas, as escórias e para o lodo resultante do tratamento dos gases. Já a afirmativa II está correta, porque trata da redução de volume e da periculosidade dos resíduos. A afirmativa III também está correta, porque se não for operada de maneira adequada a incineração pode trazer outros tipos de problemas ambientais.
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Agora, vamos conhecer alguns tratamentos de resíduos sólidos, tais como: biodigestor,
compostagem, incineração e pirólise.
Biodigestor
O biodigestor é um processo de tratamento que pode ser utilizado para dejetos de animais e
demais resíduos orgânicos que tenham alto teor de umidade, entretanto, existem sistemas
desenvolvidos para a decomposição anaeróbia de resíduos sólidos com menor teor de
umidade. Para esttes últimos, o tempo de decomposição é maior, mas é gerado o biogás,
composto principalmente por metano (cerca de 65%), gás carbônico e outros gases (SILVA
JUNIOR, 2015).
Um biodigestor deve ser composto por dois compartimentos: o primeiro é fechado,
recebendo os dejetos orgânicos (exclusivamente) que são decompostos anaerobiamente,
gerando o biogás e o biofertilizante, que será lançado gradativamente no segundo
compartimento, que é aberto.
O biofertilizante, resultante do processo, é um condicionador de solo que contém nitrogênio e
fósforo, com baixa carga orgânica e não provoca poluição quando lançado na lavoura. Em
lugares muito frios, é possível construir biodigestores aquecidos com o próprio biogás gerado,
a �m de manter uma temperatura adequada (entre 20 e 35ºC), não cessando a decomposição
e a produção de biogás (SILVA JUNIOR, 2015, p. 304).
Tratamento de ResíduosTratamento de Resíduos
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Assim como em aterros sanitários, na construção de um biodigestor, é preciso ter a
impermeabilização do solo. Esse é um processo que traz vantagens, tais como:
Pode receber vários tipos de resíduos orgânicos;
Se instalado e operado de forma adequada, pode gerar energia;
Há o aumento de vida útil dos aterros.
Já como desvantagens, podemos citar as seguintes:
Requer monitoramento;
Caso compostos, como o enxofre, se não forem reduzidos, podem ter  a vida útil dos
equipamentos comprometida.
Compostagem
A compostagem é uma forma de tratamento biológico da parcela orgânica de resíduos, na
qual podemos reduzir seu volume e transformar esses compostos húmus, que podem ser
aplicados ao solo.
Esse processo consiste na decomposição da matéria orgânica, em condições aeróbias
(presença de oxigênio) e de maneira controlada, a �m de obter um material estabilizado, não
sujeito mais às reações de putrefação, que se tratam da decomposição que ocorrem com os
resíduos orgânicos. A oxigenação pode ser feita de forma manual, por meio de reviramentos
em leiras de compostagem. Essa aeração tem por intuito suprir a demanda de oxigênio que os
microrganismos requerem e para controlar a temperatura. Dependendo do tamanho da leira,
esse reviramento pode ser feito por pás carregadeiras ou trator destinado a esse �m,
conforme apresentado na Figura 3.3. 
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Durante o reviramento das leiras de compostagem, é necessário liberar o calor para o
ambiente, então, é preciso fazer a correção da umidade, inserindo uma distribuição da água
uniformemente na massa de compostagem. É importante frisar que a água no processo de
compostagem deve ser natural, sem tratamento, pois a água tratada contém cloro e agentes
químicos, que eliminam todos os microrganismos e, até mesmo, aqueles que fazem a
decomposição da matéria orgânica. Esse processo de compostagem traz inúmeras vantagens,
tais como:
Reciclagem de nutrientes ao solo;
Aumento de vida útil do aterro sanitário;
Aproveitamento agrícola de matéria orgânica;
Processo ambientalmente seguro.
No entanto, se a compostagem for implantada com técnicas incorretas, pode causar
transtornos como mau cheiro e proliferação de vetores, além de produzir chorume e/ou
compostos de baixa qualidade e contaminados por papel e plásticos (ROCHA; ROSA;
CARDOSO, 2009). O produto �nal da compostagem, quando operado em condições ideais, é
conhecido como composto orgânico que possui coloração escura e com umidade reduzida.
Incineração
A incineração é um processo de queima na presença de excesso de oxigênio, na qual os
materiais à base de carbono são decompostos, desprendendo calor e gerandoum resíduo de
cinzas, de gases e de escória. É realizado sob alta temperatura de 900 a 1.200ºC, com tempo
de residência controlada e utilizada para tratamento de resíduos de alta periculosidade (SILVA,
2008). Segundo Monteiro et al. (2001, p. 140), um incinerador é:
Figura 3.3 - Processo de Compostagem (leira e pá para revolvimento). 
Fonte: Elenathewise / 123RF.
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Um equipamento composto por duas câmaras de combustão onde, na primeira
câmara, os resíduos, sólidos e líquidos, são queimados a temperatura variando
entre 800 e 1.000°C, com excesso de oxigênio, e transformados em gases, cinzas e
escória. Na segunda câmara, os gases provenientes da combustão inicial são
queimados a temperaturas da ordem de 1.200 a 1.400°C. Os gases da combustão
secundária são rapidamente resfriados para evitar a recomposição das extensas
cadeias orgânicas tóxicas e, em seguida, tratados em lavadores, ciclones ou
precipitadores eletrostáticos, antes de serem lançados na atmosfera através de uma
chaminé. Como a temperatura de queima dos resíduos não é su�ciente para fundir
e volatilizar os metais, estes se misturam às cinzas, podendo ser separados destas e
recuperados para comercialização. Para os resíduos tóxicos contendo cloro, fósforo
ou enxofre, além de necessitar maior permanência dos gases na câmara (da ordem
de dois segundos), são precisos so�sticados sistemas de tratamento para que estes
possam ser lançados na atmosfera (MONTEIRO et al., 2001, p. 140).
Vejamos, na Figura 3.4, um modelo de um incinerador utilizado para queima de resíduos.
São resíduos exemplos de resíduos passíveis de incineração, de acordo com Pinto (2011):
Resíduos sólidos e líquidos;
Resíduos orgânicos clorados e não-clorados (borra de tinta, agrodefensivos, resíduos
farmacêuticos, de laboratório e outros);
Resíduos hospitalares;
Resíduos inorgânicos contaminados com óleo.
São considerados resíduos não passíveis de incineração:
Figura 3.4: Incinerador.
Fonte: Martinh76 / 123RF.
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Radioativos;
Resíduos totalmente inorgânicos.
Na incineração, ocorre a decomposição térmica, via oxidação à alta temperatura da parcela
orgânica dos resíduos, sendo transformada em uma fase gasosa e outra sólida, na qual são
reduzidos o volume, o peso e as características de periculosidade dos resíduos. É importante
salientar que as escórias e as cinzas devem ser dispostas em aterro; os e�uentes líquidos
encaminhados para estação de tratamento para que possam retornar ao processo; já os gases
provenientes da queima devem ser tratados e monitorados sob os seguintes parâmetros:
vazão, temperatura, níveis de oxigênio, gás carbônico e materiais particulados (SILVA, 2008).
De acordo com Pinto (2011), é uma técnica que apresenta inúmeras vantagens, tais como:
Destruição total da parcela orgânica dos resíduos;
Monitoramento online de todo o processo;
Flexibilidade na forma de recebimento dos resíduos (tambores, bombonas, caixas,
fardos, sacos e big bags);
Redução do volume;
Recuperação energética;
Alternativa para não recicláveis.
É um processo que, além de tratar resíduos perigosos, também pode ser utilizado na queima
de outros resíduos reduzindo seu volume, pois as cinzas e as escórias ocupam menos espaços
em aterros. No entanto, se não operados em condições adequadas, podem liberar gases
reflitaRe�ita
Nesse contexto, é importante observarmos que a Gestão de Resíduos é importante até na sua destinação
�nal, desde que aconteça de forma adequada.
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nocivos à saúde humana, além disso, tem um custo alto e torna-se inacessível para a maioria
dos municípios.
Observa-se que a incineração não resolve integralmente o problema da destinação dos
resíduos e, assim, há a necessidade de se providenciar uma disposição �nal adequada para as
cinzas, as escórias e para o lodo resultante do tratamento dos gases (PINTO, 2011).
Em um processo de incineração, a característica do resíduo é o fator mais importante para
determinar a viabilidade de incineração deste. Segundo Silva (2008), os resíduos perigosos
podem ser divididos em cinco categorias, a saber:
Resíduos oleosos e óleos clorados;
Resíduos in�amáveis e orgânicos sintéticos;
Metais tóxicos;
Explosivos, metais reativos e seus compostos;
Sais, ácidos e bases.
O processo de incineração deve ser visto como um conjunto de cinco sistemas, que tem como
função:
Preparar o resíduo para queima;
Combustão do resíduo;
Tratamento dos gases de saída;
Tratamento de e�uentes;
Acondicionamento e disposição dos resíduos gerados no processo de queima e nos
equipamentos de controle de poluição do ar.
Pirólise
Na pirólise, há ausência de oxigênio, com produção de gás, de óleo e de carvão. É o processo
utilizado para a produção de carvão vegetal, no qual são produzidos como subprodutos o
extrato pirolenhoso e o alcatrão.
A pirólise pode ser utilizada, em equipamentos mais so�sticados, como um processo
anterior à gasei�cação. Em um equipamento com processo térmico misto, há fases
de baixo, médio e alto aquecimento durante o processamento dos resíduos. É
considerado um processo ecoe�ciente, pois não necessita de energia externa, além
de gerar excedente energético (SILVA JUNIOR, 2015, p. 310).
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Algumas vantagens que a pirólise apresenta são:
Minimização do volume de resíduos;
Geração de gás combustível para produção de energia;
Possibilidade de descentralização do tratamento, com redução da logística de
resíduos;
Minimização da necessidade de espaço em aterros sanitários.
Já como desvantagens desse processo, podemos citar:
Riscos com a operação do processo;
Custo elevado.
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atividade
Atividade
Em um processo de incineração ocorre a destruição de componentes orgânicos e a minimização da
presença de resíduos combustíveis nas cinzas resultantes. Sobre a incineração, assinale alternativa
correta:
a) A incineração de resíduo hospitalar é obrigatória.
b) Antes da implementação de incinerador é ideal tomar alguns cuidados.
c) A combustão secundária tem duração de 30 a 120 minutos, com cerca de 500 a 800 ºC.
d) As cinzas resultantes devem ser encaminhadas para lixões.
e) A incineração exige grandes áreas de instalações para sua implantação.
eduge
Typewriter
A alternativa correta é a letra B, porque antes de implantar um incinerador é preciso tomar cuidados, tais como: conhecer as características dos resíduos. A afirmativa “A” está incorreta, pois não é obrigatório que resíduos hospitalares sejam incinerados; a afirmativa “C” está incorreta, porque a fase descrita é a combustão primária; a afirmativa “D” está incorreta, a destinação final adequada são aterros; a afirmativa “E” está incorreta, porque não exige grandes áreas.
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Umas das formas de recuperar os resíduos é aproveitar o seu potencial energético. Existem
várias opções de procedimentos para a produção de energia elétrica a partir dos resíduos
sólidos urbanos. Vamos apresentar a seguir três desses procedimentos:
Incineração;
processamento biológico associado à compostagem;
utilização do biogás (GDL) emitido em aterros sanitários.
Aproveitamento energético por meio de
Incineração  
Segundo Saiani, Dourado e Toneto Júnior (2014), a incineração é a tecnologia mais usada para
o aproveitamento energéticodos resíduos sólidos urbanos em diversos países europeus, nos
Estados Unidos e no Japão, ou seja, países que apresentam elevadas pressões sobre o espaço
físico urbano, principalmente, em localidades mais populosas, o que reduz o número de
terrenos disponíveis para a construção de aterros.
A produção de energia elétrica pela incineração dos resíduos sólidos urbanos ocorre nas
chamadas usinas WTE (wast-to-energy) que, em média, são capazes de produzir entre 450 e
700 kWh por tonelada de resíduo.  Essas  usinas usam o vapor da incineração para a produção
de energia, seguindo um processo similar ao das usinas térmicas tradicionais. A capacidade de
Recuperação de ResíduosRecuperação de Resíduos
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produção depende da e�ciência na transformação do calor em energia e do poder calorí�co
(PC) dos materiais empregados na incineração.
Outra forma de aproveitamento energético dos resíduos industriais é por meio do
coprocessamento em fornos de cimento que, de acordo com Phillipi Jr. et al. (2014, p. 51),
“também pode ser entendido como uma forma de disposição �nal, apesar de ser considerado
um processo de incineração”.
Além de RSU, outra possibilidade de obter energia a partir de resíduos por meio de
incineração é a utilização de outros materiais, tais como: lodo de esgoto.
Processamento biológico associado à compostagem
Também podemos produzir energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos, possuindo
como benefício adicional a redução da destinação destes a aterros sanitários, sendo este o
processamento biológico, que deve ser associado à compostagem.
A compostagem pode ser de�nida como o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a
decomposição dos materiais orgânicos dos resíduos e, consequentemente, obter adubo
natural (orgânico). O artigo 3º da Lei n. 12.305 classi�cou a compostagem como uma
destinação ambientalmente adequada (BRASIL, 2010).
Enquanto no artigo 36 da PNRS foi estabelecido que, na responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de
saiba mais
Saiba mais
As usinas de geração de energia a partir de resíduos sólidos WTE (Waste-to Energy) surgem como
alternativa de investimento que poderia trazer benefícios tanto para a gestão dos RSU, pela
mitigação de impactos ambientais, quanto para o setor elétrico brasileiro. Para saber mais sobre o
assunto, acesse o conteúdo a seguir.
Fonte: MULLER; ARRUDA; HILUY FILHO (2018).
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https://www.producaoonline.org.br/rpo/article/view/2975
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manejo dos resíduos a implantação da compostagem para resíduos sólidos orgânicos e a
articulação com os agentes econômicos e sociais para a de�nição do uso do composto
resultante no processo (adubo).
No processamento biológico, os materiais orgânicos dos resíduos são convertidos em adubo
natural por meio da compostagem. O processamento ocorre naturalmente pela digestão
anaeróbica de microrganismos em áreas com baixas concentrações de oxigênio. Ao longo da
conversão dos materiais orgânicos, é liberado um biogás — também chamado gás do lixo
(GDL) — que pode ser utilizado na produção de energia, com potenciais impactos ambientais
negativos inferiores aos da incineração (SAIANI, DOURADO; TONETO JÚNIOR, 2014).
Segundo Saiani, Dourado e Toneto Júnior (2014), o processamento deve ocorrer
adequadamente em suas quatro fases, que são elas:
Na primeira fase, os resíduos sólidos precisam ser separados: retiramos o que poderá ser
destinado à reciclagem e mantemos apenas o resíduo orgânico. Após a separação, os resíduos
vão para um digestor no qual são diluídos por água limpa, água de esgoto ou por líquido
recirculante do e�uente do própriodigestor, permanecendo nessa imersão por
aproximadamente 20 dias (segunda fase).
Na medida em que o material vai sendo anaerobicamente digerido, o biogás é liberado,
captado e pode ser tratado para que suas impurezas sejam retiradas (terceira fase). Os
biossólidos resultantes podem ser aerobicamente tratados para a obtenção de adubo natural,
estabilizados para a destinação �nal em aterros ou reaproveitados como combustível na
incineração de usinas WTE, potencializando a capacidade de produção de energia a partir dos
resíduos sólidos (quarta fase).
Utilização do biogás (GDL) emitido em aterros
sanitários
Trata-se do aproveitamento energético do biogás da decomposição dos resíduos sólidos
urbanos que são emitidos em aterros sanitários. O gás do lixo (GDL) é gerado pela ação de
microorganismos, que decompõem anaerobicamente alguns materiais existentes nos
resíduos sólidos. Como um dos principais componentes do GDL, o metano pode ser
convertido em energia se, após coletado e �ltrado, alimentar geradores de combustão inerna
(SAIANI; DOURADO; TONETO JÚNIOR, 2014).
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Dessa maneira, uma usina de geração de energia a partir do biogás deve ser composta por
sistemas de captação, de secagem e �ltragem, de produção e de injeção nas redes de
distribuição. Além disso, é importante salientar que a geração de energia a partir de aterros
tem sua capacidade associada ao tempo em que os resíduos são depositados e que, após o
encerramento do aterro, as taxas de geração podem diminuir.
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Saiba mais
O estado do Paraná será o primeiro do Brasil a construir uma estação de energia por meio de lixo
orgânico e de esgoto. Será uma usina de biogás, que utilizará esses resíduos transformando-os em
energia para abastecer casas. Para saber mais sobre o assunto, acesse o conteúdo a seguir.
Fonte: Drumont (2019).
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https://casacor.abril.com.br/noticias/parana-sera-1a-usina-do-brasil-a-gerar-energia-atraves-de-esgoto-e-lixo/
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atividade
Atividade
Segundo o IBGE (2007), faz-se necessário esclarecer que as práticas da reciclagem, da compostagem e
da incineração não podem ser analisadas como técnicas de disposição �nal dos resíduos sólidos, mas
como processos de manejo do lixo urbano. Sobre o aproveitamento de resíduos sólidos, por meio da
compostagem, analise as a�rmações a seguir e assinale (V) para Verdadeiro e (F) para Falso:
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico –
PNSB. Contagem Populacional. Rio de Janeiro, 2007.
i. A compostagem consiste na decomposição da matéria orgânica, em condições aeróbias e
de maneira controlada, a �m de obter um material estabilizado, não sujeito mais as reações
de putrefação que ocorrem com os resíduos orgânicos.
ii. As usinas de compostagem transformam os resíduos orgânicos presentes nos resíduos
sólidos em compostos orgânicos, e também reduzem o volume destinado que seria
encaminhado a lixões.
iii. A compostagem também é conhecida por ser um tratamento biológico no qual a parte
orgânica do resíduo é decomposta pelos microrganismos presentes na camada super�cial
do próprio solo.
Assinale a alternativa que apresenta o que as a�rmações I, II e III, são respectivamente:
a) V, F, F.
b) F, F, F.
c) V, V, F.
d) F, V, V.
e) V, V, V.
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indicações
Material Complementar
FILME
Estamira
Ano: 2006
 Comentário: Estamira Gomes de Souza é uma mulher de 63 anos,
que sofre de distúrbiomentais e que trabalha em um aterro
sanitário que �ca no Jardim Gramacho, na cidade do Rio de Janeiro.
Trata-se de um documentário que fala sobre a história de uma
sobrevivente de um lixão.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível.
T R A I L E R
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LIVRO
O aproveitamento energético dos resíduos sólidos: as
causas do subaproveitamento do Biogás de aterro
sanitário no Brasil
Ana Paula Santos Del�no
Editora: Novas edições acadêmicas.
ISBN: 978-6202400565.
Comentário: O livro sugerido fala sobre as causas do
subaproveitamento do biogás de aterro sanitário do Brasil. Como
linha de investigação, trata dos instrumentos econômicos que
visam incentivar o aproveitamento energético dos resíduos sólidos
urbanos. Aborda que apesar de todo potencial que temos no Brasil,
a destinação �nal dos resíduos ainda é um problema enfrentado
pela sociedade atual.
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conclusão
Conclusão
Nesta Unidade estudamos a questão da disposição dos resíduos, item que também é
contemplado na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Iniciamos nossos estudos
explicando o conceito de aterro sanitário e industrial, apresentando como é essa disposição
�nal adequada de resíduos, bem como sua manutenção, suas vantagens e desvantagens. Em
seguida, abordamos a questão da disposição de resíduos perigosos.
Também tivemos a oportunidade de trabalhar com a questão dos tratamentos de resíduos,
tais como: incineração, pirólise, compostagem e biodigestores. E, por �m, encerramos nossos
estudos com a questão do aproveitamento energético dos resíduos por meio de incineração,
por processos relacionados à compostagem e à utilização de biogás emitido em aterros
sanitários.
referências
Referências Bibliográ�cas
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perigosos - Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. Rio de Janeiro, 1987.
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projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos. Rio de Janeiro, 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004 - Resíduos sólidos: classi�cação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
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energia-atraves-de-esgoto-e-lixo/>. Acesso em: 2 maio 2019.
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http://www.fepam.rs.gov.br/legislacao/arq/Portaria016-2010.pdf
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SAIANI, C. C. S.; DOURADO, J.; TONETO JÚNIOR, R. (orgs.) Resíduos sólidos no Brasil:
oportunidades e desa�os da lei federal nº 12.305 (lei de resíduos sólidos). 1.ed. Barueri, SP:
Minha Editora, 2014.
SILVA, F. R. Gestão de Resíduos Industriais. 2.ed. Via Spaipa, 2008.
SILVA FILHO, C. R. V. Gestão de resíduos sólidos: o que diz a lei. 3 ed. São Paulo: Trevisan
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IMPRIMIR
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