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MANUAL-DE-PERGUNTAS-E-RESPOSTAS-2020-2

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPA 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS 
 
CÂMARA TÉCNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: 
 
manual de perguntas e respostas 
 
2ª edição revisada e ampliada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE-MG 
2020 
3 
 
2020, Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a 
fonte. 
 
Exercício da enfermagem: manual de perguntas e respostas, 2ª edição 
revisada e ampliada 
 
Disponível em: http://www.corenmg.gov.br 
 
 
REVISÃO 2020: 
Andréia Oliveira de Paula Murta 
Octávia Maria Silva Gomes Lycarião 
 
COLABORAÇÃO: 
Débora Martins Silva 
Rayssa Ayres Carvalho 
 
REVISÃO DE TEXTO 
Eduardo Eustáquio Chaves Durães Júnior 
(MG 05149 JP) 
 
 
Ficha Catalográfica 
 
C755e Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. 
 Exercício da enfermagem: manual de perguntas e respostas / 
Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. – 2. ed. -- Belo 
Horizonte: Coren-MG, 2020. 
121 p. il. color 
 
 
 
 
 
 1. Exercício da enfermagem – dúvidas frequentes – perguntas e 
respostas. 
Elaborada pela Bibliotecária Meissane Andressa da Costa Leão - CRB6/2353 
 
 
 
4 
 
SEDE: 
 
Rua da Bahia, 916 – 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 9º, 10º, 11º, 12º e 13º andares 
Centro - Belo Horizonte/MG 
CEP: 30160-011 
Telefone: (31) 3238-7500 
www.corenmg.gov.br 
 
SUBSEÇÕES: 
 
GOVERNADOR VALADARES 
Av. Sete de Setembro, 2716 
1º andar, Edifício Medical Center 
Centro - Governador Valadares, MG 
CEP: 35.010-172 
Telefone: (33) 3279-5076 
Fax: (33) 3279-5078 
 
JUIZ DE FORA 
R. Batista de Oliveira, 470, Sala 701 
Centro - Juiz de Fora, MG 
CEP: 36.010-120 
Telefone/Fax: (32) 3213-3302 
 
MONTES CLAROS 
R. Correia Machado, 1025 
Edifício Premier Center 
Salas 103, 104 e 105 
Centro- Montes Claros, MG 
CEP: 39.400-090 
Telefone: (38) 3215-9992 / 3216-9100 
 
PASSOS 
R. Dr. Manoel Patti, 170-A 
Salas 2 e 4 
Centro – Passos, MG 
CEP: 37.900-040 
Telefone: (35) 3526-5821 
 
POUSO ALEGRE 
R. Bernardino de Campos, 39 
Sala 2 
Centro - Pouso Alegre, MG 
CEP: 37.550-000 
Telefone/Fax: (35) 3422-1961 
 
TEÓFILO OTONI 
R. Dr. Manoel Esteves, 323 
 
 
 
 
Salas 105 e 107 
Centro - Teófilo Otoni, MG 
CEP: 39.800-090 
Telefone/Fax: (33) 3522-1661 
 
UBERABA 
Av. Leopoldino de Oliveira, 3490 
Sala 601 
Centro – Uberaba, MG 
CEP: 38.010-000 
Telefone: (34) 3338-3708 
 
UBERLÂNDIA 
Av. Getúlio Vargas, 275 
Sala 605 
Centro - Uberlândia, MG 
CEP: 38.400-299 
Telefone: (34) 3210-0842 
 
VARGINHA 
Praça Champagnat, 29 - 2º andar 
Sala 200, Edifício Sílvio Massa 
Centro - Varginha, MG 
CEP: 37.002-150 
Telefone/Fax: (35) 3222-3108 
 
UAI Divinópolis 
Rua Goiás, 206 
Centro - Divinópolis, MG 
CEP: 35.500-001 
Telefone: (37) 3214-2212 / 3213-6473 
 
UAI Patos de Minas 
Avenida José de Santana, 1307 
Centro - Patos de Minas, MG 
CEP: 38.700-528 
Telefone: (34) 3821-3445 
3823-9723/ 7419/ 7519/ 9750 
5 
 
PLENÁRIO DO COREN-MG (2018-2020) 
 
DIRETORIA DO COREN-MG: 
Presidente: Carla Prado Silva 
Vice-Presidente: Lisandra Caixeta de Aquino 
Primeiro-Secretário: Érico Pereira Barbosa 
Segundo-Secretário: Gustavo Adolfo Arantes 
Primeira-Tesoureira: Vânia da Conceição Castro Gonçalves Ferreira 
Segunda-Tesoureira: Vanda Lúcia Martins 
 
DEMAIS MEMBROS EFETIVOS DO PLENÁRIO: 
Christiane Mendes Viana 
Elânia dos Santos Pereira 
Ernandes Rodrigues Moraes 
Fernanda Fagundes Azevedo Sindeaux 
Iranice dos Santos 
Jarbas Vieira de Oliveira 
Karina Porfírio Coelho 
Lucielena Maria de Souza Garcia Soares 
Maria Eudes Vieira 
 
SUPLENTES: 
Alan Almeida Rocha 
Cláudio Luís de Souza Santos 
Enoch Dias Pereira 
Elônio Stefaneli Gomes 
Gilberto Gonçalves de Lima 
Gilson Donizetti dos Santos 
Jaime Bernardes Bueno Júnior 
Kássia Juvêncio 
Linda de Souza Leite Miranda Lima 
Lívia Cozer Montenegro 
Maria Magaly Aguiar Cândido 
Mateus Oliveira Marcelino 
Simone Cruz de Melo 
Valdecir Aparecido Luiz 
Valéria Aparecida dos Santos Rodrigues 
 
COMITÊ PERMANENTE DE CONTROLE INTERNO 
Elânia dos Santos Pereira 
Iranice dos Santos 
Jarbas Vieira de Oliveira 
 
DELEGADAS REGIONAIS 
Efetiva: Carla Prado Silva 
Suplente: Lisandra Caixeta de Aquino
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 13 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 
 
2 ÁREA TEMÁTICA: GERAL ............................................................................... 15 
1) O que o Coren faz por nós? ............................................................................. 15 
2) Por que o Coren cobra anuidade? ................................................................... 17 
3) Por que o Piso Salarial da Enfermagem e a redução da Jornada de Trabalho 
para 30 horas Semanais não foram instituídos em Minas Gerais? Qual o papel do 
Coren-MG? .......................................................................................................... 18 
4) Quais atividades são privativas do Enfermeiro? .............................................. 19 
5) Quais atividades são proibidas ao profissional de Enfermagem? .................... 21 
6) É competência do profissional de Enfermagem a realização de atividades 
administrativas (recepção; abertura de consultório, separar prontuário, dentre 
outras)? ................................................................................................................ 22 
7) Enfermeiro pode atuar como Técnico de Enfermagem? .................................. 22 
8) Técnico de Enfermagem pode fazer especialização? E tem carteirinha de 
especialista? ........................................................................................................ 23 
9) O hospital tem que ter um Enfermeiro apenas para o Serviço de Controle de 
Infecção Hospitalar (SCIH)? Ou pode ser o mesmo enfermeiro da assistência? 23 
10) O Enfermeiro que assume o SCIH deve ter alguma gratificação? ................. 24 
11) Em quais comissões são obrigatórias a presença do Enfermeiro? ................ 24 
12) Qual a validade das carteiras profissionais? .................................................. 25 
13) O profissional de Enfermagem deve registrar as suas especializações? ...... 25 
14) É obrigatório o uso do carimbo? .................................................................... 26 
15) Quem pode emitir atestado de comparecimento? ......................................... 26 
16) Profissionais de Enfermagem militares devem possuir inscrição no Coren? . 27 
17) O Enfermeiro pode atuar em consultório particular? ...................................... 27 
18) O gerente da unidade pode fazer a escala dos profissionais de Enfermagem, 
inclusive férias? ................................................................................................... 27 
 
 
7 
 
3 ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE TÉCNICA ...................................... 29 
19) O que é Enfermeiro Responsável Técnico ou Enfermeiro RT? Para que serve 
a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)? .............................................. 29 
20) Ao solicitar ART para o PGRSS o Enfermeiro se responsabilizará pela 
assistência também ou apenas pelo PGRSS? .................................................... 30 
21) Somente o Enfermeiro pode gerenciar o PGRSS ou outros profissionais 
também podem? .................................................................................................. 30 
22) O Enfermeiro RT pode trabalhar com a jornada de 12x36 horas? ................. 31 
23) O Enfermeiro RT deve receber alguma gratificação por assumir a função? .. 31 
 
4 ÁREA TEMÁTICA: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ...................................... 32 
24) O Enfermeiro pode prescrever medicamentos? ............................................. 32 
25) Competeao profissional de Enfermagem a administração de Benzetacil nas 
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 32 
26) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Noripurum nas 
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 33 
27) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Ceftriaxona nas 
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 33 
28) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de metotrexate nas 
Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 34 
29) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de medicamentos 
injetáveis na atenção primária? ........................................................................... 34 
30) Compete ao profissional de nível médio realizar atividades na ausência do 
Enfermeiro? ......................................................................................................... 34 
31) Compete ao profissional de Enfermagem a realização de testes rápidos?.... 35 
32) Compete ao Enfermeiro a prescrição de curativos e coberturas? ................. 35 
33) O Enfermeiro pode solicitar exames? ............................................................ 35 
34) O Enfermeiro da Atenção Primária pode realizar toque retal e pedir exame de 
PSA? .................................................................................................................... 36 
35) Compete ao profissional de Enfermagem fazer retirada de bicho de pé? ..... 36 
36) Compete aos profissionais de Enfermagem do hospital buscar pacientes em 
via pública? .......................................................................................................... 37 
5 ÁREA TEMÁTICA: CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO ................ 38 
 
8 
 
37) O Enfermeiro Responsável Técnico do Centro Cirúrgico e Central de Material 
Esterilizado (CME) pode dividir as atribuições nos dois setores durante a mesma 
jornada de trabalho? ............................................................................................ 38 
38) O teste biológico nas Centrais de Materiais Esterilizados pode ser realizado 
por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem ou é privativo do Enfermeiro 
responsável pelo setor? ....................................................................................... 38 
39) Quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para uso 
em Centrais de Materiais Esterilizados (CME)? ................................................... 38 
40) Quais são as atividades que podem ser desenvolvidas pelo Atendente de 
Enfermagem no Centro de Material e Esterilização (CME)? ................................ 39 
 
 
6 ÁREA TEMÁTICA: GERENCIAL E ASSISTENCIAL ........................................ 40 
41) A quem compete a coleta de sangue por punção arterial na Enfermagem?.. 40 
42) A quem compete a realização do procedimento de sondagem gástrica ou 
entérica? .............................................................................................................. 40 
43) A quem compete a realização da lavagem gástrica? ..................................... 40 
44) Há obrigatoriedade de realizar raios-x após a sondagem gástrica e entérica? 
A quem compete solicitar os raios-x e avaliar o posicionamento? ....................... 40 
45) A quem compete a realização do procedimento de sondagem vesical de 
demora e de alívio?.............................................................................................. 41 
46) Profissional de Enfermagem de nível médio pode realizar diálise peritoneal?
 ............................................................................................................................. 42 
47) A quem compete a administração de nutrição parenteral? ............................ 42 
48) Profissionais de Enfermagem podem administrar medicamentos previamente 
diluídos por outros profissionais? ......................................................................... 42 
49) Quais as atribuições da equipe de Enfermagem na sondagem gástrica? ..... 43 
50) A quem compete o transporte de macas ou cadeira de rodas? ..................... 43 
51) Compete ao profissional de Enfermagem a realização do aprazamento de 
prescrições médicas? .......................................................................................... 45 
52) Compete ao profissional de Enfermagem montar respirador? ....................... 46 
53) O Enfermeiro pode fazer remanejamentos? .................................................. 46 
 
9 
 
54) Posso ser remanejado para um setor que nunca atuei, por um dia ou 
definitivamente? Posso me recusar a ir? ............................................................. 47 
55) O que deve ser anotado no livro de intercorrências do setor? O livro é 
obrigatório? .......................................................................................................... 47 
56) O profissional de Enfermagem pode realizar curativo em membro com calha 
gessada, colocar e retirar calha gessada? ........................................................... 48 
57) Quais profissionais de Enfermagem podem realizar o cateterismo intermitente 
limpo (CIL)? ......................................................................................................... 49 
58) O Auxiliar de Enfermagem pode atuar no setor de hemodiálise? .................. 51 
59) Os profissionais de Enfermagem podem atuar em laboratório e realizar o 
processamento de amostras ou essa função é privativa do Bioquímico? ............ 51 
 
 
7 ÁREA TEMÁTICA: ENFERMAGEM DO TRABALHO ...................................... 54 
60) Competência da equipe de Enfermagem em realizar os exames de 
audiometria, eletroencefalograma e eletrocardiograma em clínica de medicina do 
trabalho: ............................................................................................................... 54 
61) Há restrições quanto ao uso de esmaltes de unhas pela equipe de 
Enfermagem? ...................................................................................................... 54 
62) Compete aos profissionais de Enfermagem do Serviço de Saúde e Medicina 
do Trabalho (SESMT) prestar assistência aos casos agudos? ............................ 55 
 
 
8 ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO....................................................................... 56 
63) O Coren fiscaliza estágio? ............................................................................. 56 
64) O que é o estágio? ......................................................................................... 56 
65) O que é estágio obrigatório? .......................................................................... 56 
66) Professor precisa ter registro no Coren-MG? E o professor que atua apenas 
em sala de aula, precisa ter registro no Coren-MG? ........................................... 57 
67) É necessário ter concluído a disciplina de semiologia para fazer estágio extra-
curricular? ............................................................................................................ 58 
68) Considerando a suspensão judicial da Resolução Cofen nº. 441/2013, qual o 
aparato legal em vigor?........................................................................................ 58 
69) Qual a orientação do Coren-MG para as instituições de ensino? .................. 58 
 
10 
 
70) Qual a Carga Horária mínima para estágios de Cursos em Técnico de 
Enfermagem? ...................................................................................................... 60 
71) As atividades de extensão, monitorias e iniciação científica na educação 
superior desenvolvidas pelo estudante podem ser equiparadas ao estágio? ...... 6072) O estágio deve ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador e pelo 
supervisor? .......................................................................................................... 60 
73) Qual o papel do professor orientador da instituição de ensino? .................... 61 
74) O supervisor pode orientar até quantos estagiários? ..................................... 61 
75) O Enfermeiro pode exercer as atividades de preceptor de estágio no horário 
de serviço na instituição de saúde? ..................................................................... 61 
76) Quais são as obrigações legais das instituições de ensino em relação aos 
seus educandos em estágio? .............................................................................. 61 
77) Quais são as principais obrigações da parte concedente na relação de 
estágio? ............................................................................................................... 62 
78) A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de 
ensino e a parte concedente dispensa a celebração do Termo de Compromisso 
de Estágio? .......................................................................................................... 62 
79) O Enfermeiro do serviço pode supervisionar estágio de Enfermagem durante 
seu horário de trabalho na instituição? Ele pode acumular as funções de 
enfermeiro supervisor do serviço e de enfermeiro supervisor de estágio? .......... 62 
80) O Enfermeiro pode desenvolver a função de preceptor? ............................... 63 
81) Punção venosa, sondagem e outros procedimentos entre os próprios alunos 
podem ser adotados pela instituição de ensino? ................................................. 64 
82) Qual o posicionamento do Coren e Cofen frente aos cursos de educação à 
distância (EAD)? .................................................................................................. 64 
83) O Enfermeiro pode lecionar no Curso de Cuidador de Idosos? ..................... 65 
 
 
9 ÁREA TEMÁTICA: ESTÉTICA .......................................................................... 66 
84) O Enfermeiro está respaldado para atuar na área de estética? ..................... 66 
85) O botox então está permitido ou proibido? .................................................... 67 
 
 
10 ÁREA TEMÁTICA: ESTOMATERAPIA .......................................................... 68 
 
11 
 
86) Quais as coberturas podem ser prescritas pelo Enfermeiro? ........................ 68 
87) O Enfermeiro pode prescrever sulfadiazina de prata? ................................... 68 
88) O Enfermeiro pode prescrever colagenase com cloranfenicol? ..................... 69 
89) Qual o papel do Técnico de Enfermagem e do Auxiliar de Enfermagem no 
cuidado às feridas? .............................................................................................. 69 
 
 
11 ÁREA TEMÁTICA: NEONATOLOGIA ............................................................ 71 
90) O Enfermeiro pode instalar cateter epicutâneo? ............................................ 71 
 
12 ÁREA TEMÁTICA: ONCOLOGIA ................................................................... 72 
91) A quem compete a administração de quimioterápicos? ................................. 72 
 
 
13 ÁREA TEMÁTICA: PROCESSO DE ENFERMAGEM (PE) ............................ 73 
92) É obrigatória a implementação do Processo de Enfermagem (PE) em toda 
instituição hospitalar?........................................................................................... 73 
93) Sistemas de Classificação de Pacientes podem ser utilizados para determinar 
quais pacientes devem ser assistidos via Processo de Enfermagem? ................ 73 
94) O Enfermeiro pode realizar a prescrição de cuidados sem antes realizar o 
diagnóstico de Enfermagem? .............................................................................. 74 
95) Há legislação que defina a periodicidade para realização da evolução de 
Enfermagem pelo enfermeiro? ............................................................................. 75 
96) É obrigatória a evolução de enfermagem pelo Enfermeiro, Técnico e Auxiliar 
de Enfermagem? ................................................................................................. 75 
97) A prescrição de Enfermagem possui legalidade? O Técnico e o Auxiliar de 
Enfermagem têm a obrigatoriedade de executar e checar a intervenção de 
enfermagem prescrita? ........................................................................................ 76 
 
 
14 ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE MENTAL ............................................................. 78 
98) A contenção mecânica pode ser feita sem a prescrição médica e sem a 
supervisão direta do Enfermeiro? ........................................................................ 78 
 
12 
 
99) A equipe de Enfermagem pode manter a prescrição médica por tempo 
indeterminado e inclusive transcrever esta prescrição?....................................... 78 
 
 
15 ÁREA TEMÁTICA: TERAPIA INTENSIVA ...................................................... 80 
100) O Enfermeiro pode utilizar a máscara laríngea? Ou é legal a utilização da 
máscara laríngea pelo profissional Enfermeiro? .................................................. 80 
101) O Técnico de Enfermagem pode realizar aspiração traqueal? .................... 80 
 
16 ÁREA TEMÁTICA: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .......................................... 83 
102) É competência dos profissionais de Enfermagem realizar a montagem, 
conferência e reposição de medicamentos e materiais dos carrinhos de 
emergência? ........................................................................................................ 83 
103) Compete à Enfermagem chamar o médico ou outros profissionais no 
descanso para atendimento de paciente? ........................................................... 84 
104) Qual a competência dos profissionais de Enfermagem na Triagem, 
Acolhimento e Classificação de Risco? ............................................................... 85 
105) Compete ao Enfermeiro dispensar pacientes na classificação de risco?..... 86 
106) Qual profissional de saúde pode utilizar o desfibrilador dentro de um 
ambiente hospitalar. Qual profissional pode realizar a rápida desfibrilização no 
paciente? ............................................................................................................. 86 
107) O Enfermeiro tem respaldo para realizar a desfibrilação com o desfibrilador 
manual, sem a autorização da equipe médica? ................................................... 87 
108) Técnicos e Auxiliares de Enfermagem podem ministrar curso de primeiros 
socorros? ............................................................................................................. 88 
 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 89 
 
APÊNDICE ......................................................................................................... 102 
 
 
13 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A Enfermagem é um campo de trabalho bastante rico e diversificado, o que 
faz com que surjam diversas dúvidas quanto à atuação do profissional em cada uma 
das inúmeras áreas ofertadas no mercado. Com a finalidade de esclarecer os 
questionamentos mais comuns e frequentes dos profissionais, é que elaboramos o 
presente manual. 
A opção pelo modelo de “Perguntas e Respostas” deve-se à ideia de facilitar 
o manuseio e consulta do material, além de servir para chamar a atenção do 
profissional de Enfermagem para os principais pontos que cercam cada tema aqui 
abordado. No entanto, embora o viés prático seja a prioridade, em momento algum 
desconsideramos as referências teóricas pertinentesao exercício da profissão, 
tendo em vista a complexidade de cada área. 
O trabalho que resultou no “Perguntas e Respostas” tornou-se possível com a 
colaboração de enfermeiros fiscais e conselheiros do Coren-MG, bem como de 
acadêmicos de Enfermagem, cujos nomes estão citados na página anterior, os quais 
gentilmente foram cedidos para compor a equipe técnica responsável pela 
elaboração desta tarefa. 
Estamos certos de que o presente manual será útil a todos os profissionais de 
Enfermagem, já que será capaz de fornecer a eles subsídios para uma atuação cada 
vez melhor e mais eficaz da profissão. 
 
 
 
Enfermeira Carla Prado Silva 
Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 
compõe o Departamento de Fiscalização do Coren-MG e desta forma, mantém 
contato frequente com os profissionais de enfermagem de diversas áreas de 
atuação, além de atender a situações advindas dos processos da Unidade de 
Fiscalização, da Unidade de Processo Ético e até mesmo de órgãos externos ao 
Conselho, quando estas envolvem o exercício profissional da enfermagem. 
 Diante do atendimento realizado aos profissionais, setores e órgãos, tornou-
se possível elencar as principais dúvidas então recebidas pela Câmara Técnica do 
Coren-MG e organizá-las no formato de Perguntas e Respostas Frequentes, ligadas 
ao exercício profissional da enfermagem. Trata-se da segunda edição deste Manual, 
que foi organizado de acordo com as áreas temáticas existentes na Câmara 
Técnica, relacionadas aos assuntos abordados. A primeira área temática foi 
nominada “Área Temática: Geral” e aborda dúvidas relacionadas à atuação e 
funcionamento do Conselho Regional de Enfermagem e ao próprio exercício 
profissional, aplicadas a qualquer área de atuação em que o profissional esteja 
inserido. As demais áreas tratam de atividades específicas, que compõem o amplo 
campo de atuação das categorias profissionais da enfermagem. 
 Objetivou-se apresentar aos profissionais de enfermagem um material 
acessível, de fácil consulta e que obedece ao rigor técnico, científico, ético e legal 
das informações. 
 Os profissionais de Enfermagem podem ainda acessar, através do site do 
Coren-MG, todos os Pareceres Técnicos elaborados e publicados por esta Câmara 
Técnica. Os profissionais devem buscar conhecimento cada vez mais aprofundado 
sobre as normativas que regulam e orientam seu exercício profissional. 
 Este Manual, assim como todos os pareceres, estão sujeitos a atualizações, 
de acordo a publicação de novas legislações que interferem no exercício profissional 
de Enfermagem, assim como o surgimento de novas áreas de atuação. 
 
 
 
Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
 
2 ÁREA TEMÁTICA: GERAL 
 
1) O que o Coren faz por nós? 
 
O Coren-MG realiza as atribuições que lhe são conferidas por lei, no caso, a 
Lei Federal n° 5.905/73. A título de facilitar o entendimento, tais atribuições serão 
descritas em linguagem não jurídica. Nesse sentido, o Coren-MG realiza: 
 
Quadro 1 - Atribuições do Conselho Regional de Enfermagem 
 
ATIVIDADES 
 
POR QUE ISSO É IMPORTANTE? 
 
Registro e cadastro dos profissionais de 
Enfermagem 
Para evitar o exercício ilegal da profissão e também 
que o paciente seja colocado em risco ao receber 
assistência prestada por pessoas leigas, além de 
impedir que pessoas sem formação ocupem cargos 
e funções que você, profissional que estudou 
Enfermagem, poderia estar ocupando. 
Fiscalização do exercício profissional 
Para garantir que o exercício da Enfermagem esteja 
em conformidade com a Lei nº 7.498/86 e o Decreto 
nº 94.406/87, exigindo presença do profissional 
Enfermeiro onde são realizadas atividades de 
Enfermagem e durante todo o período de 
funcionamento dos serviços de saúde. Para evitar 
que os profissionais de nível médio coloquem a si 
mesmos e aos pacientes em risco, ao atuarem sem 
as condições previstas em lei. 
Fiscalização do exercício profissional: 
atividades ilegais 
Para evitar que os profissionais de Enfermagem 
exerçam atividades privativas de outras profissões 
colocando a si próprios e ao paciente em risco. 
Quando identificado, o profissional é notificado 
como forma de alerta e também para que tenha um 
documento formal do Conselho, impedindo-o de 
realizar determinado procedimento para apresentar 
na instituição em que trabalha, dando-lhe respaldo 
na recusa. 
Fiscalização do exercício profissional: 
atividades privativas do Enfermeiro 
Para evitar que profissionais de nível médio da 
Enfermagem exerçam atividades privativas do 
Enfermeiro, para as quais não possuem respaldo 
legal, colocando o paciente e ele próprio em risco. 
Para evitar que profissionais de nível médio 
ocupem cargos e exerçam atribuições de 
Enfermeiro. 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Fiscalização do exercício 
profissional: quadro de pessoal de 
Enfermagem 
Para diagnosticar o dimensionamento inadequado 
de pessoal de Enfermagem. Para exigir que o 
Enfermeiro Responsável Técnico (RT) realize o 
cálculo conforme as normativas vigentes. Para 
garantir que os pacientes estejam em condições de 
assistência adequadas. Quando verificado quadro 
de pessoal de Enfermagem insuficiente ou 
inexistência de Enfermeiro, o Coren-MG notifica a 
instituição para se adequar à legislação e, caso 
haja descumprimento, de acordo com cada caso, 
pode representar ao Ministério Público ou ajuizar 
uma Ação Civil Pública contra a instituição, cuja 
solução dependerá de decisão judicial após a 
conclusão da instrução processual e não tem prazo 
definido em lei para encerramento. 
Fiscalização do exercício 
profissional: Certidão de Responsabilidade 
Técnica (CRT) 
Para verificar a existência de Enfermeiro 
responsável pelo serviço de Enfermagem, evitando 
que profissionais de outras categorias realizem 
escalas de Enfermagem e deleguem atividades 
sem possuir formação em Enfermagem, colocando 
os profissionais e os pacientes em risco. 
Fiscalização do exercício profissional: 
documentos de Enfermagem 
Para garantir que os profissionais de Enfermagem 
possuam documentos que respaldem o seu 
exercício, através de Protocolos, Procedimentos 
Operacionais Padrão (POPs), Manual de Normas e 
Rotinas, Regimento do Serviço de Enfermagem, 
dentre outros. 
Fiscalização do exercício profissional: 
Registros e Anotações de Enfermagem 
Os Registros e Anotações de Enfermagem são o 
principal meio de respaldo dos profissionais de 
Enfermagem quanto aos procedimentos que são 
realizados nos pacientes. Além disso, é direito do 
paciente ter toda a sua assistência registrada em 
prontuário. Desta forma, o Coren-MG fiscaliza e 
orienta os profissionais quanto à forma adequada 
de registro e anotação, respaldando os profissionais 
nas esferas ética, cível e criminal. 
Fiscalização do exercício profissional: 
Processo de Enfermagem 
Para garantir que o exercício da Enfermagem esteja 
fundamentado cientificamente, valorizando a 
profissão e trazendo qualidade para a assistência 
ao paciente. 
Processos Ético-Disciplinares 
Para julgar os casos em que os profissionais de 
Enfermagem tenham infringido o Código de Ética 
dos Profissionais de Enfermagem e/ou 
normatizações do Sistema Cofen/ 
Conselhos Regionais de Enfermagem, a fim de 
garantir que sejam julgados por seus pares, 
proporcionando assim um julgamento justo. 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Câmara Técnica: respostas às dúvidas e 
emissão de pareceres e outros documentos 
Para orientaros profissionais de Enfermagem e a 
sociedade em geral sobre as competências técnico-
científicas, éticas e legais destes, conforme a 
função que cada um desempenha: Enfermeiro, 
Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
2) Por que o Coren cobra anuidade? 
 
Segundo a Constituição, é livre o exercício de qualquer ofício, trabalho ou 
profissão, nos termos da lei. Assim, em um primeiro momento, qualquer pessoa 
pode exercer qualquer ofício de forma livre. Ocorre que algumas atividades são 
especiais, pois geram grave risco para a sociedade caso sejam exercidas sem a 
qualidade técnica necessária. 
Nestes casos, a lei estabelece critérios para o exercício desta profissão que é 
socialmente perigosa, normalmente exigindo formação específica, submetendo o 
profissional a regras de fiscalização ética e profissional e avaliações de aptidão. 
Para garantir que esta profissão seja útil para a sociedade e exercida com a 
qualidade necessária, a lei também cria um órgão fiscalizador para os profissionais. 
Este órgão é o Conselho Profissional que, no caso da Enfermagem, é o Conselho 
Federal de Enfermagem e os Conselhos Regionais de Enfermagem. 
Este Conselho tem o objetivo de fiscalizar o exercício da profissão, garantir 
que somente pessoas habilitadas possam exercê-la, assegurar as prerrogativas 
profissionais e punir desvios éticos. Portanto, o Conselho existe para dar suporte e 
segurança para o bom profissional, aqueles cumpridores dos seus deveres e que 
atuam de forma ética, defendendo-o dos maus profissionais e garantindo que o 
mercado de trabalho seja acessível somente àquelas pessoas efetivamente 
qualificadas para esta importante função. 
Da mesma forma, o Conselho serve para defender a própria sociedade, que é 
leiga, e precisa confiar que o profissional a ela submetido através do desempenho 
de suas atividades está sendo fiscalizado por um órgão técnico apto a garantir que 
somente os realmente habilitados e éticos têm autorização para prestar atendimento 
à população. E toda esta estrutura de fiscalização, a garantia de prerrogativas, 
suporte e intervenção ética, bem como a garantia de defesa da sociedade são 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
custeadas exclusivamente pelas anuidades pagas pelos profissionais vinculados ao 
Conselho. 
As anuidades são a única fonte de arrecadação e custeio do Conselho e têm 
o objetivo de manter a estrutura administrativa necessária para que o órgão exerça 
suas funções e garanta o exercício profissional adequado. Juridicamente, a 
anuidade é um tributo denominado Contribuição de Interesse de Categorias 
Profissionais. E é de interesse da categoria dos bons profissionais, pois a 
contribuição existe para que estes tenham suporte e segurança para o exercício da 
profissão de forma ética e sem violação de suas prerrogativas. 
 
Quadro 2 - Anuidade de alguns conselhos de classe brasileiros 
 
CONSELHO 
 
VALOR DA ANUIDADE 2020/2019 
 
OAB/MG – Advogados R$997,30 (2020) 
OAB/MG – Estagiário R$464,00 (2020) 
MEDICINA R$ 772,00 (2020) 
FARMÁCIA 
R$543,08 (superior) -(2019) 
R$271,53 (médio)- (2019) 
MEDICINA VETERINÁRIA R$ 526,73 (2020) 
ODONTOLOGIA R$503,52 - (2019) 
FISIOTERAPIA E TERAPIA 
OCUPACIONAL 
R$492,00 - (2019) 
ENFERMAGEM 
R$376,96 (Enfermeiros) (2020) 
R$358,10 (Obstetrizes/Obstetras) (2020) 
R$207,04 (Técnicos de Enfermagem) (2020) 
R$178,47 (Auxiliares de Enfermagem) (2020) 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
3) Por que o Piso Salarial da Enfermagem e a redução da Jornada de Trabalho 
para 30 horas Semanais não foram instituídos em Minas Gerais? Qual o 
papel do Coren-MG? 
 
A implantação de direitos que impactam na sociedade e no exercício de 
profissões no Brasil precisa ser instituída através de Leis e/ou Convenções e/ou 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Acordos Coletivos. No momento, há diversos projetos de lei que pretendem instituir 
direitos como as 30 horas e o piso salarial digno para a Enfermagem em Minas 
Gerais e no Brasil. 
É preciso que a categoria exerça sua influência sobre representantes eleitos 
para a Câmara dos Deputados, para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e 
para as Câmaras Municipais, de forma a exigir que os projetos de lei se tornem leis 
de fato e assim exigíveis para todos os empregadores. Por isso a importância do 
amadurecimento político da Enfermagem, pois é fundamental que os profissionais 
tenham consciência eleitoral e que elejam candidatos comprometidos com as 
causas da categoria. 
O Coren-MG tem o papel de fiscalizar o cumprimento das leis. Assim, 
enquanto as leis não são aprovadas pelos deputados estaduais, federais e 
vereadores, o órgão apoia e incentiva todas as iniciativas de mobilização da 
categoria. 
Precisamos, dentro desta perspectiva de ampliação dos direitos da categoria, 
fortalecer os sindicatos, que são os meios legais coletivos para a luta, implantação e 
garantia de direitos trabalhistas. 
 
4) Quais atividades são privativas do Enfermeiro? 
 
Segundo a Lei Federal nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 
94.406/87, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o 
Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: 
I - Privativamente: 
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da 
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de 
unidade de Enfermagem; 
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas 
atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses 
serviços; 
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos 
serviços da assistência de Enfermagem; 
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de 
Enfermagem; 
e) consulta de Enfermagem; 
f) prescrição da assistência de Enfermagem; 
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; 
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões 
imediatas. (BRASIL, 1986). 
 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Essas são as atividades privativas determinadas por lei, no entanto, alguns 
trechos não são totalmente claros, como, por exemplo: “cuidados de maior 
complexidade técnica”. Que cuidados seriam esses? Somente o Conselho Federal 
de Enfermagem pode determinar aos profissionais de Enfermagem outras 
orientações ou restrições. 
Desta forma, também são consideradas atividades privativas do Enfermeiro: 
• punção arterial – Resolução Cofen nº 390/2011; 
• acesso venoso umbilical – Resolução Cofen nº 388/2011; 
• sondagem vesical – Resolução Cofen nº 450/2013; 
• sondagem nasoentérica para fins de nutrição – Resolução Cofen nº 
453/2014; 
• aspiração de vias aéreas de pacientes graves, submetidos à intubação 
orotraqueal ou traqueostomia ou não submetidos à respiração artificial, 
em unidades de emergência, de internação intensiva, semi-intensiva ou 
intermediária, ou demais unidades da assistência – Resolução Cofen 
nº 557/2017; 
• administração de quimioterápicos – Resolução Cofen nº 569/2018 (vide 
pág. 37); 
• classificação de riscos – Resolução Cofen nº 423/2012; 
• receber prescrição médica à distância – Resolução Cofen nº 487/2015; 
• atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-Hospitalar em Aeronaves de 
asa fixa e rotativa – Resolução Cofen n° 551/2017; 
• enucleação do globo ocular e planejar, executar, coordenar, 
supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados 
tanto ao doador como ao receptor, bem como a assistência no 
perioperatório no processo de doação de órgãos e tecidos para 
transplante– Resolução Cofen n°611/2019; 
• sondagem oro/nasoenteral – Resolução Cofen n° 619/2019; 
• montagem,testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica 
invasiva e não-invasiva em pacientes adultos, pediátricos e neonatos. 
Monitorização, checagem de alarmes, ajuste inicial e o manejo dos 
parâmetros – Resolução Cofen n° 639/2020. 
 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
5) Quais atividades são proibidas ao profissional de Enfermagem? 
 
As atividades proibidas aos profissionais de Enfermagem são aquelas 
consideradas privativas de outras profissões por força de lei. Resoluções de outros 
conselhos são normativas infralegais e não devem ser seguidas pelos profissionais 
de Enfermagem. O Cofen determina o que é proibido ao profissional de Enfermagem 
realizar: 
• Sutura – Resolução Cofen nº 278/2003 (exceto em casos de urgência e 
de episiorrafia, quando se trata de Enfermeiro Obstetra); 
• Auxílio a procedimentos cirúrgicos (diferente de instrumentação 
cirúrgica) – Resolução Cofen nº 280/2003; 
• Procedimentos relativos à imobilização ortopédica – Resolução Cofen 
nº 422/2012 (exceto se possuir curso de especialização em 
imobilização ortopédica) 
• Empregar contenção mecânica com propósito de disciplina, punição e 
coerção, ou por conveniência – Resolução Cofen n° 427/2012; 
• Trabalhar em regime de sobreaviso (exceto para cobertura eventual de 
escala que tenha profissional) – Resolução Cofen nº 438/2012; 
• Aos Auxiliares de Enfermagem é vedado atuar em terapia nutricional; 
Resolução Cofen n° 453/2014; 
• Cumprimento de prescrição médica à distância e a execução da 
prescrição médica fora da validade – Resolução Cofen n°487/2015; 
• Vedações relacionadas à exposição em mídia – Resolução Cofen 
554/2017; 
• Procedimentos estéticos invasivos privativos do médico. 
 
Há ainda a Nota Técnica Cofen, de 15 de outubro de 2014, desaconselhando 
a realização de trabalho voluntário, exceto quando se tratar de questões 
humanitárias. 
 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
6) É competência do profissional de Enfermagem a realização de atividades 
administrativas (recepção; abertura de consultório, separar prontuário, dentre 
outras)? 
 
Via de regra, o que não é proibido é permitido. Essas atividades são 
atribuições de menor complexidade técnica, que podem ser realizadas por qualquer 
pessoa, por não exigirem formação ou habilitação específica. Desta forma, podem 
sim ser realizadas pela Enfermagem, caso designadas administrativamente pela 
instituição. 
Cabe à instituição garantir que a assistência ao paciente não seja prejudicada 
em detrimento da realização das atividades administrativas, garantindo um 
dimensionamento de pessoal adequado. Importante que o Enfermeiro Responsável 
Técnico ou Enfermeiro responsável pelo serviço faça o cálculo de dimensionamento 
de pessoal considerando a realização dessas atividades administrativas, quando 
efetivadas, tendo em vista os sítios funcionais. O Coren-MG publicou, recentemente, 
o parecer técnico da Câmara Técnica gerencial assistencial nº 9 de 2020 sobre 
Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de Enfermagem em 
realizar atividades administrativas. O documento está disponível para acesso por 
meio do link: https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/. 
Em casos de desvio de função, o Coren-MG recomenda que o profissional 
acione as instâncias trabalhistas a fim de verificar a sua legalidade. 
 
7) Enfermeiro pode atuar como Técnico de Enfermagem? 
 
Segundo a Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que 
dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o Técnico de 
Enfermagem é o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem 
(TE). 
Ao TE cabe executar as atividades de Enfermagem, excetuadas as privativas 
de Enfermeiro e de Obstetrizes ou Enfermeiros Obstetras. O TE executa todas as 
atividades que lhe cabem, podendo executar as atividades dos Auxiliares de 
Enfermagem (AE). 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
O Enfermeiro pode executar todas as atividades de assistência de 
Enfermagem e até é possível entender que quem pode mais, pode menos. 
Entretanto, o Cofen, através do Parecer Normativo nº 03/2017, conclui que: 
apesar do Enfermeiro possuir formação acadêmica superior, ou seja, mais 
exigente e, desta forma, poder realizar atividades de Enfermagem na 
formação acadêmica menos exigente, não poderá, esse, ocupar o cargo de 
uma categoria inferior, quando não detentor do diploma ou certificado para 
tal, bem como a ausência do registro no Conselho Regional de Enfermagem 
de sua jurisdição. 
 
Enfermeiro ocupando vaga de TE ou AE sem ter o registro nessas categorias 
configuraria concorrência desleal. 
O parecer do Cofen está disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer-
normativo-no-0032017_51061.html. Acesso em: 16 nov. 2020. 
 
8) Técnico de Enfermagem pode fazer especialização? E tem carteirinha de 
especialista? 
 
Sim, os cursos de especialização para Técnico de Enfermagem e Auxiliar de 
Enfermagem deverão ter, no mínimo, 300 (trezentas) horas, o equivalente a 25% da 
carga mínima indicada no Catálogo Nacional de Cursos de Nível Técnico para a 
habilitação profissional a que se vincula, de acordo com a Resolução CNE/CEB nº 
06/2012. 
O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, detentores de 
certificado de Especialização, devem, obrigatoriamente, registrá-lo no Conselho 
Regional de Enfermagem de sua jurisdição. 
A Resolução Cofen n° 609/2019, atualiza, no âmbito do Sistema 
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para registro de 
especialização técnica de nível médio em Enfermagem concedida aos Técnicos de 
Enfermagem e aos Auxiliares de Enfermagem. 
 
 
9) O hospital tem que ter um Enfermeiro apenas para o Serviço de Controle de 
Infecção Hospitalar (SCIH)? Ou pode ser o mesmo enfermeiro da assistência? 
 
Conforme a Portaria MS n° 2616, de 12 de maio de 1998: 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
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os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível 
superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste 
número, com carga horária diária mínima de 6 (seis) horas para o 
enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais (BRASIL, 1998). 
 
Para instituições com mais de 200 leitos, a carga horária diária dos membros 
executores deverá ser calculada na base da proporcionalidade de leitos indicados. 
Portanto, para que o enfermeiro do SCIH assuma também a assistência, isto 
deverá ocorrer além da carga horária necessária para executar as atividades no 
serviço de controle de infecção, o que, na prática, torna-se inviável. 
 
10) O Enfermeiro que assume o SCIH deve ter alguma gratificação? 
 
Não compete ao Conselho Profissional definir sobre gratificação ou 
remuneração dos profissionais de Enfermagem. Comumente, há um salário 
diferenciado, uma vez que o Enfermeiro possui uma formação diferenciada e 
atribuições que englobam toda uma instituição de saúde. Mas trata-se de uma 
decisão administrativa baseada na política de recursos humanos do serviço. 
 
11) Em quais comissões são obrigatórias a presença do Enfermeiro? 
 
O Manual do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem traz a 
lista de comissões que são obrigatórias aos serviços de saúde: 
• Comissão de Óbitos; 
• Comissão de Revisão de Prontuários; 
• Comissão de Ética em Enfermagem (Resolução Cofen nº 593/2018); 
• Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (Portaria nº 2.616, de 12 
de maio de 1998); 
• Comissão de Farmácia Terapêutica (Portaria nº 4.283, de 30 de 
dezembro de 2010). 
• A Comissão de Óbitos e a Comissão de Revisão de Prontuários não 
possuem resolução ou portaria que exijam apresença do enfermeiro. 
Entretanto, a Lei do Exercício Profissional define como privativo do 
Enfermeiro “parecer sobre matéria de enfermagem”. Desta forma, 
como ambas as comissões envolvem questões inerentes à 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Enfermagem, acaba se tornando imperativo que um Enfermeiro delas 
participe. 
 
12) Qual a validade das carteiras profissionais? 
 
O Conselho Federal de Enfermagem, por meio de sua Resolução nº 
475/2015, determinou que as carteiras de identidade profissional com data de 
emissão até 31 de dezembro de 2010 deveriam ser substituídas em 2016 (qualquer 
modelo de carteira de todas as categorias). 
O prazo de validade da carteira por 5 anos está definido na Resolução Cofen 
nº 448/2013 (no Manual de Normas Administrativas). 
CAPITULO I Art. 2º – A carteira profissional de identidade terá validade de 
05 (cinco) anos, contados a partir da data de sua emissão, devendo o 
profissional renová-la antes do fim desse período, sob pena de responder 
nos termos da legislação vigente. (COFEN, 2013). 
 
Link de acesso ao manual de normas: http://www.cofen.gov.br/wp-
content/uploads/2013/12/MANUAL-448.pdf 
 
13) O profissional de Enfermagem deve registrar as suas especializações? 
 
Conforme a Resolução Cofen nº 581/2018, o Enfermeiro deverá, 
obrigatoriamente, promover o registro de seus títulos de pós-graduação, sendo tal 
tarefa isenta do pagamento das taxas de inscrição e carteira. A Resolução traz ainda 
um anexo contendo a lista de especialidades do Enfermeiro, para fins de registro. 
Importante ressaltar que, conforme o art. 2º desta Resolução: 
é vedado aos Enfermeiros a veiculação, divulgação e anúncio de títulos de 
pós-graduação lato sensu e stricto sensu que não estejam devidamente 
registrados no Conselho Federal de Enfermagem. (Cofen, 2018). 
 
Desta forma, o Enfermeiro que ocupa cargo em que seja obrigatória a 
especialização ou que tenha carimbo com título de especialista que não possui ou 
que ainda não concluiu está sujeito às medidas cabíveis pela fiscalização e processo 
ético. 
 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
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14) É obrigatório o uso do carimbo? 
 
Segundo o parágrafo 1º do artigo 35 do Código de Ética dos Profissionais de 
Enfermagem (Resolução Cofen nº 564/2017), é facultativo o uso de carimbo 
contendo nome completo, número e categoria de inscrição no Coren, devendo 
constar a assinatura ou rubrica do profissional. Importante esclarecer que, ao abrir 
mão do uso do carimbo, o profissional deve apor nome completo e/ou nome social, 
ambos legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho Regional de 
Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício 
profissional. Assim sendo, o carimbo facilita o trabalho. 
No entanto, a Resolução Cofen n° 545/2017 define que: 
Art. 5º É obrigatório o uso do carimbo, pelo profissional de Enfermagem nos 
seguintes casos: 
I – em recibos relativos à percepção de honorários, vencimentos e salários 
decorrentes do exercício profissional; 
II – em requerimentos ou quaisquer petições dirigidas às autoridades da 
Autarquia e às autoridades em geral, em função do exercício de atividades 
profissionais; e, 
III – em todo documento firmado, quando do exercício profissional, em 
cumprimento ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. 
(COFEN, 2017). 
 
Portanto, nos casos supracitados, o uso do carimbo é obrigatório. 
Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada, 
conforme legislação vigente. 
 
15) Quem pode emitir atestado de comparecimento? 
 
Atestado de comparecimento é diferente de atestado médico. No âmbito da 
equipe de Enfermagem tanto o Enfermeiro quanto o Técnico ou Auxiliar de 
Enfermagem podem emitir declaração de comparecimento de paciente em serviço 
de saúde. Nesse sentido, compete às gerências de Enfermagem das instituições de 
saúde desenvolver protocolos de acordo com as características de suas rotinas 
internas, devidamente aprovadas pela Diretória Técnica da Unidade. Contudo, deve-
se atentar para as rotinas da instituição. Em algumas, somente o Enfermeiro pode 
emiti-lo. 
 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
16) Profissionais de Enfermagem militares devem possuir inscrição no Coren? 
 
Sim. A Lei nº 7.498/86, que regulamenta a profissão de Enfermagem, prevê 
como pré-requisito para o exercício profissional a inscrição no Conselho com 
jurisdição na área onde ocorre o exercício. Além disso, o Ministério da Defesa 
informou ao Conselho Federal de Enfermagem, por meio do Ofício nº 2.983/2011, 
que os comandos militares entendem como obrigatória a inscrição, no conselho, dos 
funcionários civis e militares de Enfermagem que atuam em suas organizações. 
 
17) O Enfermeiro pode atuar em consultório particular? 
 
Sim, o Enfermeiro também é um profissional liberal com autonomia para 
atuação e tem respaldo na Resolução Cofen nº 568/2018 alterada pela Resolução 
Cofen nº 606/2019, que aprova o Regulamento dos Consultórios de Enfermagem e 
Clínicas de Enfermagem. Os Enfermeiros, quando da atuação em Consultórios e 
Clínicas de Enfermagem, poderão realizar as atividades e competências 
regulamentadas pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, pelo Decreto nº 94.406, 
de 08 de junho de 1987, e pelas Resoluções do Conselho Federal de Enfermagem. 
 
18) O gerente da unidade pode fazer a escala dos profissionais de 
Enfermagem, inclusive férias? 
 
Conforme Lei Federal n° 7.498/86, ao enfermeiro incumbe, privativamente 
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da 
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de 
enfermagem; 
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades 
técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; 
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos 
serviços da assistência de enfermagem. (BRASIL, 1986). 
 
Portanto, somente o Enfermeiro pode realizar a escala dos profissionais de 
enfermagem, organizar escala de férias, folgas e outras. 
Além disso, a Resolução Cofen n° 509/2016 delega ao Enfermeiro 
responsável pelo serviço de enfermagem as atribuições de: 
VIII – Organizar o Serviço de Enfermagem utilizando-se de instrumentos 
administrativos como regimento interno, normas e rotinas, protocolos, 
procedimentos operacionais padrão e outros; 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
XII – Zelar pelo cumprimento das atividades privativas da Enfermagem; 
XVI – Assegurar que a prestação da assistência de enfermagem a 
pacientes graves seja realizada somente pelo Enfermeiro e Técnico de 
Enfermagem, conforme Lei nº 7.498/86 e o Decreto nº 94.406/87; 
XX – Comunicar ao Coren quando impedido de cumprir o Código de Ética 
dos Profissionais de Enfermagem, a legislação do Exercício Profissional, 
atos normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, 
comprovando documentalmente ou na forma testemunhal, elementos que 
indiquem as causas e/ou os responsáveis pelo impedimento. (COFEN, 
2016). 
 
Desta forma, caso o Enfermeiro esteja encontrando impedimento em realizar 
a sua função, o fato deve ser comunicado ao Coren-MG para as providências 
cabíveis. O profissional leigo que estiver realizando atividades privativas de 
Enfermeiro está em exercício ilegal da profissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
3 ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE TÉCNICA 
 
19) O que é Enfermeiro Responsável Técnico ou Enfermeiro RT? Para que 
serve a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)? 
 
Segundo a Lei nº 7.498/86, regulamentadapelo Decreto nº 94.406/87, que 
dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, são privativas do 
Enfermeiro as seguintes atividades: 
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da 
instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade 
de enfermagem; 
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas 
atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses 
serviços; 
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos 
serviços da assistência de enfermagem. (BRASIL, 1987; BRASIL,1986). 
 
Considerando o disposto, o Cofen, por meio da Resolução nº 509/2016, 
define que o Enfermeiro Responsável Técnico (RT) é o profissional responsável por 
realizar essas funções e a quem é concedida a Anotação de Responsabilidade 
Técnica (ART), através de um documento chamado Certidão de Responsabilidade 
Técnica (CRT). 
Nesta Resolução, o Cofen determina 23 atribuições ao Enfermeiro 
Responsável Técnico, fazendo dele o elo entre os profissionais de Enfermagem e a 
fiscalização do exercício profissional. São atribuições do RT, por exemplo, a 
realização do cálculo de pessoal de Enfermagem (dimensionamento); a elaboração 
do Regimento do Serviço de Enfermagem; Manual de Normas e Rotinas; a 
implantação da SAE; dentre outros. Para todas as suas atividades, o RT conta com 
o auxílio da fiscalização do Coren-MG na orientação de como fazer. 
No ano de 2020, o Coren-MG publicou o Manual do Enfermeiro Responsável 
pelo Serviço de Enfermagem. Por meio deste material é possível obter informações 
sobre as atribuições dos RTs e como exercer a função, assuntos que são de suma 
importância para o exercício profissional da Enfermagem. O manual se encontra 
disponível no link: https://www.corenmg.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Manual-
do-Enfermeiro-Responsavel-pelo-Servico-de-Enfermagem-2020.pdf. Acesso em: 16 
nov. 2020. 
 
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EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Desta forma, a figura do Enfermeiro Responsável Técnico é extremamente 
importante para o serviço e para os demais profissionais de Enfermagem, pois é ele 
quem atua de forma macro no serviço de Enfermagem, diagnosticando as 
necessidades e buscando as melhorias necessárias. 
 
20) Ao solicitar ART para o PGRSS o Enfermeiro se responsabilizará pela 
assistência também ou apenas pelo PGRSS? 
 
A Resolução Cofen n° 509/2016 define que para a solicitação da Anotação de 
Responsabilidade Técnica deverá ser especificada a motivação da ART: 
a) Gestão Assistencial: refere-se ao gerenciamento das ações de 
Enfermagem nos cuidados diretos ao indivíduo, família e/ou coletividade seja na 
área hospitalar, ambulatorial ou da promoção e prevenção de saúde, devendo ser 
especificada na CRT e podendo ser setorizada; 
b) Gestão de Área Técnica: corresponde às ações do Enfermeiro que não 
configuram cuidado assistencial direto, devendo ser especificadas na CRT, tais 
como: Programas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, 
Programas de Limpeza e Higienização, Auditoria, Equipamentos, Materiais e 
Insumos médico-hospitalares, Consultoria; 
c) Gestão de Ensino: refere-se à Coordenação de Curso de Graduação em 
Enfermagem bem como do Ensino Médio Profissionalizante. 
Desta forma, o Enfermeiro poderá formalizar uma CRT pela motivação 
assistencial e outra CRT pela gestão de área técnica (PGRSS), desde que haja 
compatibilidade de horário entre as duas atividades. 
 
21) Somente o Enfermeiro pode gerenciar o PGRSS ou outros profissionais 
também podem? 
 
A Resolução Cofen n° 303/2005 habilita o Enfermeiro para assumir a 
Responsabilidade Técnica do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de 
Saúde. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu a Resolução da Diretoria 
Colegiada (RDC) n° 222/2018, que não exige formação para assumir a 
 
31 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
responsabilidade pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, 
portanto há que se verificar cada categoria profissional. 
 
22) O Enfermeiro RT pode trabalhar com a jornada de 12x36 horas? 
 
A Resolução Cofen n° 509/2016 define que “a jornada de trabalho não poderá 
ser inferior a 20 (vinte) horas semanais para qualquer instituição”. Portanto, não há 
limitações quanto à jornada de trabalho. 
Entretanto, o Coren-MG entende ser ideal que o Enfermeiro RT seja diarista e 
exclusivo para a função de responsável técnico a fim de cumprir com suas 
atribuições em sua plenitude. O enfermeiro plantonista acabará ficando limitado 
quanto ao conhecimento dos processos de trabalho como um todo, o que poderá vir 
a prejudicar tanto o seu desempenho quanto a organização do serviço. A Resolução 
Cofen n° 509/2016 diz que o Enfermeiro RT possui 23 atribuições, além das 
preconizadas pelo gestor. 
 
23) O Enfermeiro RT deve receber alguma gratificação por assumir a função? 
 
Não compete ao Conselho Profissional definir sobre gratificação ou 
remuneração dos profissionais de Enfermagem. 
Entretanto, entende-se a função de responsável técnico como um cargo de 
grande responsabilidade, sendo bastante comum e justo haver uma gratificação. O 
cargo de RT é almejado pelos Enfermeiros por possibilitar gerenciar todos os 
processos de trabalhos da Enfermagem. Para exercê-lo, é preciso assumir uma 
posição de liderança, envolvendo habilidades de planejamento, organização, 
negociação, interface com outros setores e outros coordenadores, trabalho em 
equipe, além de conhecimento aprofundado em várias áreas da instituição 
(legislação, logística, segurança do paciente, farmácia, custos, por exemplo), dentre 
outras competências. A gratificação torna-se um incentivo para que um Enfermeiro 
gestor aceite tamanha responsabilidade. Cabe lembrar que o Enfermeiro RT possui 
23 atribuições definidas na Resolução Cofen n° 509/2016, além das estipuladas pelo 
gestor. 
 
32 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
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4 ÁREA TEMÁTICA: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 
 
24) O Enfermeiro pode prescrever medicamentos? 
 
A Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe 
sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, traz em seu art. 11, inciso II, 
alínea “c”, que, como integrante da equipe de saúde, cabe ao Enfermeiro a 
“prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em 
rotina aprovada pela instituição de saúde.” 
A Portaria do Ministério da Saúde nº 2.436/2017, que aprova a Política 
Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a 
organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), 
descreve como atribuição do Enfermeiro a realização de consulta de Enfermagem, 
procedimentos, bem como solicitação de exames complementares, prescrição de 
medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras 
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do 
Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão. 
Sendo assim, o Enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, mediante 
consulta de Enfermagem, pode prescrever medicamentos desde que estejam 
discriminados nos programas de saúde pública e nas Rotinas/Protocolos aprovados 
pela instituição de saúde. 
 
25) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Benzetacil nas 
Unidades Básicas de Saúde? 
 
Segundo a Nota Técnica COFEN/ CTLN nº. 3 de 2017, “a Penicilina 
Benzatina pode ser administrada por profissionais de Enfermagem no âmbito das 
Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de Enfermagem”. Além 
disso, a mesma Nota Técnica esclarece que: 
os enfermeiros podem prescrever Penicilina Benzatina, conforme os 
protocolos do Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais,Secretarias 
Municipais, Distrito Federal ou em rotina aprovada pela instituição de saúde. 
(COFEN, 2017) 
 
33 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
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Vale ainda ressaltar que a ausência do médico na Unidade Básica de Saúde 
não configura motivo para não realização da administração oportuna da Penicilina 
Bezantina por profissionais de Enfermagem. 
Link da Nota Técnica disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-
content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-CO-FEN-CTLN-N%C2%B0-03-
2017.pdf. Acesso em: 16 nov. 2020. 
 
26) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Noripurum 
nas Unidades Básicas de Saúde? 
 
Segundo o Parecer Técnico Coren-MG n° 06/2020 sobre Competência 
técnico-científica, ética e legal da equipe de Enfermagem para aplicação de 
Sacarato de Hidróxido Férrico (Noripurum) parenteral na atenção primária, a 
administração do Sacarato de Hidróxido Férrico (Noripurum) não exige técnicas 
especiais que diferencie das já aplicadas em outras modalidades de administração 
de medicamentos realizadas pela equipe de Enfermagem. Portanto, os profissionais 
de Enfermagem: Enfermeiro, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem possuem 
competência técnico-científica, ética e legal para administração endovenosa em 
Unidades Básicas de Saúde e nos domicílios, mediante prescrição médica, sob a 
supervisão do Enfermeiro. Para o atendimento das raras reações anafiláticas, a 
unidade deverá seguir o protocolo de atendimento de urgência do município. 
 
27) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Ceftriaxona 
nas Unidades Básicas de Saúde? 
 
A administração da ceftriaxona não exige técnicas especiais que diferencie 
das já aplicadas em outras modalidades de administração de medicamentos 
realizadas pela equipe de Enfermagem. Assim, Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos 
de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal para 
administração intramuscular em Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição 
médica, sob a supervisão do Enfermeiro. Para o atendimento das raras reações 
anafiláticas, a unidade deverá seguir o protocolo de atendimento de urgência do 
município, que fica responsável por garantir as condições necessárias para a 
 
34 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
assistência segura ao usuário, inclusive treinamento dos profissionais de 
Enfermagem e fluxo de atendimento às urgências. 
 
28) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de metotrexate 
nas Unidades Básicas de Saúde? 
 
Entende-se que o serviço de atenção básica não é específico apenas para o 
atendimento a usuários com tratamentos em uso de medicações antineoplásicas e 
que provavelmente não dispõe de estrutura física adequada para a prestação deste 
serviço. 
Sugere-se que sejam avaliados junto ao município prestadores de serviços 
credenciados para o armazenamento e preparo adequado à medicação, conforme 
recomendações legais. 
A administração deve ser exclusiva do profissional Enfermeiro capacitado e 
treinado em local apropriado, em uso de EPIs, conforme recomendado. E o seu 
descarte deve atender à RDC n°. 306/2004 e às recomendações legais específicas 
de cada munícipio, aprovadas após 2004. Não compete aos profissionais Técnicos e 
Auxiliares de Enfermagem a administração de antineoplásicos. 
 
29) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de medicamentos 
injetáveis na atenção primária? 
 
Não há impedimento ético ou legal para que sejam realizadas medicações 
injetáveis pelos profissionais de Enfermagem na atenção primária, desde que haja 
fluxo definido para o atendimento às eventuais urgências e os profissionais estejam 
capacitados. 
 
30) Compete ao profissional de nível médio realizar atividades na ausência do 
Enfermeiro? 
 
Segundo o Parecer Técnico Coren-MG CTAB nº 7/2020, os Técnicos e 
Auxiliares de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal 
para atuar nas unidades de saúde e integrar a Estratégia Saúde da Família, mesmo 
 
35 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
na ausência temporária de curta duração do Enfermeiro, e para exercer suas 
atividades, desde que o Enfermeiro tenha cumprido suas obrigações legais de 
planejamento e Sistematização da Assistência de Enfermagem, tendo em vista a 
organização de protocolos, procedimentos e rotinas, que devem pautar-se no uso 
das melhores evidências em saúde. No caso da ausência temporária de longa 
duração, como licenças, férias, entre outros, o gestor deve garantir a programação 
de substituição ou cobertura do serviço por outros Enfermeiros, preservando assim a 
assistência de Enfermagem segura à população. 
 
31) Compete ao profissional de Enfermagem a realização de testes rápidos? 
 
Segundo o Parecer Técnico Coren-MG CTAG nº 19/2020, os profissionais 
Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem possuem competência técnico-
científica, ética e legal para a realização dos testes rápidos, sendo as fases de 
aconselhamento e laudo realizadas privativamente pelo Enfermeiro. Também os 
Enfermeiros autônomos e aqueles que atuam em consultórios e clínicas estão aptos 
a realizar testes rápidos. 
 
32) Compete ao Enfermeiro a prescrição de curativos e coberturas? 
 
De acordo com o Parecer Técnico Coren-MG EF nº 2/2020, o Enfermeiro 
possui competência técnico-científica, ética e legal para prescrever coberturas, 
mesmo que contenham medicamentos, para o tratamento de feridas, respaldado 
pela sua formação profissional e legislação do exercício profissional, em qualquer 
nível de atuação, seja em instituições públicas ou privadas, clínicas e/ou consultórios 
de Enfermagem e no atendimento. Ao Técnico e Auxiliar de Enfermagem competem 
aplicá-las, quando houver prescrição do Enfermeiro e sob a sua supervisão, 
cabendo ao este a realização de curativos de maior complexidade. 
 
33) O Enfermeiro pode solicitar exames? 
 
 
36 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Sim, de acordo com a Resolução nº 195/ 97, Artigo 1º: “O Enfermeiro pode 
solicitar exames de rotina e complementares quando no exercício de suas atividades 
profissionais”. Inclui-se aqui a solicitação de swab e de testes rápidos. 
 Além desta resolução, temos a Portaria nº 2.436/2017 do Ministério da Saúde, 
no Capítulo “Das Atribuições - Específicas do Enfermeiro”, inciso II, segundo a qual 
 
são atribuições do enfermeiro: Realizar consulta de enfermagem, 
procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações 
conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas 
técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito 
Federal, observadas as disposições legais da profissão. (BRASIL, 2017). 
 
34) O Enfermeiro da Atenção Primária pode realizar toque retal e pedir exame 
de PSA? 
 
 O Enfermeiro é o profissional competente para realizar toque 
retal, mediante protocolo. Técnicos e Auxiliares de Enfermagem podem ajudar na 
realização do procedimento, prestar orientações ao paciente, identificar pacientes do 
grupo de risco e fazer o encaminhamento destes para o médico ou enfermeiro e 
desenvolver ações educativas, sob supervisão do Enfermeiro. 
 
35) Compete ao profissional de Enfermagem fazer retirada de bicho de pé? 
 
Segundo o Parecer Técnico do Coren-MG CTGA nº 17/2020, os profissionais 
Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem possuem 
competência técnico-científica, ética e legal para efetuarem a retirada de larvas de 
miíase e de tunga penetrans, de acordo com os diversos níveis de atenção à saúde, 
respeitando as especificidades e limites de cada categoria. 
 
Quadro 3 - Competência dos profissionais de Enfermagem em procedimentos relacionadosà retirada 
de Tunga penetrans (bicho de pé) e miíase 
 
PROCEDIMENTO COMPETÊNCIA 
Consulta de Enfermagem Enfermeiro 
Avaliação e tomada de decisão Enfermeiro 
 
37 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Encaminhamento para setor especializado ou 
para avaliação médica para uso de 
antibioticoterapia, se necessário 
Enfermeiro 
Retirada da Tunga Penetrans (bicho de pé) e 
miíase 
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar 
de Enfermagem 
Limpeza da área afetada, curativo 
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar 
de Enfermagem 
Avaliação da situação vacinal 
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar 
de Enfermagem 
Educação em Saúde. Orientações para 
autocuidado, utilização de calçado apropriado, 
higiene pessoal e domiciliar 
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar 
de Enfermagem 
Fonte: COREN-MG, 2020. 
 
36) Compete aos profissionais de Enfermagem do hospital buscar pacientes 
em via pública? 
 
Segundo Parecer Técnico do Coren-MG AB nº 4/2020, o atendimento de 
urgência e emergência em ambiente externo à UBS não deve ser prestado pelos 
profissionais de Enfermagem que atuam neste serviço como rotina ou fluxo 
preestabelecido, uma vez que a Atenção Básica não se destina a este fim. Existem 
componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências vocacionados e 
capacitados para tal finalidade, o que contribui para que o atendimento à população 
seja o mais adequado e resolutivo, não comprometendo, assim, as demais 
atividades desenvolvidas na UBS, principalmente aquelas voltadas às ações de 
promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos. Não há impedimento, porém, 
para que, em situação adversa, os profissionais de Enfermagem realizem o primeiro 
atendimento até o acionamento e a chegada do socorro adequado. 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
5 ÁREA TEMÁTICA: CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
 
37) O Enfermeiro Responsável Técnico do Centro Cirúrgico e Central de 
Material Esterilizado (CME) pode dividir as atribuições nos dois setores 
durante a mesma jornada de trabalho? 
 
A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 15/2012 dispõe sobre a 
exigência do Responsável exclusivo pela CME durante a jornada de trabalho. 
Conforme art. 28 da RDC nº 15/2012, a CME e a empresa processadora 
devem contar com um Profissional Responsável de nível superior para a 
coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos 
para a saúde, de acordo com competências profissionais definidas em legislação 
específica. Parágrafo único. O responsável pelo CME Classe II deve atuar 
exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho. 
É importante que o Enfermeiro Responsável Técnico realize o cálculo de 
Dimensionamento de pessoal corretamente. Os casos divergentes da RDC nº 15/ 
2012 deverão ser discutidos com a fiscalização. 
 
38) O teste biológico nas Centrais de Materiais Esterilizados pode ser realizado 
por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem ou é privativo do Enfermeiro 
responsável pelo setor? 
 
Não há impedimento para que o Técnico e/ou o Auxiliar de Enfermagem 
realize o teste biológico, desde que capacitado, sob supervisão e orientação do 
Enfermeiro, conforme disposto na Lei nº 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87. 
 
39) Quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para 
uso em Centrais de Materiais Esterilizados (CME)? 
 
De acordo com a RDC nº 15/2012, os Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI) indicados para as áreas sujas da CME incluem óculos de proteção, máscara, 
luvas grossas de borracha antiderrapante, avental impermeável de manga longa, 
protetor auricular, quando necessário, calçado fechado impermeável. 
 
39 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
Para as áreas limpas incluem: máscara, luvas, protetor auricular, se 
necessário, e calçado fechado. 
Nas áreas com risco de aerossolização devem ser utilizados EPI para 
aerossóis: máscara do tipo PFF2 ou N95, gorro, capote impermeável e luvas 
adequadas ao procedimento. 
SAIBA MAIS: O uso de EPI, na área de expurgo, destinada à limpeza dos 
instrumentais, é necessário para minimizar o risco de contato direto da pele e 
mucosas do profissional com qualquer material contaminado e com os produtos 
químicos inerentes ao processo. Nos setores de preparo, dobradura, esterilização e 
guarda (estes setores integram a área limpa da CME), também faz-se necessário 
que o profissional faça uso de EPI, para evitar a disseminação de microrganismos 
para os materiais após o preparo. Escalar um mesmo profissional para mais de um 
setor, nas diferentes áreas da CME durante o seu turno de trabalho, mesmo com o 
uso do EPI específico para o setor e cuidados de higiene adequada na troca dos 
EPIs, é uma conduta que evidencia um risco para a contaminação, pela circulação 
entre áreas suja e limpa. Além disto, a segurança e o conforto do trabalhador não 
são garantidos, o que potencializa o risco de contaminação cruzada, podendo 
transformar o EPI em equipamento de disseminação coletiva (EDC) de 
contaminação em decorrência da má utilização deste. 
 
40) Quais são as atividades que podem ser desenvolvidas pelo Atendente de 
Enfermagem no Centro de Material e Esterilização (CME)? 
 
O Atendente de Enfermagem não está habilitado para desenvolver atividades 
técnicas dentro da CME. Ao Atendente de Enfermagem compete buscar, receber, 
conferir, distribuir e/ou guardar o material proveniente do centro de material, 
conforme determina a Resolução Cofen nº 186/1995. 
Segundo a Lei 7.489/86, regulamentada pelo Decreto 94.406/87, diz que, no 
Artigo 11, item “IV”, subitem “b”, cabe ao Auxiliar de Enfermagem “zelar pela limpeza 
e ordem do material, de equipamentos e de dependências de unidades de saúde”. 
Portanto, não caberia esta função ao Atendente de Enfermagem. 
 
 
40 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
6 ÁREA TEMÁTICA: GERENCIAL E ASSISTENCIAL 
 
41) A quem compete a coleta de sangue por punção arterial na Enfermagem? 
 
Conforme a Resolução Cofen nº 390/2011, que “Normatiza a execução, pelo 
enfermeiro, da punção arterial tanto para fins de gasometria como para 
monitorização de pressão arterial invasiva”, na equipe de Enfermagem, a punção 
arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial 
invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro. 
O Enfermeiro deve estar dotado dos conhecimentos, competências e 
habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a 
capacitação contínua. 
 
42) A quem compete a realização do procedimento de sondagem gástrica ou 
entérica? 
 
A Resolução Cofen n° 619/2019, que normatiza a atuação da Equipe de 
Enfermagem na Sondagem Oro/ Nasogástrica e Nasoentérica, define a atividade 
como privativa do Enfermeiro. 
 
43) A quem compete a realização da lavagem gástrica? 
 
Conforme a Resolução Cofen n°619/2019 e o Parecer Técnico Coren-MG n° 
07/2019, a inserção de sonda gástrica para fins de lavagem é de competência do 
Enfermeiro. O parecer está disponível em: 
https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2019_7_7.pdf. Acesso em: 
16 nov. 2020. 
 
44) Há obrigatoriedade de realizar raios-x após a sondagem gástrica e 
entérica? A quem compete solicitar os raios-x e avaliar o posicionamento? 
 
A Resolução Cofen n° 453/2014 estabelece que há obrigatoriedade em 
realizar o exame radiológico após a sondagem entérica para confirmação da 
 
41 
 
 
 
 
EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 
 2ª edição revisada e ampliada 
 
localização da sonda. Compete ao Enfermeiro solicitar e dar o encaminhamento ao 
paciente para realizar o exame, avaliar

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