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1 CAPA 2 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS CÂMARA TÉCNICA EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada BELO HORIZONTE-MG 2020 3 2020, Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Exercício da enfermagem: manual de perguntas e respostas, 2ª edição revisada e ampliada Disponível em: http://www.corenmg.gov.br REVISÃO 2020: Andréia Oliveira de Paula Murta Octávia Maria Silva Gomes Lycarião COLABORAÇÃO: Débora Martins Silva Rayssa Ayres Carvalho REVISÃO DE TEXTO Eduardo Eustáquio Chaves Durães Júnior (MG 05149 JP) Ficha Catalográfica C755e Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. Exercício da enfermagem: manual de perguntas e respostas / Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. – 2. ed. -- Belo Horizonte: Coren-MG, 2020. 121 p. il. color 1. Exercício da enfermagem – dúvidas frequentes – perguntas e respostas. Elaborada pela Bibliotecária Meissane Andressa da Costa Leão - CRB6/2353 4 SEDE: Rua da Bahia, 916 – 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 9º, 10º, 11º, 12º e 13º andares Centro - Belo Horizonte/MG CEP: 30160-011 Telefone: (31) 3238-7500 www.corenmg.gov.br SUBSEÇÕES: GOVERNADOR VALADARES Av. Sete de Setembro, 2716 1º andar, Edifício Medical Center Centro - Governador Valadares, MG CEP: 35.010-172 Telefone: (33) 3279-5076 Fax: (33) 3279-5078 JUIZ DE FORA R. Batista de Oliveira, 470, Sala 701 Centro - Juiz de Fora, MG CEP: 36.010-120 Telefone/Fax: (32) 3213-3302 MONTES CLAROS R. Correia Machado, 1025 Edifício Premier Center Salas 103, 104 e 105 Centro- Montes Claros, MG CEP: 39.400-090 Telefone: (38) 3215-9992 / 3216-9100 PASSOS R. Dr. Manoel Patti, 170-A Salas 2 e 4 Centro – Passos, MG CEP: 37.900-040 Telefone: (35) 3526-5821 POUSO ALEGRE R. Bernardino de Campos, 39 Sala 2 Centro - Pouso Alegre, MG CEP: 37.550-000 Telefone/Fax: (35) 3422-1961 TEÓFILO OTONI R. Dr. Manoel Esteves, 323 Salas 105 e 107 Centro - Teófilo Otoni, MG CEP: 39.800-090 Telefone/Fax: (33) 3522-1661 UBERABA Av. Leopoldino de Oliveira, 3490 Sala 601 Centro – Uberaba, MG CEP: 38.010-000 Telefone: (34) 3338-3708 UBERLÂNDIA Av. Getúlio Vargas, 275 Sala 605 Centro - Uberlândia, MG CEP: 38.400-299 Telefone: (34) 3210-0842 VARGINHA Praça Champagnat, 29 - 2º andar Sala 200, Edifício Sílvio Massa Centro - Varginha, MG CEP: 37.002-150 Telefone/Fax: (35) 3222-3108 UAI Divinópolis Rua Goiás, 206 Centro - Divinópolis, MG CEP: 35.500-001 Telefone: (37) 3214-2212 / 3213-6473 UAI Patos de Minas Avenida José de Santana, 1307 Centro - Patos de Minas, MG CEP: 38.700-528 Telefone: (34) 3821-3445 3823-9723/ 7419/ 7519/ 9750 5 PLENÁRIO DO COREN-MG (2018-2020) DIRETORIA DO COREN-MG: Presidente: Carla Prado Silva Vice-Presidente: Lisandra Caixeta de Aquino Primeiro-Secretário: Érico Pereira Barbosa Segundo-Secretário: Gustavo Adolfo Arantes Primeira-Tesoureira: Vânia da Conceição Castro Gonçalves Ferreira Segunda-Tesoureira: Vanda Lúcia Martins DEMAIS MEMBROS EFETIVOS DO PLENÁRIO: Christiane Mendes Viana Elânia dos Santos Pereira Ernandes Rodrigues Moraes Fernanda Fagundes Azevedo Sindeaux Iranice dos Santos Jarbas Vieira de Oliveira Karina Porfírio Coelho Lucielena Maria de Souza Garcia Soares Maria Eudes Vieira SUPLENTES: Alan Almeida Rocha Cláudio Luís de Souza Santos Enoch Dias Pereira Elônio Stefaneli Gomes Gilberto Gonçalves de Lima Gilson Donizetti dos Santos Jaime Bernardes Bueno Júnior Kássia Juvêncio Linda de Souza Leite Miranda Lima Lívia Cozer Montenegro Maria Magaly Aguiar Cândido Mateus Oliveira Marcelino Simone Cruz de Melo Valdecir Aparecido Luiz Valéria Aparecida dos Santos Rodrigues COMITÊ PERMANENTE DE CONTROLE INTERNO Elânia dos Santos Pereira Iranice dos Santos Jarbas Vieira de Oliveira DELEGADAS REGIONAIS Efetiva: Carla Prado Silva Suplente: Lisandra Caixeta de Aquino 6 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 13 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 2 ÁREA TEMÁTICA: GERAL ............................................................................... 15 1) O que o Coren faz por nós? ............................................................................. 15 2) Por que o Coren cobra anuidade? ................................................................... 17 3) Por que o Piso Salarial da Enfermagem e a redução da Jornada de Trabalho para 30 horas Semanais não foram instituídos em Minas Gerais? Qual o papel do Coren-MG? .......................................................................................................... 18 4) Quais atividades são privativas do Enfermeiro? .............................................. 19 5) Quais atividades são proibidas ao profissional de Enfermagem? .................... 21 6) É competência do profissional de Enfermagem a realização de atividades administrativas (recepção; abertura de consultório, separar prontuário, dentre outras)? ................................................................................................................ 22 7) Enfermeiro pode atuar como Técnico de Enfermagem? .................................. 22 8) Técnico de Enfermagem pode fazer especialização? E tem carteirinha de especialista? ........................................................................................................ 23 9) O hospital tem que ter um Enfermeiro apenas para o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)? Ou pode ser o mesmo enfermeiro da assistência? 23 10) O Enfermeiro que assume o SCIH deve ter alguma gratificação? ................. 24 11) Em quais comissões são obrigatórias a presença do Enfermeiro? ................ 24 12) Qual a validade das carteiras profissionais? .................................................. 25 13) O profissional de Enfermagem deve registrar as suas especializações? ...... 25 14) É obrigatório o uso do carimbo? .................................................................... 26 15) Quem pode emitir atestado de comparecimento? ......................................... 26 16) Profissionais de Enfermagem militares devem possuir inscrição no Coren? . 27 17) O Enfermeiro pode atuar em consultório particular? ...................................... 27 18) O gerente da unidade pode fazer a escala dos profissionais de Enfermagem, inclusive férias? ................................................................................................... 27 7 3 ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE TÉCNICA ...................................... 29 19) O que é Enfermeiro Responsável Técnico ou Enfermeiro RT? Para que serve a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)? .............................................. 29 20) Ao solicitar ART para o PGRSS o Enfermeiro se responsabilizará pela assistência também ou apenas pelo PGRSS? .................................................... 30 21) Somente o Enfermeiro pode gerenciar o PGRSS ou outros profissionais também podem? .................................................................................................. 30 22) O Enfermeiro RT pode trabalhar com a jornada de 12x36 horas? ................. 31 23) O Enfermeiro RT deve receber alguma gratificação por assumir a função? .. 31 4 ÁREA TEMÁTICA: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ...................................... 32 24) O Enfermeiro pode prescrever medicamentos? ............................................. 32 25) Competeao profissional de Enfermagem a administração de Benzetacil nas Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 32 26) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Noripurum nas Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 33 27) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Ceftriaxona nas Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 33 28) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de metotrexate nas Unidades Básicas de Saúde? .............................................................................. 34 29) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de medicamentos injetáveis na atenção primária? ........................................................................... 34 30) Compete ao profissional de nível médio realizar atividades na ausência do Enfermeiro? ......................................................................................................... 34 31) Compete ao profissional de Enfermagem a realização de testes rápidos?.... 35 32) Compete ao Enfermeiro a prescrição de curativos e coberturas? ................. 35 33) O Enfermeiro pode solicitar exames? ............................................................ 35 34) O Enfermeiro da Atenção Primária pode realizar toque retal e pedir exame de PSA? .................................................................................................................... 36 35) Compete ao profissional de Enfermagem fazer retirada de bicho de pé? ..... 36 36) Compete aos profissionais de Enfermagem do hospital buscar pacientes em via pública? .......................................................................................................... 37 5 ÁREA TEMÁTICA: CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO ................ 38 8 37) O Enfermeiro Responsável Técnico do Centro Cirúrgico e Central de Material Esterilizado (CME) pode dividir as atribuições nos dois setores durante a mesma jornada de trabalho? ............................................................................................ 38 38) O teste biológico nas Centrais de Materiais Esterilizados pode ser realizado por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem ou é privativo do Enfermeiro responsável pelo setor? ....................................................................................... 38 39) Quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para uso em Centrais de Materiais Esterilizados (CME)? ................................................... 38 40) Quais são as atividades que podem ser desenvolvidas pelo Atendente de Enfermagem no Centro de Material e Esterilização (CME)? ................................ 39 6 ÁREA TEMÁTICA: GERENCIAL E ASSISTENCIAL ........................................ 40 41) A quem compete a coleta de sangue por punção arterial na Enfermagem?.. 40 42) A quem compete a realização do procedimento de sondagem gástrica ou entérica? .............................................................................................................. 40 43) A quem compete a realização da lavagem gástrica? ..................................... 40 44) Há obrigatoriedade de realizar raios-x após a sondagem gástrica e entérica? A quem compete solicitar os raios-x e avaliar o posicionamento? ....................... 40 45) A quem compete a realização do procedimento de sondagem vesical de demora e de alívio?.............................................................................................. 41 46) Profissional de Enfermagem de nível médio pode realizar diálise peritoneal? ............................................................................................................................. 42 47) A quem compete a administração de nutrição parenteral? ............................ 42 48) Profissionais de Enfermagem podem administrar medicamentos previamente diluídos por outros profissionais? ......................................................................... 42 49) Quais as atribuições da equipe de Enfermagem na sondagem gástrica? ..... 43 50) A quem compete o transporte de macas ou cadeira de rodas? ..................... 43 51) Compete ao profissional de Enfermagem a realização do aprazamento de prescrições médicas? .......................................................................................... 45 52) Compete ao profissional de Enfermagem montar respirador? ....................... 46 53) O Enfermeiro pode fazer remanejamentos? .................................................. 46 9 54) Posso ser remanejado para um setor que nunca atuei, por um dia ou definitivamente? Posso me recusar a ir? ............................................................. 47 55) O que deve ser anotado no livro de intercorrências do setor? O livro é obrigatório? .......................................................................................................... 47 56) O profissional de Enfermagem pode realizar curativo em membro com calha gessada, colocar e retirar calha gessada? ........................................................... 48 57) Quais profissionais de Enfermagem podem realizar o cateterismo intermitente limpo (CIL)? ......................................................................................................... 49 58) O Auxiliar de Enfermagem pode atuar no setor de hemodiálise? .................. 51 59) Os profissionais de Enfermagem podem atuar em laboratório e realizar o processamento de amostras ou essa função é privativa do Bioquímico? ............ 51 7 ÁREA TEMÁTICA: ENFERMAGEM DO TRABALHO ...................................... 54 60) Competência da equipe de Enfermagem em realizar os exames de audiometria, eletroencefalograma e eletrocardiograma em clínica de medicina do trabalho: ............................................................................................................... 54 61) Há restrições quanto ao uso de esmaltes de unhas pela equipe de Enfermagem? ...................................................................................................... 54 62) Compete aos profissionais de Enfermagem do Serviço de Saúde e Medicina do Trabalho (SESMT) prestar assistência aos casos agudos? ............................ 55 8 ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO....................................................................... 56 63) O Coren fiscaliza estágio? ............................................................................. 56 64) O que é o estágio? ......................................................................................... 56 65) O que é estágio obrigatório? .......................................................................... 56 66) Professor precisa ter registro no Coren-MG? E o professor que atua apenas em sala de aula, precisa ter registro no Coren-MG? ........................................... 57 67) É necessário ter concluído a disciplina de semiologia para fazer estágio extra- curricular? ............................................................................................................ 58 68) Considerando a suspensão judicial da Resolução Cofen nº. 441/2013, qual o aparato legal em vigor?........................................................................................ 58 69) Qual a orientação do Coren-MG para as instituições de ensino? .................. 58 10 70) Qual a Carga Horária mínima para estágios de Cursos em Técnico de Enfermagem? ...................................................................................................... 60 71) As atividades de extensão, monitorias e iniciação científica na educação superior desenvolvidas pelo estudante podem ser equiparadas ao estágio? ...... 6072) O estágio deve ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador e pelo supervisor? .......................................................................................................... 60 73) Qual o papel do professor orientador da instituição de ensino? .................... 61 74) O supervisor pode orientar até quantos estagiários? ..................................... 61 75) O Enfermeiro pode exercer as atividades de preceptor de estágio no horário de serviço na instituição de saúde? ..................................................................... 61 76) Quais são as obrigações legais das instituições de ensino em relação aos seus educandos em estágio? .............................................................................. 61 77) Quais são as principais obrigações da parte concedente na relação de estágio? ............................................................................................................... 62 78) A celebração de convênio de concessão de estágio entre a instituição de ensino e a parte concedente dispensa a celebração do Termo de Compromisso de Estágio? .......................................................................................................... 62 79) O Enfermeiro do serviço pode supervisionar estágio de Enfermagem durante seu horário de trabalho na instituição? Ele pode acumular as funções de enfermeiro supervisor do serviço e de enfermeiro supervisor de estágio? .......... 62 80) O Enfermeiro pode desenvolver a função de preceptor? ............................... 63 81) Punção venosa, sondagem e outros procedimentos entre os próprios alunos podem ser adotados pela instituição de ensino? ................................................. 64 82) Qual o posicionamento do Coren e Cofen frente aos cursos de educação à distância (EAD)? .................................................................................................. 64 83) O Enfermeiro pode lecionar no Curso de Cuidador de Idosos? ..................... 65 9 ÁREA TEMÁTICA: ESTÉTICA .......................................................................... 66 84) O Enfermeiro está respaldado para atuar na área de estética? ..................... 66 85) O botox então está permitido ou proibido? .................................................... 67 10 ÁREA TEMÁTICA: ESTOMATERAPIA .......................................................... 68 11 86) Quais as coberturas podem ser prescritas pelo Enfermeiro? ........................ 68 87) O Enfermeiro pode prescrever sulfadiazina de prata? ................................... 68 88) O Enfermeiro pode prescrever colagenase com cloranfenicol? ..................... 69 89) Qual o papel do Técnico de Enfermagem e do Auxiliar de Enfermagem no cuidado às feridas? .............................................................................................. 69 11 ÁREA TEMÁTICA: NEONATOLOGIA ............................................................ 71 90) O Enfermeiro pode instalar cateter epicutâneo? ............................................ 71 12 ÁREA TEMÁTICA: ONCOLOGIA ................................................................... 72 91) A quem compete a administração de quimioterápicos? ................................. 72 13 ÁREA TEMÁTICA: PROCESSO DE ENFERMAGEM (PE) ............................ 73 92) É obrigatória a implementação do Processo de Enfermagem (PE) em toda instituição hospitalar?........................................................................................... 73 93) Sistemas de Classificação de Pacientes podem ser utilizados para determinar quais pacientes devem ser assistidos via Processo de Enfermagem? ................ 73 94) O Enfermeiro pode realizar a prescrição de cuidados sem antes realizar o diagnóstico de Enfermagem? .............................................................................. 74 95) Há legislação que defina a periodicidade para realização da evolução de Enfermagem pelo enfermeiro? ............................................................................. 75 96) É obrigatória a evolução de enfermagem pelo Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem? ................................................................................................. 75 97) A prescrição de Enfermagem possui legalidade? O Técnico e o Auxiliar de Enfermagem têm a obrigatoriedade de executar e checar a intervenção de enfermagem prescrita? ........................................................................................ 76 14 ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE MENTAL ............................................................. 78 98) A contenção mecânica pode ser feita sem a prescrição médica e sem a supervisão direta do Enfermeiro? ........................................................................ 78 12 99) A equipe de Enfermagem pode manter a prescrição médica por tempo indeterminado e inclusive transcrever esta prescrição?....................................... 78 15 ÁREA TEMÁTICA: TERAPIA INTENSIVA ...................................................... 80 100) O Enfermeiro pode utilizar a máscara laríngea? Ou é legal a utilização da máscara laríngea pelo profissional Enfermeiro? .................................................. 80 101) O Técnico de Enfermagem pode realizar aspiração traqueal? .................... 80 16 ÁREA TEMÁTICA: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .......................................... 83 102) É competência dos profissionais de Enfermagem realizar a montagem, conferência e reposição de medicamentos e materiais dos carrinhos de emergência? ........................................................................................................ 83 103) Compete à Enfermagem chamar o médico ou outros profissionais no descanso para atendimento de paciente? ........................................................... 84 104) Qual a competência dos profissionais de Enfermagem na Triagem, Acolhimento e Classificação de Risco? ............................................................... 85 105) Compete ao Enfermeiro dispensar pacientes na classificação de risco?..... 86 106) Qual profissional de saúde pode utilizar o desfibrilador dentro de um ambiente hospitalar. Qual profissional pode realizar a rápida desfibrilização no paciente? ............................................................................................................. 86 107) O Enfermeiro tem respaldo para realizar a desfibrilação com o desfibrilador manual, sem a autorização da equipe médica? ................................................... 87 108) Técnicos e Auxiliares de Enfermagem podem ministrar curso de primeiros socorros? ............................................................................................................. 88 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 89 APÊNDICE ......................................................................................................... 102 13 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada APRESENTAÇÃO A Enfermagem é um campo de trabalho bastante rico e diversificado, o que faz com que surjam diversas dúvidas quanto à atuação do profissional em cada uma das inúmeras áreas ofertadas no mercado. Com a finalidade de esclarecer os questionamentos mais comuns e frequentes dos profissionais, é que elaboramos o presente manual. A opção pelo modelo de “Perguntas e Respostas” deve-se à ideia de facilitar o manuseio e consulta do material, além de servir para chamar a atenção do profissional de Enfermagem para os principais pontos que cercam cada tema aqui abordado. No entanto, embora o viés prático seja a prioridade, em momento algum desconsideramos as referências teóricas pertinentesao exercício da profissão, tendo em vista a complexidade de cada área. O trabalho que resultou no “Perguntas e Respostas” tornou-se possível com a colaboração de enfermeiros fiscais e conselheiros do Coren-MG, bem como de acadêmicos de Enfermagem, cujos nomes estão citados na página anterior, os quais gentilmente foram cedidos para compor a equipe técnica responsável pela elaboração desta tarefa. Estamos certos de que o presente manual será útil a todos os profissionais de Enfermagem, já que será capaz de fornecer a eles subsídios para uma atuação cada vez melhor e mais eficaz da profissão. Enfermeira Carla Prado Silva Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) 14 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 1 INTRODUÇÃO A Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais compõe o Departamento de Fiscalização do Coren-MG e desta forma, mantém contato frequente com os profissionais de enfermagem de diversas áreas de atuação, além de atender a situações advindas dos processos da Unidade de Fiscalização, da Unidade de Processo Ético e até mesmo de órgãos externos ao Conselho, quando estas envolvem o exercício profissional da enfermagem. Diante do atendimento realizado aos profissionais, setores e órgãos, tornou- se possível elencar as principais dúvidas então recebidas pela Câmara Técnica do Coren-MG e organizá-las no formato de Perguntas e Respostas Frequentes, ligadas ao exercício profissional da enfermagem. Trata-se da segunda edição deste Manual, que foi organizado de acordo com as áreas temáticas existentes na Câmara Técnica, relacionadas aos assuntos abordados. A primeira área temática foi nominada “Área Temática: Geral” e aborda dúvidas relacionadas à atuação e funcionamento do Conselho Regional de Enfermagem e ao próprio exercício profissional, aplicadas a qualquer área de atuação em que o profissional esteja inserido. As demais áreas tratam de atividades específicas, que compõem o amplo campo de atuação das categorias profissionais da enfermagem. Objetivou-se apresentar aos profissionais de enfermagem um material acessível, de fácil consulta e que obedece ao rigor técnico, científico, ético e legal das informações. Os profissionais de Enfermagem podem ainda acessar, através do site do Coren-MG, todos os Pareceres Técnicos elaborados e publicados por esta Câmara Técnica. Os profissionais devem buscar conhecimento cada vez mais aprofundado sobre as normativas que regulam e orientam seu exercício profissional. Este Manual, assim como todos os pareceres, estão sujeitos a atualizações, de acordo a publicação de novas legislações que interferem no exercício profissional de Enfermagem, assim como o surgimento de novas áreas de atuação. Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais 15 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 2 ÁREA TEMÁTICA: GERAL 1) O que o Coren faz por nós? O Coren-MG realiza as atribuições que lhe são conferidas por lei, no caso, a Lei Federal n° 5.905/73. A título de facilitar o entendimento, tais atribuições serão descritas em linguagem não jurídica. Nesse sentido, o Coren-MG realiza: Quadro 1 - Atribuições do Conselho Regional de Enfermagem ATIVIDADES POR QUE ISSO É IMPORTANTE? Registro e cadastro dos profissionais de Enfermagem Para evitar o exercício ilegal da profissão e também que o paciente seja colocado em risco ao receber assistência prestada por pessoas leigas, além de impedir que pessoas sem formação ocupem cargos e funções que você, profissional que estudou Enfermagem, poderia estar ocupando. Fiscalização do exercício profissional Para garantir que o exercício da Enfermagem esteja em conformidade com a Lei nº 7.498/86 e o Decreto nº 94.406/87, exigindo presença do profissional Enfermeiro onde são realizadas atividades de Enfermagem e durante todo o período de funcionamento dos serviços de saúde. Para evitar que os profissionais de nível médio coloquem a si mesmos e aos pacientes em risco, ao atuarem sem as condições previstas em lei. Fiscalização do exercício profissional: atividades ilegais Para evitar que os profissionais de Enfermagem exerçam atividades privativas de outras profissões colocando a si próprios e ao paciente em risco. Quando identificado, o profissional é notificado como forma de alerta e também para que tenha um documento formal do Conselho, impedindo-o de realizar determinado procedimento para apresentar na instituição em que trabalha, dando-lhe respaldo na recusa. Fiscalização do exercício profissional: atividades privativas do Enfermeiro Para evitar que profissionais de nível médio da Enfermagem exerçam atividades privativas do Enfermeiro, para as quais não possuem respaldo legal, colocando o paciente e ele próprio em risco. Para evitar que profissionais de nível médio ocupem cargos e exerçam atribuições de Enfermeiro. 16 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Fiscalização do exercício profissional: quadro de pessoal de Enfermagem Para diagnosticar o dimensionamento inadequado de pessoal de Enfermagem. Para exigir que o Enfermeiro Responsável Técnico (RT) realize o cálculo conforme as normativas vigentes. Para garantir que os pacientes estejam em condições de assistência adequadas. Quando verificado quadro de pessoal de Enfermagem insuficiente ou inexistência de Enfermeiro, o Coren-MG notifica a instituição para se adequar à legislação e, caso haja descumprimento, de acordo com cada caso, pode representar ao Ministério Público ou ajuizar uma Ação Civil Pública contra a instituição, cuja solução dependerá de decisão judicial após a conclusão da instrução processual e não tem prazo definido em lei para encerramento. Fiscalização do exercício profissional: Certidão de Responsabilidade Técnica (CRT) Para verificar a existência de Enfermeiro responsável pelo serviço de Enfermagem, evitando que profissionais de outras categorias realizem escalas de Enfermagem e deleguem atividades sem possuir formação em Enfermagem, colocando os profissionais e os pacientes em risco. Fiscalização do exercício profissional: documentos de Enfermagem Para garantir que os profissionais de Enfermagem possuam documentos que respaldem o seu exercício, através de Protocolos, Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), Manual de Normas e Rotinas, Regimento do Serviço de Enfermagem, dentre outros. Fiscalização do exercício profissional: Registros e Anotações de Enfermagem Os Registros e Anotações de Enfermagem são o principal meio de respaldo dos profissionais de Enfermagem quanto aos procedimentos que são realizados nos pacientes. Além disso, é direito do paciente ter toda a sua assistência registrada em prontuário. Desta forma, o Coren-MG fiscaliza e orienta os profissionais quanto à forma adequada de registro e anotação, respaldando os profissionais nas esferas ética, cível e criminal. Fiscalização do exercício profissional: Processo de Enfermagem Para garantir que o exercício da Enfermagem esteja fundamentado cientificamente, valorizando a profissão e trazendo qualidade para a assistência ao paciente. Processos Ético-Disciplinares Para julgar os casos em que os profissionais de Enfermagem tenham infringido o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e/ou normatizações do Sistema Cofen/ Conselhos Regionais de Enfermagem, a fim de garantir que sejam julgados por seus pares, proporcionando assim um julgamento justo. 17 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Câmara Técnica: respostas às dúvidas e emissão de pareceres e outros documentos Para orientaros profissionais de Enfermagem e a sociedade em geral sobre as competências técnico- científicas, éticas e legais destes, conforme a função que cada um desempenha: Enfermeiro, Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem Fonte: Elaborado pelos autores. 2) Por que o Coren cobra anuidade? Segundo a Constituição, é livre o exercício de qualquer ofício, trabalho ou profissão, nos termos da lei. Assim, em um primeiro momento, qualquer pessoa pode exercer qualquer ofício de forma livre. Ocorre que algumas atividades são especiais, pois geram grave risco para a sociedade caso sejam exercidas sem a qualidade técnica necessária. Nestes casos, a lei estabelece critérios para o exercício desta profissão que é socialmente perigosa, normalmente exigindo formação específica, submetendo o profissional a regras de fiscalização ética e profissional e avaliações de aptidão. Para garantir que esta profissão seja útil para a sociedade e exercida com a qualidade necessária, a lei também cria um órgão fiscalizador para os profissionais. Este órgão é o Conselho Profissional que, no caso da Enfermagem, é o Conselho Federal de Enfermagem e os Conselhos Regionais de Enfermagem. Este Conselho tem o objetivo de fiscalizar o exercício da profissão, garantir que somente pessoas habilitadas possam exercê-la, assegurar as prerrogativas profissionais e punir desvios éticos. Portanto, o Conselho existe para dar suporte e segurança para o bom profissional, aqueles cumpridores dos seus deveres e que atuam de forma ética, defendendo-o dos maus profissionais e garantindo que o mercado de trabalho seja acessível somente àquelas pessoas efetivamente qualificadas para esta importante função. Da mesma forma, o Conselho serve para defender a própria sociedade, que é leiga, e precisa confiar que o profissional a ela submetido através do desempenho de suas atividades está sendo fiscalizado por um órgão técnico apto a garantir que somente os realmente habilitados e éticos têm autorização para prestar atendimento à população. E toda esta estrutura de fiscalização, a garantia de prerrogativas, suporte e intervenção ética, bem como a garantia de defesa da sociedade são 18 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada custeadas exclusivamente pelas anuidades pagas pelos profissionais vinculados ao Conselho. As anuidades são a única fonte de arrecadação e custeio do Conselho e têm o objetivo de manter a estrutura administrativa necessária para que o órgão exerça suas funções e garanta o exercício profissional adequado. Juridicamente, a anuidade é um tributo denominado Contribuição de Interesse de Categorias Profissionais. E é de interesse da categoria dos bons profissionais, pois a contribuição existe para que estes tenham suporte e segurança para o exercício da profissão de forma ética e sem violação de suas prerrogativas. Quadro 2 - Anuidade de alguns conselhos de classe brasileiros CONSELHO VALOR DA ANUIDADE 2020/2019 OAB/MG – Advogados R$997,30 (2020) OAB/MG – Estagiário R$464,00 (2020) MEDICINA R$ 772,00 (2020) FARMÁCIA R$543,08 (superior) -(2019) R$271,53 (médio)- (2019) MEDICINA VETERINÁRIA R$ 526,73 (2020) ODONTOLOGIA R$503,52 - (2019) FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL R$492,00 - (2019) ENFERMAGEM R$376,96 (Enfermeiros) (2020) R$358,10 (Obstetrizes/Obstetras) (2020) R$207,04 (Técnicos de Enfermagem) (2020) R$178,47 (Auxiliares de Enfermagem) (2020) Fonte: Elaborada pelos autores 3) Por que o Piso Salarial da Enfermagem e a redução da Jornada de Trabalho para 30 horas Semanais não foram instituídos em Minas Gerais? Qual o papel do Coren-MG? A implantação de direitos que impactam na sociedade e no exercício de profissões no Brasil precisa ser instituída através de Leis e/ou Convenções e/ou 19 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Acordos Coletivos. No momento, há diversos projetos de lei que pretendem instituir direitos como as 30 horas e o piso salarial digno para a Enfermagem em Minas Gerais e no Brasil. É preciso que a categoria exerça sua influência sobre representantes eleitos para a Câmara dos Deputados, para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e para as Câmaras Municipais, de forma a exigir que os projetos de lei se tornem leis de fato e assim exigíveis para todos os empregadores. Por isso a importância do amadurecimento político da Enfermagem, pois é fundamental que os profissionais tenham consciência eleitoral e que elejam candidatos comprometidos com as causas da categoria. O Coren-MG tem o papel de fiscalizar o cumprimento das leis. Assim, enquanto as leis não são aprovadas pelos deputados estaduais, federais e vereadores, o órgão apoia e incentiva todas as iniciativas de mobilização da categoria. Precisamos, dentro desta perspectiva de ampliação dos direitos da categoria, fortalecer os sindicatos, que são os meios legais coletivos para a luta, implantação e garantia de direitos trabalhistas. 4) Quais atividades são privativas do Enfermeiro? Segundo a Lei Federal nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: I - Privativamente: a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem; d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem; e) consulta de Enfermagem; f) prescrição da assistência de Enfermagem; g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. (BRASIL, 1986). 20 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Essas são as atividades privativas determinadas por lei, no entanto, alguns trechos não são totalmente claros, como, por exemplo: “cuidados de maior complexidade técnica”. Que cuidados seriam esses? Somente o Conselho Federal de Enfermagem pode determinar aos profissionais de Enfermagem outras orientações ou restrições. Desta forma, também são consideradas atividades privativas do Enfermeiro: • punção arterial – Resolução Cofen nº 390/2011; • acesso venoso umbilical – Resolução Cofen nº 388/2011; • sondagem vesical – Resolução Cofen nº 450/2013; • sondagem nasoentérica para fins de nutrição – Resolução Cofen nº 453/2014; • aspiração de vias aéreas de pacientes graves, submetidos à intubação orotraqueal ou traqueostomia ou não submetidos à respiração artificial, em unidades de emergência, de internação intensiva, semi-intensiva ou intermediária, ou demais unidades da assistência – Resolução Cofen nº 557/2017; • administração de quimioterápicos – Resolução Cofen nº 569/2018 (vide pág. 37); • classificação de riscos – Resolução Cofen nº 423/2012; • receber prescrição médica à distância – Resolução Cofen nº 487/2015; • atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e rotativa – Resolução Cofen n° 551/2017; • enucleação do globo ocular e planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados tanto ao doador como ao receptor, bem como a assistência no perioperatório no processo de doação de órgãos e tecidos para transplante– Resolução Cofen n°611/2019; • sondagem oro/nasoenteral – Resolução Cofen n° 619/2019; • montagem,testagem e instalação de aparelhos de ventilação mecânica invasiva e não-invasiva em pacientes adultos, pediátricos e neonatos. Monitorização, checagem de alarmes, ajuste inicial e o manejo dos parâmetros – Resolução Cofen n° 639/2020. 21 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 5) Quais atividades são proibidas ao profissional de Enfermagem? As atividades proibidas aos profissionais de Enfermagem são aquelas consideradas privativas de outras profissões por força de lei. Resoluções de outros conselhos são normativas infralegais e não devem ser seguidas pelos profissionais de Enfermagem. O Cofen determina o que é proibido ao profissional de Enfermagem realizar: • Sutura – Resolução Cofen nº 278/2003 (exceto em casos de urgência e de episiorrafia, quando se trata de Enfermeiro Obstetra); • Auxílio a procedimentos cirúrgicos (diferente de instrumentação cirúrgica) – Resolução Cofen nº 280/2003; • Procedimentos relativos à imobilização ortopédica – Resolução Cofen nº 422/2012 (exceto se possuir curso de especialização em imobilização ortopédica) • Empregar contenção mecânica com propósito de disciplina, punição e coerção, ou por conveniência – Resolução Cofen n° 427/2012; • Trabalhar em regime de sobreaviso (exceto para cobertura eventual de escala que tenha profissional) – Resolução Cofen nº 438/2012; • Aos Auxiliares de Enfermagem é vedado atuar em terapia nutricional; Resolução Cofen n° 453/2014; • Cumprimento de prescrição médica à distância e a execução da prescrição médica fora da validade – Resolução Cofen n°487/2015; • Vedações relacionadas à exposição em mídia – Resolução Cofen 554/2017; • Procedimentos estéticos invasivos privativos do médico. Há ainda a Nota Técnica Cofen, de 15 de outubro de 2014, desaconselhando a realização de trabalho voluntário, exceto quando se tratar de questões humanitárias. 22 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 6) É competência do profissional de Enfermagem a realização de atividades administrativas (recepção; abertura de consultório, separar prontuário, dentre outras)? Via de regra, o que não é proibido é permitido. Essas atividades são atribuições de menor complexidade técnica, que podem ser realizadas por qualquer pessoa, por não exigirem formação ou habilitação específica. Desta forma, podem sim ser realizadas pela Enfermagem, caso designadas administrativamente pela instituição. Cabe à instituição garantir que a assistência ao paciente não seja prejudicada em detrimento da realização das atividades administrativas, garantindo um dimensionamento de pessoal adequado. Importante que o Enfermeiro Responsável Técnico ou Enfermeiro responsável pelo serviço faça o cálculo de dimensionamento de pessoal considerando a realização dessas atividades administrativas, quando efetivadas, tendo em vista os sítios funcionais. O Coren-MG publicou, recentemente, o parecer técnico da Câmara Técnica gerencial assistencial nº 9 de 2020 sobre Competência técnico-científica, ética e legal dos profissionais de Enfermagem em realizar atividades administrativas. O documento está disponível para acesso por meio do link: https://www.corenmg.gov.br/servicos/pareceres-tecnicos/. Em casos de desvio de função, o Coren-MG recomenda que o profissional acione as instâncias trabalhistas a fim de verificar a sua legalidade. 7) Enfermeiro pode atuar como Técnico de Enfermagem? Segundo a Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, o Técnico de Enfermagem é o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem (TE). Ao TE cabe executar as atividades de Enfermagem, excetuadas as privativas de Enfermeiro e de Obstetrizes ou Enfermeiros Obstetras. O TE executa todas as atividades que lhe cabem, podendo executar as atividades dos Auxiliares de Enfermagem (AE). 23 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada O Enfermeiro pode executar todas as atividades de assistência de Enfermagem e até é possível entender que quem pode mais, pode menos. Entretanto, o Cofen, através do Parecer Normativo nº 03/2017, conclui que: apesar do Enfermeiro possuir formação acadêmica superior, ou seja, mais exigente e, desta forma, poder realizar atividades de Enfermagem na formação acadêmica menos exigente, não poderá, esse, ocupar o cargo de uma categoria inferior, quando não detentor do diploma ou certificado para tal, bem como a ausência do registro no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. Enfermeiro ocupando vaga de TE ou AE sem ter o registro nessas categorias configuraria concorrência desleal. O parecer do Cofen está disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer- normativo-no-0032017_51061.html. Acesso em: 16 nov. 2020. 8) Técnico de Enfermagem pode fazer especialização? E tem carteirinha de especialista? Sim, os cursos de especialização para Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem deverão ter, no mínimo, 300 (trezentas) horas, o equivalente a 25% da carga mínima indicada no Catálogo Nacional de Cursos de Nível Técnico para a habilitação profissional a que se vincula, de acordo com a Resolução CNE/CEB nº 06/2012. O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, detentores de certificado de Especialização, devem, obrigatoriamente, registrá-lo no Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. A Resolução Cofen n° 609/2019, atualiza, no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, os procedimentos para registro de especialização técnica de nível médio em Enfermagem concedida aos Técnicos de Enfermagem e aos Auxiliares de Enfermagem. 9) O hospital tem que ter um Enfermeiro apenas para o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)? Ou pode ser o mesmo enfermeiro da assistência? Conforme a Portaria MS n° 2616, de 12 de maio de 1998: 24 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número, com carga horária diária mínima de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais (BRASIL, 1998). Para instituições com mais de 200 leitos, a carga horária diária dos membros executores deverá ser calculada na base da proporcionalidade de leitos indicados. Portanto, para que o enfermeiro do SCIH assuma também a assistência, isto deverá ocorrer além da carga horária necessária para executar as atividades no serviço de controle de infecção, o que, na prática, torna-se inviável. 10) O Enfermeiro que assume o SCIH deve ter alguma gratificação? Não compete ao Conselho Profissional definir sobre gratificação ou remuneração dos profissionais de Enfermagem. Comumente, há um salário diferenciado, uma vez que o Enfermeiro possui uma formação diferenciada e atribuições que englobam toda uma instituição de saúde. Mas trata-se de uma decisão administrativa baseada na política de recursos humanos do serviço. 11) Em quais comissões são obrigatórias a presença do Enfermeiro? O Manual do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem traz a lista de comissões que são obrigatórias aos serviços de saúde: • Comissão de Óbitos; • Comissão de Revisão de Prontuários; • Comissão de Ética em Enfermagem (Resolução Cofen nº 593/2018); • Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998); • Comissão de Farmácia Terapêutica (Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010). • A Comissão de Óbitos e a Comissão de Revisão de Prontuários não possuem resolução ou portaria que exijam apresença do enfermeiro. Entretanto, a Lei do Exercício Profissional define como privativo do Enfermeiro “parecer sobre matéria de enfermagem”. Desta forma, como ambas as comissões envolvem questões inerentes à 25 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Enfermagem, acaba se tornando imperativo que um Enfermeiro delas participe. 12) Qual a validade das carteiras profissionais? O Conselho Federal de Enfermagem, por meio de sua Resolução nº 475/2015, determinou que as carteiras de identidade profissional com data de emissão até 31 de dezembro de 2010 deveriam ser substituídas em 2016 (qualquer modelo de carteira de todas as categorias). O prazo de validade da carteira por 5 anos está definido na Resolução Cofen nº 448/2013 (no Manual de Normas Administrativas). CAPITULO I Art. 2º – A carteira profissional de identidade terá validade de 05 (cinco) anos, contados a partir da data de sua emissão, devendo o profissional renová-la antes do fim desse período, sob pena de responder nos termos da legislação vigente. (COFEN, 2013). Link de acesso ao manual de normas: http://www.cofen.gov.br/wp- content/uploads/2013/12/MANUAL-448.pdf 13) O profissional de Enfermagem deve registrar as suas especializações? Conforme a Resolução Cofen nº 581/2018, o Enfermeiro deverá, obrigatoriamente, promover o registro de seus títulos de pós-graduação, sendo tal tarefa isenta do pagamento das taxas de inscrição e carteira. A Resolução traz ainda um anexo contendo a lista de especialidades do Enfermeiro, para fins de registro. Importante ressaltar que, conforme o art. 2º desta Resolução: é vedado aos Enfermeiros a veiculação, divulgação e anúncio de títulos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu que não estejam devidamente registrados no Conselho Federal de Enfermagem. (Cofen, 2018). Desta forma, o Enfermeiro que ocupa cargo em que seja obrigatória a especialização ou que tenha carimbo com título de especialista que não possui ou que ainda não concluiu está sujeito às medidas cabíveis pela fiscalização e processo ético. 26 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 14) É obrigatório o uso do carimbo? Segundo o parágrafo 1º do artigo 35 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução Cofen nº 564/2017), é facultativo o uso de carimbo contendo nome completo, número e categoria de inscrição no Coren, devendo constar a assinatura ou rubrica do profissional. Importante esclarecer que, ao abrir mão do uso do carimbo, o profissional deve apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício profissional. Assim sendo, o carimbo facilita o trabalho. No entanto, a Resolução Cofen n° 545/2017 define que: Art. 5º É obrigatório o uso do carimbo, pelo profissional de Enfermagem nos seguintes casos: I – em recibos relativos à percepção de honorários, vencimentos e salários decorrentes do exercício profissional; II – em requerimentos ou quaisquer petições dirigidas às autoridades da Autarquia e às autoridades em geral, em função do exercício de atividades profissionais; e, III – em todo documento firmado, quando do exercício profissional, em cumprimento ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. (COFEN, 2017). Portanto, nos casos supracitados, o uso do carimbo é obrigatório. Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada, conforme legislação vigente. 15) Quem pode emitir atestado de comparecimento? Atestado de comparecimento é diferente de atestado médico. No âmbito da equipe de Enfermagem tanto o Enfermeiro quanto o Técnico ou Auxiliar de Enfermagem podem emitir declaração de comparecimento de paciente em serviço de saúde. Nesse sentido, compete às gerências de Enfermagem das instituições de saúde desenvolver protocolos de acordo com as características de suas rotinas internas, devidamente aprovadas pela Diretória Técnica da Unidade. Contudo, deve- se atentar para as rotinas da instituição. Em algumas, somente o Enfermeiro pode emiti-lo. 27 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 16) Profissionais de Enfermagem militares devem possuir inscrição no Coren? Sim. A Lei nº 7.498/86, que regulamenta a profissão de Enfermagem, prevê como pré-requisito para o exercício profissional a inscrição no Conselho com jurisdição na área onde ocorre o exercício. Além disso, o Ministério da Defesa informou ao Conselho Federal de Enfermagem, por meio do Ofício nº 2.983/2011, que os comandos militares entendem como obrigatória a inscrição, no conselho, dos funcionários civis e militares de Enfermagem que atuam em suas organizações. 17) O Enfermeiro pode atuar em consultório particular? Sim, o Enfermeiro também é um profissional liberal com autonomia para atuação e tem respaldo na Resolução Cofen nº 568/2018 alterada pela Resolução Cofen nº 606/2019, que aprova o Regulamento dos Consultórios de Enfermagem e Clínicas de Enfermagem. Os Enfermeiros, quando da atuação em Consultórios e Clínicas de Enfermagem, poderão realizar as atividades e competências regulamentadas pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, pelo Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, e pelas Resoluções do Conselho Federal de Enfermagem. 18) O gerente da unidade pode fazer a escala dos profissionais de Enfermagem, inclusive férias? Conforme Lei Federal n° 7.498/86, ao enfermeiro incumbe, privativamente a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. (BRASIL, 1986). Portanto, somente o Enfermeiro pode realizar a escala dos profissionais de enfermagem, organizar escala de férias, folgas e outras. Além disso, a Resolução Cofen n° 509/2016 delega ao Enfermeiro responsável pelo serviço de enfermagem as atribuições de: VIII – Organizar o Serviço de Enfermagem utilizando-se de instrumentos administrativos como regimento interno, normas e rotinas, protocolos, procedimentos operacionais padrão e outros; 28 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada XII – Zelar pelo cumprimento das atividades privativas da Enfermagem; XVI – Assegurar que a prestação da assistência de enfermagem a pacientes graves seja realizada somente pelo Enfermeiro e Técnico de Enfermagem, conforme Lei nº 7.498/86 e o Decreto nº 94.406/87; XX – Comunicar ao Coren quando impedido de cumprir o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, a legislação do Exercício Profissional, atos normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, comprovando documentalmente ou na forma testemunhal, elementos que indiquem as causas e/ou os responsáveis pelo impedimento. (COFEN, 2016). Desta forma, caso o Enfermeiro esteja encontrando impedimento em realizar a sua função, o fato deve ser comunicado ao Coren-MG para as providências cabíveis. O profissional leigo que estiver realizando atividades privativas de Enfermeiro está em exercício ilegal da profissão. 29 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 3 ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE TÉCNICA 19) O que é Enfermeiro Responsável Técnico ou Enfermeiro RT? Para que serve a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)? Segundo a Lei nº 7.498/86, regulamentadapelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, são privativas do Enfermeiro as seguintes atividades: a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. (BRASIL, 1987; BRASIL,1986). Considerando o disposto, o Cofen, por meio da Resolução nº 509/2016, define que o Enfermeiro Responsável Técnico (RT) é o profissional responsável por realizar essas funções e a quem é concedida a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), através de um documento chamado Certidão de Responsabilidade Técnica (CRT). Nesta Resolução, o Cofen determina 23 atribuições ao Enfermeiro Responsável Técnico, fazendo dele o elo entre os profissionais de Enfermagem e a fiscalização do exercício profissional. São atribuições do RT, por exemplo, a realização do cálculo de pessoal de Enfermagem (dimensionamento); a elaboração do Regimento do Serviço de Enfermagem; Manual de Normas e Rotinas; a implantação da SAE; dentre outros. Para todas as suas atividades, o RT conta com o auxílio da fiscalização do Coren-MG na orientação de como fazer. No ano de 2020, o Coren-MG publicou o Manual do Enfermeiro Responsável pelo Serviço de Enfermagem. Por meio deste material é possível obter informações sobre as atribuições dos RTs e como exercer a função, assuntos que são de suma importância para o exercício profissional da Enfermagem. O manual se encontra disponível no link: https://www.corenmg.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Manual- do-Enfermeiro-Responsavel-pelo-Servico-de-Enfermagem-2020.pdf. Acesso em: 16 nov. 2020. 30 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Desta forma, a figura do Enfermeiro Responsável Técnico é extremamente importante para o serviço e para os demais profissionais de Enfermagem, pois é ele quem atua de forma macro no serviço de Enfermagem, diagnosticando as necessidades e buscando as melhorias necessárias. 20) Ao solicitar ART para o PGRSS o Enfermeiro se responsabilizará pela assistência também ou apenas pelo PGRSS? A Resolução Cofen n° 509/2016 define que para a solicitação da Anotação de Responsabilidade Técnica deverá ser especificada a motivação da ART: a) Gestão Assistencial: refere-se ao gerenciamento das ações de Enfermagem nos cuidados diretos ao indivíduo, família e/ou coletividade seja na área hospitalar, ambulatorial ou da promoção e prevenção de saúde, devendo ser especificada na CRT e podendo ser setorizada; b) Gestão de Área Técnica: corresponde às ações do Enfermeiro que não configuram cuidado assistencial direto, devendo ser especificadas na CRT, tais como: Programas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, Programas de Limpeza e Higienização, Auditoria, Equipamentos, Materiais e Insumos médico-hospitalares, Consultoria; c) Gestão de Ensino: refere-se à Coordenação de Curso de Graduação em Enfermagem bem como do Ensino Médio Profissionalizante. Desta forma, o Enfermeiro poderá formalizar uma CRT pela motivação assistencial e outra CRT pela gestão de área técnica (PGRSS), desde que haja compatibilidade de horário entre as duas atividades. 21) Somente o Enfermeiro pode gerenciar o PGRSS ou outros profissionais também podem? A Resolução Cofen n° 303/2005 habilita o Enfermeiro para assumir a Responsabilidade Técnica do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 222/2018, que não exige formação para assumir a 31 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada responsabilidade pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, portanto há que se verificar cada categoria profissional. 22) O Enfermeiro RT pode trabalhar com a jornada de 12x36 horas? A Resolução Cofen n° 509/2016 define que “a jornada de trabalho não poderá ser inferior a 20 (vinte) horas semanais para qualquer instituição”. Portanto, não há limitações quanto à jornada de trabalho. Entretanto, o Coren-MG entende ser ideal que o Enfermeiro RT seja diarista e exclusivo para a função de responsável técnico a fim de cumprir com suas atribuições em sua plenitude. O enfermeiro plantonista acabará ficando limitado quanto ao conhecimento dos processos de trabalho como um todo, o que poderá vir a prejudicar tanto o seu desempenho quanto a organização do serviço. A Resolução Cofen n° 509/2016 diz que o Enfermeiro RT possui 23 atribuições, além das preconizadas pelo gestor. 23) O Enfermeiro RT deve receber alguma gratificação por assumir a função? Não compete ao Conselho Profissional definir sobre gratificação ou remuneração dos profissionais de Enfermagem. Entretanto, entende-se a função de responsável técnico como um cargo de grande responsabilidade, sendo bastante comum e justo haver uma gratificação. O cargo de RT é almejado pelos Enfermeiros por possibilitar gerenciar todos os processos de trabalhos da Enfermagem. Para exercê-lo, é preciso assumir uma posição de liderança, envolvendo habilidades de planejamento, organização, negociação, interface com outros setores e outros coordenadores, trabalho em equipe, além de conhecimento aprofundado em várias áreas da instituição (legislação, logística, segurança do paciente, farmácia, custos, por exemplo), dentre outras competências. A gratificação torna-se um incentivo para que um Enfermeiro gestor aceite tamanha responsabilidade. Cabe lembrar que o Enfermeiro RT possui 23 atribuições definidas na Resolução Cofen n° 509/2016, além das estipuladas pelo gestor. 32 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 4 ÁREA TEMÁTICA: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 24) O Enfermeiro pode prescrever medicamentos? A Lei nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, traz em seu art. 11, inciso II, alínea “c”, que, como integrante da equipe de saúde, cabe ao Enfermeiro a “prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.” A Portaria do Ministério da Saúde nº 2.436/2017, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), descreve como atribuição do Enfermeiro a realização de consulta de Enfermagem, procedimentos, bem como solicitação de exames complementares, prescrição de medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão. Sendo assim, o Enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, mediante consulta de Enfermagem, pode prescrever medicamentos desde que estejam discriminados nos programas de saúde pública e nas Rotinas/Protocolos aprovados pela instituição de saúde. 25) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Benzetacil nas Unidades Básicas de Saúde? Segundo a Nota Técnica COFEN/ CTLN nº. 3 de 2017, “a Penicilina Benzatina pode ser administrada por profissionais de Enfermagem no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de Enfermagem”. Além disso, a mesma Nota Técnica esclarece que: os enfermeiros podem prescrever Penicilina Benzatina, conforme os protocolos do Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais,Secretarias Municipais, Distrito Federal ou em rotina aprovada pela instituição de saúde. (COFEN, 2017) 33 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Vale ainda ressaltar que a ausência do médico na Unidade Básica de Saúde não configura motivo para não realização da administração oportuna da Penicilina Bezantina por profissionais de Enfermagem. Link da Nota Técnica disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp- content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-CO-FEN-CTLN-N%C2%B0-03- 2017.pdf. Acesso em: 16 nov. 2020. 26) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Noripurum nas Unidades Básicas de Saúde? Segundo o Parecer Técnico Coren-MG n° 06/2020 sobre Competência técnico-científica, ética e legal da equipe de Enfermagem para aplicação de Sacarato de Hidróxido Férrico (Noripurum) parenteral na atenção primária, a administração do Sacarato de Hidróxido Férrico (Noripurum) não exige técnicas especiais que diferencie das já aplicadas em outras modalidades de administração de medicamentos realizadas pela equipe de Enfermagem. Portanto, os profissionais de Enfermagem: Enfermeiro, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal para administração endovenosa em Unidades Básicas de Saúde e nos domicílios, mediante prescrição médica, sob a supervisão do Enfermeiro. Para o atendimento das raras reações anafiláticas, a unidade deverá seguir o protocolo de atendimento de urgência do município. 27) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de Ceftriaxona nas Unidades Básicas de Saúde? A administração da ceftriaxona não exige técnicas especiais que diferencie das já aplicadas em outras modalidades de administração de medicamentos realizadas pela equipe de Enfermagem. Assim, Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal para administração intramuscular em Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição médica, sob a supervisão do Enfermeiro. Para o atendimento das raras reações anafiláticas, a unidade deverá seguir o protocolo de atendimento de urgência do município, que fica responsável por garantir as condições necessárias para a 34 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada assistência segura ao usuário, inclusive treinamento dos profissionais de Enfermagem e fluxo de atendimento às urgências. 28) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de metotrexate nas Unidades Básicas de Saúde? Entende-se que o serviço de atenção básica não é específico apenas para o atendimento a usuários com tratamentos em uso de medicações antineoplásicas e que provavelmente não dispõe de estrutura física adequada para a prestação deste serviço. Sugere-se que sejam avaliados junto ao município prestadores de serviços credenciados para o armazenamento e preparo adequado à medicação, conforme recomendações legais. A administração deve ser exclusiva do profissional Enfermeiro capacitado e treinado em local apropriado, em uso de EPIs, conforme recomendado. E o seu descarte deve atender à RDC n°. 306/2004 e às recomendações legais específicas de cada munícipio, aprovadas após 2004. Não compete aos profissionais Técnicos e Auxiliares de Enfermagem a administração de antineoplásicos. 29) Compete ao profissional de Enfermagem a administração de medicamentos injetáveis na atenção primária? Não há impedimento ético ou legal para que sejam realizadas medicações injetáveis pelos profissionais de Enfermagem na atenção primária, desde que haja fluxo definido para o atendimento às eventuais urgências e os profissionais estejam capacitados. 30) Compete ao profissional de nível médio realizar atividades na ausência do Enfermeiro? Segundo o Parecer Técnico Coren-MG CTAB nº 7/2020, os Técnicos e Auxiliares de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal para atuar nas unidades de saúde e integrar a Estratégia Saúde da Família, mesmo 35 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada na ausência temporária de curta duração do Enfermeiro, e para exercer suas atividades, desde que o Enfermeiro tenha cumprido suas obrigações legais de planejamento e Sistematização da Assistência de Enfermagem, tendo em vista a organização de protocolos, procedimentos e rotinas, que devem pautar-se no uso das melhores evidências em saúde. No caso da ausência temporária de longa duração, como licenças, férias, entre outros, o gestor deve garantir a programação de substituição ou cobertura do serviço por outros Enfermeiros, preservando assim a assistência de Enfermagem segura à população. 31) Compete ao profissional de Enfermagem a realização de testes rápidos? Segundo o Parecer Técnico Coren-MG CTAG nº 19/2020, os profissionais Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem possuem competência técnico- científica, ética e legal para a realização dos testes rápidos, sendo as fases de aconselhamento e laudo realizadas privativamente pelo Enfermeiro. Também os Enfermeiros autônomos e aqueles que atuam em consultórios e clínicas estão aptos a realizar testes rápidos. 32) Compete ao Enfermeiro a prescrição de curativos e coberturas? De acordo com o Parecer Técnico Coren-MG EF nº 2/2020, o Enfermeiro possui competência técnico-científica, ética e legal para prescrever coberturas, mesmo que contenham medicamentos, para o tratamento de feridas, respaldado pela sua formação profissional e legislação do exercício profissional, em qualquer nível de atuação, seja em instituições públicas ou privadas, clínicas e/ou consultórios de Enfermagem e no atendimento. Ao Técnico e Auxiliar de Enfermagem competem aplicá-las, quando houver prescrição do Enfermeiro e sob a sua supervisão, cabendo ao este a realização de curativos de maior complexidade. 33) O Enfermeiro pode solicitar exames? 36 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Sim, de acordo com a Resolução nº 195/ 97, Artigo 1º: “O Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e complementares quando no exercício de suas atividades profissionais”. Inclui-se aqui a solicitação de swab e de testes rápidos. Além desta resolução, temos a Portaria nº 2.436/2017 do Ministério da Saúde, no Capítulo “Das Atribuições - Específicas do Enfermeiro”, inciso II, segundo a qual são atribuições do enfermeiro: Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão. (BRASIL, 2017). 34) O Enfermeiro da Atenção Primária pode realizar toque retal e pedir exame de PSA? O Enfermeiro é o profissional competente para realizar toque retal, mediante protocolo. Técnicos e Auxiliares de Enfermagem podem ajudar na realização do procedimento, prestar orientações ao paciente, identificar pacientes do grupo de risco e fazer o encaminhamento destes para o médico ou enfermeiro e desenvolver ações educativas, sob supervisão do Enfermeiro. 35) Compete ao profissional de Enfermagem fazer retirada de bicho de pé? Segundo o Parecer Técnico do Coren-MG CTGA nº 17/2020, os profissionais Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem possuem competência técnico-científica, ética e legal para efetuarem a retirada de larvas de miíase e de tunga penetrans, de acordo com os diversos níveis de atenção à saúde, respeitando as especificidades e limites de cada categoria. Quadro 3 - Competência dos profissionais de Enfermagem em procedimentos relacionadosà retirada de Tunga penetrans (bicho de pé) e miíase PROCEDIMENTO COMPETÊNCIA Consulta de Enfermagem Enfermeiro Avaliação e tomada de decisão Enfermeiro 37 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Encaminhamento para setor especializado ou para avaliação médica para uso de antibioticoterapia, se necessário Enfermeiro Retirada da Tunga Penetrans (bicho de pé) e miíase Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem Limpeza da área afetada, curativo Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem Avaliação da situação vacinal Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem Educação em Saúde. Orientações para autocuidado, utilização de calçado apropriado, higiene pessoal e domiciliar Enfermeiro e Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem Fonte: COREN-MG, 2020. 36) Compete aos profissionais de Enfermagem do hospital buscar pacientes em via pública? Segundo Parecer Técnico do Coren-MG AB nº 4/2020, o atendimento de urgência e emergência em ambiente externo à UBS não deve ser prestado pelos profissionais de Enfermagem que atuam neste serviço como rotina ou fluxo preestabelecido, uma vez que a Atenção Básica não se destina a este fim. Existem componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências vocacionados e capacitados para tal finalidade, o que contribui para que o atendimento à população seja o mais adequado e resolutivo, não comprometendo, assim, as demais atividades desenvolvidas na UBS, principalmente aquelas voltadas às ações de promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos. Não há impedimento, porém, para que, em situação adversa, os profissionais de Enfermagem realizem o primeiro atendimento até o acionamento e a chegada do socorro adequado. 38 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 5 ÁREA TEMÁTICA: CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 37) O Enfermeiro Responsável Técnico do Centro Cirúrgico e Central de Material Esterilizado (CME) pode dividir as atribuições nos dois setores durante a mesma jornada de trabalho? A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 15/2012 dispõe sobre a exigência do Responsável exclusivo pela CME durante a jornada de trabalho. Conforme art. 28 da RDC nº 15/2012, a CME e a empresa processadora devem contar com um Profissional Responsável de nível superior para a coordenação de todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para a saúde, de acordo com competências profissionais definidas em legislação específica. Parágrafo único. O responsável pelo CME Classe II deve atuar exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho. É importante que o Enfermeiro Responsável Técnico realize o cálculo de Dimensionamento de pessoal corretamente. Os casos divergentes da RDC nº 15/ 2012 deverão ser discutidos com a fiscalização. 38) O teste biológico nas Centrais de Materiais Esterilizados pode ser realizado por Técnicos e Auxiliares de Enfermagem ou é privativo do Enfermeiro responsável pelo setor? Não há impedimento para que o Técnico e/ou o Auxiliar de Enfermagem realize o teste biológico, desde que capacitado, sob supervisão e orientação do Enfermeiro, conforme disposto na Lei nº 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87. 39) Quais são os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para uso em Centrais de Materiais Esterilizados (CME)? De acordo com a RDC nº 15/2012, os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para as áreas sujas da CME incluem óculos de proteção, máscara, luvas grossas de borracha antiderrapante, avental impermeável de manga longa, protetor auricular, quando necessário, calçado fechado impermeável. 39 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada Para as áreas limpas incluem: máscara, luvas, protetor auricular, se necessário, e calçado fechado. Nas áreas com risco de aerossolização devem ser utilizados EPI para aerossóis: máscara do tipo PFF2 ou N95, gorro, capote impermeável e luvas adequadas ao procedimento. SAIBA MAIS: O uso de EPI, na área de expurgo, destinada à limpeza dos instrumentais, é necessário para minimizar o risco de contato direto da pele e mucosas do profissional com qualquer material contaminado e com os produtos químicos inerentes ao processo. Nos setores de preparo, dobradura, esterilização e guarda (estes setores integram a área limpa da CME), também faz-se necessário que o profissional faça uso de EPI, para evitar a disseminação de microrganismos para os materiais após o preparo. Escalar um mesmo profissional para mais de um setor, nas diferentes áreas da CME durante o seu turno de trabalho, mesmo com o uso do EPI específico para o setor e cuidados de higiene adequada na troca dos EPIs, é uma conduta que evidencia um risco para a contaminação, pela circulação entre áreas suja e limpa. Além disto, a segurança e o conforto do trabalhador não são garantidos, o que potencializa o risco de contaminação cruzada, podendo transformar o EPI em equipamento de disseminação coletiva (EDC) de contaminação em decorrência da má utilização deste. 40) Quais são as atividades que podem ser desenvolvidas pelo Atendente de Enfermagem no Centro de Material e Esterilização (CME)? O Atendente de Enfermagem não está habilitado para desenvolver atividades técnicas dentro da CME. Ao Atendente de Enfermagem compete buscar, receber, conferir, distribuir e/ou guardar o material proveniente do centro de material, conforme determina a Resolução Cofen nº 186/1995. Segundo a Lei 7.489/86, regulamentada pelo Decreto 94.406/87, diz que, no Artigo 11, item “IV”, subitem “b”, cabe ao Auxiliar de Enfermagem “zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências de unidades de saúde”. Portanto, não caberia esta função ao Atendente de Enfermagem. 40 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada 6 ÁREA TEMÁTICA: GERENCIAL E ASSISTENCIAL 41) A quem compete a coleta de sangue por punção arterial na Enfermagem? Conforme a Resolução Cofen nº 390/2011, que “Normatiza a execução, pelo enfermeiro, da punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização de pressão arterial invasiva”, na equipe de Enfermagem, a punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro. O Enfermeiro deve estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a capacitação contínua. 42) A quem compete a realização do procedimento de sondagem gástrica ou entérica? A Resolução Cofen n° 619/2019, que normatiza a atuação da Equipe de Enfermagem na Sondagem Oro/ Nasogástrica e Nasoentérica, define a atividade como privativa do Enfermeiro. 43) A quem compete a realização da lavagem gástrica? Conforme a Resolução Cofen n°619/2019 e o Parecer Técnico Coren-MG n° 07/2019, a inserção de sonda gástrica para fins de lavagem é de competência do Enfermeiro. O parecer está disponível em: https://sig.corenmg.gov.br/sistemas/file/doc/parecer_cate/2019_7_7.pdf. Acesso em: 16 nov. 2020. 44) Há obrigatoriedade de realizar raios-x após a sondagem gástrica e entérica? A quem compete solicitar os raios-x e avaliar o posicionamento? A Resolução Cofen n° 453/2014 estabelece que há obrigatoriedade em realizar o exame radiológico após a sondagem entérica para confirmação da 41 EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM: manual de perguntas e respostas 2ª edição revisada e ampliada localização da sonda. Compete ao Enfermeiro solicitar e dar o encaminhamento ao paciente para realizar o exame, avaliar
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