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Prova Direito Administrativo I

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DIREITO ADMINISTRATIVO I 
 
AVALIAÇÃO - M1 - 22/03/2021 
 
Pergunta 1: Na análise das noções gerais do Direito Administrativo, foi 
mencionado que, de acordo com a Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997, que 
“Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas 
data”, a petição inicial do habeas data deverá ser instruída com prova da recusa ao 
acesso às informações. Nesse contexto, disserte acerca do tema abordado em aula, 
com todos os seus detalhes. 
Sua resposta: Nosso sistema do Direito Administrativo é derivado do sistema 
Inglês, no qual a trilogia estruturante do direito processual é baseada na Jurisdição (onde 
o poder/dever do Estado, na figura do juiz, é de solucionar o conflito levado a sua 
apreciação), a Ação (no qual é a garantia constitucional que permite todos ir ao encontro 
do judiciário ante a ameaça ou efetiva lesão ao direito) e o Processo (instrumento de que 
se vale a Jurisdição). Além da previsão constitucional do Art. 5º, inciso XXXV da 
CFRB/88, com a inafastabilidade de jurisdição. Entretanto, o Habeas Data é uma exceção 
a Jurisdição Una, visto que só é admitido no judiciário frente a uma recusa ao acesso às 
informações, ou seja, o ofendido não pode apenas se sentir ameaçado no direito ao acesso, 
mas sim deve ser ofendido o seu direito de acesso às informações. Isso é regulado pela 
Lei 9507/97, onde em seu art. 8º, § único, inciso I, no qual a petição inicial do Habeas 
Data deverá conter a recusa ao acesso às informações. Contudo, o agente público 
(Administração Pública) pode agir com morosidade para que o interessado seja 
prejudicado, e assim no mesmo dispositivo prevê que um decurso de mais de 10 dias sem 
decisão é pertinente também impetrar o Habeas Data. Isso tem como pressuposto também 
as ações de benefício previdenciário, onde as ações só são admitidas frente a uma negativa 
do órgão administrativo. 
 
Pergunta 2: No âmbito do direito administrativo, explique, citando exemplo, 
o denominado Devido Processo Legal Diferido ou Postergado. 
Sua resposta: O processo administrativo deve ser instaurado antes da tomada de 
qualquer decisão pela Administração Pública, isso sob pena de nulidade da própria 
decisão, isso como regra geral. Entretanto, quando o agente público se depara com um 
risco iminente este agente pode, de maneira devidamente justificada, pode (e deve) 
expedir o ato administrativo antes de instaurado o devido processo legal. 
Essa ação do agente público está amparada legalmente pelo art. 45 da Lei 9784/99, 
que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, no 
qual descreve, "Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá 
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do 
interessado." 
Contudo, o contraditório e a ampla defesa do devido processo legal deve ser 
assegurado imediatamente após a tomada de decisão, sob pena de nulidade da decisão. 
Pelo contraditório ser depois do ato administrativo, é denominado de diferido ou 
postergado. 
O exemplo que demonstra a necessidade do contraditório ser postergado é quando 
um agente da vigilância sanitária ao fiscalizar um abatedouro encontra carne em estado 
de putrefação, este agente tem o dever de expedir um ato administrativo de recolhimento 
do produto para assegurar a saúde pública dos cidadãos e depois instaurar um processo 
administrativo para que o acusado venha com o contraditório. 
 
Pergunta 3: Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello, "trata-se do 
dever administrativo de manter plena transparência em seus comportamentos. Não 
pode haver em um Estado Democrático de Direito, no qual o poder reside no povo, 
ocultamento aos administrados dos assuntos que a todos interessam, e muito menos 
em relação aos sujeitos individualmente afetados por alguma medida." 
No trecho acima, o autor se refere especificadamente ao princípio da: 
a) Impessoalidade 
b) Moralidade 
c) Publicidade 
d) Eficiência 
e) Legalidade 
 
Pergunta 4: Cite e explique, com base nos autores Celso Antônio Bandeira de 
Mello e Maria Sylvia Zanella Di Pietro, os denominados supraprincípios de direito 
administrativo. 
Sua resposta: Os supraprincípios, como o nome já denota, são os princípios 
elementares dos quais os demais princípios e normas derivam no Direito Administrativo. 
Esses princípios são, a supremacia do interesse público e a indisponibilidade do interesse 
público, onde ambos estão implicitamente contidos no artigo 2º da Lei 9784/99, no qual 
transcreve o conceito de interesse público. 
Na Supremacia do Interesse Público, o autor Celso Antônio Bandeira de Mello 
descreve que a administração pública é destinada para que os interesses públicos tenham 
preponderância aos interesses privados, ou seja, a coletividade deve prevalecer nas 
inclinações de conflitos com particulares. E Maria Sylvia Zanella Di Pietro, diz que a 
supremacia do interesse público está exposta tanto no momento da elaboração como na 
execução da lei pela Administração Pública. Podemos observar o interesse da 
coletividade sobre o privado quando de uma desapropriação, onde compulsoriamente o 
poder público transforma uma propriedade privada em pública; assim como também na 
convocação de mesários para a eleição, no qual irá prestar um serviço público de maneira 
compulsória. 
Na Indisponibilidade do Interesse Público é enunciado que os agentes públicos 
devem atuar do modo determinado pela legislação e não segundo sua própria vontade. 
Tal indisponibilidade é tamanha que o agente nem mesmo pode renunciar aos poderes a 
ele conferido legalmente. Sendo assim, os agentes públicos não devem usar o cargo onde 
estão como forma de cumprir seus objetivos particulares. 
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro a Indisponibilidade do Interesse Público está 
inserida da Supremacia do Interesse Público, e sendo assim para ela os supraprincípios 
são Supremacia do Interesse Público e Legalidade.

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