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Spoiler Informativo _ Valcir Spanholo

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DIREITO CONSTITUCIONAL, 
TRIBUTÁRIO e FINANCEIRO
Professor Rolando Valcir Spanholo
(@prof.valcir.spanholo)
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RE 602584 (REPERCUSSÃO GERAL – TEMA 359)
DADOS: STF, Plenário, Min. Marco Aurélio, j. 06/08/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Servidora teve reconhecido, em decisões judiciais inferiores, que não incidiria o teto na hipótese de acumulação dos
vencimentos do seu cargo e o benefício da pensão por morte de seu cônjuge. A União interpôs recurso extraordinário,
que teve sua repercussão geral reconhecida (Tema 359), sustentando que a regra do art. 37, XI, da CF/88 não excepciona
a hipótese de acumulação de vencimento/proventos com pensão.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
O fato de a pensão por morte ter como origem cargo de terceiro implicaria na não incidência do teto constitucional?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> TESE FIRMADA: “Ocorrida a morte do instituidor da pensão em momento posterior ao da Emenda Constitucional
19/1998, o teto constitucional previsto no inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal incide sobre o somatório de
remuneração ou provento e a pensão recebida por servidor”.
=> O art. 37, XI, CF/88 define que “a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos
da (...) E OS PROVENTOS, PENSÕES ou outra espécie remuneratória, PERCEBIDOS CUMULATIVAMENTE OU NÃO,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, (...)”;
=> limites: a) toda a esfera FEDERAL (geral), subsídio STF; b) nos MUNICÍPIOS, o subsídio do Prefeito; c) nos
ESTADOS/DF, o subsídio do Governador (Executivo), o subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais (Legislativo) e o
subsídio dos Desembargadores do TJ (Judiciário), que é limitado a 90,25% do subsídio do STF);
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RE 602584 (REPERCUSSÃO GERAL – TEMA 359)
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> No âmbito dos MPs, PGEs e DPEs, também vale o limite de 90,25% do subsídio do STF;
=> TESE firmada (em 2017) nos REs 602043 e 612975 (também em repercussão geral): “Nos casos autorizados,
constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo 37, inciso XI, da
Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto
remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público”;
=> Em tese, deve ser respeitado o limite constitucional do respectivo ente pagador de cada remuneração tomada
individualmente (proporcionalmente????);
=> A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará em ata, que será publicada no diário oficial e valerá como
acórdão (CPC, art. 1.035, §11º).
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Possibilidade de modulação em repercussão geral;
2) Eficácia retroativa de decisões que reconhecem a inconstitucionalidade;
3) Situações concretas com essa matéria já sob coisa julgada favorável ao servidor X art. 535, §§ 5º a 8º, do CPC 
(possibilidade/necessidade e prazo para rescisória);
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RHC 80124
DADOS: STJ, 4ª Turma, Min. Isabel Gallotti, j. 03/06/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Sócia minoritária de empresa cuja falência fora decretada na vigência do DL 7.661/1945 impetrou
habeas corpus para atacar decisão do juiz universal que negou pedido para viajar (e ir residir) no
exterior, com base na vedação expressa contida no art. 34, III, da antiga Lei de Falências, tendo
como parâmetro o art. 192 da Lei 11.101/05 que veda a aplicação da nova lei (cujo art. 104, III,
passou a exigir apenas comunicação) aos casos decretados anteriormente.
QUESTÕES CENTRAIS 
CONTROVERSAS:
É possível aplicar a regra mais benéfica do art. 104, III, da nova Lei de Falência às quebras
decretadas anteriormente, mesmo diante da vedação prevista no seu art. 192?
O HC é o meio processual adequado para atacar essa questão?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> O art. 192 da Lei 11.101/05 veda a aplicação das novas regras de falência aos casos decretados
anteriormente.
=> O HC é meio processual adequado para sindicar decisão que veda a viagem ao exterior de sócio
de empresa falida.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RHC 80124
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Na égide da nova Lei de Falência, basta simples comunicação ao juízo universal da intenção do
sócio viajar ao exterior (art. 104, III).
=> Excepcionalmente, na hipótese de sócio MINORITÁRIO e não havendo indícios da prática de
crimes, é viável aplicar o regime jurídico mais favorável.
=> A regra do art. 192 deve ser aplicada irrestritamente apenas em relação aos atos processuais
ligados ao andamento do processo.
=> Na hipótese de crimes falimentares, a jurisprudência do STJ admite a retroação da norma mais
benéfica.
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Institutos jurídicos da falência (termo legal, habilitação, despesas extraconcursais, poderes do 
síndico, competência e as atrações do juízo universal, ordem de preferências, regras para a venda 
de bens, impedimentos do falido etc.);
2) HC (hipóteses, competência, desnecessidade de advogado, substituto recursal etc.);
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RHC 80124
EMENTA
RECURSO ORDINÁRIO. HABEAS CORPUS. EMPRESA FALIDA. SÓCIA MINORITÁRIA SEM PODERES DE
ADMINISTRAÇÃO. IMPEDIMENTO À EMISSÃO DE PASSAPORTE. FIXAÇÃO DE RESIDÊNCIA NO
ESTRANGEIRO. QUEBRA DECRETADA NA VIGÊNCIA DO DECRETO-LEI 7.661/1945. SUPERVENIÊNCIA
DA LEI 11.101/2005. DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. COMUNICAÇÃO
FUNDAMENTADA. SUFICIÊNCIA. 1. Sócia de empresa cuja falência se processa pelo rito do Decreto-
Lei 7.661/1945, com a superveniência da Lei 11.101/2005, não mais depende de autorização
judicial para realizar viagem ao exterior e aí fixar residência, sendo suficiente a comunicação ao Juiz,
fundamentada em comprovado motivo justo, deixando procurador bastante, nos termos do art.
104, inciso III, da atual Lei de Recuperações Judicial e de Falências. 2. Hipótese em que a
recorrente, sócia minoritária de empresa familiar, destituída de poderes de administração,
comunicou ao juízo a necessidade de mudança de domicílio para o exterior a fim de acompanhar o
companheiro, não havendo investigação de crime falimentar em curso. 3. Recurso ordinário
provido.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: REsp. nº 1.698.732-MG
DADOS: STJ, 3ª Turma, Min. Nancy Andrighi, j. 12/05/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Familiares do 2º casamento do de cujus deixaram de trazer à colação um bem por ele adquirido e
registrado apenas em nome da 2ª esposa (que não possuía fonte de renda e com quem era casado
pelo regime da separação parcial de bens), cuja existência os filhos do 1º casamento somente
tomaram conhecimento no curso de outra ação de bens reservados proposta pela última cônjuge.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Qual o marco inicial da prescrição nas ações de sonegados?
INFORMAÇÃO
LÍQUIDA:
=> Pela TEORIA DA ACTIO NATA, o curso prescricional para o ajuizamento da AÇÃO DE
SONEGADOS flui do trânsito em julgado da ação judicial anterior em que os interessados tomaram
conhecimento da existência do bem não trazido à colação.
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) regime de bens;
2) instituo da colação e a ação de sonegados;
3) causas impeditivas, suspensivas e interruptivas da prescrição;
4) teoria da actio nata (vertente OBJETIVA e vertente SUBJETIVA). 
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: REsp. nº 1.698.732-MG
EMENTA
CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO DE SONEGADOS. OMISSÕES. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO
QUE ENFRENTOU TODAS AS QUESTÕES RELEVANTES DA CONTROVÉRSIA. ACTIO NATA OBJETIVA E SUBJETIVA. APLICABILIDADE À
AÇÃO DE SONEGADOS. OCULTAÇÃO DE BEM DOS HERDEIROS. IMPOSSIBILIDADE DE IDENTIFICAÇÃO. AFASTAMENTO, COMO TERMO
INICIAL DA PRESCRIÇÃO, DA DATA DAS PRIMEIRAS DECLARAÇÕES OU DO ENCERRAMENTO DO INVENTÁRIO. INCIDÊNCIA DA ACTIO
NATA NA VERTENTE SUBJETIVA. CITAÇÃO DOS HERDEIROS EM ANTERIOR AÇÃO DE BENS RESERVADOS AJUIZADA PELO SUPOSTO
SONEGADOR. CAUSA DE PEDIR. DÚVIDA DO REGISTRADOR POR OCASIÃO DA VENDA A TERCEIRO. CIÊNCIA DA EXISTÊNCIA DO IMÓVEL.
INCERTEZAE CONTROVÉRSIA QUANTO À EXISTÊNCIA DE LESÃO E DANO E DE TODOS OS SEUS EFEITOS. AUSÊNCIA DE ATIVIDADE
REMUNERADA DO SUPOSTO SONEGADOR, APURADA EM AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. PROVA MERAMENTE
INDICIÁRIA. AUSÊNCIA DE CIÊNCIA DA LESÃO. FATO DETERMINANTE PARA CIÊNCIA INEQUÍVOCA OCORRIDO EM OUTRO PROCESSO.
FATO PROCESSUAL. MARCO SEGURO E OBJETIVO PARA INÍCIO DO CÔMPUTO DA PRESCRIÇÃO. TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO
DE MÉRITO QUE JULGA QUE O BEM IMÓVEL EM DISPUTA NÃO PERTENCE EXCLUSIVAMENTE AO SUPOSTO SONEGADOR, SALVO NAS
HIPÓTESES DE CONFISSÃO OU INCONTROVÉRSIA FÁTICA. DISSENSO JURISPRUDENCIAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. (...). 4- A teoria
da actio nata pode ser examinada sob duas diferentes e, por vezes, complementares óticas: em sua vertente OBJETIVA, que se
relaciona com o momento em que ocorre a violação do direito subjetivo e que se torna exigível a prestação, e em sua vertente
SUBJETIVA, que se relaciona com o momento em que aquela violação de direito subjetivo passa a ser de conhecimento inequívoco da
parte que poderá exigir a prestação. 5- Na hipótese de ocultação de bem imóvel ocorrida mediante artifício que não permitiu que os
demais herdeiros sequer identificassem a existência do bem durante a tramitação do inventário do de cujus, o termo inicial da
prescrição da pretensão de sonegados não deve ser contado da data das primeiras declarações ou da data do encerramento do
inventário, devendo ser aplicada a teoria da actio nata em sua vertente subjetiva. (...)
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: CONFLITO DE COMPETÊNCIA 172464
DADOS: STJ, 3ª Seção, Min. Reinaldo Soares da Fonseca, j. 10/06/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Indivíduo flagrado transportando mais de 4kg de folhas de coca, supostamente para serem utilizadas em rituais
indígenas. Juiz Federal entendeu que configuraria no crime de uso de entorpecente para consumo próprio (art.
28 da Lei 11.343/2006), declinando a competência para a Justiça residual, a qual suscitou conflito negativo
perante do STJ sob o argumento de que a hipótese seria de tráfico (art. 33), eis que o produto proscrito teria
como destinatários terceiros.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Qual o tipo legal e a quem pertence a competência para apurar conduta de transportar folhas de coca (4 kg)
oriunda do exterior destinada ao uso de terceiros (ritual indígena)?
INFORMAÇÃO
LÍQUIDA:
=> Folha de coca (em estado natural) não se enquadra como “droga”, mas como planta proscrita que PODE
ORIGINAR substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas (Anexo I – Lista E – da Portaria/SVS n. 344/88);
=> É da Justiça Federal a competência quando configurada hipótese de transporte de matéria-prima destinada à
preparação de drogas (§1º, I, do art. 33 da Lei 11.343/2006), quando oriunda do exterior.
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Lei penal em branco e norma penal de extensão;
2) Crimes federais;
3) Conflito de competência (positivo X negativo, competência para dirimir etc.);
4) Distinções básicas entre os tipos penais da Lei 11.343/06.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: CONFLITO DE COMPETÊNCIA 172464
EMENTA
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. INQUÉRITO POLICIAL. JUSTIÇA FEDERAL X JUIZADO ESPECIAL DA JUSTIÇA COMUM
ESTADUAL. TRANSPORTE DE FOLHAS DE COCA ADQUIRIDAS NA BOLÍVIA. CLASSIFICAÇÃO PELA PORTARIA/SVS 344, DE 12/5/1988,
COMO PLANTA PROSCRITA QUE PODE ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICAS, E NÃO COMO DROGA.
ENQUADRAMENTO NO TIPO DESCRITO NO § 1º, I, DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Situação
em que o investigado foi flagrado transportando, em seu veículo, 4,4 Kg de folhas de coca (erytroxylum coca) adquiridas na Bolívia, que
afirmou seriam destinadas ao consumo em rituais religiosos indígenas de mascar, fazer infusão de chá e até mesmo bolo para comer,
em instituto espiritualista e xamânico por ele frequentado. 2. Inviável o enquadramento do transporte de folhas de coca no tipo
previsto no art. 28 da Lei 11.343/2006, que descreve o transporte de droga para consumo pessoal. Isso porque, a folha de coca
(“erythroxylum coca lam”) é classificada no Anexo I – Lista E – da Portaria/SVS n. 344, de 12/5/1988 – que aprova o Regulamento
Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial – como uma das plantas proscritas que PODEM ORIGINAR
substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas. Seja dizer, ela NÃO É, em si, considerada droga. 3. A conduta de transportar folhas de
coca melhor se amolda, em tese e para o fim de definir a competência, ao tipo descrito no § 1º, I, do art. 33 da Lei 11.343/2006, que
criminaliza o transporte de matéria-prima destinada à preparação de drogas. No caso concreto, caberá ao juízo de 1º grau, que tem a
visão completa de todo o conjunto de evidências colhido no autos, averiguar se, efetivamente, o intuito final do investigado era o de
preparar drogas com as folhas de coca, tendo em conta, entre outros aspectos, o laudo pericial produzido pela Polícia Federal que
assevera que a quantidade de folhas com ele apreendida teria o potencial de produzir, aproximadamente, de 4,4 g (quatro gramas e
quatro decigramas) a 23,53 g (vinte e três gramas e cinquenta e três centigramas) de cocaína, a depender da técnica de refino
utilizada. 4. Conflito conhecido, para declarar competente o Juízo Federal da 1ª Vara de Corumbá – SJ/MS, o suscitado, para conduzir
o inquérito policial.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: CC 171657
DADOS: STJ, 2ª Seção, Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j. 07/05/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Servidores de uma instituição bancária (privada) aderiram a movimento grevista e, com isso, um
segurado do INSS não conseguiu sacar seu benefício, motivando o ajuizamento de ação por danos
morais perante a Justiça Estadual, a qual declinou de competência à Justiça do Trabalho que
suscitou conflito negativo de competência perante o STJ.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
O exercício do direito de greve atrai para a Justiça do Trabalho as ações envolvendo os danos
indiretos provocados a terceiros pelo movimento paredista?
INFORMAÇÃO
LÍQUIDA:
=> Compete ao juízo comum residual as ações que discutem danos provocados a terceiros por
movimento grevista.
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Divisão de competências (trabalhista e residual);
2) Competência para dirimir conflitos de competência (positivos ou negativos)
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: CC 171657
EMENTA
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL X JUSTIÇA DO TRABALHO. AÇÃO
INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS AJUIZADA POR BENEFICIÁRIO DO INSS EM FACE
DE INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE DE SACAR OS PROVENTOS DE
APOSENTADORIA EM RAZÃO DE GREVE. DISCUSSÃO ACERCA DE MATÉRIA EMINENTEMENTE CIVIL.
INEXISTÊNCIA DE DEBATE SOBRE QUAISQUER DIREITOS RELACIONADOS AO MOVIMENTO
REIVINDICATÓRIO. SITUAÇÃO QUE NÃO GUARDA PERTINÊNCIA COM AS HIPÓTESES LEGAIS
PREVISTAS NOS INCISOS DO ART. 114 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTE. CONFLITO
CONHECIDO PARA DECLARAR A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: MS 24090 
DADOS: STJ, 1ª Seção, Min. Napoleão Maia, j. 10/06/2020 (ainda sem acórdão)
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Engenheiro do DNIT sofreu pena de demissão imposta pela Contraladoria-Geral da União (CGU)
por ter deixado de apontar falhas na execução de programa específico, o que foi enquadrado
como desídia (art. 117, XV, da Lei 8.112/90).
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Fato funcional isolado pode ser enquadrado como desídia?
INFORMAÇÃO
LÍQUIDA:
=> Somente a repetição de condutas funcionais atípicas configura desídia capaz de justificar a
pena de demissão de servidor público.
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Crimes funcionais passíveis de demissão e proporcionalidade na dosimetria das penas;
2) Uso do mandado de segurança no controle dos procedimentos disciplinares;
3) Competência da CGU, controle interno e controle externo;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.803.250
DADOS: STJ, 3ª Turma, Min. Villas Bôas Cueva, j. 23/06/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Dois sóciosde empresa em recuperação judicial buscavam impugnar a penhora das suas cotas sociais, sob o argumento de
que: 1) a penhora implicaria em prejuízo da affectio societatis, eis que permitiria o ingresso de pessoa estranha ao quadro
social; 2) desrespeitaria a regra de que, uma vez aprovado o plano de recuperação, a substituição de administradores
dependeria de aprovação pela assembleia de credores.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
A recuperação judicial cria impedimento temporário à penhora das cotas dos sócios?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Não há impedimento legal à penhora das cotas sociais de empresa em recuperação por dívidas dos respectivos sócios;
=> O art. 789 do CPC define que o devedor responde por suas obrigações com “todos os seus bens”, salvo as restrições
estabelecidas em lei;
=> Não há quebra à affectio societatis, uma vez que a constrição não leva necessariamente à inclusão de novas pessoas no
quadro social;
=> O art. 861 do CPC prevê alternativas como a oferta prévia aos demais sócios ou à própria empresa (o que afastaria
terceiros) e ainda, na hipótese de risco à estabilidade da sociedade, a prorrogação do prazo para a própria sociedade efetuar
o pagamento da cota que pertencia ao sócio devedor (§4º, II);
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.803.250
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Teoria da affectio societatis;
2) Teoria da desconsideração da personalidade jurídica;
3) Recuperação judicial;
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. DÍVIDA PARTICULAR DE SÓCIO. PENHORA.
QUOTAS SOCIAIS. SOCIEDADE EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. 1. Recurso especial
interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados
Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. Cinge-se a controvérsia a definir se em ação de execução proposta
contra sócio, relativa a dívida particular por ele contraída, é permitida a penhora de suas quotas
sociais e, caso possível, se essa situação se altera na hipótese de a sociedade estar em recuperação
judicial. 3. É possível, uma vez verificada a inexistência de outros bens passíveis de constrição, a
penhora de quotas sociais de sócio por dívida particular por ele contraída sem que isso implique
abalo na affectio societatis. Precedentes. 4. Não há vedação para a penhora de quotas sociais de
sociedade empresária em recuperação judicial, já que não enseja, necessariamente, a liquidação
da quota. 5. Recurso especial não provido.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.854.065-SP
DADOS: STJ, 6ª Turma, Min. Nefi Cordeiro, j. 02/06/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Após denúncia anônima, agentes da guarda municipal abordaram indivíduo e, não encontrando
entorpecentes com ele, seguiram até imóvel próximo, onde teriam apreendido entorpecente e
apetrechos ligados à atividade de tráfico. Após ser preso e denunciado, o acusado sustenta a
ilicitude da prisão e das provas em fase da incompetência da guarda municipal para realizar
atividade investigativa.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Os agentes da guarda municipal podem realizar diligências voltadas à coleta de provas destinadas
à persecução penal? E realizar prisões?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Por extrapolar os limites da sua competência (CF, art. 144, §8º - proteção de bens, serviços e
instalações municipais), não pode a guarda municipal realizar diligências visando a coleta de
provas destinadas à persecução criminal (CUIDADO! Devem ser ressalvadas as hipóteses inerentes
à sua atividade primordial);
=> Como qualquer cidadão, o agente da guarda municipal somente pode realizar prisões em
situação de flagrância;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.854.065-SP
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Distinção entre prova ILÍCITA e prova ILEGÍTIMA;
2) Teoria dos frutos da árvore envenenada;
3) Divisão de competências na área da Segurança Pública (CF, art. 144);
4) Atenção especial à POLÍCIA PENAL criada pela EC 104/19 (CF, art. 144, §5-A);
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO EM FLAGRANTE. GUARDA MUNICIPAL.
DENÚNCIA ANÔNIMA. INVESTIGAÇÃO. NÃO CABIMENTO. RECURSO IMPROVIDO. 1. Inexiste óbice à
prisão em situação de flagrância, efetivada por guardas municipais ou qualquer outra pessoa, não
havendo falar, em tais casos, em ilicitude das provas daí decorrentes. 2. Na hipótese, entretanto,
após denúncia anônima, guardas municipais abordaram o réu e, com ele não encontrando
entorpecentes, seguiram até terreno localizado nas proximidades, onde foram apreendidos, além
de maconha, 10 reais, um filme plástico utilizado para embalar a droga e documento relativo à
execução criminal do réu. 3. Desempenhada atividade de investigação, deflagrada mediante
denúncia anônima, que desborda da situação de flagrância, deve ser mantido o reconhecimento da
invalidade das provas dela decorrentes. 4. Recurso especial improvido.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.771.169-SC
DADOS: STJ, 3ª Turma, Min. Nancy Andrighi, j. 26/05/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Profissionais da saúde condenados por erro médico invocavam que serviços prestados pelo SUS em
hospital privado não configurariam relação de consumo, mas prestação de serviço público, ficando, por
isso, sujeitos ao prazo prescricional de três anos estabelecido no art. 206, §3º, V do CC/02, em vez do de
cinco anos previsto no art. 27 CDC.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Qual o prazo prescricional nas indenizações promovidas contra erro médico praticado em hospital
privado conveniado com o SUS?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Nas ações indenizatórias envolvendo atendimento custeado pelo SUS em hospitais privados
conveniados, o prazo de prescrição segue o prazo especial de 5 anos do serviço público (Lei 9.494/97, 1º-
C) e não de 3 anos definidos no CC/02 (art. 206, §3º, V);
=> Nessas ações também não se aplica o prazo de 5 anos do art. 27 do CDC, diante da prevalência da
especialidade da Lei 9.494/97;
=> Os serviços prestados nessas entidades privadas são equiparados como “serviços públicos” para fins
de responsabilização civil e penal;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.771.169-SC
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Distinção entre serviços uti singuli e uti universi (utilizada na fundamentação);
2) Participação complementar do SUS (art. 199, §1º, da CF/88 regulamentado pelos arts. 24 a 26 da Lei 8.080/90);
3) Responsabilidade civil do Estado;
4) Concessões, permissões e autorizações administrativas.
EMENTA
RECURSOS ESPECIAIS. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE DANO MORAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚM. 284/STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. AUSÊNCIA. MORTE DE PACIENTE ATENDIDO EM HOSPITAL PARTICULAR CONVENIADO AO SUS. RESPONSABILIDADE CIVIL
DOS MÉDICOS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO INDIVISÍVEL E UNIVERSAL (UTI UNIVERSI). NÃO INCIDÊNCIA DO CDC. ART. 1º-C DA LEI
9.494/97. PRAZO PRESCRICIONAL QUINQUENAL. ALEGADA MÁ VALORAÇÃO DA PROVA. CULPA DOS MÉDICOS E CARACTERIZAÇÃO DO DANO
MORAL. SÚMULA 07/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO. JULGAMENTO: CPC/15. (...) 6. Segundo estabelecem os arts. 196
e seguintes da CF/1988, a saúde, enquanto direito fundamental de todos, é dever do Estado, cabendo à iniciativa privada participar, em
caráter complementar (art. 4º, § 2º, da Lei 8.080/1990), do conjunto de ações e serviços que visa a favorecer o acesso universal e igualitário às
atividades voltadas a sua promoção, proteção e recuperação, assim constituindo um sistema único – o SUS –, o qual é financiado com recursos
do orçamento dos entes federativos. 7. A participação complementar da iniciativa privada na execução de ações e serviços de saúde se
formaliza mediante contrato ou convênio com a administração pública (parágrafo único do art. 24 da Lei 8.080/1990), nos termos da Lei
8.666/1990 (art. 5º da Portaria nº 2.657/2016 do Ministério da Saúde), utilizando-se como referência, para efeito de remuneração, a Tabela
de Procedimentos do SUS (§ 6º do art. 3º da Portaria nº 2.657/2016 do Ministério da Saúde). 8. Quando prestado diretamente pelo Estado,
no âmbito de seus hospitais ou postos de saúde, ou quando delegadoà iniciativa privada, por convênio ou contrato com a administração
pública, para prestá-lo às expensas do SUS, o serviço de saúde constitui serviço público social. 9. A participação complementar da iniciativa
privada – seja das pessoas jurídicas, seja dos respectivos profissionais – na execução de atividades de saúde caracteriza-se como serviço
público indivisível e universal (uti universi), o que afasta, por conseguinte, a incidência das regras do CDC. 10. Hipótese em que tem
aplicação o art. 1º-C da Lei 9.494/97, segundo o qual prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por
agentes de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. (...).
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.782.335-MT
DADOS: STJ, 3ª Turma, Min. Nancy Andrighi, j. 12/05/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Compra e venda de imóvel em condomínio foi anulada, em sede de ação declaratória c/c pedido
de reintegração de posse, com base na comprovação de que alguns condôminos tiveram sua
assinatura falsificada. Durante o exercício da posse, os adquirentes realizaram melhorias no
imóvel e, com o desfecho desfavorável na ação de conhecimento, opuseram, já no ano de 2016,
EMBARGOS DE RETENÇÃO, objetivando obstar a entrega do imóvel até que ocorresse a efetiva
indenização das benfeitorias por eles promovidas, ou seja, já quando em curso a FASE DE
CUMPRIMENTO da sentença prolatada nos autos da ação ordinária. Os exequentes invocaram a
inviabilidade dos EMBARGOS DE RETENÇÃO no caso, eis que, desde 2002, tal matéria deveria ter
sido invocada incidentalmente na contestação da ação de conhecimento, o que acabou rejeitado
pelo juiz a quo e também pelo TJMT, motivando a interposição do recurso especial.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA: Há restrição ao uso dos EMBARGOS DE RETENÇÃO para obter o ressarcimento por benfeitorias
em bem objeto de ação possessória?
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.782.335-MT
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Após a lei 10.444/2002, o art. 744 do CPC/73 restringiu o uso dos EMBARGOS DE RETENÇÃO às
execuções de títulos extrajudiciais para entrega de coisa certa;
=> A partir da alteração (mantida pelo CPC/15 - art. 538, §2º), nessa espécie de ação, o direito à
indenização por benfeitorias no imóvel deve ser invocado diretamente já na contestação;
=> A não invocação na contestação não retira o direito à indenização, que deverá ser buscada nas
vias ordinárias;
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
=> Conceito de posse X propriedade;
=> Distinção entre posse X detenção;
=> classificação da posse: a) justa X injusta (violenta, clandestina ou precária); b) boa-fé X má-fé;
c) nova X velha;
=> Direito de indenização e de retenção;
=> Ações possessórias (reintegração, manutenção e interdito – esbulho, turbação);
=> Competência e requisitos especiais nas ações possessórias e dominiais;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.782.335-MT
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. FASE DE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DA COISA POR BENFEITORIAS. DIREITO QUE NÃO FORA EXERCIDO NA
CONTESTAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. DESCABIMENTO. AÇÃO AUTÔNOMA COM O MESMO FIM. INADMISSIBILIDADE.
1. Embargos à execução opostos em 30/06/2016. Recurso especial interposto em 25/08/2018 e concluso ao Gabinete em
07/12/2018. 2. O propósito recursal consiste em dizer acerca da possibilidade de oposição de embargos de retenção por
benfeitorias na hipótese dos autos, ante a sucessiva modificação da lei processual a respeito da matéria. 3. Embora o art.
744 do CPC/73, em sua versão original, previsse a oposição de embargos de retenção por benfeitorias em sede de execução
de sentença judicial, a reforma implementada pela Lei 10.444/2002 suprimiu essa possibilidade. A partir de então, a
retenção por benfeitorias pode ser pleiteada em embargos apenas nas execuções de títulos extrajudiciais para entrega de
coisa certa. 4. Desde a reforma da Lei 10.444/2002, cabe ao possuidor de boa-fé, quando demandado em ação que tenha
por objeto a entrega da coisa (restituição), pleitear a retenção por benfeitorias na própria contestação, de modo a viabilizar
que o direito seja declarado na sentença e possa, efetivamente, condicionar a expedição do mandado restituitório. 5. Não
arguida na contestação, opera-se a preclusão da prerrogativa de retenção da coisa por benfeitorias, sendo inadmissível o
exercício da pretensão em embargos à execução ou impugnação e, tampouco, a propositura de ação autônoma visando ao
mesmo fim. 6. A preclusão do direito de retenção não impede que o possuidor de boa-fé pleiteie, em ação própria, a
indenização pelo valor das benfeitorias implementadas na coisa da qual foi desapossado. 7. Recurso especial conhecido e
provido.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.857.232-SP
DADOS: STJ, 6ª Turma, Min. Nefi Cordeiro, j. 02/06/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Indivíduo domiciliado em município com 40 mil habitantes foi denunciado, como incurso no art. 183 da Lei
9.472/1997, por desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicações (serviço de internet
via rádio), sem obter prévia autorização da ANTEL exigida pela Resolução 614/2013, vigente na
data dos fatos, mas que foi alterada, em parte, pela Resolução 680/2017, a qual deixou de exigir
outorga para a exploração do serviço de comunicação multimídia de radiação restrita até cinco mil
usuários.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Essa alteração normativa posterior configura abolitio criminis e pode retroagir para beneficiar o acusado?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Com o advento da Resolução 680/2017 da ANATEL, ocorreu a extinção da punibilidade das condutas
tipificadas no art. 183 da Lei 9.472/97 (exercício clandestino de telecomunicações) praticadas
anteriormente, desde que os serviços estivessem restritos a até 5 mil usuários.
=> A figura típica do art. 183 da Lei 9.472/97 (exercício clandestino de telecomunicações) constitui norma
penal em branco e está sujeita à retroatividade benigna sempre que configurada hipótese de abolitio
criminis.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.857.232-SP
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Lei Penal no Tempo (retroatividade e irretroatividade);
2) Efeitos na abolitio criminis na fase de execução da pena;
3) O uso da revisão criminal para garantir a aplicação da novatio legis in mellius;
4) Evolução da jurisprudência em relação às “Rádios Comunitárias”.
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. CRIME DO ART. 183 DA LEI N. 9.472/1997. RESOLUÇÃO ANATEL N. 680/2017.
ABOLITIO CRIMINIS. OCORRÊNCIA. RETROATIVIDADE DA NORMA. APLICAÇÃO DA NOVATIO LEGIS IN
MELLIUS. RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. 1. As instâncias ordinárias concluíram pela extinção da
punibilidade do recorrente quanto ao crime do art. 183 da Lei n. 9.472/1997, sob o fundamento de que a
Resolução n° 680, de 27 de junho de 2017, que entrou em vigor no prazo de 60 dias da data da sua
publicação (artigo 7°), deu nova redação à Resolução n° 614, de 28 de maio de 2013 (que, por sua vez,
revogou a Res. 272/2001), deixando de exigir a outorga da ANATEL para a exploração do Serviço de
Comunicação Multimídia de radiação restrita até cinco mil usuários. 2. Tendo em vista a superveniência
de norma que deixa de considerar crime a conduta praticada pelo recorrente, imperiosa a aplicação da
novatio legis in mellius. 3. Recurso especial improvido.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: SLS 2433
DADOS: STJ, Corte Especial, Min. João Otávio de Noronha, j. 05/08/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
ANATEL pretendia, por meio de pedido de Suspensão Liminar de Segurança (SLS), reverter decisões do
juízo da recuperação judicial do Grupo OI (telefonia) e do TJRJ que classificaram como quirografários os
mais de R$ 11 bilhões que aquela autarquia especial federal tem para receber em decorrência de multas
administrativas impostas por descumprimento de normas que regulam o setor da prestação de serviços
de telecomunicação. No seu entender, tais créditos mereciam receber da tratamento prioritário
destinado aos créditos tributáriosna ordem de pagamentos.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Em sede de recuperação judicial, as multas impostas pelo descumprimento de regras do setor regulatório
devem receber o mesmo tratamento privilegiado dos créditos tributários?
INFORMAÇÃO
LÍQUIDA:
=> As multas impostas pelas Agências Reguladoras têm natureza administrativa e, portanto, não podem
ter o tratamento prioritário destinado aos créditos tributários nas recuperações judiciais.
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Natureza jurídica das Agências (autarquias especiais, concursos, licitações, competência judicial, etc.); 
2) Classificação legal e privilégios dos créditos sujeitos à recuperação judicial;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: ADI 5447 e ADPF 389
DADOS: STF, Plenário, Min. Roberto Barroso, j. 22/05/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Em 2015, sob o fundamento de evitar o pagamento fraudulento do seguro-defeso, o governo
federal editou Portaria suspendendo a proibição de pesca de algumas espécies da fauna aquática
em determinadas regiões do país.
Como reação direta, o Congresso fez valer sua competência constitucional (CF/88, art. ) e
suspendeu aquele ato administrativo por meio de decreto legislativo.
No afã de restabelecer a eficácia da sua Portaria, a então Presidenta ajuizou a ADI 5447 buscando
declarar a inconstitucionalidade daquele ato do Congresso.
Paralelamente, uma entidade propôs a ADPF 389 visando declarar a inconstitucionalidade da
Portaria, sob a tese de que ela violava a garantia de proteção ambiental inserta no texto da Carta
Política.
Em 2016, foi deferida liminar (cautelar) reconhecendo vício de validade da Portaria.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
A suspensão da proibição de pesca durante o período de defeso violava a garantia constitucional
de proteção ambiental?
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: ADI 5447 e ADPF 389
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Segundo o princípio constitucional da PRECAUÇÃO, que rege o direito ambiental, em caso de dúvida
quanto ao risco de dano, o Poder Público deve atuar de forma a proteger o meio ambiente e não liberar
atividade potencialmente danosa;
=> STF considera o PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO como um dos pilares centrais do sistema jurídico ambiental;
=> É possível realizar o CONTROLE CONCOMITANTE (julgamento conjunto) e ANTAGÔNICO de
constitucionalidade (uma ação defendendo a constitucionalidade e outra a inconstitucionalidade da mesma
norma ou ato);
=> A CF/88 (art. 49, V) autoriza o CONGRESSO sustar atos do Executivo (via decreto legislativo) que
exorbitem o poder de regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Medida cautelar em sede de controle de constitucionalidade (requisitos, quorum, efeitos etc.);
2) Modulação das decisões que reconhecem a inconstitucionalidade (requisitos, momento para requerer,
etc.);
3) Princípio da precaução (incerteza) X prevenção (certeza, medidas mitigatórias etc.);
4) Responsabilidade por ações violadoras do meio ambiente (objetiva, segue o imóvel, etc.);
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: ADI 5447 e ADPF 389
EMENTA
(não oficial)
CONTROLE CONCOMITANTE E ANTAGÔNICO DE CONSTITUCIONALIDADE. AMBIENTAL. PESCA.
SUSPENSÃO DO PERÍODO DE DEFESO DE 2015. NÃO DEMONSTRAÇÃO DE MOTIVAÇÃO
TÉCNICA. PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. PORTARIA DA PRESIDÊNCIA
SUSPENSA POR DECRETO LEGISLATIVO DO CONGRESSO. CONSTITUCIONALIDADE DA MEDIDA.
ADI E ADPF JULGADAS EM CONJUNTO. MODULAÇÃO. QUÓRUM INSUFICIENTE.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.829.682-SP
DADOS: STJ, 3ª Turma, Min. Villas Bôas Cueva, j. 02/06/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Mãe da vítima de homicídio propõe ação indenizatória contra o autor antes do trânsito em julgado da sentença condenatória
criminal (que reconheceu a materialidade e a autoria, bem como afastou a tese de legítima defesa). Em 1ª instância, a ação ex
delicto foi julgada procedente (R$ 100 mil de condenação). Porém, em sede de apelação, o TJSP reformou a decisão para julgar
improcedente a ação sob o fundamento de que seria controversa a iniciativa da agressão física no episódio que resultou no
homicídio, pois, além de não haver testemunhas, o réu sempre alegou legítima defesa e apontou a existência de
comportamento agressivo por parte da vítima (que, inclusive, teria ameaçado e agredido a filha do réu, que estava grávida).
Recurso condenou réu, mas reduziu valor para R$ 50 mil pelo comportamento da vítima.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
A ação ex delicto pode ser proposta antes do trânsito em julgado da decisão penal?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> É relativa a independência entre as esferas cível e criminal nas ações ex delicto e, por isso, não há necessidade de se
aguardar o trânsito em julgado da condenação penal para acionar o juízo cível (mas, o ônus da prova passa a ser do
demandante);
=> A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre
quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal (CC/02, art. 935);
=> Sentença condenatória transitada gera o dever de indenizar X sentença absolutória (inexistência do fato ou de negativa de
autoria) afasta dever de indenizar;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RESP 1.829.682-SP
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Responsabilidade civil ex delicto nas hipóteses de ESTADO DE NECESSIDADE e LEGÍTIMA DEFESA;
2) As diversas formas de indenizar nas ações civis ex delicto (danos materiais, morais e alimentos);
3) Regras jurisprudenciais para a fixação/quantificação de alimentos nas ações ex delicto;
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS. AÇÃO CIVIL EX DELICTO. CONDENAÇÃO NA
ESFERA PENAL. HOMICÍDIO. FILHO DA AUTORA. AUTORIA. INCONTROVERSA. REPARAÇÃO. EXAME DAS CIRCUNSTÂNCIAS. 1. Recurso
especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e
3/STJ). 2. Cinge-se a controvérsia a discutir se o reconhecimento da existência de um crime e do seu autor na esfera penal ensejam o
dever de indenizar na esfera cível. 3. O artigo 935 do Código Civil adotou o sistema da independência entre as esferas cível e criminal,
sendo possível a propositura de suas ações de forma separada. Tal independência é relativa, pois uma vez reconhecida a existência do
fato e da autoria no juízo criminal, estas questões não poderão mais ser analisadas pelo juízo cível. 4. A partir da doutrina e da
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça acerca do tema, é possível concluir que a) em caso de sentença condenatória com trânsito
em julgado, há incontornável dever de indenizar, e b) em caso de sentença absolutória em virtude do reconhecimento de inexistência
do fato, da negativa de autoria, não haverá dever de indenizar. 5. Não havendo sentença condenatória com trânsito em julgado, deve-
se avaliar os elementos de prova para aferir a responsabilidade do réu pela reparação do dano. 6. No caso, ainda que ausente a
condenação criminal definitiva, não se pode negar a existência incontroversa do dano sofrido pela autora com a morte de seu filho e a
autoria do crime que gerou esse dano. A acentuada reprovabilidade da conduta do réu, ainda que a vítima apresentasse
comportamento agressivo e que tenha havido "luta corporal" entre vítima e o réu, não afasta o dever do causador do dano de
indenizar. 7. Considerando as circunstâncias fáticas do caso, arbitra-se o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de
indenização por danos morais. 8. Recurso especial conhecido e provido.
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: PROCESSO SIGILOSO (divulgado 04/08/2020)
DADOS: STJ, 3ª Turma, Min. Moura Ribeiro, j. 02/06/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
Pai condenado a pagar alimentos de 30 salários (e plano de saúde) a filho menor sob a guarda
unilateral da mãe (portador de síndrome de Down e quadro de autismo) ajuizou ação de
prestação de contas para verificar se o dinheiro estava sendo aplicado apenas com despesas do
filho. Contudo, o juiz de 1º grau e o TJRS consideraraminadequado o uso da ação de prestação
de contas para atingir tal fim.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
A fiscalização dos valores pagos a título de alimentos pode ser feita via ação de prestação de
contas?
INFORMAÇÃO
LÍQUIDA:
=> A ação de prestação de contas pode ser usada para fiscalizar o uso dos valores de pensão
alimentícia;
SUGESTÃO DE TEMA(S) 
PARA 
REVISÃO:
1) Alimentos GRAVÍDICOS (Lei n. 11.804/2008);
2) Pensão AVOENGA (Súmula 596 do STJ);
3) Prisão durante a pandemia da COVID-19;
4) Foro privilegiado e prisão por alimentos;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: ADI 4398
DADOS: STF, Plenário, Min. Cármen Lúcia, j. 05/08/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
OAB questionava a inconstitucionalidade do art. 265 do CPP que, na redação dada pela Lei 11.719/08, passou a prever a
aplicação de multa de 10 a 100 salários ao defensor que abandonar a causa sem motivo justificado, a ser previamente
comunicado ao juiz.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Seria desproporcional a pena prevista no art. 265 do CPP?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> Não é desproporcional ou desarrazoada a multa de 10 a 100 salários a ser aplicada ao defensor que abandonar a causa
penal sem motivo justificado, a ser previamente comunicado ao juiz (CPP, art. 265), pois visa evitar o comportamento
prejudicial à administração da justiça e ao direito de defesa do réu;
=> a multa do art. 265 do CPP pode ser aplicada sem prejuízo das demais sanções administrativas previstas no Estatuto da
OAB;
=> o texto constitucional (artigo 133) reconhece no advogado uma figura indispensável para a administração da Justiça;
=> o direito à defesa técnica por advogado habilitado está previsto no artigo 261 do CPP, sob pena de nulidade absoluta;
SUGESTÃO PARA 
REVISÃO:
1) Consequências do não comparecimento de advogado em sessão do júri e em audiência; 
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: ADPF 194
DADOS: STF, Plenário, Min. Alexandre de Moraes, j. 05/08/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
AGU ajuizou ADPF contra atos de magistrados de Macapá (AP) e do Espírito Santo que sustentavam a não recepção do
DL 1.537/1977 (arts. 1º e 2º) que assegura à União a isenção do pagamento de emolumentos relativos aos atos
praticados pelos serviços das serventias notariais e de registro.
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
A isenção do DL 1.537/77 contraria materialmente o art. 236, §2º, da CF/88 e, por isso, não teria sido recepcionado?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> A isenção de emolumentos à União por serviços notariais e de registro prevista no DL 1.537/77 foi recepcionada
pela CF/88;
=> Essa isenção engloba transcrições, inscrições, averbações e fornecimento de certidões relativas a quaisquer imóveis
de sua propriedade ou de seu interesse, bem como relativos aos serviços similares prestados pelos Ofícios e Cartórios
de Registros de Títulos e Documentos e Cartórios de Notas (DL 1.537/77, art. 1º e 2º);
=> Cabe a lei federal estabelecer as normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos
serviços notariais e de registro (CF/88, art. 236, §2º);
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Meios processuais para realizar controle de normas anteriores à CF/88;
2) Diferenças entre não recepção e inconstitucionalidade;
3) Possibilidade (ou não) de modulação nas hipóteses de reconhecimento de não recepção;
@prof.valcir.spanholo
PROCESSO: RE 770149 (REPERCUSSÃO GERAL – TEMA 743)
DADOS: STF, Plenário, Min. Edson Fachin, j. 05/08/2020
CONTEXTUALIZAÇÃO 
FÁTICA: 
A União buscava reformar decisão do TRF5 que assegurou ao Município de São José da Coroa Grande (PE) o direito à
certidão positiva com efeitos de negativa federal, apesar da inadimplência do Poder Legislativo municipal no
cumprimento de obrigações tributárias acessórias. A União alegava ofensa aos princípios da separação dos Poderes e da
autonomia administrativo-financeira do Poder Legislativo (artigos 2º, 29 e 30 da Constituição Federal).
QUESTÃO CENTRAL 
CONTROVERSA:
Falhas no cumprimento das obrigações inerentes à Lei de Responsabilidade Fiscal pela Câmara de Vereadores atingem
o Executivo do mesmo Município?
INFORMAÇÕES
LÍQUIDAS:
=> TESE FIRMADA: "É possível ao Município obter certidão positiva de débitos com efeito de negativa quando a
Câmara Municipal do mesmo ente possui débitos com a Fazenda Nacional, tendo em conta o princípio da
INTRANSCENDÊNCIA SUBJETIVA das sanções financeiras“;
=> compete a cada órgão o recolhimento das suas obrigações fiscais e Câmara Municipal tem autonomia financeira e
receita própria, estando, por isso, sujeita ao controle próprio da LRF (CF/88, arts 29, 29-A e 30);
=> A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, mas apenas personalidade judiciária;
SUGESTÃO DE 
TEMA(S) PARA 
REVISÃO:
1) Número de membros e tetos de gastos nas Câmaras de Vereadores;
2) Destino das sobras financeiras do Legislativo no final dos exercícios (ano);
@prof.valcir.spanholo
SPOILER DO SPOILER!!!!
FICA PARA O 
PRÓXIMO
=> Mudança de entendimento do STF quanto à possibilidade de recurso contra decisão que nega
ingresso de amicus curiae ("amigo da corte", ou terceiro interessado) em ação direta de
inconstitucionalidade;
=> Os limites da decisão que considerou constitucional a contagem do tempo dos cursos de pós-
graduação para comprovação de atividade jurídica em concursos para o Ministério Público;
=> A inconstitucionalidade da contribuição previdenciária patronal sobre o salário-maternidade.

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