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Obstetrícia veterinária

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Pelviologia e Pelviometria 
É o estudo da pelve – parte mais importante na hora do parto.
-Via fetal: composta por via fetal óssea e via fetal mole.
A via fetal é o canal pelo qual o feto passa durante o parto. A via fetal óssea é formada por: íleo, ísquio, púbis, osso sacral, vértebras coccígeas, articulações e ligamentos. Articulações: sacrolombar, sacro-ilíaca, sacrococcígea e sínfise púbica (une púbis ao ísquio).
A via fetal mole é composta pelos cornos uterinos, corpo do útero, cérvix, vagina, vestíbulo da vagina e vulva.
-Via fetal óssea: é importante que tenha abertura fisiológica que permita o animal parir, e as articulações e ligamentos se afrouxem no momento do parto.Pelvimetria
Medidas das dimensões da pelve que podem ser mensuradas de forma direta ou indireta. Em pequenos animais se faz com RX e em grandes se faz com palpação (retal ou vaginal) ou com pelvímetro pela via retal.
Direta: É interna – usando o pelvímetro 
Indireta: É usado RX ou medida externa --> largura: diâmetro bi ilíaco e altura: diâmetro sacro-pubiano.
Mediante rx: Medidas possíveis, são 5, porém depende do tipo de pelve do animal (espécie).
1- sacro-pubiano 
2- bi ilíaco superior
3- bi ilíaco inferior (crista ielopectínea)
4- sacro-ilíaco direito
5- sacro-ilíaco esquerdo
Externa olhando: medidas tomadas no exterior do corpo da fêmea.
1- bi ilíaca externa
2- bi isquiático externo 
3- ílio-isquiático.
Tipos de pelves
1-Dolicopélvico
O diâmetro sacro-púbico é maior que o bi ilíaco. Pelve ovalada, estreita de largura e alta. Ex: ruminantes e suínos.
2- Mesatipélvico
O diâmetro sacro-púbico é igual ao bi ilíaco. Altura e largura são iguais. Ex: éguas e jumentas --> mais fácil de parir.
Pelve em cães
3-Dolicopélvico
ex: galgos
4- Mesatipélvico
ex: dálmatas
5-Platipélvico
Diâmetro sacro-púbico é menor que o bi ilíaco, a pelve é mais larga do que alta – ex: pequinês.
Cães: única espécie que tem pelves diferentes de acordo com espécies.
 Fertilização e clivagem
· 
Fertilização
Ampola- encontro dos espermatozoides fertilização
A prostaglandina que faz a contração uterina para os espermatozoides subirem.
Até chegar à maioria da população espermática demora entre 4 – 6 horas
Maturação espermática: 2 fases – 1: no epidídimo e 2: capacitação espermática no trato genital feminino (útero e tubas uterinas) --> demora de 6-8 horas essa capacitação para ocorrer a fertilização.
Exceção da cadela: min 35 –36Passos da fertilização
1- primeiro contato do espermatozoide com a zona pelúcida e a reconhece (receptores ZP) - espermatozoide e ovulo da mesma espécie.
Receptores zp1, zp2 e zp3 (são glicoproteínas) A zp1 só faz a ligação entre as cadeias de zp3 e zp2 e a zp2 e zp3 ficam intercaladas.
É a zp3 que vai reconhecer se o espermatozoide é da mesma espécie, é a mais externa (1º receptor que o espermatozoide vai entrar em contato), vai se ligar, reconhecer, reação acrossomal e penetra na zona pelúcida.
-Reação acrossomal: ocorre digestão da cabeça do espermatozoide
Depois se liga à zp2 (é mais interna). 
2- reação e penetração do espermatozoide na zona pelúcida.
3- ligação e fusão do espermatozoide na membrana vitelínica do óvulo (já atravessou a zona pelúcida).
Depois se liga diretamente a membrana vitelínica - ligação apical (primeiro se liga a cabeça). - ligação lateral (o espermatozoide vira de lado para se ligar na região equatorial com a membrana do ovócito).
Ocorre o cone de fertilização - é como se o espermatozoide fosse fagocitado e levado até o interior do citoplasma. Ocorre uma degeneração da parte intermediária e cauda do espermatozoide.
Depois que 1 espermatozoide atravessou a membrana, ocorre o bloqueio a polispermia (endurecimento da membrana vitelínica).
4- processo de singamia 
Singamia é o encontro dos materiais genéticos e fusão deles. Dura em média 12 horas.
5- ativação do metabolismo do ovócito.
Há aumento do Ca e ph intracelular do ovócito replicação do DNA zigoto.Clivagem
Clivagem são as primeiras divisões por mitose (2 células, 4 células, 8 células, 16 células e 32 células) e ocorre dentro da tuba uterina.
Depois da fase de 32 células, vira mórula, então, não faz mais parte da clivagem, porque a partir daí ocorre divisões por meio de meiose.
*oócito zigoto 2 cel. blastômero 4 cel. blastômero 8 cel. blastômero 16 cel. blastômero 32 cel. blastômero mórula blastocisto.
A partir do 4 –5 º dia o embrião desce para o útero. 
 Fisiologia da gestação
Embrião no útero, já está na fase de mórula com 32 células. Depois, começa a fase de mórula compactada onde as células começam a se juntar e depois se transforma no blastocisto.
No blastocisto as células vão migrar para a periferia e começa a produção de líquido, chamado blastocele.
As células de trofoblasto dará origem posteriormente em placenta o trofoblasto fica em contato com a zona pelúcida.
No 8º - 9º dia o embrião - blastocisto eclode, se alonga para que haja reconhecimento materno. Nas éguas a eclosão não ocorre. Para que haja rompimento do blastocisto, a zona pelúcida sofre uma lise mediante a enzima tripsina vinda do trofoblasto.
Mórula
Tem a zona pelúcida bem grossa, as células ainda estão no centro do embrião e se enxerga o espaço Peri-vitelínico.
Blastocisto inicial
As células migram para a periferia e não enxerga o espaço Peri vitelínico, tem menos de 50% de blastocele e mais 50% de células.
Blastocisto
Tem mais de 50% de blastocele e menos 50% células
Blastocisto expandido
Não tem quase nada de células e tem mais blastocele.
Blastocisto eclodido
O blastocisto precisa eclodir para aderir na parede uterina. Ocorre lise da zona pelúcida (que antes impedia a adesão do embrião na parede uterina) por proteases (tripsina) localizadas na membrana das células do trofoblasto. Colagenases, estromalisinas e ativadores de plasminogênio digerem o tecido uterino para a implantação.
OBS: não ocorre na égua.
Éguas
Só desce para o útero embriões viáveis (porque a junção útero tubárica é bem estreita e para o embrião descer, ele tem que produzir hormônio – PGE2 não causa contração muscular e sim relaxamento da musculatura, relaxando assim, a junção útero tubárica).
Presença de cápsula mais grossa da zona pelúcida, por isso o embrião não eclode. Para o reconhecimento materno, o embrião fica migrando no útero. Migra até 15º dia para que haja esse reconhecimento.
Cadelas
Os oócito atinge o ponto de maturação na tuba uterina, depois de uns dias (2 –5 dias) de ovulação. Ovulação de oócito primário e não secundário.
A descida para o útero acontece depois de 10 dias de cobertura.
Tem que fazer a inseminação quando ela ovular, não quando estiver no cio.
Reconhecimento materno
Ocorre de forma hormonal e imunológica
-Hormonal: Um bom corpo lúteo e altas [ ] de progesterona.
Precisa ter o reconhecimento materno para que não haja regressão do C.L (impedir a ação da prostaglandina).
-Ruminantes: produção de interferon tau (IFN t)
-Égua: alongamento do embrião que não eclode e fica migrando no útero.
-Imunológica: Os 2 genes (pai e mãe) são compatíveis e podem ser incompatíveis. Se há incompatibilidade não há reconhecimento materno e a fêmea não emprenha.
Implantação
É o início da placentação – interação embrião – endométrio
Placentação
Número menor de camadas – favorece a troca de substâncias entre mãe e feto.
Quanto maior o número de camadas, a placenta tem que se comunicar (aderir) mais ao útero, ou seja, maior a área de contato entre placenta e útero.
Tipos de placentas
Epiteliocorial: 6 camadas – égua, jumenta e porca: placenta difusa 
Sindesmocorial: 4 camadas – ruminantes: placenta cotiledonária : tem carúnculas (útero) e cotilédone (placenta): são pontos de aderência = placentoma
Na vaca as carúnculas são convexas e nos pequenos ruminantes são concavas.
Endotéliocorial: tem poucas camadas, porém tem mais que a hemocorial - cadela e gata: placenta zoonária
Hemocorial: É a que tem contato mais íntimo, tem poucas camadas - primata e roedor: placenta discoidal 
Os nomes/tipos de placentas se dá deacordo com a distribuição das vilosidades (que causam a troca de substâncias entre placenta e útero).
Formação das membranas fetais
Formação de epiblasto e hipoblasto que dá origem ao âmnio e saco vitelínico nessa ordem.
Nutrição inicial do embrião se dá pelo saco vitelínico, conforme forma a placenta, ele vai regredindo, aí a placenta vai assumindo a nutrição.
Depois, o saco vitelínico vai dar origem as células germinativas primordiais (ovogônias e espermatogônias).
Já o âmnio, recobre o embrião e tem dentro líquido amniótico. Deglute as excretas do feto e transfere para a cavidade alantoide.
No parto, a 1º membrana que se rompe é o córion, 2º a cavidade alantoide e por último o âmnio.
Endocrinologia da gestação
É de particularidades de cada espécie.
Duração da gestação
Asininos 360 dias
Equinos 336 dias
 Bov zebuíno 285 dias
Bov taurino 280 dias
Caprino e ovino 150 dias
Suínos 114 dias
Cães e gatos 60 dias
Hormônios
Estrógenos: proliferação do epitélio, crescimento dos ductos das glândulas endometriais preparando o útero para ação da progesterona 
Progesterona: Ramificação das glândulas endometriais, indução para secreção do leite uterino, manutenção da fixação da placenta, ação imunossupressora, leva a utilização mais eficiente dos nutrientes e efeitos psíquicos.
A progesterona é produzida pelo C.L no início da gestação e depois pela placenta, porém, depende da espécie, há espécies que são CL dependente.
A placenta também produz hormônios que vão estimular a função ovariana, manter a gestação, influenciar o crescimento fetal, estimular a função da gl mamária e auxiliar o parto.Égua e jumenta
Formação de cálice endometrial (entre a placenta e o endométrio) produz Gonadotrofina coriônica equina (ECG) que tem 
ação luteinizante (ação parecida com o LH) luteiniza os folículos formando novos C.L 
C.L acessórios produz progesterona ajudando na manutenção da gestação. Com mais ou menos 40 dias de gestação começa a formação dos cálices, então, até os 35- 40 dias, a produção total de progesterona nesse tempo é pelo corpo lúteo gravídico.
O C.l acessório produz progesterona até 120 dias, depois quem assume a produção de progesterona é a placenta. Os cálices endometriais desaparecem aos 130 dias.
O ecg também estimula o início da ativação/hipertrofia das gônadas fetais, aí começa a produção de esteroides pela unidade feto-placentária (isso se dá por volta de 100-110 dias) definir o sexo por meio de US.
O estrógeno se mantém alto durante toda a gestação.
Para o embrião descer para o útero ele precisa produzir PGE2 para dilatar a junção útero-tubárica.
Ecg: É produzida pelos cálices fetais e luteinização c.l acessórios.
 1º detecção do nível de ecg é por volta de 35-40 dias;
O pico é por volta de 55-65 dias (aumento rápido)
Produz progesterona até 120 dias 
 Começa abaixar a [] por volta de 120-150 dias (as vezes nem detecta mais)
A [] de ecg varia muito entre as éguas e é afetada pelo genótipo fetal
O c.l acessórios, suplementa o c.l gravídico.
Vaca
O C.L só regride 2 dias antes do parto (produção contínua de progesterona em toda a gestação), porém a placenta também produz progesterona até o final da gestação.
O estrógeno cai abruptamente após o parto (12 horas mais ou menos).
A prolactina tem nível basal durante toda a gestação, 20 horas antes do parto ela sobe e 30 horas pós-parto ela sofre um declínio abrupto.Ovelha
As [] de progesterona aumenta muito em gestação múltiplas. No final da prenhez a placenta produz 5x mais progesterona que o C.L.
O estrógeno fica baixo durante toda a gestação, aumenta no momento do parto e depois cai. 
A prolactina vai de 20-80 ng/ml a 400-700 ng/ml no dia do parto.
*****Por gráficos de todas as espécies
Cabra
O estrógeno é muito mais alto que as ovelhas, são consideradas c.l dependente (a placenta não produz progesterona).
Porca
É c.l dependente, a placenta não produz tanta progesterona como nas outras espécies.
O número de embriões não altera a [] de progesterona.
A porca deve ter no mínimo 4 embriões para que haja reconhecimento materno 
O estrógeno se mantém baixo durante toda a gestação e aumenta no momento do parto e depois cai.
Cadela
Fase luteínica prolongada, a [] de progesterona é semelhante durante a prenhez ou não não serve como parâmetro (medir []) para saber se a fêmea está gestante. A placenta produz pouca progesterona, então é considerada c.l dependente.
A prolactina sobe ainda com a progesterona alta.
Gata
Não se sabe exatamente o papel do c.l e placenta.
A progesterona começa a cair a partir de 30 dias de gestação e declínio abrupto 2 dias antes do parto.
Diagnóstico de gestação
Embrião
 Entre a fertilização e o início da ossificação (aumento da taxa de crescimento e diferenciação).Feto
Após o início da mineralização dos ossos (aumento de peso).
O crescimento é contínuo, mas o principal aumento de peso ocorre no final da gestação. 
Avaliação da idade gestacional a menos que se tenha informações precisas sobre a data da ovulação e cobertura, o principal critério utilizado na determinação da idade dos embriões e fetos é baseado no tamanho e características gerais do desenvolvimento do útero e do feto.
Cadela
O não retorno ao cio, não significa que está grávida pseudogestação não serve como parâmetro para diagnóstico!
- Palpação abdominal: depende de vários fatores (temperamento do animal, porte (animais pequenos é melhor), período de gestação, número de fetos no útero, condição corporal da mãe). 
Um diagnóstico precoce de gestação é a palpação abdominal (18-20 dias em cadelas pequenas e com pouca gordura e 23-30 dias para a maioria dos animais). Porém, tem que passar US para confirmar.
· Sucesso da palpação abdominal
 entre 18-23 dias 50%
 entre 23-35 dias 85%
É muito importante saber a data de cobertura.
-RX: deve ser feito após 45 dias de gestação (pela mineralização dos ossos, o rx pode afetar o crescimento fetal). A projeção VD é melhor para contar nº de filhotes.
-US: É uma forma de diagnóstico mais precoce 20-30 dias de gestação dependendo do estado geral e número de fetos.
28 dias:
30 dias: já é feto, porque começa a mineralização.
35 dias: mineralização de mandíbula e cabeça
40-42 dias: imagem cardíaca
47 dias: mineralização total.
Através do US, mediante fórmulas, podemos predizer a idade gestacional.Sinais de maturação fetal
Em carnívoros
Os fetos maduros possuem revestimento piloso denso e curto, com exceção do ventre. Os ouvidos e olhos.
Os fetos maduros possuem revestimento piloso denso e curto, com exceção do ventre. Os ouvidos e olhos permanecem fechados durante os primeiros 8-10 dias após o nascimento. Nos fetos maduros os dentes não são visíveis, porém são facilmente perceptíveis em suas posições. No feto carnívoro, a calcificação dos ossos começa antes da 5º semana de gestação, mas a sua visualização radiográfica só é possível após a 6º semana.
Égua
Em estro o útero vai estar relaxado e na ovulação/gestação o útero está tenso. Então, na palpação retal se sentir o útero tenso pode ser um indício que ela está prenha.
- Palpação retal: Para dar um diagnóstico preciso é necessário esperar 19-21 dias de gestação. Não é um método 100%.
-US: Pode diagnosticar (vesícula embrionária) com 9-15 dias de gestação é um método precoce. A partir do 12º dia não se tem mais dúvida.
20-35 dias: começa enxergar o embrião e fixação da vesícula – com 28-30 dias: começa a sentir batimentos cardíacos.
35-45 dias: começa a formação do cordão umbilical
100 dias: feto já grande.
Avaliação da idade fetal: Através de medidas – medida entre a base do crânio até a raiz da cauda (crow-rump), desde a extremidade da fossa nasal até a extremidade da cauda e extensão do rádio e tíbia. Também tem a medida do diâmetro da orbita ocular a partir de 159 dias de gestação (acima de 5 meses em égua e 7 meses na vaca).Sinais de maturação fetal
Em equinos
Imaturo - menos de 320 dias de gestação: O feto tem pelos curtos e regiões desprovidas de pelos ou pelos escassos, principalmente na região do umbigo e face internadas coxas. A cor da pelagem não está totalmente definida e os dentes de leite não fazem saliência da gengiva. 
Maduro - 320-355 dias de gestação: Os pelos são longos e abundantes, há coloração própria da pelagem. As pontas dos 12 molares de leite são visíveis. O peso é de 30 a 60 kg e o comprimento entre a articulação occipital e a 1º vértebra coccígea varia entre 75-145 cm.Vaca
Sinais de maturação fetal
-Palpação retal: Se dá por volta de 35-45 dias (sente uma pequena assimetria dos cornos uterinos). Antes dos 30 dias não dá para sentir nada.
A partir dos 45 dias de gestação assimetria de corno maior e faz o teste do beliscamento pega o corno maior (assimétrico) na curvatura maior, segura e vai soltando devagar sente o feto.
Após os 60 dias faz o teste do beliscamento, percebe a presença do feto na mão (prova do balotamento) e NÃO TEM o frêmito da artéria uterina (só percebe depois de 4 meses).
Após 90 dias sente presença de placentomas.
- US: É um método precoce com 25 dias de gestação podemos dar o diagnóstico em novilhas e 35 dias em vacas.
Sinais de maturação do feto em vacas: 1- Imaturo: menos de 270 dias de gestação: Pelos curtos, pinças e primeiros dentes médios não se encontram na linha de dentição, peso e comprimento do corpo inferiores. 2- Maduro: 270-295 dias: Os pelos são abundantes e de coloração própria. As pinças e primeiros médios sempre estão presentes e não se acham recobertos pela gengiva. O peso pode variar entre 20-60 kg. O comprimento da coluna varia entre 65-90 cm.
Pequenos ruminantes
Pode acontecer o retorno ao cio ou não, como são espécies poliéstricas. O não retorno ao cio não é uma forma de diagnóstico de gestação.
Após 100 dias de gestação consegue-se sentir alguma coisa através da palpação abdominal. A partir dos 40 dias de gestação com o doppler para presença de batimento cardíaco ou vasos placentários (não se usa mais). Hoje em dia usa o US trans retal (sem braço, usa haste com a probe) ou trans abdominal de 3,5 mhz convexa, faz com 40-50 dias de gestação.
Peso e tamanho dos fetos maduros variam segundo a raça e o nº de fetos, respectivamente, entre 1,5 kg – 3,5 kg e 40 a 50 cm. Os pelos são abundantes inclusive no umbigo e ventre. A coloração da pelagem geralmente é marcante. Os incisivos de leite, 
especialmente as pinças e os primeiros médios, acham-se em fase de perfuração. Pelos raros e não aparecimento dos incisivos de leite indicam imaturidade.Sinais de maturação fetal
Porca
Pode acontecer o retorno ao cio ou não. O não retorno ao cio depois de 18-22 dias da cobertura não é uma forma de diagnóstico de gestação, é somente um indício. Palpação retal geralmente não se usa, e sim US trans abdominal de 5 mhz com mais ou menos 25 dias de gestação. O útero da porca fica bem para baixo/ventral.
O peso dos leitões maduros varia de 1-2 kg. Cerdas curtas e finas estão presentes. Nas raças pigmentadas aparece a coloração tanto dos pelos como da pele. Nas raças brancas, observam-se listas pardacentas ao longo do dorso. Na dentição observam-se que os incisivos e os caninos se apresentam de pontas finas e visíveis.
 Sexagem fetal
 
Determinação do sexo através da ultrassonografia (2 técnicas).
1- Identificação e posicionamento do tubérculo genital – acurácia maior em bovinos (100%), também pode ser utilizada em equinos, porém a acurácia é de 70%, aí utiliza o método 2.
O tubérculo genital dará origem ao pênis ou clitóris. Com 55-65 dias de gestação fica bem no centro e dá para identificar. 
2- Identificação da morfologia da gônada e genitália externa– acurácia de 100% na égua. 100-110 dias de gestação o feto sofre hipertrofia das gônadas e genitália externa. 
Observa-se ovário (medular e cortical), glândula mamária, testículo (mediastino) e prepúcio
.
Patologias da gestação
Alterações dos envoltórios fetaisHidropsia das membranas fetais 
Aumento de volume do líquido fetal (cavidade alantoide e cavidade amniótica). Mais comum em vacas em gestação gemelar, feto malformado e FIV.
Hidroalantóide: ocorre em 85-90% dos casos. Isso pode se dar por problemas vasculares da placenta (FIV) ou problemas hepato-renais do feto.
Hidroâmnion: ocorre em 5% dos casos. Isso se dá por feto congenitamente defeituoso
Hidroamnion- hidroalantoide: 7% dos casos
Sintomas: classificação conforme a quantidade de líquido presente. Quanto mais a quantidade, mais grave é.
Casos leves: Tem aumento até 80 litros – o animal tem atonia uterina e consequentemente distocia na hora do parto.
Casos médios: aumento de até 150 litros – o animal fica com o abdômen em forma de tonel, e a compressão e deslocamento dos órgãos abdominais gerando timpanismo.
Casos graves: aumento de mais 200 litros – o animal tem ascite, decúbito, desidratação, choque e morte.
Complicações
Antes do parto – prolapso de vagina, paraplegia, hérnia abdominal, ruptura de útero, aborto e colapso (choque)
Durante o parto – atonia uterina e parto distócico.
Após o parto – colapso (choque), retenção de placenta e agalactia.
Diagnostico diferencial: ascite, hidrometra e prenhez múltipla patológica
Prognóstico: reservado e ruim para o feto
Tratamento: indução do parto ou abortamento, e antes de tudo drenar o líquido lentamente. Em pequenos animais fazer cesariana. 
Indução de parto ou abroto glicocorticoides – Dexametasona 20-40 mg ou Flumetazona 10-20mg
Gestação múltipla patológica 
Quando o número de fetos ultrapassa aquele considerado normal para a espécie ou raça.
Normal: égua e vaca (1 potro/bezerro), ovelha (1 ou 2 cordeiros), cabra (1-3 cabritos), porca (10-12 leitões), cães raças grande (8-12 filhotes), cães raças pequenas (2-6 filhotes) e gata (2-5 filhotes).
Sintomas: Alterações funcionais devido a compressão dos órgãos e distúrbios metabólicos (aumento volume uterino) taquipneia e respiração superficial por compressão do diafragma, perturbações digestivas por compressão e deslocamento das vísceras, perturbações cardiocirculatórias, principalmente edemas e transudações cavitarias por compressão de vasos sanguíneos. Enfraquecimento da gestante, associado a distúrbios metabólicos que podem determinar em decúbito permanente. Alterações mecânicas do parto por insuficiência das contrações, atonia uterina e retenção de placenta. 
Evolução para ruminantes, porca e cadela o abortamento é raro (o animal geralmente pari) e a exigência de retirada dos filhotes é frequente (ajuda na hora no parto).
Diagnóstico grandes animais: US e palpação retal. Pequenos animais: palpação abdominal, US com 25 dias e RX com 45 dias.
Diagnóstico diferencial: hidropsia dos envoltórios fetais 
Tratamento – 1: sem perturbações no estado geral aguardar o momento do parto (assistido)
 2: com perturbações no estado geral em ruminantes fazemos a indução do parto ou abortamento, em pequenos animais faz a cesariana. 
Se o animal estiver debilitado o prognóstico é ruim. 
Retirar os animais da reprodução hereditariedade.
Gêmeos em equinos: 60% nasce somente 1 potro vivo, geralmente nasce pequeno, fraco e debilitado. 31% perdem os 2 e 9% nascem os 2.
O problema em equinos com gestação gemelar é pior quando cada vesícula se fixa em cada corno uterino (30% de incidência) porque o corno uterino consegue nutrir os 2 embriões abortam com 5-10 meses de gestação. Já em 70% dos equinos as 2 vesículas se fixam no mesmo corno uterino. Desses 70% 85% abortam mais cedo (40 dias) porque 1 corno uterino não consegue nutrir 2 vesículas, ou seja, uma vesícula se perde e só uma se desenvolve, aí já não tem tanto problema e não tem interferência do MV (somente vai passando US e aguarda).
O procedimento correto se as vesículas estiverem uma em cada corno faz a eliminação de uma.
Correção manual: O ideal é fazer a eliminação da vesícula entre 12-15 dias, porque ela ainda não está fixada no útero. Máximo de tempo é de 25 dias de gestação.
Utilizar por precaução drogas anti-prostaglandínicas – Flunexin meglumine ou firocoxib e progesterona durante 1 semana.
Se for bilateral, após 35 dias têm que abortaras 2 vesículas com PGF2alfa. Como? Equipamento de punção folicular via transvaginal. 
Riscos de uma gestação gemelar: aborto, endometrite e consequentemente laminite.
Gestação ectópica
É uma gestação extrauterina, podendo ser primárias ou secundárias. 
Evolução
1- Para que isso ocorra, é necessário que haja uma ruptura uterina, o útero tem contração (miométrio) e retração do útero e o fato sai para a cavidade abdominal. Ocorre comprometimento da saúde da gestante, porém o perigo de hemorragia intenso é pequeno. 
2- O cordão umbilical sofre uma ruptura e o feto morre, na cavidade abdominal atua como corpo estranho sofrendo reabsorção (em início de prenhez) ou encapsulamento (prenhez avançada).
3- Se a gestação prosseguir na cavidade peritoneal, ocorre a morte do feto e consequentemente mumificação. 
4- Nas gestações extra uterinas são frequentes aderências do feto ao intestino ou a parede abdominal.
Diagnóstico: Por palpação retal, palpação abdominal encontra-se útero pequeno e vazio. Partes fetais poderão ser palpadas na cavidade abdominal. Nos pequenos animais o diagnóstico pode ser efetuado por laparotomia exploratória. Também pode ser feito por RX.
Tratamento: cirúrgico ou descarte do animal.
Placentite em éguas 
Etiologia: pode ser por via hematógena, contaminação por um foco local como endometrite e infecção ascendente (causa mais comum). Consequentemente leva a abortos.
Facilitadores: pneumovagina e angulação da vulva (45º).
O foco infeccioso está próximo a estrela cervical, porque é bem próximo/encostada na cérvix (porta de entrada).
Principais agentes: S. zooepidemicus, E. coli, P. aeruginosa, S. aureus, K, aerogenes e enterobacter agglomerans. 10% é fúngica Mucor spp e Aspergillus spp.
Sintomas: espessamento da placenta com bastante edema do corioalantóide (região espessa da placenta que se fixa ao útero), presença de exsudato espesso de coloração amarronzada, pode ocorrer contaminação do feto e consequentemente aborto ou parto prematuro. 
As placentas contaminadas ficam de coloração amarronzada ou esbranquiçada e com exsudato.
Avaliação da placenta: Faz pós-parto ou pós-aborto Importante fazer essa avaliação, porque as vezes o potrinho nasce, e a mãe tem placentite, horas depois o potro pode morrer por septicemia.
Tem que lavar a placenta e abrir em forma de F fazer avaliação dos 2 lados (interno e externo), ver peso, coloração etc.
Avaliação de placenta antes que ocorra o aborto: Por meio de US na área da estrela cervical placenta normal 8-12 mm, se a placenta estiver espessada indica placentite. Pode haver descolamento de placenta.
A placentite vem normalmente com 5 meses de gestação (fazer mensalmente o pré-natal)
Sinais clínicos: desenvolvimento do úbere e lactação prematura, abertura da cérvix e corrimento vaginal, eventual aborto ou parto prematuro (principal causa de morte de neonatos nas primeiras 24 horas de vida sepse). 
Como ocorre aborto/parto prematuro: aumento da PGF2alfa aumenta atividade do miométrio, aumento de cortisol (maturação acelerada do eixo-hipotalâmico-hipofisário fetal) levando a diminuição da glicose sanguínea do feto sofrimento fetal aborto/parto prematuro.
Tratamento: inibição do crescimento bacteriano ou fúngico (ATB de amplo espectro) – Sulfa + trimetropin/fluconazol, bloquear a expressão e liberação de citocinas pro-inflamatórias e prostaglandinas – flunexin meglumine ou firocoxibe e manter a quiescência uterina – progesterona exógena.
Molas 
É o processo patológico placentário que resulta na morte embrionária no início da gestação (30-45 dias de gestação).
O embrião morre e é reabsorvido, porém, os anexos fetais continuam se desenvolvendo.
Só consegue diagnosticar com US (só vê vesícula sem o embrião).
Observados em equinos, bovinos, caninos e suínos.
Tipos
1- Mola cística: anexos formam bolsa com conteúdo líquido (equinos, bovinos, ovinos e carnívoros).
2- Mola hidatiforme: vilosidades coriônicas sofrem degeneração cística, recobrindo-se de cistos (bovinos e caninos).
3- Mola vilosa: Crescimento exuberante das vilosidades do corion (hiperplasia).
4- Mola hemorrágica: morte traumática do embrião, hemorragia intensa e coágulo. 
5- Mola carnosa: evolução da hemorrágica com coágulo de aspecto cárneo.
Diagnóstico: útero aumentado de tamanho com flutuação e sem feto, corrimento hemorrágico em prenhez prolongada.
Tratamento: aborto PGF2alfa + glicocorticoides.
Alterações inerentes ao fetoMortalidade embrionária
É a morte do embrião que é dissolvido e reabsorvido, as vezes pode passar desapercebido, por isso é necessário tem um controle de reprodução. A morte embrionária precoce que ocorre até o final da fase de implantação (adesão placentária) é variável:
Bovinos 8 -16 dias
Equinos 30 -35 dias
Ovinos 9 – 16 dias
Suínos 8 -16 dias
Cadelas 10 – 16 dias
Gera perdas econômicas porque há aumento do intervalo entre partos. Deve-se eliminar os genótipos indesejáveis
Etiologia: Fatores exógenos, endógenos e embrionários.
- Exógenos: estresse alimentar (desnutrição) ou climático (calor), alimentar (muita proteína ou deficiência de vitamina A, Cu, Zn, Fe e I), fatores infecciosos (Campilobacteriose).
- Endógenos: endócrinos (desequilíbrio de estrógeno e progesterona, além do reconhecimento materno), genéticos, imunológico (cio do potro em éguas diminui a defesa uterina) e tóxicos.
- Embrionários: Alterações morfológicas e imunológicas do embrião.
Evolução: Na morte embrionária precoce o animal volta ao ciclo estral (o CL persistente até a absorção completa)
Diagnóstico: dados zootécnicos do rebanho e diagnóstico da gestação.
- Mortalidade fetal: 43 – 45 dias em equinos e ruminantes.
 25 – 26 dias em cadelas e gatas 
Pode gerar abortos, mumificação ou maceração.
Aborto
É a interrupção da gestação com expulsão do feto não viável de forma espontânea ou induzida.
Etiologia da forma espontânea: Infecciosa e não infecciosa
- Infecciosa: Brucela abortus, leptospiras, toxoplasma, salmonela, listéria, campilobacter e IBR 
- Não infecciosa: esporádica, traumatismo, distúrbios hormonais, distúrbios alimentares, predisposição hereditária, exercícios (submetidos ao estresse), exame retais e exames vaginais inadequados. 
Também pode ser causado por glicocorticoides como a dexametasona.
Prolongamento da gestação: Supermaturação fetal, hipoplasia de hipófise e suprarrenal.
Mumificação fetal 
Ocorre a desidratação dos tecidos moles. É a morte do feto, ausência de aborto, absorção dos fluidos placentários, desidratação da placenta e do feto, involução uterina que obedece contornos fetais. 
Tipos
- Hemática: ocorre nas vacas pela característica placentária. O feto é recoberto de sangue metabolizado de aspecto viscoso e escuro.
- Papirácea: Feto e placenta com características de papiro devido à desidratação
Incidência: todas as fêmeas no terço médio a final da gestação.
Etiologia: É um processo asséptico comprometimento do fluxo de sangue na placenta e cordão umbilical, deficiência na placentação, traumatismo, gestação gemelar em fêmeas uníparas, falha no abortamento e hereditariedade (consanguinidade em porcas).
Sinais clínicos: Não são evidentes. Há desconforto abdominal, prolongamento da gestação sem sinais de parto, CL persistente, e em fêmeas multíparas ocorre distocias devido aderência (as vezes por ter mais fetos o mumificado pode nascer também junto com os viáveis).
Diagnóstico: palpação retal ou vaginal (observa o útero em forma de feto), presença do CL, nascimentos de fetos mumificados e normais em multíparas e prolongamento da gestação.
Prognóstico: favorável para a vida da mãe e desfavorável para a reprodução e pode evoluir para a maceração fetal. 
Tratamento: abortamento terapêutico (uso de PGF2alfa e estradiol), enucleação do CL, remoção cuidado do feto fazendo lubrificação, cesariana, OSH ou descarte da linha reprodutiva.
Maceração fetal
Ocorrem alterações degenerativas do feto (se liquefaz)
É um processo séptico de destruição do feto com liquefação dos tecidos moles fetais, levando a uma esqueletização. 
Incidência: Fêmeasdomésticas na segunda metade da gestação (mais próxima ao parto)
Etiologia: Morte fetal com perda do CL, falha no abortamento, inércia uterina, abertura da cérvix e contaminação, em éguas com prenhez simples ocorre torção uterina ou uso de contraceptivos em cadelas e gatas.
Sinais clínicos: Desconforto abdominal com esforço expulsivo, corrimento vaginal fétido com presença de ossos ou tecidos, hiporexia e perda de peso, sepse, peritonite por ruptura uterina, dispneia, hipertermia, diminuição da produção de carne, leite, lã etc.
Diagnóstico: palpação retal percebe-se crepitação óssea, ausência de frêmito da A. uterina e ausência do CL), exame vaginal (corrimento fétido), RX e US.
Prognóstico: Ruim – pode levar a morte da mãe.
Tratamento: OSH para fêmeas domésticas, lavagem uterina em grandes, ATB e fluidoterapia e descarte em casos graves. NÃO se usa mais prostaglandina pelo risco de ruptura uterina.
Feto enfisematoso 
Alteração enfisematosa no feto morto e retido no útero (putrefação). O ar fica retido no interstício do tecido conjuntivo causando enfisema.
Etiologia: Séptico morte fetal durante o parto ou finalzinho da gestação parto laborioso que não chega a termo penetração de bactérias anaeróbias pela cérvix putrefação produção de gás nos tecidos fetais ou auxílio inadequado ao parto.
Sinais clínicos: corrimento de odor fétido, cérvix parcialmente aberta, aumento de volume do feto do útero e abdômen, queda de pelos e cascos na vagina e comprometimento geral.
Diagnóstico: sinais clínicos, palpação retal e vaginal (crepitação), RX e US (feto com aumento de volume e com ar).
Prognóstico: ruim e desfavorável pelo comprometimento do útero
Tratamento: fetotomia em grandes animais, OSH, lavagem uterina e ATB.
Alterações inerentes à mãePseudogestação clínica
É uma condição clínica de alteração fisiológica e psicológica na fêmea não prenhe.
Incidência: Fêmeas não gestantes durante o diestro/metaestro (35-60 dias pós estro). 
Ocorre em cadelas e gatas. Porém pode ocorrer em éguas (relacionado a morte embrionária precoce) e em cabras (relacionado a hidrometra).
Etiologia: Morte embrionária precoce e persistência de CL (54-60 dias em cadelas).
Sintomas: apetite caprichoso ou aumentado, aumento de volume abdominal, lambedura do abdômen, formação de ninho, inquietação e galactopoiese (aumento de prolactina) e o útero fica com hiperplasia endometrial.
Diagnóstico: Sinais clínicos de gestação e comprovação da não gestação.
Tratamento: Pincelar produtos repulsivos nas mamas (iodo polvidine para evitar que lambe) ou colar elisabetano. O ato de lamber, estimula a produção de leite. Modificar a dieta (redução de proteína e energia), sedativos e antitérmicos, antigalactogênicos (metergolina), OSH ou gestação.
 Não utilizar hormônios androgênicos e estrogênicos corre risco de hemorragia e nem PGF2alfa!!!
Corrimento vaginal durante a prenhez
Relacionado a contaminação do útero (processos infecciosos).
Sintomas: Hemorragias de diferentes origens no aparelho geniturinário.
Etiologia: Cópula ou IA nas fêmeas em estro ou durante a gestação que possa ter levado algum contaminantes, TVT em cadelas, hemorragia placentária (trauma, brucelose ou torção uterina), hiperestrogenismo (disfunção endócrina que causa deslocamento placentário e aborto), mola hemática nas multíparas com mais de 1 feto.
Diagnóstico diferencial: Lesões na vulva, vagina e cérvix em não gestantes.
Torção uterina
É a rotação do órgão sobre seu eixo. Pode levar a uma ruptura uterina
Incidência: Vacas leiteiras próximas ao parto. Cadelas e gatas também podem ter.
Etiologia: Sustentação uterina, assimetria dos cornos, diminuição dos líquidos fetais e estímulos mecânicos do feto, flacidez do músculo abdominal, falta de tônus uterino, contrações uterinas pré-parto, hipermotilidade fetal, deslocamento do rúmen causando compressão, terreno inclinado e deitar e levantar as vacas.
 O útero é sustentado pelo ligamento largo (dorsolateralmente) e curvatura maior livre no assoalho abdominal, mas apoiado no rúmen.
Sintomas
-Leves (rotação de 45-90º) animal apresenta cólicas com regressão espontânea
- Médias (rotação de 90-180º)
- Graves (rotação acima de 180º) animal apresenta dificuldade de locomoção, distúrbios digestivos (timpanismo), dispneia, taquipneia e hipertermia, repuxamento da rima vulvar. 
No caso das cadelas podem ter corrimento sanguinolento.
Evolução: <90º tem reversão espontânea. Nos outros casos pode desvitalizar o órgão (congestão venosa) morte e retenção do feto, ruptura uterina e morte da mãe.
Diagnóstico: Palpação retal e vaginal (avaliar grau de torção, tensão e posição dos ligamentos).
Diagnóstico diferencial: Reticulopericardite traumática, intussuscepção, vólvulo e pielonefrite.
Prognóstico: Reservado, depende do grau de torção
Tratamento: Laparotomia recolocação manual ou mediante cesariana em cadelas.
 Rolamento Tem que saber qual lado o útero está rotacionado.
 Correção manual via retal em posição quadrupedal.
Se a rotação for em sentido horário sente o ligamento do lado esquerdo mais repuxado.
Se a rotação for em sentido anti-horário sente o ligamento do lado direito mais repuxado.
Ruptura uterina
Incidência: Esporádica em todas as espécies, é mais raro de acontecer, mais fácil quando tem maceração (pelos ossos).
Etiologia: Torção, hidropsia, esforço exagerado, gestação gemelar ou múltipla em fêmeas uníparas, traumatismos, aderências cirúrgicas, manobras obstétricas ou fetotomias.
Sintomas: Semelhante à torção uterina, feto na cavidade compressão de alças intestinais, aderências graves e peritonite. Hemorragia interna (descarga vaginal), choque e morte.
Diagnóstico: sintomas, anamnese, palpação retal e vaginal (vísceras)
Prognóstico: Reservado 
Tratamento: Cirúrgico para sutura do útero se quiser manter a gestação ou para OH.
Ruptura do tendão pré-púbico
É a inserção do tendão do músculo reto abdominal no púbis.
Incidência: éguas e vacas
Fatores predisponentes: Final da gestação, hidropsia, gestação gemelar ou múltipla, gigantismo fetal, sobrecarga, trauma ou degeneração no tendão em idosos.
Sintomas: afundamento do flanco (abdômen tocando o solo), glândula mamária edemaciada e desviada caudalmente, dificuldade de andar, perda de controle dos membros pélvicos, taquipneia, taquicardia, hemorragia e choque.
Diagnóstico: sintomas
Prognóstico: reservado a ruim 
Tratamento: Não há tratamento eficiente. Fazer OH é difícil, pode fazer cesariana como medida profiláctica e descarte.
Inversão e prolapso vaginal/cervicovaginal
Os órgãos ficam em posição anatômica anômala pela rima vulvar e ocorre a saída da membrana mucosa. Pode ser recorrente, temporário ou definitivo (parcial ou total).
Mais comum em fêmeas gestantes e mais difícil em gatas.
2 tipos
1-Inversão vaginal: exteriorização da parte dorsal ou lateral da vagina sob a rima vulvar. Ex: vacas em decúbito ou cadelas com hiperplasias.
2-Prolapso cervicovaginal: Completo, expondo a cérvix (tampão mucoso). Ex: vaca, ovelha, fêmeas domésticas e égua é raro.
Etiologia: Predisposição hereditária, flacidez do diafragma pélvico (aumento da pressão intra-abdominal, micção e decúbito), final de gestação (uso de estrógenos), separação forçada na cópula. 
Sinais clínicos: Exposição parcial ou total da vagina/útero, tenesmo, inquietação, retenção urinária, prolapso retal e lesões de mucosas (inflamatórias, ulcerativas e necróticas).
Diagnóstico: visual
Diagnóstico diferencial: ruptura vaginal e prolapso de bexiga, TVT, lipomas e cistos de glândula de Bartholin.
Tratamento
1- Redução do órgão e manter em sua posição.
2-Cesariana
3- Castração em cadelas 
4-Sutura ou método de Bühner sutura da rima vulvar para pressionar até o momento do nascimento do feto depois tem que retirar.
Em situações graves pode fazer traqueostomia
Um método alternativo seria colocar líquido dentro do útero para fazer peso e voltar ao normal (normalmente faz em fêmeas não prenhez).
Parto normal
Definição
O parto é um processo fisiológicopor meio do qual o feto e seus envoltórios fetais são expulsos do útero. Para isso, a fêmea precisa: dilatação da via de expulsão fetal, desencadeamento das contrações uterinas e desencadeamento das contrações abdominais.
 O feto domina o início do parto, não a mãe!
Para que o parto ocorra o feto deve ter:
1-Maturação do hipotálamo desenvolvimento de sinapses do núcleo paraventricular (função neuroendócrina).Ovelhas e cabras
2-Hipotálamo fetal responde a hormônios placentários (E2, P4 e PGE e fatores de liberação de corticotrofinas).
3-Aumento da [ ] plasmática de cortisol fetal.
4-Fatores estressantes fetais (hipóxia, mudanças de pressão sanguínea, menor disponibilidade de glicose).
5-Aumento da secreção de cortisol fetal pela adrenal do feto (o corticoide induz o parto).
6-Esse aumento de cortisol devido ao estresse ativa uma enzima (17alfa hidroxilase) que converte a progesterona em estrógeno.
O estrógeno então tem ação direta no miométrio, aumentando a quantidade de receptores de ocitocina produzindo o relaxamento da cérvix por meio da alteração das fibras de colágeno estimulando a produção e liberação de prostaglandinas.
Principais prostaglandinas formadas no útero
PGF2alfa: Lise do C.L, diminuição da progesterona, aumentando a contratilidade, junções entre células para passagem de pulsos elétricos resultando em contrações coordenadas.
PGE: Durante o parto auxilia no mecanismo de relaxamento da cérvix e canal do parto via fetal mole.
PGI2 – Prostaciclina: Potente vasodilatador, relacionado a manutenção da perfusão vascular da placenta.
Relaxina: Hormônio produzido pelo CL atua na sínfise púbica, ligamentos pélvicos e cérvix relaxando via fetal óssea. Atua no miométrio diminuindo a frequência e amplitude das contrações uterinas (para que não tenha contração muito forte) e atua na glândula mamária auxiliando na descida do leite.
O aumento do cortisol fetal se inicia 25 dias antes do parto com seu pico 3 dias antes do nascimento.
Quando intervir num parto? Somente quando é necessário Quando não rompe a “bolsa”, quando a mãe não consegue fazer a expulsão. 
Nunca tracionar a placenta!
1º rompimento: córion e líquido alantoide – enquanto não romper não precisa intervir.
2º rompimento: saco amniótico e líquido amniótico.Vacas
O aumento do cortisol fetal se inicia 25 dias antes do parto com seu pico 3 dias antes do nascimento. Expansão do canal do parto 1-2 dias antes.Porcas
Similar aos pequenos ruminantes, entretanto o E2 aparentemente não é o responsável pelo aumento da liberação de PGF2alfa como nas outras espécies.
Éguas
Aumento de cortisol 8 dias antes do parto, queda de P4 30 dias antes do parto, queda de E2 já 2-3 meses antes do parto, no entanto, queda de P4 tão grande que sobrepõe o E2 nos 2-3 dias antes do parto. Portanto E2 predominando, importante no desenvolvimento do parto sem desencadear o parto.
A ocitocina vai ser o hormônio desencadeador do parto – aumento na fase de expulsão do feto. 
A ocitocina vai promover a dilatação da cérvix, contração uterina e aumento na produção de PGF2 alfa.
Quanto intervir? O parto geralmente é bem rápido (15 min), com máximo de 30 min.
Se não acontecer nada (apontamento das bolsas) tem que intervir. Se demorar mais que 1 hora para intervir no parto o potro morre por hipóxia cerebral.
Não é viável fazer cesariana.
90% das éguas se deitam para parir e ficam 15-20 minutos depois de parir para passar imunoglobulinas para o potro via cordão umbilical – Não pode cortar o cordão assim que o potro nascer; tem que deixar o cordão o máximo que puder.
O potro deve eliminar o mecônio horas depois do nascimento – a não liberação do mecônio pode levar à cólica. É de praxe fazer enema logo depois do nascimento.Cadelas
Não é bem definido, acredita-se que é similar as outras espécies. 
O trabalho de parto varia de 4-24 horas. Aumento do cortisol nas últimas 8-24 horas. P4 declina gradativamente nos últimos 30 dias e queda abrupta 12-40 horas antes do parto. E2 cai 2 dias antes do parto.
Gatas
P4 declina no último terço da gestação e E2 aumenta logo antes do parto.
Via Fetal
É o conduto formado por parte do aparelho genital e regiões circunvizinhas pelo qual o produto transita durante o parto. É dividida em via fetal óssea e via fetal mole.
Via fetal óssea: É composta pelos ossos do ílio, ísquio, púbis, sacro e 1º vertebra coccígea (ossos da pelve)
-Equinos: Pelve curta, abertura circular e parede ventral plana parto rápido.
-Bovinos: abertura pélvica comprida lateralmente e ovalada, assoalho côncavo e elevado caudamente parto demorado.
-Pequenos ruminantes, suínos e carnívoros: Pelve tendendo a circular parto não dificultado.
Próximo ao momento do parto a sínfise púbica sofre desmineralização com dissolução de tecido conjuntivo que permite a separação no momento do parto. Cuidado em fêmeas velhas porque podem ter dificuldade na desmineralização e abertura da sínfise púbica.
Via fetal mole: Cérvix, vagina, vestíbulo, vulva e ligamentos sacro-isquiáticos. 
3 obstáculos para o feto: cérvix, anel himenal e vulva.Fases do parto
Se dividem em 3 
1- Fase prodrômica ou de preparação do parto;
2- Fase de dilatação da via fetal ou insinuação;
3- Fase de expulsão do produto.
Fase prodrômica: Modificações morfofuncionais que permitem avaliar o momento do parto. Os sinais variam de espécie para espécie A mãe se isola, faz o ninho, tem inapetência, fica ansiosa e agitada. Temos que oferecer água e um ambiente tranquilo. Há início das contrações uterinas. 
Alterações estruturais da cérvix: colagenase + ácido hialurônico liquefaz o tampão mucoso e dilatação cervical.
-Vacas: Sinais de parto evidentes 3 semanas antes do parto. 1-2 semanas antes ocorre o afrouxamento das articulações e ligamento da pelve e relaxamento da musculatura da garupa, períneo, sacro-isquiáticos e sacro-ilíaco. Ossos pélvicos mais evidentes e cérvix dilata.
Ocorre edema de vulva e vagina + hiperemia de mucosa vaginal. 1 dia antes de parir ocorre corrimento vaginal (dissolução do tampão) e modificações da gl. Mamária (aumento de volume do úbere + secreção que muda de aquosa para viscosa)
-Éguas: Sinais menos evidentes, relaxamento dos ligamentos sacro-isquiáticos. 
A glândula mamária desenvolve de 3-6 semanas antes do parto. O colostro aparece 2-3 dias antes do parto, ele extravasa e resseca.
Nessa fase a [] de cálcio aumenta (periparto) se o feto for maduro ele aumenta >40 mg/dl e se for imaturo está <12mg/dl. Ocorre também a inversão das [] de Na e K antes do parto o Na está alto e o K está baixo; no parto o Na abaixa e o K sobe.
-Cadela: P4 cai e Tº também cai 1ºC nas últimas 12-24 horas. Por quê? Ocorre falha momentânea nos mecanismos que regulam a tº corporal em resposta aos estímulos hormonais. 
2-3 dias antes do parto há aumento da prolactina ansiedade do animal, esconder, faz ninhos e anorexia. 
De 2 semanas até horas antes do parto há descida do leite. 
Se fizer US aos 55 dias já observa estômago dilatado dos fetos e a FC varia de 180-230 batimentos/minuto.
-Gatas: A fase prodrômica começa a ocorrer 12 horas antes do parto (não vê ela tendo modificações de comportamento antes). A diminuição da temperatura não é tão evidente como na cadela (cai a tº, porém é bem pouco). A presença de leite não é um sinal preciso. Começa com nervosismo, apatia, anoréxico, começa a se esconder, para de comer, taquipneia e miados. Ocorre descargas de fluido claro através da vulva. 
-Porcas: Ocorre aumento de temperatura em 1ºC 12-15 horas antes do parto. Por quê? Causa desconhecida. Esse aumento de temperatura é mantido por toda a lactação.
Fase de dilatação da via fetal: Início concomitante com as contrações uterinas até o rompimento dos envoltórios fetais. A duração é variável nas espécies (6-16 horas em bovinos e 2 horas em equinos).
Ocorre dilatação da cérvix, relaxamento o das fibras da musculatura lisa da cérvix, útero e vagina onde o útero é impulsionado no sentido crânio ventral. Então, ocorre dilatação + contração uterina insinuação das bolsas fetais e dilatação completa da viafetal mole.
Fase de expulsão do produto: A partir da fase de expulsão temos que contar o tempo para saber se precisa intervir ou não.
Inicia-se com o rompimento das bolsas fetais e completa-se com o nascimento do feto/fetos. 
O feto estimula receptores nervosos localizados na porção dorsal da vagina estímulo dos centros motores da medula espinhal leva ao reflexo da contração da musculatura abdominal.

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