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13/03/2021 wakls192_u1s2_lib
https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=contato.renanjulio%40gmail.com&usuarioNome=RENAN+DA+SILVA+JULIO&disciplinaDescricao=LIBRAS+-+LÍNGUA+BRASILEIRA+DE+SINAIS… 1/4
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? 
Ele possibilita diversas formas de interação com o conteúdo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Mas na versão impressa,
alguns conteúdos interativos são perdidos, por isso, fique atento! Sempre que possível, opte pela versão digital. Bons
estudos! 
Nesta disciplina, você já compreendeu que a história da educação de surdos está ligada a três principais abordagens de
ensino: Oralismo, Comunicação Total e Bilinguismo. Nesta webaula, detalharemos cada uma dessas abordagens, pois é
importante que haja clareza no delineamento da prática pedagógica. 
Oralismo
Fundamenta-se no ensino da fala oral, no treino da leitura orofacial (ou leitura labial) e no uso de Aparelho de
Amplificação Sonora Individual (AASI) ou do Implante Coclear (IC). A visão inscrita nesse contexto social oralista
reproduz e naturaliza expressões como: 
“deficiente auditivo (DA)” 
“tratar a deficiência auditiva” 
“reabilitar o deficiente auditivo ou
paciente” 
Segundo Goldfeld (1997), dentro dessa vertente, apenas a língua oral é reconhecida como mediadora da
comunicação e da interação. 
O que defendem os oralistas? 
Além da proibição do uso de sinais, Poker (2008) afirma que os oralistas acreditam que seja importante respeitar as
seguintes orientações: 
1. Intervenção precoce do tratamento fonoaudiológico. 
Durante o treinamento auditivo a criança surda é estimulada a aprender a ouvir, visto que, diante de uma perda auditiva,
ela não realizou esse aprendizado de forma natural, tal como ocorre com seus pares ouvintes. 
Assim, as terapias fonoaudiológicas podem intervir com o estímulo à: 
consciência auditiva 
atenção auditiva 
localização auditiva 
identificação auditiva 
discriminação auditiva 
memória auditiva (e sequencial) e evocação 
 
Libras – Língua Brasileira de Sinais 
Abordagens de ensino e concepções de surdez 
Unidade 1 – Seção 2 
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13/03/2021 wakls192_u1s2_lib
https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=contato.renanjulio%40gmail.com&usuarioNome=RENAN+DA+SILVA+JULIO&disciplinaDescricao=LIBRAS+-+LÍNGUA+BRASILEIRA+DE+SINAIS… 2/4
Comunicação Total 
Segundo Ciccone (1990), reconhecendo a insuficiência e a rigidez do Oralismo no atendimento às necessidades da
criança surda, surgiu na década de 1960 a Comunicação Total. 
Conforme Paccini (2007), a Comunicação Total foi considerada no Brasil não apenas uma metodologia, mas, sobretudo,
uma filosofia educacional, apoiada em: 
A Comunicação Total não visava ao desenvolvimento linguístico, mas, sim, à comunicação, à interação, ao
desenvolvimento afetivo e cognitivo do surdo (CICCONE, 1990). No entanto, a expressão da fala oral concomitante ao
uso dos sinais produziu o que muitos denominaram “bimodalismo” ou “português sinalizado”. 
Leitura orofacial (LOF)
O conceito de leitura orofacial é mais amplo que o de leitura labial, cuja representação está associada a uma atenção
dedicada apenas à articulação dos lábios. A LOF entende que a leitura dos lábios é uma das habilidades comunicativas
que o surdo deve apresentar, mas que as expressões faciais, tais como o olhar e o movimento da cabeça, são
fundamentais para se conseguir interpretar adequadamente entonações e sentidos contidos na mensagem verbalizada,
como ironia e sarcasmo (KOZLOWSKI, 1997). 
O oralismo é, portanto, uma abordagem educacional com base no ensino da fala oral e no aproveitamento do
resíduo auditivo dos surdos, por meio do AASI ou do implante coclear. 
Pessoas com perda auditiva leve ou moderada tendem a apresentar ótimos resultados na aquisição da língua oral sob os
pressupostos oralistas. Entretanto, o êxito é menor entre aqueles com perda auditiva mais grave. Assim, é preciso ter
cautela e não generalizar os resultados da abordagem oralista. 
• língua falada oralmente 
• alfabeto manual 
• sinais 
• imagens 
• apontamentos 
• língua escrita 
Bimodalismo
A prática da fala oral acompanhada de sinais desconsidera e desrespeita as especificidades da estrutura da língua de
sinais, que não ocorre sob a mesma organização da fala oral. Os sinais dentro dessa prática tornam-se um amontoado de
palavras sem uma estrutura clara e bem definida, usados simplesmente de forma complementar para apoiar a oralidade
e/ou a escrita. 
Bilinguismo
Em oposição à Comunicação Total, o Bilinguismo no Brasil defende o uso da Libras de forma autônoma, ou seja,
respeitando o fato de que a estrutura linguística da Libras se organiza de forma diferente da língua portuguesa. A
abordagem de ensino bilíngue considera: 
Libras: 
primeira língua dos surdos 
Língua portuguesa (oral e escrita): 
segunda língua dos surdos 
13/03/2021 wakls192_u1s2_lib
https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=contato.renanjulio%40gmail.com&usuarioNome=RENAN+DA+SILVA+JULIO&disciplinaDescricao=LIBRAS+-+LÍNGUA+BRASILEIRA+DE+SINAIS… 3/4
Fonte: iStock. Fonte: iStock. 
Outra premissa do bilinguismo é a de que o aprendizado da língua portuguesa e dos demais conteúdos escolares
ocorre por meio da primeira língua do aluno surdo, ou seja, por meio da Libras. 
13/03/2021 wakls192_u1s2_lib
https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=contato.renanjulio%40gmail.com&usuarioNome=RENAN+DA+SILVA+JULIO&disciplinaDescricao=LIBRAS+-+LÍNGUA+BRASILEIRA+DE+SINAIS… 4/4
O bilinguismo envolve muito além da presença de duas línguas no contexto educacional de aprendizes surdos, pois
defende que o surdo é um sujeito bilíngue e bicultural, com especificidades linguísticas, culturais e identitárias. Nessa
direção, apoia o contato e a comunicação precoce de crianças surdas com pares e adultos também surdos, com os quais
podem compartilhar vivências e experiências visuais de mundo por meio da língua que lhes é natural: a Libras
(QUADROS, 1997). 
Legislação
Vamos agora compreender como a legislação vigente respalda a abordagem de ensino bilíngue. 
A Lei nº 10.436/2002 e o Decreto nº 5.626/2005 determinam a obrigatoriedade da disciplina de Libras em cursos
de Educação Especial, Licenciatura e Fonoaudiologia (e como optativa nos demais cursos de graduação). 
O Plano Nacional de Educação, regulamentado pela Lei nº 13.005/2014, estabeleceu como meta uma educação bilíngue
para surdos promovida por professores de Libras (prioritariamente surdos) e professores bilíngues (que ministram as
demais disciplinas curriculares em Libras e na modalidade escrita da língua portuguesa). 
Medidas como essas foram conquistas do fortalecimento das comunidades surdas brasileiras que reivindicam maior
reconhecimento da condição bilíngue dos cidadãos surdos. 
Antes de finalizar esta webaula, deve ficar claro que, ao realizar a escolha lexical entre “deficiente auditivo” e “surdo”,
você está implicitamente se posicionando entre uma ou outra abordagem de ensino. Geralmente, os sujeitos educados
dentro da abordagem oralista identificam-se com a expressão "deficiente auditivo", enquanto aqueles que cresceram sob
a influência da língua de sinais costumam se reconhecer como "surdos". Na dúvida, lembre-se de que os surdos, usuários
da Libras, em sua grande maioria, preferem ser chamados de surdos, e não de deficientes.

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