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COERÊNCIA E INTERTEXTUALIDADE
Níveis de coerência, paródia e paráfrase
SEMESTRE MODULAR 2020.2
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA I
JUCELY REGIS DOS ANJOS SILVA
COERÊNCIA TEXTUAL
• A coerência textual diz respeito ao modo
como um texto faz ou não sentido. Para um
texto ser coerente, é preciso que:
• Suas informações tratem de um mesmo tema
geral, sem fugir do assunto;
• As suas ideias se complementem e não
sejam contraditórias;
• O texto apresente uma unidade lógica com
princípio e fim.
COERÊNCIA TEXTUAL
• Um texto é coerente quando aquilo que ele transmite
está de acordo com o conhecimento que cada locutor
e interlocutor têm do mundo.
COERENTE:
✓ As ruas estão molhadas porque choveu.
✓ Já que estuda muito, ela compreende o conteúdo
com mais facilidade.
INCOERENTE
X As ruas estão molhadas porque não choveu.
X Ela estuda tanto que não sabe nada.
• A incoerência dos enunciados resulta da falta de nexo
entre as informações, o que desrespeita o
conhecimento que temos do mundo.
COERÊNCIA TEXTUAL
→ Às vezes é possível resolver essa falta de nexo,
de sentido, consertando a coesão textual, ou seja,
conectando melhor as frases e escolhendo as
palavras corretas para estabelecer relações entre
elas:
• As ruas estão molhadas apesar de não ter
chovido.
• É impressionante: ela estuda tanto e não sabe
nada!
• Ela estuda muito, mas não sabe nada.
As expressões em destaque anunciam que a
situação descrita apresenta alguma informação
contraditória, mas ainda assim compreensível, de
acordo com o modo como foi informada.
Princípio da relevância
• Segundo o princípio da relevância, as informações que são incluídas em
um texto devem estar relacionadas entre si e ser importantes para a
compreensão de uma ideia geral. Quando se obedece a esse princípio,
percebe-se que as ideias progridem sem dificuldades ou confusões.
✓ Uma cidade pequena de um pouco mais de 11 mil habitantes, mas é bonita
e bem aconchegante, suas belezas naturais transmitem alegria. Por aqui a
diversão é garantida, tudo vira motivo de piada, que merecem altas
gargalhadas, nem se compara as dos circos que também são
improvisadas. As praças se transformam em grandes parques de diversão,
pois a criançada faz aquela gritaria em meio a aglomeração, os bancos
parecem o sofá de casa, todos se sentam, sem ligar para nada. As
academias públicas são equipadas e higienizadas, e na área do esporte a
cidade possui quadras e ginásios, para que os jovens possam se exercitar.
(Crônica com o tema “O lugar onde vivo” – Ana Beatriz – ADM1VA)
Princípio da relevância
Um texto com informações fragmentadas torna as ideias incoerentes,
ainda que cada fragmento apresente certa coerência individual. Se as
ideias não dialogam entre si, então elas são irrelevantes.
X Mesmo sendo um local desvalorizado e considerado perigoso,
não passam de más informações . É um local diversificado , e
simples no entanto agora começou a surgir novas casas , agora
por opção e não projetos governamentais.
(Crônica sobre o tema “O lugar onde vivo”, Dayvid Rafael, ADM1VA)
Princípio da não contradição
O princípio da não contradição diz respeito ao fato de que não se pode
defender ideias contrárias em um texto. Esse princípio remete a uma
ideia de decisão e de exclusão: A é igual a A; portanto, A não pode ser
igual a B.
X Roberto era um excelente dono de casa. Varria a casa duas vezes
por semana e, na segunda, fazia a faxina completa. Lavava as roupas
com primor e deixava-as com cheiro de amaciante. Adorava comer
fast-food. Sempre queimava os seus bolos solados e empilhava
louças e mais louças sujas na pia.
(Crônica sobre o tema “O lugar onde vivo”, Dayvid Rafael, ADM1VA)
Princípio da não contradição
Quando existe uma contradição de ideias associadas a um conceito ou ser de
quem se fala, a pessoa que escreve o texto deve sinalizar isso no texto, de
forma que se possa compreender essas ideias contrárias como uma
unidade.
✓ Andando pela cidade no período da manhã me deparo com ruas
movimentadas, que de toda forma nunca deixam de transmitir aquela típica
calmaria do interior, nas calçadas sempre encontro aquelas pessoas
intrometidas, mais conhecidas como fofoqueiras que estão sempre na
espreita, as pessoas transitam pela rua com semblantes atarefados, cada
uma com seu respectivo dever na cidade.
(Crônica sobre o tema “O lugar onde vivo”, Isabela Leocádio, ADM1VA)
Princípio da não tautologia
A tautologia nada mais é do que um vício de linguagem que repete ideias com
palavras diferentes ao longo do texto, o que compromete a progressão das ideias do
texto.
✓ Walter Cronkite, um dos jornalistas mais influentes dos Estados Unidos na década
de 60, foi o responsável por uma decisão política forte. Em rede nacional, ele
apontava sua desilusão com a guerra do Vietnã. Após essa declaração, o então
presidente Lyndon B. Johnson decidiu não concorrer à reeleição, dizendo ao seu
secretário de imprensa George Reedy: “Se eu perdi o Cronkite, acho que perdi o
povo americano”. Isso é um exemplo histórico mais que claro de como a mídia
pode influenciar fortemente a política e seus agentes, logo, se tal influência e peso
foi depositado a um presidente, imagine esse poder todo voltado às massas. Bem
intencionado, é um ótimo meio, mas para a manipulação pode ser uma arma
fortíssima.
(Texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “O potencial político da cultura de massa: 
conscientização ou manipulação”, INFO4V, 2020)
* No trecho, observe que o exemplo citado contribui para a defesa de uma ideia,
explicitada logo a seguir. Nesse caso, o texto progride e não se repete.
Princípio da não tautologia
A tautologia nada mais é do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras
diferentes ao longo do texto, o que compromete a progressão das ideias do texto.
X Com os avanços da tecnologia, a mídia vem ganhando grandes proporções e se tornando
cada vez mais acessível, presente no nosso cotidiano por diferentes meios, por mais
atrativa que ela seja, a mesma também oferece perigos, carrega ideologias de uma classe
dominante, que dessa forma exerce o seu domínio sobre as camadas populares,
propagando o seu projeto hegemônico, seja por meio dos noticiários jornalísticos ou pelas
demais atrações.
X Um grande fator que vem contribuindo para essa manipulação é a falta de informação de
grande parcela da população, que desenvolveu uma cultura midiática, tomando a mídia
como seu único instrumento de informação, dessa forma. tem se mostrado perigosa e
maléfica, ao reforçar ideias que muitas vezes não pertencem a tal grupo social,
contribuindo para alienação e controle.
(Texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “O potencial político da cultura de massa: conscientização 
ou manipulação”, INFO4V, 2020)
* Observe que se repete o mesmo argumento no primeiro e no segundo parágrafo de
desenvolvimento, apenas modificando as palavras usadas.
A coerência de 
um texto 
depende, ainda, 
de 
conhecimentos 
prévios 
necessários ao 
seu 
entendimento
O conhecimento 
linguístico;
O conhecimento 
enciclopédico ou de mundo;
O conhecimento 
interacional.
Conhecimento 
linguístico
O conhecimento linguístico abrange o
conhecimento das palavras e sons da
língua, assim como de suas regras de
ordenação, substituição e referenciação.
Conhecimento linguístico
• Conhecer os dois significados
possíveis da palavra “suspender” é
essencial para a compreensão da
tirinha anterior.
Conhecimento 
enciclopédico
(conhecimento 
de mundo)
Refere-se a conhecimento gerais sobre o
mundo, bem como a vivências coletivas,
compartilhadas por uma comunidade em
determinado momento sócio-histórico.
Conhecimento de mundo
• A compreensão da situação de
pobreza que pode ser constatada ao
se perambular pelas ruas do Brasil é
essencial para compreender a crítica
feita no quadrinho.
• A floresta encantada é uma metáfora
de um lugar real, com problemas
reais.
Conhecimento interacional 
Esse conhecimento é utilizado e
necessário para interpretar
informações implícitas, sugeridas por
quem produzo texto.
Diz respeito a compreender as
intenções do seu interlocutor na
situação de comunicação.
Conhecimento interacional
• Para compreender a real intenção da
pergunta do eleitor, seria necessário,
ao político e a nós leitores,
compreendermos o subentendido.
• Também seria necessário ter atenção
à situação de comunicação (agentes
envolvidos, relação entre eles,
momento em que a comunicação
acontece) e ao que foi dito antes pelo
político.
CONHECIMENTO INTERACIONAL
O conhecimento
interacional também
permite que o locutor
escolha a linguagem
adequada para a
situação de
comunicação e para o
interlocutor a quem
está se dirigindo.
Intertextualidade
Conhecimento de mundoe intertextualidade
A coerência dessa tirinha depende diretamente do conhecimento
de um texto anterior. Esse texto anterior é uma frase de
conhecimento popular. Você consegue descobrir que frase é
essa?
A frase a que a tirinha faz referência é: “Abra sua cabeça”. Observe
que as chaves caem do céu, mas as pessoas com “cabeças
fechadas” (representadas pelo cadeado) correm das chaves.
Metaforicamente, a tirinha faz uma crítica ao fato de que as
pessoas preferem se manter na ignorância, apesar de terem
oportunidade de aprender.
INTERTEXTUALIDADE
Conceito e tipos
→ Pode-se definir a intertextualidade como
dependência do conhecimento de um texto
anterior para a compreensão de um texto lido
agora. Ou, ainda, como a referência explícita
que um texto faz a outro, a fim de enriquecer o
seu sentido e levar o leitor a “completá-lo”.
• Os tipos de intertextualidade que estamos
trabalhando são dois: a paródia e a
paráfrase.
• A paródia é a imitação da forma de um texto
anterior com o objetivo de modificar o seu
sentido.
• A paráfrase é a reformulação de uma frase
conhecida, mantendo-se o mesmo sentido
dela.
Exemplo de paródia
Link do vídeo da paródia:
https://www.youtube.com/watch?v=MHb
evYCGQkQ
Link da música original –
Malandramente: 
https://www.youtube.com/watch?v=5GzY
Oit0G4E
→ OBS.: Houve uma polêmica a respeito
do conteúdo da música original. Vale a
pena pesquisar sobre isso. A paródia da
cantora é uma “resposta”.
Exemplo de paráfrase
Frase original: “Pés, pra que te quero, se tenho asas para 
voar?” (Frida Kahlo).
Paráfrase:
A pessoa com deficiência não é alguém defeituoso ou
incapaz. É alguém com suas habilidades específicas, mas
que enfrenta barreiras em sociedades que não foram
pensadas para incluí-las. Um grande exemplo dessa ideia
foi Frida Kahlo, grande pintora mexicana que tinha uma
sequela no pé esquerdo em decorrência da poliomielite.
Em uma frase célebre, Frida questionava a relevância da
sua deficiência, ao dizer que tinha asas para voar.
Paráfrase:
“Mãos, para que te quero, se tenho os pés para pintar?”*
* (Essa é uma possibilidade de paráfrase a ser dita
por uma pessoa com deficiência nas mãos, por
exemplo).
Referências

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