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Questionario - Lingua portuguesa - Poética Unidade 1 Pergunta 1 Quanto ao Trovadorismo, é correto dizer que o termo significa um tipo de atividade poética: I – Exclusivamente portuguesa. II – Realizada em Portugal que traz influências exclusivamente francesas. III – Que apresenta influências francesas, ibéricas e também árabes. IV – Exclusivamente voltada para o culto à mulher. Está correto o que se diz em: d - III apenas PERGUNTA 2 1. As cantigas de amor, de amigo e de escárnio e maldizer podem ser divididas em: b - Líricas e Satiricas Pergunta 3 Quanto à origem do Trovadorismo português,pode-se dizer que: b. Existem algumas teses que vão desde as influências clássicas até as que admitem a influência da poesia árabe como raiz. Pergunta 4 Associe os conceitos à explicação: a. IA, IIB, IIIC Unidade 2 PERGUNTA 1 1. Leia o soneto a seguir para responder à questão: Enquanto quis Fortuna que tivesse Esperança de algum contentamento, O gosto de um suave pensamento Me fez que seus versos escrevesse. Porém, temendo Amor que aviso desse Minha escritura a algum juízo isento, Escureceu-me o engenho com tormento, Para que seus enganos não dissesse. Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos A diversas vontades! Quando lerdes Num breve livro casos tão diversos, Verdades puras são, e não defeitos... E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos! Fortuna: Destino, sorte. Juízo isento: a alguém inocente. Engenho: arte, capacidade de escrever, razão. Podemos dizer que o poema põe em evidência: a. Apenas o amor a as armadilhas que este cria para o sujeito. b. Somente a inocência daqueles que amam cegamente. c. Principalmente a ausência de amor, que faz com que não se compreenda o que o poeta diz. d. A arte literária que estabelece um vínculo entre o escritor e o leitor por meio das experiências de ambos. e. A ambiguidade da mulher que, representada pelo Amor, é vista como um ser que engana. PERGUNTA 2 Leia os tercetos do soneto "Enquanto quis Fortuna que tivesse..." Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos A diversas vontades! Quando lerdes Num breve livro casos tão diversos, Verdades puras são, e não defeitos... E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos! Nestas duas estrofes, o poeta diz que: D. Aqueles que estão sujeitos ao Amor, quando lerem o que o poeta escreve, devem acreditar que são verdades e que o entendimento que terão dos versos está ligado diretamente ao amor que também eles, os leitores, experimentaram. PERGUNTA 3 1. Leia o soneto a seguir para responder à questão: Enquanto quis Fortuna que tivesse Esperança de algum contentamento, O gosto de um suave pensamento Me fez que seus versos escrevesse. Porém, temendo Amor que aviso desse Minha escritura a algum juízo isento, Escureceu-me o engenho com tormento, Para que seus enganos não dissesse. Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos A diversas vontades! Quando lerdes Num breve livro casos tão diversos, Verdades puras são, e não defeitos... E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos! Fortuna: Destino, sorte. Juízo isento: a alguém inocente. Engenho: arte, capacidade de escrever, razão Podemos dizer que o principal recurso utilizado pelo poeta neste soneto é o hipérbato, a inversão da ordem dos elementos da oração. Podemos dizer que este recurso associado à temática revela que o uso do hipérbato serve para: c. imitar, por meio da obscuridade sintática dessa figura de linguagem, o escurecimento do engenho que o tormento do Amor impôs ao sujeito. PERGUNTA 4 1. Leia o soneto a seguir para responder à questão: Enquanto quis Fortuna que tivesse Esperança de algum contentamento, O gosto de um suave pensamento Me fez que seus versos escrevesse. Porém, temendo Amor que aviso desse Minha escritura a algum juízo isento, Escureceu-me o engenho com tormento, Para que seus enganos não dissesse. Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos A diversas vontades! Quando lerdes Num breve livro casos tão diversos, Verdades puras são, e não defeitos... E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos! Fortuna: Destino, sorte. Juízo isento: a alguém inocente. Engenho: arte, capacidade de escrever, razão. O soneto trata de um tema recorrente na obra de Camões, que é uma tônica do Renascimento. Esse tema é: e. A valorização da experiência, já que o sujeito transmite aos leitores suas verdades que serão compreendidas por quem também já experimentou o amor. Unidade 3 Pergunta 1 Leia o soneto, a seguir, da escritora portuguesa do período árcade Marquesa de Alorna (1750-1839). Esperanças de um vão contentamento, por meu mal tantos anos conservadas, é tempo de perder-vos, já que ousadas abusastes de um longo sofrimento. Fugi; cá ficará meu pensamento meditando nas horas malogradas, e das tristes, presentes e passadas, farei para as futuras argumento. Já não me iludirá um doce engano, que trocarei ligeiras fantasias em pesadas razões do desengano. E tu, sacra Virtude, que anuncias, a quem te logra, o gosto soberano, vem dominar o resto dos meus dias. Vocabulário: Malogradas - frustradas. Argumento - Raciocínio que se pretende baseado em fatos e em relações lógicas a partir deles. Sacra – sagrada. Logar – alcançar, conseguir. Leias as assertivas, a seguir, sobre o soneto: I – Expressa todo ao sentimento de repúdio à religiosidade. II – Valoriza o sentimento acima de tudo. III- Apresenta uma visão equilibrada, espécie de aurea mediocritas. Sobre o soneto, é correto o que se afirma em: e. III PERGUNTA 2 1. Leia o soneto, a seguir, da escritora portuguesa do período árcade Marquesa de Alorna (1750-1839). Esperanças de um vão contentamento, por meu mal tantos anos conservadas, é tempo de perder-vos, já que ousadas abusastes de um longo sofrimento. Fugi; cá ficará meu pensamento meditando nas horas malogradas, e das tristes, presentes e passadas, farei para as futuras argumento. Já não me iludirá um doce engano, que trocarei ligeiras fantasias em pesadas razões do desengano. E tu, sacra Virtude, que anuncias, a quem te logra, o gosto soberano, vem dominar o resto dos meus dias. Vocabulário: Malogradas - frustradas. Argumento - Raciocínio que se pretende baseado em fatos e em relações lógicas a partir deles. Sacra – sagrada. Logar – alcançar, conseguir. Um dos aspectos do sujeito do Arcadismo decorrentes do racionalismo do século XVIII que o poema ilustra é: a. A capacidade do ser humano de aprender com a experiência PERGUNTA 3 1. Leia o soneto, a seguir, do poeta barroco português Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622): Mil anos há que busco a minha estrela E os Fados dizem que ma têm guardada; Levantei-me de noite e madrugada, Por mais que madruguei, não pude vê-la. Já não espero haver alcance dela Senão depois da vida rematada, Que deve estar nos céus tão remontada Que só lá poderei gozá-la e tê-la. Pensamentos, desejos, esperança, Não vos canseis em vão, não movais guerra, Façamos entre os mais uma mudança: Para me procurar vida segura Deixemos tudo aquilo que há na terra, Vamos para onde temos a ventura. A paráfrase do texto seria: Faz mil anos que busco a minha sorte e os destinos dizem que a têm guardada para entregar-me. Contudo, levantei-me de noite e madrugada, mas não pude vê-la, por mais que tenha madrugado. Não espero mais alcançá-la a não ser depois de ter terminado a vida, porque essa estrela deve estar nos céus num lugar tão alto que só lá, depois de morto, poderei gozá-la e tê-la. Meus pensamentos, desejos e esperança não quero que vocês se cansem em vão, não quero que movam guerras e proponho que façamos uma mudança, ou seja, de uma forma diferente: vamos deixar tudo aquilo que há na terra e procurar vida segura onde temos a ventura, a felicidade. São características do período Barroco que aparecem no poema: I – A racionalidade: o poeta não sofre por não ser feliz na terra, pois sabe que mais dia menos dia encontrará a felicidade. Podemos dizer que este pensamento temafinidade com a aurea mediocritas. II – O apego à vida que se mostra mais intenso no firme propósito do sujeito poético de não desistir de procurar a felicidade. III – A apresentação de polos contrários: a vida e a morte, o ato de buscar e não encontrar a felicidade, a falta de felicidade e a procura dela. Está correto o que se afirma em: e. III, apenas PERGUNTA 4 1. Leia o soneto, a seguir, do poeta barroco português Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622): Mil anos há que busco a minha estrela E os Fados dizem que ma têm guardada; Levantei-me de noite e madrugada, Por mais que madruguei, não pude vê-la. Já não espero haver alcance dela Senão depois da vida rematada, Que deve estar nos céus tão remontada Que só lá poderei gozá-la e tê-la. Pensamentos, desejos, esperança, Não vos canseis em vão, não movais guerra, Façamos entre os mais uma mudança: Para me procurar vida segura Deixemos tudo aquilo que há na terra, Vamos para onde temos a ventura. A paráfrase do texto seria: Faz mil anos que busco a minha sorte e os destinos dizem que a têm guardada para entregar-me. Contudo, levantei-me de noite e madrugada, mas não pude vê-la, por mais que tenha madrugado. Não espero mais alcançá-la a não ser depois de ter terminado a vida, porque essa estrela deve estar nos céus num lugar tão alto que só lá, depois de morto, poderei gozá-la e tê-la. Meus pensamentos, desejos e esperança, não quero que vocês se cansem em vão, não quero que movam guerras e proponho que façamos uma mudança, ou seja, de uma forma diferente: vamos deixar tudo aquilo que há na terra e procurar vida segura onde temos a ventura, a felicidade. Podemos dizer que uma marca do período Barroco no soneto é: c. Certa concepção religiosa de base medieval que aponta a vida após a morte como uma possibilidade de encontrar a felicidade, metaforizada por meio da estrela. Unidade 4 Pergunta 1 Leia o poema "Manias", de Cesário Verde, dado a seguir: O mundo é velha cena ensanguentada, Coberta de remendos, picaresca; A vida é chula farsa assobiada, Ou selvagem tragédia romanesca. Eu sei um bom rapaz, -- hoje uma ossada, -- Que amava certa dama pedantesca, Perversíssima, esquálida e chagada, Mas cheia de jactância quixotesca. Aos domingos a deia já rugosa, Concedia-lhe o braço, com preguiça, E o dengue, em atitude receosa, Na sujeição canina mais submissa, Levava na tremente mão nervosa, O livro com que a amante ia ouvir missa! Vocabulário: Picaresco - Que provoca riso ou zombaria; ridículo. Chulo: Grosseiro; sem educação, delicadeza, refinamento; rude, vulgar. Farsa: Peça teatral, geralmente de elenco reduzido, de ação trivial ou burlesca, na qual se empregam gracejos, situações cômicas e ridículas. Eu sei: eu conheço. Pedantesco: pedante, afetado, que ostenta conhecimentos que não tem. Esquálida; muito magra. Chagada: que apresenta chagas, feridas. Jactância: Atributo ou atitude de quem se julga superior e faz alarde de suas qualidades e proezas. Quixotesco: relativo a D. Quixote, personagem de Miguel de Cervantes. , personagem idealista, ingênuo, romântico e um tanto alienado. No caso da mulher, seria ousada, irrealista, utópica. Deia: deusa. Rugosa: cheia de rugas Dengue: insinuante, sedutor, que mostra fragilidade para ser paparicado. Na Lírica Trovadoresca, havia a figura da mulher que não tinha compaixão do homem, a bela dama sem obrigações. O poeta recupera essa imagem satirizando-a. Podemos encontrar uma pista de que ele vai contar uma história já contada ou recuperar um dado já conhecido no poema, quando o sujeito afirma que: a. A mulher ia à missa, o que caracteriza uma sátira à religião. b. O rapaz tornou-se uma ossada, o que revela como o amor foi fatal. c. O rapaz tinha receio da mulher, o que mostra o poder da dama. d. A mulher era cheia de pedantismo, o que revela a impassibilidade dela. e. O mundo é uma velha cena, ensanguentada e cheia de remendos PERGUNTA 2 1. Leia o texto de Almeida Garrett dado a seguir: Seus Olhos Seus olhos – se eu sei pintar O que os meus olhos cegou – Não tinham luz de brilhar, Era chama de queimar; E o fogo que a ateou Vivaz, eterno, divino, Como facho do Destino. Divino, eterno! – e suave Ao mesmo tempo: mas grave E de tão fatal poder, Que, um só momento que a vi, Queimar toda alma senti... Nem ficou mais de meu ser, Senão a cinza em que ardi. Sabemos que o Romantismo busca inspiração nas formas medievais, em parte por causa da reação que empreende contra o classicismo. Podemos ver a influência da lírica trovadoresca no texto por meio dos seguintes elementos: I – A fatalidade do amor: ainda que metaforicamente o sujeito morre de amor pela mulher. II – A imagem dos olhos da mulher em que se centram e de onde emanam os sentimentos do sujeito poético. III – A superioridade da amada em relação ao sujeito que é arrebatado pela atração que sente por ela. IV – O tema da perda da razão em decorrência do sentimento amoroso, uma vez que o poeta diz que a mulher cegou seus olhos. Está correto o que se diz em: a. I e II, apenas, b. II e III, apenas. c. III e IV, apenas. d. I, II e III, apenas, e. I, II, III e IV. PERGUNTA 3 1. Leia o poema "Manias", de Cesário Verde, dado a seguir: O mundo é velha cena ensanguentada, Coberta de remendos, picaresca; A vida é chula farsa assobiada, Ou selvagem tragédia romanesca. Eu sei um bom rapaz, -- hoje uma ossada, -- Que amava certa dama pedantesca, Perversíssima, esquálida e chagada, Mas cheia de jactância quixotesca. Aos domingos a deia já rugosa, Concedia-lhe o braço, com preguiça, E o dengue, em atitude receosa, Na sujeição canina mais submissa, Levava na tremente mão nervosa, O livro com que a amante ia ouvir missa! Vocabulário: Picaresco - Que provoca riso ou zombaria; ridículo. Chulo: Grosseiro; sem educação, delicadeza, refinamento; rude, vulgar. Farsa: Peça teatral, geralmente de elenco reduzido, de ação trivial ou burlesca, na qual se empregam gracejos, situações cômicas e ridículas. Eu sei: eu conheço. Pedantesco: pedante, afetado, que ostenta conhecimentos que não tem. Esquálida; muito magra. Chagada: que apresenta chagas, feridas. Jactância: Atributo ou atitude de quem se julga superior e faz alarde de suas qualidades e proezas. Quixotesco: relativo a D. Quixote, personagem de Miguel de Cervantes, idealista, ingênuo, romântico e um tanto alienado. No caso da mulher, seria ousada, irrealista, utópica. Deia: deusa. Rugosa: cheia de rugas. Dengue: insinuante, sedutor, que mostra fragilidade para ser paparicado. Apesar de não ser um realista de escola, pode-se dizer que Cesário Verde praticou a poesia realista. Isso é perceptível, no texto, pelos seguintes aspectos: I – A impessoalidade, efeito de sentido que o sujeito obtém ao construir um poema narrativo em que conta a história de um certo rapaz apaixonado pela mulher pedante. II – O retrato de uma história de amor não idealizada, contada com traços de ironia. III – A sátira, que é uma descoberta do Realismo da segunda metade do século XIX. Está correto o que se diz em: a. I e II, apenas, b. II e III, apenas. c. III, apenas. d. II, apenas, e. I, II e III. PERGUNTA 4 1. Leia o poema "Manias", de Cesário Verde, dado a seguir: O mundo é velha cena ensanguentada, Coberta de remendos, picaresca; A vida é chula farsa assobiada, Ou selvagem tragédia romanesca. Eu sei um bom rapaz, -- hoje uma ossada, -- Que amava certa dama pedantesca, Perversíssima, esquálida e chagada, Mas cheia de jactância quixotesca. Aos domingos a deia já rugosa, Concedia-lhe o braço, com preguiça, E o dengue, em atitude receosa, Na sujeição canina mais submissa, Levava na tremente mão nervosa, O livro com que a amante ia ouvir missa! Vocabulário: Picaresco - Que provoca riso ou zombaria; ridículo. Chulo: Grosseiro; sem educação, delicadeza, refinamento; rude, vulgar. Farsa: Peça teatral, geralmente de elenco reduzido, de ação trivial ou burlesca, na qual se empregam gracejos, situações cômicas e ridículas. Eu sei: eu conheço. Pedantesco: pedante, afetado, que ostenta conhecimentosque não tem. Esquálida; muito magra. Chagada: que apresenta chagas, feridas. Jactância: Atributo ou atitude de quem se julga superior e faz alarde de suas qualidades e proezas. Quixotesco: relativo a D. Quixote, personagem de Miguel de Cervantes. , personagem idealista, ingênuo, romântico e um tanto alienado. No caso da mulher, seria ousada, irrealista, utópica. Deia: deusa. Rugosa: cheia de rugas Dengue: insinuante, sedutor, que mostra fragilidade para ser paparicado. Um dos aspectos que marcam o Realismo é certa preocupação formal, procedimento que fora deixado de lado pelos românticos, preocupados que estavam com a originalidade. No texto "Manias", de Cesário Verde, essa preocupação aparece na: a. musicalidade das rimas. b. preocupação em citar nomes de gêneros teatrais. c. utilização de termos de difícil compreensão. d. forma utilizada, o soneto. e. Linguagem rigorosamente formal que emprega no texto. Unidade 5 PERGUNTA 1 1. Pessoa diz em carta a Adolfo Casais Monteiro: “ [‘Opiário’] Foi dos poemas que tenho escrito, o que me deu mais que fazer, pelo duplo poder de despersonalização que tive que desenvolver”. Ele diz isso porque esse poema: a. Marca as duas fases para Ricardo Reis, a fase em que era monarquista e viajou para o Oriente e a fase em que é Republicano e exilado no Brasil. b. Representa um desdobramento das duas personalidades do próprio Pessoa que se considera histérico conforme afirmou na carta. c. É um texto de Álvaro de Campos, antes de ele ter conhecido o mestre Caeiro, texto que pertenceria a uma primeira fase do heterônimo. d. Apresenta todo o tédio vivido por Alberto Caeiro em sua vida de guardador de rebanhos no campo. e. Sintetiza todas as características dos principais heterônimos pessoanos, o que faz dele uma obra fundamental para se conhecer a obra do poeta português em seus múltiplos aspectos. PERGUNTA 2 Leia o fragmento do poema "Correspondências", de Charles Baudelaire, dado a seguir: Há aromas frescos como a carne dos infantes, Doces como o oboé, verdes como a campina, E outros, já dissolutos, ricos e triunfantes, Com a fluidez daquilo que jamais termina, Como o almíscar, o incenso e as resinas do Oriente, Que a glória exaltam dos sentidos e da mente. A principal figura de linguagem que sustenta o fragmento dado e que revela a necessidade de se compreender o mundo por meio de processos não cientificistas é: a. Metáfora. b. Aliteração. c. Antítese. d. Sinestesia. e. Paradoxo. PERGUNTA 3 Leia o texto de Fernando Pessoa dado a seguir: AUTOPSICOGRAFIA O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração. Sobre o texto "Autopsicografia", lido como um poema metalinguístico, é correto dizer que: a. Apresenta o processo de criação poética como uma mentira, um fingimento com vistas a iludir os cidadãos comuns, os que leem, e distanciá-los da verdade mantendo-os na ignorância, na dor que eles não têm. b. Consiste no reconhecimento de que não se pode chegar a uma verdade, haja vista que tanto quem escreve quanto quem lê têm suas próprias dores que não podem ser materializadas no texto tais como foram sentidas. c. Apresenta o processo de criação literária como aquele que mais se aproxima da verdade, pois o poeta é um fingidor que finge o que sente deveras, ou seja, de verdade. d. Descaracteriza a arte como coisa séria ao metaforizar o poema por meio de um comboio de corda, ou seja, um brinquedo de criança que gira nas calhas de roda, nos trilhos. e. Apresenta a razão, as calhas de roda, em que gira o comboio de corda, como o elemento mais importante do processo de criação poética. PERGUNTA 4 Associe de forma correta o conteúdo da coluna A (fragmentos de poemas) com o nome do heterônimo pessoano da coluna B a quem foi atribuída a autoria do texto por Fernando Pessoa. Considere, para fazer a atividade, as características que Pessoa deu a cada heterônimo.Importante: os autores dos fragmentos podem se repetir. A associação correta está na alternativa: resposta correta é a letra A 1 - B; 2 - A; 3 – C; 4 – B; 5 – C; 6 – A. Ver quadro/imagem com continuação da pergunta na página abaixo.
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