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Histologia - Tecido nervoso

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Daniela Dorini – Farmácia - Histologia 
Tecido nervoso 
FUNÇÕES 
> Forma o sistema nervoso central e periférico. 
> Comunica o organismo com o meio externo. 
> Transmite sinais efetores para músculos e 
glândulas (excitáveis). 
> Coordena funções orgânicas. 
> Através das informações que recebe elabora 
uma resposta que pode resultar em ações, 
sensações e informações cognitivas: 
‒ Contração muscular e secreção de 
glândulas; 
‒ Dor e prazer; 
‒ Pensamento, aprendizado e criatividade. 
> Integra todo o organismo. 
CARACTERÍSTICAS 
> Origem ectodérmica; 
> Pouca substância intercelular; 
> Células ramificadas 
> Presença de fibras nervosas. 
 
Neurônio 
> São células especializadas em receber 
processar e enviar informações; 
> Conduz o impulso nervoso. 
‒ Excitável; 
‒ Condutível. 
> Possui um corpo celular de onde 
partem prolongamentos: axônio e os 
dentritos. 
‒ Corpo celular: contém o núcleo responsável pela síntese de neurotransmissores e 
demais organelas (CG, RER). 
‒ Dendritos: curtos e ramificam-se profusamente, são especializados em receber 
estímulos através de dilatações presentes onde há receptores de membrana. 
‒ Axônio: único para cada neurônio, possui forma cilíndrica com comprimento 
variável. Em sua porção final ramifica-se, tal ramificação é chamada telodendro, 
local onde ficam as vesículas com os neurotransmissores. O axônio é revestido 
pela bainha de mielina. 
> Os neurônios são se encostam, pois há um espaço entre um neurônio e outro 
chamado fenda sináptica onde ocorre as sinapses. 
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS 
Quanto à função 
> Neurônios sensitivos – responsáveis 
pela percepção de sensações, estão 
ligados aos neuroepitélios. 
> Neurônio motor – realiza as ações, 
como movimento dos músculos por 
exemplo. Estão ligados aos músculos, 
glândulas e órgãos. 
Daniela Dorini – Farmácia - Histologia 
Quanto à forma 
> Bipolares - apresentam dois 
prolongamentos, um dendrito e um 
axônio. Ocorrem, por exemplo, na 
retina, na mucosa olfatória e nos 
gânglios coclear e vestibular 
> Multipolares - apresentam mais de 
dois prolongamentos celulares. É a 
maioria dos neurônios. Estão 
presentes no cérebro, no cerebelo e 
na medula espinal. 
> Pseudounipolares - surgem na vida 
embrionária como neurônios bipolares, 
mas os dois prolongamentos fundem-se próximo ao corpo celular. Ocorrem nos 
gânglios sensoriais cranianos e espinais. 
 
Células da glia 
Astrócitos 
> Maiores e mais abundantes células da neuroglia; 
> Relacionadas à arquitetura estrutural do tecido nervoso; 
> Composição iônica e molecular do ambiente extracelular 
dos neurônios; 
> Leva para os vasos sanguíneos, os resíduos metabólicos e 
CO2 dos neurônios; 
> Tipos: 
‒ Protoplasmático – substância cinzenta; 
‒ Fibroso – substância branca. 
 
oLIGODENTRÓCITOs 
> Produzem as bainhas de mielina (para várias 
células) que tem por função isolar 
eletricamente para os neurônios do SNC. 
> Seus prolongamentos envolvem os axônios dos 
neurônios. 
Daniela Dorini – Farmácia - Histologia 
 
Micróglias 
> Células pequenas com poucos prolongamentos. 
> Presentes na subtância branca e cinzenta. 
> Originários dos monócitos. 
> Células fagocitárias que tem por função proteger o 
tecido nervoso. 
CÉLULAS DE SCHWANN 
> Produz bainha de mielina em torno de um 
único segmento de axônio. 
> A bainha não é contínua ao longo do axônio, 
os espaços entre uma bainha e outra são 
chamados de nódulo de Ranvier. 
> Presentes no Sistema Nervoso Periférico. 
 
 
FIBRAS NERVOSAs 
> Os axônios são envolvidos por células 
do tecido nervoso. 
> Os axônios + célula de revestimento é 
chamado fibra nervosa. 
> Podem ser: 
‒ Mielínicas: células de revestimento 
contém mielina. 
‒ Amielínica: células de revestimento 
não contém mielina. 
> Endoneuro: reveste os axônios e suas bainhas. 
> Perineuro: reveste os feixes de fibras nervosas. 
> Epineuro: revestem o conjunto de feixes, o nervo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniela Dorini – Farmácia - Histologia 
 
IMPULSO NERVOSO 
O impulso nervoso é unidirecional (dentrito  axônio) 
1. Neurônio polarizado 
Neurônio em Repouso 
(potencial de repouso) 
Polarizado (negativo 
dentro, positivo fora) 
Bomba de sódio-potássio 
mantém a polarização 
 3 Na+ para fora 
 2 K+ para dentro 
DDP= -70 mV 
 
 
 
 
 
 
 
2. Neurônio despolarizado 
 
Neurônio recebe estímulo 
(potencial de ação) 
Despolarizado (positivo 
dentro, negativo fora) 
Bomba de sódio-potássio 
é inativada 
Abrem-se os canais de 
sódio voltagem 
dependente. 
Entrada de sódio (Na+) na 
célula. 
DDP= 35mV 
 
 
 
 
 
3. Neurônio Repolariza 
 
Parte interna volta a ficar 
negativa e externa 
positiva. 
Bomba de sódio e 
potássio ainda está 
inativa. 
Abrem-se os canais de 
potássio voltagem-
dependente. 
Saída de potássio da 
célula. 
 
 
 
 
4. Polarização final 
 
A Bomba de sódio-
potássio é ativada 
Canais de sódio e potássio 
voltagem-dependente 
fecham-se. 
Membrana volta a ficar 
polarizada 
DDP= -70 mV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Daniela Dorini – Farmácia - Histologia 
 
SINAPSE QUÍMICA 
> Entre um neurônio e outro há um espaço chamado fenda sináptica, local onde 
ocorre a sinapse química. 
> O neurônio localizado anterior a fenda é chamado de neurônio pré-sináptico, o qual 
possui vesículas sinápticas, onde ficam armazenados os neurotransmissores, possui 
em sua membrana botões sinápticos. 
> O neurônio localizado após a fenda é chamado de neurônio pós-sináptico, ele possui 
os receptores para os neurotransmissores. 
1. Um potencial de ação chega ao neurônio. 
2. Abrem-se os canais de Cálcio 
voltagem-dependente. 
3. Cálcio entra no neurônio pré-
sinpatico. 
4. Há um estímulo para que as 
vesículas sejam deslocadas até a 
membrana pré-sináptica 
5. As vesículas fundem-se a 
membrana e liberam os 
neurotransmissores na fenda. 
6. Os neurotransmissores se ligam 
aos receptores específicos do 
neurônio pós-sináptico. 
7. O processo seguinte depende do 
tipo de neurotransmissor liberado, 
podendo ser excitatório ou 
inibitório.

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