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Introdução - É como um conjunto de proteínas expressas na membrana da célula para ativar linfócitos. As CAA liberam citocinas que ativam o SI inato e simultaneamente ativa o SI adaptativo expressando o MHC. - As moléculas do MHC são conhecidas como Antígenos Leucocitários Humanos (HLA) e O gene codificante se encontra no cromossomo 6. O HLA é conhecido como o MHC da corrente sanguínea e por isso é usado para saber a compatibilidade entre doador e receptor (de 0 a 100 %). - São fundamentais para a ativação dos linfócitos T (tanto os linfócitos TCD8+ que são ativados pelo MHC I, quanto os linfócitos TCD4+ que são ativados pelo MHC II) - Existem três tipos: MHC de classes I, II e III. O de classe III ativa o sistema complemento e induz o processo inflamatório. Já os de classes I e II fazem apresentação antigênica a linfócitos T. O MHC de classe I é expresso em todas as células, mas, o de classe II só é expresso em células apresentadoras de antígenos (CAA ou APC). Portanto, essa apresentação será importante tanto na ativação dos linfócitos T virgem, quanto no momento de reconhecer o antígeno para atacar. Funções gerais • Rejeição de tecidos em transplantes (histocompatibilidade). • Apresentação de antígenos próprios (para não sofrer ataque) e não próprios ao TCR (receptor de células T) dos linfócitos T. NOTA: Quando o MHC vai ser expresso na membrana de uma CAA ele estrategicamente é moldado para a conformação do peptídeo a ser apresentado aos TCRs. • Indução da resposta imune adquirida: depois da apresentação do MHC ao LT, há ativação de macrófagos para que a própria CAA destrua o microrganismo. Apresentação antigênica É feita por CAAs como células dendríticas, macrófagos e células B (linfócitos), que possuem MHC de classe II. Porém, também possuem o MHC de classe I, por isso ativam tanto LT CD4 como LT CD8. Células dendríticas Capta o antígeno, expressa os peptídeos dele em sua membrana com o MHC e apresenta a uma célula T virgem (produzido agora na medula e maturada no timo) que ao ser ativada, sofre expansão clonal e diferenciação em células T efetoras. Macrófagos Quando capta o antígeno, as células T efetoras se ligam (ativam) ao MHC do macrófago, então ela libera citocinas que faz o macrófago fagocitar os antígenos (resposta imune celular). Células B Após as células B captarem o antígeno, as células T efetoras se ligam ao MHC para ativar o linfócito B fazendo-o se diferenciar em plasmócito (linfócito B efetor) que produzem anticorpos (imunidade humoral). Além disso, o linfócito B pode ser ativado por carboidratos e lipídeos para produzir IgM. Para produzir IgG, IgE e IgA precisa-se de uma CAA e consequentemente de um antígeno proteico. NOTA: O linfócito T é produzido na medula óssea e maturado no timo em célula T virgem, esta vai ora corrente sanguínea ou vasos linfáticos e em seguida para os órgãos linfoides secundários onde ficarão armazenados e serão ativados. Imunologia| Sophia Cruz – M40 Ativação do MHC A produção da citocina interferon gama tanto pelo sistema imune inato (células NK) como pelo adaptativo (TCD4), aumenta a capacidade da DC de expressar o MHC II para ativar o maior número de células T virgens. O primeiro sinal é a ligação do MHC com o TCR que não atinge o ponto de ativação da célula T virgem (sem resposta), pois é necessário o segundo sinal (coestimulação), que é a ligação de correceptores (B7, CD40, CD28) que liberam mediadores químicos (citocinas) que ativam a célula T. CD40 (DC) com o CD40 ligante expressa B7 que se liga com CD28 e liberam a citocina IL-12 que induz a proliferação e diferenciação celular. Bloqueio terapêutico do coestimulador para o tratamento de artrite reumatoide: Artrite reumatoide: doença autoimune que produz linfócitos T e B auto reativas, reconhecem as articulações como um antígeno estranho. O corticoide não é eficiente, tem que usar algo mais potente como FK-540 e ciclosporinas. Hoje usa-se CTLA-4-Ig, o CTLA-4 se liga a B7, portanto, não ativa CD28 e não tem segundo sinal, tendo um bloqueio coestimulatório evitando a ativação de linfócitos T. Tolerância central e periférica aos antígenos próprios Tolerância central: acontece nos órgãos linfoides generativos, onde direciona a apoptose (seleção negativa) os linfócitos que possuem receptores para antígenos dos próprios órgãos generativos (pode gerar doença autoimune). Tolerância periférica: acontece nos tecidos linfoides periféricos (secundários), se uma células T autorreativa conseguiu passar pros órgãos secundários ela pode gerar a doença autoimune ou ser levada a apoptose ou anergia os linfócitos que reconhecem antígenos próprios nos tecidos periféricos. Seleção no timo O timo expressa diversas proteínas do organismo para testar os linfócitos e fazer a seleção correta. Seleção positiva (cortical): sobrevivência de células capazes de reconhecer MHC não- próprio, as demais morrem. Seleção negativa (medular): morte das células cujos TCRs tem alta afinidade por MHC e epítopos próprios. Pode inibir os correceptores da CAA ou do antígeno. Subtipos de linfócitos T DC ativa o linfócito T CD4+ virgem que pode se diferenciar em subgrupos T help. Th1: estimulado por citocinas como IFN gama e IL-12. Reage ativando o macrófago e produção de IgG para proteger contra patógenos intracelulares. Atua em doenças autoimunes e danos teciduais associados a infecções crônicas. As citocinas estimulam fatores de transcrição nas células T virgens: T-BET e STAT 1 e 4. Esses fatores induzem a produção de IFN gama pela célula T. Th2: estimulado por citocinas como IL-4, IL-5 e IL- 13. Reage ativando o mastócito e o eosinófilo e produção de IgE para proteger contra helmintos, além de atuar em reações alérgicas. As citocinas estimulam fatores de transcrição nas células T virgens: GATA-3 e STAT-6. Esses fatores induzem a produção de IL-4 pela célula T. Th17: estimulado por citocinas como IL-17A, IL- 17F e IL-22. Reage causando inflamação crônica monocítica e neutrofílica para proteger contra bactérias extracelulares e fungos. Atua na autoimunidade de um órgão específico. As citocinas IL-6, IL-1 e TGF-beta, estimulam fatores de transcrição nas células T virgens: RORγT e STAT-3. Esses fatores induzem a produção de IL-21 pela célula T. o Th17 estimula a liberação de IL-17 (inflamação) e IL-22 (barreira). MHC de classe I Está presente em todas as células nucleadas (quase todas as células do corpo) e apresenta o peptídeo do antígeno ao linfócito TCD8+ virgem. Via do MHC I Uma célula apresentadora de antígeno está infectada por um vírus, tendo proteínas virais no citoplasma dessa célula. Essas proteínas virais irão ser sinalizadas por meio de uma molécula chamada ubiquitina, essa sinalização irá fazer com que essas proteínas virais sejam destruídas por meio de uma protease (enzima) chamada de proteossoma, esse proteossomo é que irá destruir as proteínas virais sinalizadas pela ubiquitina, transformando em peptídeos, os quais serão, no final, apresentados pelo MHC I. Esses peptídeos precisam entrar no retículo endoplasmático, local onde a molécula de MHC I está sendo produzida e armazenada. No retículo há uma molécula transportadora chamada de TAP, a qual irá realizar o transporte desses peptídeos do citosol para dentro do retículo. Além disso, a TAP está ligada, por meio da Tapasina, ao MHC de classe I e ela impede que o MHC I se ligue à outras moléculas que não seja peptídeos que irão ser apresentados. Quando os peptídeos entram se ligam ao MHC de classe I, formam o complexo MHC- peptídeo. Esse complexo irá ser enviado para o complexo de Golgi e de lá irá ser liberado em uma vesícula exocítica, essa vesícula irá para a membranaplasmática e, ao se fundir nessa membrana, vai expor o MHCI com o peptídeo, mostrando o peptídeo, por meio do MHC de classe I, ao linfócito TCD8+, o qual irá reconhecer essa molécula por meio do seu receptor TCR (essa ligação do MHC classe I, contendo o peptídeo, com o TCR do linfócito irá ser responsável tanto pela ativação do linfócito TCD8+ virgem, quanto para um futuro reconhecimento dos linfócitos T efetores do antígeno que está combatendo no momento. MHC de classe II Apresentam os peptídeos de antígenos contidos nos fago lisossomos (são vesículas geradas por meio da fagocitose) e se localizam em CAAs (APCs). Esse complexo vai apresentar o antígeno ao linfócito TCD4+ virgem. Via do MHC II Começa nas células apresentadoras de antígeno, as quais irão fagocitar o patógeno/antígeno. Em seguida, as proteínas fagocitadas do antígeno vão estar localizadas em uma vesícula chamada de fago lisossomo. Por meio de algumas enzimas dentro desse fagossomo, as proteínas do antígeno vão ser quebradas em peptídeos. O MHC de classe II também irá ser produzido e armazenado no retículo endoplasmático rugoso. Após o MHC de classe II ser sintetizado ele irá se ligar à uma proteína de cadeia invariante (CLIP) que vai recobrir a região de ligação do peptídeo, isso irá impedir que peptídeos que foram colocados para dentro pela TAP, os quais foram digeridos pelos proteossomo, não se liguem ao MHC de classe II. Em seguida, o MHC de classe II irá para o complexo de golgi, ligado ao clipe, e vai ser liberada por meio de endossomos. Esses endossomos irão se fundir com o fagolisossomo que contém os peptídeos e então, por meio de uma enzima, essa cadeia invariante (o CLIP) vai descobrir o MHC de classe II e irá possibilitar agora que os peptídeos se liguem ao MHC de classe II formando o complexo peptídeo-MHC. Esse complexo, por meio da vesícula, se fundir a membrana plasmática e ser apresentado na membrana da célula apresentadora de antígeno, se ligando então ao linfócito TCD4+ por meio do seu receptor TCR, havendo então, a ligação do MHC de classe II com o peptídeo ao receptor TCR do TCD4+, gerando a ativação do linfócito T virgem e o futuro reconhecimento do linfócito T efetor ao antígeno
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