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1 Editores Alana Ferreira Lopes Larissa Lima de Queiroz Matheus Mauri Frascareli Bento Apostila simplificada de coleta de insetos Programa de Pós-graduação em entomologia 2 Apostila simplificada de coleta de insetos Editores Alana Ferreira Lopes Larissa Lima de Queiroz Matheus Mauri Frascareli Bento 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Vasilhas amarelas (estratificada e de solo) ................................................... 06 Figura 2 – Exemplo de extrator de Winkler....................................................................07 Figura 3 – Armadilha de ninho instalada na Reserva Ducke ......................................... 08 Figura 4 – Armadilha Malaise modelo Gressit & Gressit .............................................. 09 Figura 5 – Armadilha Shannon ...................................................................................... 10 Figura 6 – Armadilha Pensilvânia .................................................................................. 11 Figura 7 – Armadilha Pensilvânia em funcionamento durante a noite ........................... 11 Figura 8 – Armadilha adesiva ......................................................................................... 13 Figura 9 – Gaiola tipo Sherman e Tomahawk com isca ................................................. 14 Figura 10 – Malaise modificada por Townes ................................................................. 15 Figura 11 – Armadilha Suspensa .................................................................................... 16 Figura 12 – Catação manual com um pincel .................................................................. 17 Figura 13 – Armadilha Pitfall instalada .......................................................................... 18 Figura 14 – Armadilha de interceptação de voo do tipo janela ...................................... 19 Figura 15 – Pulverização de substância açucarada na vegetação................................... 21 Figura 16 – Funil de Berlese........................................................................................... 22 Figura 17 – Arapuca (Japonês) ...................................................................................... .23 Figura 18 – Rede de Neblina...........................................................................................24 Figura 19 – Arapuca montada em trilha..........................................................................25 Figura 20 – Armadilha CDC instalada no sub-bosque de uma floresta primária............27 Figura 21 – Demonstração de uso do Guarda-chuva entomológico................................29 Figura 22 – Esquema da estrutura do Guarda-chuva entomológico................................39 Figura 23 – Demonstração de uso do rapiché..................................................................32 Figura 24 – Lençol iluminado.........................................................................................33 Figura 25 – Exemplo de Puçá..........................................................................................34 Figura 26 – Exemplo de aspirador entomológico elétrico...............................................35 Figura 27 – Exemplo de Armadilha Mcphail...................................................................37 Figura 28 – Armadilha de emergência.............................................................................38 4 Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5 VASILHAS AMARELAS (ESTRATIFICADA E DE SOLO) ....................................... 6 EXTRATOR DE WINKLER ........................................................................................... 7 ARMADILHA DE NINHO.............................................................................................. 8 ARMADILHA MALAISE (GRESSIT & GRESSIT) ...................................................... 9 ARMADILHA SHANNON ........................................................................................... 10 ARMADILHA LUMINOSA PENSILVÂNIA .............................................................. 11 ARMADILHA ADESIVA ............................................................................................. 13 ARMADILHA SHERMAN E TOMAHAWK .............................................................. 14 ARMADILHA MALAISE (TOUNES) ......................................................................... 15 ARMADILHA SUSPENSA ........................................................................................... 16 CATAÇÃO ..................................................................................................................... 17 ARMADILHA PITFALL ............................................................................................... 18 ARMADILHA DE INTERCEPTAÇÃO DE VOO DO TIPO JANELA ....................... 19 TÉCNICA DE ASPERSOR ........................................................................................... 21 FUNIL DE BERLESE .................................................................................................... 22 ARAPUCA (JAPONÊS) ................................................................................................ 23 REDE DE NEBLINA ..................................................................................................... 24 ARAPUCA ..................................................................................................................... 25 VARREDURA ............................................................................................................... 26 ARMADILHA CDC (CENTERS FOR DISEASE CONTROL) ................................... 27 GUARDA-CHUVA ENTOMOLÓGICO ...................................................................... 29 FOCAGEM NOTURNA ................................................................................................ 31 COLETA ATIVA COM REDE ENTOMOLÓGICA AQUÁTICA (RAPICHÉ).......... 32 LENÇOL LUMINOSO .................................................................................................. 33 REDE ENTOMOLÓGICA (PUÇÁ) .............................................................................. 34 ASPIRADOR ENTOMOLÓGICO ................................................................................ 35 MCPHAIL ...................................................................................................................... 37 ARMADILHA DE EMERGÊNCIA .............................................................................. 38 5 INTRODUÇÃO Os insetos têm sido coletados há séculos por muitos naturalistas, pesquisadores e colecionadores, tanto para fins científicos quanto comerciais. Para o avanço do conhecimento sobre a diversidade de insetos, é necessário que haja um acervo representativo dos grupos nas coleções científicas, onde os espécimes podem ser estudados em seus aspectos morfológicos, fisiológicos, biogeográficos, ecológicos e taxonômicos. Há também uma aplicabilidade educativa nas coleções didáticas de insetos, quando os espécimes coletados e montados são utilizados com a finalidade de ensinar variados públicos sobre a sua importância social, ecológica, econômica e médica. Com isso, ao longo dos anos, as técnicas para se coletar insetos foram sendo desenvolvidas e melhoradas para que houvesse maior eficiência na captura dos mesmos, economizando tempo e recursos. A(s) técnica(s) de coleta a ser utilizada é estreitamente dependente do grupo de insetos sobre o qual o pesquisador apresentainteresse, sendo ambos delimitados a priori pelo plano inicial de pesquisa. À vista disso, como não existe um método de coleta que capture todos os insetos, os inúmeros métodos abrangem grande diversidade de insetos que exploram ambientes e recursos alimentares diferentes, sendo divididos em ativos e passivos. Na coleta ativa são compreendidos os métodos que envolvem a procura pelos insetos diretamente no ambiente, examinando troncos em decomposição, frutos caídos, flores, vegetação arbustiva, folhiço, ninhos de insetos sociais e outros, permitindo a exploração do maior número possível de micro-hábitats. A procura por insetos em ambientes específicos atribui aos métodos ativos de coleta a vantagem de serem seletivos, possibilitando ao coletor a captura dos insetos de seu interesse, conforme delimitado pelo projeto. Além disso, pela coleta ativa é possível obter, através da observação, algumas informações biológicas sobre os insetos coletados, como hábitos alimentares, de postura, acasalamento, corte sexual e outras. Entretanto, esforço e tempo de coleta exigidos ao coletor são aumentados para que um número significante de insetos seja capturado. Já a coleta passiva abarca diversos métodos, utilizando-se de armadilhas que coletam os insetos sem a presença de um coletor humano, ou seja, tais armadilhas são instaladas em locais específicos e, às vezes, iscadas com diferentes atrativos de acordo com o grupo de insetos que se pretende capturar. Por exemplo, para a captura de insetos de solo deve ser utilizada uma armadilha de queda (ver Pitfall trap adiante), que pode ser iscada com esterco fresco para atrair insetos de hábito coprófago, ou com fígado bovino em decomposição para atrair insetos necrófagos e assim por diante. Em detrimento da não exigência de um coletor humano para capturar os insetos, os métodos passivos são pouco seletivos, capturando uma diversidade muito maior de grupos taxonômicos, e aos responsáveis, cabe a tarefa de triar todo o material coletado em busca de seu grupo de interesse para estudos. Aqui, nós compilamos informações importantes e tratamos de cada um dos principais métodos de coleta de insetos, tanto os ativos quanto os passivos, na tentativa de trazer aos leitores não só a ideia essencial, mas também as vantagens e desvantagens da utilização destes métodos. 6 VASILHAS AMARELAS (ESTRATIFICADA E DE SOLO) Adelson Lopes Monteiro Junior É um método de coleta passivo que consiste em vasilhas plásticas ou de metal de coloração amarela (Figura 01), distribuídas em diferentes alturas na área de interesse, contendo solução fixadora, água e detergente (utilizado para quebrar a tensão superficial da água). Figura 01: Vasilhas amarelas (estratificada e de solo). Essas vasilhas podem ser profundas ou rasas, conforme o local onde serão dispostas. As vasilhas amarelas de solo podem ser rasas, como um prato, desde que possuam profundidade suficiente para conter a solução para captura dos insetos. Os pratos são distribuídos sobre a superfície do solo, enquanto que as vasilhas são presas entre si por cordas suspensas num galho de árvore resistente. Para sua instalação são necessários, além dos itens constituintes da armadilha, um estilingue ou Big Shot e um fio guia (por exemplo, fio de náilon), para lançamento do fio guia e suspensão da corda da armadilha, respectivamente. Essa armadilha tem como princípio funcional a atração de diversos grupos de insetos por meio do espectro óptico amarelo refletido pela vasilha. Esses insetos atraídos pela coloração das vasilhas são capturados na solução, para posterior coleta. As diferentes alturas empregadas (nível de solo e estratos) refletem diretamente no grupo de interesse de coleta, visto que, conforme sua distribuição em diferentes alturas, a diversidade de grupos capturados é aumentada. Vantagens - Captura de entomofauna de diferentes estratos da floresta; - Baixo custo e fácil instalação (pratos amarelos). Desvantagens - Consistem na constante retirada dos espécimes capturados; - Devido a não conservação desses na armadilha, a possibilidade de transbordamento ou queda por conta de chuvas e ventos fortes e a dificuldade de instalação (vasilhas amarelas estratificadas). 7 EXTRATOR DE WINKLER Adelson Lopes Monteiro Junior É um método de coleta ativo que consiste em duas peneiras com diferentes espessuras de malhas sobrepostas interligadas lateralmente por um tecido do tipo voi (Figura 02). O tamanho dela pode variar e, consequentemente, o volume capaz de ser peneirado por ela. Figura 02: Exemplo de extrator de Winkler. Seu princípio de funcionamento consiste no depósito de serapilheira, anteriormente coletada, na peneira superior, a qual possui malha de maior espessura. Com o movimento dessa primeira peneira, o material com tamanho inferior ao desta malha recai na segunda peneira de malha inferior, sendo também por essa, peneirado e, consequentemente resultando num material de particulado de tamanho muito inferior ao inicial (serapilheira), contendo os insetos desejados para estudo (fauna edáfica). Esse saco peneira pode ter o fundo aberto ou fechado. As peneiras distam-se 30 cm entre elas e, a segunda peneira tem malha de 5 0u 6 mm (Almeida et al., 2012). Vantagens - A redução de matéria orgânica do solo a ser triada; - O baixo custo de aquisição; - Fácil manuseio e transporte. Desvantagens - Requerer muito esforço físico; - Pode causar danos às estruturas dos insetos pelo movimento da peneira; - Não é capaz de coletar insetos de outro habitat. 8 ARMADILHA DE NINHO Alana Ferreira Lopes Esta armadilha é confeccionada através de duas ripas grossas de madeira, cada uma com um lado plano e outro lado côncavo, de modo que ao serem juntas, deixem um interior oco para a entrada do inseto (Figura 03). O objetivo principal da armadilha é a coleta de imaturos e ovos, uma vez que o adulto nidifica dentro da cavidade da armadilha. Figura 03: Armadilha de ninho instalada na Reserva Ducke. Vantagens - Tamanho reduzido permite o fácil transporte; - Peso leve reduz o esforço na montagem; - Praticidade na instalação; - Coleta passiva; - Coleta de imaturos. Desvantagens - Devido à grande gama de espaços onde o inseto pode nidificar no ambiente, é possível que demore muito tempo para algum inseto nidificar nela; - Perturbações do ambiente podem derrubar e desmontar a armadilha; - Fatores como chuva e vento podem influenciar no processo de nidificação do inseto na armadilha. - Não captura indivíduos adultos. 9 ARMADILHA MALAISE (GRESSIT & GRESSIT) Ana Flávia Avelino Sousa É constituída de tecidos finos e leves e funciona como interceptadora de vôo (Figura 04). Tem formato semelhante a uma tenda e possui uma barreira na parte central que deve ter a cor escura, preferencialmente, e a cobertura deve ter uma cor mais clara para direcionar os insetos a parte superior, a qual dispõe de dois frascos coletores contendo substâncias fixadoras ou gás mortífero. Nas extremidades do tecido existem cordas que devem ser amarradas em galhos, estacas, raízes ou troncos para montá-la. É importante que a armadilha seja instalada transversalmente em caminhos naturais ou artificiais, pois são locais em que os insetos com vôos mais fortes preferem voar. Podem ser instaladas sobre riachos ou estradas (RAFAEL, 2002). Figura 04: Armadilha Malaise modelo Gressit & Gressit. Vantagens - São muito eficientes para captura de insetos voadores, principalmente Diptera e Hymenoptera; - Podem ficar instaladas por tempo indeterminado, em todos os períodos do dia. Desvantagens - São seletivas; - Dificilmente capturam insetos de vôo fraco ou que fecham as asas ao encontrar um obstáculo e caem.10 ARMADILHA SHANNON Ana Flávia Avelino Sousa É uma armadilha em forma de tenda retangular ou quadrada, com todos os lados fechados com exceção da parte inferior, é sustentada por estacas ou amarradas em galhos a uma altura entre 10 e 30 cm do chão para permitir a entrada dos insetos (Figura 05). Os insetos são atraídos através de isca animal ou vegetal e também através de luminosidade, quando lâmpadas são instaladas em seu interior, neste ultimo caso, a armadilha tem um tamanho maior, de modo a permitir a entrada de humanos para coletar os insetos manualmente. Inicialmente foi construída para capturar insetos hematófagos e ao longo do tempo foi sendo modificada de forma que pudesse atrair diversos tipos de insetos voadores (ALMEIDA et al., 2012); (RAFAEL, 2002). Figura 05: Armadilha Shannon. Vantagens - É fácil de montar; - Atrai diversos tipos de insetos com fototropismo positivo, tanto insetos grandes quanto pequenos; - Devido o seu tamanho grande forma um grande foco de luz, e também atrai Lepidoptera nas duas extensões na parte de fora. Desvantagens - O seu tamanho grande pode dificultar a montagem em lugares que são pouco abertos; - A coleta é ativa e deve ser monitorada constantemente para não perder os insetos que foram atraídos. 11 ARMADILHA LUMINOSA PENSILVÂNIA Carla de Oliveira Marques Armadilhas luminosas são utilizadas para a captura de insetos noturnos, que possuem fototropismo positivo, ou seja, que são atraídos pela luminosidade entre as 19:00 e 05:00. Pensilvânia é um exemplo de armadilha luminosa elaborada para capturar em grande parte insetos alados. Essa armadilha consiste em quatro paletas de acrílico, que ficam envolta a uma lâmpada em uma forma de proteção (Figura 06), a lâmpada por sua vez pode ser fluorescente ou comum. Figura 06: Armadilha Pensilvânia. Abaixo da lâmpada é posto um funil e nele pendurado um recipiente de coleta que pode ser uma bacia ou uma lata contendo água com sabão ou óleo, para segurar os insetos capturados. A Pensilvânia deve ser instalada em partes altas no período da noite com a luz acesa (Figura 07). Figura 07: Armadilha Pensilvânia em funcionamento durante a noite. 12 O funcionamento da Pensilvânia é simples, onde os insetos são atraídos pela luz, batem nas paletas e sem poder sair, caem no recipiente coletor. Esse tipo de armadilha luminosa é especialmente eficaz na coleta de insetos das ordens Coleoptera, Lepidoptera, Hemiptera, Orthoptera e Diptera. Vantagens - Pode ser instalada em qualquer local; - Não necessita da presença do pesquisador durante a captura dos insetos; - É de fácil manuseio, podendo ser confeccionada facilmente; - Não danifica os insetos capturados, o que facilita estudos entomológicos. Desvantagens - Durante a chuva a lâmpada facilmente corre o risco de queimar. - Insetos da ordem Lepdoptera geralmente ficam muito danificados após o contato com o líquido, o que dificulta estudos taxonômicos. 13 ARMADILHA ADESIVA Carla de Oliveira Marques Essa armadilha é do tipo passiva, e de interceptação de vôo. Consiste basicamente em uma placa de acrílico transparente, folha de acetato ou vidro, na qual contém uma substancia adesiva, podendo ser cola comercial ou óleo de motor de carro, logo abaixo da placa coloca-se um recipiente do tamanho da mesma, que irá aparar a substância adesiva que irá escorrer (Figura 08). O tamanho da placa e altura em que é instalada irá de acordo com o objetivo do coletor. Figura 08: Armadilha adesiva. A armadilha intercepta o vôo de insetos que ficam colados na placa através da substância adesiva, sem a possibilidade de voar. Esse tipo de armadilha é muito eficaz na captura de insetos voadores, principalmente de pequenos dípteros. Vantagens - É um método barato; - Pode ser utilizada várias vezes; - Não precisa da presença do pesquisador. Desvantagens - A substância adesiva pode sair com a chuva; - Não captura insetos maiores, como mariposas e libélulas, devido ao peso não suportado na substância adesiva. 14 ARMADILHA SHERMAN E TOMAHAWK Claudimir de Menezes Campos A grande parte dos estudos que utilizam mais de um tipo de armadilha tem demonstrado maior eficiência nas estimativas de riqueza e abundância de pequenos mamíferos (Filho, 2006). A amostragem de pequenos mamíferos não voadores usa gaiola tipo Sherman e Tomahawk (Figura 09) e armadilhas de queda (pitfalls). Estas armadilhas capturam diferentes espécies de mamíferos e espécies de invertebrados associados aos mamíferos, as mesmas podem ter sua eficiência influenciada por fatores climáticos, número e disposição das armadilhas, isca e duração da coleta. Figura 09: Gaiola tipo Sherman e Tomahawk com isca. Vantagens - Não tem esforço de coletar o animal; - É possível realizar outros trabalhos, enquanto o animal é atraído pela isca que esta dentro da armadilha. Desvantagens - Possui o risco de machucar ou matar o animal; - Contato direto pode causar risco de moléstia ao homem; - Caro, esforço de amostragem grande e frequente. 15 ARMADILHA MALAISE (TOUNES) Claudimir de Menezes Campos Malaise, que foi desenvolvida pelo entomólogo sueco René Malaise e modificada por Townes (1972), o modelo é formado por uma tenda de tela de náilon que dependendo do ambiente é sustentada por estacas de madeira, com uma barreira central também em náilon (Figura 10). Ao serem interceptados pela barreira os insetos tendem a subir, nessa tentativa chocam-se e caem ao solo, em seguida sobem, em seguida são capturados no ponto mais alto da tenda, com um recipiente fixo contendo etanol 70%. Figura 10: Malaise modificada por Townes. Vantagens - É de fácil transporte e pode ser instalada por uma pessoa somente; - Coleta insetos de vôos mais baixos. Desvantagens - Não coleta insetos de vôos altos. - Só captura insetos em uma direção. 16 ARMADILHA SUSPENSA Eduarda Denise Dourado A armadilha suspensa serve para coletar a fauna de insetos da copa das árvores. É disposta verticalmente em forma de uma pirâmide, que pode ser colocada a uma distância de 1,5 m a alturas consideráveis, como 40 m do solo. Composta de um frasco coletor contendo álcool 80%, logo abaixo um tecido fino (filó), presos em 4 canos PVC, formando uma base quadrada (Figura 11). Figura 11: Armadilha Suspensa. Para ser colocada, é utilizado um equipamento chamado “Bigshot”, uma espécie de estilingue de 1,5 m, ao qual é arremessado um peso preso a um barbante fino, e lançado sobre os galhos da árvore. Ao passar esse barbante fino, há uma substituição por uma corda mais resistente que deixe a armadilha presa sem risco se cair. Vantagens - Fácil de construir; - Pode permanecer em campo por horas, dias ou meses, desde que seja feita a troca do álcool; - Pode ser colocada em qualquer altura, podendo ser feito diferentes estratificações; - Podem ser utilizados septos de cores diferentes, para atrair insetos variados. Desvantagens - Não pode ser utilizada para fauna de solo, somente para alguns grupos de insetos voadores. 17 CATAÇÃO Eduarda Denise Dourado Este é o método mais simples de realizar a coleta de insetos, onde são utilizadas as mãos para abrir troncos, mexer na serapilheira e retirar insetos maiores pousados em troncos. Podem ser utilizadas pinças para insetos nocivos e pincéis com uma pouco de álcool para grupos menores, como por exemplo, Psocoptera e Embioptera em troncos (Figura 12). Figura 12: Catação manual com um pincel. Vantagens - Podem ser coletados insetos variados, de pequeno a grande tamanho. Desvantagens - Há perigo de encontrar animais peçonhentos,podendo levar o coletor a mordidas, picadas, ferroadas e até substâncias que causem alergia; - Não se consegue uma ampla quantidade de insetos, como através de uma armadilha. 18 ARMADILHA PITFALL Eduarda Fernanda Gomes Viegas É um tipo de armadilha constituída por um recipiente plástico, uma tampa, dentro desse recipiente é colocada um pouco de água e um pouco de detergente para quebrar a tensão da água. Quanto a sua instalação, é feito uma abertura no solo com o mesmo diâmetro e altura do coletor, este tem que ficar o mais possível no nível do solo (Figura 13). Figura 13: Armadilha Pitfall instalada. Vantagens - Eficiente na captura de insetos que caminham sobreo solo; - Custo baixo para fabricação e utilização; - Pode ser utilizada para levantamentos de riqueza de espécies de solos. Desvantagens - Vulneráveis a chuvas fortes, pois o escoamento superficial pode encher o coletor e levar todo o material; - Seletiva para alguns grupos de insetos; - Vulnerável a mamíferos grandes, pois estes podem danifica-la e o esforço amostral investido seja perdido. 19 ARMADILHA DE INTERCEPTAÇÃO DE VOO DO TIPO JANELA Eduarda Fernanda Gomes Viegas É uma armadilha do tipo passiva muito utilizada para a interceptação de voo por meio de um obstáculo, no qual o inseto bate nesse obstáculo e cai no coletor que fica na região basal (Figura 14). Figura 14: Armadilha de interceptação de voo do tipo janela. Pode haver só um coletor deste que esse seja comprido em função ao comprimento da janela ou podem ser vários coletores utilizados, além disso, dentro desses coletores é necessário ter algum liquido, para que o inseto não saia do recipiente. Existem vários tipos de líquidos utilizados nessa armadilha, sendo que um dos mais baratos é a utilização de água com detergente. Quanto aos materiais utilizados na fabricação dessa armadilha, podem-se utilizar tecidos que se camufle no ambiente. Vantagens Eficiente na captura de insetos que geralmente não são coletados com os outros métodos; Muito indicada para coletar besouros; Método relativamente barato; Fácil instalação; Fácil transporte; Não ocupa grandes espaços. 20 Desvantagens Vulneráveis as chuvas muito fortes, pois podem encher os coletores ou dependendo da intensidade e velocidade da água os coletores podem ser levados e perder todo o material; Seletiva para alguns grupos de insetos; Cuidado com o tempo de coleta dos insetos, conforme o liquido utilizado, poderá haver perdas desse material; Vulnerável a mamíferos grandes, pois estes podem danifica-la. 21 TÉCNICA DE ASPERSOR Eliane Solar Gomes É utilizado um pulverizador de plástico com conteúdo açucarado (Figura 15) em uma área demarcada com fita, essa substância é pulverizada na vegetação para atração de algumas ordens como Lepidoptera, Diptera e Hymenoptera. Esse tipo de coleta é ativo e exige a presença do coletor no local. Figura 15: Pulverização de substância açucarada na vegetação. Vantagem - Possibilidade de direcionar a coleta para o inseto de interesse. Desvantagens - Se houver chuva a substância pulverizada na vegetação é perdida; - Necessita da presença de coletores no local. 22 FUNIL DE BERLESE Eliane Solar Gomes Esta armadilha é utilizada para captura de insetos edáficos que se localizam em meio à serapilheira. Trata-se de uma coleta passiva que consiste em um funil de 50 cm de altura com uma tela de malha fina (Figura 16), onde é colocado o material recolhido em campo. Figura 16: Funil de Berlese. Uma fonte luminosa artificial é encaixada na superfície superior do funil que provoca o aquecimento da amostra, fazendo com que os insetos sejam direcionados para o recipiente de álcool 70% que se localiza na base da armadilha. As amostras não podem secar demais, pois podem danificar os insetos fazendo com que estes morram antes de cair no frasco com álcool. Vantagens - Não necessita da presença de coletores; - Coleta fauna de solo. Desvantagens - Não coleta todas as ordens; - Necessita estar perto de local que tenha energia para seu funcionamento. 23 ARAPUCA (JAPONÊS) Evelyn Brandão Pereira Essa armadilha é posta em ambientes naturais. É feita de um saco de filó, com a abertura superior aberta e a inferior e a lateral fechada (Figura 17). E no fundo da armadilha é posto como isca a banana, frutas fermentadas entre outras frutas. Onde a borboleta vai lá na armadilha e começa a sugar a fruta e como ela está distraída e coletor pegar a borboleta. Figura 17: Arapuca (Japonês). Vantagens - É fácil de montar; - Pode pegar outros tipos de insetos que se alimentam de frutas; - Como é uma coleta ativa, não demora muito para coletar o que deseja. Desvantagens da armadilha - A borboleta pode custar a ir até a armadilha; - A borboleta pode escapar com uma maior facilidade; - Não tem nenhuma entrada para a borboleta ficar presa. 24 REDE DE NEBLINA Evelyn Brandão Pereira Essa rede é utilizada para coletar aves e morcegos para procurar neles ectoparasitas para fins entomológicos. É uma rede muito fina, quase invisível (Figura 18) que fica esticada dentro da floresta para que os animais ao voarem se prendam nela. Figura 18: Rede de Neblina. Vantagens - Por ser quase invisível a presa nem percebe que a rede está esticada; - Pode pegar qualquer inseto que voa; - Tem finalidade para quem trabalha com aves e com insetos. Desvantagens - Precisa de várias pessoas para montar a armadilha; - Como a rede é muito fina, ela embola com muita facilidade; - Um animal de grande porte quando passar por ela pode rasgá-la. 25 ARAPUCA Larissa Lima de Queiroz A arapuca se trata de uma armadilha de coleta passiva para borboletas que se alimentam de frutas. A armadilha consiste em tubo cilíndrico de organza fechado no topo, sua base consiste em uma plataforma onde é colocado um prato plástico contendo a isca, geralmente banana fermentada (Figura 19). Atraídas pelo odor das frutas em decomposição, as borboletas entram pela extremidade inferior do cilindro e quando tentam sair, por meio do movimento ascendente a borboleta fica presa. As armadilhas são montadas penduradas em árvores a aproximadamente 1,5 metros do solo. Figura 19: Arapuca montada em trilha. Vantagens - A armadilha possui baixo custo de confecção e manutenção e as iscas são economicamente viáveis; - As armadilhas são do tipo de coleta passiva diminuindo o esforço do coletor; - As armadilhas capturam uma grande diversidade de borboletas que se alimentam de frutas e não apenas borboletas como também podem atrair outros insetos como dípteros e himenópteros. Desvantagens - Quando montadas necessitam de manutenção diária do coletor para troca das iscas e captura dos espécimes; - Os espécimes podem conseguir escapar quando não retiradas a tempo; - Não coletas borboletas e mariposas que se alimentam de néctar. 26 VARREDURA Manoelina Lacerda Corrêa de Faria A coleta de insetos por meio de varredura é uma metodologia de baixo custo e alta eficiência para insetos de hábitos de forrageio no sub-bosque e na zona herbácea. Implica na busca ativa por parte do coletor que, utilizando uma rede entomológica com tecido resistente, vasculha a vegetação rasteira e arbustiva (Almeida et al. 2012). Vantagens - Muitos locais podem ser selecionados durante a varredura, podendo ser escolhidos ambientes específicos para busca do inseto de interesse; - Não utiliza equipamentos de alto custo e poder ser realizado apenas por uma pessoa ou melhorado com a colaboração de mais de umcoletor. Desvantagens - Necessita de esforço inteiramente humano, acaba que por limitar o tempo de trabalho; - Insetos que voam além do sub-bosque não podem ser alcançados por esse método; - Como depende especialmente da experiência do coletor, se não realizada corretamente o espécime pode fugir e ser perdido em meio à vegetação; - Se realizado com um grupo muito grande de pessoas, alguns insetos podem acabar afastando-se da área de busca devido ao barulho produzido; - Locais de vegetação muito densa e outros ambientes que dificultam a caminhada do coletor não são alcançados pelo método devido a difícil locomoção. 27 ARMADILHA CDC (CENTERS FOR DISEASE CONTROL) Manoelina Lacerda Corrêa de Faria Desenvolvida pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA e descrita por Sudia & Chamberlain (1962), a armadilha CDC foi criada com objetivo de monitorar espécies dípteras de importância médica como os flebotomíneos. Estes são hospedeiros intermediários do protozoário Leishmania, responsável pelo desenvolvimento de doenças em humanos e animais. A CDC pode ser utilizada para captura dos mais diversos grupos de insetos com fototropia positiva (Vieira & Gorayeb 2007). A armadilha utiliza o mecanismo de atração por luz. Baseia-se em um cilindro de acrílico com cerca de 10 cm de diâmetro onde no ápice possui uma pequena lâmpada, logo abaixo há uma ventoinha movida por um motor suprido por baterias, mantendo a CDC ligada pelo tempo que o pesquisador determinar (Figura 20). A ventoinha é voltada para um saco de tecido, assim que o inseto se aproxima da luz, é “sugado” para dentro do saco (Vieira & Gorayeb 2007). Figura 20: Armadilha CDC instalada no sub-bosque de uma floresta primária. O vento promovido pela ventoinha o impede de voar para fora. Acima da lâmpada, uma bandeja é fixada para impedir que a precipitação molhe tanto o motor como os animais capturados (Gomes et al. 1985). Vantagens - Pode ser instalada tanto no sub-bosque como no dossel, abrangendo espécies de diferentes hábitos; - É uma armadilha leve e de fácil montagem, podendo ser transportada desmontada para os locais determinados pelo pesquisador; - Possui uma alta eficiência na captura de dípteras, totalizando cerca de 90% dos indivíduos coletados (Vanderley et al. 2013). 28 Desvantagens - Coleta de animais com fototropismo negativo e indivíduos maiores como grandes mariposas ou besouros não são capturados devido ao pouco diâmetro da armadilha; - A CDC é adquirida comercialmente e, possui um custo alto de investimento, principalmente se o pesquisador necessitar de amostrar várias áreas ao mesmo tempo; - Com o tempo já avançado de utilização ela pode apresentar problemas mecânicos, necessitando de reparos técnicos, o que demanda investimento monetário; - Outro ponto a se observar é a possibilidade da armadilha desligar por problemas mecânicos ou baterias ineficientes perdendo todo ou parte do material capturado deve ser mencionado; - Ainda, fortes chuvas e ventos podem acabar comprometendo o bom funcionamento do equipamento. 29 GUARDA-CHUVA ENTOMOLÓGICO Matheus Mauri Frascareli Bento É um dos métodos mais eficientes para se coletar insetos que pousam em vegetação arbustiva. O guarda-chuva entomológico (Figura 21) é confeccionado com um tecido branco de formato quadrangular com reforços de pano nos quatro cantos. Figura 21: Demonstração de uso do Guarda-chuva entomológico. Duas hastes de madeira devem ser intercruzadas e suas extremidades acomodadas dentro dos reforços de pano (Figura 22). Um bastão é utilizado para bater na vegetação enquanto o guarda-chuva entomológico é posicionado embaixo da região do arbusto que sofre a batida. Desse modo, na medida em que os insetos caem no tecido branco, vão sendo coletados com o auxílio de pincel, pinça, aspirador ou mesmo com as mãos do próprio coletor. Figura 22: Esquema da estrutura do Guarda-chuva entomológico. 30 Vantagens - Além de ser um método simples, barato e eficiente, pode ser utilizado para a coleta de diferentes grupos de insetos que pousam sobre os arbustos, dependendo somente do grupo de interesse dos coletores. Desvantagens - A fauna coletada com este método se torna um tanto restrita, uma vez que não abrange os insetos de solo e tampouco aqueles de dossel; - Pela quantidade relativamente grande de tarefas como segurar o guarda-chuva entomológico, bater na vegetação com o bastão, trazer o tubo mortífero para perto e coletar os insetos ainda vivos, o uso deste método exige sempre a presença de dois ou mais coletores. 31 FOCAGEM NOTURNA Matheus Mauri Frascareli Bento É um método ativo de coleta em que os coletores procuram, à noite, insetos de seu grupo de interesse utilizando luzes artificiais de lanternas. A exploração do ambiente se dá percorrendo trilhas e verificando toda a vegetação rasteira, arbustiva e arbórea. Os insetos encontrados podem ser coletados manualmente, com o auxílio de pinça, aspirador ou rede entomológica e colocados na câmara mortífera contendo no fundo um chumaço de algodão embebido em Éter ou Acetato de etila. Vantagens - Se torna um método de coleta muito seletivo à medida em que os coletores se deslocam à procura dos insetos que pertencem a determinados grupos de interesse, ou seja, não há coleta desnecessária de insetos como ocorre em alguns métodos passivos de coleta; - A possibilidade de procurar os insetos e avistá-los em suas atividades contribui para o conhecimento dos modos de vida com informações biológicas sobre aquelas espécies, a saber, corte, acasalamento, postura de ovos, alimentação e outras; - A coleta ativa noturna permite a captura de insetos de hábitos noturnos que dificilmente são coletados por métodos passivos. Desvantagens - Exige um esforço de coleta relativamente grande, já que os coletores devem se deslocar à procura de insetos que muitas vezes apresentam nichos ecológicos diversos; - A escuridão noturna é um fator negativo, impedindo que os coletores avistem possíveis perigos na trilha percorrida como animais peçonhentos ou mamíferos de médio e grande porte. 32 COLETA ATIVA COM REDE ENTOMOLÓGICA AQUÁTICA (RAPICHÉ) Mônica Kalid Pedroza Tavares O rapiché, conhecido também como rede entomológica aquática, possui tela de náilon e aro quadrado, o que aumenta a eficiência da coleta, permitindo o ajuste do coador no paredão e direcionando a água para o interior da rede. É preciso que a coleta seja feita sempre da jusante para a montante, ou seja, em sentido contrário ao da correnteza da água. Essa rede é utilizada para captura de insetos na superfície ou submersos em riachos ou córregos (Figura 23). Figura 23: Demonstração de uso do rapiché. Vantagens - Não entra em contato com o inseto, assim evita quebrá-lo; - Fauna aquática diversa. Desvantagens - Coletas apenas diurnas; - Não coleta fauna terrestre; - Coleta ativa. 33 LENÇOL ILUMINADO Mônica Kalid Pedroza Tavares Existem diferentes tipos de armadilhas que utilizam a luz como atrativo para coletar insetos. Pode-se utilizar um pedaço de tecido branco esticado entre dois suportes como um lençol (Figura 24), ou uma parede como área de coleta, iluminada por uma fonte de luz. O coletor fica por perto e coleta os insetos do grupo alvo que são atraídos. Figura 24: Lençol iluminado. Vantagens - Coleta insetos atraídos por luz; - O inseto vem até a armadilha. Desvantagens - Coleta ativa; - Não atrai os insetos fototrópicos negativos; - Se chover, a armadilha pode ser perdida; - Corre o risco de a lâmpada queimar. 34 REDE ENTOMOLÓGICA(PUÇÁ) Sabrina Cruz de Lima O puçá, conhecido também como rede entomológica (Figura 25) é um método de coleta ativo utilizado para coletar insetos em vôo, é constituído de um cabo de material leve, porém resistente, podendo ser madeira ou alumínio o qual é preso a um aro de metal que sustenta um pano fino (filó ou voile) no formato cônico com o fundo arredondado. Figura 25: Exemplo de Puçá. Vantagens - É bastante acessível, tem baixo custo e fácil aquisição; - Pode ser facilmente confeccionada; - É de fácil manuseio; - A coleta é seletiva. Desvantagens - É uma coleta ativa, necessita de um coletor durante toda a coleta; - Exige certo esforço por parte do coletor; - Exige habilidade por parte do coletor, especialmente para a coleta de insetos mais ariscos. 35 ASPIRADOR ENTOMOLÓGICO Sabrina Cruz de Lima O aspirador entomológico pode ser elétrico ou bucal, o bucal é constituído por um recipiente tubular com tampa por onde saem duas mangueiras de borracha, o coletor aspira os insetos pela mangueira com a extremidade interna protegida por uma malha ou tela fina, a tela impede que os insetos cheguem até a boca do coletor, ao serem aspirados os insetos ficam contidos dentro do aspirador. O aspirador entomológico elétrico (Figura 26) possui o mesmo principio do bucal, funciona à pilha ou à bateria e a sucção é feita mecanicamente por meio de uma hélice, pose ser constituído de cano PVC, uma mangueira plástica, um compartimento para as baterias e um compartimento onde os insetos ficam retidos. Figura 26: Exemplo de aspirador entomológico elétrico. Vantagens - É um método seletivo; - Fácil aquisição; - Fácil manuseio; - Pode ser confeccionado com materiais simples; Desvantagens: - O aspirador bucal não deve ser utilizado em locais molhados ou com matéria em decomposição, podendo causar danos a saúde do coletor ao aspirar esse material, exige maior esforço; 36 - O aspirador elétrico necessita de pilhas e baterias para funcionamento; - Só pode coletar insetos pequenos; - Pode haver certa dificuldade na retirada dos insetos de dentro do aspirador, podendo ocorrer fuga; - É um método ativo de coleta, exigindo da presença do coletor integralmente. 37 MCPHAIL William Ribeiro da Silva Esta armadilha possui um formato de sino, com uma reentrância em sua porção basal, onde é adicionado um tipo de substrato atrativo (Figura 27). A coloração amarelada da armadilha tem como propósito aumentar sua eficiência de atratividade. A isca pode ser constituída de material orgânico em decomposição, o qual pode ser consorciado com um inseticida que não possua odor para que não venha a repelir os insetos, fazendo com que os mesmos morram mais rápido. São indicadas para o monitoramento e coleta de dípteros, especialmente de moscas-das-frutas. Esta armadilha deve ser instalada em galhos de árvores a uma distância de um metro e meio do nível do solo. Figura 27: Exemplo de Armadilha Mcphail. Vantagens - Baixo custo; - Facilidade de manuseio e instalação; - Seletividade dos insetos alvo por meio da isca atrativa; Desvantagens - Não coleta uma variedade de outras espécies de insetos; - Não há preservação dos exemplares dentro da armadilha, fazendo com que ocorra a coleta constante dos espécimes obtidos. 38 ARMADILHA DE EMERGÊNCIA William Ribeiro da Silva Esta armadilha tem o formato de uma barraca, sendo confeccionada por tecidos finos e resistentes do tipo filó, tendo como suporte para sua instalação, canos de metal (Figura 28). A armadilha apresenta uma cor preta na parte inferior e branca na parte superior. A base da armadilha é aberta, possibilitando desta forma, ser instalada no nível do solo, e impedindo que os insetos presentes na área de coleta não consigam sair. Considerando sua conformação, os insetos emergidos deslocam-se para a parte superior, onde são atraídos pela luz, sendo posteriormente preservados em frasco com álcool. Figura 28: Armadilha de emergência. Vantagens - Facilidade de transporte e instalação; - Coleta dos insetos presentes no local da armadilha. Desvantagens - Armadilha de alto custo financeiro; - Dificuldade em monitorar outros grupos de insetos; - Chuva, o vento, e o contato de determinados animais, como répteis e mamíferos que podem danificar a armadilha.
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