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AULA 1 – ENTOMOLOGIA GERAL PRÁTICA: COLETA, MONTAGEM E CONSERVAÇÃO DOS INSETOS MÉTODOS DE COLETAS: - O levantamento de insetos pode ser realizado para diferentes finalidades e, na maioria dos casos, requer a coleta e amostragem do material a ser estudado. - Para o sucesso na captura dos insetos é necessário que haja um planejamento prévio de alguns fatores, tais como: as condições climáticas, épocas do ano, fases lunares, metodologia de amostragem e a escolha correta da armadilha a ser utilizada. → Esses fatores variam conforme a morfologia e a incidência da entomofauna em determinados habitats. Ex. No Cerrado, a maioria dos insetos tem pico de atividade na estação chuvosa a qual coincide com o verão do bioma, constituindo está a melhor época do ano para realizar as coletas. COLETAS GERAIS: As técnicas de coletas podem ser divididas em: Ativas (redes, aspiradores, guarda-chuvas) e Passivas (coletas feitas com auxílio de armadilhas, ex.: armadilhas luminosas, armadilhas de queda, armadilha tipo janela, funil de Berlese). A partir dos processos de coleta, captura-se qualquer grupo de insetos (borboletas, formigas, besouros, moscas etc.) ► ATIVAS (dependem muito da atividade do coletor): - Rede Entomológica: Método de captura utilizado para coletar insetos em voo, composto por um aro de metal (30 a 50 cm de diâmetro) preso a um cabo de madeira de aproximadamente 1 m de comprimento, que sustenta um saco de filó. - Rede de varredura: Rede utilizada para varrer a vegetação, possui uma estrutura similar a rede entomológica - porém mais reforçada, e ao contrário da rede entomológica tem como principal objetivo a coleta de insetos que vivem na vegetação rasteira. - Guarda-chuva entomológico: tecido de coloração branca, chama-se de guarda-chuva pois normalmente apresentam estruturas que se assemelham a um guarda-chuva, porém, pode ser estruturado em um formato retangular - método utilizado normalmente em pequenas culturas; - Aspirador Entomológico: Este método favorece a coleta de pequenos insetos e pode ser confeccionado com tubos de vidros ou de plásticos, conta com duas aberturas e é fechado por uma rolha de cortiça ou de borracha, um dos quais tem sua extremidade inferior tampada por uma tela fina, fazendo com que o inseto fique retido no interior do frasco, e evitando assim, que o inseto ganhe acesso ao tubo de saída e ganhando acesso a boca do indivíduo coletor. ► PASSIVA (dependem pouco do coletor): Estes tipos de coletas utilizam normalmente uma fonte atrativa como isca, dependendo exclusivamente dos hábitos do inseto de interesse do colecionador. - Armadilha luminosa; - Armadilha de Malaise; - Funil de Berlese; - Armadilhas d'água; - Armadilhas caça-moscas; - Entre outras. MÉTODOS PARA MATAR: ∟ Os insetos adultos capturados devem ser mortos imediatamente, para evitar que fiquem se batendo no interior do tubo de captura. - Gases tóxicos (frasco de venenos): para este método é necessário o uso de um algodão embebido em éter ou clorofórmio comprimido no fundo de um frasco de plástico ou de vidro, que possua tampa. Como esses venenos evaporam-se, é necessário renová-los periodicamente. Exemplo das ordens de insetos: Diptera, Odonata, Neuroptera, Coleoptera, Hemiptera, Hymenoptera e Lepidoptera, devem ser mortos dessa maneira. - Álcool 70%: é o método mais utilizado, e pode ser preparado a partir de álcool 96ºGL (70cm3 de álcool e 26cm3 de água). Exemplo das ordens de insetos: Isoptera, Thysanura, Mecoptera, Phasmatodea, Plecoptera, Hymenoptera (formigas) e Orthoptera (essa ordem também podem ser mortos por gases tóxicos). Obs. Os tripes (thysanoptera) devem ser mortos em álcool 60% a fim de facilitar a preparação das lâminas microscópicas. - Compressão da região torácica: espécies da ordem Lepidoptera (borboletas e mariposas) devem ser mortas comprimindo-se com os dedos os lados do tórax sem tocar as asas e colocando-as em envelopes entomológicos com os dados de coleta. ∟ a região torácica do inseto se refere a área na qual tem suas pernas dispostas, método normalmente utilizada em borboletas; TRANSPORTE: - Materiais de Transporte → O material para transporte dos exemplares para laboratório consiste basicamente de caixas com manta entomológica, envelopes entomológicos e tubos de ensaio (utilizados para o transporte de microlepidópteros, como pequenas mariposas e borboletas). Ex.: Caixa com manta entomológica: (visão de cima): (visão lateral): MONTAGEM DE INSETOS: Sempre que possível os insetos devem ser montados poucos minutos depois de mortos, pois assim ainda estão flexíveis o suficiente para que sejam moldados da forma desejada. - Câmara úmida → Antes de montar os insetos secos e duros, é necessário colocá-los na câmara úmida para que amoleça os insetos, com uma camada de areia no fundo misturada com naftalina ou fenol (ou outro desinfetante domésticos; já na câmara, deve-se haver inspeção frequente para ver se o material ainda está válido, verificar se há proliferação de fungos no ambiente e certificar-se de que o inseto possua características necessárias para que possa ocorrer a alfinetagem); - Alfinetagem → A alfinetagem é feita com alfinetes entomológicos (importados), e devem ser numerados de 000, 00, 0, 1, 2, até 10, aumentando gradativamente conforme o tamanho e a espessura do inseto coletado. Os insetos devem ser alfinetados em determinados locais, conforme a ordem a que pertencem. - Dados de Coleta e Etiquetagem → Todo os insetos coletados devem possuir etiquetas, as quais devem conter a data de coleta, local e o nome do coletor, podendo haver mais informações, conforme o necessário. Obs. O inseto coletado que não possuir as informações e dados básicos de coleta, não pode ser considerado. - Bloco e tábua de montagem → Pode ser utilizado para obter uma uniformidade na montagem. É uma ‘escadinha’ de madeira, com alturas de 7, 15, 25mm. Em cada degrau há um furo central, por onde passa um alfinete. Assim, depois de alfinetar o exemplar, usa-se um dos degraus para completar a transfixação. O inseto alfinetado deve ficar rigorosamente perpendicular ao alfinete, e a uma distância de 1 cm da cabeça do alfinete. ∟ alguns insetos possuem apêndices muito longos e devem ser fixados de modo rente a estrutura do corpo. - Dupla montagem (montagem de insetos diminutos): Para insetos de corpos pequenos/diminutos é feito o processo de dupla montagem, onde utiliza-se uma estrutura de cartolina em formato triangular e colado com esmalte de unha incolor na extremidade do papel, assim o inseto não deve ser alfinetado. CONSERVAÇÃO DE COLEÇÕES ENTOMOLÓGICAS: ∟Os insetos mortos em álcool 70%, bem como as formas imaturas, são conservados nas coleções nesse mesmo fixador, já os insetos mortos com gases tóxicos, após montados e etiquetados, são guardados em caixas leves ou gavetas entomológicas. Exemplos de locais para conservação: - Via Seca; - Via Úmida; - Caixa entomológica; - Gavetas entomológicas; - Coleções de Isoptera (cupins); - Coleção em Lâminas;
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