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Pr2 MT2 - Infecções virais

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Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS 
Objetivos: 1. Explicar as características gerais do vírus 
2. entender os mecanismos de agressão e defesa viral 
3. compreender a capacidade de multiplicação dos vírus 
4. elucidar a patogênese da infecção viral 
5. explicar as principais IVAS 
6. diferenciar a gripe do resfriado 
7. identificar as principais estratégias para combater as 
infecções virais 
 
1. Explicar as características gerais do vírus 
SÃO AGENTES INFECCIOSOS 
Os vírus são estruturas acelulares, com um ciclo 
de replicação exclusivamente intracelular. 
CONSIDERADOS PARASITAS 
INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS. (Não 
possuem atividade quando não estão 
parasitando) 
Possuem estruturas com morfologias diferentes. 
Basicamente composta por uma molécula de 
ácido nucleico circundado por uma capa de 
proteína, podendo conter lipídios e açucares. 
Os vírus não podem ser cultivados em meio 
artificial, pois são agentes intracelulares, que 
requerem metabolismo celular ativo para 
amplificação de seu material genético e progênie. 
(NÃO POSSUEM METABOLISMO PRÓPRIO) 
Os vírus CONTÊM SOMENTE UM TIPO DE 
ÁCIDO NUCLEICO RNA OU DNA, como código 
genético. O restante da sua composição é 
proteína e glicoproteína 
Fora da célula animal, bacteriana ou vegetal 
VIVA, um vírus É INCAPAZ de realizar sua 
replicação. 
Atuam de forma especifica, alguns só invadem 
células humanas, outros somente vegetais. 
 Alguns vírus podem infectar vários tipos 
celulares, enquanto outros são bastante 
restritos quanto ao tipo celular que 
infectam. 
São capazes de sofrer mutações e adaptações. 
Não consegue ser visto em microscópio óptico, 
apenas microscopia eletrônica. 
Morfologia da partícula viral: 
1. Poliédrica 
2. Helicoidal 
3. Complexa 
4. Poliédrica envelopada 
5. Helicoidal envelopada 
Vírus nus: formado basicamente por um material 
genético, protegido por uma estrutura geralmente 
geométrica, formada basicamente por 
polipoptideos chamadas capsômeros. Juntos 
foram o capsídeo. 
 Os capsômeros interagem entre si de 
maneira ordenada, geralmente seguindo 
um eixo de simetria. Essas unidades 
morfológicas formam o capsídeo que, 
geralmente, é formado por hexâmeros nas 
áreas planas dos vírus e pentâmeros nos 
vértices virais 
 Capsídeo: capa de proteína que envolve 
diretamente o ácido nucleico 
 
Vírus envelopados: 
 Core ou cerne: é formado pelo ácido 
nucleico viral mais as proteínas virais 
envolvidas na replicação e a ele 
associadas 
 Envelope: camada bilipídica 
(Sensibilidade a detergentes, solventes 
orgânicos) proveniente da célula 
hospedeira, que envolve certas partículas 
virais (vírus envelopados), em que se 
encontram inseridas as glicoproteínas 
conhecidas pelo nome de peplômeros ou 
espículas virais. 
 Espículas: permite que o vírus penetre na 
célula e a infecte. 
Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS 
 
 
Estrutura viral: 
 
 
Capsídeo 
 Na natureza, encontramos capsídeos com 
simetrias denominadas helicoidal, 
icosaédrica ou complexa 
(pseudossimetria). 
Ligações não covalentes. Tais ligações 
têm a função de facilitar a liberação do 
ácido nucleico dentro da célula, mas 
mantêm as proteínas unidas para a 
manutenção da rigidez e estabilidade do 
vírus fora da célula. 
 
Envelope 
 Derivado das membranas celulares. A 
aquisição do envelope é realizada por um 
processo denominado brotamento, e 
requer primeiramente o direcionamento de 
proteínas virais (espículas) para uma 
membrana celular (local de brotamento) e, 
posteriormente, ocorre a interação entre 
proteínas virais intracitoplasmáticas com 
essas proteínas virais inseridas na 
membrana celular. 
 
Ácido nucleico viral 
 A maioria dos genomas virais é composta 
de uma única cópia de cada gene 
(haploide), com exceção do genoma dos 
retrovírus, que apresentam duas cópias 
de cada gene (diploide). Os genomas 
virais podem ser de fita dupla, fita simples, 
circular ou linear; além disso, podem 
apresentar genoma único (apenas uma 
fita) ou segmentado, em que a informação 
genética é dividida em diferentes 
segmentos do ácido nucleico. 
 Quanto maior o genoma, maior a 
quantidade de proteínas codificadas por 
ele. Contudo, há mecanismos de 
aproveitamento do genoma viral, como 
por exemplo, a tradução das proteínas em 
uma poliproteína que é clivada para 
originar as proteínas finais. Nesse caso, 
muitas vezes, as poliproteínas podem 
apresentar funções diferentes de seus 
produtos finais clivados durante o 
processo de infecção. Proteínas 
codificadas pelo genoma e traduzidas 
somente durante a replicação viral são 
chamadas de proteínas não estruturais, 
ao passo que aquelas que compõem a 
estrutura da partícula são denominadas 
proteínas estruturais. 
 O conjunto de capsídeo e ácido nucleico é 
denominado nucleocapsídeo. Os termos 
RNA genômico ou DNA genômico são 
designados para o ácido nucleico, que se 
encontra na partícula viral madura (vírion). 
 
2. Entender os mecanismos de agressão e defesa 
viral 
A despeito dos múltiplos mecanismos de defesa 
contra os vírus, as doenças virais não só são 
comuns, como hoje representam uma das mais 
importantes doenças infecciosas associadas com 
a mortalidade da população. 
Na fase inicial das infecções virais, o controle 
dessas infecções é feito pelos interferons tipo I 
(IFN-a e IFN-b), pelos macrófagos e pelas células 
NK. 
Os interferons tipo I são produzidos por células 
infectadas por vírus e, ao interagir com uma 
célula não infectada, têm a propriedade de 
protegê-la contra a infecção, além de colaborar 
com a resposta imune adaptativa. O IFN-g 
também atua contra as infecções virais mediante 
a ativação dos macrófagos com destruição dos 
vírus e também das células NK (células 
citotóxicas naturais), as quais, pela liberação de 
granzima e perfurina, destroem as células 
infectadas. Adicionalmente, a IL-12 possui 
Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS 
participação importante na fase inicial, sendo 
produzida por macrófagos e outras células 
apresentadoras de antígenos, estimulando as 
células NK a exercer citotoxicidade e a produzir 
mais IFN-g, que por sua vez aumenta o potencial 
microbicida dos macrófagos. 
A imunidade adaptativa contra os antígenos virais 
ocorre com ativação de células TCD8+ que vão 
exercer citotoxicidade pelo reconhecimento de 
antígenos virais via MHC classe I nas células 
alvo, e conseqüente liberação de granzima e de 
perfurinas com lise das células infectadas e 
também dos vírus. Durante a resposta imune 
adaptativa há também ativação das células 
TCD4+, que vão colaborar com as células B na 
produção de anticorpos. A despeito de os vírus 
serem agentes intracelulares, os anticorpos têm 
papel importante no combate às infecções virais, 
desde que, por ocasião da propagação da 
infecção viral, após multiplicarem-se em células 
infectadas, os vírus rompem essas células, 
ficando livres até a penetração em outra célula. 
Nessa fase extracelular os anticorpos podem 
ligar-se aos vírus e, por meio do mecanismo de 
neutralização, impedir que eles penetrem uma 
célula não infectada. Alternativamente, anticorpos 
podem ser adjuvantes no mecanismo de 
citotoxicidade celular dependente de anticorpos, 
ao se ligar às células infectadas, permitindo a 
ação das células NK. Em várias doenças, a 
exemplo de poliomielite, sarampo, hepatite B e 
varicela, o anticorpo tem papel fundamental na 
proteção contra a infecção quando se trata de um 
hospedeiro previamente sensibilizado, seja por 
uma infecção prévia ou por imunização. Isso 
porque, em indivíduos já sensibilizados, a 
presença de anticorpos pode interceptar os vírus, 
impedindo sua ligação com a célula do 
hospedeiro. 
Em virtude dos múltiplosmecanismos de defesa 
contra os vírus, grande parte das infecções virais 
é assintomática ou tem uma apresentação 
subclínica com manifestações inespecíficas, 
como febre e rash cutâneo. Todavia, várias 
infecções virais progridem, e dano tecidual 
importante pode ocorrer. A patologia associada à 
infecção viral pode estar relacionada com um 
efeito citopático do vírus, reação de 
hipersensibilidade e fenômenos auto-imunes 
Em muitas infecções virais a destruição de célula 
acontece por mais de um desses mecanismos. 
Por exemplo, na infecção pelo HIV e nas 
infecções pelo vírus B e vírus C da hepatite, a 
destruição da células infectada é mediada tanto 
pelo efeito citopático do vírus como através de 
citotoxicidade por células NK e células CD8. 
Algumas infecções virais exemplificam bem a 
ampla dimensão dos mecanismos de agressão 
tecidual que ocorrem no curso dessas infecções. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext
&pid=S0365-05962004000600002 
3. Compreender a capacidade de multiplicação dos 
vírus 
Em geral, após a liberação do genoma viral na 
célula (RNA ou DNA), as primeiras proteínas 
produzidas são aquelas que asseguram a 
replicação do genoma (não estruturais); as 
proteínas que integram a nova partícula viral 
sintetizada são produzidas em uma fase mais 
tardia e são chamadas proteínas estruturais. 
 
A infecção viral leva à produção de centenas ou 
milhares de novas partículas virais por causa da 
célula infectada. A essência deste tipo de 
multiplicação viral é dupla: replicação do ácido 
nucleico viral e produção de capsídeos para 
conter esse ácido nucléico. 
ETAPAS DA REPLICAÇÃO 
 Adsorção: A adsorção é a primeira etapa 
da biossíntese viral (ou ciclo de replicação 
viral), na qual ocorre a ligação 
específica de uma ou mais proteínas 
virais com proteínas na superfície 
celular. Consiste na ligação especifica da 
glicoproteína viral ao receptor celular da 
célula hospedeira. A existência de 
receptores na superfície celular, que são 
reconhecidos pelas proteínas virais, torna 
essa célula suscetível à infecção. 
Acontece através de um reconhecimento 
mutuo, que formam pontes eletrostáticas 
entre as proteínas interatuantes. 
A ligação à célula hospedeira geralmente 
é irreversível, com exceção dos 
ortomixovírus e de alguns paramixovírus, 
que podem ser eluídos da superfície da 
célula por meio da ação de uma enzima 
viral (neuraminidase). Chave-fechadura 
para acontecer a infecção viral 
 Penetração: é um evento que depende de 
energia e envolve a etapa de 
transferência do vírus para dentro da 
célula. Três mecanismos básicos pelos 
quais os vírus podem penetrar nas 
células: 1. Penetração por injeção: típico 
de bacteriófagos, onde só acontece a 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000600002
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000600002
Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS 
penetração do genoma viral. 2. 
Penetração por endocitose: semelhante 
a fagocitose. Os vírus, após sua ligação 
ao receptor, são englobados pela 
membrana plasmática, ficando no interior 
de vesículas nas células. Estas vesículas 
podem se fundir com os endossomos, 
para posterior digestão do capsídeo viral, 
liberando o ácido nucléico. 3. Penetração 
por fusão: ocorre para vírus envelopados, 
sendo o resultado do processo de fusão 
do envelope viral com a membrana 
celular, liberando o nucleocapsídeo no 
interior da célula. 
 Descapsidação: capsula que protege o 
material fica para fora, pois só penetra o 
material genético. 
 Transcrição: é feito pela maquinaria 
celular para produção de novos vírus. 
 Tradução: é pegar o que tá codificado no 
material genético e TRADUZIR e produzir 
proteína que junto ao material genético 
são as únicas coisas formadoras da 
unidade viral 
 Replicação: acontece no interior da célula 
onde o genoma viral é transcrito para a 
formação de um RNA viral que irá 
sintetizar as proteínas necessárias a 
replicação de seu genoma assim como as 
proteínas estruturais, após a síntese irá 
ocorre a replicação. Somente ira sair da 
célula quando a quantidade de vírus for 
tão grande que a célula não consegue 
mais suportar, o vírus sai da célula já 
maduro 
 Maturação: após a sintetização, as 
proteínas e o ácido nucléico viral tem de 
ser reunidos para formar partículas virais 
maduras, processo geralmente chamado 
de maturação. 
 Liberação: os vírus devem se disseminar 
de uma célula para outra. Para tanto, a 
partícula infecciosa deve deixar a célula 
na qual houve a maturação e penetrar 
numa célula não infectada. 
 
RNA + = RNA mensageiro 
RNA - = Não mensageiro 
Retrovírus: mesmo possuindo RNA ele traz em 
sua estrutura chamada transcriptase reversa, que 
pode formam DNA de fita dupla, produz copias 
de DNA que serão acopladas no cromossomo da 
célula hospedeira, vão produzir novos capsídeos 
virais e o vírus irá sair dessa célula e infectar 
células vizinhas. TCD4 especifica da infecção do 
HIV 
 
4. Elucidar a patogênese da infecção viral 
Patogenicidade: capacidade de o agente infectar 
o hospedeiro e causar doença 
Patogênese ou patogenia: os dois termos são 
sinônimos e são utilizados para definir as etapas 
ou mecanismos envolvidos no 
desenvolvimento de uma doença. 
Vias de transmissão são variáveis 
Contagio (contato direto vírus/hospedeiro)  
penetração  disseminação (linfática, sangue ou 
neuronal)  o vírus espalhado pelo corpo 
apresenta o pródromos (primeiros sintomas)  
infecção assintomática (se vírus for interrompido 
e a doença progredir) ou sintomática (doença 
infecciosa viral) 
Período de incubação da doença variável que é o 
período de contato até o aparecimento da 
doença. 
Principais formas de transmissão: 
1. Transmissão pela picada de artrópodes 
(arboviroses: dengue, chikungunya, zika) 
2. Transmissão vertical (Via 
transplacentária) rubéola congênita, 
síndrome da rubéola congênita (catarata, 
glaucoma, retinopatia, microftalmia, 
surdez, cardiopatia, microcefalia e retardo 
mental) 
3. Transmissão horizontal (via fecal-oral) 
poliomielite 
Portas de entrada: 
1. Pele 
2. Conjuntiva 
3. Trato respiratório 
4. Trato digestório 
5. Trato genital 
6. Transfusão de sangue 
7. Transplantes 
Infecção sintomática: 
Aguda: gripe 
Crônica (se infecta e demora a apresentar 
sintomas): HIV, HTLV (leucemia linfotropica) e 
Papilomavirus. 
Persistente (com dois quadros): catapora, herpes 
zóoster (vírus da catapora) 
Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS 
Latente com recorrência(vírus está o tempo todo 
na célula e quando se manifesta uma queda da 
imunidade essa doença se manifesta): herpes 
genital, herpes labial. 
Principal método de diagnostico 
O que define o teste usado é o tempo da doença. 
Nos primeiros dias da doença tem-se uma 
viremia muito alta, então se faz o PCR que é o 
teste que vai identificar o vírus no organismo. Se 
está nos dias mais prolongados da doença a 
carga viral já caiu pois o organismo começa a 
produzir anticorpo, daí pesquisa-se os anticorpos 
por meio de sorologia, mais comuns IgM (fase 
aguda) e IgG 
 
Para garantir que a infecção seja bem-
sucedida, é necessário que pelo menos 3 
requisitos sejam atendidos: o inóculo viral deve 
ser suficiente para iniciar a infecção; as células 
no sítio inicial da infecção devem ser acessíveis, 
suscetíveis e permissivas ao vírus; e os 
mecanismos de defesa local do hospedeiro 
devem estar ausentes ou ineficientes. 
Mecanismos de disseminação dos vírus pelo 
organismo 
Os vírus podem permanecer localizados na 
superfície do corpo na qual penetraram ou 
podem causar infecções disseminadas. Para uma 
infecção se espalhar para além do sítio primário, 
é necessário ultrapassar asbarreiras físicas e 
imunológicas. Após cruzar o epitélio, as 
partículas virais alcançam a membrana basal, 
comprometendo sua integridade pela destruição 
das células epiteliais e pelo processo 
inflamatório. Abaixo da membrana estão os 
tecidos subepiteliais, nos quais os vírus 
encontram fluidos teciduais, sistema linfático e 
fagócitos. Todos apresentam papel importante na 
eliminação das partículas estranhas; contudo, 
também podem disseminar os vírus a partir do 
sítio primário da infecção. 
Liberação direcionada das partículas virais 
A liberação dos vírus na membrana basolateral 
possibilita o acesso aos tecidos adjacentes e 
pode facilitar o espalhamento sistêmico 
Disseminação local pela superfície do epitélio 
Após a penetração dos vírus nas células do 
epitélio, ocorre a replicação com invasão das 
células vizinhas pelos novos vírus formados. 
Essa é a maneira de disseminação dos vírus que 
causam infecção localizada na pele e nas 
mucosas. Os vírus que entram no corpo via trato 
gastrointestinal ou sistema respiratório também 
podem ser disseminados rapidamente pela 
superfície epitelial, com o auxílio do movimento 
mucociliar local. 
Disseminação pelos nervos periféricos 
Muitos vírus se disseminam a partir do sítio 
primário da infecção por meio das terminações 
nervosas locais. Para alguns vírus, a 
disseminação neural é a característica definitiva 
da sua patogênese; para outros, a invasão do 
sistema nervoso é um desvio pouco frequente do 
seu sítio de replicação e destino. Alguns vírus 
podem atingir o tecido cerebral por via 
hematogênica; outros vírus ganham acesso ao 
sistema nervoso central via nervo olfatório ou 
oftálmico. 
Aula SANAR 
Virologia Humana – livro cap 6 
 
5. Explicar as principais IVAS 
Rinofaringite aguda (resfriado) 
O resfriado o é uma infecção leve das vias 
aéreas superiores - nariz e garganta. Não existe 
remédio para curá-lo ou vacinas para preveni-lo. 
O tratamento tem por objetivo, apenas, amenizar 
os sintomas. Se não houver complicação, tende a 
evoluir bem em poucos dias. A doença afeta, 
principalmente, as mucosas do nariz e da 
garganta e tem maior prevalência entre 
crianças de dois a seis anos de idade, que 
apresentam de três a nove episódios de 
resfriado por ano. 
Os episódios de resfriados geram um processo 
inflamatório da mucosa nasal, que pode obstruir 
os óstios dos seios paranasais e da tuba auditiva, 
permitindo, por vezes, a instalação de infecção 
bacteriana secundária; o que ocasiona sinusite e 
otite média agudas com maior frequência 
Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS 
Faringoamigdalite Aguda 
A infecção de garganta pode ser causada por 
infecções bacterianas ou virais. A maioria dos 
casos é de origem viral. As infecções de garganta 
por vírus são processos benignos que se 
resolvem espontaneamente, ao contrário das 
bacterianas que podem levar a complicações, 
como abscessos e febre reumática. O principal 
sintoma desse quadro é a presença de uma dor 
de garganta, associada, ou não, à dificuldade 
para engolir (odinofagia). 
Algumas faringoamigdalites virais, como: Herpes 
Vírus, Mononucleose Infecciosa, Difteria e 
Coxsackie do grupo A podem manifestar alguns 
desses sintomas, simulando uma infecção 
bacteriana. 
Rinossinusite Aguda 
A sinusite é uma doença inflamatória que 
acomete os quatro pares de seios paranasais 
(maxilares, etmoidais, frontais e esfenoidais) 
todos são revestidos por epitélio respiratório 
produtor de muco, transportado por ação ciliar, 
através da abertura do seio paranasal (óstio 
sinusal), para dentro da cavidade nasal (meato 
médio). Através deste mecanismo, os seios são 
mantidos estéreis. É a quinta indicação mais 
comum de uso de antibióticos. 
 
https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-
content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS-
corrigido.docx-10112014.pdf 
Laringite viral aguda 
Também denominada de crupe viral, esta 
laringite é uma inflamação da porção subglótica 
da laringe, que ocorre durante uma infecção por 
vírus respiratórios. A congestão e edema dessa 
região acarretam um grau variável de obstrução 
da via aérea. 
Acomete com maior frequência lactentes e pré-
escolares, com um pico de incidência aos dois 
anos de idade. A evolução pode ser um pouco 
lenta, com início do quadro com coriza, febrícula 
e tosse. Em 24-48 horas acentua-se o 
comprometimento da região infraglótica, com 
obstrução de grau leve a grave e proporcional 
dificuldade respiratória. A evolução natural, na 
maioria dos casos, é a persistência do quadro 
obstrutivo da via aérea por 2-3 dias e regressão 
no final de cinco dias. 
O vírus parainfuenza I e II e o vírus sincicial 
respiratório são os agentes causais mais comuns. 
Adenovírus, influenza A e B e vírus do sarampo 
também podem estar envolvidos. O micoplasma, 
com menor frequência, pode estar envolvido em 
casos agudos de obstrução de vias aéreas 
superiores. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext
&pid=S0021-75572003000700009 
 
6. Diferenciar a gripe do resfriado 
A gripe ou influenza é causada por um vírus e 
geralmente é caracterizada por febre alta, 
seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de 
cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma 
mais importante e dura em torno de três dias. Os 
sintomas respiratórios como a tosse e outros, 
tornam-se mais evidentes com a progressão da 
doença e mantêm-se em geral de três a cinco 
dias após o desaparecimento da febre. Alguns 
casos apresentam complicações graves, como 
pneumonia, necessitando de internação 
hospitalar. 
O resfriado também é uma doença respiratória 
frequentemente confundida com a gripe, mas é 
causado por vírus diferentes, sendo os mais 
comuns associados ao resfriado os rinovírus, os 
vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório 
(RSV), que geralmente acometem crianças. Os 
sintomas do resfriado, apesar de parecidos com 
da gripe, são mais brandos e duram menos 
tempo, entre dois e quatro dias. Os sintomas 
incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no 
corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de 
febre é menos comum e, quando presente, é 
em temperaturas baixas. 
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-
voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado 
https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS-corrigido.docx-10112014.pdf
https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS-corrigido.docx-10112014.pdf
https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS-corrigido.docx-10112014.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572003000700009
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572003000700009
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado
Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS 
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.
php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para-
diferenca-entre-gripe-e-resfriado 
7. Identificar as principais estratégias para combater 
as infecções virais 
Para evitar pegar doenças respiratórias, seja 
gripe ou resfriado, é bom sempre manter alguns 
hábitos de higiene como lavar as mãos, utilizar 
lenço descartável para limpar o nariz, não 
compartilhar objetos de uso pessoal, como 
talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os 
ambientes bem ventilados e evitar contato 
próximo a pessoas que apresentem sinais ou 
sintomas de gripe. É fundamental também cobrir 
o nariz ao tossir e espirrar. Mas não use a mão 
para isso. Cubra o rosto com área interna entre o 
braço e o antebraço, onde fica o cotovelo. Assim, 
você evita tocar em objetos com as mãos cheias 
de vírus que podemcontaminar outras pessoas. 
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-
voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado 
Dicas para evitar doenças virais 
 Lavar sempre as mãos, principalmente 
antes de se alimentar e após ir ao 
banheiro. 
 Não compartilhar copos e talheres. 
 Lavar sempre os alimentos, dando 
atenção especial àqueles que serão 
consumidos in natura. 
 Alimentar-se apenas em locais que 
obedecem às normas da Vigilância 
Sanitária. 
 Utilizar camisinha em todas as relações 
sexuais para se prevenir de infecções 
transmitidas por meio da relação sexual, 
como a infecção por HIV. 
 Utilizar repelentes em áreas com grande 
quantidade de mosquitos, dando atenção 
especial às regiões que apresentam 
mosquitos Aedes aegypti. 
 Vacinar-se obedecendo às orientações 
dos calendários de vacinação. Uma 
grande variedade de doenças pode ser 
prevenida com a vacina, como a gripe, 
raiva, sarampo e catapora. 
 Evitar aglomerações de pessoas em 
épocas de surtos de determinadas 
doenças. Em surtos de gripe, por 
exemplo, deve-se evitar locais fechados e 
com muitas pessoas. 
 
 Evitar contato com pessoas doentes. 
 Alimentar-se bem e realizar exercícios 
físicos, pois esses hábitos estão 
relacionados com o fortalecimento do 
sistema imunológico. 
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-
escola/como-se-prevenir-doencas-virais.htm 
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para-diferenca-entre-gripe-e-resfriado
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para-diferenca-entre-gripe-e-resfriado
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para-diferenca-entre-gripe-e-resfriado
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/como-se-prevenir-doencas-virais.htm
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/como-se-prevenir-doencas-virais.htm

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