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Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS Objetivos: 1. Explicar as características gerais do vírus 2. entender os mecanismos de agressão e defesa viral 3. compreender a capacidade de multiplicação dos vírus 4. elucidar a patogênese da infecção viral 5. explicar as principais IVAS 6. diferenciar a gripe do resfriado 7. identificar as principais estratégias para combater as infecções virais 1. Explicar as características gerais do vírus SÃO AGENTES INFECCIOSOS Os vírus são estruturas acelulares, com um ciclo de replicação exclusivamente intracelular. CONSIDERADOS PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS. (Não possuem atividade quando não estão parasitando) Possuem estruturas com morfologias diferentes. Basicamente composta por uma molécula de ácido nucleico circundado por uma capa de proteína, podendo conter lipídios e açucares. Os vírus não podem ser cultivados em meio artificial, pois são agentes intracelulares, que requerem metabolismo celular ativo para amplificação de seu material genético e progênie. (NÃO POSSUEM METABOLISMO PRÓPRIO) Os vírus CONTÊM SOMENTE UM TIPO DE ÁCIDO NUCLEICO RNA OU DNA, como código genético. O restante da sua composição é proteína e glicoproteína Fora da célula animal, bacteriana ou vegetal VIVA, um vírus É INCAPAZ de realizar sua replicação. Atuam de forma especifica, alguns só invadem células humanas, outros somente vegetais. Alguns vírus podem infectar vários tipos celulares, enquanto outros são bastante restritos quanto ao tipo celular que infectam. São capazes de sofrer mutações e adaptações. Não consegue ser visto em microscópio óptico, apenas microscopia eletrônica. Morfologia da partícula viral: 1. Poliédrica 2. Helicoidal 3. Complexa 4. Poliédrica envelopada 5. Helicoidal envelopada Vírus nus: formado basicamente por um material genético, protegido por uma estrutura geralmente geométrica, formada basicamente por polipoptideos chamadas capsômeros. Juntos foram o capsídeo. Os capsômeros interagem entre si de maneira ordenada, geralmente seguindo um eixo de simetria. Essas unidades morfológicas formam o capsídeo que, geralmente, é formado por hexâmeros nas áreas planas dos vírus e pentâmeros nos vértices virais Capsídeo: capa de proteína que envolve diretamente o ácido nucleico Vírus envelopados: Core ou cerne: é formado pelo ácido nucleico viral mais as proteínas virais envolvidas na replicação e a ele associadas Envelope: camada bilipídica (Sensibilidade a detergentes, solventes orgânicos) proveniente da célula hospedeira, que envolve certas partículas virais (vírus envelopados), em que se encontram inseridas as glicoproteínas conhecidas pelo nome de peplômeros ou espículas virais. Espículas: permite que o vírus penetre na célula e a infecte. Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS Estrutura viral: Capsídeo Na natureza, encontramos capsídeos com simetrias denominadas helicoidal, icosaédrica ou complexa (pseudossimetria). Ligações não covalentes. Tais ligações têm a função de facilitar a liberação do ácido nucleico dentro da célula, mas mantêm as proteínas unidas para a manutenção da rigidez e estabilidade do vírus fora da célula. Envelope Derivado das membranas celulares. A aquisição do envelope é realizada por um processo denominado brotamento, e requer primeiramente o direcionamento de proteínas virais (espículas) para uma membrana celular (local de brotamento) e, posteriormente, ocorre a interação entre proteínas virais intracitoplasmáticas com essas proteínas virais inseridas na membrana celular. Ácido nucleico viral A maioria dos genomas virais é composta de uma única cópia de cada gene (haploide), com exceção do genoma dos retrovírus, que apresentam duas cópias de cada gene (diploide). Os genomas virais podem ser de fita dupla, fita simples, circular ou linear; além disso, podem apresentar genoma único (apenas uma fita) ou segmentado, em que a informação genética é dividida em diferentes segmentos do ácido nucleico. Quanto maior o genoma, maior a quantidade de proteínas codificadas por ele. Contudo, há mecanismos de aproveitamento do genoma viral, como por exemplo, a tradução das proteínas em uma poliproteína que é clivada para originar as proteínas finais. Nesse caso, muitas vezes, as poliproteínas podem apresentar funções diferentes de seus produtos finais clivados durante o processo de infecção. Proteínas codificadas pelo genoma e traduzidas somente durante a replicação viral são chamadas de proteínas não estruturais, ao passo que aquelas que compõem a estrutura da partícula são denominadas proteínas estruturais. O conjunto de capsídeo e ácido nucleico é denominado nucleocapsídeo. Os termos RNA genômico ou DNA genômico são designados para o ácido nucleico, que se encontra na partícula viral madura (vírion). 2. Entender os mecanismos de agressão e defesa viral A despeito dos múltiplos mecanismos de defesa contra os vírus, as doenças virais não só são comuns, como hoje representam uma das mais importantes doenças infecciosas associadas com a mortalidade da população. Na fase inicial das infecções virais, o controle dessas infecções é feito pelos interferons tipo I (IFN-a e IFN-b), pelos macrófagos e pelas células NK. Os interferons tipo I são produzidos por células infectadas por vírus e, ao interagir com uma célula não infectada, têm a propriedade de protegê-la contra a infecção, além de colaborar com a resposta imune adaptativa. O IFN-g também atua contra as infecções virais mediante a ativação dos macrófagos com destruição dos vírus e também das células NK (células citotóxicas naturais), as quais, pela liberação de granzima e perfurina, destroem as células infectadas. Adicionalmente, a IL-12 possui Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS participação importante na fase inicial, sendo produzida por macrófagos e outras células apresentadoras de antígenos, estimulando as células NK a exercer citotoxicidade e a produzir mais IFN-g, que por sua vez aumenta o potencial microbicida dos macrófagos. A imunidade adaptativa contra os antígenos virais ocorre com ativação de células TCD8+ que vão exercer citotoxicidade pelo reconhecimento de antígenos virais via MHC classe I nas células alvo, e conseqüente liberação de granzima e de perfurinas com lise das células infectadas e também dos vírus. Durante a resposta imune adaptativa há também ativação das células TCD4+, que vão colaborar com as células B na produção de anticorpos. A despeito de os vírus serem agentes intracelulares, os anticorpos têm papel importante no combate às infecções virais, desde que, por ocasião da propagação da infecção viral, após multiplicarem-se em células infectadas, os vírus rompem essas células, ficando livres até a penetração em outra célula. Nessa fase extracelular os anticorpos podem ligar-se aos vírus e, por meio do mecanismo de neutralização, impedir que eles penetrem uma célula não infectada. Alternativamente, anticorpos podem ser adjuvantes no mecanismo de citotoxicidade celular dependente de anticorpos, ao se ligar às células infectadas, permitindo a ação das células NK. Em várias doenças, a exemplo de poliomielite, sarampo, hepatite B e varicela, o anticorpo tem papel fundamental na proteção contra a infecção quando se trata de um hospedeiro previamente sensibilizado, seja por uma infecção prévia ou por imunização. Isso porque, em indivíduos já sensibilizados, a presença de anticorpos pode interceptar os vírus, impedindo sua ligação com a célula do hospedeiro. Em virtude dos múltiplosmecanismos de defesa contra os vírus, grande parte das infecções virais é assintomática ou tem uma apresentação subclínica com manifestações inespecíficas, como febre e rash cutâneo. Todavia, várias infecções virais progridem, e dano tecidual importante pode ocorrer. A patologia associada à infecção viral pode estar relacionada com um efeito citopático do vírus, reação de hipersensibilidade e fenômenos auto-imunes Em muitas infecções virais a destruição de célula acontece por mais de um desses mecanismos. Por exemplo, na infecção pelo HIV e nas infecções pelo vírus B e vírus C da hepatite, a destruição da células infectada é mediada tanto pelo efeito citopático do vírus como através de citotoxicidade por células NK e células CD8. Algumas infecções virais exemplificam bem a ampla dimensão dos mecanismos de agressão tecidual que ocorrem no curso dessas infecções. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S0365-05962004000600002 3. Compreender a capacidade de multiplicação dos vírus Em geral, após a liberação do genoma viral na célula (RNA ou DNA), as primeiras proteínas produzidas são aquelas que asseguram a replicação do genoma (não estruturais); as proteínas que integram a nova partícula viral sintetizada são produzidas em uma fase mais tardia e são chamadas proteínas estruturais. A infecção viral leva à produção de centenas ou milhares de novas partículas virais por causa da célula infectada. A essência deste tipo de multiplicação viral é dupla: replicação do ácido nucleico viral e produção de capsídeos para conter esse ácido nucléico. ETAPAS DA REPLICAÇÃO Adsorção: A adsorção é a primeira etapa da biossíntese viral (ou ciclo de replicação viral), na qual ocorre a ligação específica de uma ou mais proteínas virais com proteínas na superfície celular. Consiste na ligação especifica da glicoproteína viral ao receptor celular da célula hospedeira. A existência de receptores na superfície celular, que são reconhecidos pelas proteínas virais, torna essa célula suscetível à infecção. Acontece através de um reconhecimento mutuo, que formam pontes eletrostáticas entre as proteínas interatuantes. A ligação à célula hospedeira geralmente é irreversível, com exceção dos ortomixovírus e de alguns paramixovírus, que podem ser eluídos da superfície da célula por meio da ação de uma enzima viral (neuraminidase). Chave-fechadura para acontecer a infecção viral Penetração: é um evento que depende de energia e envolve a etapa de transferência do vírus para dentro da célula. Três mecanismos básicos pelos quais os vírus podem penetrar nas células: 1. Penetração por injeção: típico de bacteriófagos, onde só acontece a https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000600002 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000600002 Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS penetração do genoma viral. 2. Penetração por endocitose: semelhante a fagocitose. Os vírus, após sua ligação ao receptor, são englobados pela membrana plasmática, ficando no interior de vesículas nas células. Estas vesículas podem se fundir com os endossomos, para posterior digestão do capsídeo viral, liberando o ácido nucléico. 3. Penetração por fusão: ocorre para vírus envelopados, sendo o resultado do processo de fusão do envelope viral com a membrana celular, liberando o nucleocapsídeo no interior da célula. Descapsidação: capsula que protege o material fica para fora, pois só penetra o material genético. Transcrição: é feito pela maquinaria celular para produção de novos vírus. Tradução: é pegar o que tá codificado no material genético e TRADUZIR e produzir proteína que junto ao material genético são as únicas coisas formadoras da unidade viral Replicação: acontece no interior da célula onde o genoma viral é transcrito para a formação de um RNA viral que irá sintetizar as proteínas necessárias a replicação de seu genoma assim como as proteínas estruturais, após a síntese irá ocorre a replicação. Somente ira sair da célula quando a quantidade de vírus for tão grande que a célula não consegue mais suportar, o vírus sai da célula já maduro Maturação: após a sintetização, as proteínas e o ácido nucléico viral tem de ser reunidos para formar partículas virais maduras, processo geralmente chamado de maturação. Liberação: os vírus devem se disseminar de uma célula para outra. Para tanto, a partícula infecciosa deve deixar a célula na qual houve a maturação e penetrar numa célula não infectada. RNA + = RNA mensageiro RNA - = Não mensageiro Retrovírus: mesmo possuindo RNA ele traz em sua estrutura chamada transcriptase reversa, que pode formam DNA de fita dupla, produz copias de DNA que serão acopladas no cromossomo da célula hospedeira, vão produzir novos capsídeos virais e o vírus irá sair dessa célula e infectar células vizinhas. TCD4 especifica da infecção do HIV 4. Elucidar a patogênese da infecção viral Patogenicidade: capacidade de o agente infectar o hospedeiro e causar doença Patogênese ou patogenia: os dois termos são sinônimos e são utilizados para definir as etapas ou mecanismos envolvidos no desenvolvimento de uma doença. Vias de transmissão são variáveis Contagio (contato direto vírus/hospedeiro) penetração disseminação (linfática, sangue ou neuronal) o vírus espalhado pelo corpo apresenta o pródromos (primeiros sintomas) infecção assintomática (se vírus for interrompido e a doença progredir) ou sintomática (doença infecciosa viral) Período de incubação da doença variável que é o período de contato até o aparecimento da doença. Principais formas de transmissão: 1. Transmissão pela picada de artrópodes (arboviroses: dengue, chikungunya, zika) 2. Transmissão vertical (Via transplacentária) rubéola congênita, síndrome da rubéola congênita (catarata, glaucoma, retinopatia, microftalmia, surdez, cardiopatia, microcefalia e retardo mental) 3. Transmissão horizontal (via fecal-oral) poliomielite Portas de entrada: 1. Pele 2. Conjuntiva 3. Trato respiratório 4. Trato digestório 5. Trato genital 6. Transfusão de sangue 7. Transplantes Infecção sintomática: Aguda: gripe Crônica (se infecta e demora a apresentar sintomas): HIV, HTLV (leucemia linfotropica) e Papilomavirus. Persistente (com dois quadros): catapora, herpes zóoster (vírus da catapora) Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS Latente com recorrência(vírus está o tempo todo na célula e quando se manifesta uma queda da imunidade essa doença se manifesta): herpes genital, herpes labial. Principal método de diagnostico O que define o teste usado é o tempo da doença. Nos primeiros dias da doença tem-se uma viremia muito alta, então se faz o PCR que é o teste que vai identificar o vírus no organismo. Se está nos dias mais prolongados da doença a carga viral já caiu pois o organismo começa a produzir anticorpo, daí pesquisa-se os anticorpos por meio de sorologia, mais comuns IgM (fase aguda) e IgG Para garantir que a infecção seja bem- sucedida, é necessário que pelo menos 3 requisitos sejam atendidos: o inóculo viral deve ser suficiente para iniciar a infecção; as células no sítio inicial da infecção devem ser acessíveis, suscetíveis e permissivas ao vírus; e os mecanismos de defesa local do hospedeiro devem estar ausentes ou ineficientes. Mecanismos de disseminação dos vírus pelo organismo Os vírus podem permanecer localizados na superfície do corpo na qual penetraram ou podem causar infecções disseminadas. Para uma infecção se espalhar para além do sítio primário, é necessário ultrapassar asbarreiras físicas e imunológicas. Após cruzar o epitélio, as partículas virais alcançam a membrana basal, comprometendo sua integridade pela destruição das células epiteliais e pelo processo inflamatório. Abaixo da membrana estão os tecidos subepiteliais, nos quais os vírus encontram fluidos teciduais, sistema linfático e fagócitos. Todos apresentam papel importante na eliminação das partículas estranhas; contudo, também podem disseminar os vírus a partir do sítio primário da infecção. Liberação direcionada das partículas virais A liberação dos vírus na membrana basolateral possibilita o acesso aos tecidos adjacentes e pode facilitar o espalhamento sistêmico Disseminação local pela superfície do epitélio Após a penetração dos vírus nas células do epitélio, ocorre a replicação com invasão das células vizinhas pelos novos vírus formados. Essa é a maneira de disseminação dos vírus que causam infecção localizada na pele e nas mucosas. Os vírus que entram no corpo via trato gastrointestinal ou sistema respiratório também podem ser disseminados rapidamente pela superfície epitelial, com o auxílio do movimento mucociliar local. Disseminação pelos nervos periféricos Muitos vírus se disseminam a partir do sítio primário da infecção por meio das terminações nervosas locais. Para alguns vírus, a disseminação neural é a característica definitiva da sua patogênese; para outros, a invasão do sistema nervoso é um desvio pouco frequente do seu sítio de replicação e destino. Alguns vírus podem atingir o tecido cerebral por via hematogênica; outros vírus ganham acesso ao sistema nervoso central via nervo olfatório ou oftálmico. Aula SANAR Virologia Humana – livro cap 6 5. Explicar as principais IVAS Rinofaringite aguda (resfriado) O resfriado o é uma infecção leve das vias aéreas superiores - nariz e garganta. Não existe remédio para curá-lo ou vacinas para preveni-lo. O tratamento tem por objetivo, apenas, amenizar os sintomas. Se não houver complicação, tende a evoluir bem em poucos dias. A doença afeta, principalmente, as mucosas do nariz e da garganta e tem maior prevalência entre crianças de dois a seis anos de idade, que apresentam de três a nove episódios de resfriado por ano. Os episódios de resfriados geram um processo inflamatório da mucosa nasal, que pode obstruir os óstios dos seios paranasais e da tuba auditiva, permitindo, por vezes, a instalação de infecção bacteriana secundária; o que ocasiona sinusite e otite média agudas com maior frequência Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS Faringoamigdalite Aguda A infecção de garganta pode ser causada por infecções bacterianas ou virais. A maioria dos casos é de origem viral. As infecções de garganta por vírus são processos benignos que se resolvem espontaneamente, ao contrário das bacterianas que podem levar a complicações, como abscessos e febre reumática. O principal sintoma desse quadro é a presença de uma dor de garganta, associada, ou não, à dificuldade para engolir (odinofagia). Algumas faringoamigdalites virais, como: Herpes Vírus, Mononucleose Infecciosa, Difteria e Coxsackie do grupo A podem manifestar alguns desses sintomas, simulando uma infecção bacteriana. Rinossinusite Aguda A sinusite é uma doença inflamatória que acomete os quatro pares de seios paranasais (maxilares, etmoidais, frontais e esfenoidais) todos são revestidos por epitélio respiratório produtor de muco, transportado por ação ciliar, através da abertura do seio paranasal (óstio sinusal), para dentro da cavidade nasal (meato médio). Através deste mecanismo, os seios são mantidos estéreis. É a quinta indicação mais comum de uso de antibióticos. https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp- content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS- corrigido.docx-10112014.pdf Laringite viral aguda Também denominada de crupe viral, esta laringite é uma inflamação da porção subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios. A congestão e edema dessa região acarretam um grau variável de obstrução da via aérea. Acomete com maior frequência lactentes e pré- escolares, com um pico de incidência aos dois anos de idade. A evolução pode ser um pouco lenta, com início do quadro com coriza, febrícula e tosse. Em 24-48 horas acentua-se o comprometimento da região infraglótica, com obstrução de grau leve a grave e proporcional dificuldade respiratória. A evolução natural, na maioria dos casos, é a persistência do quadro obstrutivo da via aérea por 2-3 dias e regressão no final de cinco dias. O vírus parainfuenza I e II e o vírus sincicial respiratório são os agentes causais mais comuns. Adenovírus, influenza A e B e vírus do sarampo também podem estar envolvidos. O micoplasma, com menor frequência, pode estar envolvido em casos agudos de obstrução de vias aéreas superiores. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S0021-75572003000700009 6. Diferenciar a gripe do resfriado A gripe ou influenza é causada por um vírus e geralmente é caracterizada por febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes, sendo os mais comuns associados ao resfriado os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem crianças. Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas. http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481- voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS-corrigido.docx-10112014.pdf https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS-corrigido.docx-10112014.pdf https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content/uploads/sites/37/2015/06/IVAS-corrigido.docx-10112014.pdf https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572003000700009 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572003000700009 http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado Sarah Silva Cordeiro 2º período – mecanismos de agressão e defesa MEDICINA – FITS http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article. php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para- diferenca-entre-gripe-e-resfriado 7. Identificar as principais estratégias para combater as infecções virais Para evitar pegar doenças respiratórias, seja gripe ou resfriado, é bom sempre manter alguns hábitos de higiene como lavar as mãos, utilizar lenço descartável para limpar o nariz, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe. É fundamental também cobrir o nariz ao tossir e espirrar. Mas não use a mão para isso. Cubra o rosto com área interna entre o braço e o antebraço, onde fica o cotovelo. Assim, você evita tocar em objetos com as mãos cheias de vírus que podemcontaminar outras pessoas. http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481- voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado Dicas para evitar doenças virais Lavar sempre as mãos, principalmente antes de se alimentar e após ir ao banheiro. Não compartilhar copos e talheres. Lavar sempre os alimentos, dando atenção especial àqueles que serão consumidos in natura. Alimentar-se apenas em locais que obedecem às normas da Vigilância Sanitária. Utilizar camisinha em todas as relações sexuais para se prevenir de infecções transmitidas por meio da relação sexual, como a infecção por HIV. Utilizar repelentes em áreas com grande quantidade de mosquitos, dando atenção especial às regiões que apresentam mosquitos Aedes aegypti. Vacinar-se obedecendo às orientações dos calendários de vacinação. Uma grande variedade de doenças pode ser prevenida com a vacina, como a gripe, raiva, sarampo e catapora. Evitar aglomerações de pessoas em épocas de surtos de determinadas doenças. Em surtos de gripe, por exemplo, deve-se evitar locais fechados e com muitas pessoas. Evitar contato com pessoas doentes. Alimentar-se bem e realizar exercícios físicos, pois esses hábitos estão relacionados com o fortalecimento do sistema imunológico. https://brasilescola.uol.com.br/saude-na- escola/como-se-prevenir-doencas-virais.htm http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para-diferenca-entre-gripe-e-resfriado http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para-diferenca-entre-gripe-e-resfriado http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=94254&tit=Saude-alerta-para-diferenca-entre-gripe-e-resfriado http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35481-voce-sabe-a-diferenca-entre-gripes-e-o-resfriado https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/como-se-prevenir-doencas-virais.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/como-se-prevenir-doencas-virais.htm
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