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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS CURSO DE BIBLIOTECONOMIA ESTUDOS DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO ARTHUR MARQUES CRUZ JESSICA SILVA PEREIRA JENNIFER RABELO PIRES THIAGO CARPEGIANI PONTES PAVÃO Estudo de Usuários São Luís – MA 2021 ARTHUR MARQUES CRUZ JESSICA SILVA PEREIRA JENNIFER RABELO PIRES THIAGO CARPEGIANI PONTES PAVÃO Estudo de Usuários Trabalho apresentado para a disciplina de Estudos de Usuários da informação, referente a 1° nota. Prof. Dr.a Cassia Cordeiro Furtado São Luís – MA 2021 1 INTRODUÇÃO Ocorreu uma evolução dos estudos de usuário em 1930, até os dias atuais, esse contexto trás o intuito de analisar um conjunto de estudos, sendo de forma qualitativa e quantitativa. Com o objetivo de aperfeiçoamento em produtos e serviços prestados pelas Bibliotecas. “Investigação que se faz para saber o que os indivíduos precisam em termos de informação, ou então para saber se as necessidades de informação por parte dos usuários de uma biblioteca ou de um centro de informação estão sendo satisfeitos de maneira adequada” (FIGUEIREDO, 1994). A epistemologia da ciência da informação e seus paradigmas, traz subáreas e estudos de usuários, que vão estar diretamente vinculadas com os estudos. No primeiro momento tem-se o paradigma físico, vai ser denominado de Abordagem tradicional; na década de 1980, entra o paradigma cognitivo, que traz a Abordagem Alternativa; e durante o período de 1990, vem o paradigma social, trazendo os Estudos de usuários de abordagem Sociocultural. No decorrer do artigo iremos enfatizar cada abordagem, destacando a Abordagem Sociocultural. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Abordagem Tradicional. Durante o período da segunda guerra, ocorreu uma explosão informacional, trazendo novas necessidades de usuários, valorização e informações tangíveis. Fez-se ser um sistema focado na informação. Na abordagem tradicional, a intenção é disseminar informações, instrumentos, serviços que facilitam o acesso à informação. Autores com Gonçalves (2013), relata que os usuários eram tratados com um ser passivo cuja tarefa era apenas de receber a informação, sendo um usuário concebido como inerente e sem autonomia. Nas décadas de 1960 a 1980, o objetivo principal era a obtenção de dados e criar produtos e serviços de informação, já como havia uma grande valorização dos usuários, era necessário identificar a frequência de uso de determinadas matérias. Durante esse período ocorreu uma explosão informacional, período em que novos computadores estavam sendo implantados, tendo ênfase nas tecnologias, essa compreensão da informação tangível marca o primeiro paradigma da Ciência da Informação, o paradigma físico. Desse modo, surgindo novas necessidades de usuários, os interesses nas capacidades técnicas só aumentavam. Sendo possível a criação de dois grupos, o primeiro orientado para o uso de unidade de informação (bibliotecas, centros de informação e outros), e o segundo é o comportamento específico de usuários na busca da informação necessária para as suas atividades. Esses estudos são voltados para a organização, estudos direcionados sob a ótica do sistema de informação. 2.2 Abordagem teórica alternativa Também conhecida como “abordagem centrada no usuário”, nessa abordagem, o usuário é visto como agente ativo, pois participa e interage junto ao sistema e não apenas segue seus padrões preestabelecidos, visualizar detalhadamente as experiências do indivíduo, analisa a individualidade das pessoas e o foco é o usuário e não o sistema, ou seja, o sistema deve ser estudado pela visão do usuário. A informação é vista como uma construção subjetiva criada no interior da mente dos usuários. A informação objetiva se torna significativa, e é esse conteúdo mais a interpretação que os usuários julgam útil e valioso. Diante disso, a informação só é útil quando os usuários criam um sentido para ela, e a mesma informação pode receber diferentes significados de indivíduos diferentes, a partir de seus contextos, ou seja, a informação é vista como algo construído pelos seres humanos. Dessa forma o usuário constitui uma visão cognitiva e desenvolve uma necessidade de preencher lacunas existentes dentro de si com essas informações e buscam cada vez mais acabar com esses vazios, observamos assim o segundo paradigma da Ciência da Informação, o paradigma cognitivo. 2.3 Abordagem Teórica Sociocultural A ciência da informação está ligada aos acontecimentos da segunda guerra, ao longo dessa trajetória é possível compreender as abordagens e os paradigmas da ciência da informação, encontrando assim o envolvimento de ambas. As práticas informacionais estão diretamente ligadas ao paradigma social da Ciência da Informação por incorporar questões mais amplas relacionadas aos estudos do usuário, dessa maneira incorporam uma perspectiva com o foco maior no contexto sociocultural. Nos paradigmas presentes nas abordagens anteriores observamos a grande disparidade entre os dois, logo surge um terceiro paradigma diante desse contexto, o paradigma social. Há uma transição entre a informação do usuário, tal se torna uma construção social. Isso ocorre pois os usuários estão mais qualificados como sujeito informacionais e se passam a ser responsáveis coletivamente pela construção e interpretação da informação e do conhecimento. Esse conhecimento estrutura a abordagem sociocultural ou como é conhecido “estudo das práticas informacionais”, os usuários não estão mais ativos nos sistemas de informação de forma isolada, agora se configuram de diversas maneiras nos contextos ou nos ambientes culturais, políticos, econômicos, sociais, de que fazem parte. Os estudos de usuários passam a compreender cada vez mais a totalidade e as intenções geradas pelas relações sociais. 3 CONCLUSÃO Com o avanço da tecnologia e o usuário adquirindo novas necessidades, as abordagens têm se tornado cada vez mais práticas e completas para melhor gestão de informações. Desde sua concepção em 1930, período em que Graduate Library School (Escola de Graduação de Biblioteconomia, em tradução livre) da Universidade de Chicago, foi criado, o foco no estudo sobre o usuário aumentou, e assim evoluiu nas seguintes décadas, com na década de 40 o objetivo sendo aperfeiçoar os produtos e serviços prestados nas bibliotecas, o que levou a um crescimento no número de estudos sobre o uso da informação, pesquisas mais aprofundadas na década de 60 e 70, focando cada vez mais no usuário, utilizando como principal aproximador e auxiliador a tecnologia. Iniciando o século atual, a eletrônica visivelmente foi tornando-se aberta para o grande público, e a informação chegava com mais facilidade até o usuário, que agora dispunha de auxílios como computadores de mesa, notebooks, tablets e celulares com tecnologia de ponta, e isso acabou por se tornar um dos pilares da informação, senão sua principal forma de disseminar-se, sendo hoje a Internet mais acessível do que uma vez fora, décadas atrás. Para o bem ou para o mal, estas mudanças na capacidade do usuário de ter acesso a informações, contribuiu significativamente para a banalização do conhecimento como um todo, e isso se tornou objeto de pesquisa, abrindo margens para analisar o usuário em rede, ou redes sociais, onde muitas informações são compartilhadas, verdadeiras ou não. Com seu acesso ficando cada vez mais fácil para o mundo, a Internet acabou tornando-se o epicentro da disseminação de informações e conhecimentos, e isso se refletiu diretamente nas diversas mudanças das abordagens citadas acima, se reinventando cada vez mais, a fim de ser atrativa para o usuário, que cria novas necessidades todos os dias.REFERÊNCIAS FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Estudo de usuários. Brasília: IBICT, 1994. Disponível em: Acesso em: 11 mar. 2021. GONÇALVES, Ana Lúcia Ferreira. Gestão da informação na perspectiva do usuário: subsídios para uma política em bibliotecas universitárias. Niterói: Intertexto; Rio de Janeiro: Inter ciência, 2013.Disponível em: Acesso em: 15 mar. 2021. PEREIRA, Patrícia Mallman Souto; MORIGI, Valdir José. Estudos de usuários e de recepção: uma abordagem a partir da mediação dos conceitos de informação e comunicação. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, [s. l.], v.6, n.2, p.1-19, jul./dez. 2013. TANUS, G. F. S. C. Enlace entre os estudos de usuários e os paradigmas da ciência da informação: de usuário a sujeitos pós-modernos. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação. São Paulo, v.10, n. 2, p. 144-173, jul./dez. 2014.
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