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12/05/2020 1 Administração Financeira CURSO: Administração e Ciências Contábeis Bibliografia Base ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Gusti. Curso de administração financeira. 4ª. ed.; São Paulo: Atlas, 2019. HOJI, Masakazu. Administração Financeira e orçamentária. 12ª. ed..,São Paulo: Atlas, 2017. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10ª. ed., São Paulo: Pearson, 2010. Prof. José Luís G. Hernandes Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 1 Administração Financeira CURSO: Administração e Ciências Contábeis ASSAF Neto, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Fundamentos de administração financeira. 3ª. ed., São Paulo: Atlas, 2017. CHEROBIM, Ana Paula. Administração financeira. 4ª. ed., São Paulo: Atlas, 2016. EHRHARDT, M. C.; BRIGHAM, E. F. Administração Financeira: Teoria e prática. 3ª. ed., São Paulo: Cengage Learning, 2016. SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2ª edição. São Paulo: Pearson, 2013. Prof. José Luís G. Hernandes Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 2 Administração Financeira CURSO: Administração e Ciências Contábeis Bibliografia Virtual/ Periódicos CAMARGO, C. Planejamento Financeiro. IBPEX. ISBN: 8576490706. MEGLIORINI E. E.; VALLIM, M.A. Administração Financeira. Pearson. ISBN: 9788576052067. Revista Brasileira de Finanças http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/index Revista Contabilidade e Finanças - http://www.scielo.br/ Prof. José Luís G. Hernandes Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 3 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 4 EMENTA Esta disciplina trata do planejamento financeiro, o controle e a tomada de decisão, mostrando as atividades realizadas no curto prazo que afetam as Finanças na organização. Em seguida, focam as atividades realizadas no longo prazo apresentando as possibilidades de investimentos e financiamento que o administrador financeiro poderá realizar no mercado de capital e nas instituições financeiras. Mostram os riscos inerentes as atividades tanto de curto prazo, quanto de longo prazo na busca de lucratividade para seus acionistas e stakeholders. http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/index http://www.scielo.br/ 12/05/2020 2 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 5 Objetivos a serem atingidos. OBJETIVOS GERAIS Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, conforme definidas no Projeto Pedagógico do Curso/PPC, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais relacionadas. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 6 Objetivos a serem atingidos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Saber as funções da administração financeira de curto e longo prazo nas organizações, sua utilidade, e os resultados delas esperados. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 7 Conteúdo Programático: Objetivo e ambiente da administração financeira Objetivos. Atividades empresariais. Funções do administrador financeiro. Decisões de investimentos e financiamentos a curto e longo prazo. Métodos de análise de investimentos. Valor Presente Líquido (VPL). Taxa Interna de Retorno (TIR). Índice de Lucratividade. Período de payback Prof. José LuísCiências Contábeis - UNIP 8 Conteúdo Programático: Planejamento de Caixa Planejamento estratégico, tático e operacional Previsão orçamentária. Administração de Crédito, Contas a Receber e Estoque Avaliação do risco de crédito. Política geral de créditos. Políticas de cobrança. Fatores que influenciam os investimentos em estoques. 12/05/2020 3 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 9 Conteúdo Programático: Administração de capital de giro Conceitos de capital de giro. Ciclo operacional e ciclo financeiro Necessidade de capital de giro. Grau de Alavancagem Grau de Alavancagem Operacional Grau de Alavancagem Financeira Mercado de Capitais, Leasing e Debêntures Estrutura do mercado de capitais. Operações de Leasing como financiamento. Investimentos em debêntures. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 10 Conteúdo Programático: Risco, Retorno e Hedge Carteira de investimentos. O dilema Risco x Retorno. O que é hedge Tipos de hedge Hedge como proteção de investimentos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 11 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira 1.1 Objetivos e Funções O campo de finanças é amplo e dinâmico, afetando diretamente a vida de todas as pessoas e organizações. Há muitas áreas e oportunidades de carreira nesse campo. Os princípios básicos de finanças, são universalmente aplicáveis a empresas de todos os tipos. Além disso, muitos deles também podem ser aplicados às suas finanças pessoais. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 12 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira O que são finanças? O termo finanças pode ser definido como “a arte e a ciência de administrar o dinheiro". Praticamente todas as pessoas físicas e jurídicas ganham ou levantam, gastam ou investem dinheiro. Finanças diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas, empresas e órgãos governamentais. 12/05/2020 4 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 13 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira A maioria dos adultos se beneficiará ao compreender esse termo, pois isto dar-lhes-á condições de tomar melhores decisões financeiras pessoais. Aqueles que atuam fora dessa área também se beneficiarão ao saber interagir de forma eficaz com administradores, processos e procedimentos financeiros da empresa. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 14 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Principais áreas e oportunidades de carreira em finanças As principais áreas de finanças podem ser resumidas por meio de uma análise das oportunidades de carreira que o setor oferece. Essas oportunidades podem, para simplificar, ser divididas em duas grandes áreas: serviços financeiros e administração financeira. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 15 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Serviços financeiros Os serviços financeiros dizem respeito à concepção e oferta de assessoria e produtos financeiros a pessoas físicas, empresas e órgãos governamentais. Envolvem diversas oportunidades de carreira interessantes em instituições bancárias e afins, assessoria financeira pessoal, investimentos, imóveis e seguros. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 16 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Administração financeira A administração financeira diz respeito às atribuições dos administradores financeiros nas empresas. Os administradores financeiros são responsáveis pela gestão dos negócios financeiros de organizações de todos os tipos - financeiras ou não, abertas ou fechadas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. 12/05/2020 5 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 17 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Os administradores financeiros realizam as mais diversas tarefas financeiras, tais como planejamento, concessão de crédito a clientes, avaliação de propostas que envolvam grandes desembolsos e captação de fundos para financiar as operações da empresa. Nos últimos anos, mudanças nos ambientes econômico, competitivo e regulamentador aumentaram a importância e a complexidade das tarefas desse profissional. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 18 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira O administrador financeiro de hoje está mais ativamente envolvido com o desenvolvimento e a implementação de estratégias empresariais que têm por objetivo o “crescimento da empresa” e a melhoria de sua posição competitiva. Por isso, muitos altos executivos vêm da área financeira. Prof. José Luís CiênciasContábeis - UNIP 19 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Outra tendência recente tem sido a globalização das atividades empresariais. As empresas norte- americanas aumentaram muito suas vendas, compras, investimentos e captação de recursos em outros países, enquanto as empresas estrangeiras, da mesma forma, aumentaram suas atividades correspondentes nos Estados Unidos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 20 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Essas mudanças ampliaram a necessidade de contar com administradores financeiros capazes de gerenciar fluxos de caixa em diferentes moedas e protegê-las dos riscos que decorrem naturalmente das transações internacionais. Embora essas mudanças aumentem a complexidade da função de administração financeira, podem levar a uma carreira de maior realização e maiores recompensas. 12/05/2020 6 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 21 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira A FUNÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Profissionais de todas as áreas de responsabilidade em cada empresa precisam interagir com o pessoal e os procedimentos de finanças para desempenhar suas tarefas. Para que o pessoal de finanças possa fazer previsões e tomar decisões úteis, devem estar dispostos e habilitados a conversar com colegas de outras áreas. Por exemplo, ao avaliar um novo produto, o gerente financeiro precisa obter da equipe de marketing previsões de vendas, diretrizes de precificação e estimativas de publicidade e promoção. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 22 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira A FUNÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A função de administração financeira pode ser genericamente descrita por meio de seu papel na organização, de sua relação com a teoria econômica e as ciências contábeis e das principais atividades do administrador financeiro. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 23 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 24 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Estrutura da função financeira O porte e a importância da função de administração financeira dependem do tamanho da empresa. Nas pequenas, essa função costuma ser realizada pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, ela naturalmente evolui para um departamento em separado que se reporta ao presidente executivo por meio do principal executivo financeiro (CFO). 12/05/2020 7 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 25 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Reportam-se ao CFO o tesoureiro e o controller. O tesoureiro (principal administrador financeiro) costuma ser responsável por atividades relacionadas a capital, como planejamento financeiro e captação de fundos, tomada de decisões de investimento de capital, gestão de caixa, gestão de atividades creditícias, gestão de fundos de pensão e gestão de câmbio. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 26 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira O controller (principal contador) geralmente lida com atividades contábeis, como a contabilidade empresarial, gestão tributária, contabilidade financeira e contabilidade de custos. O foco do tesoureiro tende a ser mais externo, e o do controller, mais interno. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 27 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Se compras ou vendas no exterior forem importantes para a empresa, ela pode empregar um ou mais profissionais de finanças dedicados a monitorar e gerenciar a exposição a perdas causadas por flutuações da taxa de câmbio. Um administrador financeiro bem treinado pode fazer hedge (isto é, criar uma proteção contra tais perdas) a um custo razoável, por meio de diversos instrumentos financeiros. Esses gerentes de câmbio costumam reportar-se ao tesoureiro. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 28 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira 1.2 Ambiente Econômico Relação com a economia O campo das finanças está intimamente associado ao da teoria econômica. Os administradores financeiros precisam entender o arcabouço da economia e estar alertas para as consequências de níveis variáveis de atividade econômica e de mudanças de política econômica. 12/05/2020 8 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 29 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Também precisam saber usar as teorias econômicas como diretrizes para uma operação eficiente da empresa. Alguns exemplos disso são análise de oferta e demanda, estratégias de maximização de lucros e a teoria de preços. O principal princípio econômico usado na administração financeira é o da análise marginal custo-benefício, segundo o qual decisões financeiras devem ser tomadas e atos têm de ser praticados somente quando os benefícios adicionais superarem os custos adicionais. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 30 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Quase todas as decisões financeiras se referem, em última análise, a uma avaliação de seus benefícios e custos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 31 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Relação com a contabilidade As atividades de finanças (tesoureiro) e contabilidade (controller) estão intimamente relacionadas e, via de regra, se sobrepõem. Na verdade, muitas vezes é difícil distinguir a administração financeira da contabilidade. Nas empresas de pequeno porte, o controller com frequência executa a função financeira e, nas maiores, muitos contabilistas estão fortemente envolvidos com diversas atividades financeiras. Mas há duas diferenças básicas entre finanças e contabilidade: ênfase nos fluxos de caixa e a tomada de decisões. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 32 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Ênfase nos fluxos de caixa A função primordial do contabilista é desenvolver e relatar dados para mensurar o desempenho da empresa, avaliar sua situação financeira, atender aos requisitos dos reguladores de títulos e apresentar os relatórios por eles exigidos, além de registrar e pagar impostos. Usando determinados princípios padronizados e geralmente aceitos, os contabilistas preparam demonstrações financeiras que reconhecem as receitas no momento da venda (tenha o pagamento sido recebido ou não) e reconhecem as despesas no momento em que são incorridas. Essa abordagem é conhecida como regime de competência. 12/05/2020 9 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 33 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira O administrador financeiro, por outro lado, enfatiza os fluxos de caixa, as entradas e saídas de dinheiro. Ele mantém a empresa solvente, planejando os fluxos de caixa necessários para que ela honre suas obrigações e adquira os ativos necessários para realizar suas metas. O administrador financeiro aplica esse regime de caixa para reconhecer as receitas e despesas apenas quando das entradas e saídas efetivas de caixa. Independentemente de seus lucros ou prejuízos, cada empresa precisa ter fluxo de caixa suficiente para atender suas obrigações à medida que se tornem devidas. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 34 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira As pessoas não usam o regime por competência. Em vez disso, baseiam-se apenas em fluxos de caixa para medir seus resultados financeiros. De modo geral. elas planejam, monitoram e avaliam suas atividades financeiras com base nos fluxos de caixa de um dado período, geralmente de um mês ou um ano. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 35 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Chiquinho projeta seus fluxos de caixa para outubro do ano corrente da seguinte forma: Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 36 1 – Objetivoe Ambiente da Administração Financeira Chiquinho subtrai suas saídas totais de caixa de $ 4.835 das entradas totais de $ 4.620 e constata que seu fluxo de caixa líquido em outubro será de $ 215 negativos. Para cobrir esse déficit, ele terá que tomar um empréstimo de $ 215 (usando o cartão de crédito, por exemplo) ou sacar $ 215 da poupança. Alternativamente, pode optar por reduzir suas saídas de caixa nas áreas de gastos opcionais - como roupas, restaurantes ou nos itens que compõem os $ 425 de despesas diversas. 12/05/2020 10 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 37 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Tomada de decisões A segunda grande diferença entre finanças e contabilidade tem a ver com a tomada de decisões. Os contabilistas dedicam a maior parte de seus esforços à coleta e apresentação de dados financeiros. Os administradores financeiros avaliam as demonstrações contábeis, desenvolvem mais dados e tomam decisões com base na análise marginal resultante. É claro que isso não quer dizer que os contabilistas jamais tomem decisões, ou que os administradores financeiros jamais coletem dados. Apenas que o foco principal das duas atividades é bastante diferente. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 38 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Principais atividades do administrador financeiro Além do envolvimento constante com a análise e o planejamento financeiros, as principais atividades dos administradores financeiros são tomar decisões de investimento e de financiamento. As decisões de investimento determinam a combinação e os tipos dos ativos que a empresa detém. As de financiamento determinam a combinação e os tipos de financiamento por ela usados. Essas decisões podem ser mais facilmente compreendidas por meio do balanço patrimonial. Entretanto as decisões são efetivamente tomadas com base nos efeitos do fluxo de caixa sobre o valor geral da empresa. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 39 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 40 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira OBJETIVO DA EMPRESA É comum os proprietários de uma sociedade por ações não serem os seus administradores. O administrador financeiro deve agir no sentido de realizar os objetivos dos proprietários, seus acionistas. Na maioria dos casos, se os administradores financeiros tiverem sucesso nessa missão, também atingirão seus próprios objetivos financeiros e profissionais. Dessa forma, eles precisam saber quais são os objetivos dos donos do negócio. 12/05/2020 11 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 41 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira Maximização do lucro? Há quem acredite que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro. Para tanto, o administrador financeiro somente praticaria atos que tendessem a fazer uma grande contribuição para os lucros totais da empresa. Dentre cada conjunto de alternativas considerado, o administrador financeiro escolheria o que devesse resultar em maior resultado monetário. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 42 1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira As sociedades por ações costumam medir sua lucratividade em termos de lucros por ação (LPA), que representam o montante ganho a cada período para cada ação ordinária em circulação. O LPA é calculado dividindo-se o lucro total do período disponível para os acionistas ordinários da empresa pelo número de ações ordinárias em circulação. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 43 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 44 2 – Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e Longo Prazo A administração financeira procura responder três questões fundamentais: 1. Quais investimentos de longo prazo você deve fazer? 2. Onde você conseguirá os financiamentos para viabilizar esses investimentos? 3. Como você obterá resultados que atendam às exigências dos acionistas? 12/05/2020 12 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 45 2 – Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e Longo Prazo Os administradores financeiros contribuem para o sucesso dos negócios empresariais ao darem respostas adequadas a essas questões. Nas decisões de investimento, por exemplo, criam, recebem e desenvolvem alternativas de negócios de longo prazo, com retornos favoráveis aos acionistas, buscando sempre a maximização da riqueza da empresa. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 46 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo Essas alternativas podem se restringir a um ramo específico de negócios ou abranger vários setores da atividade econômica. Os investimentos podem ocorrer ao longo da cadeia produtiva da empresa, por exemplo, no caso das redes de supermercados, que investem em produzir suas marcas próprias como forma de tornar seus clientes fiéis e de diminuir a dependência de fornecedores. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 47 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo As decisões financeiras ocorrem ao longo do tempo. Quando se referem às atividades normais da empresa, relacionadas aos pagamentos e recebimentos do dia a dia, são ditas decisões financeiras de curto prazo, conhecidas também como administração do capital de giro. As decisões financeiras de longo prazo são aquelas pertinentes aos investimentos, e financiamentos e resultados, com prazos superiores a um ano. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 48 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo As instituições financeiras, por sua vez, desempenham papel relevante na economia porque como os recursos financeiros não estão distribuídos de maneira uniforme entre os agentes econômicos, há necessidade da intermediação financeira, captando os excedentes dos agentes superavitários e alocando-os aos agentes deficitários. 12/05/2020 13 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 49 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo DECISÕES FINANCEIRAS A administração financeira envolve basicamente a gestão de recursos financeiros. Como obter esses recursos e onde aplicá-los é a atividade principal do administrador financeiro. A obtenção de recursos diz respeito às decisões de financiamento, e sua utilização, às decisões de investimento – e com resultados positivos. Como obter esses recursos e onde aplica-los é a atividade principal do administrador financeiro. O diretor financeiro é responsável direto pela criação de valor, pela saúde econômico-financeira e pela credibilidade no mercado financeiro e de capitais. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 50 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo DECISÃO DE INVESTIMENTO Entende-se por investimento toda a aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter determinado retorno futuro. Um investimento pode ser a criação de uma nova empresa ou implantação de um projeto em uma já existente, por exemplo. O processo de geração de propostas, determinação das alternativas viáveis, tomada de decisão, implantação e avaliação de desempenho é chamado de orçamento de capital. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 51 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo No setor industrial, o projeto de investimento mais clássico é a aquisição de novas linhas de produção. Mas também são importantes os projetos de reposição de equipamentos, reforma de linhas de produção antigas, projetos para automação industrial, projetos de substituição de mão de obra, projetos para adoção de novas tecnologias e projetos linha verde, objetivando reduzir os impactos ambientais nocivos dos processos produtivos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 52 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo No setor agroindustrial, os projetos envolvem aplicaçõesde recursos na aquisição de maquinário agrícola, na construção de silos e armazéns, no melhoramento genético e do solo, no aumento da produtividade, na formação de cooperativas, no processamento de produtos in natura agregando valor, na informatização do controle da produção e nos canais de comercialização. 12/05/2020 14 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 53 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo No setor de serviços, os projetos de investimento referem-se desde reforma das instalações até campanhas publicitárias. Os gastos com automação comercial e sistemas de informações gerenciais também são projetos de investimento, na medida em que podem aumentar ou diminuir o valor da empresa, no longo prazo. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 54 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo Uma empresa de capital intensivo requer grandes investimentos em ativos imobilizados. Exemplos desse tipo de empresa são; Ambev, Embraer, Vale, Petrobras, Gerdau, Renault, Telefônica e Copel. Para empresas do ramo varejista, que não exigem grandes imobilizações, e sim grandes investimentos em estoques, serão dadas outras respostas. Exemplos desse tipo de empresas são: Casas Pernambucanas, Casas Bahia, Pão de Açúcar, Supermercados Condor e Lojas Riachuelo. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 55 2 – Decisões de Inv. e Financiamento a Curto e Longo Prazo Decisões de Investimentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 56 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo Organizações não voltadas ao lucro, tais como associações, fundações, organizações não governamentais e sindicatos, normalmente demandam mais recurso de curto prazo, ativos circulantes, especialmente caixa. Da mesma forma, existem empresas que têm maior necessidade de recursos de curto prazo, como pequenos varejos, por exemplo, postos de combustíveis, panificadoras, butiques; E outras com necessidades de recursos de Longo Prazo. 12/05/2020 15 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 57 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo DECISÃO DE FINANCIAMENTO Também chamada de decisão sobre estrutura de capital, esta decisão envolve a consideração da composição das fontes de financiamento, em termos de capital próprio e de terceiros. Quando uma empresa tem a capacidade de obter recursos com taxas e prazos compatíveis, ela consegue viabilizar bons projetos de investimento, consequentemente trazendo maior valor para seus acionistas. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 58 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo A composição de recursos é chamada de estrutura financeira e pode ser verificada do lado direito do balanço, o PASSIVO. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 59 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo Uma série de fatores - ramo de negócio, porte, condição econômica do país, além de outros – determinarão as respostas mais adequadas para cada uma das questões formuladas. Empresas multinacionais, ou grandes empresas nacionais com livre acesso aos mercados financeiros internacionais, por exemplo, podem preferir captar recursos no exterior, onde o custo de capital é menor, no entanto, estarão incorrendo risco cambial. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 60 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo As decisões de financiamento envolvem a escolha da estrutura de capital, a determinação do custo de capital e a captação de recursos. Remetem, portanto, à definição das fontes de financiamentos a serem utilizadas nas atividades da empresa e nos projetos de investimento. Os recursos financeiros advêm de duas fontes: capital próprio e capital de terceiros. 12/05/2020 16 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 61 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo O capital próprio é formado por recursos dos acionistas da empresa. Pessoas físicas e jurídicas superavitárias aplicam seus recursos excedentes nas empresas. Essas aplicações são feitas no longo prazo, por meio de compra de ações no mercado de capitais. A motivação para a aplicação dos recursos pessoais e empresariais em projetos de investimento é a perspectiva de obtenção de lucro. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 62 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo Esse lucro é representado pela distribuição de dividendos e valorização do preço da ação no mercado e distribuição de bonificações. Os principais investidores, hoje, são os fundos de pensão e os fundos de investimentos. No Brasil, os investidores estrangeiros representavam, em dezembro de 2009, 37% dos valores negociados na BM&FBOVESPA. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 63 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo O capital de terceiros entra na empresa por meio de financiamentos obtidos junto a instituições financeiras. Esses financiamentos demandam o pagamento de valores, representando a amortização do principal e os juros. Os juros constituem a remuneração dos recursos tomados emprestados. As dívidas da empresa com fornecedores (duplicatas a pagar), com funcionários (salários a pagar), com o governo (tributos a pagar) também constituem recursos de terceiros à disposição da empresa. Esses valores são conhecidos como créditos espontâneos e não são considerados como parte da estrutura de capital. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 64 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo É muito difícil determinar com consistência o nível de endividamento adequado para a empresa. Os bancos comerciais, por exemplo, trabalham com uma relação de 9 para 1, ou seja, para cada R$1,00 de recursos próprios (Patrimônio Liquido) têm R$9,00 de capital de terceiros (Passivo circulante + Passivo não circulante), o que é perfeitamente aceitável. Empresas não financeiras não podem assumir esse nível de endividamento. 12/05/2020 17 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 65 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo A discussão de estrutura de capital no Brasil é extremamente interessante, porquanto a disponibilidade de fontes de financiamento de longo prazo é bastante reduzida. Sob a forma de capital de terceiros, a principal fonte de recurso é o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 66 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo O mercado financeiro brasileiro opera com taxas de juros elevadas, se comparadas com a de outros países em seu estágio de desenvolvimento, e se concentra em empréstimos de curto prazo. Para longo prazo, praticamente todos os bancos de investimentos brasileiros atuam como repassadores de recursos do BNDES. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 67 2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo Sob a forma de capital próprio, no Brasil as empresas deparam-se ainda com a baixa renda per capita dos brasileiros e a falta de tradição de investimentos de risco (ações), beneficiando-se pouco do mercado de capital. Por exemplo, a BM&F BOVESPA, maior bolsa de valores do Brasil, negocia papéis de apenas cerca de 750 empresas, enquanto a NYSE (New York Stock Exchange) americana tem mais de 3.500 empresas. O BNDES, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, é uma fonte de capitalização das empresas, em casos especiais, quando adquire participação acionária. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 68 3 – Valor Presente Líquido 12/05/2020 18 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 69 3 – Valor Presente Líquido O VPL considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo. É considerada uma técnica sofisticada de orçamento de capital. Todas as técnicas deste tipo descontam os fluxos de caixa a uma taxa específica. Taxa esta chamada: retorno requerido, custo de capital, ou custo de oportunidade.O VPL é encontrando subtraindo-se o investimento inicial de um projeto do valor presente de suas entradas de caixa. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 70 3 – Valor Presente Líquido Critérios de Decisão. Quando usamos o VPL para tomar decisões de aceitação- rejeição, os critérios são os seguintes: - Se o VPL for maior que $ 0, aceitar o projeto. - Se o VPL for menor que $ 0, rejeitar o projeto. Se o VPL for maior que $0, a empresa obterá um retorno maior do que o custo de seu capital. Isso aumentaria o valor de mercado da empresa e, portanto, a riqueza de seus proprietários, em um valor correspondente ao VPL. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 71 3 – Valor Presente Líquido Custo de Capital estimado em 10% a. a.. Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 72 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP= M Fórmula de Matemática Financeira. (1+i) VP= Valor Presente e M=Montante futuro i= taxa e n= prazo n 12/05/2020 19 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 73 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 14.000/ (1+ 0,10) = 12.727,271 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 74 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 14.000/ (1+ 0,10) = 12.727,271 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL Na HP12C: 14.000 ENTER 1,1 ENTER 1 yx divisor ou: 14.000 CHS FV 10 i 1 n PV Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 75 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 14.000/ (1+ 0,10) = 12.727,271 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 14.000/ (1+ 0,10) = 11.570,252 V. Inv. = -42.000,00 V. P. = VPL = Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 76 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 14.000/ (1+ 0,10) = 12.727,271 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 14.000/ (1+ 0,10) = 11.570,25 VP3= 14.000/ (1+ 0,10) = 10.518,41 2 3 V. Inv. = -42.000,00 V. P. = VPL = 12/05/2020 20 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 77 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 14.000/ (1+ 0,10) = 12.727,271 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 14.000/ (1+ 0,10) = 11.570,25 VP3= 14.000/ (1+ 0,10) = 10.518,41 VP4= 14.000/ (1+ 0,10) = 9.562,19 2 3 4 V. Inv. = -42.000,00 V. P. = VPL = Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 78 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 14.000/ (1+ 0,10) = 12.727,271 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 14.000/ (1+ 0,10) = 11.570,25 VP3= 14.000/ (1+ 0,10) = 10.518,41 VP4= 14.000/ (1+ 0,10) = 9.562,19 VP5= 14.000/ (1+ 0,10) = 8.692,90 2 3 4 5 V. Inv. = -42.000,00 V. P. = VPL = Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 79 3 – Valor Presente Líquido Projeto A 14.00014.00014.00014.00014.000 -42.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 14.000/ (1+ 0,10) = 12.727,271 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 14.000/ (1+ 0,10) = 11.570,25 VP3= 14.000/ (1+ 0,10) = 10.518,41 VP4= 14.000/ (1+ 0,10) = 9.562,19 VP5= 14.000/ (1+ 0,10) = 8.692,90 2 3 4 5 V. Inv. = -42.000,00 V. P. = 53.071,02 VPL = 11.071,02 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 80 3 – Valor Presente Líquido Projeto B 10.00010.00010.00012.00028.000 -45.000 1 2 3 4 5 anos 12/05/2020 21 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 81 3 – Valor Presente Líquido Projeto B 10.00010.00010.00012.00028.000 -45.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 28.000/ (1+ 0,10) = 25.454,551 Sabendo que o retorno sobre capital é de 10% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 12.000/ (1+ 0,10) = 9.917,36 VP3= 10.000/ (1+ 0,10) = 7.513,15 VP4= 10.000/ (1+ 0,10) = 6.830,13 VP5= 10.000/ (1+ 0,10) = 6.209,21 2 3 4 5 V. Inv. = -45.000,00 V. P. = 55.924,40 VPL = 10.924,40 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 82 3 – Valor Presente Líquido Ambos projetos são aceitáveis, pois o VPL de cada um deles é maior que $0. Se fossem classificados, A seria superior a B, pois apresenta o VPL maior. Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 VPL $11.071,02 $10.924,40 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 83 3 – Valor Presente Líquido Exercício 1: Uma empresa prospectou duas empresas para um projeto. As propostas recebidas de cada uma das empresas foram: Empresa A Empresa B Investimento Inicial $145.000 $149.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 2 $32.000 $39.000 3 $23.000 $32.000 4 $29.000 $32.000 5 $35.000 $32.000 Sabendo que a empresa estima ter um retorno do capital investido no montante de 12% a. a. Calcule pelo método de VPL qual seria a empresa contratada para o projeto. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 84 3 – Valor Presente Líquido EXERCÍCIO 1: Solução Empresa A 35.00029.00023.00032.00030.000 -145.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 30.000/ (1+ 0,12) = 26.785,711 Sabendo que o retorno sobre capital é de 12% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 32.000/ (1+ 0,12) = 25.510,20 VP3= 23.000/ (1+ 0,12) = 16.370,95 VP4= 29.000/ (1+ 0,12) = 18.430,02 VP5= 35.000/ (1+ 0,12) = 19.859,94 2 3 4 5 V. Inv. = -145.000,00 V. P. = 106.956,82 VPL = -38.043,18 12/05/2020 22 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 85 3 – Valor Presente Líquido EXERCÍCIO 1: Solução Empresa B 32.00032.00032.00039.00038.000 -149.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 38.000/ (1+ 0,12) = 33.928,571 Sabendo que o retorno sobre capital é de 12% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 39.000/ (1+ 0,12) = 31.090,56 VP3= 32.000/ (1+ 0,12) = 22.776,97 VP4= 32.000/ (1+ 0,12) = 20.336,58 VP5= 32.000/ (1+ 0,12) = 18.157,66 2 3 4 5 V. Inv. = -149.000,00 V. P. = 126.290,34 VPL = -22.709,66 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 86 3 – Valor Presente Líquido Exercício 1: Como os dois projetos obtiveram VPL inferior ao Valor do Investimento a empresa resolveu prospectar mais uma empresa para o projeto. Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Sabendo que a empresa estima ter um retorno do capital investido no montante de 12% a. a. Calcule o VPL do projeto da empresa C. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 87 3 – Valor Presente Líquido EXERCÍCIO 1: Solução Empresa C 56.00057.00058.00059.00062.000 -150.000 1 2 3 4 5 anos VP1= 62.000/ (1+ 0,12) = 55.357,141 Sabendo que o retorno sobre capital é de 12% a. a. podemos calcular o VPL VP2= 59.000/ (1+ 0,12) = 47.034,44 VP3= 58.000/ (1+ 0,12) = 41.283,25 VP4= 57.000/ (1+ 0,12) = 36.224,53 VP5= 56.000/ (1+ 0,12) = 31.775,90 2 3 4 5 V. Inv. = -150.000,00 V. P. = 211.675,26 VPL = 61.675,26 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 88 3 – Valor Presente Líquido Exercício 1: Resultado. Empresa A Empresa B Empresa CInvestimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 VPL -$38.043,18 -$22.709,66 $61.675,26 Sabendo que a empresa estima ter um retorno do capital investido no montante de 12% a. a. O VPL do projeto da empresa C, seria aprovado. 12/05/2020 23 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 89 3 – Taxa Interna de Retorno A TIR é, provavelmente a mais usada das técnicas sofisticadas de orçamento de capital, embora seja consideravelmente mais difícil de calcular à mão que o VPL. A TIR consiste na taxa de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de investimento seja igual à $0. (Já que o valor presente das entradas iguala-se ao investimento inicial. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 90 3 – Taxa Interna de Retorno Critérios de decisão: Quando usamos a TIR para tomar decisões de aceitação- rejeição, os critérios são: - Se a TIR for maior do que o Custo de capital, aceitar o projeto. - Se a TIR for menor do que o custo de capital, rejeitar o projeto. - Esses critérios garantem que a receba, pelo menos, o retorno requerido. Tal resultado deve aumentar seu valor de mercadoe, portanto, a riqueza de seus proprietários. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 91 3 – Taxa Interna de Retorno Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 Custo de Capital estimado em 10% a. a.. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 92 3 – Taxa Interna de Retorno Projeto A 42.000 CHS g CFO 14.000 g CFJ 5 g NJ f IRR TIR = 19,86% Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 12/05/2020 24 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 93 3 – Taxa Interna de Retorno Projeto B 45.000 CHS g CFO 28.000 g CFJ 12.000 g CFJ 10.000 g CFJ 3 g NJ f IRR TIR = 21,65% Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 94 3 – Taxa Interna de Retorno Ao comparar as TIRs dos projetos A e B com o custo de capital de 10%, observamos que os dois projetos são aceitáveis. Comparativamente os dois projetos escolheríamos o B pois a TIR é maior. Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 TIR 19,86% 21,65% Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 95 3 – Taxa Interna de Retorno Exercício 1: Uma empresa prospectou duas empresas para um projeto. As propostas recebidas de cada uma das empresas foram: Empresa A Empresa B Investimento Inicial $145.000 $149.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 2 $32.000 $39.000 3 $23.000 $32.000 4 $29.000 $32.000 5 $35.000 $32.000 Sabendo que a empresa estima ter um retorno do capital investido no montante de 12% a. a. Calcule a TIR dos projetos das duas empresas. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 96 3 – Taxa Interna de Retorno Empresa A 145.000 CHS g CFO 30.000 g CFJ 32.000 g CFJ 23.000 g CFJ 29.000 g CFJ 35.000 g CFJ f IRR TIR = 0,90% Empresa A Empresa B Investimento Inicial $145.000 $149.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 2 $32.000 $39.000 3 $23.000 $32.000 4 $29.000 $32.000 5 $35.000 $32.000 12/05/2020 25 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 97 3 – Taxa Interna de Retorno Empresa B 149.000 CHS g CFO 38.000 g CFJ 39.000 g CFJ 32.000 g CFJ 3 g NJ f IRR TIR = 5,40% Empresa A Empresa B Investimento Inicial $145.000 $149.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 2 $32.000 $39.000 3 $23.000 $32.000 4 $29.000 $32.000 5 $35.000 $32.000 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 98 3 – Taxa Interna de Retorno Exercício 1: Como os dois projetos obtiveram TIR inferior a taxa esperada do Investimento a empresa resolveu prospectar mais uma empresa para o projeto. Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Sabendo que a empresa estima ter um retorno do capital investido no montante de 12% a. a. Calcule a TIR do projeto da empresa C. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 99 3 – Taxa Interna de Retorno Empresa C 150.000 CHS g CFO 62.000 g CFJ 59.000 g CFJ 58.000 g CFJ 57.000 g CFJ 56.000 g CFJ f IRR TIR = 27,87% Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 100 3 – Taxa Interna de Retorno Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 TIR 0,90% 5,40% 27,87% 12/05/2020 26 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 101 3 – Período de Payback O período de Payback é o tempo necessário para que a empresa recupere o investimento inicial em um projeto, calculando à partir das entradas de caixa É considerada uma técnica pouco sofisticada de análise de orçamento de capital. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 102 3 – Período de Payback Critérios de decisão: Se o período de payback for menor do que o período máximo aceitável de payback, aceitar o projeto. Se o período de payback for maior do que o período máximo aceitável de payback, rejeitar o projeto. A duração do período máximo aceitável de payback é definida pela direção da empresa. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 103 3 – Período de Payback Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 104 3 – Período de Payback Projeto A: Inv. Inic. $42.000 Entr. Cx. Ano 1 -$14.000 $28.000 Entr. Cx. Ano 2 -$14.000 $14.000 Entr. Cx. Ano 3 -$14.000 0 Prazo de PayBack de 3 anos. Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 12/05/2020 27 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 105 3 – Período de Payback Projeto B: Inv. Inic. $45.000 Entr. Cx. Ano 1 -$28.000 $17.000 Entr. Cx. Ano 2 -$12.000 $ 5.000 Entr. Cx. Ano 3 -$10.000 0 Prazo de PayBack de 2,5. (Note que apenas 50% do caixa do terceiro ano é necessário para recuperar o saldo do projeto). Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 106 3 – Período de Payback Se o período máximo aceitável de payback fosse 2,7 anos, o projeto A seria rejeitado e o B aceito. Se o período máximo fosse de2,2 anos, ambos seriam aceitos. Projeto A Projeto B Investimento Inicial $42.000 $45.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $14.000 $28.000 2 $14.000 $12.000 3 $14.000 $10.000 4 $14.000 $10.000 5 $14.000 $10.000 Payback 3 anos 2,5 anos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 107 3 – Payback. Exercício 1. Projeto A: Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Inv. Inicial Entr. Caixa Ano 1 Entr. Caixa Ano 2 Entr. Caixa Ano 3 Entr. Caixa Ano 4 Entr. Caixa Ano 5 Payback Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 108 3 – Payback. Exercício 1. Projeto A: Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Inv. Inicial -145.000 Entr. Caixa Ano 1 30.000 115.000 Entr. Caixa Ano 2 32.000 83.000 Entr. Caixa Ano 3 23.000 60.000 Entr. Caixa Ano 4 29.000 31.000 Entr. Caixa Ano 5 35.000 10,63 ou 11 meses Payback 4 anos e 11 meses 12/05/2020 28 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 109 3 – Payback. Exercício 1. Projeto B: Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Inv. Inicial -149.000 Entr. Caixa Ano 1 38.000 111.000 Entr. Caixa Ano 2 39.000 72.000 Entr. Caixa Ano 3 32.000 40.000 Entr. Caixa Ano 4 32.000 8.000 Entr. Caixa Ano 5 32.000 3 meses Payback 4 anos e 3 meses Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 110 3 – Payback. Exercício 1. Projeto C: Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Inv. Inicial -150.000 Entr. Caixa Ano 1 62.000 88.000 Entr. Caixa Ano 2 59.000 29.000 Entr. Caixa Ano 3 58.000 6 meses Entr. Caixa Ano 4 57.000 Entr. Caixa Ano 5 56.000 Payback 2 anos e 6 meses Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 111 3 – Payback. Exercício 1. Empresa A Empresa B Empresa C Investimento Inicial $145.000 $149.000 $150.000 ANO Entradas de Caixa Entradas de Caixa Entradas de Caixa 1 $30.000 $38.000 $62.000 2 $32.000 $39.000 $59.000 3 $23.000 $32.000 $58.000 4 $29.000 $32.000 $57.000 5 $35.000 $32.000 $56.000 Payback 4 anos e 11 meses 4 anos e 3 meses 2 anos e 6 meses Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 112 3 – Índice de Lucratividade 12/05/2020 29 Quocientes de Rentabilidade e Outros Quocientes de Interesse Expressar a rentabilidade em termos absolutos, tem utilidade informativa bastante reduzida. Afirmar que a General Motors teve um lucro de, digamos, 5 milhões de reais em 20X6 e que a empresa Descamisados Ltda. teve um lucro de duzentos mil reais no mesmo período, pode impressionar no sentido de que todo mundo vai perceber que a General Motors é uma empresa muito grande e a outra muito pequena e só; não refletirá, todavia, qual das duas deu maior retorno relativo. Prof. José Luís UNIP 113 MARGEM DE LUCRO SOBRE AS VENDAS Na verdade, este quociente já pode ter sido calculado por ocasião da análise vertical da Demonstração de Resultados. Pode ser entendido de duas formas: Prof. José Luís UNIP 114 Margem Operacional = Lucro Operacional Vendas Líquidas Margem Líquida = Lucro Líquido (DIR) Vendas Líquidas Prof. José Luís UNIP 115 Caso prático 1 DEMONSTRACAO DE RESULTADOS E M P R E S A S 2014 V 2015 V H RECEITA OPERACIONAL BRUTA 5.060.548 115,2% 6.015.898 115,3% 18,9% - Impostos -505.170 -11,5% -545.058 -10,4% 7,9% - Devoluções -160.738 -3,7% -251.281 -4,8% RECEITA OP. LIQUIDA 4.394.640 100,0% 5.219.559 100,0% 18,8% - C P V -3.178.028 -72,32% -3.642.103 -69,78% 14,6% LUCRO BRUTO 1.216.612 27,68% 1.577.456 30,22% 29,7% Despesas Operacionais - Despesas com Vendas -767.928 -17,47% -986.614 -18,90% 28,5% - Despesas Administrativas/Desenv Tecnol -181.865 -4,14% -231.623 -4,44% 27,4% +/- Despesas/ Receitas Diversas 33.194 0,76% 164.093 3,14% 394,3% RES. ANTES REC./DESP. FINANC. 300.013 6,83% 523.312 10,03% 74,4% - Despesas Financeiras Liquidas -130.349 -2,97% -167.325 -3,21% 28,4% + Receitas Financeiras (inclusa desp financ) 0,00% 0,00% RESULTADO OPERACIONAL 169.664 3,86% 355.987 6,82% 109,8% outros resultados 0 0 P&D, EQUITY, ALIENAÇÃO A P LUCRO LIQUIDO ANTES I.R. 169.664 3,86% 355.987 6,82% 109,8% - Partic. Emp./Adm./Minorit. 0 0 - Imposto de Renda e cs -49.633 -1,13% -113.209 -2,17% 128,1% LUCRO LIQUIDO 120.031 2,73% 242.778 4,65% 102,3% Caso Prático 1: Prof. José Luís UNIP 116 Margem Operacional = Lucro Operacional x 100 Vendas Líquidas Margem Operacional (2014) = ? Margem Operacional (2015) = ? 12/05/2020 30 Caso Prático 1: Prof. José Luís UNIP 117 Margem Operacional = Lucro Operacional Vendas Líquidas Margem Operacional (2014) = 169.664 x 100 = 3,86% 4.394.640 Margem Operacional (2015) = ? Caso Prático 1: Prof. José Luís UNIP 118 Margem Operacional = Lucro Operacional Vendas Líquidas Margem Operacional (2014) = 169.664 x 100 = 3,86% 4.394.640 Margem Operacional (2015) = 355.987 x 100 = 6,82% 5.219.559 Caso Prático 2: Prof. José Luís UNIP 119 Margem Líquida = Lucro Líquido (DIR) Vendas Líquidas Margem Líquida (2014) = ? Margem Líquida (2015) = ? Caso Prático 2: Prof. José Luís UNIP 120 Margem Líquida = Lucro Líquido (DIR) Vendas Líquidas Margem Líquida (2014) = 120.031 x 100 = 2,73% 4.394.640 Margem Líquida (2015) = ? 12/05/2020 31 Caso Prático 2: Prof. José Luís UNIP 121 Margem Líquida = Lucro Líquido (DIR) Vendas Líquidas Margem Líquida (2014) = 120.031 x 100 = 2,73% 4.394.640 Margem Líquida (2015) = 242.778 x 100 = 4,65% 5.219.559 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 122 3 – Planejamento de Caixa Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 123 PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO O planejamento financeiro é um aspecto importante das operações das empresas porque fornece um mapa para a orientação, a coordenação e o controle dos passos que a empresa dará para atingir seus objetivos. Dois aspectos fundamentais do processo de planejamento financeiro são o planejamento de caixa e o planejamento de lucros. O planejamento de caixa envolve a elaboração do orçamento de caixa da empresa. O planejamento de lucros envolve a elaboração de demonstrações pró-forma. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 124 PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO Tanto o orçamento de caixa quanto as demonstrações pró-forma são úteis para o planejamento financeiro interno; também são rotineiramente exigidos por credores atuais e em potencial. 12/05/2020 32 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 125 O processo de planejamento financeiro começa pelos planos financeiros de longo prazo, ou estratégicos. Estes, por sua vez, orientam a formulação de planos e orçamentos de curto prazo, ou operacionais. De modo geral, os planos e orçamentos de curto prazo implementam os objetivos estratégicos de longo prazo da empresa. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 126 Planos financeiros de longo prazo (estratégicos) Os planos financeiros de longo prazo (estratégicos) expressam as ações financeiras planejadas por uma empresa e o impacto previsto dessas ações ao longo de períodos quevão de dois a dez anos. São comuns planos estratégicos de cinco anos, revistos à medida que novas informações relevantes tornam-se disponíveis. De modo geral, as empresas sujeitas a alto grau de incerteza operacional, a ciclos de produção relativamente breves, ou a ambos, tendem a usar horizontes de planejamento mais curtos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 127 Os planos financeiros de longo prazo fazem parte de uma estratégia integrada que, juntamente com os planos de produção e de marketing, orientam a empresa em direção a suas metas estratégicas. Tais planos incluem propostas de dispêndio em ativo imobilizado, atividades de pesquisa e desenvolvimento, ações de marketing e desenvolvimento de produtos, estrutura de capital e principais fontes de financiamento. Também podem constar o encerramento de projetos, linhas de produto, ou linhas de negócio existentes; amortização ou eliminação de dívidas em aberto; e quaisquer aquisições que estejam planejadas. Esses planos tendem a encontrar respaldo numa série de orçamentos anuais. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 128 Planos financeiros de curto prazo (operacionais) Os planos financeiros de curto prazo (operacionais) especificam ações financeiras de curto prazo e o impacto previsto. Esses planos geralmente cobrem períodos de um a dois anos. As principais informações usadas são a previsão de vendas e diversos dados operacionais e financeiros. Os principais 'produtos' são diversos orçamentos operacionais, o orçamento de caixa e as demonstrações financeiras pró-forma. 12/05/2020 33 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 129 O planejamento financeiro de curto prazo começa com a projeção de vendas. Partindo dela, as empresas desenvolvem planos de produção que levam em conta os prazos de espera (preparação) e incluem estimativas das matérias- primas necessárias. Usando os planos de produção, a empresa pode estimar as despesas diretas de folha de pagamento, o desembolso com custo fixo das fábricas e as despesas operacionais. Uma vez realizadas essas estimativas, a empresa pode elaborar uma demonstração do resultado e um orçamento de caixa. Com essas informações básicas, pode, finalmente, desenvolver um balanço patrimonial. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 130 Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa Os fluxos de caixa da empresa Representam uma reserva de liquidez que aumenta com entradas de caixa e diminui com Saídas de caixa. Os fluxos de caixa da empresa podem ser divididos em: (1) fluxos operacionais, (2) fluxos de investimento e (3) fluxos de financiamento. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 131 Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa Os fluxos operacionais constituem as entradas e saídas de caixa diretamente relacionadas à venda e produção de bens e serviços. Os fluxos de investimento representam os fluxos de caixa associados à compra e venda de ativo imobilizado e investimentos em participações societárias Evidentemente, as transações de compra resultam em saídas de caixa e as de venda, em entradas de caixa. Os fluxos de financiamento provêm de transações financeiras com capital de terceiros (dívidas) ou capital próprio. Incorrer em dívidas de curto ou longo prazos resulta numa entrada de caixa correspondente; a quitação de dívidas resulta em saída de caixa. Da mesma forma, a venda de ações da empresa resulta em entrada de caixa, enquanto a recompra de ações ou distribuição de dividendos em dinheiro geram saídas de caixa. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 133 PLANEJAMENTO DE CAIXA: ORÇAMENTOS de CAIXA O orçamento de caixa, ou projeção de caixa, é uma demonstração das entradas e saídas de caixa previstas da empresa. Serve para estimar as necessidades de caixa no curto prazo, dando especial atenção ao planejamento de superávits e déficits de caixa. 12/05/2020 34 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 134 Normalmente, o orçamento de caixa visa abranger o período de um ano, dividido em intervalos menores. O número e o tipo de intervalos dependem da natureza da atividade da empresa, Quanto mais sazonais e incertos os fluxos de caixa, maior o número de intervalos. Como muitas empresas se deparam com um padrão sazonal de fluxo de caixa, o orçamento de caixa é muitas vezes elaborada mensalmente. Empresas com padrões de fluxo de caixa estáveis podem usar intervalos trimestrais anuais. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 135 A projeção de vendas A principal informação de base para o processo de planejamento financeiro é a previsão de vendas da empresa. Essa previsão das vendas ao longo de um dado período costuma ser elaborada pelo departamento de marketing. Com base na projeção de vendas, o administrador financeiro estima os fluxos de caixa mensais decorrentes das vendas previstas e dos desembolsos ligados à produção, aos estoques e às vendas. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 136 A projeção de vendas O administrador também determina o nível de ativo imobilizado necessário e o montante de financiamento, caso haja, para sustentar o nível previsto de vendas e produção. Na prática, a obtenção de dados confiáveis é o aspecto mais complicado da projeção. A projeção de vendas pode se basear em uma análise de dados externos, dados internos, ou uma combinação de ambos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 137 Uma previsão externa baseia-se nas relações observadas entre as vendas da empresa e determinados indicadores econômicos externos fundamentais, como produto interno bruto (PIB, construção de novos imóveis residenciais, confiança do consumidor e renda pessoal disponível. Não há dificuldade em obter previsões que contenham esses indicadores. 12/05/2020 35 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 138 As previsões internas baseiam-se em previsões consensuais de vendas dos canais da própria empresa. Normalmente, pede-se aos vendedores que estimem quantas unidades de cada tipo de produto esperam vender no ano vindouro. Essas previsões são coletadas e totalizadas pelo gerente vendas, que pode ajustá-las com base no conhecimento que tem de mercados específicos ou da capacidade de previsão dos vendedores. Finalmente, alguns ajustes podem ser feitos com base em fatores internos, como capacidade de produção. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 139 As empresas costumam usar uma combinação de dados projetados internos e externos para realizar suas previsões finais de vendas. Os dados internos fornecem informações sobre as expectativas de vendas, enquanto os externos fornecem meios de ajustar essas expectativas a fatores econômicos gerais. A natureza do produto da empresa também afeta, com frequência, o mix e os tipos de métodos de projeção empregados. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 140 Formato Geral do Orçamento de caixa Jan Fev .... Nov Dez Recebimentos 300 200 280 290 Menos desembolsos 200 450 440 230 Fluxo de Caixa Líquido 100 -250 0 -160 60 Mais Saldo de Caixa Inicial 50 150 80 -80 Saldo de Caixa Final 150 -100 80 -80 -20 Menos saldo de caixa mínimo 50 50 50 50 50 Financiamento total necessário -150 -130 -70 Saldo excedente de caixa 100 30 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 141 Recebimentos Os recebimentos abrangem todas as entradas de caixa da empresa durante um determinado período financeiro. Os componentes mais comuns dos recebimentos são vendas à vista, cobrança de contas a receber e outros recebimentos em dinheiro 12/05/2020 36 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 142 EXEMPLO: A ADM CONT Industries. uma empresa do setor de defesa, está desenvolvendo um orçamento de caixa para os meses de outubro, novembro e dezembro. Suas vendas em agosto e setembro foram de $ 100.000 e $ 200.000, respectivamente. Foram projetadas paraos três meses seguintes, respectivamente, vendas de $ 400.000, $ 300.000 e $ 200.000. Historicamente, 20% das vendas são à vista, 50% geram contas a receber pagas após um mês e os 30% restantes geram contas a receber pagas após dois meses. As despesas com créditos duvidosos (contas impossíveis de receber) têm sido desprezíveis." Em dezembro, a empresa receberá um dividendo de $ 30.000 por conta de ações de uma subsidiária. O cronograma de recebimentos esperados da empresa consta da Tabela 1 abaixo e contém os seguintes itens: Previsão de vendas. Esse primeiro lançamento destina-se a fins meramente informativos. É fornecido para ajudar a calcular outros itens relacionados a vendas. Vendas à vista. As vendas à vista apresentadas para cada mês representam 20% da projeção total de vendas para o mês em questão. Recebimento de CR. Esses lançamentos representam recebimentos de contas a receber (CR) decorrentes de vendas em meses anteriores. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 143 A 30 dias. Esses lançamentos referem-se a vendas realizadas no mês anterior e que geraram contas a receber pagas no mês corrente. Como 50% das vendas do mês corrente são recebidos no mês seguinte, os recebimentos de CR a 30 dias apresentados para setembro representam 50% das vendas de agosto, os para outubro representam 50% das vendas de setembro e assim por diante. A 60 dias. Esses lançamentos representam vendas realizadas dois meses antes e que geram contas a receber pagas no mês corrente. Como 30% das vendas são recebidos 60 dias depois, os recebimentos apresentados para outubro representam 30% das vendas de agosto e assim por diante. Outros recebimentos. Trata-se de entradas projetadas de caixa a partir de fontes que não as vendas. Receitas financeiras, ingressos pela venda de equipamentos, venda de ações e obrigações e recebimento de arrendamentos podem surgir neste item. No caso da ADM CONT Industries, a única entrada de caixa que se enquadra na categoria são os $ 30.000 em dividendos esperados para dezembro. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 144 Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries Tabela 1 AGO SET OUT NOV DEZ Projeção de Vendas Vendas a Vista (0,20) Recebimento de CR: A 30 dias (0,50) A 60 dias (0,30) Outros recebimentos Total de Recebimentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 145 Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries Tabela 1 AGO SET OUT NOV DEZ Projeção de Vendas $100 $200 $400 $300 $200 Vendas a Vista (0,20) Recebimento de CR: A 30 dias (0,50) A 60 dias (0,30) Outros recebimentos Total de Recebimentos 12/05/2020 37 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 146 Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries Tabela 1 AGO SET OUT NOV DEZ Projeção de Vendas $100 $200 $400 $300 $200 Vendas a Vista (0,20) 20 40 80 60 40 Recebimento de CR: A 30 dias (0,50) A 60 dias (0,30) Outros recebimentos Total de Recebimentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 147 Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries Tabela 1 AGO SET OUT NOV DEZ Projeção de Vendas $100 $200 $400 $300 $200 Vendas a Vista (0,20) 20 40 80 60 40 Recebimento de CR: A 30 dias (0,50) 50 100 200 150 A 60 dias (0,30) Outros recebimentos Total de Recebimentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 148 Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries Tabela 1 AGO SET OUT NOV DEZ Projeção de Vendas $100 $200 $400 $300 $200 Vendas a Vista (0,20) 20 40 80 60 40 Recebimento de CR: A 30 dias (0,50) 50 100 200 150 A 60 dias (0,30) 30 60 120 Outros recebimentos Total de Recebimentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 149 Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries Tabela 1 AGO SET OUT NOV DEZ Projeção de Vendas $100 $200 $400 $300 $200 Vendas a Vista (0,20) 20 40 80 60 40 Recebimento de CR: A 30 dias (0,50) 50 100 200 150 A 60 dias (0,30) 30 60 120 Outros recebimentos 30 Total de Recebimentos 12/05/2020 38 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 150 Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries Tabela 1 Total de recebimentos. Esse valor representa o total dos recebimentos indicados para cada mês. No caso da ADM CONT Industries, só nos interessam os meses de outubro, novembro e dezembro AGO SET OUT NOV DEZ Projeção de Vendas $100 $200 $400 $300 $200 Vendas a Vista (0,20) 20 40 80 60 40 Recebimento de CR: A 30 dias (0,50) 50 100 200 150 A 60 dias (0,30) 30 60 120 Outros recebimentos 30 Total de Recebimentos 210 320 340 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 151 Desembolsos Os desembolsos abrangem todas as saídas de caixa da empresa durante um determinado período financeiro. Os desembolsos mais comuns são: Compras à vista Dispêndios em ativo imobilizado Pagamento de juros Pagamento de dividendos Pagamento de amortização de empréstimos Pagamento de fornecedores Pagamento de aluguéis (e arrendamentos) Folha de pagamento Pagamento de imposto Recompra de ações Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 152 Desembolsos É importante que se perceba que a depreciação e outras despesas não desembolsáveis NÃO são incluídas no orçamento de caixa porque representam somente uma dedução programada de uma saída de caixa anterior. O impacto da depreciação, reflete apenas em uma menor saída de caixa para pagamento de impostos. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 153 A ADM CONT Industries reuniu os dados a seguir para elaborar um cronograma de desembolsos para os meses de outubro, novembro e dezembro. Compras. As compras da empresa correspondem a 70% de suas vendas. Desse valor, 10% são pagos à vista, 70% no mês imediatamente após a compra e os 20% remanescentes com prazo de dois meses. Pagamento de aluguéis. Aluguel de $ 5.000 devido mensalmente. Folha de pagamento. Os custos fixos de folha de pagamentos no ano são de $ 96.000, ou $ 8.000 por mês. Além disso, os salários são estimados em 10% das vendas mensais. Pagamento de imposto. Em dezembro deve ser pago imposto no valor de $ 25.000. Dispêndios em ativos imobilizados. Em novembro serão compradas e pagas máquinas no valor de $ 130.000. Pagamento de juros. É devido em dezembro um pagamento de juros no valor de $ 10.000. Pagamento de dividendos. Serão pagos em outubro dividendos no valor de $ 20.000. Amortização de empréstimo. É devido em dezembro um pagamento de amortização de empréstimo no valor de $ 20.000. Recompra de ações. Não há projeção de recompra de ações entre outubro e dezembro. 12/05/2020 39 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 154 O cronograma de desembolsos da empresa, baseado nos dados anteriores, pode ser visto na Tabela 2. Alguns itens da tabela serão explicados mais detalhadamente a seguir. Compras. Esse lançamento é para fins meramente informativos. Os valores representam 70% das vendas projetadas para cada mês. Foram incluídos para facilitar o cálculo das compras à vista e pagamentos correlatos. Compras à vista. As compras à vista representam 10% das compras de cada mês. Pagamentos de fornecedores. Esses lançamentos referem- se ao pagamento de fornecedores, contas a pagar (CP), resultantes de compras em meses anteriores. Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 155 A 30 dias. Esses valores representam compras feitas no mês anterior e pagas no mês corrente. Como 70% das compras da empresa são pagas com prazo de um mês, os pagamentos a 30 dias indicados para setembro representam 70% das compras de agosto, os pagamentos de outubro representam 70% das contas de setembro e assim por diante. A 60 dias. Esses valores correspondem a compras feitas dois meses antes e pagas no mês corrente. Como 20% das compras da empresa são pagas com prazo de dois meses, os pagamentos a 60 dias em outubro representam 20% das compras de agosto e assim por diante. Folha de pagamento. Esses valores foram obtidos somando-se $ 8.000 a 10% das vendas de cada mês. Os $ 8.000 representamo componente salário; o restante representa honorários. Os demais itens do cronograma são autoexplicativos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 156 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) Compras a Vista (0,10) Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) A 60 dias (0,20) Pagamento de aluguel Folha de pagamento Pagamento de Impostos Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 157 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) A 60 dias (0,20) Pagamento de aluguel Folha de pagamento Pagamento de Impostos Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos 12/05/2020 40 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 158 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) A 60 dias (0,20) Pagamento de aluguel Folha de pagamento Pagamento de Impostos Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 159 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) Pagamento de aluguel Folha de pagamento Pagamento de Impostos Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 160 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel Folha de pagamento Pagamento de Impostos Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 161 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento Pagamento de Impostos Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos 12/05/2020 41 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 162 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento 48 38 28 Pagamento de Impostos Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 163 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento 48 38 28 Pagamento de Impostos 25 Dispêndios Ativo Imobilizado Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 164 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento 48 38 28 Pagamento de Impostos 25 Dispêndios Ativo Imobilizado 130 Pagamento de Juros Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 165 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento 48 38 28 Pagamento de Impostos 25 Dispêndios Ativo Imobilizado 130 Pagamento de Juros 10 Pagamento de dividendos Amortização de empréstimo Total de Pagamentos 12/05/2020 42 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 166 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento 48 38 28 Pagamento de Impostos 25 Dispêndios Ativo Imobilizado 130 Pagamento de Juros 10 Pagamento de dividendos 20 Amortização de empréstimo Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 167 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento 48 38 28 Pagamento de Impostos 25 Dispêndios Ativo Imobilizado 130 Pagamento de Juros 10 Pagamento de dividendos 20 Amortização de empréstimo 20 Total de Pagamentos Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 168 Cronograma de Desembolsos projetados ($mil) Tabela 2 AGO SET OUT NOV DEZ Compras (0,70 x Vendas) $70 $140 $280 $210 $140 Compras a Vista (0,10) 7 14 28 21 14 Pagamento de CP: A 30 dias (0,70) 49 98 196 147 A 60 dias (0,20) 14 28 56 Pagamento de aluguel 5 5 5 Folha de pagamento 48 38 28 Pagamento de Impostos 25 Dispêndios Ativo Imobilizado 130 Pagamento de Juros 10 Pagamento de dividendos 20 Amortização de empréstimo 20 Total de Pagamentos 213 418 305 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 169 Fluxo de caixa líquido, saldo de caixa final, financiamento e saldo excedente de caixa Usando a Tabela que aprendemos na aula anterior, temos dados para os dois primeiros lançamentos e podemos agora continuar a calcular as necessidades de caixa da empresa. O fluxo de caixa líquido é obtido subtraindo-se das entradas de caixa de cada período as saídas de caixa correspondentes. Então somamos o saldo de caixa inicial ao demonstrativo de fluxo de caixa líquido para determinar o saldo de caixa final do período. Por fim, subtraímos o saldo de caixa mínimo desejado do saldo de caixa final para encontrar o financiamento total necessário, ou o saldo excedente de caixa total. Se o caixa final for menor do que o saldo mínimo desejado, haverá necessidade de financiamento. Esse financiamento costuma ser considerado de curto prazo e é representado, portanto, por bancos a pagar. Se o saldo final for maior do que a necessidade mínima, haverá um saldo excedente de caixa. Presume-se que qualquer caixa excedente seja investido em algum título líquido, remunerado e de curto prazo - ou seja, títulos negociáveis. 12/05/2020 43 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 170 A Tabela a seguir apresenta o orçamento de caixa da ADM CONT Industries, baseado nos dados já desenvolvidos. Ao fim de setembro, o saldo de caixa da empresa era de $ 50.000 e seu banco a pagar e seus títulos negociáveis eram iguais a $ 0. A empresa deseja manter, como reserva para necessidades imprevistas, um saldo de caixa mínimo de $ 25.000. Para que a ADM CONT mantenha
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