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FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA E COMUNITÁRIA (4)

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FUNDAMENTOS DA GESTÃO INTEGRADA 
E COMUNITÁRIA
O ESTADO E A GESTÃO INTEGRADA E 
COMUNITÁRIA
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Identificar os mecanismos do Estado que favorecem a implantação da gestão integrada no âmbito da
Segurança Pública;
2- Reconhecer o Sistema Único de Segurança Pública como indutor dos gabinetes de gestão integrada municipal,
estadual e de fronteiras;
3- Avaliar o papel dos entes federados no Sistema Único de Segurança Pública.
1 Introdução
Neste encontro, veremos de que modo o Estado, como poder público, pode favorecer a implantação de
mecanismos de gestão integrada no que diz respeito à Segurança Pública.
Estudaremos também as características do SUSP e como ele funciona como indutor, entre tantas outras políticas,
da gestão integrada na Segurança Pública.
Estudaremos também o Pronasci e como este programa fomentou a criação de diversos gabinetes de gestão
integrada no Brasil inteiro, ao tornar a sua implantação uma condição para o recebimento de recursos federais.
Finalmente, analisaremos o papel dos entes federados para a Segurança Pública e, mais especificamente, para a
implantação da gestão integrada.
Vamos começar?
2 As políticas públicas e a integralidade
Já sabemos que a Segurança Pública é um direito e uma responsabilidade de todos. Dito de outra forma, não se
trata apenas de tarefa do Estado/poder público, mas de cada cidadão.
Atualmente escuta-se muito falar em políticas públicas de Saúde, de Segurança, de Desenvolvimento Social.
Mas, o que vem a ser política pública?
Como em quase todos os temas das Ciências Sociais, não existe um definição única e nem sempre podemos dizer
que uma seja a mais correta dentre todas as outras.
Alguns autores afirmam que políticas públicas são ações ou inações governamentais relativas às coisas
concernentes aos cidadãos, à sociedade.
• Monetária•
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• Monetária
• Educacional
• Saúde
• Desenvolvimento social
• Segurança
• Agrícola
Para os fins de nosso estudo, vejamos o que diz Potyara Pereira.
Política pública não é sinônimo de política estatal. A palavra ‘pública’, que acompanha a palavra
‘política’, não tem identificação exclusiva com o Estado, mas sim com o que em latim se expressa
como res publica, isto é, coisa de todos, e, por isso, algo que compromete simultaneamente, o Estado
e a sociedade.
Em outras palavras, ação pública, na qual, além do Estado, a sociedade se faz presente, ganhando
representatividade, poder de decisão e condições de exercer o controle sobre a sua própria reprodução e sobre
os atos e decisões do governo e do mercado.
É o que preferimos chamar de controle democrático exercido pelo cidadão comum, porque é controle coletivo,
que emana da base da sociedade, em prol da ampliação da democracia e da cidadania.
3 O Sistema Único de Segurança Pública
O SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) foi lançado em abril de 2003 e é um esforço do Governo Federal
para elaborar uma política de âmbito nacional, unificada, para a área da Segurança.
O SUSP criado no âmbito da Política Nacional de Segurança Pública – PNSP-, visa promover uma maior
organicidade e cooperação entre as instâncias federal, estadual e municipal no que se refere à implementação de
políticas de Segurança Pública e Justiça Criminal em todo o país.
Seu objetivo é integrar e articular, de forma prática, as ações das polícias federais, estaduais, distrital e guardas
municipais, preservando a autonomia das instituições envolvidas.
4 Introdução
A partir da implantação do SUSP, começou-se a discutir, de forma mais consistente e sistemática, qual o papel
dos municípios no sistema de Segurança Pública.
Diante da estrutura federativa brasileira, sobressai-se a vocação primordial do município para a prevenção da
violência e criminalidade, resguardando-se as competências legais.
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É no município que as pessoas residem, é no município que acontecem os problemas e as soluções, assim como é
no município – poder público mais próximo do cidadão – que a comunidade procura a solução para os problemas
que a aflige.
Não é mais possível a continuidade de uma política reativa, pautada em um modelo tradicional de Segurança
Pública que priorize unicamente o acréscimo de armamentos e efetivos policiais, visto que tais medidas
apresentaram-se insuficientes para a redução da criminalidade.
O SUSP opera com as seguintes convicções:
• não há política de Segurança sem gestão;
• a política de Segurança deve ser pautada nos Direitos Humanos;
• a política de Segurança implica articulação sistêmica das instituições.
5 Os eixos do Sistema Único de Segurança Pública
Vejamos agora, os 6 eixos do Sistema Único de Segurança Pública.
Gestãounificada da informação
Uma central recebe todas as demandas relativas à área da Segurança Pública. A coleta de informações deverá
auxiliar na redução da violência e na prevenção ao crime.
Gestão dosistema de segurança
Delegacias com perícia, polícia civil e polícia militar deverão ser implantadas para cuidar de determinadas áreas
geográficas das cidades.
Formação eaperfeiçoamento de policiais
Os policiais civis e militares serão treinados em academias integradas. A Secretaria Nacional de Segurança
Pública tem um setor de formação e aperfeiçoamento que já está trabalhando nos currículos das academias para
definir o conteúdo desses cursos de formação que levarão em conta sempre a valorização profissional.
Valorizaçãodas perícias
Essa fase da investigação de crimes receberá atenção especial.
Prevenção
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Ações concretas para a prevenção e redução da violência nos estados serão prioritárias. A Polícia Comunitária
terá papel fundamental nesse processo.
Ouvidoriasindependentes e corregedorias unificadas
Serão criados órgãos para receber as reclamações da população e identificar possíveis abusos da ação policial. A
corregedoria vai fiscalizar os atos dos policiais civis e militares, o objetivo é realizar o controle externo sobre a
ação da Segurança Pública nos estados.
6 O SUSP e o respeito ao pacto federativo
Da mesma forma que o SUSP prevê a integração entre as diferentes forças de Segurança Pública, existe um
empenho para integrar os diversos federados no sentido de somar esforços, minimizar o retrabalho e otimizar os
resultados.
Sabe-se que à luz do pacto federativo, a União não pode obrigar os outros entes a agirem de determinado modo,
mas, pode e deve fomentar e induzir a práticas que se mostraram exitosas em oportunidades anteriores e em
outros lugares.
Por meio de políticas públicas e fornecendo princípios e diretrizes, é possível envolver os municípios, os estados
e o Distrito Federal em novas concepções acerca da Segurança Pública e das formas de tratá-la.
7 O Pronasci e a gestão integrada
O Programa Nacional de Segurança com Cidadania foi instituído pela Lei nº 11.530 de 24 de outubro de 2007 e
considerado um novo paradigma de Segurança Pública, que estava baseado em 2 grandes inovações.
Articulação entre ações de segurança e ações de natureza sociais e preventivas, atuando nas raízes socioculturais
da violência e da criminalidade, por meio do fortalecimento dos laços comunitários e das parcerias com as
famílias, sem abdicar das estratégias de ordenamento social e repressão qualificada.
Fomento de uma agenda federativa compartilhada, com o envolvimento de todos os entes, acrescentando, ao
papel basilar dos estados, o governo federal, com indução de políticas de financiamento, e os municípios, com
papel ativo nas ações de prevenção.
Afirmamos que o Pronasci foi visto como uma inovação e, sabe por qual motivo?
O programa buscava a promoção de um projeto de inclusão e fortalecimento da coesão social por meio do
empoderamento das relações entre operadores de segurança e sociedade civil e do acesso a um Estado
qualificado.
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Seu papel era garantir direitos fundamentais do cidadão e oferecer uma resposta a um contexto de tensão social
do país, com altos índices de criminalidadee violência, atingindo os indivíduos mais jovens, rompendo com um
modelo ultrapassado de política de Segurança Pública e buscando desenvolver ações que evitem que o crime
aconteça sem deixar de lá, é óbvio, a repressão.
Vejamos agora as ações dos 3 objetivos de atuação que o programa previam.
• Territorial: atuando em regiões urbanas com altos índices de criminalidade;
• Etário: priorizando a juventude, particularmente grupo de jovens entre 15 e 24 anos que vivem às 
margens da criminalidade e/ou tiveram conflitos com a lei;
• Policial: favorecendo a formação e a valorização das forças de segurança.
8 Pronasci
O Pronasci trabalhou com a concepção de que a sociedade deve formar cidadãos e criar condições para reduzir a
vulnerabilidade social.
Neste ponto, você deve estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com os Fundamentos da Gestão Integrada
e Comunitária, não é?
Na próxima parte você entenderá porque é impossível falar sobre a Gestão Integrada em Segurança Pública sem
mencionar o Pronasci e vice-versa.
Vamos lá?
9 O Pronasci e os GGIs
Os Gabinetes de Gestão Integrada passaram a ser a forma gerencial do Pronasci, sobretudo em sua forma de
Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM).
A partir do momento em que começaram a se configurar como a principal ferramenta de gestão do PRONASCI,
esses gabinetes deviam garantir a sua viabilidade operacional ao reunir diversas instituições que incidem sobre
a política de segurança, promovendo ações conjuntas e sistêmicas de prevenção e enfrentamento da violência e
da criminalidade e aumentando a sensação de segurança por parte da população e a valorização dos servidores
públicos que atuam na área de segurança em todas as esferas.
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Fique ligado
Os GGIs evitam o isolamento e a fragmentação dos vários segmentos que compõem a área da
segurança pública não devendo, por isso, se constituir em organismos meramente formais,
mas, antes, atuar com efetividade na busca de resultados.
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Agora veremos o papel dos entes federados na gestão integrada da Segurança Pública.
Os entes federados são a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.
De acordo com o texto constitucional, cada ente tem um papel no que diz respeito à administração pública do
país.
Vejamos a seguir quais são esses papéis em relação à Segurança.
10 O Estado
Quando se pensa em Segurança Pública no Brasil, pode-se afirmar que aos estados cabe a organização e a
manutenção das polícias, tanto a preventiva, como a da judiciária. O próprio texto constitucional prevê que as
polícias fiquem com essa incumbência.
Os estados participam do SUSP por meio de um protocolo de intenções assinado pelo governador e pelo Ministro
da Justiça.
A partir de então, cria-se um Comitê de Gestão Integrada do qual participam:
• O secretário estadual de Segurança Pública (ou seu equivalente), como coordenador;
• Representantes da Polícia Federal;
• Polícia Rodoviária Federal;
• Polícia Civil;
• Guardas Municipais.
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Conta-se também com a cooperação do Ministério Público e do Poder Judiciário. O comitê deve buscar o
consenso para definir as ações, sobretudo ao que se refere ao enfrentamento do crime organizado em suas
diversas modalidades.
• Tráfico de drogas
• Tráfico de armas
• Contrabando
• Lavagem de dinheiro
• Pirataria
As decisões do comitê estadual, então, são transmitidas a um gestor nacional, o possibilitando que boas práticas
implantadas em determinado estado possam ser levadas a outros. Além disso, também cabe ao comitê definir as
prioridades para investimentos federais na área.
11 O Município
A partir da Constituição de 1988 os municípios passaram a ser considerados como entes federados e, por isso,
nos últimos anos, a ter um mais destaque nos debates sobre Segurança Pública e prevenção da violência por se
tratar, justamente, da instância governamental mais próxima dos problemas concretos vividos pelos cidadãos.
Frente a este novo cenário, alguns dos municípios brasileiros passaram a repensar suas políticas sociais e
urbanísticas, buscando incorporar a dimensão da prevenção da violência através da implantação de políticas
integradas em nível local, estadual e federal.
Para tanto, viram-se diante do desafio de criar, ampliar e mesmo repensar uma de suas importantes instituições
para este fim: a Guarda Municipal.
Os municípios possuem um grande desafio: desenvolver projetos concretos de prevenção e alcançar, com eles,
reduções significativas nas taxas de criminalidade e nas ocorrências violentas.
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Fique ligado
O contexto sociopolítico contemporâneo sinaliza para o desafio de reestruturar o papel desta
organização no Estado Democrático de Direito.
Este empreendimento requer inúmeros esforços no sentido de ampliar os debates sobre o
tema, tornando-o cada vez mais acessível à municipalidade brasileira que busca, em conjunto
com a sociedade local, assumir o seu papel na construção da tão propagada Segurança Pública
para todos.
- -9
É perfeitamente possível alcançar estes resultados. A experiência internacional e alguns exemplos, em nosso
próprio país, o demonstram suficientemente. Para isso, entretanto, é preciso trabalhar com seriedade e
profissionalismo, articulando as ações o mais amplamente possível com todos os interessados e com as
entidades parceiras.
A partir de 2003, com o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), este movimento se aprofunda e o município
ganha um destaque ainda maior no que se refere à consecução de políticas locais, integradas e participativas de
prevenção do crime e da violência.
Neste sentido, a arquitetura institucional do Sistema Único de Segurança é responsável pela produção de
importantes documentos de referência para que as prefeituras se ajustem a este novo cenário.
12 Conclusão
Em nossa próxima aula, veremos que existem metodologias cujo objetivo é a busca de soluções orientadas por
problemas aplicados à Segurança Pública.
Como exemplo, analisaremos o Método IARA que possui 4 etapas, isto é, identificação, análise, resposta e
avaliação. Mas, conforme dissemos, este é o assunto para o nosso próximo encontro.
Aguarde!
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Metodologias para busca de soluções orientadas por problemas aplicados à Segurança Pública;
• O Método IARA: Identificação, Análise, Resposta e Avaliação.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Analisou a relação entre políticas públicas e integralidade;
• Compreendeu a definição de Pacto Federativo e a ideia de autonomia entre os entes federados;
• Verificou a diferença entre unificação e integração prática;
• Analisou a importância do município na gestão integrada da Segurança Pública.
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	Olá!
	1 Introdução
	2 As políticas públicas e a integralidade
	3 O Sistema Único de Segurança Pública
	4 Introdução
	5 Os eixos do Sistema Único de Segurança Pública
	6 O SUSP e o respeito ao pacto federativo
	7 O Pronasci e a gestão integrada
	8 Pronasci
	9 O Pronasci e os GGIs
	10 O Estado
	11 O Município
	12 Conclusão
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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