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A origem da família

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A ORIGEM DA FAMÍLIA
Para os romanos a palavra famulus que deu origem ao nome família significa
escravo doméstico, e mais do que isso, significava naquele tempo a família que pertencia a um homem. A família nesse tempo poderia ser herança, constituída por
pessoas escravas (ENGELS, 2019).
No entanto, apesar desse entendimento, ainda mais em períodos pré-históricos, o conceito de família era diversificado. A exemplo, podemos citar as famílias consanguíneas, que se casavam entre si sem reconhecer qualquer moralidade ou anomalias genéticas. Família de grupos de uma mesma localidade onde a linhagem era reconhecida apenas pela parte da mãe, ou seja, nesse exemplo se reconhecem os filhos pela mãe, podendo o pai/irmão/tio se relacionarem entre as filhas da matriarca. Ou a família punaluana, onde aqui já se separava das relações sexuais os progenitores e os filhos destes e também a família pré-monogamica, constituída por famílias grupais podendo haver de união de pares, mas sem a junção de uma configuração consanguínea (ENGELS, 2019).
Eventualmente, como exposto, determinadas configurações familiares foram
mudando, independente do lugar ou época, e novas relações e denominações foram
criadas, no entanto, é um fenômeno tão complexo e histórico que as mudanças continuam a ocorrer mesmo na contemporaneidade. Isso quer dizer que as configurações familiares vêm se reformando, redefinindo conceitos preestabelecidos.
O conceito de família no mundo contemporâneo ocidental se estabeleceu na
família monogâmica. Para ser considerada família deveria ser composta por um pai,
o chefe provedor da família, uma mãe, a dona de casa, e os filhos desse casal, ou
seja, um sistema patriarcal que além de tudo “era considerada instituição digna de
louvor e carinho”, e socialmente aceita (LÉVIS-STRAUSS, 1956, p.309 apud OLIVEIRA, 2009).
Diante disso, é possível identificar que não há um modelo único ou mesmo
um ideal a ser seguido, pois são indivíduos estabelecidos em determinada cultura
em um momento histórico e que possuem percursos individuais e que se relacionam
com outras pessoas, configurando assim espaços diversificados. Isso quer dizer que "não há um conceito novo de família, pois embutidos na família, existem várias possibilidades de novas configurações, não ficando exclusivamente em um único modelo." (OLIVEIRA, 2009, p.x). E, embora haja o entendimento de que não há uma família "ideal", ainda é difícil socialmente aceitar as múltiplas configurações familiares.
REFERÊNCIAS
ENGELS. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Boitempo, 2019.
OLIVEIRA, NHD. Recomeçar: família, filhos e desafios [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. ISBN 978-85-7983-036-5. Disponível em: SciELO Books <http://books.scielo.org>.
A ORIGEM DA FAMÍLI
A
 
 
Para os romanos a palavra famulus que deu origem ao nome família significa
 
escravo doméstico, e mais do que isso, significava naquele tempo a família que
 
pertencia a um homem. A família nesse tempo poderia s
er herança, constituída por
 
pessoas escravas (ENGELS, 2019).
 
No entanto, apesar desse entendimento, ainda mais em períodos pré
-
históricos, o conceito de família era diversificado. A exemplo, podemos citar as
 
famílias consanguíneas, que se casavam entre si
 
sem reconhecer qualquer
 
moralidade ou anomalias genéticas. Família de grupos de uma mesma localidade
 
onde a linhagem era reconhecida apenas pela parte da mãe, ou seja, nesse
 
exemplo 
se reconhecem os filhos pela mãe, podendo o pai/irmão/tio se relacionarem
 
entre as 
filhas da matriarca. Ou a família punaluana, onde aqui já se separava das
 
relações 
sexuais os progenitores e os filhos destes e também a família pré
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monogamica, 
constituída por famílias grupais podendo haver de união de pares,
 
mas sem a junção 
d
e uma configuração consanguínea (ENGELS, 2019).
 
Eventualmente, como exposto, determinadas configurações familiares foram
 
mudando, independente do lugar ou época, e novas relações e denominações foram
 
criadas, no entanto, é um fenômeno tão complexo e histór
ico que as mudanças
 
continuam a ocorrer mesmo na contemporaneidade. Isso quer dizer que as
 
configurações familiares vêm se reformando, redefinindo conceitos
 
preestabelecidos.
 
O conceito de família no mundo contemporâneo ocidental se estabeleceu na
 
família 
monogâmica. Para ser considerada família deveria ser composta por um pai,
 
o chefe provedor da família, uma mãe, a dona de casa, e os filhos desse casal, ou
 
seja, um sistema patriarcal que além de tudo “era considerada instituição digna de
 
louvor e carinho”
, e socialmente aceita (LÉVIS
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STRAUSS, 1956, p.309 apud
 
OLIVEIRA, 2009).
 
Diante disso, é possível identificar que não há um modelo único ou mesmo
 
um ideal a ser seguido, pois são indivíduos estabelecidos em determinada cultura
 
em um momento histórico e que possuem percursos individuais e que se relacionam
 
com outras pessoas, configurando assim espaços diversificados
.
 
Isso quer dizer que 
"não há um con
ceito novo de família, pois embutidos na
 
família, existem várias 
possibilidades de novas confi
gurações, não
 
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exclusivamente em um único 
A ORIGEM DA FAMÍLIA 
 
Para os romanos a palavra famulus que deu origem ao nome família significa 
escravo doméstico, e mais do que isso, significava naquele tempo a família que 
pertencia a um homem. A família nesse tempo poderia ser herança, constituída por 
pessoas escravas (ENGELS, 2019). 
No entanto, apesar desse entendimento, ainda mais em períodos pré-
históricos, o conceito de família era diversificado. A exemplo, podemos citar as 
famílias consanguíneas, que se casavam entre si sem reconhecer qualquer 
moralidade ou anomalias genéticas. Família de grupos de uma mesma localidade 
onde a linhagem era reconhecida apenas pela parte da mãe, ou seja, nesse exemplo 
se reconhecem os filhos pela mãe, podendo o pai/irmão/tio se relacionarem entre as 
filhas da matriarca. Ou a família punaluana, onde aqui já se separava das relações 
sexuais os progenitores e os filhos destes e também a família pré-monogamica, 
constituída por famílias grupais podendo haver de união de pares, mas sem a junção 
de uma configuração consanguínea (ENGELS, 2019). 
Eventualmente, como exposto, determinadas configurações familiares foram 
mudando, independente do lugar ou época, e novas relações e denominações foram 
criadas, no entanto, é um fenômeno tão complexo e histórico que as mudanças 
continuam a ocorrer mesmo na contemporaneidade. Isso quer dizer que as 
configurações familiares vêm se reformando, redefinindo conceitos preestabelecidos. 
O conceito de família no mundo contemporâneo ocidental se estabeleceu na 
família monogâmica. Para ser considerada família deveria ser composta por um pai, 
o chefe provedor da família, uma mãe, a dona de casa, e os filhos desse casal, ou 
seja, um sistema patriarcal que além de tudo “era considerada instituição digna de 
louvor e carinho”, e socialmente aceita (LÉVIS-STRAUSS, 1956, p.309 apud 
OLIVEIRA, 2009). 
Diante disso, é possível identificar que não há um modelo único ou mesmo 
um ideal a ser seguido, pois são indivíduos estabelecidos em determinada cultura 
em um momento histórico e que possuem percursos individuais e que se relacionam 
com outras pessoas, configurando assim espaços diversificados. Isso quer dizer que 
"não há um conceito novo de família, pois embutidos na família, existem várias 
possibilidades de novas configurações, não ficando exclusivamente em um único

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