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Artigo Pieri et al (1)GESTÃO ESTRATÉGICA E AMBIENTAL ESTUDO DE CASO DE UMA UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA

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GESTÃO ESTRATÉGICA E AMBIENTAL: ESTUDO 
DE UMA UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA 
 
 
Ricardo Pieri, Esp; 
Brasil, Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC; rpi@unesc.net 
 
Elisete Dahmer Pfitscher, Dra; 
Brasil, Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC; elisete@cse.ufsc.br 
 
Irineu Afonso Frey, Dr; 
Brasil, Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC; iafrey@cse.ufsc.br 
 
Claudio Luiz de Freitas, Mestrando; 
Brasil, Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC; clfreitas.sp@gmail.com 
 
Luiz Alberton, Dr. 
Brasil, Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC; alberton@cse.ufsc.br 
 
Palavras-chave: Gestão Ambiental e Estratégica. Responsabilidade Social. 
Universidade Comunitária. 
 
 
Tema del Trabajo: 
Gestión de Costos orientada a consultoría y servicios para la toma de 
decisiones en empresas en general: Administración Pública 
 
Recursos Audivisuais: 
 Apresentação Oral; Multimídia; Data-show
mailto:iafrey@cse.ufsc.br
 
 
GESTÃO ESTRATÉGICA E AMBIENTAL: ESTUDO DE UMA 
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA 
 
 
Palavras-chave: Gestão Ambiental e Estratégica. Responsabilidade Social. 
Universidade Comunitária. 
 
Tema del Trabajo: 
Gestión de Costos orientada a consultoría y servicios para la toma de 
decisiones en empresas en general: Administración Pública 
 
RESUMO 
 
A presente pesquisa foi realizada em uma Universidade Comunitária, sediada no extremo 
sul catarinense, tendo como objetivo avaliar a Gestão Estratégica/Ambiental da entidade 
por meio da aplicação parcial do por Sistema Contábil Gerencial Ambiental - SICOGEA. 
Sua aplicação ocorreu no período de 21/11/2010 a 03/12/2010. Houve uma adequação 
da lista de verificação, prevista no SICOGEA. A lista foi composta por 154 questões e foi 
aplicada com os responsáveis de 15 setores e/ou áreas da Universidade pesquisada. A 
metodologia utilizada pode ser enquadrada como pesquisa exploratória e descritiva com 
abordagem quali-quantitativa. Foi utilizada na tabulação da pesquisa uma planilha 
eletrônica parametrizada para facilitar a tabulação dos dados. Há de se ressaltar a 
incorporação, na lista de verificação do SICOGEA, de 24 (vinte e quatro) questões do 
SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, abrangendo dimensões, 
com as respectivas avaliações realizadas pela CPA – Comissão de Avaliação Própria da 
entidade e integrante do relatório de avaliação da instituição encaminhado ao MEC. Na 
média geral dos quesitos analisados a entidade obteve um resultado de 67,8% que, nos 
parâmetros do SICOGEA, corresponde a uma avaliação considerada “BOA”. Destaca-se 
que o critério “Ecoeficiência do processo de prestação de serviços”, neste resultado 
quanto ao ponto de vista do peso das questões envolvidas na análise, a instituição 
obteve um resultado de 60,9%, praticamente no limite entre o BOM e o REGULAR. O 
critério “Indicadores contábeis” apresentou avaliação REGULAR com 60% de resultado. 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O crescente cenário econômico mundial, aliado as novas tecnologias e a 
preocupação com o meio ambiente, provocaram alterações significativas nos processos 
produtivos e gerenciais, modificando o modo de pensar e viver das pessoas, passando 
pela reavaliação dos níveis de consumo e do destino dos resíduos da própria sociedade, 
afetando diretamente as empresas. A sociedade contemporânea passa a exigir das 
organizações, não só um produto e\ou serviço de qualidade, mas também que elas 
repensem suas ações e que assumam uma preocupação com o desenvolvimento 
sustentável do planeta. 
Segundo Tinoco e Kraemer (2008, p. 45), “a degradação do meio ambiente e a 
depleção exagerada de recursos naturais têm chamado a atenção em todo o mundo, e 
com isso o meio ambiente vem atraindo cada vez mais atenção e interesse.” Essas 
mudanças têm influenciado o planejamento de muitas empresas, que começam a 
demonstrar em suas ações a preocupação com o meio ambiente. Muitas espelham essa 
mudança de postura na definição de sua missão e em seus princípios e valores. Porém, 
isso por si só não resolve. Há a necessidade de incorporação dessas intenções em suas 
estratégias e planos de ações. 
O planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão utilizada para dar um rumo 
às organizações, possibilitando que as ações de uma empresa caminhem em um mesmo 
sentido. Nele se estabelece uma série de definições estratégicas, tais como: Missão, 
Visão de Futuro, Princípios e Valores, objetivando um foco para a atuação da empresa e 
a forma como ela atuará em seu ambiente de negócio, determinando intenções e padrões 
de comportamentos. 
Para que ações relativas ao meio ambiente sejam incorporadas a gestão estratégia 
das empresas é fundamental a obtenção de diagnósticos específicos que minimizem a 
subjetividade, o “achismo” e a “paixão” que esse tema tem despertado nos últimos anos. 
Isso possibilita pensar nas consequências das atividades empresariais, pautadas em atos 
e fatos respaldados em indicadores, que podem ser mensurados e acompanhados com o 
passar do tempo, demonstrando ou não a efetividade das ações. Assim, o objetivo desta 
pesquisa é verificar a gestão estratégica e ambiental da UNESC – Universidade do 
Extremo Sul Catarinense, sediada em Criciúma SC, com a aplicação parcial do 
SICOGEA. 
A importância e relevância da pesquisa estão associadas aos princípios que 
originaram a UNESC, uma universidade comunitária, criada em 1968 pelo poder público 
do município de Criciúma, ou seja, pertence à municipalidade da cidade de Criciúma, não 
havendo um “dono”, não objetiva o lucro e deve aplicar suas receitas no ensino, pesquisa 
e extensão, o que aumenta a sua responsabilidade social e ambiental. 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
O referencial teórico, apresentado a seguir, procurar embasar as questões 
associadas a esta pesquisa compreendendo: Responsabilidade Social, Gestão 
Estratégica, Planejamento Estratégico e Sistema de Gestão Ambiental. 
 
 
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL 
A inclusão das questões ambientais no processo decisório das organizações é uma 
demonstração da incorporação da gestão ambiental na gestão estratégica. Isso envolve a 
conscientização dos empresários, dos empregados, dos sindicatos, da própria sociedade, 
por meio da valorização de ações, serviços e produtos que minimizem os impactos 
ambientais sobre o planeta. 
A busca por técnicas de gestão que contribuam para planejamento integrado das 
ações estratégicas das organizações é fundamental para que, no futuro, a gestão 
estratégica contenha a gestão ambiental e vice-versa. Participar da vida da comunidade, 
participar do desenvolvimento das pessoas e adotar uma gestão ambiental, são 
 
 
exigências cada vez mais presentes no dia-a-dia da empresa e afetam diretamente a sua 
imagem, sendo um aliado poderoso no marketing empresarial. 
A responsabilidade social das organizações está associada às influências diretas e 
indiretas de suas atividades operacionais na comunidade onde está inserida, que pode 
ser local, regional ou global, dependendo da área de abrangência da organização. 
A imagem da organização depende da maneira como a sociedade é informada 
sobre suas atividades, ações e notícias, nos âmbitos operacional, social, econômico e 
ambiental. Com isso a responsabilidade social passa também pelo processo de 
comunicação, interna e externa, adotado pela organização com a sociedade e seus 
acionistas. A comunicação pode interferir na maneira como a organização planeja suas 
operações, como ela se relaciona com os seus stakeholders, exigindo transparência e 
coerência de seus gestores. 
Nos últimos anos é visível a crescente preocupação das empresas, com a 
responsabilidade social, por meio da sua sustentabilidade econômica e também 
ambiental. 
Para Tinoco e Kraemer (2008, p. 31), “O desenvolvimento sustentável é o que 
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações 
futuras atenderem a suas próprias necessidades.” Esse comportamento das empresas 
tem sido vistonas definições estratégicas como: missão, visão de futuro e princípios e 
valores, que passam a incorporar compromissos com o meio ambiente e a 
sustentabilidade econômica e ambiental. 
Segundo Carvalho (2008, p 42), “o comportamento da sociedade e a forma de as 
entidades lidarem com a natureza têm sofrido alterações ao longo das últimas décadas, 
principalmente em decorrência da mudança de valores, de conhecimento e crenças sobre 
o assunto.” A responsabilidade social deve ser um compromisso dos participantes da 
sociedade e todos devem assumir o seu papel em prol de uma sustentabilidade social e 
ambiental. 
De acordo com Braga (2009, p 1), “para que haja um desenvolvimento local 
sustentável, todos os atores sociais devem participar das ações sociais e ambientais, 
inclusive das políticas públicas, pois o governo, individualmente, não tem condições de 
resolver a complexa situação social na qual o país está inserido.” 
As organizações precisam buscar a coerência entre os seus propósitos de 
responsabilidade social e as suas ações, buscando a vinculação e integração dessas 
ações ao seu plano estratégico. 
 
 
2.2 GESTÃO ESTRATÉGICA 
A Gestão Estratégica é um processo gerencial complementar do Planejamento 
Estratégico. De forma simplificada, nos processos de planejamento estratégicos é 
tradicional a definição dos elementos conceituais de uma organização como missão, 
visão de futuro, princípios e valores e a realização da análise do ambiente interno e 
externo e, com base nesses elementos, criar os objetivos estratégicos e o planos de ação 
para atingi-los. 
Porém, a simples elaboração do planejamento estratégico não é garantia de sua 
implantação. Muitas empresas investem tempo e recursos no desenvolvimento de um 
planejamento estratégico e depois o deixam na gaveta. Isso acontece em função de o 
resultado desse processo ser um Plano Estratégico. Um documento formal que é 
desenvolvido, na maioria das vezes, com o auxílio de consultares externos que, após o 
encerramento do mesmo, entregam a diretoria da empresa para a execução dos planos 
de ações. 
Gestão Estratégica é um processo de gestão que garante o desenvolvimento das 
estratégias, a sua implantação, por meio dos planos de ação, o controle dos resultados 
das ações implantadas e as correções necessárias na medida em que se percebe 
desvios em relação ao planejamento. 
 
 
Para Costa (2007, p. 63), “a gestão estratégica é uma forma eficaz de estimular o 
crescimento e garantir a sobrevivência da organização, no seu processo de adaptação às 
transformações no seu ambiente externo e interno.” Fazer a gestão estratégica é criar as 
condições para que as estratégicas desenvolvidas no planejamento estratégico sejam de 
fato implementadas, garantindo o envolvimento de todos da organização, iniciando com a 
alta administração da entidade. 
Em uma analogia com a ferramenta de gestão denominada Ciclo PDCA, pode-se 
dizer que o planejamento estratégico representa o “P” – Planejar. A Gestão Estratégica 
representa a ferramenta como um todo, ou seja, “P” – Planejamento, “D” – Execução, “C” 
– Controle e/ou Verificação e “A” – Atuação Corretiva. (WERKEMA e AGUIAR; 1996, p 
2). A Figura 1 mostra o Ciclo do PDCA. 
 
 
Figura 1: Ciclo do PDCA 
Fonte: Adaptado de Werkema e Aguiar (1996, p. 5) 
 
 
Adaptando-se os ciclos do PDCA dos autores para a realidade da Gestão 
Estratégica, pode-se compor as suas etapas conforme estabelecido no Quadro 1. 
 
Quadro 1: Etapas do Ciclo do PDCA no Planejamento Estratégico 
Fonte: Adaptado de Werkema e Aguiar (1996, p 2) 
 
Nesse sentido, o plano estratégico é totalmente estruturado ou elaborado na etapa 
PLAN da ferramenta. Logos após, na etapa DO, vem execução ou implantação daquilo 
que foi planejado. Na continuidade há a necessidade de controle e checagem das ações 
Planejamento (PLAN) Execução (DO)
Controle/verificação 
(CHECK)
Atuação Corretiva 
(ACTION)
 Definir os elementos
conceituais de uma
organização como missão,
visão de futuro, princípios e
valores;
 Criar as condições para a
execução dos planos de ação.
 Coletar dados para a
verificação do processo;
 Identificados desvios na
checagem, é necessário
replanejar, ou seja, definir e
implementar soluções para
eliminar as suas causas;
 Definir os objetivos
estratégicos e as metas a
serem alcançadas, com base
nas análises dos ambientes
interno e externo.;
 Verificar se o executado
está conforme o planejado, ou 
seja, se a meta foi alcançada,
dentro do método definido;
 Definir os respectivos
planos de ação para atingir os
objetivos estratégicos e metas 
 Identificar os desvios na
meta ou no método.
 Não identificados desvios 
na checagem, pode-se agir 
preventivamente, analisando 
possíveis desvios que poderão 
ser passíveis de ocorrer no 
futuro, suas causas e 
propondo ações.
 Executar as os planos de 
ação e as capacitações 
necessárias, conforme 
previsto na etapa “Planejar”;
 
 
que estão sendo posta em prática, CHECK. Na última etapa da ferramenta temos que 
atuar corretivamente se necessário, estabelecendo novos padrões, replanejando e dando 
continuidade ao ciclo, ACTION. 
 
 
2.3 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO E EXTERNO 
Se o planejamento estratégico é o resultado das análises do ambiente externo e 
interno, a situação do meio ambiente em que a empresa atua e os reflexos de suas ações 
e omissões devem estar presentes no resultados dessas análises. 
Na análise do ambiente externo, busca-se identificar as tendências e 
descontinuidades que poderão ocorrer no macro-ambiente e no ambiente competitivo da 
empresa. Dentre as técnicas existentes para o diagnóstico externos, além da citada 
anteriormente, Costa (2007) destaca ainda: catalisadores, ofensores, oportunidades e 
ameaças, análise dos concorrentes, stakeholders e cenários. 
Na análise do ambiente interno Costa (2007, p. 110) destaca ainda como técnicas 
de análise e avaliação: Auto-avaliação; pontos fortes, pontos fracos e pontos a melhorar; 
os 10 Ms do autodiagnóstico; o gráfico-radar da instituição e os gráficos-radar das áreas 
críticas. 
Especificamente no caso da análise dos 10 Ms, cada um dos 10 Ms corresponde a 
um atributo do ambiente interno da empresa, tais como: magagement, mão-de-obra, 
maquinas, marketing, materiais, meio físico, mensagens, método, money e meio 
ambiente. No meio ambiente considera-se a preservação ambiental, a reciclagem, a 
economia de energia, economia de água e economia de matéria-prima. (COSTA, 2007). 
Dependendo da importância que a empresa e o seu ambiente competitivo, atribuem 
ao meio ambiente, é necessário ter um diagnóstico mais especializado que espelhe essa 
situação. Com base nesse diagnóstico poderão ser traçadas estratégias próprias e 
desenvolvidos os planos de ação para os problemas identificados com relação ao meio 
ambiente. 
 
 
2.5 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
 Compatibilizar o desenvolvimento necessário à vida do homem com processos 
que possam assegurar a sustentabilidade do planeta, buscando equilíbrio entre o 
econômico, o social e o ambiental, é o desafio de toda a humanidade. A busca por 
processos de gestão que oportunize essa integração é fundamental para a sobrevivência 
do homem e por consequência das organizações. Há a necessidade de se incorporar nos 
processos, sistemas que possam rastrear as suas atividades, apontando o nível de 
sustentabilidade das mesmas, possibilitando o registro desses atos e fotos, dando 
subsídios a tomada de decisão, incorporando a gestão ambiental à gestão 
organizacional. Na sequência são apresentados os seguintes sistemas de gestão 
ambiental: GAIA – Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais e SICOGEA - 
Sistema Contábil Gerencial Ambiental. 
 
 
2.5.1 GAIA – Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 
 O GAIA é um método para a avaliação ambiental das organizações, que procura 
identificar os impactos ambientais das atividades empresariais e propor medidas para 
minimiza-los. 
Trata-se de um instrumentopara alcançar a melhoria do desempenho ambiental 
das organizações e o alcance da sustentabilidade. Tem como princípios: proporcionar às 
organizações o atendimento à legislação, a melhoria contínua e a prevenção da poluição 
a partir de atividades focalizadas no desempenho ambiental e na sustentabilidade, 
tomando como elementos fundamentais do processo a organização e as pessoas através 
de suas relações com o meio ambiente. (LERIPIO, 2001, p. 66 apud PFITSCHER, 2004, 
p 81). 
 
 
 
Segundo Pfitscher (2009, p. 75), o método GAIA foi desenvolvido por Lerípio e tem 
como objetivo auxiliar a organização a destacar os impactos ambientais, bem como 
sugerir estratégias para o saneamento de tais impactos e é desenvolvido em três etapas: 
Sensibilização – É realizado um diagnóstico ambiental da empresa por meio de 
uma lista de verificação e é trabalhado a sensibilização das partes para uma estratégia 
ambiental; 
Conscientização – Faz-se a identificação da cadeia de produção e consumo, 
analisando os possíveis impactos ambiantais buscando melhorias nos setores 
causadores desses impactos; 
Capacitação e qualificação – O objetivo é preparar as pessoas da empresa para a 
implementação das melhorias no desenpenho ambiental. 
 
 
2.5.2 SICOGEA - Sistema Contábil Gerencial Ambiental 
O SICOGEA pode fornecer informações mais detalhadas e precisas da situação do 
meio ambiente da organização possibilitando a incorporação da gestão ambiental no 
contexto do planejamento estratégico e/ou gestão estratégica. 
A presença do sistema SICOGEA no planejamento estratégico e/ou gestão 
estratégica, gera uma maior efetividade das ações necessárias à sustentabilidade da 
empresa e do meio ambiente. 
Para Pfitscher, et al.,(2009): Os sistemas de gestão ambiental visão devem dar 
suporte ao tomador de decisão da entidade, sobre o envolvimento da organização com o 
meio ambiente, e esse é o objetivo do método denominado SICOGEA – Sistema Contábil 
Gerencial Ambiental, ela utiliza a contabilidade e controladoria ambiental auxiliando na 
gestão da entidade. 
Ferreira (2003, apud PFITSCHER, et al., 2009) afirma que o processo de gestão 
ambiental deve estabelecer políticas, ter um planejamento, com planos de ações pré-
determinados, e uma previsão dos recursos a serem utilizados nas mais variadas áreas 
da empresa, estabelecendo responsabilidades no processo de decisão, coordenação e 
controle, no sentido de realizar um desenvolvimento sustentável. 
O SICOGEA foi desenvolvido por Pfitscher (2004). É dividido em três etapas. A 
primeira é a integração da cadeia, e corresponde a um alinhamento dos processos dentro 
da entidade para verificar a degradação causada por cada um, tornando, assim, um 
evento econômico. (LIMONGI, et al.(2008). 
 Nesta primeira etapa, ainda são expostas as vantagens de se ter um sistema de 
gestão ambiental, verificando se há interesse na aplicação do SICOGEA. Obtendo-se 
resposta positiva, parte-se, então, para a segunda etapa. 
A segunda etapa é responsável pela Gestão de Controle Ecológico, em que se visa 
programar uma gestão ecológica no sentido de diminuir ou eliminar impactos ambientais. 
Por último, está a Gestão da Contabilidade e Controladoria Ambiental, que avalia as 
ações dos efeitos ambientais e as relaciona a avaliações setoriais dentro da entidade, 
para a realização do processo de decisão. 
Devido a sua abrangência e detalhamento, a utilização do SICOGEA como 
diagnóstico do ambiente interno relativo a meio ambiente, pode melhorar a qualidade das 
ações relativas a este atributo nas empresas. 
O sistema também se utiliza da aplicação de uma lista de verificação para 
identificar os possíveis impactos ambientais e prevê o cálculo de um índice de 
sustentabilidade. 
 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
A metodologia utilizada pode ser enquadrada como pesquisa exploratória e 
descritiva. Segundo Gil (1996, p. 45),.a pesquisa exploratória visa aumentar a 
familiaridade com o problema tornando-o explícito. Envolve levantamento bibliográfico; 
 
 
entrevistas não estruturadas e semi-estruturadas com pessoas que tiveram experiências 
práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a 
compreensão. A pesquisa descritiva objetiva descrever as características de determinada 
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso 
de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. 
A abordagem da pesquisa é quali-quantitativa, uma vez que procurará espelhar em 
percentuais e em tabelas as respostas do fenômeno pesquisado. Por outro lado, haverá 
registro paralelo as questões que possibilitam a compreensão dos resultados numéricos 
identificados. 
A presente pesquisa limita-se a aplicação parcial do SICOGEA, na Gestão da 
Contabilidade e Controladoria Ambiental, mais especificamente na Investigação e 
Mensuração, que avalia as ações dos efeitos ambientais e as relaciona a avaliações 
setoriais dentro da entidade, por meio da aplicação da lista de verificação, apêndice 1. 
A trajetória metodológica registra a pesquisa bibliográfica para busca de subsídios 
para o conhecimento mais aprofundado de temas como: responsabilidade social, gestão 
estratégica, gestão ambiental, sistemas de gestão ambiental. 
Houve a adequação da lista de verificação, prevista no sistema SICOGEA, para 
posterior aplicação da pesquisa. A lista de verificação, contendo 154 questões, foi 
aplicada com os responsáveis de 15 setores e/ou áreas da universidade pesquisada, 
cada qual relacionado com as perguntas do instrumento de coleta de dados, registrados 
no trabalho. 
O período de aplicação da pesquisa foi de 21/11/2010 a 03/12/2010. 
 
 
3.1 PARAMETRIZAÇÕES DO SICOGEA 
Com o intuito de esclarecimento e de um melhor entendimento dos resultados da 
pesquisa, a seguir serão apresentados os principais parâmetros adotados na utilização 
do SICOGEA: 
 
 
3.1.1 LISTA DE VERIFICAÇÃO 
A lista de verificação utilizada na pesquisa é derivada da lista original do SICOGEA, 
Pfitscher (2004) e da Lista de Pfitscher, et al.,(2009). Foram feitas inclusões, 
eliminações e modificações, tantos nos critérios quanto nas de perguntas, para atender 
as necessidades das atividades da organização pesquisa. 
A lista de certificação resultou em 154 questões agrupadas em 9 crictérios: 
Fornecedores/Compras; Ecoefieiência do Processo de Prestação de Serviço; Prestação 
de serviço – Atendimento aos Acadêmico; Responsabilidade Social; Gestão Estratégcia; 
Indicadores Gerenciais; Recursos Humanos; Indicadores Contábeis e Auditoria 
Ambiental. 
Há de ressaltar a incorporação, na lista de verificação do SICOGEA, de 24 
questões do SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, 
abrangendo várias dimensões, com as respectivas avaliações realizadas pela CPA – 
Comissão Própria de Avaliação da entidade e integrante do relatório de avaliação da 
instituição encaminhado ao MEC. 
 
 
3.1.2 PLANILHA PARA A COLETA E TABULAÇÃO DOS DADOS 
Para faciliar a aplicação da pesquisa e a tabulação dos dados, foi desenvolvido 
uma instrumento de coleta de dados na planilha Excel com o intuito de coletar os dados, 
deixando todas as evidências da pesquisa nele registrado. 
Houve ainda a parametrização da planilha de forma que ela já efetuasse os 
cálculos necessários automaticamente, o que facilitou o tratamento dos dados, 
agilizando, desse modo, a pesquisa, como mostra a Tabela 1. 
 
 
 
Tabela 1: Instrumento de Coleta e Tabula de Dados 
 
 
Fonte: Pesquisadores 
 
A planilha utilizou vários campos que, para melhor entendimento, estão descritos na 
sequência. 
CRITÉRIO / Perguntas – Para cada critério adotado, cria-se um grupo de pergunta 
a ele relacionadas. Cada critério deve ter sua estrutua própria, bastando para isso copiar 
a estrutura existente logo abaixo da atual e fazer as adaptações necessárias. 
Resposta Inversa(S) – Deve-se preencher essa coluna com “S“ sempre que a 
resposta a uma pergunta formulada deveser considerada inversa para efeito de cálculo 
do indice de sustentabilidade. Exemplo: “A prestação de serviço demanda um alto 
consumo de energia?“. A resposta a tal pergunta deve ser considerada inversa, ou seja, 
se for respondido que o consumo de energia da empresa pesquisa é enquadrado como 
máximo (100%) na escala, significa que para efeito de cálculo do grau de 
sustentabilidade deveria ser considerado 0%. Se a resposta for 80%, será considerado 
apenas 20% no cálculo da sustentabilidade. A plainha faz o enquadramento automático 
quando se assinala com “S“ na coluna. 
Escala da Resposta – A seguir (Tabela 2) a escala utilizada, que é a atribuída por 
Pfitscher, et al.,(2009): 
 
Tabela 2: Instrumento de Coleta e Tabula de Dados 
 
 
Fonte: Adaptado de Pfitscher, et al.,(2009) 
 
Situação da Empresa Grau Escala 
Para aquela empresa que não demonstra nenhum 
investimento/controle sobre o tema avaliado. 
Nenhum 0 ou 0% 
Para aquela empresa que demonstra um fraco 
investimento/controle sobre o tema avaliado. 
Fraco 1 ou 20% 
Para aquela empresa que demonstra pouco investimento/controle 
um pouco maior que o item anterior, sobre o tema avaliado. 
Pouco 2 ou 40% 
Para aquela empresa que demonstra um médio 
investimento/controle um pouco maior que o item anterior, sobre o 
Médio 3 ou 60% 
Para aquela empresa que demonstra forte investimento/controle 
quase que total, sobre o tema avaliado. 
Forte 4 ou 80% 
Para aquela empresa que demonstra alto nivel de 
investimento/controle total, sobre o tema avaliado. 
Alto nível 5 ou 100% 
2 4 5 6 9 
Resposta 0% 20% 40% 60% 80% 100% -- Pontos Escore Pontos 
Inversa(S) 0 1 2 3 4 5 NA Possíveis Obtido Totais Resultado Avaliação Setor Pessoa 
1 Pergunta 1 S x 1 0% 1 100,0% Ótimo 
2 Pergunta 2 x 1 40% 0,4 40,0% Fraco 
3 Pergunta 3 x 1 60% 0,6 60,0% Regular 
4 Pergunta 4 x 3 80% 2,4 80,0% Bom 
5 Pergunta 5 x 2 100% 2 100,0% Ótimo 
6 Pergunta 6 x 3 100% 3 100,0% Ótimo 
7 Pergunta 7 x 3 NA 0 0,0% - 
8 Pergunta 8 x 3 20% 0,6 20,0% Péssimo 
Sub-total 1 1 1 1 1 2 1 17 243% 10 58,8% Regular 
10 12 13 
3 7 8 
11 14 
1 
CRITÉRIO X - XXXXXXXX Sustentabilidade Consultado OBSERVAÇÕES 
E/OU EVIDENCIAS 
 
 
Pontos Possíveis – É a atribuição de pesos as diferentes questões apresentadas 
sobre um mesmo critério. Segundo Pfitscher, et al.,(2009), atribuir pontos as questões, 
representa um julgamento do pesquisador e recomenda-se que o mesmo siga um 
procedimento único para todo o questionário, sob pena de se cometer desvios 
importantes e que possam comprometer o desenvolvimento do trabalho. 
Os pesquisadores sugerem a utilização de uma escala padrão para atriuição de 
pesos as perguntas para se manter um certo grau de compatibilidade e comparação 
entre as pesquisas com utilização do SICOGEA, conforme Quadro 2. 
 
Quadro 2: Pesos para as questões 
Fonte: Pesquisadores 
 
Escore Obtido – É a representação percentual da resposta dada a determina 
questão ( 0%, 20%, 40%, 60%, 80% ou 100%). 
Pontos Totais – É o resultado da multiplicação do Escore Obtido pelos Pontos 
Possíveis, ou seja, é o escore da resposta com o peso respectivo da pergunta. 
Sustentabilidade – Representa o enquadramento da resposta de cada uma das 
questões a seguinte tabela de classificação (Tabela 3). 
 
Tabela 3: Enquadramento da Sustentabilidade 
 
 
Fonte: adaptado de Leripio (2001) e Pfitscher (2004) 
 
Consultado – Registro do setor e da pessoa consultado pelo pesquisador para 
obtenção da resposta a cada uma das perguntas do instrumento de coleta de dados. 
Observações e/ou evidência – Registro de informação a critério do pesquisador. 
Sub-total ou Total Geral da Empresa – Linha de totalização das informações. 
Total das respostas da escala – Totalização das respostas por escala. No caso da 
totalização dos pontos possíveis não é levado em consideração o valor correspondednte 
a questão assinaladas com NA-“Não aplicado“. 
Pontos 
Possíveis
Característica da Pergunta
0 Nenhum impacto ambiental
1
Baixo impacto ambiental / baixa responsabilidade social / influência muito 
baixa da organização
2
Médio impacto ambiental / média responsabilidade social / influência 
média da organização
3
Alto impacto ambiental / alta responsabilidade social / influência alta da 
organização
Resultado Sustentabilidade Desempenho: controle, incentivo, estratégia 
Inferior a 20% Péssimo – “P” Grande impacto pode estar causando ao meio ambiente. 
Entre 20,01% a 
40% 
Fraco – “F” 
Pode estar causando danos, mas surgem algumas poucas 
iniciativas. 
Entre 40,01% a 
60% 
Regular – “R” Atende somente a legislação. 
Entre 60,01% a 
80% 
Bom – “B” 
Além da legislação, surgem alguns projetos e atitudes que 
buscam valorizar o meio ambiente 
Superior a 80% Ótimo – “O” 
Alta valorização ambiental com produção ecológica e 
prevenção da poluição 
 
 
Total do escore obtido – Indice da relação: (total dos pontos possíveis)/(soma dos 
totais das escalas de 0% a 100%). Esta relação indica a importância do critério em 
análise, uma vez que, quanto maior o número de perguntas com pesos diferentes de 
0(zero) ou 1(um), maior o indice. Isso representa que existe naquele critério perguntas 
com maior importância com relação a análise ambiental. Este indice pode ser utilizado 
para a priorização de critérios quando da construção dos planos de ação. 
Total de Pontos – Soma dos pontos obtidos naquel Critério. 
Sustentabilidade – Representa o índice de sustentabilidade do Critério ou Geral da 
empresa. Na coluna seguinte, em função do percentual obtido, e utilizando do critério 
apresentado no item 7 acima, a planinha mostra a sustentabilidae obtida. 
 
 
4 ANALISE DOS RESULTADOS 
 
 
4.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO PESQUISADA 
Trata-se de uma universidade comunitária e está situada no sul do estado de Santa 
Catarina e atua no ensino superior por mais de 40 anos. (dados pesquisados). 
Em 1968 a Fundação Educacional passou a ser mantenedora da primeira escola de 
nível superior criada no Sul de Santa Catarina. A entidade emergiu de um movimento 
comunitário regional que culminou com a realização de um seminário de estudos pró-
implantação do ensino superior no Sul Catarinense. O evento contou com a participação 
de educadores, intelectuais, políticos, magistrados, lideranças comunitárias da sociedade 
civil organizada e imprensa. 
A universidade possui mais de 40 cursos de graduação, 4 mestrados e 1 doutorado 
em uma comunidade acadêmica de aproximadamente 12.000 integrantes. Como 
universidade comunitária a UNESC possui mais de 5.000 alunos beneficiados com algum 
dos programas de bolsas de estudo mantidos. 
Há ainda que se considerar que esta instituição de ensino está situada em uma 
região de mineração de carvão que carrega um passivo ambiental considerável em 
função das atividades de mineração do século passado, onde as técnicas e as práticas 
para exploração do minério não incorporavam preocupação com o meio ambiente e que a 
universidade desenvolve projetos de recuperação ambiental para toda a região por meio 
de seu Instituto de Pesquisas Ambiental e Tecnológico-IPAT (CASSEMIRO, ROSA e 
NETO, 2004). 
A Região Carbonífera no Sul do Estado de Santa Catarina foi explorada durante 
várias décadas, principalmente as compreendidas entre 1970 e 1990, sem os cuidados 
necessários à preservação do meio ambiente. A extração do carvão deixou resíduos, 
gerando acúmulo em toda a região, transformando-se num verdadeiro desastre 
ambiental. O Decreto Federal nº 86206/80 enquadrou a Região Sul de Santa Catarina 
como a 14ª Área Crítica Nacional para efeito de controle da degradação ambiental. 
Segundo estudos feitos na região, existem aproximadamente 5.000 hectares de área 
degradada pelo carvão. 
Os gestores desta instituição observam a correta destinação dos resíduos sólidos 
nas rotinas universitárias. Para tanto, desenvolve ações de coleta seletiva, compostagem 
e de reciclagem, por meio do Programa de Educação e Gestão Ambiental - Pega -, e de 
laboratóriosespecíficos do IPAT. A intenção é cativar a cultura de consciência ambiental 
de cada cidadão. 
 
 Missão 
"Educar, por meio do ensino, pesquisa e extensão, para promover a qualidade e a 
sustentabilidade do ambiente de vida". 
 
Visão de Futuro 
 
 
"Ser reconhecida como uma Universidade Comunitária, de excelência na formação 
profissional e ética do cidadão, na produção de conhecimentos científicos e tecnológicos, 
com compromisso sócio-ambiental". 
 
 
PRINCÍPIOS VALORES 
 
Na gestão universitária, 
buscamos: 
Gestão democrática, 
participativa, transparente e 
descentralizada. 
Qualidade, coerência e 
eficácia nos processos e nas 
ações. 
Racionalidade na utilização 
dos recursos. 
Valorização e capacitação 
dos profissionais. 
Justiça, equidade, harmonia 
e disciplina nas relações de 
trabalho. 
Compromisso sócio-
ambiental. 
Respeito à biodiversidade, à 
diversidade étnico-ideológico-
cultural e aos valores humanos. 
 
Nas atividades de Ensino, Pesquisa e 
Extensão, primamos por: 
Excelência na formação integral do cidadão. 
Universalidade de campos de conhecimento. 
Flexibilidade de métodos e concepções 
pedagógicas. 
Equilíbrio nas dimensões acadêmicas. 
Inserção na comunidade. 
 
 
Como profissionais, devemos: 
Ser comprometidos com a missão, princípios, 
valores e objetivos da Instituição. 
Tratar as pessoas com atenção, respeito, 
empatia e compreensão. 
Desempenhar as funções com ética, 
competência e responsabilidade. 
Fortalecer o trabalho em equipe. 
Ser comprometidos com a própria formação. 
Quadro 3: Princípios e Valores da UNESC 
Fonte: dados pesquisados 
 
A gestão estratégia mostra as atividades que a universidade estudada efetua junto 
a sociedade e em todo público acadêmico. Vale ressaltar que em entrevista verificou-se o 
comprometimento com a responsabilidade social e ambiental. 
O Ensino, Pesquisa e Extensão são assuntos direcionados a uma dimensão 
comunitária. A coordenação pedagógica observa as ementas e conteúdos programáticos 
com a intenção de proporcionar ao acadêmico ensino de qualidade. 
O item 4.2 apresenta a especificação da gestão estratégica. 
 
4.2 GESTÃO ESTRATÉGICA NA INSTITUIÇÃO PESQUISADA 
A Gestão estratégica na universidade é realizada pela CPDI – Coordenadoria de 
Planejamento e Desenvolvimento Institucional, órgão ligado diretamente a Reitoria. 
Em 1999 foi realizado o planejamento estratégico da UNESC para o período 1999-
2002. Em 2001, a Resolução n. 24/2001 do CONSEPE aprovou o Marco Referencial do 
Projeto Político Pedagógico (PPP) da UNESC, no qual consta o marco situacional da 
instituição – a situação real; o marco filosófico – a situação ideal e o marco pedagógico – 
os meios para alcançar o ideal. 
Outras revisões do planejamento estratégico da Instituição foram realizadas nos 
períodos: 2003, 2006, 2008 e em 2010. A revisão de 2010 resultou em 29 objetivos 
estratégicos desdobrados em 66 planos de ações, conforme mostra o Quadro 3. 
 
 
 
Quadro 3: Planejamento estratégico – Revisão 2010 
Fonte: CPDI – Coordenadoria de Planejamento da universidade pesquisada 
 
Todas as revisões do planejamento estratégico da Instituição são realizadas por um 
Grupo de Planejamento representativo da comunidade acadêmica, incluindo, reitoria, pró-
reitoras, diretores de unidades acadêmicas, coordenadores de cursos, coordenadores de 
setores, representantes de docentes e representantes dos técnicos administrativos, 
dentro do princípio da gestão democrática, participativa, transparente e descentralizada. 
 
 
4.3 GESTÃO AMBIENTAL NA INSTITUIÇÃO PESQUISADA 
A avaliação da gestão ambiental da UNESC foi realizada por meio da aplicação da 
lista de verificação, com entrevista a vários responsáveis dos setores/áreas da Instituição. 
A Tabela 4 verificar os resultados da pesquisa, totalizado por CRITÉRIO e pelo 
TOTAL GERAL DA ORGANIZAÇÃO. 
 
 
Tabela 4: Resumo dos Resultados 
 
 Fonte: Dados da pesquisa 
 
A seguir passa-se a analisar cada um dos critérios demonstrados na Tabela 4. 
Estratégias 
Institucionais
Objetivos 
Estratégicos
Planos de Ação
Qualidade da 
Educação
10 25
Sustentabilidade 
Financeira
4 15
Desenvolvimento 
Humano
3 8
Melhoria na 
Gestão 
institucional
12 18
Total 29 66
0% 20% 40% 60% 80% 100% -- Pontos Escore Pontos 
0 1 2 3 4 5 NA Possíveis Obtido Totais Resultado Avaliação 
CRITÉRIO 1 – FORNECEDORES/COMPRAS 1 3 1 0 1 2 0 18 225,0% 11,6 64,4% Bom 
CRITÉRIO 2 – ECOEFICIÊNCIA DO PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 3 1 4 5 8 3 1 65 270,8% 39,6 60,9% Bom 
CRITÉRIO 3 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO - ATENDIMENTOS AO ACADÊMICO 0 0 0 0 6 7 0 13 100,0% 11,8 90,8% Ótimo 
CRITÉRIO 4 – RESPONSABILIDADE SOCIAL NA INSTITUIÇÃO 0 0 0 3 7 2 0 18 150,0% 14,6 81,1% Ótimo 
CRITÉRIO 5 – GESTÃO ESTRATÉGICA DA INSTITUIÇÃO 1 0 1 0 3 3 0 16 200,0% 11,4 71,3% Bom 
CRITÉRIO 6 – INDICADORES GERENCIAIS 1 1 1 3 1 2 1 15 166,7% 11,2 74,7% Bom 
CRITÉRIO 7 – RECURSOS HUMANOS NA INSTITUIÇÃO 0 1 0 6 5 4 0 23 143,8% 16,2 70,4% Bom 
CRITÉRIO 8 – INDICADORES CONTÁBEIS 8 0 4 5 4 3 6 33 137,5% 19,8 60,0% Regular 
 A) INDICADORES AMBIENTAIS DE BENS E DIREITOS E OBRIGAÇÕES 4 0 0 3 1 3 1 11 100,0% 7,6 69,1% Bom 
 B) INDICADORES AMBIENTAIS DE CONTAS DE RESULTADOS 4 0 2 1 0 0 2 7 100,0% 2,4 34,3% Fraco 
 C) INDICADORES DE DEMONSTRAÇÃO AMBIENTAL ESPECÍFICA 0 0 2 1 3 0 3 15 250,0% 9,8 65,3% Bom 
CRITÉRIO 9 – AUDITORIA AMBIENTAL 5 0 2 5 9 6 5 39 144,4% 26,6 68,2% Bom 
Total Geral da Empresa 19 6 13 27 44 32 13 240 170,2% 162,8 67,8% Bom 
CRITÉRIOS 
RESUMO DOS RESULTADOS DA LISTA DE VERIFICAÇÃO - SECOGEA - UNESC 
Sustentabilidade 
 
 
 
4.3.1- SUSTENTABILIDADE DA INSTITUIÇÃO 
 O índice de sustentabilidade ambiental da UNESC calculado pelos critérios do 
SICOGEA ficou estabelecido em 67,8%, podendo ser considerado como “BOM”. 
Utilizando a tabela de sustentabilidade apresentada anteriormente, pode-se dizer que: 
Além da legislação, surgem alguns projetos e atitudes que buscam valorizar o meio 
ambiente, ou seja nesta instituição possuem gestores preocupados com esta área. 
 
 
4.3.2 – ANALISE GERAL DA SUSTENTABILIDADE 
Classificando-se os resultados com base na relação entre os pontos possíveis e o 
número de perguntas existente em cada um dos critérios, pode-se analisar o 
desempenho da Instituição nos critérios mais relevantes do ponto de vista da 
sustentabilidade. 
Foram considerados relevantes para a Instituição os critérios com maior valor na 
relação mencionada acima, uma vez que, quanto maior o valor mais perguntas com 
pesos maiores eles possuem, conforme mostra a Tabela 5. 
 
Tabela 5: Sustentabilidade Geral 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
O critério de maior importância, de acordo com a metodologia mencionada 
(270,8%), é a “Ecoeficiência do Processo de Prestação de Serviço”, que, apesar de ser 
classificado com “BOM”, tem o segundo pior desempenho (60,9%), ficando muito próximo 
ao “REGULAR” e merece uma analise individualizada com as questões de maior 
importância. 
A mesma análise deve ser feita para o critério classificado em segundo lugar, no 
caso “Fornecedores/Compras”. 
A melhor performance da UNESC é no critério “Prestação do Serviço – 
Atendimento ao Acadêmico”. Porém, em termos de importância ambiental, definida pela 
metodologia já citada, este critério tem a menor classificação. Não se discute a 
importância do critério para a instituição e para os seus acadêmicos. O percentual de 
sustentabilidade de 90,8% demonstra a priorização estratégica deste critério pela 
instituição. 
 
 
 
 
0% 20% 40% 60% 80% 100% -- Pontos Escore Pontos 
0 1 2 3 4 5 NA Possíveis Obtido Totais Resultado Avaliação 
CRITÉRIO 2 – ECOEFICIÊNCIA DO PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 3 1 4 5 8 3 1 65 270,8% 39,6 60,9% Bom 
CRITÉRIO 1 – FORNECEDORES/COMPRAS 1 3 1 0 1 2 0 18 225,0% 11,6 64,4% Bom 
CRITÉRIO 5 – GESTÃO ESTRATÉGICA DA INSTITUIÇÃO 1 0 1 0 3 3 0 16 200,0% 11,4 71,3% Bom 
CRITÉRIO 6 – INDICADORES GERENCIAIS 1 1 1 3 1 2 1 15 166,7% 11,2 74,7% Bom 
CRITÉRIO 4– RESPONSABILIDADE SOCIAL NA INSTITUIÇÃO 0 0 0 3 7 2 0 18 150,0% 14,6 81,1% Ótimo 
CRITÉRIO 9 – AUDITORIA AMBIENTAL 5 0 2 5 9 6 5 39 144,4% 26,6 68,2% Bom 
CRITÉRIO 7 – RECURSOS HUMANOS NA INSTITUIÇÃO 0 1 0 6 5 4 0 23 143,8% 16,2 70,4% Bom 
CRITÉRIO 8 – INDICADORES CONTÁBEIS 8 0 4 5 4 3 6 33 137,5% 19,8 60,0% Regular 
CRITÉRIO 3 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO - ATENDIMENTOS AO ACADÊMICO 0 0 0 0 6 7 0 13 100,0% 11,8 90,8% Ótimo 
Total Geral da Empresa 19 6 13 27 44 32 13 240 170,2% 162,8 67,8% Bom 
RESUMO DOS RESULTADOS DA LISTA DE VERIFICAÇÃO - SECOGEA - UNESC 
CRITÉRIOS Sustentabilidade 
 
 
4.3.3 – ECOEFICIENCIA DO PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. 
Como observado, sustentabilidade da ecoeficiência da prestação de serviço tem um 
índice muito próximo ao “REGULAR” (60,9%). É o critério que reúne o maior número de 
pergunta com peso 3, ou seja, com potencial ambiental, conforme mostra a Tabela 6. 
 
Tabela 6: Ecoeficiência do Processo de Prestação de Serviços 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Os dados apresentados são um recorte do critério de ecoeficiência da prestação de 
serviço, apresentando todas as perguntas com peso 3 e que tenha um desempenho de 
regular para baixo. 
Observa-se que o aproveitamento de água da chuva é algo que a Instituição 
poderia estar fazendo, aproveitando esta água para regar os jardins, regar o horto-
florestal que possui, realizar a limpeza das calçadas e demais área da instituição. De 
forma mais abrangente e efetiva, a UNESC deveria incluir no plano diretor, que está 
desenvolvendo, a utilização da agua da chuva para o uso nos sanitários nos novos 
projetos arquitetônicos. 
Apesar da separação dos lixos para reciclagem (móveis, construção civil, elétricos, 
papel, etc.), o reaproveitamento interno ainda é pequeno. Segundo a Bolsista de 
extensão do PEGA, a grande parte do lixo reciclado da Instituição é encaminhado 
gratuitamente para a Usina de Reciclagem de Lixo de uma ONG. É importante rever este 
processo para melhorar o índice de reaproveitamento do reciclado da Instituição. 
As questões 9, 10, 14, 32, 11 estão relacionadas a impactos ambientais da 
prestação de serviço, relacionados ao consumo de energia e água principalmente. A 
Instituição deve investir mais em programas de conscientização da redução do consumo 
junto a comunidade acadêmica, bem como, investir em equipamentos com maior 
ecoeficiência e/ou maior eficiência energética e em processos e equipamentos que 
reduzam o consumo em geral. 
A questão 32 traz a discussão os impactos ambientais relativos ao acumulo de 
pessoas e de veículos em uma região da UNESC. Com uma comunidade acadêmica de 
aproximadamente 12.000 pessoas em um único campus, faz com que haja uma grande 
concentração de pessoas e veículos na região, gerando impactos ambientais 
0% 20% 40% 60% 80% 100% -- Pontos Escore Pontos 
0 1 2 3 4 5 NA Possíveis Obtido Totais Resultado Avaliação 
28 Existe algum reaproveitamento de água na instituição? x 3 0% 0 0,0% Péssimo 
15 Os resíduos gerados são reaproveitados na instituição? 
(móveis, construção civil, elétricos, papel, etc) x 3 20% 0,6 20,0% Péssimo 
9 A prestação de serviço realizada pela instituição gera 
impactos ambientais significativos? x 3 60% 1,2 40,0% Fraco 
10 A prestação de serviço demanda um alto consumo de 
energia? x 3 60% 1,2 40,0% Fraco 
14 Existe geração de resíduos durante a prestação de 
serviços? x 3 60% 1,2 40,0% Fraco 
31 
O plano diretor ou projetos da instituição tem 
preocupação com a preservação ambiental? (Ocupação 
do solo, materias, aproveitamento agua das chuvas, etc.) 
x 3 40% 1,2 40,0% Fraco 
32 
Existe Ações para amenizar os impactos ambientais 
relativos ao acumulo de pessoas e de veículos em uma 
região? 
x 3 40% 1,2 40,0% Fraco 
11 A prestação de serviço demanda um alto consumo de 
agua? x 3 40% 1,8 60,0% Regular 
19 Existe tratamento do lixo da instituição? x 3 60% 1,8 60,0% Regular 
33 Existe medidas compensatórias aos impactos gerados? x 3 60% 1,8 60,0% Regular 
CRITÉRIO 2 – ECOEFICIÊNCIA DO PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO Sustentabilidade 
 
 
consideráveis. Atuar junto ao poder público para melhorar as condições do transporte 
público para que mais pessoas o utilizem e, por consequência, deixem os seus carros em 
casa é uma forma racional de encarrar este problema. 
O desenvolvimento do plano diretor da Instituição (pergunta 32) com uma visão 
voltada para a preservaçica e também para tondo-se a ocupação racional do solo e dos 
demais espaços institucionais, a utilização de materiais ecoeficientes, o aproveitamento 
da água das chuvas e a utilização da energia solar deve dar um direcionamento mais 
sustentável as atividades da UNESC. 
 
 
4.3.4 – FORNECEDORES / COMPRAS 
 Para qualquer empreendimento os fornecedores têm papel estratégico na sua 
sustentabilidade. Isso, porém é mais direcionado para a sustentabilidade financeira, 
buscando-se fornecedores com melhores preços, melhores prazos de pagamento e de 
entrega. Porém buscar nos fornecedores uma maior ecoeficiência por meio de produtos 
de qualidade, de produtos que utilizam processos que minimizam o impacto ambiental é 
melhorar a sustentabilidade. A Tabela 7 mostra este critério. 
 
Tabela 7: Fornecedores / Compras 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Os resultados da pesquisa apontam para a preocupação da UNESC para dentro de 
seus muros, porém não há o mesmo empenho e dedicação quando se trata de seus 
fornecedores. 
A Universidade pode atuar junto aos seus fornecedores, em um primeiro momento, 
na conscientização quanto à reciclagem de seus insumos, no desenvolvimento de uma 
mentalidade econômica, social e ambiental responsável. Posteriormente, podem ser 
definidas políticas restritivas as empresas que não cumpram estas determinações ligadas 
ao meio ambiente. 
 
 
4.3.5 – GESTÃO ESTRATÉGICA 
Registra-se a importância da SICOGEA como uma ferramenta de análise do 
ambiente a ser utilizado no planejamento estratégico institucional. A análise das questões 
levantadas pelo SICOGEA traz um novo dimensionamento ao planejamento estratégico e 
a sua contextualização. 
 A utilização dos resultados da lista de verificação do SICOGEA no contexto do 
planejamento estratégico faz aumentar a possibilidade de implementação de ações 
0% 20% 40% 60% 80% 100% -- Pontos Escore Pontos 
0 1 2 3 4 5 NA Possíveis Obtido Totais Resultado Avaliação 
8 Os fornecedores da instituição se obrigam a reciclar 
os seus produtos usados? x 3 20% 0,6 20,0% Péssimo 
7 As compras da instituição incluem produtos/serviços 
recicláveis? x 3 40% 1,2 40,0% Fraco 
4 
Os produtos eletro-eletrönicos são comprados pela 
EFICIÊNCIA energética? (Ar-condicionado, lâmpadas, 
eletrônicos, etc) 
x 3 80% 2,4 80,0% Bom 
5 Os fornecedores dão garantia de qualidade? x 3 100% 3 100,0% Ótimo 
6 Os fornecedores dão garantias de segurança? x 3 100% 3 100,0% Ótimo 
2 Os fornecedores estão comprometidos com o meio 
ambiente? x 1 20% 0,2 20,0% Péssimo 
3 Os fornecedores apresentam alternativas para o 
tratamento de resíduos? 
x 1 20% 0,2 20,0% Péssimo 
1 
Os fornecedores possuem monopólio no mercado? 
x 1 0% 1 100,0% Ótimo 
CRITÉRIO 1 – FORNECEDORES/COMPRAS Sustentabilidade 
 
 
favorável a melhoria dos índices de sustentabilidade da instituição, o que é positivo para 
todo a comunidade acadêmica e também para todo a sociedade. 
 
 
 
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES 
 Fica evidente a importância do meio ambiente nos dias de hoje.As mudanças 
ambientais estão se manifestando de várias formas na vida das pessoas em todo o 
mundo. Inundações, desgelo, vendavais, maremotos, avanço do mar sobre a costa em 
alguns países, secas, desertificações, são alguns dos problemas vividos pelo homem 
como reflexo de seus atos sobre a natureza. 
 Porém, a sustentabilidade não deve ser encarada apenas sob a ótica do meio 
ambiente. Deve ser entendida do ponto de vista econômico, social e ambiental. Isso faz 
aumentar a complexidade deste triângulo e a complexidadepara a proposição de 
soluções, uma vez que as variáveis são interdependentes. 
 A aplicação da lista de verificação do SICOGEA com várias pessoas da instituição 
pesquisada levou a maioria a uma reflexão sobre as atitudes dos mesmos com relação 
ao meio ambiente e a sustentabilidade, pois, apesar da complexidade de muitas 
questões, também ficou evidente a simplicidade de outras. Como exemplo desta 
situação, pode-se relatar a posição da contadora da Instituição ao responder a questão 
de número “94 - Sabe se a instituição apresenta resultados ambientais em notas 
explicativas?” O comentário da mesma foi “não tinha me dado conta que poderíamos 
incluir nas notas explicativas do balanço da UNESC, uma série de resultados ambientais 
que a universidade possui.”. Isto aconteceu também em outros momentos na coleta de 
dados com outras pessoas da Instituição. 
No caso da UNESC pode-se observar que o índice de sustentabilidade geral é de 
67,8% e por conseqüência classificado como BOM. Apesar de positivo há pontos 
importantes a serem trabalhados e como sugestões a instituição pesquisada pode adotar: 
Aproveitamento de água da chuva é algo que a Instituição poderia fazer, como por 
exemplo para regar os jardins, regar o horto-florestal que possui, realizar a limpeza das 
calçadas e demais área da instituição. A universidade pesquisada poderia incluir este 
ponto no plano diretor, que está desenvolvendo. 
Apesar da separação dos lixos para reciclagem (móveis, construção civil, elétricos, 
papel, etc.), o reaproveitamento interno ainda é pequeno, grande parte do lixo reciclado 
da instituição é encaminhado gratuitamente para a Usina de Reciclagem de Lixo de uma 
ONG. 
Melhorar ou amenizar os impactos ambientais da prestação de serviço, 
relacionados ao consumo de energia e água, principalmente, investindo mais em 
programas de conscientização da redução do consumo junto a comunidade acadêmica e 
em equipamentos com maior ecoeficiência e/ou maior eficiência energética. 
Amenizar os impactos ambientais relativos ao acumulo de pessoas e de veículos na 
região da UNESC, atuando junto ao poder público para melhorar as condições do 
transporte público para que mais pessoas o utilizem, deixando os carros em casa. 
Reivindicar, do poder público, a melhoria das vias públicas usadas para se chegar a 
Universidade, criando-se rotas novas e alternativas para a redução do tempo de 
deslocamento das pessoas para a UNESC, sobrando mais tempo para outros afazeres. 
Promover o desenvolvimento do plano diretor da Instituição com uma visão voltada 
para a preservação ambiental, incluindo-se a ocupação racional do solo e dos demais 
espaços institucionais, a utilização de materiais ecoeficientes, o aproveitamento da água 
das chuvas, a utilização da energia solar, dentro outros. 
Não se pode deixar de confirmar a importância do SICOGEA no diagnóstico e no 
encaminhamento de soluções de problemas ligados ao meio ambiente e a 
sustentabilidade, bem como a versatilidade de aplicação do sistema em função da 
possibilidade de adaptação de sua lista de verificação. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRAGA, Célia. CONTABILIDADE AMBIENTAL – Ferramenta para a gestão da 
sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. 
BRENNER, Eliana de Moraes; JESUS, Dalena Maria Nascimento de. Manual de 
planejamento e apresentação de trabalhos acadêmicos: projeto de pesquisa, 
monografia e artigo. São Paulo: Atlas, 2008 
CAMPOS, Lucila M. de Souza; LERÍPIO, Alexandre de Ávila. Auditoria ambiental – Um 
a ferramenta de gestão. São Paulo: Atlas, 2009. 
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