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Hematopoese Período intrauterino Hematopoese definitiva: deriva de uma população de células-tronco observada na aorta dorsal, na região AGM (aorta-gônadas- mesonefros). Hematopoese medular: as células em desenvolvimento ficam fora dos seios da medula óssea; as maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e depois, na circulação geral. Período extrauterino A medula óssea gordurosa remanescente é capaz de reverter para hematopoiética e, em muitas doenças, também pode haver expansão da hematopoese aos ossos longos. Formação de células do sangue A hematopoese inicia-se com uma célula- tronco pluripotente. As células-tronco hematopoiéticas são escassas, talvez uma em 20 milhões de células nucleadas da medula óssea. Estroma da medula óssea As células do estroma são formadas por adipócitos, fibroblastos, células endoteliais e macrófagos. Juntas, essas células secretam moléculas extracelulares, como colágeno, glicoproteínas e glicosaminoglicanos (ácido hialurônico e derivados condroitínicos) para formar uma matriz extracelular, além de fatores de crescimento. Células-tronco mesenquimais (células estromais mesenquimais multipotentes ou células mesenquimais aderentes): críticas na formação do estroma. Junto com os osteoblastos, formam nichos e fornecem os fatores de crescimento, moléculas de adesão e citocinas que dão suporte às células- tronco. Fatores da hematopoese Fatores que inibem -> INF-ɣ: efeito inibidor sobre a proliferação das células imaturas normais. Prostaglandina E: ação inibidora sobre as CFU-GM. Lactoferrina: constituinte normal das granulações citoplasmáticas específicas dos segmentados neutrófilos. Sua eliminação a partir dessas granulações tem efeito inibidor sobre a proliferação das células jovens da medula óssea. TNF-α: ação inibidora sobre precursores da mielopoiese. TGF-β: efeito inibidor intenso sobre a megacariocitopoiese, mas inibem também a eritropoiese e a granulócito-monocitopoiese. Fatores que estimulam Células do estroma: principais fontes de fatores de crescimento, com exceção da eritropoetina – 90% são sintetizados no rim -, e da trombopoetina, sintetizada principalmente no fígado. Distribuição espacial das células da medula óssea Células pluripotentes: têm localização preferencial junto ao tecido ósseo, na região subendosteal das trabéculas ósseas do esterno ou do osso ilíaco. Elas se tornam cada vez menos numerosas à medida que aumenta a distância que as separa do osso. Nas regiões centrais do espaço medular (região axial) predominam os precursores já mais diferenciados, as células comprometidas e as células maduras, que passam à circulação através dos vasos sinusoides venosos centrais. Eritropoiese A cada dia, são produzidos cerca de 1012 novos eritrócitos. A partir da célula-tronco, a eritropoiese passa pelas células progenitoras CFU-GEMM, BFU-E e CFU-E até o primeiro precursor eritroide com estrutura identificável na medula óssea, o proeritroblasto. Eritroblastos ortocromáticos: incapazes de se dividir, embora continuem a acumular hemoglobina. O núcleo dessas células é degenerado por cariorréxis. Reticulócito: é o que sobra da célula sem núcleo, o eritrócito jovem recém formado, carregado de hemoglobina. Atravessa os capilares sinusoides do baço para sofrerem a ação dos macrófagos esplênicos e, assim, se tornarem eritrócitos maduros. A diminuição da quantidade de oxigênio cedida pelo sangue aos tecidos leva à secreção da eritropoetina (EPO), que atua sobre a medula óssea, levando ao aumento da produção de eritrócitos. Além dos rins, cerca de 10% da EPO é produzida no fígado ou mesmo por macrófagos da medula óssea. Maleabilidade: graças ao seu citoesqueleto, é capaz de passar por meio de capilares de 2 a 3 uc de dm. São funções da eritropoetina: ● Estimular a proliferação das células indiferenciadas medulares, produzindo maior número de mitoses dessas células; ● Estimular o amadurecimento das células indiferenciadas, que caminham rapidamente para eritropoiese; ● Estimular a síntese de hemoglobina; ● Aumentar a taxa de reticulócitos no sangue. -> Membrana eritrocitária: constituída de proteínas (>50%), lipídeos (fosfolipídeos na maior parte, e colesterol) e carboidratos (<10%). Granulopoiese e monopoiese Granulócitos e monócitos: são formados na medula óssea a partir de uma célula precursora comum. Na série de células progenitoras granulopoiéticas, mieloblastos, prómielócitos e mielócitos constituem um conjunto mitótico, enquanto metamielócitos, bastonetes e granulócitos segmentados formam um compartimento pós- mitótico de maturação. Na medula óssea existe um grande número de bastonetes e neutrófilos segmentados, que formam uma reserva granulocítica medular. A medula óssea, em geral, contém mais células mieloides do que eritróides na proporção de 2:1 a 12:1, predominando os neutrófilos e os metamielócitos. Em condições normais, o número de granulócitos da reserva medular é 10 a 15 x maior do que o número de granulócitos circulantes no sangue periférico. Na corrente sanguínea, os neutrófilos se distribuem em dois compartimentos ou pools de tamanho aproximado. Existe o Pool circulante, que aparece nas contagens expressas no hemograma e o pool marginal, que não aparece nas contagens expressas no hemograma. Nos tecidos, essas células permanecem de 4 a 5 dias até serem destruídos. Linfopoese Trombopoese ou megacariopoese As plaquetas são produzidas na medula óssea por fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, uma das maiores células do organismo. Megacarioblasto: precursor do megacariócito. Amadurece por replicação endomitótica sincrônica, aumentando o volume do citoplasma quando o número de lobos nucleares aumenta. Em um estágio variável de desenvolvimento, comumente no estágio de oito lobos nucleares, o citoplasma torna-se granular. Os magacariócitos maduros são enormes, com um núcleo lobulado excêntrico e baixa relação núcleo-citoplasma. As plaquetas formam-se pela fragmentação das extremidades das extensões do citoplasma do megacariócito. Cada megacariócito dá origem a 1.000 a 5.000 plaquetas. O intervalo entre a diferenciação da célula- tronco humana e a produção de plaquetas é de 10 dias em média. O principal regulador da produção de plaquetas é a trombopoetina, produzida pelo fígado e pelos rins. A sobrevida plaquetária média é de 7 a 10 dias.
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