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1826-2483-1-SM

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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE 
UNIPLAC 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
MICHELLE SPIRONELLO 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO DA OBRA DE TERRAPLANAGEM PARA 
AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO DA CIDADE DE 
CURITIBANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES (SC) 
2015 
MICHELLE SPIRONELLO 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO DA OBRA DE TERRAPLANAGEM PARA 
AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO DA CIDADE DE 
CURITIBANOS 
 
 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado 
apresentado à Coordenação do Curso de 
Engenharia Civil da Universidade do 
Planalto Catarinense – UNIPLAC – como 
requisito para obtenção do grau de 
Bacharel em Engenharia Civil. 
 
 
Orientação: Prof. Eng.º William 
Fritzen Branco, Bel. 
 
Supervisão de Estágio: Prof. Carlos 
Eduardo de Liz, MSc. 
 
 
 
 
 
 
LAGES (SC) 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Spironello, Michelle 
 
 Estudo de Caso da Obra de Terraplanagem para Ampliação do 
Complexo Penitenciário da Cidade de Curitibanos / por Michelle 
Spironello – Lages, Santa Catarina, 2015. 
68 f.; 29 cm. 
 
Relatório de Estágio Supervisionado – Universidade do Planalto 
Catarinense – Curso de Engenharia Civil, 2015. 
 
Orientador: Prof. Eng.º William Fritzen Branco, Bel. 
 
1. Terraplanagem 2.Estradas 3. Canteiro de Obras. I. Branco, William 
Fritzen. II. Universidade do Planalto Catarinense. III. Título: Estudo de 
Caso da Obra de Terraplanagem para Ampliação do Complexo 
Penitenciário da Cidade de Curitibanos. 
i 
 
MICHELLE SPIRONELLO 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO DA OBRA DE TERRAPLANAGEM PARA 
AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO DA CIDADE DE 
CURITIBANOS 
 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado apresentado ao Curso de Engenharia Civil da 
Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC – como requisito necessário para 
obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, apresentado pela acadêmica 
Michelle Spironello. 
. 
 
 
Lages (SC), 23 de Novembro de 2015. 
 
 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
 
Prof. William Fritzen Branco, Bel – Orientador Conceito _________ 
Prof. Carlos Eduardo de Liz, MSc. – Supervisor de Estágio Conceito _________ 
Prof. Alexandre Tripoli Venção – Coordenador do Curso Conceito _________ 
 
 
LAGES (SC) 
2015 
ii 
RESUMO 
Este Relatório procura apresentar uma revisão bibliográfica sobre a importância da 
terraplanagem, seus equipamentos e particularidades de execução, no ramo da construção 
civil. O presente estudo busca, através de uma revisão bibliográfica e de um estudo de caso, 
responder questões sobre o apontamento e o uso dos diversos equipamentos relacionados. 
 
Palavras-chave: Terraplanagem; Estradas; Canteiro de Obras. 
iii 
ABSTRACT 
This work seeks to present a literature review on the importance of earthmoving, their 
equipment and execution of peculiarities in the construction industry. This study aims, 
through a literature review and a case study, answer questions about the appointment and the 
use of various related equipment. 
 
Keywords: Earthworks; Roads; Construction Site.
iv 
6 
 
SUMÁRIO 
RESUMO ........................................................................................................................ 4 
ABSTRACT ................................................................................................................... 5 
LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................... 8 
LISTA DE FIGURAS E TABELAS .......................................................................... 10 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11 
1.1 Apresentação ........................................................................................................... 11 
1.2 Tema: ....................................................................................................................... 13 
1.3 Problema da Pesquisa .............................................................................................. 13 
1.4 Hipótese: .................................................................................................................. 13 
1.5 Objetivos:................................................................................................................. 14 
1.5.1 Geral ................................................................................................................................ 14 
1.5.2 Específicos ....................................................................................................................... 14 
1.6 Justificativa: ............................................................................................................. 14 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 16 
2.1 Composição da Implantação da obra de Terraplenagem – Aspectos Técnicos ...... 16 
2.2 Boas Práticas de Controle Tecnológico na Execução da Terraplenagem ............... 25 
2.3 Benefícios e Principais Resultados .......................................................................... 28 
2.4 Principais Etapas de Execução ................................................................................ 28 
2.4.1 Etapas Preliminares ........................................................................................................ 29 
2.4.2 Escavação ........................................................................................................................ 30 
2.4.3 Carregamento .................................................................................................................. 31 
2.4.4 Empréstimo ...................................................................................................................... 31 
2.4.5 Espalhamento .................................................................................................................. 31 
2.4.6 Transporte do Excesso de Terra ...................................................................................... 31 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................... 32 
3.1 Metodologia ............................................................................................................. 32 
3.1.1 Método de abordagem: .................................................................................................... 32 
3.1.2 Técnica da pesquisa: ....................................................................................................... 32 
3.1.3 Estrutura Básica do Relatório de Estágio ....................................................................... 33 
4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 34 
4.1 Levantamento de Dados .......................................................................................... 34 
4.2 Tratamento dos Dados ............................................................................................. 35 
4.3 Integração dos Dados .............................................................................................. 35 
4.4 Caracterização dos Processos – Principais Técnicas e Operações .......................... 35 
7 
 
4.4.1 Escavação ........................................................................................................................ 36 
4.4.2 Aterro ............................................................................................................................... 36 
4.4.3 Compactação de Solo ...................................................................................................... 37 
4.4.4 Troca de Solo ...................................................................................................................37 
4.4.5 Drenagem de Solo ........................................................................................................... 37 
4.4.6 Prevenção de Erosão ....................................................................................................... 38 
4.5 Caracterização do Serviço de Terraplenagem ......................................................... 38 
4.6 Equipamentos .......................................................................................................... 41 
4.7 Execução .................................................................................................................. 41 
4.7.1 Considerações Iniciais .................................................................................................... 41 
4.8 Controle ................................................................................................................... 45 
4.8.1 Materiais .......................................................................................................................... 45 
4.8.2 Execução .......................................................................................................................... 46 
4.8.3 Geométrico ...................................................................................................................... 46 
4.9 Aceitação ................................................................................................................. 47 
4.9.1 Materiais .......................................................................................................................... 47 
4.9.2 Grau de Compactação ..................................................................................................... 47 
4.9.3 Geometria ........................................................................................................................ 48 
4.10 Controle Ambiental ............................................................................................... 48 
4.11 Características Aproximadas de Alguns Materiais ............................................... 49 
4.12 Fases do Projeto ..................................................................................................... 49 
4.12.1 Estudos Preliminares ..................................................................................................... 50 
4.12.2 Projeto Básico ............................................................................................................... 50 
4.12.3 Projeto Executivo .......................................................................................................... 51 
4.13 Elaboração do Projeto ............................................................................................ 51 
4.13.1 Seções Transversais ....................................................................................................... 51 
4.13.2 Cálculo de Áreas, Volumes, Classificação e Seleção de Materiais .............................. 52 
4.13.3 Perfil de Distribuição de Volumes e Orientação do Movimento de Terra .................... 53 
4.14 Forma de Apresentação ......................................................................................... 54 
4.14.1 Estudos Preliminares ..................................................................................................... 54 
4.14.2 Projeto Básico ............................................................................................................... 54 
4.15 Terraplenagem ou Terraplanagem – Técnicas e Operações mais Utilizadas ........ 55 
4.15.1 Escavação ...................................................................................................................... 55 
4.15.2 Aterro ............................................................................................................................. 56 
4.15.3 Compactação de Solo .................................................................................................... 56 
4.15.4 Troca de Solo ................................................................................................................. 56 
4.15.5 Drenagem de Solo ......................................................................................................... 57 
4.15.6 Prevenção de Erosão ..................................................................................................... 57 
4.16 Acervo Fotográfico da Obra .................................................................................. 58 
5 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 62 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 64 
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ................................................................. 67 
 
8 
 
LISTA DE SIGLAS 
° – Graus 
% – Porcentagem 
Ø – Diâmetro 
φ – Fator de Empolamento 
γn – Massa Específica Aparente Seca Natural 
γc – Massa Específica Aparente Seca Compactada 
γs – Peso Específico Real dos Grãos 
γw – Peso Específico do Fluído 
μ – Viscosidade da Água 
Δh – Desvio de Umidade 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
APP – Área de Proteção Ambiental 
CaC2 – Carburato de Cálcio 
CBR – California Bearing Ratio 
cm – Centímetro 
cm² – Centímetro Quadrado 
D – Diâmetro Equivalente 
DER – Departamento de Estradas de Rodagem 
DMT – Distância Média de Transporte 
DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem 
DNIT – Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte 
Eng.º – Engenheiro 
ep – Empolamento 
ES – Especificação de Serviços 
EUA – Estados Unidos da América 
GC – Grau de Compactação 
9 
 
h – Porcentagem de Umidade 
H2O – Água 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IP – Índice de Plasticidade 
ISC – Índice de Suporte Califórnia 
ISO – International Organization for Standardization 
kg/cm² – Quilogramas por Centímetro Quadrado 
kPa – Quilo-Pascal 
kN/m³ – Quilonewton por Metro Cúbico 
LL – Limite de Liquidez 
LP – Limite de Plasticidade 
m – Metro 
m² – Metro Quadrado 
m³ – Metro Cúbico 
ME – Método de Ensaio 
mm – Milímetro 
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora 
pol/minuto – Polegada por Minuto 
SC – Santa Catarina 
SE – Solos Expansivos 
SES – Solos Expansivos Saturados 
SP – São Paulo 
UNIPLAC – Universidade do Planalto Catarinense 
v – Velocidade de Queda 
Vc – Volume Compactado 
Vn – Volume Natural 
Vs – Volume Solto 
 
10 
 
LISTA DE FIGURAS E TABELAS 
Figura 01 – Gráfico de Peso específico Aparente (kN/m3) x Umidade(%) .................18 
Figura 02 – Curva Granulométrica (NBR NM248) .....................................................22 
Figura 03 – Aparelhos para Ensaio Speedy (DNER ME 052/94) ................................25 
Figura 04 – Início das Atividades .................................................................................58 
Figura 05 – Atividades Iniciais .....................................................................................58 
Figura 06 – Nivelamento do Terreno ...........................................................................59 
Figura 07 – Terreno sendo Nivelado (Corte e Aterro) .................................................59 
Figura 08 – Movimentações de Solos ..........................................................................60 
Figura 09 – Movimentações de Solos e Estaqueamento ..............................................60 
Figura 10 – Equipamentos em Operação ......................................................................60 
Figura 11 – Equipamentos em Operação ......................................................................61 
 
Tabela 01 – Energias de Compactação Proctor (NBR 7182:1986) ..............................17 
Tabela 02 – Umidade Estimada x Peso da Amostra (DNER-ME 052/1994) ...............2511 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Apresentação 
Os objetivos principais contidos neste Relatório de Estágio Supervisionado 
são a explanação e discriminação, através de análise bibliográfica, atividades 
desenvolvidas pelo maquinário de terraplanagem para ampliação do complexo 
penitenciário da cidade de Curitibanos. A obra em questão foi acompanhada pela 
estagiária no segundo semestre de 2015. 
A necessidade de ampliação do complexo penitenciário da cidade de 
Curitibanos foi motivada pela demanda excessiva de super lotação que a capitão 
Florianópolis vinha apresentando em seu sistema carcerário. 
Nunca o homem se vangloriou tanto de suas conquistas intelectuais, 
científicas, tecnológicas, assim como nunca antes reclamou com tanta intensidade dos 
prejuízos que esse desenvolvimento trouxe ao meio ambiente. (BARBOSA, 2011 p 
01) 
Segundo Neto (2011) a construção civil tem vivido recentemente, uma época 
frutífera, cujos aumentos nos ganhos, valorização de seus profissionais e expansão do 
mercado são só algumas das causas e consequências desta realidade, entretanto como 
todo setor, deve estar atenta às demandas da sociedade na qual está inserida. 
Pode-se afirmar, portanto, que independente do porte da obra de Engenharia 
Civil, a realização de trabalhos prévios de movimentação de terras se faz necessário. 
12 
 
Por esta razão a terraplenagem teve o enorme desenvolvimento verificado no último 
século. (NICHOLS, 2010) 
O tema relata a grande necessidade de ampliação da infra-estrutura de etapas 
construtiva de terraplanagem (ou movimento de terra) é uma atividade de fundamental 
importância na construção de obras de engenharia por representar o preparo do terreno 
para que se possa ser materializado o projeto de um empreendimento. 
Existe a necessidade de pesquisas e agrupamento de dados que comprovem a 
eficiência e eficácia destes sistemas quanto à etapas construtiva de terraplanagem, 
interferindo positivamente na implantação da obra. 
Por isso, é indispensável o profundo conhecimento e aplicação das 
metodologias e do controle na execução dos serviços de terraplanagem, a fim de 
garantir segurança e viabilidade técnico-econômica dos projetos. 
As atividades de movimentação de terra são exigidas praticamente em 
qualquer obra de construção. o presente Pré-Projeto de Relatório encontra-se 
segmentado em capítulos. O primeiro capítulo apresenta a Introdução. O segundo 
capítulo trata da Revisão Bibliográfica. O terceiro capítulo tem o objetivo de 
apresentar de forma teórica a Metodologia utilizada na fundamentação deste trabalho. 
É possível considerar este assunto como uma proposta no desafio ambiental e 
ecológico para o combate dos danos ambientais gerados com a movimentação de solo, 
pois está diretamente ligado à vida de seres humanos e demais organismos vivos. As 
atividades de movimentação de terra são exigidas praticamente em qualquer obra de 
construção, independente do seu porte. Porém, neste trabalho, o foco estará voltado ao 
controle tecnológico de terraplenagem para implantação de uma obra de 
terraplenagem, incluindo um estudo de caso de uma implantação de um complexo 
penitenciário começou a ser construída na cidade de São Cristóvão do Sul, em 2015. 
Devido ao crescimento desenfreado da cidade e a erosão acelerada dos solos, 
através dos processos de industrialização e habitação humana, a natureza nem sempre 
13 
 
é capaz de manter o equilíbrio do ecossistema de determinada região. Portanto, os 
profissionais mais qualificados desenvolvem caminhos alternativos de manutenção do 
meio em que habitam, tendo como orientação os conhecimentos adquiridos 
academicamente e as bibliografias disponíveis. 
Na execução do aterro que servirá de base no local em que será assentada a 
obra, o que poderia ser evitado na etapa de terraplenagem, com mão de obra 
qualificada e equipamentos adequados. Portando, há uma série de premissas, ensaios e 
verificações feitos em campo que comprovam a correta execução de um aterro, 
gerando economia e segurança. 
Neste trabalho a intenção é abordar o uso de Tecnologias ou Controles 
Tecnológicos voltados de forma mais especifica às Obras de Terraplenagem. 
1.2 Tema: 
Estudo de Caso da Obra de Terraplanagem para Ampliação do Complexo 
Penitenciário da Cidade de Curitibanos. 
1.3 Problema da Pesquisa 
Os profissionais de engenharia são indivíduos instruídos e devem ter em 
mente que as tarefas de terraplanagem são normatizadas, porém, do ponto de vista 
prática, nem sempre são atendidas. É a partir desse quadro que surge o principal 
questionamento da pesquisa: Será que os serviços de terraplanagem acompanhados 
durante o período de estágio atendem às normas e legislações vigentes estabelecidas? 
1.4 Hipótese: 
Nesta pesquisa, parte-se do princípio de que o gerenciamento e controle da 
implantação da obra de terraplenagem resultariam em uma economia total da obra, 
14 
 
pela utilização de mão de obra qualificada e equipamentos novos. Formula-se a 
hipótese que dentro do canteiro de obras, a utilização deste tipo de situação contribuirá 
para melhor produção, pois, com melhor controle aumentaria a produção e a demanda 
das atividades, realizando a execução da terraplenagem em tempo hábil reduzido. 
1.5 Objetivos: 
1.5.1 Geral 
Este trabalho tem como objetivo apresentar o controle tecnológico aplicado 
em uma obra de terraplenagem, pontuando boas práticas, a forma como é implantado e 
as suas vantagens no desempenho da obra. 
1.5.2 Específicos 
 Apontar os efeitos ambientais pontuais e globais da movimentação de solos, as 
quais se apresentam como uma consequência da realização de obras de 
terraplenagem; 
 Determinar os impactos dos equipamentos dentro do meio ambiente da região 
estudada, tendo como foco a qualidade na execução da obra; 
 Oferecer alternativa ao contratante para redução de investimentos nas obras de 
terraplenagem, fundamentando-se na preservação ambiental e no uso adequado 
dos equipamentos dentro do canteiro de obras. 
1.6 Justificativa: 
Sabendo que os projetos de terraplenagem representam eficientes 
ferramentas utilizadas na integração e no processo de custo e vida útil de uma obra. A 
diversificação de atividades envolvidas nos trabalhos realizados dentro do canteiro de 
obras, seja na implantação em terrenos virgens ou melhorias e restaurações que 
garantem as condições de fluidez, segurança, e estabilidade, além de minimizar os 
custos totais da obra. 
15 
 
Visto que as fases e os procedimentos técnicos adotados na implantação tem 
sido atualizados e complementados com o uso de modernos equipamentos e programas 
computacionais que vem nos auxiliar no desenrolar das inúmeras dificuldades 
encontradas, apresentamos de forma clara e objetiva os métodos para a execução da 
terraplenagem em um projeto de implantação de canteiro de obras. 
16 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Composição da Implantação da obra de Terraplenagem – Aspectos Técnicos 
Segundo Lozano (2012) os ensaios mais difundidos para avaliação de um 
solo a ser empregado em um aterro são os ensaios de compactação (Proctor), CBR ou 
ISC – Índice de Suporte Califórnia, expansibilidade, análise granulométrica por 
peneiramento e ensaio físico para determinação dos limites de liquidez (LL) e 
plasticidade (LP) e consequente índice de plasticidade (IP). Atualmente usam-se os 
mesmos corpos de prova para realização dos ensaios de Proctor, CBR e 
expansibilidade, e os resultados são apresentados em um relatório, de acordo com a 
recomendação da Norma DNIT 164/2013-ME – Compactação utilizando amostras não 
trabalhadas. 
Estes ensaios visam caracterizar o solo avaliado quanto à resistência 
mecânica, compressibilidade e permeabilidade. Estes são os fatores mais importantes 
na hora de se avaliar um material a ser utilizado na execução de um aterro (SOUZA, 
2014 apud TRENTER, 2001). 
O efeito da compactação no solo feito por alguma forma de energia(impacto, 
vibração, compressão estática ou dinâmica), é o aumento do seu peso específico e 
resistência ao cisalhamento, e uma diminuição do índice de vazios, permeabilidade e 
compressibilidade (SOUZA, 2014 apud MANTELLI, 2012). O ensaio de compactação 
visa obter a correlação entre o teor de umidade e o peso específico seco de um solo 
quando compactado com determinada energia. Ensaio de Compactação (Proctor) 
Divulgado em 1933, pelo engenheiro Ralph R. Proctor, o método para 
controle de compactação revela um dos mais importantes princípios da mecânica dos 
17 
 
solos: “A densidade com que um solo é compactado sob uma determinada energia de 
compactação depende da umidade do solo no momento da compactação.” 
O ensaio determina a relação entre o teor de umidade do solo e sua massa 
específica aparente seca, quando a fração de solo que passa pela peneira de 19 mm é 
compactada. 
Há três tipos de ensaio Proctor: Normal, Intermediário e Modificado. A 
diferença entre eles está basicamente na variação de energia utilizada na compactação 
devido ao maior número de golpes com o soquete. 
 
Tabela 01 – Energias de Compactação Proctor (NBR 7182:1986) 
 
 
Fonte: Norma Brasileira Regulamentadora NBR 7182:1986. 
 
Realização do ensaio: 
 
a) Fixa-se o molde à base metálica, ajusta-se o cilindro complementar e apóia 
o conjunto em base plana e firme (não esquecer de pesar o conjunto). Compacta-se no 
molde o material com o disco espaçador (caso do molde grande), com fundo falso, em 
camadas iguais, cada camada receberá golpes, caindo de certas alturas, distribuídos 
uniformemente sobre a superfície das camadas. O número de golpes dependerá do tipo 
18 
 
de Ensaio Proctor a realizar; Caso necessário utiliza-se o papel filtro para evitar a 
aderência entre o material e a superfície metálica (ou disco espaçador); 
b) A compactação de cada camada deve ser presumida de uma ligeira 
escarificação da camada subjacente com espátula; 
c) Após a compactação da ultima camada, remove-se o cilindro 
complementar, tendo-se antes o cuidado de destacar com a espátula o material aderido. 
Com uma régua de aço biselada arrasa-se o material na altura exata do molde. 
Resultados: 
a) Curva de compactação: traça-se a curva de compactação marcando-se nas 
ordenada as massas específicas aparentes do solo seco e nas abscissas, os teores de 
umidade correspondentes; 
b) Massa específica aparente máxima do solo seco: este valor é determinado 
pela ordenada máxima da curva de compactação; 
c) Umidade ótima: é o valor da abscissa correspondente, na curva de 
compactação, ao ponto de massa específica aparente máxima do solo seco; 
 
Figura 01 – Gráfico de Peso Específico aparente (kN/m3) x Umidade(%): 
 
Fonte: SOUZA, 2014 apud MATTOS, 2001. 
 
Posteriormente, com o solo aprovado para uso no aterro da obra, verifica-se o 
Grau de Compactação (GC) em campo pela expressão: GC(%)=γcampoγdmax x 100 
19 
 
Onde g campo é a massa específica seca obtida "in situ", e gdmax é a massa 
específica seca máxima obtida em laboratório, no ensaio de Proctor, para a energia 
especificada. 
Os métodos para apuração da densidade em campo serão apresentados no 
item. 
Ensaio de expansibilidade: 
 
Utilizando a definição da Norma DNIT 160/2012 – ME – Determinação de 
expansibilidade, “Ensaio de expansibilidade de solo é o ensaio por meio do qual se 
determina o aumento do volume que certos solos apresentam, quando em contato com 
a água ou quando reduzida a pressão sobre eles.”. Após realização do Ensaio de 
Proctor, o corpo de prova é imerso com seu molde por quatro dias, para medição da 
expansão. Depois, realizam-se leituras periódicas do extensômetro até que duas 
leituras com o intervalo de 2h dêem o mesmo valor ou valores decrescentes. A 
expansibilidade é dada, em percentagem, pela seguinte expressão: 
Δhh0 ×100= L1− L015 ×100 
Em que: 
Δ = variação da altura; 
h0 = altura inicial = 15mm; 
L0 = leitura inicial do extensômetro; 
L1 = leitura final do extensômetro. 
 
Ensaio CBR – Californian Bearing Ratio 
Este ensaio, também chamado de ISC – Índice de Suporte Califórnia, tem 
como objetivo avaliar a resistência mecânica dos solos, de modo a permitir a seleção 
dos materiais que comporão as camadas do aterro. 
 
Realização do ensaio: 
 
No ensaio, é medida a resistência à penetração de um pistão padronizado na 
amostra saturada pela imersão em água e que foi anteriormente submetida ao Ensaio 
20 
 
de Proctor. O pistão possui 3pol2 (19,4 cm²) de seção transversal e penetra na amostra 
à velocidade de 0,05 pol/minuto (1,27mm/minuto) por um período de 6 minutos. 
Anota-se a carga (ou pressão) e a penetração a cada 30 segundos, até o limite de 6 
minutos. Os valores são colocados em um gráfico, do qual devem ser obtidos os 
valores das cargas (ou pressões) correspondentes às penetrações de 0,1 polegadas (2,5 
milímetros) e 0,2 polegadas (5 milímetros). O Índice de Suporte Califórnia (ISC – 
Índice de Suporte Califórnia – ou CBR – California Bearing Ratio) é a relação, em 
percentagem, entre a pressão exercida pelo pistão padronizado necessária à penetração 
no solo até 0,1 polegadas (2,5 milímetros) e 0,2 polegadas (5 milímetros) e a pressão 
necessária para que o mesmo pistão penetre a mesma quantidade em solo-padrão de 
brita graduada. O resultado final para o CBR determinado será o maior dos dois 
valores encontrados, correspondentes às penetrações de 0,1 polegadas (2,5 milímetros) 
e 0,2 polegadas (5 milímetros). 
CBR = Pressão encontrada Pressão padrão x 100. 
A norma de referência brasileira para este ensaio é a NBR 9895 – Índice de 
Suporte Califórnia. 
 
Ensaio de Granulometria: 
 
O ensaio de granulometria é o processo utilizado para a determinação da 
percentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de partículas representa 
na massa total ensaiada. Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a 
construção da curva de distribuição granulométrica, tão importante para a classificação 
dos solos bem como estimativa de parâmetros para filtros, bases estabilizadas, 
permeabilidade, capilaridade etc. A determinação da granulometria de um solo pode 
ser feita apenas por peneiramento ou por peneiramento e sedimentação, se necessário. 
O processo de peneiramento é adotado para partículas (sólidos) com 
diâmetros maiores que 0,075mm (#200). Para tal, utiliza-se uma série de peneiras de 
abertura de malhas conhecidas, determinando-se a percentagem em peso retida ou 
passante em cada peneira. Este processo divide-se em peneiramento grosso, partículas 
maiores que 2 mm (#10) e peneiramento fino, partículas menores que 2 mm. Para o 
21 
 
peneiramento de um material granular, a amostra é, inicialmente, seca em estufa e seu 
peso determinado. Esta amostra será colocada na peneira de maior abertura da série 
previamente escolhida e levada a um vibrador de peneiras onde permanecerá pelo 
tempo necessário à separação das frações. Quanto o solo possui uma porcentagem 
grande de finos, porém não interessa a sua distribuição granulométrica, faz-se, 
primeiramente, uma lavagem do solo na peneira nº 200, seguido da secagem em estufa 
do material retido e posterior peneiramento. Este procedimento leva a resultados mais 
corretos do que fazer o peneiramento direto, da amostra seca. 
 
Figura 02 – Curva Granulométrica (NBR NM248): 
 
Fonte: Norma Brasileira Regulamentadora NBR NM248. 
 
Para os solos finos, siltes e argilas, com partículas menores que 0,075 mm 
(#200), o cálculo dos diâmetros equivalentes será feito a partir dos resultados obtidos 
durante a sedimentação de certa quantidade de sólidos em um meio líquido. 
A base teórica para o cálculo do diâmetro equivalente vem da lei de Stokes, 
que afirma que a velocidade de queda de uma partícula esférica, de peso específico 
conhecido, em um meio líquido rapidamente atinge um valor constante que é 
proporcional ao quadrado do diâmetro da partícula.O estabelecimento da função, 
22 
 
velocidade de queda – diâmetro de partícula, se faz a partir do equilíbrio das forças 
atuantes (força peso) e resistentes (resistência viscosa) sobre a esfera, resultando: 𝑣= 
𝛾𝑠−𝛾𝑤1800.𝜇 ×𝐷2 
onde: 
v = velocidade de queda 
γs = peso específico real dos grãos - g/cm3 
γw = peso específico do fluído - g/cm3 
μ = viscosidade da água - g . s/ cm2 
D = diâmetro equivalente (mm) 
 
Ensaio de Limite de Liquidez (LL) e Limite de Plasticidade (LP). 
 
A plasticidade do solo, ou limites de consistência, é determinada através de 
dois ensaios: limite de liquidez e limite de plasticidade. O Limite de plasticidade (LP) 
é o teor de umidade abaixo do qual o solo passa do estado plástico para o estado semi-
sólido, ou seja, ele perde a capacidade de ser moldado e passa a ficar quebradiço. 
Deve-se observar que esta mudança de estado ocorre nos solos de forma gradual, em 
função da variação da umidade, portanto a determinação do limite de plasticidade 
precisa ser arbitrado, o que não diminui seu valor uma vez que os resultados são 
índices comparativos. Desta forma torna-se muito importante a padronização do 
ensaio, sendo que no Brasil ele é realizado pelo método da norma NBR 7180. 
Os ensaios de plasticidade são realizados somente com a parte fina do solo 
representada pelo material que passa na peneira de abertura 0,42 mm. O limite de 
liquidez (LL) é o teor em água acima do qual o solo adquire o comportamento de um 
líquido. Ele é usualmente determinado pelo aparelho de Casagrande. Ele é constituído 
por uma concha metálica unida a uma manivela que a move, fazendo-a cair sobre uma 
base sólida um certo número de vezes, até o fechamento de 1 cm da ranhura padrão, 
feita previamente no solo colocado na concha. O limite de liquidez corresponde ao teor 
de umidade em que a ranhura se fecha com 25 golpes. Conhecidos o Limite de 
Liquidez e Limite de Plasticidade, temos então o Índice de Plasticidade (IP): 
 
23 
 
𝐼𝑃=𝐿𝐿−𝐿𝑃 
 
que é expresso em porcentagem e pode ser interpretado, em função da massa 
de uma amostra, como a quantidade máxima de água que pode lhe ser adicionada, a 
partir de seu Limite de plasticidade, de modo que o solo mantenha a sua consistência 
plástica 
 
Ensaios de campo 
 
A partir desses ensaios realizados, obtém-se a base teórica para avaliação das 
condições do uso do solo no aterro que se deseja fazer. Esses parâmetros são 
indispensáveis para o projeto da terraplenagem de uma obra. Mas existe outro aspecto 
fundamental no sucesso do empreendimento: o controle tecnológico feito durante a 
execução de aterros. Este fator é crucial, e, muitas vezes, não vem sendo aplicado nas 
obras de terraplenagem: controlar as tais propriedades de engenharia, que na fase de 
projeto nortearam o cálculo e o dimensionamento das estruturas (obras) de terra. Sabe-
se que os parâmetros geotécnicos são indispensáveis aos cálculos de engenharia que 
redundaram no projeto do aterro e temos que certificar que estas importantes 
propriedades estarão sendo observadas no aterro executado. 
Apresenta-se então os ensaios de campo mais difundidos na terraplenagem e 
que são regulamentados pelas Normas do DNIT: 
 
Ensaio de determinação da umidade: 
 
Como visto, há um teor de umidade que, dada uma energia de compactação, 
levará a um peso específico seco mais elevado, o que levará a uma maior resistência 
mecânica do aterro. 
Para a determinação do teor de umidade do aterro executado, normalmente 
usa-se o ensaio conhecido como “Speedy” pela sua rapidez e praticidade na obtenção 
do resultado. A Norma rodoviária DNER-ME 052/1994 descreve como o ensaio deve 
ser executado. A determinação do teor de umidade de solos e agregados miúdos com a 
24 
 
utilização deste método tem base na reação química da água existente em uma amostra 
com o carbureto de cálcio, realizada em ambiente confinado: 
CaC2 + 2 H2O → C2H2 + Ca(OH)2 
O gás acetileno ao expandir-se gera pressão proporcional à quantidade de 
água existente na amostra. A leitura dessa pressão em um manômetro permite a 
avaliação da quantidade de água em uma amostra, e em consequência, do seu teor de 
umidade. 
 
Aparelhagem: 
 
Figura 03 – Aparelhos para Ensaio Speedy (DNER ME 052/94) 
 
Fonte: Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER ME 052/94. 
 
a) Conjunto “Speedy” completo (ver fotos acima); 
b) Ampolas com cerca de 6,5 g de carbureto de cálcio (CaC2) 
O peso da amostra a ser utilizada é escolhido pela umidade que se admite a 
amostra possuir, de acordo com a tabela: 
 
 
 
 
25 
 
Tabela 02 – Umidade Estimada x Peso da Amostra (DNER-ME 052/1994) 
 
Fonte: Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER ME 052/94. 
 
ENSAIO: (Aqui o ensaio é descrito para o modelo denominado “alemão”) 
a) Pesar a amostra e colocar na câmara do aparelho; 
b) Introduzir na câmara duas esferas de aço, seguidas da ampola de carbureto 
de cálcio, deixando-a deslizar com cuidado pelas paredes da câmara, para que não se 
quebre; 
c) Fechar o aparelho e agitá-lo repetidas vezes para quebrar a ampola, o que 
se verifica pelo surgimento de pressão assinalada no manômetro; 
d) Ler a pressão manométrica após esta se apresentar constante, o que indica 
que a reação se completou. (Se a leitura manométrica for menor que 20 kPa [0,2 
kg/cm2], o ensaio deve ser repetido com peso de amostra imediatamente superior ao 
empregado, conforme a tabela. Se a leitura for maior que 150 kPa [1,5 kg/cm2], 
interromper o ensaio, afrouxando a tampa do aparelho devagar, e repetir o ensaio com 
um peso imediatamente inferior. Apenas na faixa de 0,2 a 1,5 kg/cm2 o aparelho 
fornece leituras confiáveis.) 
e) Entra-se na tabela de aferição própria do aparelho com a leitura 
manométrica e o peso da amostra utilizada no ensaio, obtendo a percentagem de 
umidade em relação à amostra total úmida (h1). Resultado do ensaio (se realizado em 
temperatura próxima de 20ºC): 
h = 100. h1 / (100 – h1). 
2.2 Boas Práticas de Controle Tecnológico na Execução da Terraplenagem 
Muitos responsáveis por obras de aterro diriam que através do controle 
tecnológico, determina-se o grau de compactação e o desvio de umidade dos solos de 
26 
 
aterro, o que está correto, entretanto, não pode ser considerada uma resposta completa 
(LOZANO, 2012). Isso se deve ao fato de que este procedimento largamente 
empregado atualmente, é necessário, porém não é o suficiente, pois não determina as 
propriedades de resistência; compressibilidade; e ou permeabilidade, e 
consequentemente não é feita a verificação se estas propriedades encontradas 
correspondem às adotadas no projeto. 
A seguir, apresenta-se uma sequência de atividades construtivas que 
englobam o controle tecnológico de aterros. 
Deverão ser realizadas visitas periódicas com os seguintes objetivos: 
1. Certificar que a geometria de execução está de acordo com o projeto: 
2. Determinar a altura de escavação até o solo de fundação; 
3. Demarcar faixas de compactação na largura do rolo compactador; 
4. Calcular a espessura da camada compactada (no máximo 20 centímetros); 
5. Dimensionar a sobrelargura dos taludes; 
6. Solicitar a execução de gabarito para verificar a inclinação do talude; 
7. Especificar as cotas, largura e inclinação das bermas e platôs; 
8. Durante as escavações, coletar amostras indeformadas para execução de 
ensaios triaxiais; 
9. Garantir que o encontro do aterro com o maciço de solo natural seja feito 
em degraus; 
10. Garantir que a compactação no encontro fique de acordo com o projeto. 
11. A drenagem provisória deverá ser executada antes da fase de 
compactação e outras fases das obras e deverá ser ajustada, quando necessário, durante 
a obra. 
12. Lançamento e espalhamento das camadas soltas de aterro; 
13. Definir previamente as faixas de compactação por meio de cruzetas e 
estacas; 
14. Colocar piquetes a cada 10 metros, para verificar a espessurada camada 
compactada; 
15. As faixas de compactação devem ser sobrepostas. 
16. Controlar visualmente a homogeneidade, verificando se há mudança de 
27 
 
solo proveniente da área de empréstimo. 
17. Coletar amostras para ensaios de caracterização e próctor normal para 
cada mudança solo (adotando no mínimo 3 amostras); 
18. Fazer um “croqui” com a locação e numeração da coleta de amostras. 
19. Quando houver mudança de solo da área de empréstimo ou mudança de 
jazida, devem-se ter definidas as especificações técnicas deste solo antes do 
lançamento. 
20. O lançamento e espalhamento deverão ser executados em uma única 
faixa. Assim, mesmo após um período de chuvas, tem-se frente de trabalho no restante 
da praça que se encontra compactada e selada. 
21. Verificar a homogeneidade do solo de fundação, quanto à resistência; 
22. Exigir uniformidade das camadas, através do número de passadas do rolo 
compactador; 
23. A espessura da camada não deve ter mais que 20 cm compactada, salvo 
se existir na obra equipamento que permita espessuras maiores; 
24. Executar coleta de corpos de prova por cravação de cilindros tipo triaxial 
ou hilf, e copinhos, para determinação de densidade e umidade em laboratório a cada 
300 m3, no mínimo dois por camada e, quando houver mudança do tipo de solo, 
proveniente de área de empréstimo; 
25. O engenheiro deverá comparar os resultados dos ensaios de laboratório 
com o grau de compactação (GC) e o desvio de umidade (Δh) especificados em 
projeto, e informar imediatamente ao encarregado de campo; 
26. Solicitar escarificação para recompactação, secagem ou umedecimento 
da camada, caso não se apresente nas condições especificadas no projeto. 
27. Solicitar que a última camada seja selada sempre que os serviços forem 
paralisados ou quando houver iminência de chuvas. 
28. Fazer um “croqui” com a locação e numeração dos ensaios realizados; 
29. Solicitar execução de proteção superficial em taludes. 
 
 
28 
 
2.3 Benefícios e Principais Resultados 
O controle tecnológico quando contempla todos os aspectos citados nos 
itens, certamente traz uma série de vantagens para a etapa de terraplenagem e as etapas 
sub-sequentes, principalmente se tratando de uma obra viária. Materializam-se ganhos 
na qualidade, na segurança e na viabilidade econômica do empreendimento. Essas 
melhorias trazidas pelo advento do controle tecnológico podem ser detalhadas: 
a) A qualidade preza por executar os serviços de acordo com os 
procedimentos e parâmetros pré-estabelecidos em projeto e o controle tecnológico 
permite criar uma memória que qualifica as diferentes etapas e resultados obtidos nas 
obras de terraplenagem. 
b) Aumenta-se a confiabilidade na execução, ajudando a gerar uma maior 
satisfação do cliente, fundamental para qualquer empresa com um Sistema de Gestão 
da Qualidade conforme requisitos da norma ISO 9001. 
c) Evita o desperdício. Pode-se citar como exemplo um caso onde o solo 
proveniente de um corte foi descartado sem recolhimento para ensaios de 
caracterização e poderia ter sido usado como reforço de subleito. 
d) Diminui o retrabalho e necessidade de manutenções futuras. Isso fica claro 
ao imaginarmos uma patologia detectada no aterro quando esse já possui grande 
extensão, necessitando de escarificação e recompactação. 
e) Otimiza a utilização dos recursos, o que também pode gerar economia. 
Serve de exemplo o caso onde se sabe o número de passadas do rolo compactador 
necessárias para que a camada atinja a densidade máxima e evita-se que mais horas 
sejam gastas do equipamento. 
2.4 Principais Etapas de Execução 
Há muitos casos de aterros sendo feitos de forma inadequada, sob as 
mais variadas justificativas. Porém, sem tecnologia correta, cria-se um 
mito que não condiz com a verdade. Seja qual for o volume de aterro, 
qual seja o solo do local e das possibilidades de áreas de empréstimo 
(de onde se remove o solo), há um procedimento executivo de 
engenharia civil geotécnica adequado, que proporcionará economia e 
29 
 
segurança. Sem a devida aplicação dos conhecimentos geotécnicos na 
execução destes aterros, muitos problemas poderão ocorrer, em 
pequenas e grandes obras de engenharia, como exemplificados a 
seguir: a) Recalques e afundamentos de piso, ruas, vias e fundações; 
b) Vazamentos de redes hidráulicas e sanitárias; c) Deslizamentos de 
taludes, contenções e muros de arrimo; d) Vazamentos de lagoas de 
tratamento de resíduos e líquidos; e) Erosões internas em diques e 
barragens; f) Não enchimento de lagoas, diques e barragem por perda 
de água. Ao projetar um aterro deve-se conhecer as propriedades de 
engenharia dos solos a serem utilizados e que virão do empréstimo. 
Têm-se as propriedades de resistência, compressibilidade, e 
permeabilidades, que serão determinadas através de ensaios de 
laboratório realizados em amostras de solos extraídas das áreas de 
empréstimo. Geralmente têm-se várias possibilidades de áreas de 
empréstimo e, cada uma destas, têm diversas camadas de solo com 
diferentes características e em profundidades distintas. Isto requer um 
estudo de alternativas, procurando identificar entre elas a melhor 
alternativa técnica e econômica de empréstimo. Há algumas técnicas 
recomendáveis que podem ser vistas como parte integrante de um 
controle tecnológico para evitar problemas futuros na obra de aterro. 
Este procedimento deve ser revestido de bom senso, evidentemente, 
pois, sempre se tem que observar o custo e o benefício envolvido 
naquela obra. É preciso projetar a execução do aterro com 
conhecimento prévio dos solos existentes, mais próximos ao local da 
obra e nas áreas de menor custo de escavação. Ele deve ser projetado 
para os solos de menor custo, existentes próximos à obra. 
Contrariando, a prática que se vem observando, é que se desenvolve 
um projeto e depois disto é que se parte para procurar um empréstimo. 
Os solos para execução dos aterros são provenientes de escavações e 
através dos ensaios de laboratório, se determinam as propriedades de 
resistência, compressibilidade e ou permeabilidade, se e quando 
necessárias para as diferentes obras. Com estes parâmetros tornam-se 
possíveis os cálculos de engenharia geotécnica, que então 
proporcionarão o dimensionamento dos taludes, aterros e camadas 
“impermeáveis”, entre outras, que trarão a devida segurança às obras 
já citadas. (LOZANO, 2012) 
 
2.4.1 Etapas Preliminares 
A preparação do terreno é composta por algumas etapas genéricas que, 
obviamente, podem ser desnecessárias conforme as características especificas do 
terreno encontrado. Estas etapas são as seguintes (ABRAM e ROCHA, 2000): 
a) Desmatamento (retirada da vegetação de grande porte) – pode ser feita 
com moto-serra ou, eventualmente, com processos mecânicos, no caso de existência de 
poucas árvores (como dozer, pá carregadora, etc.); 
30 
 
b) Destocamento – retirada de tocos e raízes; 
c) Limpeza – retirada da vegetação rasteira; 
d) Remoção de camada vegetal – a camada de solo que pode ser considerada 
um banco genético, deve ser retirada particularmente, pois não pode ser utilizada em 
aterros, ou seja, possuem baixa resistência, alta compressibilidade e permeabilidade. 
 
2.4.2 Escavação 
Escavação é um processo empregado para romper a compacidade do solo em 
seu estado natural, por meio do emprego de ferramentas cortantes, como a faca da 
lâmina ou os dentes da caçamba de uma carregadeira, desagregando-o e tornando 
possível o seu manuseio. A escavação será precedida da execução dos serviços de 
desmatamento, destocamento e limpeza da área do empréstimo. 
O material procedente da escavação do terreno natural, geralmente, é 
constituído por solo, alteração de rocha, rocha ou associação destes tipos. São cortes 
de material para atingir o nível topográfico da obra. Pode ser classificado em três 
categorias: 1ª, 2ª e 3ª categoria, seguindo orientação da norma DNIT–2009- ES - 
Terraplenagem – Cortes Especificação de Serviços. 
a) 1ª Categoria: São compostos por solos em geral e seixos de até Ø15cm, 
praticamente há a ausência de fragmentos de rocha, corresponde ao 1º 
horizonte de terra. São fáceis de ser desagregados, utilizam-se 
basicamente trator de esteiras ou escavadeiras e a produtividade é alta; 
b) 2ª Categoria: São compostos por materiais resistentes ao desmonte 
mecânico, ou seja, fragmentos de rocha de até 25 centímetros diâmetro, 
além de escavadeiras utilizam-se tratores com lâminas e com 
escarificadores. Devido a resistência a produtividade é menor e seu custo 
de execução é maior; 
c) 3ª Categoria: São compostos por rochas sãs ou matacões (blocos de rocha 
com diâmetro maior que 25 centímetros). O desmonte é feito por 
perfuratrizes e explosivos. Sua produtividade é extremamente baixa e 
custo elevado. 
31 
 
2.4.3 Carregamento 
A carga consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da 
lâmina, do material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi 
escavado. 
2.4.4 Empréstimo 
É a escavação de material em local definido (jazida) para complementação de 
material necessário para a execução do aterro. 
2.4.5 Espalhamento 
Essa operação consiste em espalhar o material trazido normalmente por 
caminhões basculantes e que se encontra em “montes” pela área de aterro, 
uniformizando a camada que posteriormente será compactada. Essa operação é feita 
normalmente por tratores e/ou motoniveladoras. 
2.4.6 Transporte do Excesso de Terra 
O excesso de terra proveniente do corte deverá ser transportado para outras 
áreas: se o material for de boa qualidade e reaproveitável, pode ocorrer o chamado 
“Bota Dentro”, que consiste em reaproveitá-lo imediatamente em algum local da obra 
como material de aterro; o “Bota Espera” que significa estocar o material 
temporariamente para que seja reaproveitado futuramente em alguma etapa de 
terraplenagem, ou, caso o excesso retirado não possa ser utilizado (solos moles, 
camada de remoção vegetal), utilizar-se-á o “Bota Fora”, que é o transporte desse 
material para algum local de despejo autorizado fora da obra. 
 
 
 
32 
 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA 
3.1 Metodologia 
O desenvolvimento se deu bibliograficamente, com levantamento de dados 
através da pesquisa em fontes digitais, a fim de contextualizar os benefícios das obras 
de terraplanagem e de sua implantação quanto aos aspectos relativos à movimentações 
de solos, tendo como base o acompanhamento da ampliação de um complexo 
penitenciário pela Estagiária. 
3.1.1 Método de abordagem: 
Esta pesquisa teve como objetivo a identificação dos ensaios laboratoriais 
envolvidos na caracterização dos solos. 
Na busca por uma análise concisa dos dados coletados, a pesquisa foi 
desenvolvida através da coleta de informações em arquivos digitais e outras obras 
impressas publicadas relacionadas ao assunto. 
3.1.2 Técnica da pesquisa: 
A pesquisa é de natureza Bibliográfica, com objetivos desenvolvidos de 
forma Descritiva, com procedimentos técnicos Exploratórios e com forma de 
abordagem do problema do tipo Qualitativa. 
A obtenção das informações se deu através de pesquisas na internet, revistas, 
jornais, entre outros meios de comunicação existentes e de conteúdo seguro e 
confiável, bem como das Normas Regulamentadoras envolvidas. 
 
33 
 
3.1.3 Estrutura Básica do Relatório de Estágio 
Esta pesquisa foi realizada conforme o projeto exposto em aula pelo 
Supervisor de Estágio da disciplina Estágio Supervisionado do décimo semestre do 
curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC –, 
sendo analisado conjuntamente com o Orientador para a construção de uma literatura 
que possa servir como embasamento bibliográfico na área de Estradas. 
A Metodologia empregada está fundamentada no embasamento teórico sobre 
a literatura existente, segura e confiável. 
34 
 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
Neste capítulo, apresentam-se os materiais utilizados e os procedimentos 
realizados no desenvolvimento da pesquisa. O material é listado abaixo e os 
procedimentos são descritos nos itens seguintes. 
Para a digitalização e tratamento dos dados, foram utilizados os programas 
computacionais Acrobat Reader (Adobe Systems Inc.), Word 2007 (Microsoft 
Corporation) e Google Chrome (Google Inc). 
Os materiais utilizados na elaboração deste Trabalho foram pesquisas em 
publicações sobre o tema, artigos, monografias, trabalhos de final de curso, 
dissertações de mestrado e teses de doutorado. O método está associado à síntese 
destes trabalhos, com o intuito de expor os métodos de ensaio associados à análise de 
solos, bem como os métodos construtivos de terraplenagem e movimentações de terra 
no ramo da construção civil. 
4.1 Levantamento de Dados 
A fase de levantamento de dados envolveu a coleta de material bibliográfico, 
que serviram de base para o desenvolvimento do trabalho. 
Em busca do conhecimento existente sobre o tema, foram consultados alguns 
trabalhos disponíveis em meio eletrônico. A revisão bibliográfica efetuada a partir 
deste levantamento é apresentada no Capítulo 2, juntamente com os dados gerados no 
desenvolvimento da pesquisa. 
 
 
35 
 
4.2 Tratamento dos Dados 
Um extensivo levantamento dos trabalhos que tratam de terraplenagem foi 
realizado nas bases de dados textuais e referenciais disponíveis na Internet, 
possibilitando o levantamento suficiente de informações e servindo para a elaboração 
de uma visão geral do conhecimento existente sobre o assunto. Procurou-se observar 
atentamente cada publicação para que se criasse uma bibliografia ampla e focada sobre 
o tema. Esta compilação é apresentada de forma conclusiva no Capítulo 5. 
4.3 Integração dos Dados 
O país dispõe de um banco de dados de boa qualidade, servido por um 
conjunto de normas e leis que procuram atender às necessidades de terraplenagem do 
ramo da construção civil. O assunto tem sido alvo de discussões cada vez mais 
intensas, gerando muitas opiniões acerca de preservação ambiental em instituições de 
ensino, palestras, seminários, congressos e ainda entre os profissionais do ramo da 
construção civil, tais como engenheiros, arquitetos, urbanistas e técnicos. Ainda assim, 
as práticas construtivas que ocorreram antes dessas discussões geraram situações de 
agressão no espaço urbano, mas que aos poucos vem sendo atendidas. 
4.4 Caracterização dos Processos – Principais Técnicas e Operações 
Como o próprio nome já dá a entender, Terraplenagem é o ato de terraplenar, 
ou seja, tornar a terra ou terreno a terra ou terreno plano. 
Normalmente, o trabalho de terraplenagem não é tão simples quanto pode 
parecer a primeira vista. Adequar a topografia original de um terreno ao projeto de 
construção pode ser um trabalho árduo e complexo dependendo das atuais condições 
do mesmo. 
Uma boa dica para quem pensa em construir é consultar um profissional da 
área antes de adquirir o terreno, para que possa ser auxiliado de modo a escolher um 
lote cuja topografia original seja condizente com seus planos de construção. Quando 
36 
 
mais próximo ao nível do pavimento térreo for a topografia do terreno, maior será a 
economia com a terraplenagem, que em alguns casos pode chegar a até 20% do valor 
da obra. Nem sempre o terreno mais barato é o mais indicado. 
Infelizmente, nem sempre há condições de escolher o terreno com melhor 
topografia, e nesta parte é que entram as técnicas de terraplenagem. As operações 
básicas empregadas em terraplenagem são as seguintes: 
4.4.1 Escavação 
Escavação: Ato de escavar a terra, rebaixando a topografia natural do terreno 
para a cota pré-determinada no projeto de construção. 
a) Escavação com Remoção de terra: Nesta operação, a terra é escavada e 
carregada em caminhões basculantes que transportarão o material para locais 
denominados Aterros ou Bota-Foras; 
b) Escavaçãosem Remoção de terra: A terra é escavada onde a topografia 
está acima das cotas do projeto, e é utilizada no Aterro das áreas onde o nível do 
terreno está abaixo das cotas do projeto de construção. Este processo também é 
conhecido como "corte e compensação". 
4.4.2 Aterro 
Aterro: Ato de aterrar determinado local, utilizando-se preferencialmente de 
terra vermelha, por seu melhor rendimento no trabalho de compactação do aterro, para 
que áreas abaixo da cota do projeto de construção sejam elevadas. 
a) Aterro com Importação de terra: Quando não há no próprio terreno 
material (proveniente de áreas de escavação) suficiente para atingir as cotas do projeto 
por meio de aterro, é necessário realizar importação de terra, vinda de outro terreno 
cuja remoção desta seja necessária. 
b) Aterro sem Importação de terra: Este é o processo de realizar aterro sem 
importação de terra, por meio de "corte e compensação". 
 
 
37 
 
4.4.3 Compactação de Solo 
Compactação de Solo: Quando é necessário Aterro em determinado local, é 
imprescindível que seja feito um trabalho de Compactação do Solo. Este trabalho 
consiste em compactar o solo utilizando-se de equipamento chamado Rolo 
Compactador Pata (também conhecido como pé-de-carneiro) que comprime o solo 
com seu peso e vibração a fim de torná-lo tão firme e resistente quanto necessário. 
Normalmente um engenheiro de solos ou engenheiro calculista determina quanto 
compacto deve estar o solo. Também são realizadas análises laboratoriais para 
definição quanto ao solo estar apto ou não para construção. 
Normalmente o processo de compactação é realizado em camadas. Um 
pequeno aterro de no máximo 20 cm de altura é realizado, e logo após caso a terra 
esteja seca ela é umedecida por meio de um caminhão-pipa ou "secada" por meio de 
um equipamento chamado Grade caso esteja muito úmida. Somente então é que é 
utilizado o Rolo Compactador Pata. E assim são utilizadas tantas camadas quantas 
forem necessárias para atingir a cota existente no projeto. 
4.4.4 Troca de Solo 
Troca de Solo: A técnica de troca de solo é utilizada quando a consistência 
do solo original não é boa, ou seja, não é firme o suficiente para suportar a carga da 
futura edificação. O estudo do solo é feito por meio de Sondagem (remoção de 
amostras do solo em determinadas profundidades para estudo laboratorial) para 
definição de quantos metros abaixo da topografia original deverá ser feita a escavação. 
Após escavado o terreno para remoção do solo inconsistente, é realizado o processo de 
aterro com compactação para adequar o terreno às cotas exigidas no projeto. 
4.4.5 Drenagem de Solo 
Drenagem de Solo: Em terrenos onde há excesso de umidade, a drenagem é 
realizada com a criação de canais (valas de nível mais baixo que o restante do terreno) 
em locais estratégicos para escoamento da água existente. Quando a origem da 
umidade é proveniente de nascente, deve-se respeitar um raio de aproximadamente 50 
38 
 
metros da mesma e criar um canal que desvie a água para longe do local da 
construção. Se a origem da umidade for resultado de acúmulo de águas pluviais, 
recomenda-se apenas inclinar suavemente o terreno para que esta escoe com maior 
facilidade, e se possível, criar um canal adjacente à parte mais baixa do terreno para 
escoamento da água. 
4.4.6 Prevenção de Erosão 
Prevenção de Erosão: Em solos sedimentares ou de composição arenosa, 
taludes e terrenos de topografia em aclive ou declive é constante o aparecimento de 
erosões ocasionadas pela ação de fortes chuvas. A técnica mais utilizada para prevenir 
o aparecimento de erosões em grandes áreas é a criação de curvas de nível, que são 
cortes ao longo do talude (ou aclive / declive) que captam a água de escorre pela terra 
afim de não deixar que esta crie velocidade e desagregue o solo levando consigo 
sedimentos e abrindo valas (as erosões). Normalmente, a quantidade de curvas de nível 
em uma determinada área depende da sua extensão e grau de inclinação. Em taludes a 
45° (inclinação natural da terra não compactada em aterros) não é aconselhável haver 
mais de 5 ou 6 metros entre as curvas de nível. Quanto menor a inclinação, maior o 
espaço permitido entre as curvas de nível. 
4.5 Caracterização do Serviço de Terraplenagem 
O serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo 
terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais de 
navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, pátios industriais, 
edificações, barragens e plataformas diversas. A literatura técnica brasileira de 
engenharia carece de uniformização normativa, não existindo uma definição de 
terraplenagem de consenso, cada autor definindo terraplenagem do modo que julga 
mais conveniente. Alerta-se, portanto, que a definição aqui adotada não tem validade 
de norma. 
Por definição, terraplenagem é a técnica de engenharia de escavação e 
movimentação de solos e rochas. O termo técnico mais usualmente adotado para 
39 
 
terraplenagem em rocha é desmonte de rocha. O serviço de terraplenagem compreende 
quatro etapas: escavação, carregamento, transporte e espalhamento. Alguns autores 
incluem, logo após a etapa de transporte, a etapa de descarga. Consideramos, porém, 
que a etapa de descarga não é significativa, estando incluída na etapa transporte, visto 
que todo equipamento de transporte provém a descarga do material. Outros autores e 
especificações incluem, ainda, a compactação de aterros como uma quinta etapa do 
serviço de terraplenagem. Entendemos, no entanto, que a compactação de aterros é um 
serviço à parte do serviço de terraplenagem, existindo três fortes justificativas para 
apoiar este ponto de vista: todo serviço de terraplenagem sempre contém as quatro 
etapas citadas acima; nem todo material escavado em terraplenagem é destinado à 
confecção de aterro, podendo ser descartado como bota-fora; os equipamentos de 
compactação de aterros são de natureza diferente dos equipamentos de terraplenagem. 
Na conformação do relevo terrestre o serviço de terraplenagem sempre 
contém duas atividades características: escavação de material em um determinado 
local e espalhamento deste material em local distinto do primeiro. Pode-se ter duas 
condições para cada uma destas atividades. Para melhor compreensão, a análise a 
seguir terá por base a construção de uma plataforma: a região a ser escavada está 
contida na região da plataforma, sendo que as cotas do terreno natural estão acima das 
cotas de projeto da plataforma, caracterizando regiões em cortes, ou simplesmente 
cortes; a região a ser escavada está fora da região da plataforma, sendo que o material 
escavado virá de locais externos denominados empréstimos; a região onde o material 
escavado será espalhado está contida na região da plataforma, sendo que as cotas do 
terreno natural estão abaixo das cotas de projeto da plataforma, caracterizando regiões 
de aterro, ou simplesmente aterros; a região onde o material (ou parte do material) 
escavado será espalhado é externa à região da plataforma, caracterizando região de 
bota-fora, ou simplesmente bota-fora. 
 Em uma obra pode-se ter as quatro condições citadas acima. Casos típicos 
são os de terraplenagens em rodovias e ferrovias, cujos projetos de terraplenagem são 
constituídos por uma sucessão de cortes e aterros; o aproveitamento de eventuais 
sobras de cortes para aterros distantes com falta de material pode ser antieconômico, 
devido às grandes distâncias de transporte do material escavado, havendo a 
40 
 
necessidade de definir bota-foras e empréstimos laterais. Para as atividades 
preliminares à execução da terraplenagem, a técnica de execução é a mesma, 
independente do tipo de obra de engenharia a ser executada. 
A classificação dos materiais de terraplenagem não é tarefa fácil, ocorrendo 
freqüentemente os três materiais em um mesmo corte, com horizontes que não sãomuito bem definidos. 
Os materiais de 2º categoria são o de maior dificuldade de classificação. Por 
exemplo: porcentagem do volume de blocos de rocha, pois os mesmos estarão 
contidos em material de 
1º categoria; localização do horizonte entre rocha alterada, que necessitam do 
uso esporádico de explosivos, e rocha sã, que necessita do uso contínuo de explosivo. 
Empolamento do Material Escavado: Se considerarmos uma determinada 
massa de solo natural, de volume natural Vn, esta massa de solo apresentará um 
aumento de volume, ou empolamento, após o solo ser escavado, com um volume solto 
Vs maior do que Vn. A mesma massa de solo apresentará, após compactada, um 
volume compactado Vc menor do que Vn. Em média, o volume solto é 25% maior do 
que o volume no terreno natural, e o volume compactado é 15% menor. A massa 
específica aparente seca natural (γn) será, portanto, maior do que a massa específica 
aparente seca solta (γs) e menor do que a massa específica aparente seca compactada 
(γc). No estudo do empolamento de solos trabalha-se com três relações. 
 
 A primeira das relações, denominada empolamento (ep), traduz a relação entre 
o volume solto e o volume natural, sendo dado por: 
ep = Vs / Vn ou ep = γn / γs 
 A segunda das relações, denominada porcentagem (ou taxa) de empolamento 
[p(%)], nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do volume solto em relação 
ao volume natural, sendo dada por: 
p(%) = (ep – 1) 100 
 A terceira delas, denominada fator de empolamento (φ), traduz a relação de 
redução da massa específica aparente seca ao se escavar o material, com valor 
sempre menor do que 1, (φ) sendo dado por: 
41 
 
φ = Vn / Vs ou φ = 1 / ep 
4.6 Equipamentos 
Antes do início da execução dos serviços todos os equipamentos devem ser 
examinados e aprovados pelo DER/SP. 
Os equipamentos básicos para execução dos aterros são compostos das 
seguintes unidades: 
a) motoniveladoras pesadas equipadas com escarificador; 
b) grade de discos; 
c) pá carregadeira; 
d) rolos compactadores, lisos, pé de carneiro, estáticos ou vibratórios; 
e) caminhão tanque irrigador; 
f) trator de esteira com lâmina e ripper; 
g) trator agrícola; 
4.7 Execução 
4.7.1 Considerações Iniciais 
O início das operações deve ser precedido da execução dos serviços de 
desmatamento, destocamento e limpeza. Quando a fundação do aterro for constituída 
de solos compressíveis ou em zona inundada, deve ser atendido o disposto na 
especificação ET-DE-Q00/004 – Aterro sobre Solos Compressíveis. No caso de 
execução de aterros a meia encosta, onde o terreno natural possui inclinação superior a 
25%, o talude deve ser previamente cortado em degraus com altura aproximada de 1,0 
m antes do lançamento do material para execução da respectiva camada de aterro. 
A execução das camadas deve ser iniciada pelo lado mais baixo, os degraus 
executados no talude devem ter largura suficiente para deslocamento dos 
equipamentos ao realizar as operações de descarga e compactação das camadas 
42 
 
lançadas. Os cortes horizontais para formação dos degraus devem ser iniciados na 
interseção do terreno natural com a superfície da última camada lançada e compactada. 
O material resultante da escavação deve ser espalhado e compactado no 
aterro em execução, se a quantidade de material for insuficiente, resultando uma 
camada muito delgada, isto é, inferior as espessuras definidas nesta especificação, 
deve ser adicionado mais material de aterro para completar a espessura. Os materiais 
devem ser misturados, homogeneizados e compactados em única camada. Nos 
alargamentos de aterros ou no caso de correções de erosões, o talude existente deve ser 
cortado em degraus, com largura suficiente para permitir as operações de deposição, 
espalhamento e compactação do material. O alargamento ou correção das erosões são 
constituídas conforme descrito nesta especificação até atingir o nível do aterro 
existente Todo leito antigo deve ser escarificado, conformado e compactado com a 
camada adjacente do alargamento ou correção, e a espessura total da camada 
escarificada e do material adicional, se houver, não deve ser ultrapassar a espessura 
máxima determinada nesta especificação. Os cortes horizontais no aterro antigo devem 
ser executados conforme o especificado para aterros na meia encosta. A superfície das 
camadas compactadas deve possuir inclinação para fora do aterro de alargamento ou 
correção, a fim de não acumular água de chuva nos pontos de junção do aterro antigo 
com o aterro novo. Desde o início das obras até seu recebimento, os aterros 
construídos ou em construção devem ser protegidos contra ação erosiva das águas e 
mantidos em condições que assegurem a drenagem eficiente. 
Nos aterros de acesso de encontros das pontes, o enchimento das cavas das 
fundações e as trincheiras de bueiros, bem como todas as áreas de difícil acesso ao 
equipamento usual de compactação, devem ser compactadas com o uso de 
equipamento adequado, como soquetes manuais e sapos mecânicos. Em regiões onde 
houver predominância de areia, admite-se a execução de aterros com seu emprego, 
desde que previsto em projeto. Exige-se a proteção das camadas de areia, através da 
execução de camadas subseqüentes, na espessura definida em projeto, com material 
terroso devidamente compactado. Durante todo o tempo que durar a construção, até o 
recebimento do aterro, os materiais e os serviços devem estar protegidos contra a ação 
43 
 
destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam danificá-los. 
A responsabilidade desta conservação é da executante e não é objeto de medição. 
Os aterros devem ser executados em camadas sucessivas, com espessura 
solta, definida pela fiscalização, em função das características geotécnicas do material 
e do equipamento de compactação utilizado que resultem na espessura compactada de 
no mínimo de 15 cm. 
O lançamento do material deve ser feito em camadas sucessivas em toda 
largura da seção transversal e em extensões tais que permitam seu umedecimento e 
compactação. São aceitas camadas compactadas com espessuras superiores a 15 cm, 
desde que autorizadas pela fiscalização e comprovadas em aterro experimental, isto é, 
desde que equipamento utilizado confira o grau de compactação mínimo exigido de 
100% em relação ao Proctor Normal, conforme NBR 7182. Admitem-se espessuras de 
até 30 cm de espessura para as camadas do corpo do aterro e do máximo 20 cm para as 
camadas finais de aterro, isto é, o último um metro. As camadas individuais do aterro 
devem ser constituídas preferencialmente por material homogêneo. Quando os 
materiais provenientes da escavação forem heterogêneos, os materiais devem ser 
misturados com emprego de grades de disco, motoniveladoras, a fim de se obter, ao 
final destas operações, a homogeneidade do material. Quando existirem materiais em 
excesso provenientes da escavação, e optar-se pela utilização de execução de aterros 
com alargamento da plataforma, abrandamentos dos taludes ou for necessária à 
execução de bermas de equilíbrio, estas operações devem ser efetuadas desde a etapa 
inicial do aterro. Durante a compactação das camadas de aterro, o equipamento deve 
deslocar-se sobre a camada de maneira a proporcionar a cobertura uniforme de toda 
área. A compactação deve ser realizada com equipamentos adequados ao tipo de solo. 
As condições de compactação exigidas para aterro e as variações de umidade 
admitidas são: - a variação do teor de umidade admitido para o material do corpo de 
aterro é de ± 3 % em relação a umidade ótima de compactação e o grau de 
compactação mínimo exigido é de 95% em relação à massa específica aparente seca 
máxima conforme NBR 7182, na energia normal; - para as camadas situadas no último 
um metro, camada final de aterro, a variação de umidade do material admitida é de ± 
3% para as camadas iniciais, e de ± 2% para as três últimas camadas, em relaçãoà 
44 
 
umidade ótima de compactação determinado conforme NBR 7182, na energia adotada 
para compactação do material; - o grau de compactação mínimo exigido para as 
camadas finais situadas no último um metro é de 100% em relação à massa específica 
aparente seca máxima, determinada conforme NBR 7182, na energia adotada para 
compactação do material. A energia de compactação a ser adotada deve ser a maior 
energia que o material empregado suporte, perante as condições dos equipamentos 
utilizados. Deve-se assegurar que os valores obtidos para o CBR sejam superiores ou 
iguais ao previsto no projeto, bem como as expansões sejam inferiores às especificadas 
também em projeto. 
Os materiais empregados na execução da camada final, quando não estiver 
definido no projeto, devem possuir as seguintes características: - pertencer aos grupos 
de classificação MCT, determinado conforme DER M196, especificados em projeto; - 
nos 0,30 m iniciais os solos devem possuir CBR > 3% e expansão ≤ 2%; - nos 0,40 m 
intermediários os solos devem possuir CBR > 5% e expansão ≤ 2%; - nos 0,30 m 
finais, superficiais os solos devem possuir > 10% e expansão ≤ 2%; - nos cortes onde o 
material do subleito não apresentar CBR mínimo de 10%, deve ser feita a substituição 
do material, numa espessura mínima de 0,40 m, com materiais que atendam os 
parâmetros CBR ≥ 10% e expansão ≤ 2%. Nas áreas de transição de aterros para corte 
deve ser executada a escavação e remoção de 0,60 m abaixo da cota de terraplenagem, 
na área de corte a extensão mínima de 2,0 m. O material escavado deve ser substituído 
por materiais com as mesmas características dos 0,60 m finais da camada final de 
aterro. 
Em regiões com predominância de material rochoso, proveniente das 
escavações, admite-se a construções de aterro com estes materiais, desde que prevista 
em projeto. Os fragmentos de rocha não devem ser possuir dimensões superiores a 75 
cm, os fragmentos de rocha que ultrapassem esta dimensão devem ser reduzidos de tal 
forma que seus fragmentos maiores não ultrapassem a 75 cm. 
Não devem ser admitidos fragmentos de rochas de estratificação lamelar, 
facilmente fragmentáveis. Os aterros constituídos de fragmentos de rochas devem ter 
em sua constituição rochas em toda a largura do aterro, por camadas sucessivas de no 
45 
 
máximo 1,0 m de espessura. Os últimos 2,0 m de aterro devem ser executados em 
camadas de no máximo 0,30 m de espessura. 
Os aterros devem ser executados descarregando-se o material rochoso sobre 
o terreno e posteriormente sobre a camada já construída, espalhado com trator de 
lâmina na espessura indicada, de maneira que os blocos maiores de rocha fiquem 
colocados na parte inferior e os vazios entre as pedras de maior dimensão sejam 
preenchidos por pedras menores. Devem ser compactados por meio de rolos 
vibratórios. A maior dimensão de qualquer bloco de pedra, em qualquer caso deve ser 
inferior a 75 % da espessura da camada. Todos os blocos que não preencham esta 
condição devem ser fragmentados ou, a critério da fiscalização, removidos para fora da 
área de aterro e depositados em local aprovado. Em situação que envolva alargamento 
de aterro em rocha, deve ser adotado procedimento idêntico ao de aterro em solo. 
4.8 Controle 
4.8.1 Materiais 
Devem ser executados os seguintes ensaios nos solos empregados na 
execução do aterro: a) CBR e expansão conforme NBR 9895, na energia normal, um 
ensaio a cada quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação, para os materiais 
constituintes do corpo de aterro durante a execução; b) CBR e expansão conforme 
NBR 9895, na energia adotada para compactação do material, um ensaio a cada quatro 
amostras submetidas a ensaio de compactação, para os materiais constituintes da 
camada final do aterro; c) classificação MCT, conforme DER M196, através dos 
ensaios de mini-MCV, conforme DER M191, e perda de massa por imersão, conforme 
DER M197; uma determinação para cada grupo de quatro amostras submetidas ao 
ensaio de compactação, para o material da camada final, último 1,0 m de aterro; d) 
análise granulométrica conforme NBR 7181 para todo o corpo de aterro e camada 
final, uma determinação para cada grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de 
compactação. 
 
46 
 
4.8.2 Execução 
O controle da execução é realizado através de ensaios e verificações in situ, 
conforme especificado abaixo: a) determinação do teor de umidade com umidímetro 
speedy conforme DER M145 ou similar, imediatamente antes da compactação do 
material, a cada 150 m², a umidade deve estar compreendida no intervalo de ± 3% e ± 
2%, da umidade ótima para o corpo do aterro e da camada final, respectivamente; b) 
determinação da densidade aparente seca máxima e umidade ótima, conforme NBR 
7182, a cada 1.500 m² de um mesmo material do corpo de aterro e a cada 750 m² de 
um mesmo material das camadas finais de aterro; c) determinação da massa específica 
aparente in situ conforme NBR 7185 e da umidade in situ conforme DER M145 ou 
similar, na profundidade mínima de 75% da espessura da camada, imediatamente após 
a compactação, e determinação do grau de compactação em relação aos valores 
obtidos no item b, uma determinação a cada 350 m² de camada compactada do corpo 
de aterro e a cada 250 m² de camada final de terraplenagem; d) verificação da 
espessura do material solto lançado no aterro, e acompanhamento do número de 
passadas do equipamento, ida e volta. A espessura solta e compactada deve ser igual à 
estabelecida pela fiscalização. O número de passadas do equipamento é definido em 
função do tipo de equipamento utilizado, das características geotécnicas do material e 
do grau de compactação exigido para a respectiva camada, O número de passadas deve 
ser constante para camadas similares. 
4.8.3 Geométrico 
a) Controle de Espessura e Cotas: A espessura da camada e as diferenças de 
cotas devem ser determinadas pelo nivelamento da seção transversal, a 
cada 20 m, conforme nota de serviço. A relocação e o nivelamento do 
eixo e das bordas devem ser executados a cada 20 m; devem ser nivelados 
os pontos no eixo, bordas e dois pontos intermediários. O acabamento 
quanto à declividade transversal e a inclinação dos taludes devem ser as 
indicadas em projeto, as verificações devem ser realizadas pela 
executante e conferidas pela fiscalização desde o início e até o término 
47 
 
das operações, de modo a permitir as correções eventualmente 
necessárias; 
b) Controle de Largura e Alinhamentos: A verificação do eixo e das bordas 
deve ser feita durante os trabalhos de locação e nivelamento, nas diversas 
seções correspondentes às estacas da locação. A largura da plataforma 
acabada deve ser determinada por medidas à trena, executadas pelo 
menos a cada 20 m. 
4.9 Aceitação 
Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam 
simultaneamente as exigências de materiais, e de execução, estabelecidas nesta 
especificação, discriminadas a seguir. 
4.9.1 Materiais 
Os constituintes do aterro devem ser aceitos quanto ao CBR desde que: - a 
análise estatística dos resultados de CBR realizada de acordo com a equação 3 do 
anexo B, para conjunto de no mínimo quatro e no máximo dez amostras, apresentem 
CBR iguais ou superiores ao especificado em projeto, no mínimo iguais a 2%, quando 
se tratar do corpo do aterro, e para camada final do aterro atenda ao especificado no 
item 5.3; - os valores individuais da expansão devem ser < 4%; para corpo de aterro e 
≤ 2% para camada final; ou atender às especificadas em projeto, nunca superiores às 
fixadas nesta especificação; - os materiais da camada final devem pertencer aos grupos 
da classificação MCT, especificados em projeto. 
4.9.2 Grau de Compactação 
O grau de compactação e umidade do material é aceito desde que: a) não se 
obtenham, para as camadas do corpo de aterro, valores individuais de grau de 
compactação inferiores 95%, e

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