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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA ALEUCÊMICA DE IMUNOFENÓTIPO T EM CÃO – RELATO DE CASO BELEZINI, Luís Felipe¹; REZENDE Lia Gonçalves ²; RUBENS, Natally Spagnol3; SUEIRO, Felipe Augusto Ruiz4; JARK, Paulo Cesar5. ¹discente no Centro Universitário Moura Lacerda (CUML) ²médica Veterinária – Laboratório Petcell – Ribeirão Preto – SP 3técnica em enfermagem e auxiliar veterinária – Qualivet – Ribeirão Preto - SP 4médico Veterinário – Laboratório VETPAT – Campinas - SP 5professor, Médico Veterinário Onccarevet/Onconnectionvet – Ribeirão Preto – SP A leucemia linfocítica crônica (LLC) é definida como uma proliferação clonal anormal de linfócitos maduros na medula óssea, acompanhada normalmente por linfocitoses em sangue periférico. Acomete animais idosos e os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentarem sinais inespecíficos como emagrecimento, apatia, hiporexia. Apesar de ser considerada uma das principais leucemias em cães a sua forma aleucêmica é pouco descrita, sendo caracterizada pelo envolvimento medular, sem alterações na contagem de linfócitos na circulação. Descreve-se um caso, de um cão, macho, Border Collie, de 9 anos, atendido por colega com histórico de apatia e hiporexia e exames laboratoriais demonstrando anemia arregenerativa, trombocitopenia e leucócitos normais. O veterinário responsável pelo caso inicialmente suspeitou de Erliquiose, realizou tratamento, porém sem sucesso. Foi encaminhado para realização de mielograma que evidenciou a presença de medula hipercelular, composta 95% por linfócitos maduros, com hipoplasia de série granulocítica, eritróide e megacariocítica, sugerindo um quadro de LLC aleucêmica, pela ausência de linfocitose em sangue periférico. A diminuição de eritrócitos e plaquetas foi correlacionado com o quadro de mielofitise secundária a leucemia. Após o diagnóstico de LLC, as lâminas de mielograma foram encaminhadas para exame de PCR para rearranjo genético de receptor de antígeno (PARR) para testar a clonalidade e o imunofenótipo das células envolvidas, sendo indicativo de LLC de linfócitos T. O paciente foi tratado com quimioterapia a base de clorambucil e prednisona, houve melhora significativa e normalização da contagem de hemácias e plaquetas após 30 dias de tratamento. Após 45 dias foi realizada nova coleta de medula óssea evidenciando melhora no quadro com redução da contagem de linfócitos na medula óssea para 42%, sendo dessa forma mantido o tratamento. Assim como descrito na literatura a LLC normalmente acomete animais idosos, é caracterizada pelo aumento superior a 30% de linfócitos na medula óssea e 89% são de imunofenótipo T conforme relatado no presente caso. A apresentação aleucêmica é pouco descrita na literatura e reforça a importância do mielograma em casos de anemias e trombocitopenias sem causas definidas. Palavras-chave: Distúrbios linfoproliferativos; Mielograma; Oncologia.