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Organização da Educação Brasileira / Legislação Educacional / Políticas Educacionais.

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1. Organização da Educação Brasileira 
 A legislação educacional no Brasil, teve um grande avanço com a 
promulgação da "constituição cidadã" em 1988 que dedicou um capítulo para a 
educação pública, assegurando o direito à educação básica de qualidade e 
ampliando a autonomia dos Municípios. 
 Dessa forma, em consonância com a Constituição Federal, a LDB nº 
9394/96, regulamenta o ensino público e privado no Brasil, inclusive determina 
que a Educação básica é constituída pela Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio. A referida Lei, além de regulamentar, estabelece 
princípios e define responsabilidades quando trata da organização da educação 
básica, conforme o artigo 8º: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de 
ensino”. 
 Dessa forma, compete aos Estados, entre outras atribuições, ofertar o 
Ensino Médio e definir com os Municípios as formas de colaboração na oferta 
do ensino Fundamental. Já aos Municípios coube a oferta da Educação Infantil 
em creches e pré-escolas e o Ensino Fundamental I. 
Para compreender como a Educação brasileira se organizou histórica e 
socialmente ao longo dos anos,seu contexto convidamos você para assistir 
o vídeo: Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=EWkjpf1vkzc> 
acesso em 30 nov 2018. 
2. Legislação e Políticas Educacionais 
 Assim como a LDB é norteadora da educação, existem políticas públicas 
importantes que devem ser estudadas, a mais abrangente atualmente é o 
Plano Nacional de Educação (PNE). 
 O PNE estabelece diretrizes, metas estruturantes e estratégias para o 
desenvolvimento da educação básica brasileira. Com a efetivação do PNE os 
índices de desigualdade educacional diminuíram. 
 Para (SAVIANI, 1987), “A compreensão do sistema educacional brasileiro 
exige que não se perca de vista a totalidade social da qual ela faz parte”. Essa 
concepção ampla de educação proporciona a reflexão acerca das questões 
sociais, políticas e econômicas as quais proporcionam o debate e a elaboração 
de políticas públicas que atendam às necessidades da população. 
https://www.youtube.com/watch?v=EWkjpf1vkzc
Para suscitar o debate e reflexões, sugerimos que assista este vídeo, 
pois, apresenta uma discussão acerca do PNE e demais políticas 
públicas educacionais: Disponível 
em:<http://www.youtube.com/watch?v=VEoy__m5Zu4> Acesso em 30 nov 
2018. 
 O fato é que, mesmo com a abertura democrática e apesar do investimento 
em políticas educacionais a partir da década de 90, quando foram criados os 
seguintes programas educacionais: Programa Nacional de Alfabetização na 
Idade Certa (PNAIC), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação 
(FNDE), Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), as políticas 
educacionais ainda precisam de ajustes e de inovações para que atinjam o maior 
número de cidadãos. 
 Percebe-se que muitas Políticas Públicas educacionais implantadas nos 
governos FHC e Lula não são conhecidas pela sociedade, são limitados a 
educadores e políticos. Dessa forma, percebemos que é necessária a 
transparência na divulgação de tais políticas, bem como de seus resultados e 
abrangência são fundamentais para manter a população esclarecida acerca do 
que acontece na educação brasileira. 
 
Fonte: Disponível em:< http://nepfhe-educacaoeviolencia.blogspot.com/2012/08/caos-e-
educacao.html> Acesso em: 19 Set. 2018. 
 A imagem aponta possíveis causas do baixo rendimento dos alunos, tais como: 
falta de investimento, baixo salário dos professores, escolas sucateadas, professores 
http://www.youtube.com/watch?v=VEoy__m5Zu4
http://www.youtube.com/watch?v=VEoy__m5Zu4
e estudantes desmotivados. Salientamos que o baixo rendimento é uma questão 
complexa de ser analisada, afinal investimentos e políticas públicas existem, porém, 
precisam de constante atualizações. 
 
Para refletir: 
Porque a Constituição de 1988 é chamada de "Constituição cidadã? 
Como o PNAIC se efetiva, na prática, na sua região? 
 
RESUMO 
 Nesse capítulo estudamos que Educação básica no Brasil é constituída pela 
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Estudamos que a 
Constituição de 1988 é chamada de " constituição cidadã" e que a LDB nº 9394/96 
é a Lei que regulamenta a educação no Brasil. E que existem diversas Políticas 
Públicas voltadas para a melhoria da educação brasileira. 
 
REFERÊNCIAS: 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de 
dezembro de 1996. 
Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. 
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 17ª Ed. São Paulo: Autores associados, 
1987. 
 
 1. Um país em construção 
 Ao estudarmos a organização da Educação Brasileira, a Legislação Educacional 
e as Políticas Educacionais, é imprescindível que tenhamos uma noção mínima 
acerca dos aspectos econômicos, políticos e sociais referentes ao período da 
elaboração das Leis que fundamentaram Educação no Brasil. 
Para compreender melhor esse contexto, convidamos você a assistir o vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=ygD4LdpY7ec 
 Somente quatrocentos anos após o descobrimento do Brasil, após um longo 
período de tramitação envolvendo facetas e tensões na educação nacional e no 
Brasil como um todo. Em 1946, com o a primeira Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional foi elaborada. Tal Lei foi discutida num contexto de 
redemocratização e reorganização do Brasil que ocorreu após a queda do Estado 
Novo (1937-1945) considerada como "Era Vargas". Porém, somente em 1961, ela 
foi promulgada com o n° 4.024 e foi reformulada duas vezes: pela Lei nº 5.692/1971 
e pela Lei nº 9.394/1996. Ficou nítido que a Lei 4024/61 atendia aos objetivos do 
governo militar. 
 A LDB atual prevê a gestão democrática do ensino, estipulando que tanto 
professores, funcionários, gestão como a comunidade escolar devem participar da 
elaboração da proposta pedagógica da escola, abrindo espaço para o 
compartilhamento dos problemas educacionais e para busca de soluções de forma 
participativa entre a comunidade e a escola. 
Observe no quadro algumas diferenças entre as leis: 
Lei nº 4024/61 Lei nº 5692/71 Lei nº 9394/96 
* Ensino primário- duração 4 
anos. 
*Para avançar do primário 
para o Ginásio era preciso 
fazer uma prova para 
admissão. 
*Ciclo ginasial- 4 anos. 
*Junção do primário com 
ginásio sem prova de 
admissão. 
*Ensino de 1º grau- duração 8 
anos. 
 
*Ensino Fundamental com 
duração de 9 anos. 
* Educação básica- da creche 
ao Ensino Médio. 
Fonte: FERNANDES,V. (2018). 
 
Para exercitar: 
1) Elabore um quadro comparativo com as mudanças e avanços na educação 
brasileira a partir das leis 5692/71 e 9394/96. 
Sobre a história da LDB, leia o texto disponível em: 
< http://www.revistaeducacao.com.br/historia-da-ldb/> 
https://www.youtube.com/watch?v=ygD4LdpY7ec
http://www.revistaeducacao.com.br/historia-da-ldb/
http://www.revistaeducacao.com.br/historia-da-ldb/%3E
 
2. Políticas Educacionais 
 Para dar suporte à LDB e às demandas educacionais, foi criado o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), cujos recursos 
eram oriundos das receitas dos impostos e das transferências dos Estados, Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Em 2006 o Fundef foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Um plano 
de natureza contábil, com maior abrangência estendeu recursos Federais a toda 
Educação Básica brasileira. 
 Dessa forma, a Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional é o parâmetro 
regulatório da estrutura e organização do sistema Educacional Brasileiro. Devemos 
observar, que toda esta estrutura é perpassada pelo conceito 
de responsabilização, oqual pressupõe a noção de que a sociedade civil é 
responsável por fiscalizar o cumprimento da Lei. 
Para aprender um pouco mais sobre o Fundeb, acesse o link: 
<http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/fundeb-apresentacao> 
3. Avaliação 
 A avaliação passou a ser vista num processo democrático. Assim, deixou de 
servir apenas para quantificar, reprovar ou não. Ela passa a ter um 
caráter formativo, voltado ao diagnóstico e às questões de aprendizagem, 
subsidiando o professor em relação aos avanços e e retrocessos da 
aprendizagem. Nesse sentido, sobre avaliação escolar, a LDB nº 9394/96 no artigo 
24 , V aponta que “ A verificação do rendimento escolar observará critérios: 
avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos 
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período 
sobre os de eventuais provas finais”. Isso significa que a avaliação serve 
principalmente como instrumento de acompanhamento do processo de 
aprendizagem. 
http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/fundeb-apresentacao
http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/fundeb-apresentacao%3E
 
Fonte:<https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKE
wi2-
ree_P7eAhWHD5AKHQDEDFcQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Feasvngaia.blogspot.com%2F
2015%2F04%2Fnotas-escolares-2-
periodo.html&psig=AOvVaw06W8GQcY2oNKne6MBvXB28&ust=1543765345342187> acesso em 
01 dez 2018. 
 
RESUMO 
 Nesse capítulo você aprendeu que é importante compreender o contexto em que 
as Leis que regem a Educação Brasileira foram criadas para que possa entender o 
processo de organização educacional no país. 
 Você viu também, que para dar suporte às mudanças e atender às demandas 
sociais, foram criadas Políticas Públicas para atender as demandas e proporcionar 
uma melhoria da qualidade da educação estabelecendo metas por meio do Fundeb 
e demais planos governamentais. 
 Aprendemos que a avaliação não deve ser uma forma de quantificação da 
aprendizagem e após a LDB 9394/96 ela passou a ser formativa, na qual o aluno é 
visto como sujeito de sua aprendizagem e acompanhado/mediado por professores. 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi2-ree_P7eAhWHD5AKHQDEDFcQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Feasvngaia.blogspot.com%2F2015%2F04%2Fnotas-escolares-2-periodo.html&psig=AOvVaw06W8GQcY2oNKne6MBvXB28&ust=1543765345342187
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi2-ree_P7eAhWHD5AKHQDEDFcQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Feasvngaia.blogspot.com%2F2015%2F04%2Fnotas-escolares-2-periodo.html&psig=AOvVaw06W8GQcY2oNKne6MBvXB28&ust=1543765345342187
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi2-ree_P7eAhWHD5AKHQDEDFcQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Feasvngaia.blogspot.com%2F2015%2F04%2Fnotas-escolares-2-periodo.html&psig=AOvVaw06W8GQcY2oNKne6MBvXB28&ust=1543765345342187
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi2-ree_P7eAhWHD5AKHQDEDFcQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Feasvngaia.blogspot.com%2F2015%2F04%2Fnotas-escolares-2-periodo.html&psig=AOvVaw06W8GQcY2oNKne6MBvXB28&ust=1543765345342187
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi2-ree_P7eAhWHD5AKHQDEDFcQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Feasvngaia.blogspot.com%2F2015%2F04%2Fnotas-escolares-2-periodo.html&psig=AOvVaw06W8GQcY2oNKne6MBvXB28&ust=1543765345342187
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de 
dezembro de 1996. 
Ministério da Educação e da Cultura. Disponível 
em:<http://portal.mec.gov.br/institucional/historia> acesso em 01 dez. 2018. 
1. Organização da Educação Brasileira 
 Conforme estudamos a atual LDB , em seu artigo 21 menciona que “A educação 
escolar compõe-se das seguintes etapas: Educação Básica composta pela Educação 
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. E o Ensino Superior” que oferta cursos 
sequenciais de graduação, pós-graduação, especialização (lato sensu) , mestrado e 
doutorado (stricto sensu). Como podemos verificar na imagem que reflete a 
educação básica: 
 
Fonte<https://www.google.com.br/urlsa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEw
jQr4vyhf_eAhXBkZAKHQDqBcIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslid
e%2F2990911%2F&psig=AOvVaw1wOoTG11Ui-OlB4d95Cl53&ust=1543767945060771> Acesso 
em 01/dez.2018. 
BNCC<PCN< DCN 
2. Políticas Públicas e legislação Educacional 
Questões sociais e educacionais tiveram destaque nas últimas décadas no Brasil. 
Dessa forma, como já estudamos, para suprir as demandas educacionais e sociais 
foram elaboradas políticas Públicas para proporcionar uma melhoria da qualidade 
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjQr4vyhf_eAhXBkZAKHQDqBcIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslide%2F2990911%2F&psig=AOvVaw1wOoTG11Ui-OlB4d95Cl53&ust=1543767945060771%3E
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjQr4vyhf_eAhXBkZAKHQDqBcIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslide%2F2990911%2F&psig=AOvVaw1wOoTG11Ui-OlB4d95Cl53&ust=1543767945060771%3E
https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjQr4vyhf_eAhXBkZAKHQDqBcIQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslide%2F2990911%2F&psig=AOvVaw1wOoTG11Ui-OlB4d95Cl53&ust=1543767945060771%3E
da educação. Entre elas estão documentos elaborados para complementar a LDB e 
garantir a qualidade e dar direcionamento para a educação: Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e as Diretrizes 
Curriculares nacionais (DCN) para cada etapa da educação Básica. Em consonância 
estão o PRONATEC, 
 Como resultados positivos do PNAIC e da LDB, percebemos que "nos últimos 
anos mudanças importantes ocorreram na educação básica: a matrícula obrigatória 
no ensino fundamental a partir de 6 anos completos; e a obrigatoriedade de 
matrícula/frequência escolar dos 4 aos 17 anos de idade. (Portal do MEC). 
Para refletirmos: 
a) Como a escola se baseia legalmente para cumprir sua função social? 
b) As escolas no seu Município conseguem manter a organização curricular e a 
qualidade estabelecida na LDB, no PNAIC e nos PCN? 
 Entendemos a escola como um espaço de diversidade cultural, de troca e 
construção do conhecimento. Por isso o espaço deve ser democrático e participativo, 
para que ofereça condições dessa troca de saberes. Por isso destacamos a 
importância que o Governo tem em relação à elaboração e adequação das Políticas 
públicas, para que não visem apenas a interesses financeiros de grupos educacionais 
e de favorecimentos ilícitos. Da mesma forma que é importante a transparência e a 
avaliação para que a população possa acompanhar o andamento e a efetivação das 
Políticas. 
Assista o vídeo a seguir para ajudá-lo a refletir sobre a importância da avaliação 
das Políticas Públicas no Brasil: http://www.youtube.com/watch?v=LsT21yPiTQA 
 Dessa forma, concordamos com GADOTTI (1984) quando aponta que: "O 
governo precisa ter clareza sobre que tipo de cidadão se deseja formar por meio do 
ensino, pois a cada modelo de Estado também corresponde uma proposta de 
educação, uma vez que todo projeto educativo, todo discurso educativo veicula uma 
imagem de homem, uma visão de homem que se pretende construir". 
 
RESUMO 
 Nesse capítulo você aprendeu que a Educação brasileira se divide em Educação 
básica e Ensino Superior. A Educação básica é constituída pela Educação Infantil, 
Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio além de ofertar as 
http://www.youtube.com/watch?v=LsT21yPiTQA
http://www.youtube.com/watch?v=LsT21yPiTQA
http://www.youtube.com/watch?v=LsT21yPiTQA
seguintes modalidades: Educação Escolar Indígena, Educação de Jovens e de 
Adultos, Educação a Distância, Educaçãodo Campo e Educação Profissional. E o 
Ensino Superior que oferta cursos sequenciais de graduação, pós-graduação, 
especialização (lato sensu) , mestrado e doutorado (stricto sensu). 
 Também teve a possibilidade de refletir acerca da questão da importância da 
fiscalização, transparência e avaliação das Políticas Públicas no país, por parte da 
população e de seus representantes. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GADOTTI, Moacir. A educação contra a educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. 
http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/programas-e-acoes 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
• Conceitos Gerais sobre a Administração; 
• A Gestão Educacional no contexto da história da 
educação; 
• A Gestão Educacional e as Políticas educacionais; 
• Os princípios da gestão democrática e participativa; 
• A Gestão democrática e participativa no contexto 
educacional, social e econômico. 
 
 
A gestão escolar democrática e participativa, sua relação com a comunidade e 
as políticas educacionais 
 Somos conformistas 
de algum conformismo, somos sempre 
homens- massa 
ou homens coletivos. (...) O problema é o seguinte: qual é o 
tipo histórico de 
conformismo e de homem-massa do qual fazemos 
parte? (Gramsci
) 
A educação deve ser compreendida a partir de um contexto 
histórico e social que expressam concepções diferentes sobre a 
ideia de homem, mundo e sociedade. Desta forma, para falar 
sobre gestão escolar e políticas educacionais é necessário 
compreender e contextualizar o momento histórico e social onde 
estão presentes intenções, concepções e ideologias. 
Ao falar em gestão, estamos entrando no campo da administração educacional. 
Para compreender a administração educacional é fundamental entender os 
conceitos e origem da administração geral. 
A administração, enquanto ciência, possui suas origens no início do século XX a 
partir dos estudos de Taylor e, logo em seguida, dos estudos de Fayol. Os 
estudos destes dois pensadores constituíram o que chamamos hoje de 
administração científica. 
 
http://groupfaevi.blogspot.com.br/2012/05/teoria-da-administracao-
cientifica.html 
 
A partir deste período, muitos estudiosos se interessaram em estudar o mundo 
organizacional e muitas teorias surgiram. Essas teorias podem ser resumidas da 
seguinte forma: 
Teoria Clássica – ênfase na divisão de trabalho, na estrutura organizacional, na 
disciplina perante as normas e regras e busca máxima pela eficiência. 
Teoria Burocrática – ligada por normas e regulamentos previamente 
estabelecidos e escritos, o poder é racional, divisão sistemática do trabalho. 
http://groupfaevi.blogspot.com.br/2012/05/teoria-da-administracao-cientifica.html
http://groupfaevi.blogspot.com.br/2012/05/teoria-da-administracao-cientifica.html
Teoria das Relações Humanas – ênfase nas pessoas, influência do fator 
psicológico na produtividade e as relações humanas e a cooperação constituem 
a chave para evitar o conflito social. 
Teoria Comportamental – ênfase no comportamento individual das pessoas, 
preocupação com o comportamento organizacional, estudo do comportamento 
humano (teoria de Maslow). 
Teoria de Sistemas – busca a análise da natureza dos sistemas e da interrelação 
entre eles em diferentes espaços. Todas as partes de um sistema estão 
interrelacionadas dando suporte para a integridade deste. 
Teoria Contingencial – visão relativista e contingencial das organizações. 
Todas as teorias da administração estão associadas a momentos históricos, 
sociais e econômicos. Historicamente, a administração, vem se afirmando no 
âmbito da educação. 
No início do século XX predominava uma administração centralizadora e 
hierarquizada. No contexto da educação não era diferente a forma de 
administrar, condicionada pela política econômica e cultura dominante. Desta 
forma, até meados do século XX, cabia à base da pirâmide do sistema 
educacional cumprir os planejamentos pedagógicos impostos pelo topo da 
pirâmide, sem nenhuma participação. 
Entre as décadas de 1950 e 1960, a organização e administração educacional 
sustentavam-se nos poderosos movimentos internacionais da administração, a 
luz de uma lógica econômica. A Teoria do Capital Humano desenvolvida por 
Theodore W. Schultz nos anos de 1956-1957 tem como princípio, transformar 
pessoas em capital para as empresas, tornando a educação um diferencial na 
competitividade. 
Neste período, a gestão educacional teve como base os princípios econômicos 
(de mercado). Uma gestão que buscou, por meio de estratégias, processos, 
programas e políticas, interferir e modificar a percepção, as escolhas e atitudes 
dos indivíduos em relação a suas próprias vidas e dos seus pares, 
estabelecendo, cada vez mais, relações de concorrência entre si. 
 
http://mariacuenaeducacionysociedad.blogspot.com.br/2013/04/teoria-del-
capital-humano.html 
 
Após meados da década de 1980 e década de 1990, inicia-se o período de 
redemocratização da educação e também da sociedade, no Brasil. Durante toda 
a década de 1980 ocorreu uma dura travessia da ditadura à redemocratização. 
Segundo Frigotto e Ciavatta (2006 apud Pinto 2011, p. 28) durante essa década 
houve muitos embates entre as frações de classe da burguesia brasileira 
(industrial, agrária e financeira) e seus vínculos com a burguesia mundial e 
destas em confronto com a heterogênea classe trabalhadora e os movimentos 
sociais que se desenvolveram em seu interior. 
Novas políticas públicas passam a contemplar a descentralização administrativa 
e uma gestão escolar mais participativa. 
A Constituição Federal de 1988 prevê uma gestão escolar democrática no seu 
Art. 206, inciso VI. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, segue os mesmos princípios estabelecidos na Constituição Federal de 
1988 e trata no artigo 3º, inciso VIII que o ensino será ministrado com uma gestão 
democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas 
de ensino. No artigo 14º, incisos I e II trata da participação dos profissionais da 
educação na elaboração da proposta pedagógica e a participação das 
comunidades escolar e local, em conselhos escolares ou equivalentes. E, por 
fim, no artigo 15º serão assegurados às escolas progressivos graus de 
http://mariacuenaeducacionysociedad.blogspot.com.br/2013/04/teoria-del-capital-humano.html
http://mariacuenaeducacionysociedad.blogspot.com.br/2013/04/teoria-del-capital-humano.html
autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira por parte dos 
sistemas de ensino. (BRASIL, 1996). 
 
 
http://grupounopar8.blogspot.com.br/ 
 
Na década de 1990 surge a globalização que transcende aspectos econômicos 
e invade as dimensões políticas, sociais, culturais e educacionais. Esta década 
é demarcada pela ideia de livre mercado, competitividade, produtividade, 
reestruturação produtiva e tecnologia. De acordo com Frigotto e Ciavatta (2006 
apud Pinto, 2011, p. 28) praticamente desaparecem nas reformas educativas 
efetivadas pelo governo em vigor, expressões como: educação integral, 
omnilateral, laica, unitária, politécnica ou tecnológica e emancipatória e ganha 
espaço o ideário da polivalência, da qualidade total, das competências, do 
cidadão produtivo e da empregabilidade. 
Segundo Pinto (2011, p. 26), as pessoas voltam a ser um diferencial no mercado 
de trabalho, porém dentro de uma nova lógica. As propostas, do ponto de vista 
do empresariado, retomam a Teoria do Capital Humano que, com um discurso 
mais humanizador, tem por objetivo a subordinação do trabalhador ao capital. 
Essa lógica partedas competências individuais para lidar com a nova realidade. 
Neste contexto as políticas educacionais evoluem juntamente com os 
paradigmas gerenciais, buscando a qualidade educacional com a participação 
dos atores que se encontram no cotidiano da escola. 
 
http://grupounopar8.blogspot.com.br/
O Estado passa a permitir e incentivar a coexistência de várias formas de 
gerenciamento escolar, aparentemente mais democráticas. Algumas 
experiências ocorrem com o gerenciamento da escola pública por entidades 
privadas. Desse modo, a indicação política de diretores escolares perde a 
primazia e dá espaço à maior participação da comunidade na seleção de 
diretores escolares e na condução do nível de qualidade do processo 
educacional. São criados colegiados ou conselhos escolares com poder 
deliberativo e “autonomia” para tomar certas decisões no âmbito da escola; são 
permitidas eleições de diretores; são ativadas as participações de pais, líderes 
comunitários; são realizadas experiências com concurso público (de provas e 
títulos) e cursos-concurso para diretores; dentre outros. Começa-se a discutir a 
importância da preparação de diretores escolares que incentivem a participação 
das comunidades escolar e local e atendam à legislação vigente. (FREITAS, 
2000, p. 48) 
 
Porém, há de fato uma participação efetiva de todos os atores da educação ou 
somente uma participação técnica sem muito envolvimento nas questões 
políticas internas e externas da escola? 
A partir da década de 1990, mudanças ocorrem na organização do trabalho, na 
economia e também nas atribuições e responsabilidades do Estado que passa 
a ser concebido em torno do princípio do Estado Mínimo. O Estado Mínimo é 
entendido como aquele que atua de forma mínima nas questões sociais, políticas 
e econômicas, promovendo as privatizações. Essas orientações, no âmbito 
educacional promovem muitas transformações, entre elas, as formas de gestão, 
possibilitando os mecanismos de descentralização (municipalização) e novas 
formas de controle por parte do poder central através dos instrumentos nacionais 
de avaliação. 
Neste conjunto de mudanças, vivencia-se, com a participação de organismos 
multilaterais (ONU, UNESCO, OCDE, OMS, BIRD, FMI) um conjunto de medidas 
que alteram o panorama da educação básica e superior no Brasil. 
A gestão da educação neste contexto passa a articular a educação e a escola 
às novas determinações da mundialização dos mercados. Ao ser reajustada 
para ganhar mais eficiência e eficácia a fim de formar um cidadão competente e 
competitivo, a gestão da educação está a serviço da acumulação capitalista e 
não mais ao processo democrático. 
O novo conceito de gestão educacional adota orientações mais flexíveis, de 
administração descentralizada, autônoma e participativa e de redefinição das 
relações entre esferas públicas e privadas. É adotado então um modelo de 
gestão gerencial onde os sujeitos colaboram e participam a partir de objetivos 
definidos previamente, garantindo ações de controle e de um processo que se 
intitula democrático a partir da colaboração. 
Desta forma, a democratização que se propõe, está mais relacionada a uma 
responsabilização dos atores locais pelo sistema da educação com a 
descentralização, atuação mínima do Estado e maior controle do mesmo através 
de processos de avaliação em todos os níveis da educação. 
Sob esta ótica, o que prevalece é a competição e iniciativa individual, 
favorecendo os critérios de mercado, como eficácia, produtividade, 
competitividade e consumismo. 
Ainda sob está lógica, a escola passa a ser considerada uma empresa como 
outra qualquer, o aluno passa a ser um cliente consumidor e a eficiência e 
qualidade deve ser garantida nos serviços prestados. Assim, os valores são 
guiados muito mais pelas demandas dos usuários do que por compromissos 
públicos, regras comuns e interesses coletivos. 
O grande interesse pela avaliação do sistema educacional a partir de meados da 
década de 1980 é compreendido pelas políticas de um “Estado Avaliador”, ou 
seja, um Estado que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento 
econômico e social pela via da produção de bens e serviços, mas que precisa 
controlar dentro de um modelo administrativo gerencial, promovendo reformas 
educacionais visando a excelência, eficácia, eficiência, competitividade e 
produtividade. 
[...] diminuir as despesas públicas exigiu não só a adoção de uma cultura 
gestionária (ou gerencialista) no setor público, como induziu a criação de 
mecanismos de controlo e responsabilização mais sofisticados. A avaliação 
aparece assim como um pré-requisito para que seja possível a implementação 
desses mecanismos. Aliás, sem objetivos claros e previamente definidos não é 
possível criar indicadores e medir as performances dos sistemas numa época 
que se caracteriza pela exigência de acompanhamento dos níveis de educação 
nacional e pela necessidade de manter e criar altos padrões de inovação 
científica e tecnológica para enfrentar a competitividade internacional. 
(AFONSO, 2009, p. 49) 
 
Surge uma nova concepção de qualidade mais pragmática, pautada em um bem 
de consumo materializado ou um bem social e vazia de elementos políticos e 
filosóficos. 
 
 
http://gestaoescolar.abril.com.br/administracao/gerir-escola-como-empresa-
690230.shtml 
 
É possível uma gestão democrática e participativa? 
[...] Será o conhecimento o elemento necessário para transformar a realidade o 
ideal da emancipação humana, em conjunto com uma firme determinação e 
dedicação dos indivíduos para alcançar, de maneira bem-sucedida, a auto-
emancipação da humanidade, apesar de todas as adversidades, ou será, pelo 
contrário, a adoção pelos indivíduos, em particular, de modos de comportamento 
que apenas favorecem a concretização dos objetivos reificados do capital? 
(MÉSZÁROS, 2008, p. 47) 
 
A gestão educacional pode ser diferente. Ela pode ser diferente se a concepção 
de gestão educacional estiver alicerçada em valores e concepções de formação 
humana e sociocultural. Ou seja, depende da concepção de educação e do 
projeto educativo e de sociedade que se pretende implantar. 
Os princípios da gestão escolar democrática e participativa discutidas, por 
alguns grupos, no momento de redemocratização do país na década de 1980 
pautavam-se na: descentralização; autonomia; participação representativa; 
http://gestaoescolar.abril.com.br/administracao/gerir-escola-como-empresa-690230.shtml
http://gestaoescolar.abril.com.br/administracao/gerir-escola-como-empresa-690230.shtml
relação direção, membros da equipe escolar e comunidade; planejamento; 
formação continuada; análise de cada problema em seus múltiplos aspectos; 
avaliação compartilhada. Porém, esses princípios estavam baseados nas 
relações humanas produtivas e criativas, assentadas em uma busca de objetivos 
comuns e de forma politizada. 
As políticas educacionais e as reformas legislativas têm incorporado a 
democratização da gestão escolar, porém a participação de toda a equipe 
escolar e comunidade ainda não é efetiva nas decisões administrativas, 
financeiras e pedagógicas. Essas pessoas estão inseridas em uma organização 
escolar e um sistema educacional que pouco espaço lhe oferecem para 
participar de forma ativa e com efetivo envolvimento. As políticas educacionais 
não são construídas com o envolvimento efetivo de todos. Desta forma, elas 
chegam até a escola para serem apenas implementadas e fiscalizadas. 
Em meio às políticas educacionais a partir da década de 1990, temos observado 
a implantação dos órgãos colegiados nas escolas públicas com várias funções 
visando uma gestão educacional descentralizada, proporcionado a 
responsabilidade participativa, aumentando a autonomia das decisões no âmbito 
da escola. Porém, para que a democratização aconteça de fato e a escola tenha 
mais poder e autonomia, o gestor e membros internos da escolaprecisam estar 
efetivamente envolvidos no processo. 
Quando se fala em maior autonomia para a escola, é permitir à escola a 
elaboração e gestão dos seus planos, programas e projetos; oferecer os 
recursos necessários para o funcionamento efetivo e com qualidade; possibilitar 
à escola que, a partir de diretrizes gerais e nacionais, busque novas 
possibilidades de ensino, adaptação à sua realidade e inovação. 
A implantação dos órgãos colegiados na educação promove uma nova prática 
do exercício do poder que deixa de ser centralizador e passa a ser mais 
participativo, permitindo que diferentes setores da sociedade possam contribuir 
e participar da gestão escolar de forma democrática e institucionalizada. 
É importante ressaltar que, a institucionalização dos órgãos colegiados não 
acontece apenas no âmbito da escola, mas também em todo o sistema 
educacional, a fim de garantir o exercício da democracia. 
 
 
http://pnld.moderna.com.br/ 
 
A comunicação clara, transparente e aberta entre todos os integrantes da 
comunidade escolar e local é peça fundamental para o exercício da autonomia 
e participação de todos de forma efetiva. 
 
A construção coletiva se faz na participação, ou seja, quando se compreende e 
se incorpora que participar consiste em ajudar a construir comunicativamente o 
consenso quanto a um plano de ação coletivo. E isso só é possível mediante o 
diálogo e o respeito, que podem ocorrer e permanecer até nos confrontos que 
são divergências necessárias a novas sínteses superadoras de compreensão. 
(FERREIRA, 2006, p. 173) 
 
No contexto de uma democracia o desenvolvimento dos educandos precisa 
acontecer em uma cultura participativa, com valores éticos, de solidariedade e 
atitudes coletivas na resolução de problemas. 
O Planejamento também é outro fator importante a ser considerado no processo 
democrático. Também necessita ser participativo, construído coletivamente. O 
projeto político pedagógico da escola precisa ser pensado, analisado e discutido 
por todos os envolvidos no processo educacional, incluindo desta forma os pais, 
responsáveis e o entorno da escola. 
E a relação com a comunidade? Como acontece no contexto democrático? A 
participação da comunidade (pais, responsáveis e entorno da escola) precisa 
http://pnld.moderna.com.br/
acontecer nas decisões, escolhas, construção dos projetos e, mais do que isso, 
na vivência dentro do cotidiano escolar, colaborando, exercendo o papel de 
cidadão e também aprendendo. É muito importante e significativo que a escola 
e demais instituições educacionais nos diversos níveis escolares (básico e 
superior), proporcione o desenvolvimento educacional e cultural do seu entorno. 
A escola precisa ter ações essencialmente educativas. 
A gestão democrática precisa estar pautada na convivência e no respeito às 
diferenças em prol do estabelecimento de espaços de discussão e crescimento 
coletivo. 
Outra questão importante a ser discutida no processo democrático é a formação 
dos profissionais da educação. Uma formação continuada que dê condições a 
estes profissionais de participarem de forma crítica e consciente das discussões 
e implementação das políticas públicas e educacionais. É imprescindível pensar 
na formação dos profissionais da educação, pois nela estão as possibilidades de 
formar cidadãos também conscientes, críticos, participativos e responsáveis com 
a sociedade. 
 
A teoria materialista de que os homens são produtos das circunstâncias e da 
educação e de que, portanto, homens modificados são produtos de 
circunstâncias diferentes e de educação modificada, esquece que as 
circunstâncias são modificadas precisamente pelos homens e que o próprio 
educador precisa ser educado. Leva, pois, forçosamente, à divisão da sociedade 
em duas partes, uma das quais se sobrepõe à sociedade [...]. A coincidência da 
modificação das circunstâncias e da atividade humana só pode ser apreendida 
e racionalmente compreendida como prática transformadora. (KARL MARX apud 
MÉSZÁROS, 2008, p. 21) 
 
As políticas educacionais estão ligadas a um processo histórico e ideológico que 
acompanham as transformações ocorridas nos planos econômicos, social, 
político e cultural. E, portanto, precisam ser estudadas e compreendidas. 
Durante a história da educação é possível observar o vai e vem das reformas 
educacionais e legislações. Saviani (2008) aborda em seu artigo intitulado 
“Política educacional brasileira: limites e perspectivas” esse vai e vem por meio 
das metáforas do ziguezague ou do pêndulo. A metáfora do ziguezague indica o 
sentido tortuoso, sinuoso das variações e alterações sucessivas observadas nas 
reformas; o movimento pendular mostra o vai-e-vem de dois temas que se 
alteram sequencialmente nas medidas reformadoras da estrutura educacional. 
(SAVIANI, 2008, P. 11). Ou seja, mostra as descontinuidades das políticas e 
reformas educacionais que se modificam a fim de atender apenas aos interesses 
do grupo dominante de um determinado período, sem valorizar um projeto 
educacional que respeite o todo e que promova a emancipação dos indivíduos. 
Pensar a gestão da educação no Brasil é necessário questionar a lógica 
centralizadora e autoritária que tem permeado as políticas educacionais para 
todos os níveis de ensino, com aparentes ações e práticas democráticas. 
Tratar da gestão democrática e participativa exige transformações na forma de 
ser e de pensar de toda a hierarquia do sistema educacional, ou seja, desde o 
Estado, Escola e Comunidade. É fundamental construir novas relações coletivas 
de solidariedade e consciência crítica, estabelecendo novas práticas de 
convivência social e política. 
A gestão democrática vinculada a um sistema descentralizado deve significar 
uma autonomia de decisão financeira, pedagógica e administrativa, com 
decisões tomadas de forma coletiva. Porém, de forma alguma deve ser 
compreendida como omissão do Estado na manutenção dos gastos e 
responsabilidades com a educação. 
A gestão democrática deve ser uma prática fundada em preceitos participativos 
e políticos. A escola precisa ser um local de politização, de transformação e 
emancipação do ser humano. 
 
 
http://www.apoenarh.com.br/programas-e-treinamentos/escola-de-lideranca 
 
Considerações Finais 
Só há uma forma de romper com o ciclo de uma gestão baseada 
apenas nos interesses do capital. Essa forma é acreditar que é 
possível conceber um projeto democrático na educação. Mas, 
para isso acontecer, é fundamental repensar e colocar em 
discussão o modelo societal existente e as armadilhas dele 
advindas, que se constituem verdadeiras barreiras à 
implantação da gestão escolar democrática. 
“No atual modelo do capital, o conceito de cidadão compete com o conceito de 
consumidor e cliente” (SCHUGURENSKY, 1999, p. 189 apud GIRON, 2008, p. 
24). 
Portanto, é preciso pensar qual é o tipo de cidadão que pretendemos formar e 
quais as ações e atitudes precisam ser tomadas? 
http://www.apoenarh.com.br/programas-e-treinamentos/escola-de-lideranca
A educação precisa promover a formação de um cidadão na plenitude da palavra 
e que privilegie o “ser” em detrimento do “ter”. 
“Embora possa parecer utopia pensar nesta direção, compreendemos que são 
as utopias que movem a história, pois é possível a construção desta por sujeitos 
concretos que lutam e constroem a história” (LIMA; PRADO; SHIMAMOTO, 
2011, p. 10). 
 
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