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MOD. 3 METABOLISMO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIOJÚLIA CAPPI AGUIAR │SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Sumário I. Introdução ...................................................................................................................................... 39 A. Estruturas do sistema reprodutor masculino .......................................................................... 39 II. Algumas doenças ....................................................................................................................... 39 III. Escroto ....................................................................................................................................... 40 A. Camadas do escroto ................................................................................................................ 41 B. Irrigação, inervação e drenagem ............................................................................................ 41 IV. Testículos ................................................................................................................................... 42 A. Diferença das túnicas vaginais ............................................................................................... 43 B. Irrigação e drenagem .............................................................................................................. 44 V. Epidídimo ................................................................................................................................... 44 VI. Ductos do sistema reprodutor masculino ................................................................................... 45 VII. Glândulas sexuais acessórias .................................................................................................. 46 A. Próstata ................................................................................................................................... 46 B. Vesículas seminais ................................................................................................................. 47 C. Glândulas bulbouretrais ......................................................................................................... 47 D. Resumindo.............................................................................................................................. 48 VIII. Pênis ....................................................................................................................................... 48 A. Ereção peniana e ejaculação ................................................................................................... 49 IX. Bexiga urinária ........................................................................................................................... 50 X. Uretra ......................................................................................................................................... 50 J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 39 A n a t o m i a I A região urogenital masculina inclui os órgãos genitais externos e os músculos do períneo. Os órgãos genitais externos masculinos incluem a parte distal da uretra, o escroto e o pênis. A. Estruturas do sistema reprodutor masculino As estruturas formadoras do sistema reprodutor masculino são: → os testículos, um sistema de ductos (que incluem o ducto deferente, o ducto ejacula- tório e a uretra), → as glândulas sexuais acessórias (vesículas seminais, próstata e glândula bulbouretral) e → diversas estruturas de suporte, que incluem o escroto e o pênis Essas estruturas podem ser agrupadas por função. Os testículos, que correspondem às gônadas masculinas, são os produtores de gametas e secretores de hormônios. Os gametas são armazenados e transportados pelos ductos, onde as glândulas acessórias secretam substâncias envolvidas na proteção e nutrição dos gametas, além de facilitarem o seu movimento. Já a transferência dos gametas masculinos (isto é, dos espermatozoides) para o sistema reprodutor feminino durante o ato sexual ocorre com o auxílio do pênis. • Fimose é o excesso de pele que recobre o pênis dificultando que a glande seja exposta. É comum nos bebês meninos e tende a desaparecer com o passar do tempo, mas se na adolescência o problema persistir pode ser necessária uma intervenção cirúrgica simples para remoção da pele. Em homens adultos, pode provocar, além do câncer de pênis, problemas no desempenho sexual. Nas crianças, é comum causar dor e inflamação. A cirurgia de fimose é fornecida gratuitamente pelo SUS, mas o tratamento adequado é feito caso a caso. A fimose pode provocar outras complicações, se não tratada adequadamente, devido ao risco de dificuldade de limpeza na região, como: aumento do risco de infecção urinária; dor nas relações sexuais; maior propensão a ter uma IST, HPV ou câncer de pênis; maior risco de desenvolver uma parafimose, que é quando o prepúcio fica preso e não volta a recobrir a glande. • Varicocele, ou varizes do testículo, consiste na dilatação anormal das veias testiculares, principalmente após esforço físico. Sua dilatação pode dificultar o retorno venoso provocando disfunção testicular e piora da qualidade do sêmen. Embora seja uma das causas da infertilidade masculina, não provoca distúrbios J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 40 A n a t o m i a I da potência sexual. Geralmente congênita, aparece na maior parte das vezes na adolescência e quase nunca na infância. Se a produção de esperma estiver comprometida pela varicocele, a cirurgia é a opção para corrigir a anomalia. • Hidrocele: é a presença de líquido em excesso em um processo vaginal persistente. Essa anomalia congênita pode estar associada a uma hérnia inguinal indireta. O acúmulo de líquido resulta da secreção de uma quantidade anormal de líquido seroso pela lâmina visceral da túnica vaginal. O tamanho da hidrocele depende do grau de persistência do processo vaginal. A hidrocele do testículo está limitada ao escroto e distende a túnica vaginal. • Hérnias inguinais: é uma protrusão do peritônio parietal e das vísceras, como o intestino delgado, através de uma abertura normal ou anormal da cavidade a que pertencem. A maioria das hérnias pode ser reduzida, o que significa que pode ser recolocada em seu lugar normal na cavidade peritoneal por manipulação apropriada. O escroto é uma bolsa que consiste em pele frouxa e fáscia superficial, que pende da raiz (parte fixa) do pênis, formando uma estrutura de suporte para os testículos. Externamente, o escroto parece uma bolsa simples de pele, separada em partes laterais pela crista mediana, chamada rafe. Internamente, o septo de escroto divide-se em duas bolsas, cada uma contendo um só testículo. O septo é formado por uma fáscia superficial e por tecido muscular, chamado músculo dartos, que consiste em fascículos e fibras musculares lisas. O músculo dartos também é encontrado no tecido subcutâneo do escroto e é contínuo ao tecido da parede abdominal. Quando se contrai, o músculo dartos provoca o enrugamento da pele do escroto. A manutenção da temperatura adequada para a produção normal de espermatozoides pelos testículos é extremamente importante. Para tanto, a localização do escroto e a contração de suas fibras musculares são capazes de regular essa temperatura em aproximadamente 2-3 °C abaixo da temperatura central. O escroto é capaz de manter a sua temperatura abaixo da temperatura corporal por estar fora da cavidade pélvica. Além disso, o músculo cremaster, pequena faixa de músculo esquelético no funículo espermático, que é a J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 41 A n a to m i a I continuação do músculo oblíquo interno do abdome, eleva os testículos durante a exposição ao frio, impedindo o seu esfriamento – o que também ocorre durante a excitação sexual. Essa ação move os testículos para mais próximo da cavidade pélvica, onde podem absorver o calor do corpo. A exposição ao calor reverte o processo. O músculo dartos também se contrai em resposta ao frio e relaxa em resposta ao calor. A. Camadas do escroto O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade, nos sete planos seguintes. → Cútis: é a pele, fina enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto. → Túnica dartos: constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas. → Tela subcutânea: é constituída por tecido conetivo frouxo. → Fáscia espermática externa: lâmina conjuntiva que provem das 2 fáscias de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome, que desce do ânulo inguinal superficial para entrar na constituição do escroto. → Fáscia cremastérica: representado por uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical. No conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do abdome. → Fáscia espermática interna: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal. → Túnica vaginal: serosa cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e início do ducto deferente. B. Irrigação, inervação e drenagem • Irrigação: as artérias escrotais anteriores, ramos terminais das artérias pudendas externas (da artéria femoral), irrigam a face anterior do escroto. As artérias escrotais posteriores, ramos terminais dos ramos perineais superficiais das artérias pudendas internas, irrigam a face posterior. O escroto também recebe ramos das artérias cremastéricas (ramos das artérias epigástricas inferiores). • Drenagem venosa e linfática do escroto: as veias escrotais acompanham as artérias, compartilhando os mesmos nomes, mas drenam principalmente para as veias pudendas externas. Os vasos linfáticos do escroto conduzem linfa para os linfonodos inguinais superficiais. • Inervação do escroto: a face anterior do escroto é inervada por derivados do plexo lombar: nervos escrotais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal, e o ramo genital do nervo genitofemoral. A face posterior do escroto é inervada por derivados do plexo sacral: nervos escrotais posteriores, ramos dos ramos perineais superficiais do nervo pudendo, e o ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior. As fibras simpáticas conduzidas por esses nervos auxiliam a termorregulação dos testículos, estimulando a J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 42 A n a t o m i a I contração do músculo liso dartos em resposta ao frio ou estimulando as glândulas sudoríferas escrotais enquanto inibem a contração do músculo dartos em resposta ao calor excessivo Os testículos são estruturas pares, ovais, medindo cerca de 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro cada um. Cada testículo pesa cerca de 10 a 15 gramas. São considerados estruturas glandulares, uma vez que secretam os hormônios sexuais envolvidos tanto na espermatogênese quanto no desenvolvimento das características sexuais masculinas. Por isso, são fundamentais para a reprodução humana, pois asseguram a fertilidade masculina. Sua função é regulada pelo sistema nervoso central através, principalmente, das alças de retrocontrole do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) hipotalâmico e das gonadotrofinas hipofisárias, que serão discutidas com mais detalhes em outro momento. O desenvolvimento embrionário dos testículos inicia-se próximo dos rins e, normalmente, eles começam sua descida para o escroto através dos canais inguinais durante a última metade do sétimo mês de desenvolvimento fetal. Eventualmente, um ou dois testículos podem não descer para o escroto, caracterizando uma disfunção denominada criptorquidismo (cripto, escondido + orchis, testículos), o que ocorre em 1% a 3% de todos os nascimentos de meninos. Destes, em torno de 80% descem espontaneamente com o tempo. Aqueles que permanecem no abdome até a puberdade se tornam incapazes de produzir espermatozoides, principalmente pelo fato de a temperatura abdominal não ser adequada para a espermatogênese, como discutido anteriormente. Entretanto, testículos criptorquídeos continuam produzindo hormônios, indicando que a produção de hormônios não é sensível à temperatura, como ocorre com a produção de espermatozoides. A descida pode ser estimulada por meio da administração do hormônio testosterona ou então cirurgicamente, se necessário. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 43 A n a t o m i a I Internamente, os testículos possuem túbulos muito contorcidos, denominados túbulos seminíferos. Cada túbulo individual tem de 0,3 até 1 metro de comprimento. A periferia dos túbulos é revestida por células germinativas indiferenciadas, que dão início à produção dos espermatozoides em direção ao lúmen do túbulo, onde os espermatozoides serão liberados. Parte do processo de maturação ainda ocorrerá ao longo do trajeto dos espermatozoides pelos ductos do sistema reprodutor masculino, bem como no interior do sistema reprodutor feminino, para que ele esteja apto para a fecundação. Além das células germinativas, os túbulos seminíferos possuem as chamadas células de Sertoli, responsáveis pela nutrição e amadurecimento das células germinativas. Os testículos são divididos em compartimentos por meio do prolongamento de uma de suas camadas de revestimento. Esses compartimentos são denominados lóbulos, que têm de um a três túbulos seminíferos. Cada testículo contém entre 200 e 300 lóbulos. A maior parte da massa testicular - em torno de 80% - é composta pelos túbulos seminíferos. O tecido intersticial que envolve os túbulos contém vasos sanguíneos e células produtoras de testosterona, denominadas células de Leydig. A. Diferença das túnicas vaginais A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que circunda parcialmente o testículo, que representa a parte distal cega do processo vaginal embrionário. A lâmina visceral da túnica vaginal encontra-se intimamente aplicada ao testículo, epidídimo e parte inferior do ducto deferente. O recesso da túnica vaginal, semelhante a uma fenda, o seio do epidídimo, situa-se entre o corpo do epidídimo e a face postero-lateral do testículo. A lâmina parietal da túnica vaginal, adjacente à fáscia espermática interna, é mais extensa do que a lâmina visceral e estende-se superiormente por uma curta distância até a parte distal do funículo espermático. O pequeno volume de líquido na cavidade da túnica vaginal separa as lâminas visceral e parietal, permitindo o livre movimento do testículo no escroto. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 44 A n a t o m i a I B. Irrigação e drenagem As longas artérias testiculares originam-se da face anterolateral da parte abdominal da aorta, imediatamente abaixo das artérias renais. Elas seguem no retroperitônio (posterior ao peritônio) em direção oblíqua, cruzando sobre os ureteres e as partes inferiores das artérias ilíacas externas para chegar aos anéis inguinais profundos. Entram nos canais inguinais através dos anéis profundos, atravessam os canais, saem deles através dos anéis inguinais superficiais e entram nos funículos espermáticos para irrigar os testículos. A artéria testicular ou um de seus ramos anastomosa-se com a artéria do ducto deferente. As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o plexovenoso pampiniforme, uma rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a artéria testicular no funículo espermático. O plexo pampiniforme faz parte do sistema termorregulador do testículo (juntamente com os músculos cremaster e dartos), ajudando a manter essa glândula em temperatura constante. As veias de cada plexo pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia testicular direita, que entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular esquerda, que entra na veia renal esquerda. A drenagem linfática do testículo segue a artéria e a veia testiculares até os linfonodos lombares direito e esquerdo (caval/aórtico) e pré-aórticos. Os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo nervoso testicular sobre a artéria testicular, que contém fibras parassimpáticas vagais e aferentes viscerais e fibras simpáticas do segmento T10 (–T11) da medula espinal. O epidídimo é uma estrutura alongada na face posterior do testículo. O epidídimo é formado por minúsculas alças do ducto do epidídimo, tão compactadas que parecem sólidas. O ducto diminui progressivamente enquanto segue da cabeça do epidídimo na parte superior do testículo até sua cauda. Na cauda do epidídimo, o ducto deferente começa como a continuação do ducto do epidídimo. No longo trajeto desse tubo, os espermatozoides são armazenados e continuam a amadurecer. É formado por: → Cabeça do epidídimo: a parte expandida superior que é composta de lóbulos formados pelas extremidades espiraladas de 12 a 14 dúctulos eferentes; → Corpo do epidídimo: a maior parte é formada pelo ducto contorcido do epidídimo; → Cauda do epidídimo: contínua com o ducto deferente, o ducto que transporta os espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra durante a ejaculação. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 45 A n a t o m i a I Além da liberação dos espermatozoides no lúmen dos túbulos seminíferos, ocorre também a secreção de líquidos, gerando uma pressão que provoca o deslocamento do líquido e dos espermatozoides ao longo dos ductos do sistema reprodutor masculino. Ainda nos testículos, esse material seguirá dos túbulos seminíferos contorcidos para os túbulos seminíferos retos e, depois, para a rede testicular. Posteriormente, o espermatozoide se move por uma série de ductos eferentes contorcidos no epidídimo, que desembocam em um só tubo, chamado ducto do epidídimo. Assim, o epidídimo é composto principalmente por seus ductos fortemente espiralados, e situa-se na margem posterior de cada testículo. Ele pode ser anatomicamente dividido em cabeça, corpo e cauda, sua região inferior, onde o ducto do epidídimo fica menos contorcido e seu diâmetro aumenta – além desse ponto, o ducto passa a ser chamado ducto deferente ou vaso deferente. Funcionalmente, o epidídimo é o local onde a motilidade dos espermatozoides aumenta, durante um período de 10 a 14 dias. No entanto, os espermatozoides ainda podem ficar armazenados dos espermatozoides para o ducto ejaculatório. Anatomicamente, o ducto deferente mede cerca de 45 cm de comprimento e no epidídimo por mais tempo. Seu deslocamento para o ducto deferente ocorre por meio de contrações peristálticas realizadas pela musculatura lisa presente em seu revestimento. Nos ductos deferentes, os espermatozoides podem ficar J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 46 A n a t o m i a I armazenados por muitos meses até serem conduzidos para o ducto ejaculatório, no momento da ejaculação, ou serem reabsorvidos. As contrações peristálticas das três grossas camadas de tecido muscular dos ductos deferentes, estimuladas durante a ejaculação, são as responsáveis pela movimentação está localizado ao longo da margem posterior do epidídimo, passando através do canal inguinal para entrar na cavidade pélvica, onde se localiza sobre o ureter e abaixo da bexiga urinária. Possui uma região terminal dilatada, denominada ampola. Já os ductos ejaculatórios iniciam-se acima da próstata, passando por ela e terminando na região prostática da uretra. Podemos identificar três regiões uretrais, de acordo com o seu trajeto através da próstata, do diafragma urogenital e do pênis, respectivamente, o que lhe confere um comprimento em torno de 20cm. A uretra recebe os espermatozoides juntamente com as secreções das glândulas prostática, seminal e bulbouretral. É através da uretra que o sêmen é ejaculado para o exterior. Além disso, a uretra também é o ducto terminal para a passagem da urina nos homens. São responsáveis por secretar a maior parte da porção líquida do sêmen, armazenado e transportado pelos ductos do sistema genital masculino. Essas secreções estão envolvidas em diversas funções, como o transporte e a nutrição dos espermatozoides, como também na lubrificação do pênis e da uretra. A. Próstata A próstata é uma estrutura única, que secreta um líquido leitoso na região prostática da uretra através de diversos ductos. 2/3 é representado pela parte glandular, enquanto 1/3 é muscular. Está localizada abaixo da bexiga urinária, e tem um formato de anel envolvendo completamente a uretra. Sua secreção, que compõe aproximadamente 25% do sêmen, contribui para a coagulação do sêmen após a ejaculação e sua subsequente decomposição. Também tem substâncias que são usadas para a produção de ATP e ajudam na motilidade e na viabilidade dos espermatozoides. O tamanho da próstata modifica-se ao longo dos períodos de desenvolvimento e vida adulta do homem. O aumento é mais lento até a puberdade, seguido de um aumento mais acentuado até os 30 anos, permanecendo estável até os 45, quando um novo aumento pode ocorrer. Eventualmente, esse aumento pode ser excessivo (neoplasia = 2º tipo de câncer + comum nos homens). Isso determina uma grande importância clínica para a J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 47 A n a t o m i a I próstata e a necessidade de exames médicos e laboratoriais regulares para homens acima dos 50 anos – ou acima dos 45, para aqueles com histórico familiar. A divisão da próstata e feita da seguinte maneira: → Istmo da próstata: é fibromuscular e as fibras musculares representam a continuação superior do musculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga e contém pouco ou nenhum tecido glandular. → Lóbulo inferoposterior: situado posteriormente a uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Esse lóbulo constitui a face da próstata palpável ao exame retal digital. → Lóbulo inferolateral diretamente lateral a uretra que forma a maior parte do lóbulo direito ou esquerdo. → Lóbulo superomedial: situado profundamente ao lóbulo inferoposterior, circundando o ducto ejaculatório epsilateral. → Lóbulo anteromedial situado profundamente ao lóbulo inferolateral, diretamente lateral a parte prostática proximal da uretra. Irrigação: as artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudendas interna e retal média. Armas de detecção para câncer de próstata: exame de PSA e toque retal. B. Vesículas seminais São estruturas pares, de aprox. 5 cm, localizadas atrás da base da bexiga urinária e à frente do reto. Sua secreção é importante para adequar o pH da uretra masculina e do trato genital feminino, tornando-o compatível à vida dos espermatozoides. A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar esse ambiente ácido. Além disso, tem em sua composição frutose (açúcar monossacarídeo), importante para a formação de ATP, que fornece grande parte da energia utilizada pelos espermatozoides para sua manutenção e locomoção até uma possível fertilização. As prostaglandinas, também presentes no líquido seminal,estimulam a contração muscular do trato genital feminino, facilitando a locomoção dos espermatozoides dentro dele e, consequentemente, viabilizando seu encontro com o óvulo. Aproximadamente 60% do sêmen é constituído pelo líquido secretado pelas vesículas seminais. Irrigação: as artérias para as glândulas seminais originam-se nas artérias vesical inferior e retal média. C. Glândulas bulbouretrais Também chamadas glândulas de Cowper, estão localizadas bilateralmente abaixo da próstata. Possuem ductos que se abrem na parte esponjosa da uretra, onde secretam substância alcalina, contribuindo também para diminuir a acidez na uretra causada pela passagem da urina. Sua secreção, que ocorre durante a excitação sexual, contém um muco com importante função lubrificante para a extremidade do pênis, facilitando a relação sexual pela diminuição do atrito e diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 48 A n a t o m i a I D. Resumindo... O fluido ejaculado - ou sêmen - contém espermatozoides e secreções das vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata. Tem volume de aprox. 3 ml e contém ao redor de 100mi de espermatozoides por ml. As secreções dessas glândulas compreendem o volume total de sêmen e auxiliam no transporte e nutrição dos espermatozoides. De fato, os espermatozoides contribuem com pequena porcentagem do volume total. O fluido seminal contém diferentes substâncias químicas, tais como: altas concentrações de frutose, que serve como substrato energético para os espermatozoides; tampões que protegem os espermatozoides contra o ambiente ácido da vagina; muco lubrificante, de origem nas glândulas bulbouretrais; e altas concentrações de prostaglandinas, as quais são consideradas capazes de aumentar a motilidade do útero, facilitando assim o transporte dos espermatozoides no trato genital feminino. Componentes do sêmen e suas respectivas funções: Componente Função Origem Espermatozoide Gameta Túbulos seminíferos Muco Lubrificante Glândulas bulbouretrais Água Fornece o meio líquido Todas as glândulas acessórias Tampões Neutralizam o meio ácido da vagina Próstata, glândulas bulbouretrais Nutrientes Nutrição dos espermatozoides Frutose Vesículas seminais Ácido cítrico Próstata Vitamina C Vesículas seminais Carnitina Epidídimo Enzimas Coagulam o sêmen na vagina, depois liquefazem o coágulo Vesículas seminais e próstata Zinco Desconhecida; possivel associação com a fertilidade Desconhecida Prostaglandinas Contração do músculo liso; podem ajudar no transporte dos espermatozoides Vesículas seminais O pênis é uma estrutura de formato cilíndrico, composta por massas de tecido erétil bastante vascularizadas, denominadas corpos cavernosos e corpos esponjosos. Além disso, a uretra encontra-se na região medial peniana, envolvida pelo corpo esponjoso, permitindo a passagem da urina e do sêmen pelo óstio externo da uretra. Essa região está localizada na extremidade distal do pênis, que é levemente dilatada, denominada glande, e recoberta pelo prepúcio. O prepúcio é formado por tecido epitelial e mucoso, frouxamente aderido à extremidade peniana. Sua função está relacionada principalmente à proteção mecânica dessa região, além de ter importantes inervações sensíveis a estímulos mecânicos presentes no ato sexual. Entretanto, diversos homens realizam a retirada do prepúcio por motivos médicos ou religiosos. Essa prática cirúrgica é J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 49 A n a t o m i a I denominada circuncisão. Atualmente, a Organização das Nações Unidas discute a ideia de menor risco de contaminação do vírus da AIDS por homens circuncisados. A. Ereção peniana e ejaculação Além de permitir a passagem do sêmen e da urina pela uretra, o pênis tem importante função na copulação sexual. Para isso, estímulos sexuais visuais, táteis, auditivos, olfatórios ou psíquicos causam a dilatação das artérias penianas que irrigam os corpos cavernosos e esponjosos, e, consequentemente, o aumento do aporte sanguíneo para essa região. A expansão desses espaços comprime as veias que drenam o pênis, causando a diminuição da saída do sangue. Essas mudanças causam o aumento e o endurecimento da estrutura peniana característicos da ereção, facilitando sua penetração no canal vaginal durante o ato sexual. A ereção peniana é um mecanismo reflexo controlado pelo sistema nervoso parassimpático. Para isso, impulsos nervosos, desencadeados pelos estímulos sensoriais citados acima, trafegam pelas aferências medulares até o centro integrador localizado entre os níveis medulares S2-S4. Posteriormente, fibras eferentes parassimpáticas deixam a medula espinal para inervar a musculatura vascular peniana, causando sua vasodilatação. As vias parassimpáticas também podem ser estimuladas por informações provenientes das regiões encefálicas, responsáveis pelo processamento de informações emocionais. O pênis retorna ao seu estado flácido quando as artérias se contraem e a pressão sobre as veias é aliviada. A ejaculação também é uma ação reflexa, que promove a emissão do sêmen para dentro da uretra e sua posterior ejeção para o exterior, lembrando que a passagem dos espermatozoides será facilitada pela prévia lubrificação da uretra por meio das secreções bulbouretrais, que ocorrerá durante a ereção. O mecanismo de ejaculação é mediado pelo sistema nervoso simpático, que tem ação antagônica ao parassimpático, causando o término da ereção peniana. Como parte do reflexo simpático de ejaculação, deflagrado pela estimulação tátil J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 50 A n a t o m i a I das glândulas penianas, a musculatura lisa do epidídimo, vaso deferente e glândulas secretoras se contraem, causando a propulsão dos espermatozoides e das secreções glandulares. Além disso, o músculo liso do esfíncter, na base da bexiga urinária, se fecha. Como resultado, a urina não é expelida durante a ejaculação e o sêmen não entra na bexiga urinária. → É um órgão muscular oco situado na cavidade pélvica, posteriormente à sínfise púbica; → Nos homens: anterior ao reto; → Armazena a urina; → Sua forma depende da quantidade de urina: o cheia: esférica, o vazia: pirâmide invertida. → Capacidade média de 700 a 800mL; → Músculo liso Detrusor; → Trígono da bexiga. É o ducto terminal compartilhado dos sistemas reprodutivo e urinário; serve como uma passagem tanto para o sêmen quanto para a urina. Medindo aprox. 20cm, é subdividida em três partes. → A parte prostática mede 2 a 3 cm de comprimento e passa através da próstata. Conforme esse ducto continua inferiormente, passa através dos músculos profundos do períneo, onde é conhecido como parte membranácea da uretra. → A parte membranácea mede aprox. 1cm de comprimento. Quando esse ducto passa através do corpo esponjoso do pênis, é conhecido como parte esponjosa da uretra, que mede aproximadamente 15 a 20 cm de comprimento. Circulada pelo musculo esfíncter externo da uretra e também as glândulas de Cowper; → A parte esponjosa da uretra termina no óstio externo da uretra, a qual é recoberta pelo corpo esponjoso do pênis, a maior parte da uretra masculina. Irrigação arterial e drenagem venosa : As partes intramural e prostática são irrigadas por ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores e retais medias. As veias das duas partes proximais da uretra drenam para o plexo venoso prostático. │SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Sumá I. Definição ....................................................................................................................................... 52 II. Ovários .......................................................................................................................................52 III. Tubas uterinas ............................................................................................................................ 53 IV. Útero .......................................................................................................................................... 54 V. Vagina ........................................................................................................................................ 56 VI. Pudendo feminino (Vulva) ......................................................................................................... 56 VII. Roteiro para estudo prático .................................................................................................... 58 A. Ovários ................................................................................................................................... 58 B. Tubas uterinas ........................................................................................................................ 58 C. Elementos de sustentação ....................................................................................................... 58 D. Útero ....................................................................................................................................... 58 E. Elementos de sustentação do útero ............................................................................................ 58 F. Vagina ........................................................................................................................................ 58 G. Vulva ...................................................................................................................................... 58 P á g i n a | 52 A n a t o m i a I O sistema genital feminino pode ser dividido em órgãos internos e externos. • Órgãos genitais femininos internos: → Ovários; → Tubas Uterinas; → Útero; → Vagina. • Órgãos genitais femininos externos: → Pudendo Feminino. O ovário é um órgão par, com 3cm de comprimento; 2cm de largura; e 1,5cm de espessura. Apresenta forma comparável à de uma amêndoa. Antes da ovulação, apresenta cor rosada e aspecto liso; após sucessivas ovulações, cor acinzentada e aspecto rugoso. Suas funções são: → Produção dos óvulos; → Produção e secreção dos hormônios: estrogênios e progesterona. OBS: » Corpo Lúteo: se origina após a ovulação. » Corpo Albicans: cicatriz fibrosa resultado da regressão do corpo lúteo. P á g i n a | 53 A n a t o m i a I Apresenta para estudo anatômico: 02 Faces; 02 Margens; e 02 Extremidades. → Face medial; → Face lateral; → Margem livre; → Margem mesovárica: presa a uma expansão do lig. largo do útero, o mesovário. Esta margem representa o hilo do ovário, por onde passam as aa. e vv. Ováricas; → Extremidade tubária: voltada para cima, está dirigida para tuba uterina; → Extremidade uterina: voltada para baixo, está dirigida para o útero. Está localizado na cavidade pélvica, por trás do ligamento largo do útero, e logo abaixo da tuba uterina. Os ovários não apresentam revestimento peritoneal. Os meios de fixação do ovário são: → Lig. Suspensor do ovário: une o ovário a parede da pelve. → Lig. Útero-ovárico (ligamento próprio do ovário): une o ovário ao útero. É um órgão par, de forma tubular, implantadas no ângulo laterosuperior do útero, e do ponto de implantação, se estendem lateralmente em direção às paredes da pelve. Apresentam um calibre irregular, e 10cm de extensão. Além de sua ligação ao útero, as tubas uterinas apresentam como meio de fixação uma prega do ligamento largo do útero, a mesosalpinge. P á g i n a | 54 A n a t o m i a I Comunicações: → Com a cavidade uterina: através do Óstio Uterino da Tuba. → Com a cavidade peritoneal: através do Óstio Abdominal da Tuba. O útero é um órgão oco, em forma de pera, impar e mediano. É predominante muscular, o que favorece a sua função, pois cabe ao mesmo, abrigar e proteger o zigoto, e ainda acompanhar seu desenvolvimento durante todas as fases de sua evolução, até o nascimento. Durante o parto, o componente muscular ainda exerce importante papel na expulsão do novo ser vivo para o meio externo através do canal do parto. Está localizado no centro da Cavidade Pélvica, por trás da Bexiga Urinária, e por diante do Reto. Apresenta para estudo anatômico as seguintes porções: → Fundo: corresponde a parte do órgão situada acima do ponto de implantação das Tubas Uterinas. Nas mulheres que já engravidaram apresenta aspecto convexo. P á g i n a | 55 A n a t o m i a I → Corpo: é a principal porção do órgão, estende-se desde o ponto de implantação das tubas uterinas até uma região estreitada denominada istmo. Apresenta para estudo 02 faces separadas através de duas margens laterais. o Face Anterior: plana o Face Posterior: abaulada → Istmo: apresenta-se como uma região estrangulada localizada abaixo do corpo; → Colo: é a porção mais inferior do útero. Apresenta duas porções, a supravaginal e vaginal. A parte vaginal do colo, projeta-se na vagina onde se abre através do óstio do útero. Na porção superior das margens do útero se implantam as tubas uterinas. Neste nível encontramos os óstios uterinos das tubas para comunicar a luz da tuba com a cavidade uterina. Quanto aos meios de fixação do útero, destacamos: → Ligamento Largo: prega de reflexão do peritônio, que estende das paredes da cavidade pélvica até as margens laterais do útero; → Ligamento Redondo: cordões fibrosos, que partem de cada lado da margem lateral do útero, abaixo da implantação das tubas uterinas, para, através do canal inguinal, alcançarem a face profunda dos lábios maiores da vulva; → Ligamento Útero-Sacral: Partem da região inferior da face posterior do corpo do útero, até o osso sacro; P á g i n a | 56 A n a t o m i a I Quanto à estratigrafia do útero, temos: → Perimétrio: camada externa representada pelo peritônio que reveste o útero; → Miométrio: camada média, constituída por músculo liso. Corresponde a mais espessa das camadas que formam as paredes do útero. Determina a elasticidade necessária para o órgão acompanhar o aumento do feto durante a gestação. → Endométrio: camada interna, mensalmente sofre modificações (torna-se mais espessa e vascularizada) para receber o zigoto. Não havendo a fecundação essas modificações do endométrio descamam e são eliminadas sobre a forma de menstruação. A cavidade uterina apresenta um aspecto triangular com base superior, em nível do corpo, e fusiforme na região do colo. Nos ângulos superiores da cavidade uterina identificamos os óstio uterinos das tubas. A vagina é um tubo musculomembranoso, impar e mediano, o qual representa o órgão de cópula feminino. Apresenta para estudo anatômico 02 paredes: anterior e posterior, justapostas. A parede anterior da vagina é mais curta, em razão de sua relação com o colo do útero. A vagina se comunica superiormente com a cavidade do útero, através do óstio do útero, inferiormente se comunica com o meio externo, através do óstio da vagina. OBS: Nas virgens, o óstio da vagina é parcialmente fechado pela presença de uma membrana conjuntiva, de pouca espessura, revestida por mucosa, pobremente inervada e vascularizada, o hímen. Após a primeira relação sexual, o hímen é rompido (na maioria das mulheres), restando apenas seus fragmentos, as carúnculas himeniais, em sua margem de inserção. O pudendo (ou vulva) está representado pelas seguintes estruturas: → Monte Púbico: elevação mediana situada por diante da sínfise púbica. É constituída por tecido adiposo, revestido por cútis, na qual após a puberdade verifica-se a presença de pelos. P á g i n a | 57 A n a t o m i a I → Lábios Maiores: duas pregas cutâneas alongadas, que delimitam entre si uma fendamediana, a rima do pudendo. Os lábios maiores apresentam uma face medial lisa, e outra lateral com pelos após a puberdade. → Lábios Menores: duas pregas cutâneas lisas, situadas medialmente aos lábios maiores, delimitam entre si o vestíbulo da vagina, onde identificamos: o Óstio da uretra; o Óstio da vagina; o Óstios dos ductos das glândulas vestibulares. → Clitóris: órgão erétil feminino, homólogo ao pênis masculino. É constituído, por dois ramos fixos aos ramos inferiores dos púbis, unindo-se medianamente para formar o corpo do clitóris, terminando em uma dilatação anterior, a glande do clitóris, identificada, no ponto em que se unem superiormente os lábios menores. → Bulbo do Vestíbulo: Formado por duas massas pares de tecido erétil, situados profundamente aos lábios menores da vulva, envolvidos pelo m. bulbocavernoso. Quando cheios de sangue, dilatam-se e desta forma proporcionam maior contato entre o pênis e o óstio da vagina. Destaca-se, ainda, as glândulas anexas do pudendo feminino. Este conjunto de glândulas visa promover a lubrificação, tornando úmidos as estruturas associadas à cópula feminina, favorecendo assim a relação sexual. → Glândulas vestibulares maiores: glândula esférica, par, de tamanho próximo ao de uma ervilha, situadas profundamente no vestíbulo da vagina, onde abrem-se seus ductos. → Glândulas vestibulares menores: apresentam-se em número variável, com ductos diminutos, os quais se abrem no vestíbulo da vagina, entre o óstio da uretra e o óstio da vagina. P á g i n a | 58 A n a t o m i a I A. Ovários Extremidade tubaria; Extremidade uterina; Ligamento útero-ovárico; Ligamento suspensor do ovário. B. Tubas uterinas Istmo da tuba uterina; Ampola da tuba uterina; Infundíbulo da tuba uterina; Fímbria ovárica. C. Elementos de sustentação Ligamento largo do útero; Mesossalpinge. D. Útero Fundo do útero; Corpo do útero; Istmo do útero; Óstio do útero. E. Elementos de sustentação do útero Ligamento largo do útero; Ligamento redondo do útero. F. Vagina Parede posterior; Parede anterior. G. Vulva Monte púbico; Lábios maiores; Lábios menores; Óstio externo da uretra; Óstio da vagina (hímen); Clitóris; Bulbo do vestíbulo │SISTEMA DIGESTÓRIO Sumário Introdução ...................................................................................................................................... 59 A.Divisão anatômica .................................................................................................................... 59 B.Funções ..................................................................................................................................... 59 Boca .............................................................................................................................................. 60 A.Vestíbulo da boca ..................................................................................................................... 60 B.Cavidade da boca ...................................................................................................................... 60 Faringe ......................................................................................................................................... 62 Esôfago ........................................................................................................................................ 63 Estômago ...................................................................................................................................... 63 Intestino delgado ......................................................................................................................... 65 Intestino Grosso ......................................................................................................................... 66 Peritônio ................................................................................................................................... 68 Órgãos anexos ............................................................................................................................. 68 A.Glândulas salivares ................................................................................................................... 68 B.Fígado ....................................................................................................................................... 69 C.Vesícula biliar ........................................................................................................................... 71 D.Pâncreas .................................................................................................................................... 71 O trato digestório ou gastrintestinal é um tubo oco que se vai da cavidade bucal ao ânus; A. Divisão anatômica • Canal alimentar: tubo apresentando 10 a 12m de comprimento, se estendendo da cabeça à pelve. Ao longo deste tubo os alimentos vão sofrendo transformações visando reduzi-los até seus constituintes elementares. Esse processo é denominado de digestão. → Boca; → Faringe; → Esôfago; → Estômago; → Intestino Delgado; → Intestino Grosso. • Glândulas anexas: glândulas que apresentam atividade exócrina associada a alguns segmentos do canal alimentar, responsáveis por produzir e secretar para estes compartimentos, um fluído contendo substâncias denominadas enzimas. As Enzimas agem sobre os alimentos, produzindo uma digestão química. → Glândulas Salivares: Parótidas, Submandibulares, Sublinguais; → Fígado; → Pâncreas. B. Funções → Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais; → Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelas paredes do trato; → Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino; → Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos, juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastrintestinal e substâncias secretadas na luz do intestino. → Mastigação: desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico. → Deglutição: condução dos alimentos através da faringe para o esôfago. → Ingestão: introdução do alimento no estômago. → Digestão: desdobramento do alimento em moléculas mais simples. → Absorção: processo através do qual as partes digeridas são transportadas para os capilares através da parede dos órgãos. → Excreção: eliminação de substâncias não digeridas pelo trato gastrintestinal. A boca é a 1ª porção do canal alimentar. Tem aspecto cuboide, com 6 limites para estudo. Pela boca os alimentos iniciam seu percurso ao longo do canal alimentar. Nela, ocorre a digestão física e química dos alimentos. A digestão dos alimentos verificada na boca, produz como resultado o bolo alimentar. Seus limites são: → Limite Anterior: Lábios → Limite posterior: Istmo das Fauces → Limite Superior: Palato Duro → Limite Inferior: Assoalho da boca → Limites Laterais: Bochechas. Anatomicamente, a boca pode ser dividida em vestíbulo, arcos alvéolo-dentais e cavidade da boca propriamente dita. A. Vestíbulo da boca A região do vestíbulo é um espaço limitado, por diante pelos Lábios, lateralmente pelas bochechas, e posteriormente pelos arcos alvéolo-dentais. Na região interna correspondente às bochechas (mucosa jugal), encontramos 02 estruturas associadas às Gls. Parótidas: a Papila Parotídea (lateralmente ao 2º ou 3º molar superior) e o Ducto Parotídeo. Nos Lábios, em nível do plano mediano, encontramos 02 pregas da mucosa: o Frênulo do Lábio Superior e o Frênulo do Lábio Inferior.B. Cavidade da boca Compartimento situado para trás dos arcos alvéolos-dentais. Na cavidade da boca propriamente dita, fazem saliência: → Dentes: órgãos rijos e esbranquiçados, implantados através das Gonfoses Dento-alveolares, na maxila e mandíbula. São responsáveis pela mastigação dos alimentos. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 61 → Língua: órgão muscular envolvido na mastigação, fonação, e também com o sentido especial da Gustação. Os dentes apresentam uma camada mais externa (o esmalte), uma intermediária (dentina) e uma mais interna (polpa dental). Durante a infância, a dentição da decídua apresenta apenas três grupos de dentes (em um número total de 20): incisivos, caninos e molares. Já na dentição permanente (em número de 32), temos: incisivos, caninos, pré-molares e molares. A língua é um órgão muscular de forma cônica, com a base voltada para Faringe, e o Ápice, de forma arredondada, está voltada para o vestíbulo. Ela auxilia na condução dos alimentos para os dentes executarem a digestão mecânica, através da mastigação. Está dividida para estudo anatômico em corpo e raiz. → Raiz: a raiz é representada pelo bloco muscular que se situa posteriormente entre a mandíbula e osso hioide. A raiz é representada pelo bloco muscular que se situa posteriormente entre a mandíbula e osso hioide. → Corpo: é dividido em dorso e ventre, separados entre si pelas margens laterais. o Dorso da língua: O dorso da língua é dividido em duas partes através de um sulco em forma da letra “v”, o sulco terminal. Na parte oral da língua encontramos os receptores da gustação, associados as papilas linguais. o Ventre da língua: em nível do plano mediano da face ventral da língua, identificamos o frênulo da língua. A cada lado do frênulo lingual, identificamos por transparência, as veias linguais. → As Veias Linguais costumam apresentar-se varicosas em pacientes hipertensos. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 62 A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago. Apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente; por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento. O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco. • Limites da Faringe: → Superior: corpo do esfenoide e porção basilar do osso occipital. → Inferior: esôfago. → Posterior: coluna vertebral e fáscia dos músculos longo do pescoço e longo da cabeça. → Anterior: processo pterigoideo, mandíbula, língua, osso hioide e cartilagens tireoide e cricóide. → Lateral: processo estiloide e seus músculos. A faringe pode ainda ser dividida em três partes: → Parte Nasal (nasofaringe): situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenoide). → Parte Oral (orofaringe): estende-se do palato mole até o osso hioide. Em sua parede lateral encontra se a tonsila palatina. → Parte Laríngea (laringofaringe): estende-se do osso hioide à cartilagem cricóide. De cada lado do orifício laríngeo encontra-se uma cavidade denominada recesso piriforme. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 63 O esôfago é um tubo muscular que se estende entre da faringe ao estômago. Localiza-se posteriormente à traqueia, iniciando na altura da 7ª vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de comprimento. O esôfago é formado por três porções: → Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia. → Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral). → Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofágica. O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superior ao duodeno e à esquerda do fígado, parcialmente coberto pelas costelas. Está localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o fígado e o baço. É o segmento mais dilatado do tubo digestivo, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado. A forma e posição do estômago variam de pessoa para pessoa. É divido em 04 áreas (regiões) principais: cárdia, fundo, corpo e piloro. O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do esôfago com o estômago. O corpo representa cerca de 2/3 do volume total. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 64 Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago - óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração. Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado piloro (orifício de saída do estômago - óstio pilórico). Pouco antes da válvula pilórica, encontramos uma porção denominada antropilórica. O estômago ainda apresenta duas partes: a curvatura maior, na margem esquerda gástrica, e a curvatura menor, na direita. • Funções Digestivas: → Digestão do alimento; → Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestivas e ácido hidroclorídrico como substâncias mais importantes; → Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco; → Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado; → Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 65 Os principais eventos da digestão e absorção ocorrem nele, portanto, sua estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. Tem +- 7m de comprimento. Consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso. • Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui mesentério. Apresenta quatro partes: 1) Parte Superior ou 1ª porção - origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar. 2) Parte Descendente ou 2ª porção - é desperitonizada. a. Ducto colédoco - provêm da vesícula biliar e do fígado (bile). b. Ducto pancreático - provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática). 3) Parte Horizontal ou 3ª porção. 4) Parte Ascendente ou 4ª porção. • Jejuno: parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É + largo (aprox. 4cm), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo. • Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ílio. É + estreito e suas túnicas são + finas e - vascularizadas que o jejuno. Distalmente, desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal. Juntos, o jejunoe o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 66 Corresponde ao último segmento do canal alimentar. Começa no óstio ileocecal e termina no ânus. No IG é confeccionado o bolo fecal. Nenhuma substância nutritiva é absorvida em nível do IG, apenas água e eletrólitos. Tem o comprimento de 1,5 metros. Está subdividido, sequencialmente, em 06 porções: • Ceco: 1ª porção do IG, apresenta forma de fundo de saco. Ocupa a região inguinal direita. o Óstio ileocecal: orifício de desembocadura do Jejuno/Íleo, localizado na parede medial do Ceco. Neste orifício encontramos a valva ileocecal, responsável por evitar o refluxo do conteúdo do Ceco para o íleo. o Apêndice Vermiforme: fino e curto segmento tubular, que representa uma expansão do Ceco, localizado em sua parede ínfero-medial. Apresenta natureza linfoide. • Colo ascendente: continua cranialmente o ceco, atravessando à região lombar d até alcançar o hipocôndrio direito, onde toca o fígado, e logo após flete-se para direita, sendo continuado pelo colo transverso. O ponto de transição entre os colos é denominado flexura direita do colo. • Colo transverso: vai do hipocôndrio direito ao esquerdo, cruzando à região umbilical. Ao alcançar o hipocôndrio esquerdo, flete-se para baixo, sendo continuado pelo colo transverso. No ponto de transição entre os colos transverso e descendente, identificamos a flexura esquerda do colo. • Colo descendente: vai do hipocôndrio esquerdo até a crista ilíaca, a partir da qual, é continuado pelo colo sigmoide. • Colo sigmoide: apresenta um aspecto sinuoso, se estendendo da região inguinal esquerda até a hipogástrica, quando então será continuado pelo reto. • Reto: assim denominado pelo aspecto quase retilíneo que apresenta ao longo de sua extensão. Inferiormente apresenta uma porção mais dilatada denominada ampola do reto. O reto termina ao perfurar o diafragma pélvico, sendo continuado até o meio externo, pelo canal anal. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 67 A apendicite corresponde à inflamação no apêndice vermiforme. O paciente refere, normalmente, dor na região inguinal direita à descompressão brusca do examinador. Pode cursar com febre e aumento dos leucóticos no sangue. Configura uma urgência cirúrgica O canal anal corresponde ao segmento final do canal alimentar. Apesar do curto trajeto que apresenta (3cm), algumas formações associadas a este segmento são de relevada importância funcional. O canal anal abre-se para o meio externo através do ânus. → Esfíncter Interno do Ânus: está situado profundamente, resultado do espessamento de fibras circulares lisas. É de controle involuntário. → Esfíncter Externo do Ânus: é constituído por fibras musculares estriadas. Dispõe-se externamente, em torno do esfíncter interno do ânus. → Colunas Anais: pregas longitudinais e paralelas identificadas na mucosa anal. Entre as colunas encontramos depressões, os seios anais. Na base das colunas anais, em nível da camada Submucosa, identificamos o plexo venoso retal (hemorroidas). A dilatação do plexo origina a doença hemorroidária. No que diz respeito à configuração externa do IG, temos: → Saculações: dilatações identificadas ao longo do IG, estas dilatações estão separadas entre si através de sulcos transversais. → Tênias do Colo: São 03 faixas de M. Liso, 1cm de largura, que percorrem o ig longitudinalmente, em toda sua extensão, reunindo-se em nível do apêndice vermiforme. As tênias recebem o nome de mesocólica; omental; e livre. → Apêndices Adiposos: representam coleções de gordura envolta por peritônio, pedunculados e apresentando forma irregular, identificados ao longo do IG, principalmente em nível do colo sigmoide. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 68 O peritônio consiste em uma vasta membrana serosa contínua, que reveste as paredes e vísceras do abdome. Apresenta duas camadas: → Peritônio Visceral: folheto do peritônio responsável por revestir as vísceras. → Peritônio Parietal: folheto peritoneal que reveste as paredes do abdome. Essas camadas delimitam, dentro do abdome, duas cavidades menores. São elas: → Cavidade Peritoneal: espaço virtual, situado entre os folhetos visceral e parietal do peritônio e preenchido por líquido peritoneal. → Retroperitoneal: termo utilizado para referenciar vísceras fixas à parede posterior do abdome através do folheto parietal do peritônio. Tais vísceras só serão revestidas por peritônio em um de suas faces. O peritônio forma reflexões, as pregas peritoneais, que auxiliam a fixação dos órgãos no abdome. Representam pregas do peritônio: → Omento: prega do peritônio acompanhada de vasos e nervos, responsável por unir duas vísceras entre si. Ex: Omento Maior. → Meso: prega do peritônio acompanhada de vasos e nervos, responsável por unir uma víscera à parede do abdome. Ex: Mesentério. → Ligamento: prega do peritônio sem vasos ou nervos em sua constituição. Os ligamentos, tanto podem ligar duas vísceras entre si, como pode ligar víscera à parede do abdome. Ex: Ligamento Falciforme A. Glândulas salivares São formações exócrinas, responsáveis pela produção e secreção da saliva para a cavidade da boca. A saliva, além de ser um excelente lubrificante para a mucosa bucal, também participa do processo de digestão (enzima=Amilase) dos alimentos. A ausência de saliva é conhecida como xerostomia (boca seca), enquanto que sua produção excessiva e denominada sialorreia. As Glândulas Salivares são divididas em: • Menores: representadas por pequenos corpúsculos espalhadas pelas paredes da boca. São elas: labiais, palatinas, da bochecha, linguais e molares. • Maiores: J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 69 o Parótidas: a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo auriculotemporal, glossofaríngeo e facial. | A Parotidite Epidêmica corresponde a infecção viral aguda da Gl. Parótida (também chamada de caxumba ou “papeira”). O principal sintoma apresentado pelos pacientes corresponde à dor durante a abertura bucal. | Os sialólitos são formações calcificadas que podem obstruir o ducto da Glândula, impedindo a drenagem da saliva para boca. A dor na região da glândula é referida pelos pacientes como sintoma comum antes das refeições o Glândula Submandibular: é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É irrigada por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de fibras parassimpáticas craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio cervical superior. | As glândulas submandibulares representam as Gls. salivares mais acometidas por sialólitos, em razão da relação angulada existente entre a glândula e seu ducto. A dor na região submandibular, durante as refeições, acompanhada de aumento de volume do assoalho da boca, representam forte indícios da presença de sialólitos obstruindo o ducto da glândula, e impedindo o fluxo da saliva para a boca. o Glândula Sublingual: é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do assoalho da boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira idêntica aos da glândula submandibular. B. Fígado O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera abdominal, tendo função mista. Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando mais à direita, isto é, normalmente 2/3 deseu volume estão à direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1.500g e responde por aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto. Apresenta 2 faces: → Face diafragmática: (ântero superior) é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática. Subdividida pelo lig. falciforme em 02 Lobos: o direito e esquerdo → Face visceral: (postero inferior) é irregularmente côncava pela presença de impressões viscerais. Esta Face é subdividida por 03 sulcos, em 04 Lobos: direito; esquerdo; quadrado; e caudado. Entre os lobos direito e quadrado, encontramos a vesícula biliar, ajustada em uma escavação a fossa da vesícula biliar. Entre os lobos direito e caudado, encontramos aveia cava inferior, ajustada em um sulco, o sulco da veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, encontramos a porta do fígado. Através da porta do fígado atravessam os elementos que vão constituir o pedículo hepático. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 70 Na face visceral (posterior), encontramos as seguintes impressões e fissuras: Fissura sagital esquerda e direita; sulco para veia cava inferior; fossa da vesícula biliar; impressão esofágica; impressão gástrica; impressão renal; impressão duodenal; impressão cólica; ligamento venoso. | OBS: Pedículo hepático: A. hepática própria; V. porta; e o ducto hepático comum A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção. J ú l i a C a p p i A g u i a r – T u r m a 1 8 F A M E R V | P á g i n a | 71 C. Vesícula biliar A vesícula biliar corresponde a uma formação sacular localizada na fossa da vesícula biliar do fígado, tendo como função armazenar e concentrar a bile. Está dividida em: Fundo, Corpo e Colo. Dela, parte do ducto cístico. O Ducto Cístico liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O ducto colédoco desce posterior à parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático principal. D. Pâncreas O Pâncreas é uma glândula de função mista. Elabora e secreta a insulina para o sangue (hormônio hipoglicemiante), e o suco pancreático para o duodeno. Os Ductos que conduzem o Suco Pancreático para o Duodeno são: Ducto Pancreático Principal e Ducto Pancreático Acessório. Está fixo à parede posterior do Abdome pelo Folheto Visceral do Peritônio Parietal. Pode ser localizando nas regiões do hipocôndrio esquerda; epigástrica e região umbilical. Está dividido para estudo anatômico em: → Cabeça: parte dilatada do órgão, alojada na concavidade do duodeno. → Colo: representado por um estreitamento, que corresponde a região de transição entre a cabeça e o corpo. → Corpo: corresponde a maior porção do órgão, disposta transversalmente, da direita para esquerda. → Cauda: extremidade afilada. Estende-se até a face medial do baço
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