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Resenha - Leviatã - Thomas Hobbes - Cap XVII

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Resenha: Leviatã, por Thomas 
Hobbes (capítulos XIII, XIV, XVII, 
XVIII, XIX e XXI) 
PARTE 3 
No capítulo XVII, o autor visa definir o Estado e suas causas. 
Ora, para que houvesse paz nesse estado de guerra civil e caos que 
há entre os homens, eles deveriam, portanto, aceitar o cumprimento 
da justiça e das leis naturais sem que um poder comum os coagisse 
a tal para que todos convivessem em pleno respeito. Mas há 
motivos que diferenciam os seres humanos dos animais, como por 
exemplo as abelhas, que convivem socialmente em paz. 
Primeiramente porque os homens competem por honra e 
dignidade, segundo porque, entre as abelhas e outros animais que 
convivem na paz social não há distinção entre o bem comum e o 
bem individual; enquanto o homem só encontra a sua felicidade 
quando equiparado a outro. Em terceiro lugar, as abelhas não fazem 
uso da razão, o que faz com que não percebam os erros da forma 
como regem suas vidas, enquanto o homem tende a se julgar 
sempre o mais sábio dentre todos os outros; em quarto, as abelhas 
não são dotadas da arte das palavras que permite aos homens a 
interpretação dos fatos de uma forma diferente daquilo que é dito; 
em quinto, as abelhas não distinguem a injúria e dano, bastando se 
sentirem satisfeitas para que não se sintam ofendidas por seus 
semelhantes. Em sexto e último, o pacto entre as abelhas é natural, 
enquanto que o acordo entre os homens se estabelece sob o pacto 
entre suas partes; além disso, é necessário o poder comum; no caso, 
conferir o poder a um ou alguns homens, renunciando ao direito de 
governarem a si mesmos. 
 
E assim, o autor coloca o Estado como uma reunião de 
pessoas em uma só. E pelo temor que este homem ou homens 
inspiram, o Estado tem poder de conformar suas vontades de forma 
a garantir a paz e a defesa de seus súditos e promover a ajuda mútua 
deles para se defender contra os inimigos. Eis que aquele único 
homem que se faz Estado é o que Hobbes chama de soberano. E o 
soberano pode atingir esse estado de poder sob duas formas: a força 
natural que determina a sua força única de ascender ao poder, 
derrubando um por um os homens fortes, ou pelo Estado político 
no qual os homens concordam entre si em se submeterem a um 
homem, estimando sua proteção.

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