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Erros em Tomadas Radiográficas

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ERROS EM TOMADAS 
 RADIOGRÁFICAS
Os principais tipos de erros cometidos por profissionais no momento da tomada radiográfica foram divididos em três grupos, sendo eles:
1) Erro de armazenamento 
2) Erro da técnica radiográfica (propriamente dita)
3) Erro de processamento 
1) Erros de Armazenamento:
Manter os cuidados com o filme radiográfico aumentam sua vida útil.
 Não armazenar de locais muito úmidos
 Não armazenar em locais muito quentes:
Podem aparecer pontos radiolúcidos, manchas escuras na imagem final. Após a abertura da caixa, de preferência armazenar dentro da geladeira.
· Não armazenar em locais em que fique exposto a radiação 
· Avaliar a validade do material: 
Filmes vencidos podem apresentar imagens radiopacas, com múltiplas bolinhas semelhante a flocos de algodão, resultantes do desprendimento da gelatina. 
2) Erro da Técnica Radiográfica: 
Esse tipo de erro acontece devido a desatenção com a anamnese do paciente.
· Observar se o paciente possui objetos metálicos: 
Objetos como brincos, óculos e piercings podem aparecer na imagem, podendo prejudicar o diagnóstico final. A anamnese é de extrema importância para pacientes usuários de próteses parciais removíveis, por exemplo. Eles devem retirá-las para a realização do exame 
· Explicar ao paciente como é feito o exame:
Explicar ao paciente como será feito o exame é essencial pois muitas vezes o mesmo irá segurar o filme com o dedo (princípio da bissetriz) ou irá morder (no caso de uso de posicionadores) durante todo o exame, além de se manter posicionado durante o exame para que a radiografia não saia tremida. 
Atenção a movimentação da cadeira, do paciente e do filme. Deve-se também ensinar ao paciente como segurar corretamente o filme para que o dedo do mesmo não saia na imagem. 
· Fazer o posicionamento correto do filme na boca do paciente:
 Para que apareça a coroa e a raiz na técnica periapical, deve-se manter um espaço de 4 a 5 mm. O filme não pode estar curvado ou dobrado. 
· Filmes baixos: 
O mesmo deve estar posicionado abaixo da linha oclusal/incisal em relação aos ápices dentários. O erro ocasiona corte na área da coroa ou da incisal dos dentes radiografados. 
· Filmes altos: 
O mesmo deve estar posicionado acima da linha oclusal/incisal em relação aos ápices dentários. O erro ocasiona corte na área de ápice radicular dos dentes radiografados. 
· Filme curvado: 
Deve-se ter cuidado no momento de colação do filme. A área curvada do filme provoca uma imagem radiográfica com aspecto alongado. 
· Filme dobrado: 
Deve-se ter cuidado no momento de colocação do filme. Esse erro provoca uma imagem alongada até uma uma linha radiopaca bem definida ( a área dobrada) 
 Atenção ao posicionamento do aparelho:
O cabeçote deve estar firme para que o feixe do raio permaneça o mesmo quando o profissional sair da sala e apertar o time do aparelho. Deve-se atentar também a angulação tanto vertical quanto horizontal, para que não tenha-se radiografias alongadas, encurtadas, com sobreposição de coroa... 
 Angulação vertical:
Na técnica da bissetriz, a angulação vertical correta direciona o feixe central perpendicular ao plano bissetor. 
Para facilitar as tomadas radiográficas, foram calculadas angulações nas quais a maioria dos pacientes se enquadra. São elas: 
	 REGIÃO
	 MAXILA
	MANDÍBULA 
	Molares
	+ 20° a + 30° 
	 0° a - 5°
	Pré Molares
	+30° a + 40°
	-5° a -10°
	Caninos
	+ 40° a + 45°
	- 10° a - 5°
	Incisivos 
	+45° a + 50° 
	- 15° a -20°
O erro na angulação vertical pode ocorrer devido ao aumento ou diminuição da angulação vertical utilizada. 
 Angulação Horizontal: 
Na técnica da bissetriz, a angulação horizontal correta direciona o feixe central paralelo as faces proximais dos dentes. 
Para facilitar as tomadas radiográficas, foram calculadas angulações nas quais a maioria dos pacientes se enquadra. São elas: 
	 REGIÃO
	 MAXILA
	MANDÍBULA 
	Molares
	80° a 90° 
	 80° a 90°
	Pré Molares
	70° a 80°
	70° a 80°
	Caninos
	60° a 75°
	45° a 50°
	Incisivos 
	0°
	0°
O erro na angulação horizontal produzirá uma imagem de superposição das faces proximais.
Com o uso de posicionadores, esses erros, tanto verticalmente quanto horizontalmente, tentem a diminuir. 
 O tempo de exposição também deve ser observado:
Em casos de super exposição, causada por muita dose ou timer desregulado pode-se ter radiografias muito densas, enquanto em casos de sub exposição, causada por pouca dose e também por timer desregulado, teremos radiografias muito claras. Há também os casos de dupla exposição, quando se expõe o filme duas vezes causando sobreposições. 
· Aparelho Desligado:
Deve-se reparar também se o aparelho está ligado. Caso esteja, e mesmo assim o filme sair em branco, o aparelho necessita de manutenção. Dentre as causas mais comuns desse problema, está o fusível queimado e fio do marcador de tempo de exposição desconectado.
3) Erro de processamento 
São os erros referentes ao processamento manual.
· Manipulação do filme:
· O filme pode arranhar na hora da descorticação na câmara escura, o profissional pode fazer uma pressão excessiva com a unha no filme. No caso de arranhões, quando há remoção da gelatina a imagem fica radiopaca, enquanto quando não há a remoção, fica radiolúcida.
· Marcar o filme com impressões digitais, também é um possível erro durante a manipulação do filme dentro da câmara escura. 
· A colgadura utilizada e a bancada de trabalho devem sempre estar limpas e secas para que não hajam manchas na radiografia. A colgadura deve ser colocada na região do picote 
· É imprescindível que não se tenha velo de luz, o filme não deve ser aberto em local claro. Não deve-se ter fresta de luz ou deficiência na câmara escura, a luz de segurança deve ser adequada. Não utilizar o celular na câmara escura. A imagem radiográfica pode apresentar-se total ou parcialmente velada (escura) 
· Revelação:
· Nível baixo do revelador – o filme deve estar totalmente emergido no revelador, que deve pegar em todo o espaço do filme para que não fique faltando nenhuma parte da imagem. A imagem radiográfica característica desse erro é uma área completamente sem imagem (radiopaca).
· Super revelação – o filme fica muito tempo no revelador, deixando a radiografia muito densa. Reveladores muito concentrados, dias muito quentes (que potencionalizam o revelador) são as principais causas. A imagem radiográfica característica desse erro é uma área escura. 
· Sub revelação – o filme fica pouco tempo no revelador, deixando a radiografia muito clara. Reveladores pouco concentrados, revelador inativos são as principais causas. A imagem radiográfica característica desse erro é uma área muito clara. 
· Reticulação – muito difícil de acontecer, causada por revelador muito quente. Há uma diferença muito brusca de temperatura, causando enrugamento da gelatina, causando múltiplas elevações na imagem radiográficas. 
· Fixação:
· Nivel baixo de fixador – se a película não fica exposta ao líquido, ele não irá agir sob os cristais que não foram sensibilizados. Dessa forma, a área radiografada ficará escurecida, radiolúcida, correspondente a área que não ficou imersa no fixador. 
· Super fixação – Quando o filme fica muito tempo no fixador, a emulsão será removida pelo fixador, deixando a imagem clara. A área radiografada ficará radiopaca, de aspecto irregular , correspondendo as áreas da emulsão que foram removidas pelo fixador. 
· Sub fixação – Como a fixação é feita da extremidade para o centro, se o filme fica menos tempo do que o indicado, a parte central não será fixada. A imagem radiográfica característica desse erro é uma área esverdeada e desfocada no centro da radiografia. 
	
· Filme colado na parede do tanque – A imagem do tanque pode aparecer no filme por descuido do operador quando os filmes colocados na colgadura ficam colados na parede do tanque. A imagem radiográfica característica desse erro é um área de aspecto irregular, de tamanho variado e escurecida e radiolúcida. 
· Lavagem final:O pouco tempo de lavagem, ou a lavagem em água suja, contaminada por fixador fazem com que a radiografia depois de seca apareça com manchas amarronzadas. A lavagem da radiografia desse ter pelo menos 15 minutos em água corrente, para além de remover os resíduos químicos da superfície da película, também serve para limpeza das colgaduras e grampos. 
 
· Secagem:
· Filme colado um no outro – No momento da secagem dos filmes, deve-se ter cuidado ao colocar os filmes presos na colgadura um sobreposto ao outro, pois a o risco de grudarem após a secagem. Esse erro pode ou não danificar a emulsão. 
· Filme colado com papel – Ocorre devido a radiografia, no processo de secagem, ficar próxima ao papel. Esse erro ocasiona uma imagem escura em uma determinada região.

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