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Biossegurança 
em Saúde
Edição 1
Impresso por:
Biossegurança em Saúde
Autoria: Prof. Pedro Henrique 
Paiva Bernardo
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Núcleo de Educação à Distância
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Biossegurança em Saúde / Prof. Pedro Henrique Paiva Bernardo - 
Indaial, SC: Arqué, 2023.
XXX p. : il.
ISBN papel xxxxxxxxxxxxxxx
ISBN digital xxxxxxxxxxxxxxx
“Graduação - EaD”. 
1. Palavra-chave 1 2. Palavra-chave 2 3. EaD. I. Título. 
CDD - XXXXX 
Universidade Cesumar - UniCesumarC397
1ª Edição
2023
Sumário
CAPÍTULO 1..................................................................................... 8
INICIE SUA JORNADA ................................................................... 10
DESENVOLVA SEU POTENCIAL .................................................. 12
1 BASES EPISTEMOLÓGICAS DA BIOSSEGURANÇA ............... 12
1.1 Biossegurança e Interfaces Multidisciplinares ............... 16
1.1.1 Biossegurança e Profissionais de Equipes 
Multidisciplinares ....................................................................... 17
2 CAMINHOS PARA REDUÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS ..... 18
2.1 O Exemplo da Pandemia de Covid-19 para Biossegurança 19
3 HIGIENE E PROFILAXIA ............................................................ 21
3.1 Desinfecção de Superfícies: Uma Barreira Crucial contra 
a Propagação de Patógenos ...................................................... 24
4 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ......... 24
4.1 Uso de Luvas e Biossegurança ............................................ 25
4.2 Uso de Máscaras ................................................................... 28
4.3 Uso de Avental e Gorro ....................................................... 30
5 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA FÍSICA EM SERVIÇOS DE 
SAÚDE .......................................................................................... 31
NOVOS DESAFIOS ....................................................................... 38
AUTOATIVIDADES ........................................................................ 39
REFERÊNCIAS .............................................................................. 41
Sumário
CAPÍTULO 2................................................................................... 43
INICIE SUA JORNADA ................................................................... 45
DESENVOLVA SEU POTENCIAL .................................................. 47
1 BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE E RISCOS ............................... 47
1.1 Biossegurança e Risco no Ambiente Hospitalar ............... 49
1.1.1 Agentes Patogênicos e Variedade Biológica .................. 52
1.1.2 Agentes Patogênicos e Variedade Biológica .................. 55
1.1.3 O Exemplo das Bactérias Multirresistentes ................. 59
2 NORMATIZAÇÃO E CONDUTAS EM RELAÇÃO À PREVENÇÃO 
E AO CONTROLE DE INFECÇÕES .............................................. 61
2.1 Higienização das Mãos e Uso de EPI ................................... 65
2.2 Isolamento de Pacientes ...................................................... 66
NOVOS DESAFIOS ....................................................................... 70
AUTOATIVIDADES ........................................................................ 71
REFERÊNCIAS .............................................................................. 73
Sumário
CAPÍTULO 3................................................................................... 75
INICIE SUA JORNADA ................................................................... 77
DESENVOLVA SEU POTENCIAL .................................................. 79
1 QUALIDADE DO SERVIÇO E AÇÕES PROATIVAS PARA 
GARANTIA DOS PROCEDIMENTOS LABORAIS DENTRO DOS 
PADRÕES SANITÁRIOS ADEQUADOS ........................................ 79
1.1 Segurança do Paciente ........................................................ 80
1.1.1 Natureza Intrínseca da Segurança do Paciente ............ 82
1.1.2 Ética e Responsabilidade na Segurança do Paciente .... 87
1.1.3 Gestão de Riscos na Segurança do Paciente e 
Biossegurança: Uma Abordagem Integrada ............................ 90
1.2 Qualidade do Serviço na Saúde e Biossegurança: 
Cuidados Integrados .................................................................. 93
1.2.1 Padrões e Regulamentações na Biossegurança em 
Saúde e Qualidade nos Serviços: Uma Aliança para Cuidados 
Confiáveis ..................................................................................... 97
2 MEDIDAS DE COMBATE E CONTROLE DOS AGRESSORES 
QUE PODEM AMPLIAR OS RISCOS DE INFECÇÃO .................. 99
2.1 Uso Adequado de Equipamentos de Proteção Individual 
(EPIs) Durante Procedimentos ............................................... 100
2.1.1 Controle de Infecções Hospitalares ........................... 102
2.2 Gestão Adequada de Resíduos .......................................... 103
NOVOS DESAFIOS ..................................................................... 105
AUTOATIVIDADES ...................................................................... 106
REFERÊNCIAS ............................................................................ 108
APRESENTAÇÃO
A disciplina de Biossegurança em Saúde emerge como um pilar fundamen-
tal na formação acadêmica e profissional de enfermeiros e demais profissionais 
da saúde. Ao abordar temas como o uso adequado de equipamentos de proteção 
individual (EPIs), prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde e 
níveis de biossegurança em serviços de saúde, os estudantes são capacitados a 
compreender e aplicar medidas cruciais para a segurança tanto dos profissionais 
quanto dos pacientes.
Durante o curso, serão explorados conceitos essenciais, desde a escolha 
adequada de máscaras e respiradores até a compreensão dos diferentes níveis 
de biossegurança física em ambientes de saúde. A relevância desta disciplina 
transcende os limites da sala de aula, proporcionando aos estudantes uma base 
sólida para a prática profissional. O conhecimento adquirido não apenas fortale-
ce a capacidade de prevenir e controlar infecções, mas também promove uma 
atitude proativa em relação à segurança no ambiente de trabalho. A disciplina de 
Biossegurança em Saúde é, portanto, um alicerce essencial para uma carreira de 
sucesso no campo da enfermagem e profissões relacionadas.
CAPÍTULO 1
Intersecções da 
Biossegurança com 
a Saúde
TEMA DE APRENDIZAGEM
Minhas metas:
 3 Analisar e compreender os princípios fundamentais da biosse-
gurança em saúde, abrangendo desde a escolha e uso adequa-
do de EPIs até a compreensão dos diferentes níveis de risco 
biológico.
 3 Aplicar os conhecimentos adquiridos na seleção e utilização 
de equipamentos de proteção individual, incluindo máscaras 
e respiradores, de acordo com os protocolos de prevenção de 
infecções.
 3 Analisar os diferentes níveis de biossegurança física em serviços 
de saúde, identificando as medidas necessárias para a conten-
ção efetiva de agentes biológicos de diferentes classes de risco.
 3 Desenvolver habilidades práticas na manipulação e no descarte 
adequado de EPIs, respeitando os protocolos de biossegurança 
estabelecidos pelas instituições de saúde.
 3 Aplicar criticamente os conceitos aprendidos na prevenção de in-
fecções relacionadas à assistência à saúde, considerando a im-
portância da higienização das mãos e práticas invasivas.
 3 Analisar os impactos da desinformação na área da saúde, reco-
nhecendo a responsabilidade dos profissionais na disseminação 
de práticas seguras.
 3 Integrar os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos para 
promover um ambiente de trabalho seguro, contribuindo para a 
qualidade e segurança no cuidado ao paciente.
10
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
INICIE SUA JORNADA
Imagine uma unidade de saúde enfrentando um aumento significativo no nú-
mero de infecções relacionadas à assistênciaà saúde, afetando tanto pacientes 
quanto profissionais de saúde. Essa situação é agravada pela falta de compre-
ensão e práticas adequadas de biossegurança, levando a uma disseminação de 
agentes patogênicos. Os profissionais de saúde se veem desafiados a implemen-
tar medidas eficazes de prevenção para garantir a segurança tanto dos pacientes 
quanto de si mesmos.
A resolução dessa problemática é crucial, pois a falta de práticas adequadas 
de biossegurança pode resultar em consequências graves, incluindo a propaga-
ção de infecções e o comprometimento da saúde dos pacientes e dos profissio-
nais envolvidos. Além disso, a reputação da instituição de saúde e a confiança da 
comunidade podem ser abaladas. A implementação efetiva de medidas de biosse-
gurança não apenas protege a saúde de todos os envolvidos, mas também contri-
bui para a eficácia e qualidade dos serviços de saúde.
Ao longo desta jornada, você irá se deparar com situações práticas, como a 
escolha e o uso correto de equipamentos de proteção individual, a implementação 
de protocolos de higienização das mãos e a compreensão dos diferentes níveis 
de biossegurança em ambientes de saúde. 
A biossegurança não é apenas uma medida técnica, mas uma responsabili-
dade ética e profissional. Essa jornada busca instigar reflexões sobre a importân-
cia do comprometimento individual na promoção de práticas seguras, destacando 
como a conscientização e a aplicação adequada dos conceitos de biossegurança 
são fundamentais para um ambiente de saúde seguro e eficaz. A interconexão en-
tre teoria e prática será essencial para o desenvolvimento de profissionais de saú-
de preparados para enfrentar os desafios contemporâneos.
11
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Que tal conferir agora o episódio “A Importância da Biosse-
gurança”, que discute como a biossegurança se faz presente 
em nossa prática profissional?
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Chegou o momento de relembrar sobre o que é a biossegurança antes de ini-
ciarmos. Você ainda lembra como ela se relaciona com a saúde? Confira este 
vídeo e refresque sua memória!
https://www.youtube.com/watch?v=Mwc96h_kdEg&t=36s
https://www.youtube.com/watch?v=Mwc96h_kdEg&t=36s
http://google.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=_ZxnslNemww
12
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
No âmbito da saúde e da biossegurança, esta disciplina oferece uma abor-
dagem abrangente destinada a profissionais e estudantes de diversas áreas, indo 
além da enfermagem. Os conteúdos perpassam disciplinas relevantes para a pro-
moção da segurança em ambientes de assistência à saúde. Desde os conceitos 
fundamentais sobre o uso de equipamentos de proteção individual até as comple-
xidades dos níveis de biossegurança, cada capítulo visa fornecer conhecimentos 
sólidos e aplicáveis a uma variedade de profissionais da saúde. 
1 BASES EPISTEMOLÓGICAS DA BIOSSEGURANÇA
Para compreendermos um pouco da história da Biossegurança, devemos 
voltar à história e entender que é um fato antigo na história a descrição da asso-
ciação de doença e trabalho. 
Entretanto, a sistematização médica da etiologia ocupacional das doenças 
surgiu em 1700, com a introdução do questionamento sobre a ocupação dos pa-
cientes na anamnese médica.
Mas foi no transcurso da Revolução Industrial, na Inglaterra, que as relações 
entre a saúde e o trabalho se traduziram em ações médicas alocadas junto aos 
ambientes laborais.
13
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Figura 1 – Trabalhador da indústria
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/trabalhador-industrial-
tecnologo-abrindo-tanque-de-processamento-na-linha-de-producao-
da-fabrica_11450790.htm#page=4&query=bioseguran%C3%A7a%20
trabalhadores&position=20&from_view=search&track=ais&uuid=4021dc
ee-bf9d-4c86-af77-2a60acb6782c. Acesso em: 14 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: trabalhador industrial paramentado de jaleco 
branco e usando luvas azuis, abrindo tanque de processamento da fá-
brica. Ao fundo, temos algumas máquinas industriais. O funcionário 
usa uma máscara de proteção no rosto.
O primeiro serviço de medicina do trabalho surgiu em 1830, em uma indústria 
têxtil inglesa, como instrumento utilizado pelo empregador para ser um anteparo 
do capital às possíveis reivindicações operárias, na tentativa de reduzir as possi-
bilidades de associações causais entre o trabalho e a morbidade operária.
14
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Figura 2 – Trabalhadores
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/uma-foto-em-preto-e-branco-
de-homens-trabalhando-em-uma-fabrica-com-maquinas_41804842.
htm#&position=12&from_view=search&track=ais&uuid=cf38705c-458d-
4ac6-87f5-1aa4323e5d3b. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: na imagem, temos um galpão grande com diversos 
trabalhadores operando máquinas industriais antigas. O teto do gal-
pão é bem alto, com algumas luminárias e a imagem está em preto e 
branco.
Com o avanço dos estudos na área do trabalho e seu impacto na saúde, 
o paradigma da relação entre saúde e trabalho, baseado em um enfoque medi-
calizado, teve que passar por adaptações, evoluindo para uma visão em que o 
estudo das causas de danos à saúde relacionados ao trabalho se voltava princi-
palmente para os ambientes laborais e a prevenção do adoecimento. 
Nesse sentido, houve uma ampliação do entender o processo de saúde-tra-
balho, que ganhou novas formas e definições, assim como responsabilidades, na 
medida em que as relações de saúde deixaram de ser apenas médicas, mas tam-
bém incorporaram todas as áreas envolvidas no processo de trabalho. 
15
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
A evolução da relação entre saúde e trabalho não se limitou apenas ao cam-
po médico, mas se estendeu para uma abordagem mais ampla, considerando as 
diferentes áreas envolvidas no processo de trabalho. Esse desenvolvimento cul-
minou na formação de um novo paradigma, afastando-se do enfoque medicaliza-
do para incorporar a prevenção do adoecimento e a análise mais abrangente dos 
ambientes laborais. Ao compreender o processo de saúde-trabalho de maneira 
mais holística, as responsabilidades também foram redefinidas, reconhecendo a 
necessidade de uma colaboração interdisciplinar.
A Biossegurança, como a conhecemos hoje, tem suas raízes nesse contexto 
histórico de evolução na compreensão da saúde ocupacional. Desde a introdu-
ção do questionamento sobre a ocupação dos pacientes na anamnese médica no 
século XVIII até o surgimento dos primeiros serviços de medicina do trabalho no 
século XIX, a relação entre saúde e trabalho foi gradualmente se transformando. 
No entanto, foi no século XX, especialmente durante a Revolução Industrial, que 
as ações médicas voltadas para os ambientes laborais começaram a tomar forma 
mais sistematizada.
A compreensão das bases epistemológicas da Biossegurança não pode 
prescindir desse contexto histórico. A disciplina não é apenas uma resposta con-
temporânea aos desafios de segurança em ambientes de saúde, mas também 
uma progressão natural na abordagem à saúde ocupacional, integrando conheci-
mentos e práticas de diversas áreas para garantir a segurança e o bem-estar no 
ambiente de trabalho. Essa trajetória histórica destaca a importância da Biosse-
gurança como uma disciplina essencial na promoção da saúde e na prevenção de 
riscos ocupacionais.
Com os avanços na área da saúde e a identificação de novos agentes microbia-
nos houve uma transformação significativa na compreensão da relação entre 
causa e efeito no campo da saúde e do trabalho, levando à adoção de inúmeras 
medidas de biossegurança. 
APROFUNDANDO
Nesta unidade, será abordado o tema da biossegurança, explorando os con-
ceitos envolvidos, o surgimento progressivo de regulamentações na área e os 
princípios gerais que devem guiar o profissional da saúde em seu cotidiano no en-
tendimento de biossegurança e a relação entre saúde e trabalho.
16
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
1.1 Biossegurançae Interfaces Multidisciplinares
A biossegurança é uma área que pode ser considerada como um módulo, 
uma vez que não possui uma identidade própria. Ou seja, ela se manifesta como 
uma interdisciplinaridade, a qual está presente nos currículos de diversos cursos 
e programas, sendo portanto pertencente a diversas áreas (Silva, 2013). Sendo 
assim, há a construção de uma diversidade de conhecimentos provenientes de di-
ferentes disciplinas na qual à biossegurança está inserida, o que a torna altamen-
te atrativa (Teixeira; Valle, 2010). 
A biossegurança não se limita apenas a evitar problemas causados por subs-
tâncias químicas, riscos físicos e problemas relacionados à ergonomia. Ela en-
globa também a engenharia de segurança, a medicina do trabalho, a saúde dos 
trabalhadores e a higiene industrial. Essas áreas podem se encontrar e se rela-
cionar em diferentes momentos por meio da aplicação dos princípios da biossegu-
rança (Teixeira; Valle, 2010).
A importância da colaboração multidisciplinar na biossegurança é evidente 
na análise e implementação de protocolos de segurança em ambientes de saúde, 
por exemplo, profissionais de enfermagem desempenham um papel vital na apli-
cação prática desses protocolos, garantindo o uso adequado de Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs) e a adoção de práticas seguras. Ao mesmo tempo, mi-
crobiologistas e especialistas em segurança contribuem com seus conhecimentos 
na seleção de desinfetantes apropriados, no estabelecimento de níveis de conten-
ção e na avaliação de riscos biológicos.
A abordagem multidisciplinar também se estende à educação e conscienti-
zação. Professores da área da saúde, por exemplo, desempenham um papel cru-
cial na formação de futuros profissionais de saúde, transmitindo conhecimentos 
sobre práticas seguras e promovendo uma cultura de biossegurança. Além disso, 
a colaboração entre pesquisadores de diferentes disciplinas é fundamental para 
desenvolver inovações e soluções eficazes para desafios emergentes na área de 
biossegurança.
Leia este artigo que aborda os conceitos de biossegurança, 
suas regras e sua aplicabilidade, por meio de uma revisão de 
literatura. 
EU INDICO
http://google.com.br
https://www.scielo.br/j/aib/a/hqt8HGY9DP6zrbSFCKRz4jt/
17
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
1.1.1 Biossegurança e Profissionais de Equipes 
Multidisciplinares
A biossegurança ainda não possui o mesmo reconhecimento profissional que 
a engenharia de segurança do trabalho e a medicina do trabalho. Essas áreas 
têm campos de atuação bem definidos, cursos regulares, associações e regula-
mentações profissionais. Os profissionais dessas áreas precisam se registrar nos 
Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura e Conselhos Regionais de Me-
dicina, respectivamente, além de seguirem um código de ética específico (Teixei-
ra; Valle, 2010).
Atualmente, a biossegurança é entendida como uma ocupação, agregada a 
qualquer atividade em que o risco à saúde humana esteja presente. E qualquer 
profissional pode desenvolver atividades nessa área, respeitando-se, logicamen-
te, os espaços legais envolvidos (Pereira, 2015).
Nunca a biossegurança foi tão discutida, valorizada e implementada como 
padrão-ouro para garantir a vida das pessoas, dentro e fora das instituições de 
saúde/hospitais como a partir de dezembro de 2019 e, principalmente, no Brasil, a 
partir de março de 2020. Nesse período, a partir da pandemia de Covid-19, inicia-
ram em todo o mundo, incluindo o Brasil, várias discussões sobre as práticas de 
biossegurança, bem como a implementação de novos olhares para práticas anti-
gas que sempre foram conhecidas, mas de difícil adesão.
Não foram tempos fáceis, especialmente pelas incertezas geradas diante de 
um novo momento na vida das pessoas, simultaneamente, e sem muitas evidên-
cias científicas definidas, aguardando o tempo da própria ciência (Hirata, 2012). 
No entanto, durante esse período, aprendemos várias lições importantes, espe-
cialmente sobre os perigos de ficar doente fisicamente, mas principalmente sobre 
a importância da saúde mental.
A escassez de recursos essenciais, como leitos, Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs), insumos, medicamentos e profissionais multidisciplinares duran-
te a pandemia, evidenciou as fragilidades do sistema de saúde. A falta de capaci-
dade para atender adequadamente a todos os pacientes ressaltou a necessidade 
de investimentos e aprimoramentos nas práticas de biossegurança, não apenas 
como resposta a emergências, mas como uma medida contínua para garantir a 
saúde da população (Liu, 2018).
As incertezas causaram medo e isso afeta nossa saúde mental. Além disso, 
enfrentamos dificuldades para obter cuidados médicos adequados, pois não ha-
via capacidade suficiente para atender a todos que precisavam dos mesmos tipos 
18
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
de cuidados. Não havia leito, EPIs, insumos, medicamentos, infraestruturas e/ ou 
profissionais multidisciplinares em quantidade ideal, suficiente para atender aos 
pacientes que adoeciam ao mesmo tempo, no mundo todo (Liu, 2018).
2 CAMINHOS PARA REDUÇÃO DOS RISCOS 
BIOLÓGICOS
Ao explorarmos as estratégias para a redução dos riscos biológicos em am-
bientes de saúde, é imperativo mergulhar nas raízes dessa preocupação, que 
remontam à relação histórica entre doença e trabalho. Essa conexão ancestral 
destaca a necessidade urgente de abordagens sólidas e eficazes para proteger 
profissionais de saúde e pacientes contra riscos biológicos.
Figura 3 – Luvas, máscara e álcool
Fonte: <https://br.freepik.com/fotos-gratis/vista-superior-das-luvas-
com-mascara-medica-e-desinfetante-para-as-maos_11399216.
htm#&position=0&from_view=search&track=ais&uuid=218f6948-45de-
4a06-bd50-d710709e871f>. Acesso em: 11 de dezembro de 2012.
#ParaTodosVerem: na imagem, temos diversos itens de higiene e se-
gurança. O fundo da imagem é amarelo e, sobre ela, temos, da esquer-
da para direita: par de luvas brancas, máscara cirúrgica branca e um 
vidro de álcool em gel.
19
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
A implementação de protocolos de biossegurança emerge como uma pedra 
angular nesse esforço. Esses protocolos não são apenas diretrizes formais; são 
salvaguardas que permeiam todas as facetas do cuidado de saúde. Treinamento 
e educação contínua são peças-chave, capacitando os profissionais para a ade-
são rigorosa a práticas seguras. A manipulação adequada de materiais biológicos 
e o uso apropriado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são aspectos 
essenciais desse treinamento, promovendo a prevenção de acidentes e a segu-
rança no ambiente de trabalho.
A educação, entretanto, não é um ponto isolado. É um processo contínuo 
que se integra ao monitoramento e auditoria sistemáticos. Esses processos forne-
cem insights críticos sobre a eficácia dos protocolos estabelecidos, identificando 
áreas de melhoria e possibilitando ajustes em tempo real. A conformidade contí-
nua é a espinha dorsal da biossegurança, e a evolução é a única constante nesse 
cenário dinâmico.
Leia este artigo que aborda os conceitos de biossegurança, 
suas regras e sua aplicabilidade, por uma revisão de literatura.
EU INDICO
Contudo, a proteção contra riscos biológicos não se limita apenas à aderên-
cia a protocolos. A revolução tecnológica oferece um terreno fértil para inovações 
que ampliam a eficácia das práticas de biossegurança. A automação de proces-
sos, como a manipulação de amostras biológicas, não apenas reduz a exposição 
direta, mas também otimiza a eficiência operacional.
Além disso, os avanços nos dispositivos de proteção individual e coletiva es-
tão moldando a fronteira da segurança biológica. Vestimentas de alta tecnologia e 
sistemas de ventilação avançados oferecem uma camada adicional de proteção, 
refletindo o compromisso constante com a segurança.
2.1 O Exemplo da Pandemia de Covid-19 para 
Biossegurança
Em 31 de dezembro de 2019, o escritório da OMS na China recebeu a notifi-
cação de casos de uma pneumoniade causa desconhecida na cidade de Wuhan, 
província de Hubei. A partir da análise de amostras dos pacientes inicialmente 
https://www.scielo.br/j/aib/a/hqt8HGY9DP6zrbSFCKRz4jt/
https://www.scielo.br/j/aib/a/hqt8HGY9DP6zrbSFCKRz4jt/
20
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
diagnosticados com pneumonia, foi verificado que o vírus responsável pela infec-
ção pertencia à família Coronaviridae, porém a uma nova estirpe viral, tendo sido 
identificado em 7 de janeiro de 2020 (BRASIL, 2021).
Os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que causam ampla 
variedade de doenças, desde um resfriado comum a doenças mais graves, como 
a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda 
grave (SARS). O novo coronavírus é uma nova cepa que não havia sido identi-
ficada anteriormente em seres humanos. Inicialmente, o novo tipo de coronaví-
rus foi denominado 2019-nCOV, fazendo referência ao ano em que foi isolado. 
Entretanto, por causa da similaridade molecular com o vírus SARS-CoV, o novo 
coronavírus foi denominado SARS-CoV-2, e a doença causada por esse vírus foi 
denominada Covid-19 (BRASIL, 2021).
As informações sobre o comportamento do novo vírus foram dinâmicas no de-
curso da pandemia, já que se tratava de uma nova estirpe viral. De acordo com 
as observações obtidas conforme o tempo da própria ciência, as estimativas eram 
ajustadas à medida que os dados disponíveis eram compartilhados (Vicente, 2020).
Durante a pandemia de Covid-19, foram feitas recomendações para garantir 
a segurança biológica. Uma dessas recomendações dizia respeito às instalações 
em hospitais e aos serviços de saúde, que deveriam estar prontas e convenien-
temente localizadas para permitir a lavagem frequente das mãos. Era e ainda é 
essencial que essas instalações possuissem água e produtos adequados, como 
sabonete líquido e álcool em gel, para que as pessoas pudessem realizar a hi-
giene corretamente. Além disso, como medida de segurança, também foi reco-
mendado que as mãos fossem secas com papel não reciclado ou outros métodos 
higiênicos, sendo proibido o uso de toalhas de tecido.
Outra medida foi o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), que 
devem ser utilizados para proteger o profissional do contato com agentes bioló-
gicos, químicos e físicos no ambiente de trabalho e também para evitar a con-
taminação do material em experimento ou em produção. Seu uso precisa ser 
obrigatório durante todo atendimento/procedimento laboratorial e ou ambulatorial/
assistencial nas unidades hospitalares e de saúde.
Nesse sentido de biossegurança, destaca-se o uso dos EPIs. Estes são im-
portantes elementos de contenção primária ou barreiras primárias de proteção, 
capazes de reduzir ou eliminar a exposição das equipes multidisciplinares de saú-
de, de outras pessoas, assim como o meio ambiente, a agentes, microrganismos, 
incluindo o vírus da Covid-19, potencialmente transmissíveis (Faria et al., 2020).
21
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
3 HIGIENE E PROFILAXIA
A interseção entre higiene e profilaxia desempenha um papel crucial na pro-
moção da saúde coletiva, transcende as fronteiras da prevenção e incorpora prá-
ticas que moldam o bem-estar de comunidades inteiras. Exploraremos esses 
conceitos fundamentais e sua aplicação em diferentes contextos.
A higiene, como princípio fundamental, abrange um espectro amplo de práti-
cas que visam prevenir doenças e promover o bem-estar. Desde a higiene pesso-
al, que inclui a lavagem adequada das mãos e a manutenção da limpeza corporal, 
até a higiene ambiental, que se concentra na sanidade dos espaços compartilha-
dos, cada aspecto desempenha um papel vital.
Figura 4 – Duas pessoas anotando
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/vista-frontal-do-controle-medico-para-o-
conceito-covid19_11523956.htm#&position=1&from_view=search&track=ais&uuid
=712f17ce-b8b2-4776-ab41-c1abb231090f. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: na imagem, temos duas pessoas trabalhando, de 
um lado temos uma pessoa, aparentemente um médico ou enfermeiro, 
vestindo um jaleco branco, usando máscara, faceshield e luvas e está 
segurando um termômetro. Ao lado dele, temos uma mulher, também 
enfermeira ou médica, vestindo um jaleco branco, luvas e máscara. Ela 
está segurando uma prancheta vermelha e fazendo anotações.
22
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
A promoção da higiene pessoal transcende a esfera individual, impactando 
diretamente a saúde coletiva. Programas educacionais que destacam a importân-
cia da lavagem das mãos e da boa higiene bucal, por exemplo, contribuem signifi-
cativamente para a prevenção de doenças transmissíveis em comunidades.
A profilaxia, por sua vez, refere-se às medidas preventivas destinadas a 
evitar o surgimento de doenças ou agravamento de condições existentes. Este 
conceito vai além da esfera individual, incorporando estratégias que abrangem 
comunidades inteiras.
A vacinação é um exemplo clássico de profilaxia, fornecendo imunidade co-
letiva contra doenças infecciosas. Além disso, a profilaxia antibiótica após ex-
posição a patógenos específicos é uma prática que demonstra a antecipação e 
resposta rápida para evitar surtos.
A eficácia máxima é alcançada quando higiene e profilaxia são integradas 
de maneira sinérgica. A promoção da higiene pessoal aliada à implementação de 
estratégias profiláticas, como campanhas de vacinação em larga escala, cria uma 
barreira robusta contra doenças infecciosas.
Os profissionais de saúde desempenham um papel crucial nesse contexto, 
não apenas na prestação de cuidados individuais, mas também na formulação e 
implementação de políticas de saúde pública. A educação contínua sobre práticas 
higiênicas e profiláticas, tanto para profissionais quanto para a comunidade em 
geral, é essencial para construir uma base sólida de saúde coletiva.
A pandemia de Covid-19 destacou a importância crítica da higiene e profi-
laxia na saúde coletiva. O contexto da pandemia oferece um terreno fértil para 
entender como esses princípios se entrelaçam para prevenir a disseminação de 
doenças infecciosas.
A prática da higiene pessoal, com ênfase na lavagem frequente das mãos, 
tornou-se uma defesa essencial contra a propagação do vírus. A conscientização 
sobre a importância de medidas simples, como usar máscaras e manter distan-
ciamento social, tornou-se parte integrante da rotina diária para mitigar o risco de 
infecção.
A higiene ambiental assumiu um papel crucial na redução da transmissão do 
vírus. A desinfecção regular de superfícies, a ventilação adequada em espaços fe-
chados e a promoção de ambientes limpos são estratégias que contribuíram para 
conter a disseminação do SARS-CoV-2.
23
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
O desenvolvimento e distribuição de vacinas contra a Covid-19 exemplificam 
a importância da profilaxia em nível populacional. Vacinações em massa não ape-
nas protegem os indivíduos vacinados, mas também contribuem para a imunida-
de coletiva, reduzindo a disseminação do vírus na comunidade.
O sucesso na gestão da pandemia está intrinsecamente ligado à integração 
sinérgica de medidas de higiene e profilaxia. Campanhas educacionais abrangen-
tes promovem práticas higiênicas entre a população, enquanto os programas de 
vacinação visam alcançar imunidade coletiva.
Figura 5 – Pessoas com máscara em laboratório
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/medico-realizando-pesquisas-medicas-
em-laboratorio_24236659.htm#query=Pessoas%20com%20m%C3%A1scara%20
em%20laborat%C3%B3rio&position=4&from_view=search&track=ais&uuid=b8d
7f10e-3dad-4422-aa0a-5d0c39a73e3e. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: na imagem, temos duas pessoas em um labora-
tório. Em primeiro plano, temos uma senhora com cabelos grisalhos, 
usando jaleco branco, máscara azul e óculos de proteção, além de 
estar usando luvas e segurando um vidrinho de sangue em uma das 
mãos. Ao fundo, temos uma outra profissional trabalhando vestindo um 
conjuntoazul e mexendo no computador do laboratório.
24
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Profissionais de saúde desempenham um papel central na orientação e im-
plementação dessas estratégias. Além de tratar os doentes, sua responsabilidade 
se estende à educação sobre práticas higiênicas, promoção da vacinação e acon-
selhamento sobre medidas preventivas.
3.1 Desinfecção de Superfícies: Uma Barreira 
Crucial contra a Propagação de Patógenos
A desinfecção de superfícies desempenha um papel crucial na prevenção 
da propagação de patógenos. Superfícies contaminadas servem como potencial 
fonte de transmissão de doenças, tornando imperativa a desinfecção para redu-
zir significativamente o risco de infecções. Essa prática é especialmente vital em 
ambientes de saúde, nos quais a exposição a patógenos é mais frequente, con-
tribuindo para a segurança tanto de pacientes quanto de profissionais de saúde.
A relevância da desinfecção de superfícies é ainda mais evidente em tempos 
de pandemia, como experimentamos com a Covid-19. Durante esse período, a 
desinfecção ganhou destaque como uma estratégia fundamental na redução da 
disseminação do vírus, particularmente em espaços públicos, estabelecimentos 
comerciais e áreas de alto tráfego. A atenção especial a áreas frequentemente to-
cadas, como maçanetas, corrimãos e superfícies compartilhadas, torna-se impe-
rativa para mitigar a propagação de patógenos.
Para garantir a eficácia do processo de desinfecção, a escolha adequada de 
desinfetantes para diferentes tipos de superfícies e patógenos é essencial. Além 
disso, a prática deve ser realizada de maneira regular, especialmente em áreas 
sujeitas a grande circulação de pessoas, para manter ambientes seguros e mini-
mizar os riscos de contaminação.
Além do aspecto técnico, é crucial promover a conscientização e a educação 
sobre a importância da desinfecção de superfícies. Essa abordagem contribui não 
apenas para ambientes mais seguros, mas também para a construção de comuni-
dades mais conscientes e resilientes diante de ameaças infecciosas.
4 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL
No contexto da saúde no século XXI, a incorporação de Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs) e a aplicação rigorosa dos princípios de biossegurança 
desempenham papéis cruciais na prática diária dos profissionais de saúde. Es-
sas medidas não são apenas respostas contemporâneas a pandemias, mas têm 
raízes profundas na história da medicina. Desde os ensinamentos de Florence 
25
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Nightingale, que destacou a importância da higiene na prevenção de infecções, 
até os dias atuais, onde a desinfecção de superfícies é uma prática refinada com 
a escolha criteriosa de desinfetantes, esses conceitos evoluíram para garantir am-
bientes mais seguros para pacientes e profissionais de saúde.
O uso de luvas, fundamental para prevenir o contato direto com agentes bio-
lógicos, químicos e físicos, também passou por uma transformação. Além de sua 
utilização universal, verificações de integridade durante e após o uso tornaram-se 
essenciais, especialmente em situações em que falhas podem comprometer a pro-
teção. O avanço tecnológico e o aumento da conscientização levaram a um cená-
rio em que a escolha adequada de EPIs, como luvas e desinfetantes, é guiada pela 
compreensão das características específicas de diferentes superfícies e patógenos.
No âmbito das máscaras, sua aplicação expandiu-se não apenas para pro-
fissionais de saúde, mas para a população em geral, evidenciando seu papel 
na proteção das vias respiratórias contra substâncias químicas e patógenos. A 
evolução das máscaras cirúrgicas descartáveis e dos respiradores profissionais 
ressalta a importância da escolha adequada, considerando o nível de proteção 
necessário para diferentes procedimentos. A conscientização sobre o descarte 
adequado e a não utilização de máscaras de tecido, popularizadas durante a pan-
demia, reforçam a necessidade de práticas alinhadas aos mais altos padrões de 
biossegurança.
Nesse contexto, a compreensão da biossegurança não se limita apenas aos 
EPIs, estendendo-se aos níveis de contenção física em serviços de saúde. A clas-
sificação dos agentes biológicos em diferentes grupos de risco e a correspon-
dente aplicação de medidas de biossegurança adequadas garantem ambientes 
seguros. Essa abordagem é especialmente crítica em procedimentos invasivos, 
diagnósticos e tratamentos, em que a não higienização das mãos, uso indiscri-
minado de antimicrobianos e falta de precauções podem resultar em infecções 
relacionadas à assistência à saúde. Em um mundo em que a resistência antimi-
crobiana é uma preocupação crescente, a educação contínua sobre boas práticas 
de biossegurança torna-se um pilar essencial para a formação de profissionais de 
saúde resilientes e conscientes.
4.1 Uso de Luvas e Biossegurança
 
Ainda no âmbito dos EPIs, as luvas passaram a ser utilizadas para prevenir 
o contato da pele das mãos e antebraços com agentes biológicos, químicos e fí-
sicos potencialmente perigosos, durante a prestação de cuidados ou manipula-
ção de instrumentos e superfícies, de forma universal. Convém lembrar que o uso 
de luvas não elimina a necessidade da adequada higienização das mãos, a qual 
26
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
deve seguir as recomendações elencadas anteriormente e ser realizada antes e 
depois de seu uso (Thomé, 2020).
O uso das luvas na prática clínica é um elemento fundamental da rotina dos 
profissionais de saúde, desempenhando um papel crucial na prevenção da trans-
missão de patógenos. Ao longo da história da medicina, as luvas evoluíram com 
o objetivo da proteção das mãos para componentes essenciais dos Equipamen-
tos de Proteção Individual (EPIs). Seu emprego generalizado, especialmente em 
ambientes de saúde, visa criar uma barreira física entre o profissional e agentes 
biológicos, químicos e físicos presentes durante a prestação de cuidados ou ma-
nipulação de instrumentos e superfícies.
A importância do uso de luvas é evidente não apenas na prevenção do con-
tato direto com fluidos corporais e materiais contaminados, mas também na redu-
ção do risco de contaminação cruzada entre pacientes. Em situações práticas, em 
que a qualidade das luvas pode variar e incidentes podem ocorrer, a verificação 
da integridade das luvas tornou-se uma prática essencial. Identificar e descartar 
luvas defeituosas durante ou após o uso é crucial para evitar a possibilidade de 
contaminação de áreas que deveriam estar protegidas.
A escolha do tipo de luva, seja ela ambidestra, descartável e feita de látex 
para usos gerais, ou estéril para procedimentos cirúrgicos, depende da natu-
reza do atendimento. As luvas estéreis, por exemplo, são indispensáveis em 
procedimentos que demandam manutenção asséptica rigorosa. Além disso, a 
conscientização sobre a necessidade de trocar as luvas a cada atendimen-
to ou procedimento contribui para a eficácia dessa medida de proteção. Em 
um contexto mais amplo, o uso adequado das luvas não substitui, mas com-
plementa a necessidade imperativa de higienização das mãos, formando uma 
abordagem abrangente para garantir a segurança do profissional de saúde e a 
prevenção de infecções.
27
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Figura 6 – Pessoa com luva
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/investigador-
masculino-que-realiza-experimentos-no-laboratorio_1520959.
htm#&position=26&from_view=search&track=ais&uuid=2d7577fa-c8fb-
4121-8106-700515473dce. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: na imagem, temos um profissional usando um ja-
leco branco, óculos de proteção transparente e ele está segurando um 
vidro de ensaio com um líquido azul dentro. Além disso, ele está usando 
luvas e o ambiente em que ele está é um laboratório. Ao fundo pode-
mos ver um armário embutido na cor branca.
28
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Com o objetivo de garantir a segurança e prevenir a contaminação,houve 
um aumento significativo na atenção e observância do uso adequado das luvas. 
Em situações práticas em que existe a possibilidade de falhas de qualidade, defei-
tos ou incidentes, tornou-se essencial verificar a integridade das luvas, especial-
mente aquelas que apresentam rasgos durante o uso. É crucial evitar o contato e 
possível contaminação das áreas que deveriam estar protegidas, uma vez que lu-
vas defeituosas ou danificadas podem facilitar a multiplicação de microrganismos 
devido às condições favoráveis de umidade, temperatura e luminosidade.
Para lidar com diferentes situações, foi estabelecido universalmente o uso de 
luvas ambidestras, descartáveis e feitas de látex. Essas luvas devem ser trocadas 
a cada atendimento ou procedimento e permitem o contato tanto com áreas ínte-
gras quanto não íntegras, que podem estar potencialmente contaminadas, desde 
que não seja necessário o uso de luvas estéreis.
No caso de procedimentos cirúrgicos que demandam uma manutenção as-
séptica rigorosa, recomenda-se o uso de luvas estéreis, descartáveis e individu-
almente embaladas em pares. Essas luvas são destinadas para o contato com 
áreas íntegras e/ou não íntegras, que também possam estar potencialmente con-
taminadas. Essas medidas visam assegurar a proteção adequada dos profissio-
nais de saúde, bem como prevenir a disseminação de agentes patogênicos em 
diferentes contextos clínicos e procedimentos médicos.
4.2 Uso de Máscaras
Além dos profissionais de saúde, as máscaras foram usadas pela população 
em geral como um equipamento de proteção individual (EPI). Elas são recomen-
dadas para proteger as vias respiratórias e a boca contra substâncias químicas 
durante procedimentos e também contra a possível aspiração de agentes patogê-
nicos encontrados no sangue e em outros fluidos corporais (Thomé, 2020).
29
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Figura 7 – Pessoa com EPI
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/woman-wearing-protective-suit-with-
copy-space_12354045.htm#query=biosseguran%C3%A7a&position=21&from_
view=search&track=ais&uuid=1770cd46-72f6-4795-b08d-
eefd3b8b043c. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: pessoa de braços cruzados e toda paramentada 
de branco com máscara azul.
Reforça-se que o uso de máscaras também é recomendado para minimizar 
a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio 
profissional da saúde ou pelo paciente (Teixeira; Valle, 2010). A escolha adequada 
deve ser feita considerando o nível de proteção necessário ao procedimento exi-
gido ou o risco de patógeno infectante envolvido que, no caso da Covid-19, tem 
grande importância no contexto da transmissibilidade. Máscaras cirúrgicas des-
cartáveis de tripla proteção são usadas de modo a proteger a boca e o nariz e são 
recomendadas para a proteção da contaminação por gotículas (Brasil, 2021).
Elas não devem ser penduradas ou guardadas, sendo necessário respeitar o 
tempo de uso, especialmente se úmidas e/ou contaminadas. Devem ser descar-
tadas em recipientes próprios (lixeiras fechadas, de pedal), obedecendo a fluxos 
e protocolos de descarte de resíduos sólidos gerados pelo hospital/instituição de 
saúde. Os respiradores profissionais, recomendados para a proteção por aeros-
sóis, protegem a boca e o nariz e com vedação, para partículas abaixo de 5 µ.
De acordo com Silva (2013), as máscaras descartáveis devem ser usadas 
entre o atendimento de cada paciente, e sempre que se tornarem úmidas e/ou 
30
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
com contaminação evidente devem ser trocadas e descartadas. As comerciali-
zadas em caixas não estéreis com quantidades diversas, com elástico ou com ti-
ras para amarração, disponíveis em diversas cores, deveriam ser disponibilizadas 
após treinamentos de uso pelas equipes multidisciplinares.
Sempre que os respiradores de proteção PFF2/N95, de uso único, descar-
táveis, recomendados para o atendimento de cada paciente, tornarem-se úmidos 
ou com contaminação evidente devem ser trocados ou descartados. Esses res-
piradores de proteção são compostos por seis camadas de proteção e dispõem 
de filtro eficiente para retenção de contaminantes presentes na atmosfera sob a 
forma de aerossóis. A N95 é uma certificação adotada nos Estados Unidos e no 
Canadá que é equivalente às PFF2 (peças faciais filtrantes) adotadas no Brasil 
(Brasil, 2021).
Em decorrência do aumento da demanda causada pela Covid-19, recomen-
dou-se que os respiradores de proteção PFF2 ou N95 poderiam ser excepcio-
nalmente usados por período maior, dependendo do estado de conservação e, 
especialmente, da maneira como são guardados após o uso. Uma das orienta-
ções importantes é não escrever nome e/ou dados de identificação nas másca-
ras/respiradores (N94/PFF2), uma vez que algumas canetas podem danificar as 
fibras, assim como sua capacidade filtrante.
Os EPIs sempre devem ser de uso pessoal, não podendo ser emprestados. 
Também é importante ler as recomendações de cada fabricante. Vale ressaltar 
que a máscara de tecido, criada durante o tempo da pandemia de Covid-19, não é 
um EPI, e por isso não deve ser usada (Faria et al., 2020).
4.3 Uso de Avental e Gorro
No cenário da biossegurança, o uso adequado de Equipamentos de Prote-
ção Individual (EPIs) é fundamental para garantir a segurança dos profissionais 
de saúde e prevenir a propagação de patógenos. Entre esses EPIs, o avental e o 
gorro desempenham papéis cruciais na redução do risco de contaminação duran-
te procedimentos médicos.
O avental, geralmente feito de materiais resistentes a fluidos, como polietile-
no, funciona como uma barreira física entre o profissional e substâncias potencial-
mente contaminadas. Essa proteção é essencial em ambientes hospitalares, nos 
quais o contato com fluidos corporais é frequente. Além disso, o avental contribui 
para manter a integridade das roupas do profissional, evitando a contaminação di-
reta da pele.
31
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
O gorro, por sua vez, é essencial para cobrir os cabelos e impedir que partí-
culas possam se desprender e contaminar o ambiente ou o paciente durante pro-
cedimentos médicos. A utilização é uma prática padrão em ambientes cirúrgicos, 
onde a manutenção da assepsia é crucial. Além de contribuir para a segurança, a 
touca faz parte da identidade visual dos profissionais de saúde, reforçando a ima-
gem de higiene e cuidado.
Em conjunto, o uso adequado do avental e do gorro como parte do EPI não 
apenas protege os profissionais de saúde, mas também contribui para a seguran-
ça dos pacientes e a manutenção da biossegurança nos ambientes de assistên-
cia à saúde. Essas práticas refletem a preocupação constante em adotar medidas 
preventivas para garantir a integridade física e a saúde de todos os envolvidos 
nos processos clínicos e cirúrgicos.
5 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA FÍSICA EM SERVIÇOS 
DE SAÚDE 
Os agentes biológicos apresentam um risco real ou potencial para o homem 
e o meio ambiente. Por essa razão, é fundamental montar uma estrutura que se 
adapte à prevenção aos riscos encontrados nas diversas unidades de assistência. 
Os agentes biológicos se dividem em quatro grupos ou classes de risco (I, II, III e 
IV), sendo considerados os critérios: a patogenicidade para o homem, virulência, 
modo de transmissão, endemicidade, estabilidade do agente infeccioso a condições 
adversas e existência ou não de profilaxia e de terapêutica efetivas (Silva, 2013).
Os níveis de contenção física estão relacionados com os requisitos classi-
ficados nos quatro grupos de risco. As principais infecções associadas à assis-
tência à saúde são decorrentes de processos infecciosos de feridas cirúrgicas 
pós-operatórias; da utilização indiscriminada e/ou inadequada de antimicrobianos; 
da utilização de procedimentos invasivos para diagnóstico e tratamentos (catete-
res venosos ou arteriais, sondagens); e da não higienização das mãos (Liu, 2018).
Um exemplo de infecção comum causada pelo fungo Candida ocorreprin-
cipalmente devido ao uso de cateteres e à falta de higienização das mãos. Essa 
infecção afeta principalmente pacientes internados em unidades de terapia inten-
siva (UTIs), após grandes cirurgias, quando estão usando antibióticos de amplo 
espectro, pacientes que recebem nutrição parenteral total, pessoas que sofreram 
queimaduras, recém-nascidos, diabéticos e indivíduos com câncer (especialmen-
te aqueles com leucemia) (Hirata, 2012).
A taxa de infecção, seja em países desenvolvidos ou mesmo no Brasil, é va-
riável e demonstra a necessidade de serem adotadas as medidas necessárias 
32
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
ao controle de infecção relacionada à assistência de saúde. A desinformação dos 
profissionais de saúde é um dos grandes responsáveis por esses processos infec-
ciosos (Thomé, 2020).
Define-se infecção relacionada à assistência à saúde como toda e qualquer 
infecção adquirida em instituições hospitalares e unidade prestadora de serviço 
assistencial à saúde após a internação do paciente e que se manifeste durante a 
internação, ou mesmo após a alta, quando pode ser relacionada com a internação 
e/ou com procedimentos invasivos (Liu, 2018).
Entre as diversas medidas de controle de infecções estão incluídos, e até 
mesmo enfatizados, os níveis de biossegurança (NB) física nos diversos setores 
dos serviços de saúde, especialmente nas áreas críticas. De forma geral, os ní-
veis de biossegurança são proporcionais à classe dos riscos em que os microrga-
nismos foram classificados, de forma que agentes infecciosos de classe de risco I 
necessitam de medidas de biossegurança menos rigorosas que para os agentes 
infecciosos de classe de risco IV, por exemplo (Thomé, 2020). No entanto, alguns 
procedimentos e/ou protocolos podem exigir medidas de contenção adicionais de 
acordo com o agente infeccioso envolvido (Grist, 1995).
33
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Figura 8 – Pessoas com máscara em laboratório
Fonte: <https://www.freepik.com/free-photo/scientists-with-tube-
glass-slide-close-up_12892399.htm#query=profissionais%20
laborat%C3%B3rio%20paramentados&position=15&from_
view=search&track=ais>. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: duas pessoas com jaleco branco, máscara e tou-
ca em um laboratório analisando uma amostra de sangue. O ambiente 
que eles estão é todo branco e ao fundo temos uma estante de metal. 
Ao lado de um dos profissionais temos um pedaço de um microscópio 
amostra.
O nível I de biossegurança apresenta baixo risco individual e coletivo, devido 
à presença de microrganismos que nunca foram descritos como agentes causais 
de doenças no homem e com pouca probabilidade de alto risco para os profissio-
nais de um modo geral (Barsano, 2018). Em relação à contenção física, esta se 
aplica aos serviços de ensino básico com manipulação de microrganismos perten-
centes ao grupo de risco I. Do ponto de vista da arquitetura, não é exigido nenhum 
desenho, apenas um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas 
práticas laboratoriais e/ou de biossegurança (Hirata, 2012).
Para a instalação de laboratórios e/ou serviços nesse nível, não há nenhuma 
restrição particular na localização da instalação quanto à proximidade de áreas 
de público ou circulações com grande movimentação de trabalho, embora seja 
34
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
necessário que a sala esteja separada por uma porta, que deverá permanecer 
sempre fechada.
O nível II mostra risco individual moderado e risco coletivo limitado por con-
ta de microrganismos que podem provocar doenças, com pouca probabilidade de 
alto risco para os profissionais do laboratório e das unidades de saúde em virtude 
da existência de medidas profiláticas eficazes (Silva, 2013). Esse nível de conten-
ção física é conveniente ao trabalho com agentes do grupo II, sendo necessária 
a adoção de requisitos físicos, somada às exigências do nível I, que asseguram 
proteção maior ao pessoal de laboratório clínico ou hospitalar à exposição ocasio-
nal e inesperada a microrganismos pertencentes a grupos de risco mais elevados 
(Hirata, 2012).
O laboratório e/ou outros ambientes com risco II devem estar localizados lon-
ge das áreas de público, escritórios em geral e áreas de atendimento a pacientes. 
Uma autoclave deve estar disponível dentro do laboratório ou em local próximo. 
Nesse nível, existe um alto risco individual e um risco moderado para a co-
munidade. Os microrganismos neste grupo podem ser transmitidos facilmente de 
uma pessoa para outra, principalmente através do ar, e representam uma amea-
ça quando se espalham na comunidade. Eles têm o potencial de causar doenças 
graves e até fatais nas pessoas, embora existam medidas preventivas e trata-
mentos disponíveis. Exemplos de microrganismos nesse grupo incluem a bactéria 
Mycobacterium tuberculosis, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o SAR-
S-CoV-2 (o vírus responsável pela Covid-19) (Silva, 2013).
35
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Figura 9 – Pessoas em consultório
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/doctor-examining-chest-
patient_3029795.htm#query=tuberculose&position=18&from_vi
ew=search&track=sph&uuid=004d1355-56d0-493d-b6fe-
6f83aeabf3af. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: na imagem temos duas pessoas, um médico de 
máscara analisando o paciente sem máscara. O médico usa um jaleco 
branco, uma máscara e está auscultando o paciente com um estetos-
cópio. O paciente está usando uma calça jeans e uma blusa cinza. Ao 
fundo temos um vaso de plantas como decoração.
Requer mais cuidados que os níveis I e II, exigindo desenho e construção es-
pecializados, devendo-se manter o controle restrito de todas as fases do projeto, 
construção, inspeção, operação e manutenção das instalações. Os laboratórios e/
ou áreas de nível III devem estar localizados longe das áreas de trabalho em geral 
e das vias de passagem, e ter acesso limitado ao pessoal técnico. Devem ser do-
tados de uma autoclave de dupla porta ou de uma autoclave localizada dentro da 
área de apoio da instalação (Liu, 2018).
Todas as atividades que envolvam materiais infecciosos devem ser conduzi-
das em cabines de segurança biológica ou outra apropriada combinação de prote-
tores individuais ou dispositivos de contenção física.
36
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
O nível IV da classificação dos microrganismos por classe de risco agrupa 
os agentes que causam doenças graves para o homem e representam um gra-
ve risco para os profissionais de laboratório e para a coletividade. Inclui agentes 
patogênicos (vírus e micoplasmas) altamente infecciosos, que se propagam facil-
mente e para os quais não existem medidas profiláticas e/ou terapêuticas, poden-
do causar a morte (Liu, 2018).
É o nível que mais exige medidas de contenção e representa uma unidade 
geográfica com funcionamento independente das outras áreas. Requer barreiras 
de contenção e equipamentos de segurança biológica especial, área de suporte 
laboratorial e um sistema de ventilação próprio, além dos requisitos físicos e ope-
racionais dos níveis I, II e III (Hirata, 2012).
Figura 10 – Pessoas com EPI
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/doctor-mask-
gloves-protective-suit-pointing-left-looking_7753341.
htm#query=biosseguran%C3%A7a&position=1&from_vi
ew=search&track=ais&uuid=1770cd46-72f6-4795-b08d-
eefd3b8b043c. Acesso em: 23 de novembro de 2023.
#ParaTodosVerem: na imagem, temos uma pessoa com jaleco branco, 
máscara e touca em um laboratório, indicando com o dedo para um dos 
lados da imagem.
37
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
Requer edifício separado ou área isolada, com fluxo de ar negativo dentro 
do laboratório. Os sistemas de abastecimento e escape devem ser a vácuo e de 
descontaminação. Todas as paredes devem ser construídas de alvenaria reforça-
da ou de concreto, e os tetos, quando rebaixados, executados em malha de gesso 
reforçada. Devem ter instalações de chuveiro, lava-olhos e lavatórioscom dispo-
sitivos de funcionamento acionados por pedal ou controle automático (célula foto-
elétrica) na área de biocontenção (Brasil, 2010).
As portas devem ser duplas e ter dispositivos que impeçam a entrada de 
pessoas não autorizadas. A cabine de segurança biológica, é considerada como 
o principal equipamento de proteção coletiva a ser utilizado nesse nível (Brasil, 
2010).
Prepare-se para uma imersão prática e visual, no vídeo desta unidade iremos 
conectar os elementos teóricos essenciais ao seu desenvolvimento acadêmico 
com os necessários para o seu futuro profissional.
EM FOCO
38
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
NOVOS DESAFIOS
Agora que estamos chegando ao fim do conteúdo deste tema de aprendi-
zagem, podemos compreender um pouco mais da relação entre o mercado de 
trabalho e os conteúdos aqui trabalhados, pois a compreensão aprofundada da 
desinfecção de superfícies, uso de luvas e máscaras, juntamente com a conscien-
tização sobre os níveis de biossegurança física em serviços de saúde, torna-se 
uma vantagem crucial. 
A prática regular desses protocolos é essencial, não apenas para a seguran-
ça dos profissionais de saúde, mas também para a prevenção da propagação de 
patógenos, uma consideração fundamental em tempos de pandemia como a que 
vivemos com a Covid-19.
Sendo que a escolha adequada de desinfetantes, o uso de EPIs, a imple-
mentação de níveis de biossegurança física, de acordo com a classificação de 
riscos, contribui para a criação de ambientes seguros. Ao compreender a impor-
tância de adotar essas práticas será possível enfrentar desafios reais no ambiente 
profissional, contribuindo para a segurança dos pacientes e a eficácia dos servi-
ços de saúde.
No futuro profissional, a conscientização sobre a importância desses proto-
colos não apenas garantirá a segurança individual, mas também contribuirá para 
a construção de uma comunidade mais resiliente diante de ameaças infecciosas. 
39
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
AUTOATIVIDADES
1 - A emergência da pandemia de Covid-19 destacou a relevância da biosse-
gurança em saúde no combate a doenças infecciosas. A biossegurança assume 
um papel vital na prevenção da propagação do vírus SARS-CoV-2, causador da 
Covid-19. 
Qual das práticas a seguir está em conformidade com os princípios de bios-
segurança para prevenção da Covid-19? Assinale a alternativa correta.
a) Utilizar máscaras cirúrgicas ou do tipo N95/PFF2.
b) Lavar as mãos com água e sabão somente após tocar em superfícies visi-
velmente sujas.
c) Manter o distanciamento social de, no mínimo, 3 metros entre as pessoas.
d) Utilizar máscara caseira.
e) Reutilizar máscara cirúrgica.
2 - Na área da biossegurança, a classificação dos laboratórios de acordo 
com seus níveis de segurança é crucial para garantir a manipulação segura de 
agentes biológicos. Considerando essa importância, avalie qual das seguintes 
afirmações é verdadeira em relação aos níveis de segurança em biossegurança.
a) O nível de biossegurança 3 (BSL-3) é recomendado para manipular agen-
tes biológicos de risco moderado, como a bactéria E. coli.
b) O nível de biossegurança 2 (BSL-2) é adequado para trabalhar com agen-
tes altamente patogênicos, como o vírus Ebola.
c) O nível de biossegurança 1 (BSL-1) é aplicado apenas em laboratórios de 
pesquisa de alta segurança.
d) O nível de biossegurança 4 (BSL-4) é adequado para trabalhar com agen-
tes altamente patogênicos, como o vírus Ebola.
e) O nível de biossegurança 3 (BSL-3) é aplicado exclusivamente em labora-
tórios de pesquisa de alta segurança.
40
Intersecções da Biossegurança com a Saúde
3 - Considerando a importância da biossegurança em hospitais para prevenir 
a disseminação de doenças infecciosas, qual das seguintes práticas é essencial 
para garantir um ambiente seguro e protegido?
a) Uso adequado de EPIs, higienização das mãos, ventilação adequada e 
isolamento de pacientes adequadamente.
b) Correta lavagem das mãos.
c) Ventilação adequada.
d) Compartilhamento de materiais.
e) Treinamento regular em biossegurança.
41
 
REFERÊNCIAS
BARSANO, P. R. T. Biossegurança: ações fundamentais para promoção da saúde. 
São Paulo: Érica, 2018.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nota técnica GVIM/ 
GGTES/ANVISA N. 07/2020 – Orientações para prevenção e vigilância epidemio-
lógica das infecções por SARS-CoV-2 (Covid-19) dentro dos serviços de saúde. 
BRASIL, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteu-
do/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/nota-tecnica-gvims-ggtes-anvisa-
-no-07-2020>. Acesso em: 29 jun. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Biossegurança em saúde: prioridades e estra-
tégias de ação. Brasília, 2010.
FARIA, M. H. D. et al. Biossegurança em odontologia e Covid-19: uma revisão inte-
grativa. Cadernos ESP, v. 14, n. 1, p. 53-60, 2020. Disponível em: <https://cadernos.
esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/335>. Acesso em: 29 jun. 2023. 
GRIST, N. R. Manual de biossegurança para o laboratório. [S. l.: s. n.], 1995.
HIRATA, M. H. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012.
LIU, D. J. J. Manual de pronto-socorro. 2. ed. São Paulo: Roca, 2018.
SILVA, J. V. Biossegurança no contexto da saúde. São Paulo: Érica, 2013.
TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. São 
Paulo: Fiocruz, 2010.
THOMÉ, G. et al. Manual de boas práticas em biossegurança para ambientes 
odontológicos. Brasília, DF: Conselho Federal de Odontologia, 2020.
Biossegurança 
em Saúde
Edição 1
CAPÍTULO 2
Biossegurança e os 
riscos em saúde
TEMA DE APRENDIZAGEM
Minhas metas:
 3 Conhecer as normativas nacionais e internacionais relaciona-
das à biossegurança e compreender a importância da adesão às 
boas práticas em ambientes de saúde.
 3 Analisar estratégias para o controle de infecções, desde práti-
cas básicas até protocolos avançados, considerando a gestão de 
bactérias multirresistentes.
 3 Integrar a sensibilidade cultural na aplicação de medidas de bios-
segurança, reconhecendo a diversidade de práticas e crenças 
que impactam as estratégias de prevenção.
 3 Explorar as tecnologias emergentes em biossegurança, bem 
como enfrentar os desafios contemporâneos, como resistência 
bacteriana e pandemias.
 3 Desenvolver habilidades práticas na aplicação de medidas pre-
ventivas, gestão de riscos e adaptação de práticas de acordo 
com contextos culturais específicos.
45
 Biossegurança e os riscos em saúde
INICIE SUA JORNADA
Bem-vindo à sua jornada na Unidade de Biossegurança em Saúde! Vamos 
começar com uma situação-problema que nos permitirá explorar a relevância e 
aplicação prática dos conceitos que abordaremos.
Imagine que você faz parte de uma equipe de profissionais de saúde encarre-
gada de implementar medidas de biossegurança em um hospital. Recentemente, 
ocorreram casos de infecções hospitalares, algumas delas causadas por bactérias 
multirresistentes. A falta de adesão às práticas adequadas de biossegurança e a au-
sência de normatização eficaz contribuíram para essa situação preocupante.
A resolução efetiva desse problema é crucial para a segurança dos pacientes, 
da equipe de saúde e até mesmo para a reputação do hospital. Infecções hospitala-
res podem resultar em complicações graves, prolongamento da estadia do paciente 
e custos adicionais. Além disso, a disseminação de bactérias multirresistentes re-
presenta uma ameaça global à saúde pública. Ao abordar essa problemática, es-
tamos não apenas protegendo vidas individuais, mas também contribuindo para a 
prevenção de resistência bacteriana em uma escala mais ampla.
Durante esta unidade, você será desafiado a desenvolver protocolos de 
biossegurança específicos para diferentes setores do hospital, considerando as 
particularidades de cada área. Poderá simular auditorias de conformidade, iden-
tificando áreas de melhoria e propondo soluções práticas para garantir a adesão 
às normas. Além disso, abordaremos estudosde caso reais, fornecendo insights 
sobre como outras instituições superaram desafios semelhantes.
À medida que avançamos, reflita sobre como as práticas de biossegurança 
não apenas afetam o ambiente hospitalar imediato, mas também têm implicações 
mais amplas na saúde global. Como profissionais em formação, suas decisões e 
ações terão impactos significativos na prevenção de infecções e na promoção de 
práticas seguras em um cenário de saúde em constante evolução.
Que tal conferir agora o vídeo “Infecção Hospitalar: a Cul-
pa é Sua”?
PLAY NO CONHECIMENTO
https://www.youtube.com/watch?v=g2UhAikq80c
https://www.youtube.com/watch?v=g2UhAikq80c
https://www.youtube.com/watch?v=g2UhAikq80c
46
 Biossegurança e os riscos em saúde
Prepare-se para mergulhar nessa jornada educacional, em que cada concei-
to que exploraremos terá uma aplicação prática direta na construção de ambien-
tes de saúde mais seguros e resilientes. Vamos iniciar esta jornada rumo a um 
futuro de práticas de biossegurança eficazes e impactantes!
VAMOS RECORDAR?
Chegou o momento de relembrar sobre as medidas de isolamento. Você ain-
da lembra como elas funcionam? Confira este vídeo e refresque sua memória!
https://www.youtube.com/watch?v=n8BzIHwRukw
47
 Biossegurança e os riscos em saúde
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Nesta jornada educacional sobre Biossegurança em Saúde, adentraremos 
um universo de conhecimentos essenciais para a promoção de ambientes segu-
ros e saudáveis. Ao explorarmos os intricados conceitos de identificação de riscos 
biológicos, normativas de segurança, controle de infecções e a adaptação cultural 
dessas práticas, estaremos construindo as bases fundamentais para a atuação 
responsável e eficaz em ambientes de saúde. Cada tópico abordado contribuirá 
não apenas para a sua formação acadêmica, mas também para a sua capacidade 
de impactar positivamente a segurança e a saúde global. 
1 BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE E RISCOS
No âmbito da biossegurança em saúde hospitalar e Unidades Básicas de 
Saúde (UBS), é fundamental compreender que, embora a ocorrência de inciden-
tes seja improvável, ao ingressar nesses espaços, torna-se essencial familiari-
zar-se com os protocolos de segurança. Esses procedimentos constituem a base 
para uma atuação que visa a redução mínima de riscos (Barsano, 2018).
Nesse sentido, a Norma Regulamentadora 9 (NR-9), estabelecida pela Por-
taria n. 3.214/1978 do Ministério do Trabalho, esclarece que os riscos ambientais 
podem desencadear acidentes ou doenças laborais, em função de sua natureza, 
concentração, intensidade ou tempo de exposição, todos capazes de causar da-
nos à saúde dos trabalhadores (Cardoso, 2001).
48
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 1 – Trabalhadora calçando luva
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/woman-mask-uniform-
puts-gloves_7368647.htm#query=biosseguran%C3%A7a%20em%20
saude&position=3&from_view=search&track=ais&uuid=f7dd971e-b65f-
4f2e-8cd9-11bc51b6d3e1. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: enfermeira de jaleco branco, cabelos soltos, utili-
zando máscara cirúrgica, usando luvas e vista de perfil.
No contexto específico da saúde hospitalar, destaca-se o risco biológico, de-
corrente da manipulação diária de materiais biológicos, como sangue e fluidos 
corporais, durante a realização de procedimentos e análises clínicas.
A compreensão dos tipos de risco é crucial no âmbito da biossegurança em 
saúde, desempenhando um papel fundamental na promoção de ambientes de tra-
balho seguros e na proteção tanto dos profissionais de saúde quanto dos pacien-
tes. Em contextos hospitalares e de assistência básica, diversos tipos de riscos 
podem estar presentes, demandando uma abordagem cuidadosa para sua gestão 
eficaz.
49
 Biossegurança e os riscos em saúde
O risco biológico destaca-se como um elemento central, dado que está intrin-
secamente ligado à exposição a agentes biológicos patogênicos. A manipulação 
de amostras como sangue e fluidos corporais coloca os profissionais de saúde em 
uma posição vulnerável, tornando essencial a aplicação rigorosa de práticas de 
biossegurança, incluindo o uso apropriado de equipamentos de proteção individu-
al (EPIs) e a adesão estrita a protocolos de desinfecção (Barsano, 2018).
No que tange ao risco químico, a exposição a substâncias utilizadas em 
procedimentos médicos, limpeza e esterilização demandam uma compreensão 
aprofundada e a aplicação de práticas seguras de manuseio. O armazenamento 
adequado, o uso responsável de produtos químicos e a constante atualização so-
bre os perigos associados são medidas essenciais para prevenir incidentes.
Os riscos físicos, como exposição a ruído, radiações e variações extremas 
de temperatura, requerem a implementação de controles técnicos para mitigar po-
tenciais danos. Isolamento acústico, barreiras físicas e monitoramento ambiental 
são estratégias que contribuem para a prevenção desses riscos.
Por fim, o risco ergonômico, relacionado às condições inadequadas de traba-
lho que podem impactar a saúde física e mental, destaca a importância de avaliar 
e ajustar ambientes laborais. Essa abordagem ergonômica visa minimizar des-
confortos e prevenir lesões associadas a posturas inadequadas.
1.1 Biossegurança e Risco no Ambiente Hospitalar
A natureza do risco biológico no ambiente hospitalar é uma faceta complexa 
que permeia a rotina dos profissionais de saúde, impondo desafios significativos 
que vão além da simples manipulação de materiais biológicos. Esse tipo de risco 
envolve uma miríade de agentes patogênicos, desde vírus e bactérias até fungos 
e parasitas, cada um com características únicas, modos de transmissão específi-
cos e potencial de patogenicidade variado.
50
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 2 – Trabalhadora com luvas
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/female-nurse-with-
mask-putting-gloves-preparing-cure-coronavirus-patient_18835136.
htm#query=biosseguran%C3%A7a%20em%20saude&position=7&from_
view=search&track=ais&uuid=f7dd971e-b65f-4f2e-8cd9-
11bc51b6d3e1. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: médica utilizando scrub cirúrgico, além de másca-
ra cirúrgica e luvas. A imagem está com as cores alteradas, onde a mé-
dica está em cores cinzas e os EPIs em azul e laranja.
A transmissão desses agentes infecciosos no contexto hospitalar é multifa-
cetada, podendo ocorrer por meio do contato direto com pacientes infectados, da 
geração de aerossóis durante procedimentos médicos ou até mesmo pela mani-
pulação inadequada de materiais biológicos. A incerteza diagnóstica inicial adi-
ciona uma camada de complexidade, especialmente em situações emergenciais, 
nas quais a identificação imediata da presença de agentes patogênicos pode ser 
desafiadora. Nesse contexto, a implementação de medidas preventivas padrão e 
a adoção consistente de práticas seguras tornam-se imperativas.
Além disso, a variação na virulência desses microorganismos adiciona com-
plexidade à gestão do risco biológico. Alguns agentes são altamente virulentos, 
apresentando agressividade significativa, enquanto outros podem ter um impac-
to menor na saúde. A evolução constante desses agentes e sua capacidade de 
desenvolver resistência a medicamentos são preocupações contínuas, exigindo 
uma abordagem adaptativa e inovadora na gestão do risco.
51
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 3 – Profissionais da saúde
Fonte: https://www.freepik.com/premium-photo/doctors-hazmat-suits-
hospital_10887275.htm#query=biosseguran%C3%A7a%20em%20
saude&position=10&from_view=search&track=ais&uuid=f7dd971e-b65f-
4f2e-8cd9-11bc51b6d3e1. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: duas profissionais de saúde utilizando EPIs bran-
cos, segurando prancheta e discutindo um caso.
A complexidade do risco biológico não se restringe apenas à segurança dos 
pacientes; ela se estende diretamente à saúde ocupacional dos profissionais de 
saúde. A exposição contínua a esses agentespode resultar em efeitos adversos, 
destacando a importância de medidas preventivas durante o atendimento e uma 
vigilância constante da saúde dos trabalhadores (Silva, 2013).
A compreensão profunda da natureza do risco biológico no ambiente hospita-
lar é essencial para a implementação eficaz de estratégias de prevenção e contro-
le. Uma cultura de biossegurança robusta, enraizada no conhecimento detalhado 
e na aplicação consistente de medidas preventivas, é crucial para enfrentar os de-
safios complexos impostos por esse tipo específico de risco em um ambiente tão 
dinâmico e crítico.
52
 Biossegurança e os riscos em saúde
1.1.1 Agentes Patogênicos e Variedade Biológica
A compreensão dos agentes patogênicos e sua variedade biológica é es-
sencial para abordar a complexidade do risco biológico no ambiente hospitalar. 
Estamos diante de um espectro diversificado de microrganismos, cada qual com 
características únicas que influenciam sua transmissão, patogenicidade e impacto 
na saúde humana.
Os vírus constituem uma parte significativa dessa variedade biológica. Sua 
capacidade de se replicar rapidamente e adaptar-se a diferentes ambientes torna-
-os agentes infecciosos notáveis (Barsano, 2018).
Os vírus são entidades biológicas intracelulares obrigatórias, constituídas por 
material genético (DNA ou RNA) envolto por uma cápsula proteica denominada 
capsídeo. A natureza peculiar dos vírus os diferencia de outros organismos, pois 
carecem de capacidade metabólica própria e só conseguem se reproduzir dentro 
de células hospedeiras. A sua estrutura básica inclui:
MATERIAL GENÉTICO
Os vírus podem conter ácido desoxirribonucleico (DNA) ou ácido ribonucleico 
(RNA) como seu material genético. Essa informação genética é essencial para a 
replicação e produção de novas partículas virais.
CAPSÍDEO
O capsídeo é uma proteína que envolve o material genético viral. Sua função 
principal é proteger o ácido nucleico durante a transmissão e facilitar a sua en-
trada nas células hospedeiras.
Os vírus não possuem estruturas celulares completas, como membranas ce-
lulares ou organelas, e sua capacidade de replicação depende inteiramente da 
maquinaria celular do hospedeiro. Quando um vírus infecta uma célula, ele uti-
liza os recursos celulares para sintetizar proteínas virais e replicar seu material 
genético.
A diversidade viral é imensa, abrangendo uma ampla variedade de formas, 
tamanhos e estratégias de infecção. Alguns vírus são envoltos por uma membra-
na lipídica adquirida da célula hospedeira durante a liberação, enquanto outros 
53
 Biossegurança e os riscos em saúde
permanecem sem envoltório. A variedade genômica também é notável, com vírus 
de DNA e RNA que podem ser de fita simples ou dupla.
Os vírus são conhecidos por causar diversas doenças em organismos, in-
cluindo seres humanos, animais e plantas. Sua capacidade de mutação e adapta-
ção rápida é um desafio significativo para a prevenção e tratamento de infecções 
virais. A compreensão profunda da biologia viral é crucial para desenvolver estra-
tégias eficazes de controle e tratamento, particularmente no ambiente hospitalar, 
no qual a transmissão de vírus pode ter implicações sérias na saúde pública (Car-
doso, 2001).
Figura 4 – Covid-19
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/celula-detalhada-do-virus-
corona_7512478.htm#&position=28&from_view=search&track=ais&uuid=4631
6d85-0233-45de-9691-d0334e911d6d. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: imagem colorida artificialmente, a qual mostra o 
vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19, visto por microscópio eletrôni-
co, no qual é possível observar sua forma e principalmente as proteínas 
spike
Bactérias, por outro lado, podem assumir uma ampla gama de formas e fun-
ções, sendo algumas essenciais para funções biológicas saudáveis, enquanto ou-
tras são patogênicas. 
As bactérias são microrganismos unicelulares procariontes, são elemen-
tos fundamentais no contexto da biossegurança em saúde. Sua estrutura e 
54
 Biossegurança e os riscos em saúde
características desempenham papéis cruciais na avaliação e gestão dos riscos 
biológicos em ambientes hospitalares. 
A presença da parede celular é uma característica distintiva das bactérias, 
fornecendo suporte estrutural e proteção. Essa estrutura é de particular importân-
cia na biossegurança, pois a resistência da parede celular pode influenciar a efi-
cácia de agentes de limpeza e desinfetantes (Hirata, 2012).
A diversidade metabólica das bactérias é crucial na avaliação do ambiente 
hospitalar. Compreender se uma bactéria é aeróbia (requer oxigênio) ou anaeró-
bia (vive em ambientes com baixa ou nenhuma presença de oxigênio) é vital para 
adaptar estratégias de controle e prevenção.
A variabilidade nas formas e nos arranjos bacterianos tem implicações prá-
ticas na identificação e classificação desses microrganismos. A capacidade de 
identificar rapidamente a presença de bactérias e seu arranjo contribui para a im-
plementação eficaz de medidas de contenção.
A compreensão da reprodução assexuada por fissão binária e da troca de 
material genético entre bactérias é crucial. Isso influencia diretamente a propaga-
ção de infecções e a possível evolução de resistência a antimicrobianos, aspectos 
críticos na gestão de riscos biológicos (Silva, 2013).
Algumas bactérias desenvolvem resistência a antibióticos, representando 
um desafio significativo na biossegurança hospitalar. A avaliação da sensibilidade 
bacteriana a antimicrobianos é essencial para a escolha adequada de tratamen-
tos e a prevenção da disseminação de cepas resistentes (Barsano, 2018).
Bactérias patogênicas são responsáveis por uma variedade de infecções 
hospitalares. A identificação precoce, o isolamento adequado e a implementação 
de práticas de controle de infecções são passos cruciais para minimizar riscos. 
Principalmente se tratando das bactérias multirresistentes que veremos mais à 
frente.
Portanto, as características específicas das bactérias desempenham um pa-
pel central na biossegurança em saúde. Seja na resistência da parede celular, nas 
diferentes formas de reprodução, na variabilidade metabólica ou na resistência a 
antimicrobianos, a compreensão desses aspectos é fundamental para a imple-
mentação eficaz de medidas preventivas e de controle em ambientes hospitalares.
55
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 5 – Bactérias
Fonte: https://www.freepik.com/premium-photo/medical-illustration-
bacteria-cells_10757050.htm#query=bacteria&position=7&from_
view=search&track=sph&uuid=7d64c717-f876-4b57-b631-
591111bfab57. Acesso em: 13 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: imagem colorida artificialmente, a qual mostra al-
gumas bactérias gram-positivas vistas pelo microscópio coloridas de 
azul.
1.1.2 Agentes Patogênicos e Variedade Biológica
A compreensão da transmissão e contágio de agentes biológicos, incluindo 
bactérias, é um componente crucial da biossegurança em saúde, particularmente 
em ambientes hospitalares. 
A transmissão refere-se à propagação de agentes biológicos, como bacté-
rias, de uma fonte para um hospedeiro suscetível. No ambiente hospitalar, essa 
transmissão pode ocorrer de diversas maneiras, incluindo:
• Contato Direto: por meio do toque direto entre uma pessoa infectada e outra 
suscetível.
• Contato Indireto: via contato com superfícies ou objetos contaminados com 
agentes infecciosos.
• Transmissão Aérea: pela disseminação de partículas no ar, como gotículas 
respiratórias, que podem ser inaladas por pessoas próximas ou aerossóis.
56
 Biossegurança e os riscos em saúde
O contágio refere-se à capacidade de um agente infeccioso, como uma bac-
téria, de ser transmitido de uma pessoa infectada para outra suscetível. Esse 
processo está intimamente ligado à transmissão e depende de vários fatores, in-
cluindo a virulência do agente, a carga microbiana, a duração da exposição e a 
suscetibilidade do hospedeiro.
Estratégias de biossegurançaem saúde visam prevenir a transmissão e con-
tágio de agentes biológicos. Isso envolve a implementação de práticas rigorosas 
de higiene, uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI) e a ado-
ção de medidas de isolamento quando necessário (Cardoso, 2001).
A avaliação e o controle de fontes de transmissão, como superfícies conta-
minadas e pacientes infectados, são fundamentais. Isso inclui a limpeza eficaz 
de ambientes hospitalares e a identificação precoce de pacientes colonizados ou 
infectados.
Dependendo do modo de transmissão, medidas específicas podem ser imple-
mentadas. Por exemplo, em casos de transmissão aérea, a utilização de precau-
ções adicionais, como o uso de máscaras respiratórias, pode ser recomendada.
Profissionais de saúde devem ser educados e treinados sobre as práticas de 
biossegurança para minimizar o risco de transmissão. Isso inclui a correta utiliza-
ção de EPI, a higienização das mãos e a conscientização sobre práticas seguras.
A compreensão da transmissão e contágio é essencial para mitigar riscos 
biológicos em ambientes hospitalares. A implementação rigorosa de protocolos 
de biossegurança, aliada à identificação precoce e controle de fontes de transmis-
são, desempenha um papel crucial na prevenção da disseminação de bactérias 
patogênicas e na promoção de ambientes de cuidado à saúde mais seguros.
Quando pensamos em formas de transmissão temos um exemplo recente no 
mundo todo, o contexto da Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, onde a 
transmissão aérea desempenha um papel significativo na disseminação da do-
ença.
PENSANDO JUNTOS
57
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 6 – Trabalhador com EPI
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/african-american-man-wearing-
protective-suit_12354041.htm#query=biosseguran%C3%A7a%20em%20
saude&position=17&from_view=search&track=ais&uuid=f7dd971e-b65f-
4f2e-8cd9-11bc51b6d3e1. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: profissional de saúde utiliza avental branco, óculos 
de proteção, luvas e máscara cirúrgica azuis. Na foto ele está seguran-
do um faceshield com as duas mãos.
Além disso, outro ponto importante nesses agentes biológicos são as varia-
ções na virulência, que são um fascinante campo de estudo que desempenha um 
papel central na compreensão e manejo das doenças infecciosas. Trata-se de 
uma complexidade intrigante, onde nuances genéticas e interações intrincadas 
moldam o curso das infecções.
A base genética das variações na virulência é como um roteiro genômico que 
dita a capacidade de um microrganismo causar danos em seus hospedeiros. As 
cepas podem desenvolver características específicas que afetam sua eficiência 
em evadir o sistema imunológico do hospedeiro ou sua habilidade de aderir e in-
vadir células hospedeiras.
A produção de toxinas, por sua vez, é uma manifestação direta dessa capa-
cidade de causar dano. Essas substâncias químicas, muitas vezes complexas e 
altamente especializadas, podem ter impactos variados nos tecidos hospedeiros, 
contribuindo para a severidade da infecção. O entendimento dessas estratégias 
microbianas é crucial para antecipar a resposta do organismo e desenvolver abor-
dagens terapêuticas mais eficazes.
58
 Biossegurança e os riscos em saúde
A interação entre microrganismos e hospedeiros não é unilateral. O hospe-
deiro, com sua diversidade genética, também desempenha um papel crítico. Va-
riações genéticas individuais podem influenciar a suscetibilidade do hospedeiro à 
infecção, adicionando camadas de complexidade a esse intrincado jogo evolutivo.
Essas nuances não são apenas teóricas; têm implicações diretas na prática 
médica e na saúde pública. A epidemiologia das doenças infecciosas é profunda-
mente afetada pela virulência das cepas circulantes, influenciando a gravidade e 
o alcance dos surtos.
O desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas também depen-
de da compreensão dessas variações. Vacinas e tratamentos direcionados pre-
cisam levar em consideração as nuances específicas da virulência para serem 
eficazes. A adaptação constante dos microrganismos, muitas vezes manifestada 
na resistência a medicamentos, destaca a necessidade de abordagens dinâmicas 
e personalizadas.
A interligação entre evolução e resistência em microrganismos representa 
um fenômeno complexo que tem implicações profundas na prática médica e na 
saúde pública. À medida que esses agentes infecciosos evoluem, desenvolvem 
mecanismos de resistência que desafiam as estratégias terapêuticas existentes, 
marcando um constante jogo de adaptação e contra adaptação.
Os microrganismos têm uma notável capacidade de evoluir ao longo do tem-
po, impulsionados por pressões seletivas em seu ambiente. A reprodução massiva 
e as taxas de mutação proporcionam uma diversidade genética significativa. Essa 
diversidade pode permitir que certas cepas resistam a agentes antimicrobianos, 
processos de limpeza e até mesmo evitem a resposta imunológica do hospedeiro.
A administração generalizada de antimicrobianos cria pressões seletivas 
intensas sobre populações microbianas. Microrganismos que possuem carac-
terísticas genéticas que conferem resistência a esses agentes têm uma vanta-
gem seletiva, reproduzindo-se e proliferando em maior número. Esse fenômeno 
é especialmente evidente no contexto da resistência a antibióticos, no qual o 
uso excessivo e inadequado desses medicamentos acelera a evolução de cepas 
resistentes.
Os microrganismos desenvolvem uma variedade de mecanismos para resistir 
a agentes antimicrobianos. Isso pode envolver a modificação de alvos específicos, 
a ativação de sistemas de bombeamento para expulsar o agente antimicrobiano, 
ou até mesmo a produção de enzimas que inativam o composto. A diversidade de 
estratégias destaca a complexidade evolutiva desses microrganismos.
59
 Biossegurança e os riscos em saúde
A evolução e resistência microbiana têm sérias implicações na prática mé-
dica. Infecções causadas por microrganismos resistentes a antimicrobianos são 
mais difíceis de tratar, exigindo o uso de terapias mais agressivas, frequentemente 
associadas a efeitos colaterais indesejados. Além disso, a falta de novos agentes 
antimicrobianos no pipeline de desenvolvimento agrava ainda mais o problema.
A resistência microbiana também tem implicações significativas em termos 
de saúde pública. Estratégias de prevenção, incluindo o uso responsável de an-
timicrobianos, a adoção de práticas de higiene eficazes e o desenvolvimento de 
novos agentes antimicrobianos, tornam-se cruciais para conter a disseminação de 
cepas resistentes.
1.1.3 O Exemplo das Bactérias Multirresistentes
As bactérias multirresistentes representam uma ameaça significativa para a 
saúde global, exigindo uma abordagem cuidadosa e coordenada em termos de 
prevenção, diagnóstico e tratamento. Essas bactérias desenvolveram resistência 
a múltiplos agentes antimicrobianos, complicando consideravelmente a gestão de 
infecções e elevando o risco de complicações graves.
VOCÊ SABE RESPONDER?
Você já parou para pensar o motivo de não conseguir comprar remédios antibi-
óticos sem receita médica?
A resistência antimicrobiana em bactérias é um exemplo marcante de evolu-
ção em ação. A exposição contínua a antibióticos cria pressões seletivas que fa-
vorecem o desenvolvimento de cepas resistentes. O uso inadequado e excessivo 
de antibióticos, tanto em ambientes de saúde como na agricultura, contribui para 
a disseminação acelerada dessa resistência (Silva, 2013).
Bactérias multirresistentes desenvolvem uma variedade de mecanismos para 
neutralizar os efeitos dos antibióticos. Isso inclui a produção de enzimas que ina-
tivam os medicamentos, a modificação de alvos específicos nos antibióticos, e 
até mesmo a capacidade de bombear ativamente os medicamentos para fora das 
células bacterianas. A diversidade de estratégias reflete a adaptabilidade notável 
dessas bactérias.
O surgimento de bactérias multirresistentes cria desafiossubstanciais no 
tratamento de infecções. A escolha de antibióticos eficazes torna-se limitada, e 
60
 Biossegurança e os riscos em saúde
os profissionais de saúde muitas vezes precisam recorrer a opções terapêuticas 
mais tóxicas e caras. Pacientes com infecções causadas por bactérias multirresis-
tentes enfrentam um maior risco de complicações, tempo de internação prolonga-
do e custos mais elevados de saúde (Hirata, 2012).
A disseminação é uma preocupação de saúde pública global. A transferên-
cia de genes de resistência entre diferentes espécies bacterianas e a capacidade 
dessas bactérias de se espalharem facilmente em ambientes de saúde aumentam 
a complexidade do controle e da prevenção. A resistência antimicrobiana coloca 
em risco a eficácia de procedimentos médicos comuns, como cirurgias, quimiote-
rapia e transplantes, tornando essas intervenções mais arriscadas.
A prevenção da disseminação é essencial. Isso inclui práticas rigorosas de 
higiene em ambientes de saúde, educação sobre o uso responsável de antibióti-
cos, investimento em pesquisa para desenvolver novos agentes antimicrobianos e 
estratégias de vigilância para detectar precocemente e controlar surtos.
As bactérias multirresistentes representam uma ameaça séria à biosse-
gurança em saúde. Essas bactérias, que resistem a diversos antimicrobianos, 
complicam diagnósticos e tratamentos, aumentando os riscos para pacientes, es-
pecialmente em ambientes hospitalares. A transferência horizontal de genes de 
resistência entre bactérias destaca a complexidade da gestão dessas cepas.
A biossegurança é vital para preservar a eficácia dos antimicrobianos. Práti-
cas responsáveis na prescrição e administração de antibióticos, aliadas a estraté-
gias de prevenção de infecções, são essenciais. A educação é crucial, tanto para 
profissionais de saúde quanto para o público em geral, visando conscientização 
sobre os riscos associados ao uso indiscriminado de antibióticos.
Bactérias multirresistentes são frequentemente associadas a infecções hos-
pitalares, representando uma ameaça adicional para pacientes internados. Me-
didas rigorosas de biossegurança em ambientes de saúde são essenciais para 
evitar a propagação dessas cepas, garantindo um ambiente seguro para pacien-
tes e profissionais de saúde.
O fenômeno da transferência horizontal de genes de resistência entre bac-
térias destaca a importância da biossegurança. A capacidade de resistência a 
antimicrobianos pode ser transmitida entre diferentes espécies bacterianas, au-
mentando a complexidade da gestão dessas resistências.
A biossegurança também envolve a educação e conscientização, tanto de 
profissionais de saúde quanto do público em geral. A compreensão dos riscos 
61
 Biossegurança e os riscos em saúde
associados ao uso indiscriminado de antibióticos e a implementação de medidas 
preventivas são componentes-chave dessa abordagem.
No ambiente hospitalar, a presença de bactérias multirresistentes acrescenta 
uma camada adicional de desafios e preocupações em relação à biossegurança. 
Essas cepas resistentes a antimicrobianos representam uma ameaça particular 
devido à natureza vulnerável dos pacientes hospitalizados e às condições propí-
cias à disseminação de infecções.
A biossegurança no contexto hospitalar envolve medidas estritas para preve-
nir a propagação dessas bactérias resistentes. Isso inclui práticas de higiene rigo-
rosas, protocolos de controle de infecções e a implementação de estratégias de 
isolamento quando necessário. A identificação rápida e precisa de pacientes colo-
nizados ou infectados por bactérias multirresistentes é fundamental para conter a 
disseminação nos ambientes hospitalares.
Os profissionais de saúde desempenham um papel crucial na implementação 
das diretrizes de biossegurança. Isso inclui a adoção de práticas responsáveis na 
prescrição de antibióticos, a promoção da higiene das mãos e o uso adequado de 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A conscientização e educação contí-
nuas são essenciais para garantir o cumprimento dessas práticas em todos os ní-
veis da equipe hospitalar.
2 NORMATIZAÇÃO E CONDUTAS EM RELAÇÃO À 
PREVENÇÃO E AO CONTROLE DE INFECÇÕES
A normatização e as condutas em relação à prevenção e ao controle de in-
fecções no contexto hospitalar são fundamentais para garantir ambientes se-
guros, proteger pacientes e profissionais de saúde, e evitar a disseminação de 
patógenos. Essas normas e práticas são regidas por órgãos de saúde e organiza-
ções especializadas, visando padrões elevados de biossegurança. 
A legislação, por meio de regulamentações específicas e diretrizes, tem como 
objetivo estabelecer normas e procedimentos que assegurem a segurança nos di-
versos ambientes e atividades relacionadas à saúde. Nesse contexto, a biosse-
gurança requer uma base legal robusta para garantir uma proteção adequada e 
promover a adoção de boas práticas (Liu, 2018).
62
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 7 – Trabalhadora da biossegurança
Fonte: https://www.freepik.com/premium-photo/woman-doctor-holding-
patient-report-form-folder-outdoor-portrait-coronavirus-covid-19-pandemic-
fake-qr-code-barcode_8292968.htm#query=biosseguran%C3%A7a%20
em%20saude&position=46&from_view=search&track=ais&uuid=f7dd97
1e-b65f-4f2e-8cd9-11bc51b6d3e1. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: a imagem descreve um profissional de saúde 
vestido com o EPI (Equipamento de Proteção Individual) adequado, 
incluindo jaleco, gorro, faceshield, máscara cirúrgica e luvas. O profis-
sional segura uma prancheta na qual há uma folha levantada. Nessa 
folha, é possível observar um desenho que indica perigo, destacado em 
vermelho.
As leis e os regulamentos variam de país para país, abordando uma ampla 
gama de questões relacionadas à biossegurança, como a manipulação de agen-
tes patogênicos, o transporte de materiais biológicos, o descarte de resíduos in-
fectantes e a segurança em laboratórios (Araújo; Lima, 2022). Portanto, é crucial 
que profissionais da área da saúde estejam atualizados e familiarizados com a le-
gislação pertinente para garantir a conformidade com as diretrizes estabelecidas.
A legislação desempenha um papel crucial na promoção da responsabilidade 
e da prestação de contas no campo da biossegurança. Ao estabelecer requisitos 
e penalidades em casos de não conformidade, a lei incentiva a adoção de medi-
das de prevenção e controle de riscos biológicos. 
63
 Biossegurança e os riscos em saúde
Dessa forma, as legislações voltadas para biossegurança proporcionam fis-
calizações e orientações gerais sobre os aspectos de segurança profissional. 
Além disso, facilitam a disponibilidade de treinamentos e condições essenciais 
para que as atividades sejam desenvolvidas de forma segura. Isso contribui para 
a redução dos riscos de acidentes e exposição a agentes biológicos, garantindo a 
preservação da saúde dos trabalhadores (Nati; Fernandes, 2012).
Figura 8 – Profissionais da saúde realizando planejamento
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/close-up-scientist-writing-
board_12892402.htm#query=biosseguran%C3%A7a%20em%20
saude&position=48&from_view=search&track=ais&uuid=f7dd971e-b65f-
4f2e-8cd9-11bc51b6d3e1. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: dois profissionais de saúde utilizando EPIs bran-
cos. Um está segurando uma prancheta ao fundo e, mais a frente, há 
um quadro branco em que a profissional está escrevendo.
As Normas Regulamentadoras (NR) são um conjunto de diretrizes e requisi-
tos estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (atualmente Secretaria 
Especial de Previdência e Trabalho) no Brasil. Elas têm o objetivo de estabelecer 
parâmetros e condições mínimas de segurança, saúde e qualidade de vida no 
ambiente de trabalho. No contexto da área da saúde, essas normas são particu-
larmente relevantes para garantir a segurança dos profissionais e pacientes. Algu-
mas NRs específicas para o setor de saúde incluem (Barsano,2018):
64
 Biossegurança e os riscos em saúde
NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE 
SAÚDE
Esta norma estabelece as diretrizes para a implementação de medidas de segu-
rança e saúde no trabalho em hospitais, clínicas, consultórios e outros estabele-
cimentos de saúde. Ela abrange aspectos como prevenção de acidentes, controle 
de riscos biológicos, gestão de resíduos, entre outros.
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Esta norma trata do fornecimento, uso e conservação dos Equipamentos de 
Proteção Individual. No ambiente de saúde, em que profissionais frequentemente 
lidam com riscos biológicos, a NR 6 é crucial para garantir o uso adequado de EPI, 
como luvas, máscaras e aventais.
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO)
Esta norma estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do 
PCMSO, um programa que visa à promoção e preservação da saúde dos trabalha-
dores. No contexto da saúde, isso inclui a realização de exames médicos específi-
cos para os profissionais que atuam nesse setor.
NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)
Esta norma trata do PPRA, que visa à antecipação, reconhecimento, avaliação 
e controle dos riscos ambientais presentes nos locais de trabalho. No ambiente 
hospitalar, isso inclui a identificação e gestão de riscos biológicos, químicos e 
físicos.
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
Esta norma estabelece os limites de tolerância para agentes agressivos à saúde, 
como ruído, calor, agentes químicos, entre outros. No contexto da saúde, ela 
é relevante para avaliar as condições de trabalho que podem ser consideradas 
insalubres.
65
 Biossegurança e os riscos em saúde
2.1 Higienização das Mãos e Uso de EPI
A higienização das mãos e o uso apropriado de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs) são práticas vitais na área da saúde, desempenhando um papel 
central na prevenção de infecções e na salvaguarda da biossegurança. Tanto a 
higienização das mãos quanto o uso correto de EPIs constituem medidas funda-
mentais para assegurar a segurança de profissionais de saúde, pacientes e da 
comunidade em geral.
A higienização frequente das mãos é uma estratégia simples, mas extraordi-
nariamente eficaz, na contenção da propagação de patógenos em ambientes de 
saúde, onde a transmissão de micro-organismos pode ocorrer de maneira rápida 
e inadvertida. A adesão a alguns princípios básicos é essencial:
FREQUÊNCIA ADEQUADA
A prática deve ser realizada regularmente, com ênfase especial antes e após o 
contato direto com pacientes, após a manipulação de materiais contaminados e 
antes de procedimentos assépticos.
TÉCNICA ADEQUADA
A técnica de higienização das mãos envolve o uso apropriado de sabão ou 
solução alcoólica, cobrindo todas as áreas das mãos, dedos e pulsos. A fricção 
vigorosa deve ser mantida por um tempo suficiente para garantir a eliminação 
eficaz de micro-organismos.
SELEÇÃO DE PRODUTOS
A escolha de produtos adequados, como sabonetes antissépticos ou soluções 
alcoólicas, é crucial para garantir a eficácia do processo de higienização.
O uso apropriado de EPIs também é um componente essencial da prática clí-
nica segura, oferecendo uma barreira física entre os profissionais de saúde e po-
tenciais agentes patogênicos. Alguns aspectos críticos incluem:
66
 Biossegurança e os riscos em saúde
Identificação Correta: profissionais devem identificar corretamente os EPIs 
necessários para a tarefa específica, considerando o tipo de exposição e risco 
envolvidos.
Vestimenta Adequada: o uso de aventais, luvas, máscaras e óculos de pro-
teção deve ser adaptado às exigências da situação, garantindo uma proteção 
completa e eficaz.
Colocação e Remoção Seguras: a colocação e a remoção dos EPIs devem 
seguir procedimentos específicos para evitar a contaminação durante o processo.
2.2 Isolamento de Pacientes
O isolamento de pacientes é uma prática crucial em ambientes de assistên-
cia à saúde, especialmente quando se trata de controlar a propagação de do-
enças infecciosas. Várias precauções de isolamento podem ser implementadas, 
dependendo da natureza da patologia e do modo de transmissão (Silva, 2013). 
Várias causas podem levar a possíveis medidas de isolamento, como:
• Isolamento de Contato: este tipo de isolamento é aplicado quando a trans-
missão da doença ocorre por contato direto com o paciente ou com objetos 
contaminados ao seu redor. O uso de luvas e aventais é essencial, e a higieni-
zação das mãos é rigorosamente enfatizada.
• Isolamento Respiratório: indicado para doenças transmitidas pelo ar, como 
tuberculose ou algumas infecções virais. Pacientes são colocados em quar-
tos individuais com ventilação adequada, e os profissionais de saúde utilizam 
máscaras especiais.
• Precauções de Gotículas: utilizadas quando a transmissão ocorre por gotícu-
las respiratórias maiores, como no caso de influenza. São necessárias pre-
cauções semelhantes às do isolamento respiratório, mas a distância entre 
pacientes pode ser menor.
• Isolamento de Doenças Multirresistentes: implementado quando há preocupa-
ção com a disseminação de micro-organismos resistentes a medicamentos. Me-
didas específicas são adotadas para prevenir a transmissão desses patógenos.
Esses isolamentos podem acontecer de diversas formas, pois a combinação 
eficaz de tipos de isolamento e medidas de vigilância contribui para a prevenção, 
controle e resposta rápida a surtos de infecções em ambientes de assistência à 
saúde. A adesão rigorosa a essas estratégias é essencial para garantir a seguran-
ça dos pacientes e profissionais de saúde.
67
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 9 – Enfermeiro cuidando de doente
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/elderly-man-with-
respirator-hospital-bed_15477601.htm#query=isolamento%20
paciente&position=3&from_view=search&track=ais&uuid=64f48a0e-ff67-
493e-afdf-05ba1b2c8584. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: profissional de saúde utilizando EPIs, colocando 
uma máscara de oxigenação em um paciente idoso que está deitado 
no leito.
O isolamento em quarto privativo é uma medida que visa conter a propaga-
ção de doenças infecciosas ao alocar pacientes em quartos individuais. Isso é 
particularmente importante em casos de doenças altamente contagiosas, como 
infecções respiratórias virais. As principais características incluem:
• Pacientes são colocados em quartos individuais.
• Uso de EPIs por profissionais de saúde ao entrar no quarto.
• Higienização rigorosa das mãos.
• Restrição de visitantes e profissionais não essenciais.
68
 Biossegurança e os riscos em saúde
Figura 10 – Trabalhadores evitando contato físico ao se cumprimentar
Fonte: <https://www.freepik.com/premium-photo/happy-cheerful-friends-
touching-elbow-keeping-social-distancing-greeting-eachother-wearing-
face-mask-preventing-spread-coronavirus-holding-beer-bottles-apartment-
living-room-conceptual-image_16325297.htm#query=isolamento%20
paciente&position=8&from_view=search&track=ais&uuid=64f48a0e-ff67-
493e-afdf-05ba1b2c8584>. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: duas pessoas à frente em uma sala. Ambas estão 
utilizando máscara cirúrgica e se cumprimentando com toque no coto-
velo. Ao fundo, duas pessoas desfocadas.
O isolamento de área restrita envolve a delimitação de uma área específica 
em uma unidade de saúde para pacientes com uma determinada condição infec-
ciosa. Essa medida pode ser implementada em situações em que é necessário 
controlar o acesso a uma área específica. Podendo ocorrer muitas vezes em um 
quarto, que, por exemplo, possui três leitos, então o paciente em isolamento fica 
no leito mais longe da porta, depois um leito vazio e então o paciente que não 
está em isolamento. As características incluem:
• Delimitação física da área com sinalização clara.
• Uso de EPIs ao entrar na área.
69
 Biossegurança e os riscos em saúde
• Restrição deacesso não essencial.
• Higienização frequente das mãos.
O isolamento em coorte envolve a agrupação de pacientes com a mesma 
condição infecciosa em uma área designada. Essa abordagem é frequentemente 
utilizada quando vários pacientes têm a mesma doença ou agente infeccioso. As 
principais características incluem:
• Agrupamento de pacientes com a mesma condição.
• Uso de EPIs ao entrar na área de coorte.
• Higienização rigorosa das mãos.
• Monitoramento regular dos pacientes na coorte.
Cada forma de isolamento tem seus próprios méritos e é escolhida com base 
na natureza da doença, seu modo de transmissão e as condições específicas do 
ambiente de saúde. A implementação eficaz dessas estratégias é vital para contro-
lar a disseminação de infecções e proteger a saúde de pacientes e profissionais.
Estamos animados para compartilhar com você um recurso valioso que com-
plementará sua jornada de aprendizado na Unidade de Biossegurança em Saú-
de. Convidamos você a assistir ao nosso vídeo exclusivo, no qual exploramos os 
principais conceitos teóricos abordados até agora.
EM FOCO
70
 Biossegurança e os riscos em saúde
NOVOS DESAFIOS
À medida que concluímos nosso aprofundamento no tema de Biosseguran-
ça em Saúde, é crucial vincular os conhecimentos adquiridos à sua futura jornada 
profissional. O mercado de trabalho na área da saúde, cada vez mais exigente 
e dinâmico, busca profissionais preparados para lidar com desafios complexos, 
como a prevenção de infecções e a gestão eficaz da biossegurança. Os conceitos 
teóricos abordados, desde a identificação de riscos biológicos até as normativas e 
boas práticas, tornam-se alicerces essenciais para sua atuação profissional.
Ao adentrar o ambiente profissional, você será chamado a aplicar diretamen-
te as estratégias de controle de infecções, adaptando-as a diferentes contextos 
e realidades. A compreensão da importância da adaptação cultural na biosse-
gurança será um diferencial, permitindo a você interagir de maneira eficaz em 
ambientes diversos e multiculturalmente ricos, uma característica cada vez mais 
valorizada no mercado de trabalho globalizado.
Além disso, as situações práticas simuladas durante o curso refletem desa-
fios reais que você pode enfrentar no dia a dia profissional. A habilidade de desen-
volver protocolos de biossegurança específicos para diferentes setores, simular 
auditorias de conformidade e propor soluções eficazes em ambientes de saúde 
contribuirá significativamente para sua empregabilidade e destaque no mercado.
Portanto, à medida que avançamos para a conclusão deste tema, conside-
re não apenas as teorias aprendidas, mas também como esses conhecimentos 
moldarão sua prática profissional. Esteja preparado para se destacar como um 
profissional comprometido, capaz de aplicar práticas seguras e inovadoras, con-
tribuindo para ambientes de saúde mais resilientes e eficientes. Sua jornada aca-
dêmica é a base sólida para um futuro profissional promissor na área da saúde.
71
 Biossegurança e os riscos em saúde
AUTOATIVIDADES
1 - As barreiras primárias de contenção e os equipamentos de proteção cole-
tiva são considerados como elementos essenciais em laboratórios para garantir, 
além da segurança dos trabalhadores, o intuito de evitar a exposição a agentes 
biológicos, químicos ou radioativos.
Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir.
I. As barreiras primárias de contenção incluem o uso de EPIs, como luvas e 
máscaras, enquanto os equipamentos de proteção coletiva são responsáveis pela 
ventilação adequada do laboratório.
II. As barreiras primárias de contenção são dispositivos que evitam a propa-
gação de fumaça e fogo, enquanto os equipamentos de proteção coletiva são pro-
jetados para garantir a higiene pessoal dos trabalhadores.
III. As barreiras primárias de contenção consistem em sistemas de filtragem e 
exaustão de ar, enquanto os equipamentos de proteção coletiva são destinados a 
proteger um grupo de pessoas em áreas específicas do laboratório.
É correto o que se afirma em:
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II e III.
72
 Biossegurança e os riscos em saúde
2 - Rejeitos perfurocortantes, como agulhas e lâminas, apresentam riscos 
especiais devido à sua capacidade de causar ferimentos e transmitir infecções. É 
importante seguir recomendações específicas para o manejo e descarte adequa-
do desses materiais.
Qual das seguintes alternativas é uma recomendação correta para os rejeitos 
perfurocortantes?
Assinale a alternativa correta.
a) Colocar em recipientes resistentes perfurocortantes e descartá-los 
corretamente.
b) Descartar no lixo comum sem qualquer cuidado adicional.
c) Reutilizar agulhas e lâminas após esterilização.
d) Descartar junto com os resíduos orgânicos.
e) Manipular sem o uso de luvas de proteção.
3 -O gerenciamento de risco em serviços de saúde envolve a identificação, 
a análise e o controle dos riscos associados ao atendimento médico. Isso inclui 
medidas para prevenir infecções, minimizar erros de medicação, promover a se-
gurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.
Qual das seguintes alternativas descreve corretamente o gerenciamento de 
risco em serviços de saúde?
Assinale a alternativa correta.
a) Minimizar erros de medicação e promover a segurança dos pacientes.
b) Ignorar os riscos associados aos serviços de saúde.
c) Não adotar medidas de prevenção de infecções.
d) Não fornecer treinamento adequado aos profissionais de saúde.
e) Não realizar avaliação dos riscos presentes nos serviços de saúde.
73
 Biossegurança e os riscos em saúde
REFERÊNCIAS
BARSANO, P. R. T. Biossegurança: ações fundamentais para promoção da saú-
de. São Paulo: Érica, 2018.
CARDOSO, T. Biossegurança, estratégias de gestão, riscos, doenças emer-
gentes e reemergentes. São Paulo: Santos, 2001.
HIRATA, M. H. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012.
SILVA, J. V. Biossegurança no contexto da saúde. São Paulo: Érica, 2013. 
OLIVEIRA, G. R.; BATISTA, F. G. N.; DALTRO, K. P. S. Adesão às precauções pa-
drão por profissionais de enfermagem: revisão integrativa. Rev. Bras. de Saúde 
Funcional, v. 10, n. 1, 2022. Disponível em: https://adventista.emnuvens.com.br/
RBSF/article/view/1414. Acesso em: 28 jun. 2023.
BRASIL. Lei nº 9.782, de 26 de Janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras 
providências. Brasília, 26 jan. 1999. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l9782.htm. Acesso em: 17 jul. 2023.
BRASIL. Lei nº 11.105 de 24 de março de 2005. Lei de Biossegurança. Regula-
menta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece 
normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam 
OGM e seus derivados, cria o CNBS, reestrutura a CTNBio, dispõe sobre a PNB e 
dá outras providências. Brasília, 24 mar. 2005. Disponível em: https://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm. Acesso em: 17 jul. 2023.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora n. 32 (NR-
32). Brasília, 22 out. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-empre-
go/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/
comissao-tripartite-partitaria-permanente/normas-regulamentadora/normas-regu-
lamentadoras-vigentes/norma-regulamentadora-no-32-nr-32. Acesso em: 17 jul. 
2023.
Biossegurança 
em Saúde
Edição 1
CAPÍTULO 3
Qualidade nos 
serviços de saúde e 
biossegurança
TEMA DE APRENDIZAGEM
Minhas metas:
 3 Avaliar criticamente os impactos da cultura de segurança na prá-
tica profissional, identificando como uma cultura sólida pode pre-
venir erros na administração de medicamentos e contribuir para 
a segurança do paciente.
 3 Construir estratégias eficazes de educação continuada em bios-
segurança, reconhecendo a importância de uma atualização 
constantesobre práticas seguras no ambiente de saúde.
 3 Integrar a gestão de riscos como parte essencial da biossegu-
rança em saúde, analisando e controlando possíveis ameaças à 
segurança do paciente e promovendo a eficácia operacional nas 
instituições de saúde.
 3 Demonstrar, por meio de estudos de caso, a aplicação prática 
dos conceitos aprendidos na prevenção de infecções hospitala-
res, evidenciando a importância de medidas de combate e con-
trole para garantir ambientes seguros.
 3 Promover uma compreensão abrangente sobre a adesão a pa-
drões e regulamentações em biossegurança, enfatizando a rele-
vância ética e legal na prática profissional na área da saúde.
77
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
INICIE SUA JORNADA
Você, estudante dedicado ao aprimoramento na área da saúde, está prestes 
a embarcar em uma jornada crucial para a sua formação profissional. Imagine-se 
no cenário de uma unidade de saúde movimentada, onde a demanda por cuida-
dos é constante, mas a garantia da segurança do paciente torna-se um desafio 
diário.
Num dia agitado, você se depara com uma sala de procedimentos desor-
ganizada, na qual as práticas de biossegurança parecem não receber a devida 
atenção. Equipamentos de proteção individual (EPIs) mal utilizados, ausência de 
protocolos claros e a sensação de que a cultura de segurança precisa ser refor-
çada. Essa situação reflete um cenário comum em muitas instituições de saúde, 
colocando em risco tanto os profissionais quanto os pacientes.
Entender e abordar efetivamente essa problemática é crucial. A negligência 
em biossegurança não apenas aumenta os riscos de infecções hospitalares, mas 
compromete a qualidade do serviço oferecido. A falta de uma cultura de seguran-
ça robusta pode resultar em erros na administração de medicamentos, acidentes 
durante procedimentos e, em última instância, afetar a confiança do paciente na 
instituição de saúde.
Ao longo desta unidade, você será desafiado a aplicar os princípios da bios-
segurança em situações práticas. Desde a correta utilização dos EPIs até a imple-
mentação de medidas proativas para garantir padrões sanitários, você explorará 
cenários reais enfrentados por profissionais de saúde. Como você lidaria com a 
desorganização na sala de procedimentos? Quais ações seriam necessárias para 
promover uma cultura de segurança sólida?
Este é apenas o início da jornada. Reflita sobre como sua atuação, guiada 
pelos princípios da biossegurança, pode impactar positivamente a segurança do 
paciente e a qualidade do serviço em saúde. À medida que avançamos, considere 
como suas decisões e práticas diárias contribuem para um ambiente de trabalho 
seguro e eficiente.
78
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Prepare-se para uma jornada de aprendizado prático, em que a teoria se 
transforma em ações concretas, moldando não apenas sua formação acadêmica, 
mas também sua trajetória como um profissional comprometido com a segurança 
e a excelência na prestação de cuidados de saúde.
VAMOS RECORDAR?
Nesta etapa, é crucial reforçar alguns dos conceitos fundamentais que serão a 
base para nossa exploração mais aprofundada. Vamos recordar brevemente o 
que aprendemos até aqui.
Antes de mergulharmos mais fundo nesta jornada de apren-
dizado, convidamos você a explorar o contexto e os conceitos 
fundamentais desta unidade por meio de um podcast envol-
vente. 
PLAY NO CONHECIMENTO
https://www.youtube.com/watch?v=oR_ABUqRkfw
https://www.youtube.com/watch?v=g7YGL-2kZrE
http://google.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=g7YGL-2kZrE
79
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Agora, é o momento de aprofundar os conhecimentos nos temas essenciais. 
Prepare-se para uma imersão nos fundamentos de biossegurança e sua conexão 
intrínseca com a qualidade do serviço em saúde.
Vamos mergulhar fundo na ética e responsabilidade envolvidas na presta-
ção de cuidados seguros ao paciente. A cultura de segurança será discutida como 
componente crucial na prática profissional, destacando sua natureza intrínseca.
Explore a identificação e prevenção de erros na segurança do paciente. 
Abordaremos a gestão de riscos como estratégia fundamental na segurança do 
paciente e na biossegurança, promovendo uma abordagem proativa.
Detalharemos o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual 
(EPIs) durante procedimentos e a importância da educação continuada em bios-
segurança. Vamos destacar como isso contribui para uma cultura de segurança 
sólida.
Abordaremos as regulamentações essenciais em biossegurança e qualida-
de, enfatizando como a conformidade com padrões éticos é crucial para a exce-
lência nos serviços de saúde.
Prepare-se para uma jornada envolvente de aprendizado, na qual cada con-
ceito será explorado com profundidade, proporcionando uma compreensão abran-
gente desses temas cruciais. Vamos aprimorar suas habilidades e conhecimentos!
1 QUALIDADE DO SERVIÇO E AÇÕES PROATIVAS 
PARA GARANTIA DOS PROCEDIMENTOS LABORAIS 
DENTRO DOS PADRÕES SANITÁRIOS ADEQUADOS
A biossegurança é um conjunto de medidas preventivas que visam controlar 
riscos, minimizar a exposição a agentes biológicos, químicos e físicos, e garantir 
a segurança de todos os envolvidos nos processos de saúde. Em um ambiente 
hospitalar, a implementação eficaz de protocolos de biossegurança é crucial para 
prevenir a disseminação de doenças, protegendo tanto os profissionais quanto os 
pacientes (Barsano; Carvalho, 2021). 
A qualidade do serviço em saúde não pode ser dissociada da biosseguran-
ça. Procedimentos laborais executados com excelência não apenas garantem a 
80
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
eficácia do tratamento, mas também contribuem significativamente para a preven-
ção de infecções hospitalares. Ações proativas, como a capacitação constante 
dos profissionais, a manutenção adequada dos equipamentos e a implementação 
de medidas de controle de infecção, são peças-chave na busca pela excelência 
na prestação de serviços de saúde (Barsano; Carvalho, 2021). 
A manutenção de padrões sanitários adequados requer uma abordagem pro-
ativa. Isso envolve a revisão constante de protocolos de biossegurança, a atualiza-
ção de procedimentos conforme novas diretrizes são estabelecidas e a promoção 
de uma cultura organizacional focada na segurança do paciente. A identificação 
precoce de potenciais riscos e a implementação imediata de correções são as-
pectos cruciais para garantir que os serviços de saúde atendam aos mais altos 
padrões de qualidade.
1.1 Segurança do Paciente 
A segurança do paciente é a espinha dorsal da prática médica, um compro-
misso inegociável que permeia cada interação entre profissionais de saúde e pa-
cientes. Neste capítulo, mergulhamos na essência dessa temática, explorando 
sua natureza intrínseca, ética profunda, as consequências profundas da falha e a 
evolução histórica que molda as práticas atuais (Cardoso, 2001). 
A busca pela segurança do paciente não é apenas um dever técnico; é uma 
resposta ética à confiança depositada por cada paciente nos profissionais de saú-
de. A natureza intrínseca dessa busca reside na promessa de preservar e melhorar 
a saúde, sem concessões. A segurança do paciente é, portanto, um compromisso 
moral, uma salvaguarda contra qualquer desvio do princípio fundamental de colo-
car a saúde e o bem-estar do paciente no centro de todas as ações.
81
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 1 – Profissional de Saúde e paciente
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/medica-do-centro-de-
recuperacao-covid-com-mascara-medica-verificando-a-pressao-arterial-
de-pacientes-idosos_12367995.htm#page=3&query=enfermeiro%20e%20
paciente&position=5&from_view=search&track=ais&uuid=ef9f30bc-fc19-
4c78-a596-8e626c60d2e7. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: enfermeira de jaleco branco aferindo a pressão ar-
terial de uma paciente que está ao ladoesquerdo da imagem. Elas es-
tão sentadas em um sofá na cor marrom e ao fundo temos uma estante.
A falha na segurança do paciente não é apenas uma questão técnica; é um 
rompimento da confiança entre profissionais de saúde e pacientes. As consequ-
ências de erros médicos não se limitam às vidas individuais afetadas, mas rever-
beram nas fundações da confiança pública na área de saúde. A contextualização 
da segurança do paciente não pode ignorar as ramificações éticas e sociais das 
falhas, destacando a urgência de uma busca contínua por excelência e aprimora-
mento constante (Hirata, 2012). 
82
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
A história da segurança do paciente é uma jornada de aprendizado contínuo. 
Desde os primórdios da medicina até os desafios contemporâneos, cada avanço 
e cada incidente contribui para a evolução de práticas mais seguras. A contextua-
lização histórica é essencial para entender o porquê por trás das medidas atuais e 
como lições do passado informam abordagens futuras (Silva, 2013).
Em última análise, a segurança do paciente é mais do que uma prática; é um 
pacto de confiança, uma promessa de cuidado que transcende as complexida-
des da assistência à saúde. Ao explorar profundamente essa temática, podemos 
compreender não apenas os protocolos e as diretrizes, mas também a responsa-
bilidade moral que cada profissional de saúde carrega consigo a cada interação, 
reforçando assim a base essencial da confiança na relação entre profissionais de 
saúde e pacientes.
1.1.1 Natureza Intrínseca da Segurança do 
Paciente
A natureza intrínseca da segurança do paciente revela-se como um compro-
misso inalienável e profundo na prática médica. Esse compromisso não é apenas 
uma formalidade, mas, sim, uma resposta ética à confiança depositada pelos pa-
cientes nos profissionais de saúde. Vai além dos procedimentos e protocolos; é 
uma promessa moral de preservar e aprimorar a saúde, sem concessões.
83
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 2 – Paciente idoso que sofre de Parkinson
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/paciente-idoso-que-sofre-
de-parkinson_25177877.htm#page=4&query=enfermeiro%20e%20
paciente&position=21&from_view=search&track=ais&uuid=61967459-
9747-43aa-a514-6e67bc10b123. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: enfermeira auxiliando uma paciente que sofre de 
Parkinson a sair da cadeira de rodas e deitar em seu leito. Na imagem, 
temos uma parede na cor branca com uma luminária preta bem na di-
reção da cama. Uma senhora está tentando se levantar para sentar na 
cadeira de rodas e está com uma enfermeira dando a mão e auxiliando.
84
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Na essência da segurança do paciente, está a compreensão de que cada 
ato, desde os diagnósticos até as intervenções terapêuticas, carrega consigo 
uma responsabilidade significativa. É reconhecer que por trás de cada história 
clínica, existe uma vida confiada aos cuidados do profissional de saúde. Essa 
responsabilidade intrínseca impulsiona a busca incessante pela excelência e 
pela evitação de qualquer ação que possa comprometer a segurança e o bem-
-estar do paciente.
Ao considerar a natureza intrínseca da segurança do paciente, revela-se 
uma ética profunda que permeia toda interação. É a compreensão de que, além 
da competência técnica, está a necessidade de honrar a confiança do paciente, 
respeitar sua autonomia e garantir que cada decisão seja tomada com o cuidado 
e a consideração devidos (Oliveira, 2022).
Essa natureza intrínseca transcende o ambiente clínico, influenciando a 
forma como os profissionais de saúde abordam seu papel na sociedade. É a 
consciência de que a confiança depositada pelos pacientes não é apenas em 
uma pessoa, mas em toda uma profissão. Portanto, cada ação, cada escolha 
ética, contribui para a construção e a manutenção dessa confiança coletiva 
(Silva, 2013).
A natureza intrínseca da segurança do paciente não é algo que pode ser 
delegado ou externalizado. Está entrelaçada com a própria essência da prá-
tica médica, exigindo uma reflexão constante, um compromisso pessoal e uma 
compreensão profunda da importância vital de preservar a saúde daqueles que 
confiam seus cuidados aos profissionais de saúde. Essa natureza intrínseca é, 
portanto, a fundação sobre a qual repousa a relação sagrada entre profissionais 
de saúde e pacientes, uma relação baseada na confiança mútua e no compromis-
so inabalável com a segurança e o bem-estar.
85
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 3 – Profissional de Saúde e paciente
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/medico-falando-com-homem-
senior-dentro-de-casa_14001684.htm#page=3&query=enfermeiro%20
e%20paciente&position=36&from_view=search&track=ais&uuid=84c9cf03-
a69d-4a41-b77d-ee6545324882. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: médica de jaleco branco ao lado de paciente que 
está a direita, apoiado em um andador, a médica está segurando um 
exame e explicando ao paciente.
A segurança do paciente é a busca incessante pela prevenção de eventos 
adversos que possam impactar negativamente a saúde durante a prestação de 
cuidados médicos. Vai além da simples ausência de erros, abrangendo uma cul-
tura proativa que prioriza a identificação e a mitigação de riscos para garantir a 
segurança e o bem-estar do paciente (Carvalho, 2021). Fundamentos Intrínsecos:
COMPROMISSO ÉTICO
A base da segurança do paciente reside em um compromisso ético inabalável. É 
a compreensão de que cada paciente confia não apenas em cuidados técnicos, 
mas também em uma prática médica fundamentada em valores éticos que priori-
zam a segurança.
86
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
APRENDIZADO CONTÍNUO
Fundamenta-se no princípio do aprendizado contínuo. Cada evento adverso é 
uma oportunidade de avaliação e melhoria. Profissionais de saúde são encoraja-
dos a refletir sobre experiências, aprender com erros e implementar mudanças 
para evitar a repetição de incidentes.
COMUNICAÇÃO EFETIVA
A comunicação é um pilar essencial. A troca efetiva de informações entre mem-
bros da equipe e com os pacientes é crucial para garantir que todos estejam 
alinhados com o plano de cuidados, compreendam os riscos potenciais e partici-
pem ativamente do processo.
CULTURA DE SEGURANÇA
A criação de uma cultura de segurança é um dos alicerces fundamentais. Isso 
implica em fomentar um ambiente no qual os profissionais de saúde sintam-se 
à vontade para relatar eventos adversos, discutir preocupações e colaborar para 
identificar oportunidades de melhoria.
INTEGRAÇÃO TECNOLÓGICA RESPONSÁVEL
O uso responsável e eficaz da tecnologia é um fundamento moderno. Sistemas 
de informação integrados, inteligência artificial e outras inovações são ferra-
mentas valiosas quando incorporadas de maneira aprimorar a segurança, não 
substituí-la.
RESPONSABILIDADE COLETIVA
A responsabilidade pela segurança do paciente é compartilhada por todos os 
membros da equipe de saúde. Cada profissional, independentemente de seu 
papel, contribui para um ambiente seguro por meio de práticas cuidadosas e 
responsáveis.
Compreender a segurança do paciente não é apenas aceitar uma definição, 
mas embarcar em uma jornada contínua. É um compromisso constante de apri-
moramento, aprendizado e adaptação para garantir que a segurança permaneça 
no cerne da prática médica. Essa jornada não apenas protege os pacientes de 
danos, mas também fortalece a confiança essencial que sustenta a relação entre 
profissionais de saúde e aqueles confiados aos seus cuidados.
87
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
1.1.2 Ética e Responsabilidade na Segurança do 
Paciente
A interseção entre ética e responsabilidade na segurança do paciente forma 
o alicerce moral da prática médica. Esses elementos não são meramente concei-
tos abstratos, mas princípios que orientam as ações e decisões dos profissionais 
desaúde, delineando uma abordagem centrada no paciente e fundamentada em 
valores éticos profundos (Barsano; Carvalho, 2021).
A ética na segurança do paciente transcende o simples cumprimento de 
códigos e regulamentos. Ela se manifesta na compreensão intrínseca de que a 
confiança depositada pelos pacientes demanda uma abordagem que vá além da 
competência técnica. Trata-se de reconhecer a autonomia do paciente, respei-
tar sua dignidade e garantir que cada decisão seja guiada por princípios éticos 
sólidos.
Figura 4 – Profissional de Saúde e paciente
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/assistente-medico-consultando-crianca-
com-estetoscopio-no-gabinete-na-consulta-de-check-up-enfermeira-usando-
ferramenta-para-medir-batimentos-cardiacos-e-pulso-dando-assistencia-e-
apoio-a-crianca-e-a-mae_26367384.htm#page=2&query=enfermeiro%20e%20
paciente%20jovem&position=29&from_view=search&track=ais&uuid=b58cd536-
a9aa-47c1-a229-234f08807439. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: médico de jaleco branco ao lado esquerdo e en-
fermeira com pijama hospitalar, ambos analisando a paciente que está 
sentada na maca.
88
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
A responsabilidade, por sua vez, é a âncora que mantém os profissionais de 
saúde conectados ao compromisso de assegurar a segurança do paciente. Essa 
responsabilidade vai além do aspecto técnico; é o reconhecimento da importân-
cia vital de cada ato praticado no contexto da prestação de cuidados de saúde. É 
a consciência de que, ao assumir a responsabilidade pela saúde de um paciente, 
está-se assumindo um compromisso moral e profissional que transcende as fron-
teiras da sala de atendimento (Cardoso, 2001). 
Ética e responsabilidade na segurança do paciente também se refletem na 
tomada de decisões difíceis. Os profissionais de saúde são desafiados a equili-
brar os melhores interesses do paciente com considerações éticas, muitas vezes 
enfrentando dilemas éticos complexos. A clareza ética e a responsabilidade profis-
sional são fundamentais para orientar essas decisões, assegurando que, mesmo 
diante de desafios, o foco permaneça na segurança e no bem-estar do paciente.
A construção de uma cultura ética e responsável na segurança do paciente 
não é apenas uma aspiração, mas uma necessidade. Envolve a educação con-
tínua, a reflexão ética constante e o cultivo de um ambiente que promova a res-
ponsabilidade individual e coletiva. É um compromisso não apenas com padrões 
profissionais, mas com a promoção de uma prática médica que honra a confiança 
do paciente e coloca a segurança como uma prioridade inegociável.
A relação entre ética e responsabilidade na segurança do paciente vai além 
de simples protocolos; é a essência moral que permeia cada aspecto da prática 
médica. Essa aliança inquebrável é fundamental para a construção de uma base 
sólida, na qual a confiança do paciente se encontra com o compromisso ético e a 
responsabilidade profissional.
A ética na segurança do paciente é mais do que uma conformidade com dire-
trizes; é uma compreensão profunda de que a confiança depositada pelos pacien-
tes exige um comprometimento ético inabalável. Envolve respeitar a autonomia 
do paciente, garantir sua dignidade e assegurar que cada decisão seja tomada 
considerando não apenas a competência técnica, mas também os princípios éti-
cos que regem a prática médica (Hirata, 2012). 
A responsabilidade, por sua vez, é o alicerce sobre o qual repousa o compro-
misso de garantir a segurança do paciente. Ela vai além das tarefas técnicas; é o re-
conhecimento de que cada ação praticada no âmbito dos cuidados de saúde carrega 
consigo uma responsabilidade moral e profissional significativa. Assumir a responsa-
bilidade pela saúde de um paciente é assumir um compromisso que transcende as 
formalidades clínicas, refletindo a consciência de que cada decisão impacta direta-
mente a vida confiada aos cuidados do profissional de saúde (Silva, 2013).
89
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
A interseção entre ética e responsabilidade se torna particularmente evidente 
diante de decisões éticas difíceis. Profissionais de saúde frequentemente enfren-
tam dilemas complexos que exigem um equilíbrio cuidadoso entre os melhores in-
teresses do paciente e considerações éticas. Nesses momentos, a clareza ética e 
a responsabilidade profissional são fundamentais para guiar as decisões, manten-
do o foco na segurança e no bem-estar do paciente (Oliveira, 2022).
Construir uma cultura que promova ética e responsabilidade na segurança do 
paciente não é apenas uma aspiração, mas uma necessidade crítica. Isso implica 
em educar continuamente os profissionais de saúde sobre questões éticas, culti-
var uma reflexão ética constante e fomentar um ambiente que incentive a respon-
sabilidade individual e coletiva. É uma jornada constante de aprimoramento, em 
que a ética e a responsabilidade são os pilares que sustentam a prática médica.
Em última análise, a integração efetiva de ética e responsabilidade na segu-
rança do paciente não é apenas um requisito profissional; é a expressão máxima 
do compromisso moral que define a relação sagrada entre profissionais de saúde 
e pacientes. Essa aliança inquebrável é o cerne de uma prática médica que não 
apenas cumpre padrões, mas eleva os cuidados de saúde a um patamar ético e 
responsável, onde cada ação reflete o compromisso inabalável com a segurança 
e o bem-estar do paciente (Hinrichsen, 2012). 
90
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 5 – Paciente e médica
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/assistente-medico-consultando-
crianca-chttps://br.freepik.com/fotos-gratis/paciente-idoso-com-mascara-
medica-e-medica-do-centro-de-recuperacao-cobicado-analisam-os-
resultados-juntos_12368013.htm#page=2&query=enfermeiro%20e%20
paciente&position=35&from_view=search&track=ais&uuid=581e0836-
db78-4868-b926-b70320e7e50b. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: paciente idosa com máscara cirúrgica e médica do 
centro de recuperação analisam os resultados de exames juntas.
1.1.3 Gestão de Riscos na Segurança do Paciente e 
Biossegurança: Uma Abordagem Integrada
A gestão de riscos na segurança do paciente e biossegurança é um proces-
so dinâmico e essencial na prática médica contemporânea. Essa abordagem in-
tegrada visa identificar, avaliar e mitigar ameaças à qualidade e segurança dos 
cuidados de saúde, especialmente no contexto da exposição a agentes biológicos 
(Carvalho, 2021). 
A identificação prévia de riscos biológicos é crucial para antecipar e compre-
ender os desafios específicos relacionados à biossegurança. Essa análise permi-
te a implementação efetiva de medidas preventivas, incluindo práticas assépticas, 
uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e protocolos de 
higiene.
91
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Estratégias de mitigação de riscos abrangem desde a promoção de ambien-
tes de trabalho seguros até a aplicação de tecnologia avançada, como sistemas 
de informação integrados e monitoramento de pacientes. O papel da tecnologia 
se destaca na biossegurança, contribuindo para testes laboratoriais, rastreamento 
de contaminação e segurança de dispositivos médicos (Carvalho, 2021). 
A construção de uma cultura de segurança é fundamental, criando um am-
biente em que profissionais de saúde se sintam à vontade para relatar eventos 
adversos e preocupações relacionadas à biossegurança. A comunicação aberta e 
transparente é alicerçada na promoção de uma cultura que antecipa, identifica e 
mitiga riscos de forma eficaz.
O treinamento contínuo e a educação são pilares para fortalecer a conscien-
tização sobre riscos específicos associados a agentes biológicos, mantendo os 
profissionais atualizados sobre as melhores práticas e protocolos de segurança.
A gestão de riscos na segurança do paciente e biossegurança demanda mo-
nitoramento e avaliação constantes. Revisõesregulares de protocolos, análises 
de risco e adaptações proativas garantem que a prática médica esteja preparada 
para enfrentar mudanças nas condições de trabalho e padrões epidemiológicos.
92
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 6 – Paciente em leito e médica
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-de-tiro-medio-
segurando-a-mao-de-um-homem_13185702.htm#from_
view=detail_serie. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: médica de pijama hospitalar ao lado de pacien-
te idoso que está deitado em seu leito. Temos uma cama com lençóis 
brancos e um senhor está deitado nela. Ao seu lado, uma enfermeira 
que está usando máscaras e luvas faz um atendimento.
A gestão de riscos na segurança do paciente e biossegurança é uma jornada 
contínua e integrada que busca constantemente fortalecer a qualidade dos cuida-
dos de saúde enquanto minimiza ameaças potenciais. Essa abordagem holística 
transcende os aspectos técnicos, abraçando a necessidade de uma cultura de se-
gurança robusta e práticas preventivas eficazes.
A identificação precoce de riscos biológicos é um dos primeiros passos cru-
ciais nessa jornada. Ao antecipar possíveis exposições a agentes biológicos pa-
togênicos, os profissionais de saúde podem implementar medidas preventivas de 
forma proativa. Isso vai além da aplicação de EPIs e protocolos de higiene, envol-
vendo uma análise cuidadosa das atividades e procedimentos para minimizar a 
probabilidade de erros (Carvalho, 2021). 
A gestão de riscos na segurança do paciente e biossegurança exige estra-
tégias dinâmicas de mitigação. Essas estratégias incluem desde a promoção de 
ambientes de trabalho seguros até a integração responsável da tecnologia. A tec-
nologia desempenha um papel crucial na identificação de riscos específicos e na 
implementação de medidas efetivas, contribuindo para um monitoramento mais 
preciso e uma resposta mais rápida (Hinrichsen, 2012). 
93
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
No cerne desta abordagem, está a construção de uma cultura de seguran-
ça sólida. Quando profissionais de saúde se sentem capacitados a relatar even-
tos adversos e preocupações relacionadas à biossegurança, cria-se um ambiente 
propício à aprendizagem contínua. A comunicação aberta e transparente é a pe-
dra angular, permitindo que a identificação e a mitigação de riscos ocorram de 
maneira eficaz (Oliveira, 2022).
O treinamento contínuo e a educação são investimentos essenciais para ga-
rantir que os profissionais estejam preparados para enfrentar desafios emergen-
tes. Isso não apenas fortalece a resiliência do sistema de saúde, mas também 
promove uma conscientização contínua sobre os riscos associados a agentes bio-
lógicos, garantindo práticas atualizadas e adaptáveis.
A gestão de riscos na segurança do paciente e biossegurança é uma prática 
que requer monitoramento constante. Revisões regulares de protocolos e análi-
ses de risco são fundamentais para manter a eficácia das estratégias adotadas. 
Essa avaliação constante é essencial para adaptar-se prontamente a mudanças 
nas condições de trabalho e nos padrões epidemiológicos (Silva, 2013).
Em conclusão, essa abordagem integrada não apenas resguarda a segu-
rança do paciente, mas também fortalece a prática médica como um todo. É um 
compromisso contínuo com a excelência, garantindo que os profissionais estejam 
capacitados e o sistema de saúde seja resiliente, proporcionando cuidados de 
qualidade e segurança em todas as circunstâncias.
1.2 Qualidade do Serviço na Saúde e 
Biossegurança: Cuidados Integrados
A qualidade do serviço na saúde e a biossegurança formam uma simbiose 
crucial para a prática médica contemporânea. A busca pela excelência na entrega 
de cuidados de saúde está intrinsecamente ligada à garantia de ambientes segu-
ros, nos quais a integridade do paciente é prioridade.
94
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 7 – Paciente idoso que sofre de Parkinson
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/medica-preparando-a-vacina-para-
a-colega_12892234.htm#page=4&query=enfermeiro%20e%20paciente%20
jovem&position=42&from_view=search&track=ais&uuid=98e2ce4c-7f1f-
4b35-8b39-90f03510bcea. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: enfermeira segurando uma vacina após aplicar em 
seu colega, também enfermeiro, que está sentado, ambos estão utili-
zando pijama hospitalar azul.
A qualidade do serviço transcende procedimentos técnicos, abrangendo a 
comunicação empática, a personalização do tratamento e a resposta eficaz às ne-
cessidades do paciente. Essa abordagem holística não apenas melhora a experi-
ência do paciente, mas também fortalece a confiança no sistema de saúde como 
um todo.
A biossegurança, por sua vez, proporciona a base robusta para essa qua-
lidade. Além de seguir protocolos padrão, envolve uma mentalidade proativa na 
identificação e mitigação de riscos biológicos. A aplicação rigorosa de práticas 
assépticas, o uso de EPIs adequados e a gestão eficiente de resíduos biológicos 
são componentes vitais dessa estratégia (Hirata, 2012). 
A integração harmônica da qualidade do serviço e biossegurança não apenas 
cumpre normas sanitárias, mas estabelece uma cultura de segurança. Profissio-
nais de saúde comprometidos com a excelência na entrega de cuidados reconhe-
cem que a segurança do paciente é um pilar fundamental dessa excelência.
95
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Essa sinfonia de cuidados integrados não apenas promove a saúde física do 
paciente, mas também abraça sua saúde emocional. A empatia, a transparência e 
a participação ativa do paciente na tomada de decisões são elementos insepará-
veis dessa sinergia.
Desafios emergentes, como a evolução de patógenos e mudanças nos pa-
drões epidemiológicos, demandam uma adaptação contínua dessa aliança. A in-
corporação responsável de tecnologias inovadoras na gestão de riscos biológicos 
e na melhoria da qualidade dos serviços destaca-se como uma oportunidade para 
enfrentar esses desafios (Cardoso, 2001). 
A sinergia entre qualidade do serviço na saúde e biossegurança é uma re-
alidade concreta na prática médica. Isso se evidencia em diversas situações 
do cotidiano, nas quais a integração desses elementos não apenas atende às 
expectativas, mas cria uma experiência de cuidado que transcende padrões 
convencionais.
Imagine um ambiente clínico em que a comunicação empática não é apenas 
uma habilidade desejada, mas uma parte intrínseca da prática. Profissionais que 
seguem rigorosamente os protocolos de biossegurança, enquanto estabelecem 
uma conexão emocional com os pacientes, criam uma atmosfera de confiança 
e segurança.
PENSANDO JUNTOS
A personalização do tratamento é outra dimensão prática dessa sinergia. 
Quando os planos de tratamento são adaptados às necessidades individuais dos 
pacientes, não apenas a qualidade do serviço é aprimorada, mas também a segu-
rança é maximizada. Essa abordagem considera nuances específicas, minimizan-
do riscos e otimizando resultados.
96
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 8 – Enfermeiro vacinando criança
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-medico-
vacinando-uma-menina_12892219.htm#from_view=detail_
serie. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: enfermeiro de pijama hospitalar azul, usando más-
cara de proteção e luvas, vacinando uma criança que está sentada na 
cama do hospital.
O uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) transcen-
de a mera conformidade com regulamentos. Quando os profissionais explicam 
de forma transparente e educativa o propósito dos EPIs, isso não apenas refor-
ça a biossegurança, mas também contribui para a compreensão e confiança do 
paciente.
A gestão de riscos biológicos, quando integrada à adaptação contínua, des-
taca-se como exemplo prático. Clínicas que respondem proativamente a desa-
fios epidemiológicos emergentes, ajustando seus protocolosde biossegurança, 
demonstram não apenas conformidade, mas uma postura responsiva e diligente 
diante das mudanças nas condições de trabalho (Barsano; Carvalho, 2021).
Esses exemplos ilustram que a sinergia entre qualidade do serviço na saú-
de e biossegurança não é uma teoria abstrata, mas uma prática cotidiana. É uma 
abordagem que não apenas atende a padrões, mas eleva a prestação de cuida-
dos a um nível em que a segurança e a qualidade se entrelaçam de maneira orgâ-
nica, proporcionando uma experiência de cuidado que vai além das expectativas 
convencionais (Hirata, 2012). 
97
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
1.2.1 Padrões e Regulamentações na 
Biossegurança em Saúde e Qualidade nos 
Serviços: Uma Aliança para Cuidados Confiáveis
Conformidade com padrões e regulamentações na biossegurança e qualida-
de nos serviços de saúde é mais do que uma obrigação; é uma garantia vital para 
cuidados confiáveis. Essa aliança não apenas estabelece um ambiente seguro 
para pacientes e profissionais de saúde, mas também serve como alicerce para a 
credibilidade e confiança no sistema de saúde.
Os padrões em biossegurança delineiam diretrizes claras para a gestão de 
riscos biológicos. Eles abrangem desde a utilização adequada de Equipamentos 
de Proteção Individual (EPIs) até práticas assépticas e a gestão segura de resí-
duos biológicos. A conformidade com esses padrões não é apenas uma precau-
ção; é uma salvaguarda para a integridade tanto dos profissionais quanto dos 
pacientes.
Regulamentações que governam a qualidade nos serviços de saúde são 
abrangentes. Elas definem expectativas para a entrega de cuidados baseados em 
evidências, seguros e centrados no paciente. A conformidade com essas regula-
mentações vai além de uma obrigação legal; é uma expressão tangível do com-
promisso em oferecer cuidados de alta qualidade que respeitem padrões éticos e 
profissionais.
Essa aliança entre biossegurança e qualidade cria uma cultura de segurança. 
O uso apropriado de EPIs e a aplicação rigorosa de protocolos não são apenas 
práticas técnicas; são elementos que moldam a confiança do paciente. A comu-
nicação transparente e eficaz com os pacientes, alinhada com regulamentações, 
fortalece ainda mais essa confiança.
A conformidade com padrões e regulamentações não é um exercício buro-
crático, mas uma promessa de cuidados confiáveis. Pacientes, ao perceberem 
que suas interações com o sistema de saúde estão enraizadas em práticas segu-
ras e de alta qualidade, desenvolvem uma confiança duradoura. Essa confiança 
não é apenas resultado de uma obrigação regulatória, mas é conquistada diaria-
mente através da entrega consistente de cuidados que respeitam os mais eleva-
dos padrões éticos e de segurança (Silva, 2013).
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 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Essa aliança, enraizada na conformidade com padrões e regulamentações, 
transcende a esfera técnica. É uma expressão tangível de uma cultura de segu-
rança que permeia cada interação no ambiente de cuidados de saúde. A trans-
parência na comunicação, alinhada com regulamentações, não é apenas uma 
formalidade; é uma construção ativa da confiança do paciente, criando uma base 
sólida para uma relação duradoura.
Cada interação respaldada por práticas seguras e a busca contínua pela 
qualidade não é apenas uma transação clínica; é um investimento na construção 
de uma relação de confiança. A confiança do paciente, conquistada por meio da 
conformidade contínua com padrões e regulamentações, não é facilmente abala-
da. Ela se fortalece a cada cuidado prestado, a cada vez que as expectativas são 
não apenas atendidas, mas superadas (Oliveira, 2022).
A resiliência dessa aliança é evidente quando enfrenta desafios emergentes. 
A capacidade de se adaptar rapidamente a novos padrões e regulamentações, 
especialmente diante de cenários epidemiológicos em evolução, reflete não ape-
nas conformidade, mas uma capacidade robusta de antecipar e responder proati-
vamente às mudanças nas condições de trabalho.
Em síntese, a aliança entre a conformidade com padrões de biossegurança 
e regulamentações de qualidade não é apenas um requisito normativo, mas uma 
promessa contínua de cuidados confiáveis, seguros e de alta qualidade. É uma 
abordagem que não apenas atende aos padrões, mas os estabelece, moldando 
uma narrativa de confiança e excelência na prestação de cuidados de saúde.
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 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 9 – Enfermeira usando luvas
Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/nurse-feeling-exhausted-having-
headache-while-working-clinic-during-corona-virus-pandemic_26143732.
htm#query=covid-19-preventing-virus-health-healthcare-workers-
quarantine-concept-serious-female-doctor-personal-protective-equipment-
ppe-shield-face-mask-out-gloves-enter-patient-room_1258-57429%20
jpg&position=40&from_view=search&track=ais&uuid=b5e550c0-614e-
4ca9-813e-8455cd2ee56c. Acesso em: 13 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: profissional de saúde com pijama hospitalar azul, 
estetoscópio ao redor do pescoço, com máscara cirúrgica e luvas.
2 MEDIDAS DE COMBATE E CONTROLE DOS 
AGRESSORES QUE PODEM AMPLIAR OS RISCOS DE 
INFECÇÃO
A implementação eficaz de medidas de combate e controle é essencial para 
mitigar os riscos de infecção provenientes de agentes agressores. Essas medidas 
não apenas visam à contenção imediata, mas também à prevenção de dissemi-
nação, promovendo um ambiente seguro para profissionais de saúde e pacientes 
(Carvalho, 2021).
100
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Figura 10 – Médica usando luvas
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/medico-de-vista-lateral-colocando-
luva_30555257.htm#query=biosseguran%C3%A7a&position=18&from_vi
ew=search&track=sph&uuid=2e958742-8d6d-414e-a92e-
1404fd9605e9. Acesso em: 11 de dezembro de 2023.
#ParaTodosVerem: médica em visão lateral, com avental branco e 
usando luvas. Ao fundo, temos um armário na cor branca e em cima 
dele temos alguns tubos de retirada de sangue.
Abordar agressores potenciais requer uma abordagem abrangente que inclui 
desde práticas básicas de higiene até estratégias avançadas de gestão de riscos.
Nesse sentido, algumas medidas se destacam como possíveis soluções para 
o controle de patógenos e infecções, associadas com as medidas de segurança 
do paciente.
2.1 Uso Adequado de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs) Durante Procedimentos
O uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante pro-
cedimentos é um pilar essencial para assegurar a segurança e a integridade dos 
profissionais de saúde e dos pacientes. Essa prática, quando realizada de manei-
ra diligente, desempenha um papel crucial na prevenção da disseminação de in-
fecções e na minimização dos riscos associados a procedimentos médicos.
101
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
A seleção criteriosa dos EPIs é o primeiro passo para uma proteção eficaz. 
A escolha deve considerar não apenas o tipo de procedimento, mas também os 
agentes agressores específicos envolvidos. A educação contínua dos profissio-
nais de saúde sobre a importância da escolha adequada dos EPIs é fundamental, 
criando uma conscientização sobre os riscos associados a procedimentos especí-
ficos (Hinrichsen, 2012). 
A vestimenta adequada é um componente vital do uso correto de EPIs. A uti-
lização de aventais, gorros, luvas e calçados apropriados, que cobrem adequa-
damente áreas expostas, é uma prática padrão. A troca regular de vestimentas 
contaminadas é crucial para evitar a disseminação de agentes agressores, pro-
movendo um ambiente mais seguro.
Os procedimentos de vestiário e desvestiário são etapas críticas. Adotar prá-
ticas padronizadas para vestir e despir os EPIs minimiza o risco de contaminação 
durante esses processos. A ordem correta de vestimentas é enfatizada para ga-
rantir a eficácia dessa medida preventiva (Barsano; Carvalho, 2021). 
O ajuste e vedação adequados dos EPIssão aspectos que não podem ser 
negligenciados. Certificar-se de que os EPIs se ajustam corretamente ao corpo, 
sem aberturas ou folgas, é essencial para evitar a entrada de agentes agresso-
res. A vedação adequada é verificada regularmente para assegurar uma barreira 
eficaz.
O descarte seguro dos EPIs após o uso é uma prática que evita a conta-
minação cruzada. Procedimentos claros e protocolos para o descarte apropriado 
são implementados para garantir uma gestão eficiente desses materiais (Cardo-
so, 2001). 
O monitoramento constante do uso adequado de EPIs durante os procedi-
mentos é uma responsabilidade compartilhada. A supervisão regular e a imple-
mentação de sistemas de monitoramento ajudam a garantir a conformidade e a 
identificar áreas que possam requerer melhorias (Hirata, 2012). 
Por fim, a atualização constante conforme as orientações e diretrizes evo-
luem é uma prática que reflete o compromisso contínuo com a segurança. Acom-
panhar as últimas informações e ajustar os protocolos de acordo com as ameaças 
emergentes contribui para a eficácia das medidas de proteção.
A educação continuada no contexto do uso de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs) é essencial para manter a segurança dos profissionais de saú-
de. Essa abordagem contínua visa atualizar e aprimorar o conhecimento dos 
102
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
profissionais, garantindo que estejam informados sobre as últimas diretrizes, tec-
nologias e melhores práticas relacionadas ao uso de EPIs durante procedimentos.
Manter os profissionais informados sobre avanços tecnológicos em EPIs e 
compartilhar informações sobre novos materiais, design e tecnologias são práti-
cas importantes. Além disso, incluir treinamentos específicos para procedimentos 
que exigem EPIs particulares, juntamente com simulações práticas, assegura que 
os profissionais estejam familiarizados com a aplicação correta em situações do 
mundo real (Silva, 2013).
A revisão periódica dos protocolos de uso de EPIs é fundamental. Essas re-
visões devem ser realizadas regularmente, incorporando feedback dos profissio-
nais de saúde para adaptar os protocolos às necessidades e desafios específicos 
da prática clínica (Oliveira, 2022).
A educação continuada também deve abranger a conscientização sobre 
agentes agressores emergentes. Informações atualizadas sobre transmissibilida-
de, riscos e medidas de proteção específicas para novos agentes são cruciais 
para manter a segurança.
Além disso, reforçar a importância da lavagem adequada das mãos como 
complemento ao uso de EPIs e promover hábitos de higiene pessoal são medidas 
que contribuem para a eficácia global das práticas de proteção.
Facilitar fóruns ou sessões de discussão para que os profissionais compar-
tilhem experiências práticas é uma maneira valiosa de promover a troca de co-
nhecimentos e melhores práticas no uso de EPIs. Essa abordagem colaborativa 
fortalece a compreensão coletiva e contribui para um ambiente mais seguro na 
prestação de cuidados de saúde.
2.1.1 Controle de Infecções Hospitalares
O controle de infecções hospitalares é uma prioridade fundamental para ga-
rantir ambientes de saúde seguros. Esse processo abrange diversas medidas, 
desde práticas básicas de higiene até protocolos avançados de gestão de ris-
cos, visando prevenir e controlar a disseminação de infecções nos cenários 
hospitalares.
A implementação de programas eficazes de controle de infecções é essen-
cial. Isso inclui a definição clara de protocolos para procedimentos padrão, moni-
toramento constante das taxas de infecção hospitalar e ações corretivas rápidas 
em caso de surtos.
103
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
A promoção de práticas de higiene rigorosas é uma estratégia-chave. A la-
vagem adequada das mãos, o uso apropriado de Equipamentos de Proteção In-
dividual (EPIs) e a manutenção de ambientes limpos são medidas essenciais na 
prevenção da propagação de infecções.
A criação de áreas de isolamento e quarentena eficazes é uma prática crí-
tica. Estabelecer procedimentos claros para isolar pacientes infectados e garan-
tir que essas áreas estejam equipadas para lidar com condições contagiosas é 
essencial.
A educação contínua dos profissionais de saúde desempenha um papel sig-
nificativo. Programas educacionais regulares sobre biossegurança e controle de 
infecções garantem que a equipe esteja atualizada e capacitada para adotar as 
melhores práticas.
A resiliência do sistema de saúde frente a desafios emergentes é crucial. Isso 
envolve a rápida adaptação aos novos padrões e regulamentações, especialmen-
te diante de cenários epidemiológicos em evolução (Hinrichsen, 2012). 
A transparência na comunicação é um elemento essencial no controle de in-
fecções. Informar pacientes, profissionais de saúde e o público em geral sobre 
medidas preventivas, atualizações e situações específicas contribui para a cons-
trução de confiança e cooperação.
Em resumo, o controle de infecções hospitalares é um esforço multidimensio-
nal que requer uma abordagem proativa, desde práticas simples até estratégias 
avançadas. A vigilância constante, a educação e a adaptação contínua são ele-
mentos-chave para garantir ambientes hospitalares seguros e protegidos contra 
ameaças infecciosas.
2.2 Gestão Adequada de Resíduos
A gestão adequada de resíduos é um componente crucial para assegurar a segu-
rança e a integridade dos ambientes de saúde. Essa prática visa classificar, manusear 
e descartar os resíduos de forma apropriada, minimizando os riscos de contaminação 
cruzada e contribuindo para a preservação do meio ambiente (Carvalho, 2021). 
A classificação correta dos resíduos biológicos é o ponto de partida. Garantir 
que os resíduos sejam identificados corretamente conforme sua natureza é es-
sencial para a aplicação de procedimentos adequados de manejo. Isso inclui resí-
duos que podem apresentar riscos biológicos, como instrumentos contaminados, 
materiais de curativos e amostras biológicas.
104
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
Os protocolos para a coleta e o transporte seguro dos resíduos são parte in-
tegrante da gestão adequada. Estabelecer rotinas claras e procedimentos padro-
nizados para a manipulação segura dos resíduos desde sua origem até a área de 
descarte é fundamental. Isso inclui o uso de recipientes específicos e a adoção de 
medidas que evitem vazamentos ou exposição inadequada.
O tratamento adequado dos resíduos biológicos é uma etapa crítica. Depen-
dendo da natureza dos resíduos, podem ser necessários processos específicos, 
como autoclavação, incineração ou outras formas de descontaminação. Assegu-
rar que esses processos sejam conduzidos de maneira eficaz é essencial para eli-
minar riscos de contaminação.
A conscientização sobre a importância da gestão adequada de resíduos bioló-
gicos é disseminada entre os profissionais de saúde. Isso inclui treinamentos regu-
lares para garantir que todos compreendam os procedimentos, desde a segregação 
inicial até o descarte final. A cultura organizacional deve promover a responsabilida-
de ambiental e a adesão rigorosa às práticas seguras (Carvalho, 2021). 
Além disso, a atualização constante dos protocolos de gestão de resíduos 
é essencial. A evolução das práticas, regulamentações e tecnologias requer uma 
abordagem dinâmica para garantir que as melhores práticas estejam sempre em 
vigor. Essa abordagem adaptativa é essencial para lidar com novos desafios e 
ameaças emergentes no cenário da saúde e da biossegurança.
Caro estudante, convidamos você a embarcar em uma jornada visual e dinâmi-
ca para aprofundar seus conhecimentos nos fundamentos de biossegurança 
e sua interseção com a qualidade do serviço em saúde. No vídeo exploratório 
desta unidade, vamos destacar os principais conceitos teóricos que sustentam 
nossa compreensão dessas temáticas cruciais.
EM FOCO
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 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
NOVOS DESAFIOSÀ medida que transitamos do aprendizado teórico para a realidade prática, é 
imperativo compreender como os conceitos de biossegurança e qualidade do ser-
viço se traduzem no dinâmico mercado de trabalho em saúde. Esse vínculo en-
tre teoria e prática não apenas consolida o conhecimento adquirido, mas também 
oferece insights valiosos sobre como enfrentar os desafios e explorar oportunida-
des futuras.
O mercado de trabalho em saúde é multifacetado, exigindo dos profissionais 
uma compreensão aprofundada de como integrar a biossegurança à prestação de 
serviços de alta qualidade. O enfrentamento de desafios, como a prevenção de 
infecções hospitalares, a gestão eficaz de riscos e a promoção de uma cultura de 
segurança, tornam-se prioridades diárias.
Diante desses desafios, é crucial vislumbrar soluções inovadoras. A imple-
mentação de tecnologias avançadas, como sistemas de esterilização de última 
geração, pode elevar os padrões de segurança. Além disso, investir em educação 
continuada, com foco na atualização constante sobre práticas seguras, prepara 
os profissionais para enfrentar as complexidades do ambiente de trabalho.
À medida que avançamos para o futuro, percebemos que os profissionais 
que compreendem a interseção entre biossegurança e qualidade do serviço estão 
bem posicionados. O mercado valoriza aqueles capazes de aplicar os princípios 
aprendidos, não apenas atendendo às exigências regulatórias, mas superando as 
expectativas na prestação de cuidados seguros e eficientes.
106
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
AUTOATIVIDADES
1 - Em uma unidade de terapia intensiva (UTI), um enfermeiro percebe a pre-
sença de materiais perfurocortantes descartados inadequadamente no ambiente 
de trabalho. Diante dessa situação, é essencial aplicar os princípios de biossegu-
rança para minimizar os riscos ocupacionais e proteger a equipe de saúde.
Considerando a situação descrita, qual medida deve ser prioritariamente 
adotada para garantir a segurança ocupacional na UTI?
a) Realizar a correta segregação e descarte seguro de materiais 
perfurocortantes.
b) Ignorar a situação, pois não representa riscos significativos.
c) Pedir aos colegas que lidem com os materiais sem proteção adequada.
d) Aguardar a equipe de limpeza para lidar com a situação.
e) Utilizar luvas apenas no contato direto com os materiais perfurocortantes.
2 - Em um hospital, a equipe de enfermagem enfrenta um aumento nos ca-
sos de infecções hospitalares, apesar das práticas padrão de higiene. Identificar 
as possíveis fontes de contaminação e implementar medidas eficazes torna-se 
crucial para preservar a segurança dos pacientes.
Frente ao aumento de infecções hospitalares, qual ação é mais eficaz na pre-
venção e controle dessas ocorrências?
a) Realizar uma análise detalhada dos processos de higiene e identificar 
pontos críticos.
b) Culpar exclusivamente a equipe de limpeza pelos casos de infecção.
c) Aumentar o uso de antibióticos como medida preventiva.
d) Reduzir a frequência da limpeza das instalações hospitalares.
e) Ignorar o problema, considerando-o inevitável.
107
 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
3 - Em um centro cirúrgico, diferentes equipes precisam compartilhar informa-
ções cruciais sobre pacientes em tempo real. A ausência de uma cultura de segu-
rança eficaz pode comprometer a comunicação entre os profissionais, impactando 
diretamente a gestão de riscos durante procedimentos cirúrgicos complexos.
Diante da importância da comunicação eficaz no centro cirúrgico, qual prática 
fortaleceria a cultura de segurança e a gestão de riscos?
a) Implementar uma estratégia de comunicação clara e eficiente entre as 
equipes.
b) Limitar a comunicação apenas à equipe médica durante os procedimentos.
c) Ignorar a necessidade de comunicação, confiando apenas na experiência 
individual.
d) Ressaltar a hierarquia, desencorajando a comunicação entre diferentes 
profissionais.
e) Utilizar métodos de comunicação escrita apenas após a conclusão dos 
procedimentos.
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 Qualidade nos serviços de saúde e biossegurança
REFERÊNCIAS
BARSANO, P. R. T. Biossegurança: ações fundamentais para promoção da saú-
de. São Paulo: Érica, 2018.
CARDOSO, T. Biossegurança, estratégias de gestão, riscos, doenças emer-
gentes e reemergentes. São Paulo: Santos, 2001.
HIRATA, M. H. Manual de biossegurança. 2. ed. São Paulo: Manole, 2012
SILVA, J. V. Biossegurança no contexto da saúde. São Paulo: Érica, 2013. 
OLIVEIRA, G. R.; BATISTA, F. G. N.; DALTRO, K. P. S. Adesão às precauções pa-
drão por profissionais de enfermagem: revisão integrativa. Rev. Bras. de Saúde 
Funcional, v. 10, n. 1, 2022. Disponível em: https://adventista.emnuvens.com.br/
RBSF/article/view/1414. Acesso em: 28 jun. 2023.
HINRICHSEN, Sylvia L. Qualidade e segurança do paciente. Rio de Janeiro: 
MedBook Editora, 2012. E-book. ISBN 9786557830697.
CARVALHO, Franciely Midori Bueno de F. Gestão, qualidade e segurança do 
paciente. São Paulo: Editora Saraiva, 2021. E-book. ISBN 9786553560826.
	CAPÍTULO 1
	INICIE SUA JORNADA
	DESENVOLVA SEU POTENCIAL
	1 BASES EPISTEMOLÓGICAS DA BIOSSEGURANÇA
	1.1 Biossegurança e Interfaces Multidisciplinares
	1.1.1 Biossegurança e Profissionais de Equipes Multidisciplinares
	2 CAMINHOS PARA REDUÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS
	2.1 O Exemplo da Pandemia de Covid-19 para Biossegurança
	3 HIGIENE E PROFILAXIA
	3.1 Desinfecção de Superfícies: Uma Barreira Crucial contra a Propagação de Patógenos
	4 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
	4.1 Uso de Luvas e Biossegurança
	4.2 Uso de Máscaras
	4.3 Uso de Avental e Gorro
	5 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA FÍSICA EM SERVIÇOS DE SAÚDE 
	NOVOS DESAFIOS
	AUTOATIVIDADES
	REFERÊNCIAS
	CAPÍTULO 2
	INICIE SUA JORNADA
	DESENVOLVA SEU POTENCIAL
	1 BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE E RISCOS
	1.1 Biossegurança e Risco no Ambiente Hospitalar
	1.1.1 Agentes Patogênicos e Variedade Biológica
	1.1.2 Agentes Patogênicos e Variedade Biológica
	1.1.3 O Exemplo das Bactérias Multirresistentes
	2 NORMATIZAÇÃO E CONDUTAS EM RELAÇÃO À PREVENÇÃO E AO CONTROLE DE INFECÇÕES
	2.1 Higienização das Mãos e Uso de EPI
	2.2 Isolamento de Pacientes
	NOVOS DESAFIOS
	AUTOATIVIDADES
	REFERÊNCIAS
	CAPÍTULO 3
	INICIE SUA JORNADA
	DESENVOLVA SEU POTENCIAL
	1 QUALIDADE DO SERVIÇO E AÇÕES PROATIVAS PARA GARANTIA DOS PROCEDIMENTOS LABORAIS DENTRO DOS PADRÕES SANITÁRIOS ADEQUADOS
	1.1 Segurança do Paciente 
	1.1.1 Natureza Intrínseca da Segurança do Paciente
	1.1.2 Ética e Responsabilidade na Segurança do Paciente
	1.1.3 Gestão de Riscos na Segurança do Paciente e Biossegurança: Uma Abordagem Integrada
	1.2 Qualidade do Serviço na Saúde e Biossegurança: Cuidados Integrados
	1.2.1 Padrões e Regulamentações na Biossegurança em Saúde e Qualidade nos Serviços: Uma Aliança para Cuidados Confiáveis
	2 MEDIDAS DE COMBATE E CONTROLE DOS AGRESSORES QUE PODEM AMPLIAR OS RISCOS DE INFECÇÃO
	2.1 Uso Adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Durante Procedimentos
	2.1.1 Controle de Infecções Hospitalares
	2.2 Gestão Adequada de Resíduos
	NOVOS DESAFIOS
	AUTOATIVIDADES
	REFERÊNCIAS

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