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CARLOS EDUARDO DE ANDRADE MAIA Advogado, palestrante e parecerista; Professor de Dir. Civil, Prática Civil e Dir. do Consumidor em cursos preparatórios para a OAB e para Concursos Públicos; Professor de Dir. Civil em cursos de pós graduação lato sensu; Professor da ESA – Escola Superior da Advocacia - Núcleos; Professor de Direito Civil da FACCAMP; Coordenador do Curso de Especialização em Direito de Família e Sucessões do Complexo Andreucci; Coordenador dos Cursos de OAB do Complexo Andreucci; Coordenador da Comissão OAB vai à Faculdade – OAB/Tatuapé; Membro efetivo da comissão de Dir. de Família da OAB/SP; Membro efetivo da Comissão do Jovem Advogado da OAB/SP(2011/13); Membro efetivo do IBDFAM; Membro efetivo da Academia Brasileira de Direito Civil; Advogado do CREMESP nomeado para o biênio 2011/2013; Especialista em Direito Civil pela FMU; Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino (Buenos Aires); Coautor do livro Exame da OAB Unificado – 1ª Fase – Ed. Saraiva Coautor do livro Passe em Concurso Público – Ministério Público Estadual e Federal – Questões Comentadas – Ed. Saraiva Coautor do livro Passe em Concurso Público – Ministério Público Estadual e Federal – Manual de Dicas – Ed. Saraiva MAIA DIREITO DE PROPRIEDADE § Rol dos Direitos Reais previsto no CC (1.225,CC) § - Propriedade - - - - - - - único sobre coisa PRÓPRIA § - Superfície § - Servidões § - Usufruto § - Uso § - Habitação § - Direito do promitente comprador § - Penhor § - Hipoteca § - Anticrese § - Concessão de uso especial para fins de moradia § - Concessão de direito real de uso GOZO OU FRUIÇÃO AQUISITIVO GARANTIA EXERCÍVEIS SOBRE COISA ALHEIA DIREITO DE PROPRIEDADE § Características dos Direitos Reais § A palavra reais deriva de res, que significa COISA. § Os direitos reais são, pois, direitos que incidem sobre coisas móveis ou imóveis dotadas de valor econômico e comercializáveis § OPONIBILIDADE ERGA OMNES: o titular do direito real poderá insurgir-se contra qualquer pessoa que pretenda molestar o exercício de tal direito. § O DIREITO DE SEQUELA OU JUS PERSEQUENDI: o direito real aderirá (impregnará) ao bem móvel ou imóvel e o “acompanhará” independentemente de para quem ou para onde vá, permitindo ao seu titular que o exerça irrestritamente. DIREITO DE PROPRIEDADE § Características dos Direitos Reais § quando o direito recair sobre bem móvel somente haverá seu aperfeiçoamento mediante a tradição. § Artigo 1.226, CC- Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a TRADIÇÃO § Se incidir sobre bem imóvel, para que se revista dos caracteres mencionados e, portanto, seja considerado direito real, será indispensável o registro no Cartório de Registro de Imóveis § Artigo 1.227, CC- Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o REGISTRO no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código DIREITO DE PROPRIEDADE § Fatores que compõem o Direito de Propriedade § usar (jus utendi - usar o bem extraindo apenas o frutos indispensáveis à sobrevivência) § gozar ou fruir (jus fruendi – extrair frutos) § dispor (jus abutendi – alienar (latu sensu) a coisa ou gravá-la com ônus real) § reivindicar ou reaver (rei vindicatio – reivindicar o bem de quem quer que o injustamente possua ou detenha) DIREITO DE PROPRIEDADE § AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL § Originária: NÃO HÁ que se falar em TRANSMISSIBILIDADE, pois o adquirente fará jus ao domínio contra a vontade do antigo titular, sendo mister frisar que a propriedade, neste caso, será adquirida isenta dos vícios que eventualmente a maculavam. § Derivada: haverá a TRANSMISSÃO do domínio de um titular para outro por meio do registro do título (imóveis) ou da tradição (móveis). Resulta de relação jurídica em que se evidencia a manifestação de vontade. § Singular: ocorrerá quando o sujeito adquirir bem certo, individualizado, caso costumeiro em negócio inter vivos (compra e venda, dação em pagamento, etc.) e, excepcionalmente, possível em causa mortis (legado). § Universal: a aquisição a título universal estabelece elo com o direito sucessório. O herdeiro receberá quinhão do patrimônio do morto, herdando direitos, deveres e obrigações. DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL § Usucapião: Por meio da usucapião, também chamada de prescrição aquisitiva, o sujeito que exercer sobre certo bem posse mansa, pacífica e ininterrupta por certo prazo, com animus domini (vontade de ser dono) e atendendo a outros específicos pormenores, adquirirá o domínio do bem. § Acessões: A palavra acessão s ign i f ica aumento, acrescentamento. Decorre da lei e está atrelada à ideia de que tudo o que se incorporar a um imóvel por vontade humana (artificial) ou força natural pertencerá ao seu proprietário que, por via originária, adquirirá a propriedade do acréscimo. As acessões naturais aproveitam aos imóveis ribeirinhos. DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL USUCAPIÃO § EXTRAORDINÁRIA § ORDINÁRIA § CONSTITUCIONAL (OU ESPECIAL) § RURAL § URBANA § USUCAPIÃO COLETIVA URBANA § USUCAPIÃO NO DIREITO DE FAMÍLIA DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (1.238, CC) § Posse mansa, pacífica e ininterrupta § 15 (quinze) anos § Independentemente de justo título e boa-fé § Prazo reduzível para 10 anos § Fixar moradia habitual § Realizar obras ou serviços produtivos DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL USUCAPIÃO ORDINÁRIA (1.242, CC) § Posse mansa, pacífica e ininterrupta § 10 (dez) anos § Indispensáveis o justo título e a boa-fé § Prazo reduzível para 5 anos § Aquisição onerosa § Registro do título aquisitivo § Cancelamento posterior § Moradia ou investimentos DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA (1.240, CC) § 5 (cinco) anos § Área urbana de até 250m² § Independentemente de justo título e boa-fé § Moradia ou investimentos § Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural em território Nacional DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL (1.239, CC) § 5 (cinco) anos § Área rural de até 50ha (hectares) § Independentemente de justo título e boa-fé § Terra produtiva + moradia § Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural em território Nacional DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL USUCAPIÃO COLETIVA URBANA (art. 10 da Lei 10.257/01 - Estatuto da Cidade) As áreas urbanas com MAIS de duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL USUCAPIÃO NO DIREITO DE FAMÍLIA Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (DOIS) ANOS ininterruptamente e sem oposição, posse DIRETA, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade DIVIDA com EX- CÔNJUGE OU EX-COMPANHEIRO que ABANDONOU O LAR, utilizando-o para sua MORADIA OU DE SUA FAMÍLIA, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvelurbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 16 de junho de 2011) DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS ORIGINÁRIAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL ACESSÕES NATURAIS OU FÍSICAS • Formação de ilhas • Aluvião • Avulsão • Álveo abandonado INDUSTRIAIS OU ARTIFICIAIS • Construções • Plantações DIREITO DE PROPRIEDADE FORMAS DERIVADAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL § Registro do título aquisitivo § Sucessão: De acordo com o princípio da saisine, aberta a sucessão, a herança transmite-se imediatamente aos herdeiros do morto. § Artigo 1.784, CC- Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. DIREITO DE PROPRIEDADE FORMA DERIVADAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL § TÍTULOS registráveis (rol NÃO taxativo) ESCRITURA PÚBLICA • Compra e venda • Doação • Dação em pagamento • Permuta • Inventário (com partilha) • Separação ou divórcio (com partilha) INSTRUMENTO PARTICULAR ART. 108, CC – VALOR INFERIOR A 30 S.M. • Compra e venda • Doação • Dação em pagamento • Permuta SENTENÇA • Ação de adjudicação compulsória CARTAS • Arrematação • Adjudicação DIREITO DE PROPRIEDADE § AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL § Obs. DENTRE OUTRAS § Usucapião § ORDINÁRIA § posse mansa, ininterrupta e pacífica § por TRÊS ANOS § indispensável a prova da boa-fé e a existência do justo título § EXTRAORDINÁRIA § posse mansa, ininterrupta e pacífica § por CINCO ANOS § despiciendos, neste caso, a boa-fé e o justo título. DIREITO DE PROPRIEDADE § AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL § Obs. DENTRE OUTRAS § Tradição: entrega da coisa § A tradição pode ser REAL, SIMBÓLICA ou FICTA § REAL: transmissão FÍSICA da coisa § SIMBÓLICA: gesto menos significativo é praticado com o propósito de se cumprir obrigação maior (ex. entrega das chaves de um apartamento ao comprador) § FICTA: subdivide-se: § constituto possessório: ocorre, v.g., quando um sujeito, proprietário de um bem, aliena-o ao adquirente e, em vez de transmitir a ele a posse, mantém-se na condição de possuidor direto em razão de outra relação contratual (locação ou comodato, p.ex.) § traditio brevi manus: o sujeito era possuidor direto por conta de relação jurídica anterior (locação ou comodato, p.ex.) e adquiriu a propriedade do bem, passando a ser, além de titular do domínio, possuidor pleno, tendo em vista a percepção da posse indireta. DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. § 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. § 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO “AÇÃO DE COBRANÇA DE DESPESAS DE CONDOMÍNIO. Unidade compromissada à venda em 05 de novembro de 1999. Cobrança de encargos gerados a partir do mês abril de 2007. Reconhecimento, por parte do condomínio, da transação do imóvel. Alteração do pólo passivo da ação para inclusão do compromissário vendedor. Responsabilidade pelo adimplemento das despesas que deve ser atribuída ao promitente comprador. Recurso provido. (TJSP – AP. 0261737-70.2007.8.26.0100. Rel. Des. Dimas Rubens Fonseca. 27ª Câmara de Direito Privado. Julg. 21/09/2010)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO “ D E S P E S A S D E C O N D O M Í N I O - C O B R A N Ç A - COMPROMISSO PARTICULAR DE COMPRA E VENDA SEM REGISTRO IMOBILIÁRIO - IRRELEVÂNCIA - CONJUNTO FÁTICO EVIDENCIANDO C I Ê N C I A D O C O N D O M Í N I O A C E R C A D A T R A N S A Ç Ã O ILEGITIMIDADE PASSIVACONFIGURADA SENTENÇA REFORMADA - PROCESSO EXTINTO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. O fato gerador da obrigação é a utilização dos serviços e fruição das coisas comuns, sendo responsável pelas despesas condominiais o titular do domínio OU o possuidor do imóvel que usufrui das benesses comuns. Havendo nos autos elementos que indicam a posse do imóvel pelos compromissários compradores e o inequívoco conhecimento da transação por parte do condomínio , A RESPONSABILIDADE PELAS DESPESAS CONDOMINIAIS É DO OCUPANTE DO IMÓVEL, sendo irrelevante a falta de registro do compromisso de compra e venda. Ilegitimidade passiva dos apelantes antes reconhecida. Agravo retido improvido. Acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva. Extinção do processo com base no art. 267, VI, do CPC. Prejudicado parcialmente o recurso do condomínio, sendo provida a parte não alcançada pela prejudicialidade. (TJSP – AP. 9239057-83.2003.8.26.0000. Rel. Des. Cristina Zucchi. 10ª Câmara do extinto 2º TAC. Julg. 14/04/2004)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO “DESPESAS DE CONDOMÍNIO - COBRANÇA - PROCESSO JULGADO EXTINTO SEM DECISÃO DE MÉRITO - LEGITIMIDADE DE PARTE N O VA M E N T E A P R E C I A D A E M S E G U N D A I N S T Â N C I A - COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA SEM REGISTRO - INEXISTÊNCIA D E P R O VA S D O C O N H E C I M E N T O D O C O N D O M Í N I O - LEGITIMIDADE PASSIVA DE QUEM CONSTAR NO REGISTRO DE IMÓVEIS - COHAB - EXTINÇÃO AFASTADA - RECURSO PROVIDO. Sem o registro do compromisso de compra e venda no Cartório de Imóveis e sem provas do conhecimento do Condomínio da celebração do compromisso de compra e venda e/ou da posse do compromissário- comprador, a ação de cobrança de despesas condominiais pode ser dirigida contra aquele em nome de quem está o imóvel registrado no Ofício Imobiliário. Irrelevância da titularidade da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo - COHAB, compromissária- vendedora. Preliminar de ilegitimidade afastada. (TJSP – AP. 9211985-58.2002.8.26.0000. Rel. Des. Ferraz Felisardo. 3ª Câmara do Segundo Grupo (Extinto 2° TAC). Julg. 17/02/2004)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO “AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO CIVIL. CONDOMÍNIO TAXAS CONDOMINIAIS. LEGITIMIDADE PASSIVA PROMITENTE COMPRADOR - DETENTOR DA POSSE DO IMÓVEL. SÚMULAS 83 DO STJ. RECURSO IMPROVIDO. I. Na linha da orientação adotada por este Tribunal, a responsabilidade pelas despesas de condomínio ante a existência de promessa de compra e venda, pode recair TANTO SOBRE O PROMITENTE COMPRADOR QUANTO SOBRE O PROMISSÁRIO VENDEDOR, dependendo das circunstâncias de cada caso concreto. Sob esse prisma, pois, a questão relacionada à posse do imóvel, e não só a propriedade, é relevante para a aferição da responsabilidade por tais encargos. II. Agravo improvido. (AgRg no Ag 660.515/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/08/2008, DJe 23/09/2008) DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO “DESPESAS DE CONDOMÍNIO. LEGITIMIDADE DE PARTE PASSIVA. RESPONSABILIDADE ATRIBUÍDA, NO CASO, AOS PROMITENTES VENDEDORES, COM A RESSALVA DO DIREITO D E R E G R E S S O C O N T R A O S C O M P R O M I S S Á R I O S COMPRADORES. “CONTRATO DE GAVETA”. PECULIARIDADES DE FATO. – A responsabilidade pelas despesas de condomínio pode recair sobre aquele em cujo nome estiver registrado o bem imóvel, dependendo das circunstâncias de cada caso concreto. – Não-pagamento das taxas condominiais há anos e arrematação da unidade autônoma, em 1999, pela “Caixa Econômica Federal”. Permanência dos réus embargantes no pólo passivo da demanda, diante da possibilidade de inexistir quem venha a responder pelo débito existente. Recurso especial não conhecido. (REsp427.012/SP, Rel. Ministro BARROS MONTEIRO, QUARTA TURMA, julgado em 22/03/2005, DJ 30/05/2005, p. 380) DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO “CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONDOMÍNIO. COBRANÇA DE TAXAS CONDOMINIAIS. LEGITIMIDADE PASSIVA. Somente quando já tenha recebido as chaves e passado a ter assim a disponibilidade da posse, do uso e do gozo da coisa, é que se reconhece legitimidade passiva ao promitente comprador de unidade autônoma quanto às obrigações respeitantes aos encargos condominiais, ainda que não tenha havido o registro do contrato de promessa de compra e venda. Sem que tenha ocorrido essa demonstração, não há como se reconhecer a ilegitimidade da pessoa em nome de quem a unidade autônoma esteja registrada no livro imobiliário. Precedentes. Recurso especial conhecido pelo dissídio, mas improvido. (REsp 660.229/ SP, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA, julgado em 21/10/2004, DJ 14/03/2005, p. 378)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § LEGITIMIDADE PASSIVA EM COBRANÇA DE CONDOMÍNIO “CIVIL. QUOTAS DE CONDOMÍNIO. Responsabilidade do promitente comprador, se a ocupação, a esse título, da unidade imobiliária, é conhecida pelo condomínio, mesmo que a promessa de compra e venda não tenha sido registrada no Ofício Imobiliário. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 422.915/SP, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/08/2002, DJ 21/10/2002, p. 366) DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS “BEM MÓVEL (Veículo automotor) - AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO - Na compra e venda de VEÍCULO a propriedade é adquirida com a MERA TRADIÇÃO do bem, ainda que não registrada a transferência na repartição de trânsito, e ainda que não pago o valor do preço - O embargante é verdadeiro proprietário do bem móvel descrito na inicial - Recurso provido.(TJSP – AP. 996075008. Rel. Des. Antonio Benedito Ribeiro Pinto. 25ª Câmara de Direito Privado. Julg. 30/10/2008)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS “PROCESSUAL CIVIL. Pretensão ao reconhecimento da deserção do recurso. O autor apresentou demonstrativo dos rendimentos pagos pela Previdência Social. O documento levou o D. Magistrado a deferir o benefício. Cabia à ré demonstrar a suficiência de recursos para o pagamento das custas do processo, o que não ocorreu. Assim, diante da concessão da assistência judiciária gratuita, a deserção do recurso não pode ser reconhecida. Preliminar afastada. BEM MÓVEL. Ação de substituição de vontade julgada improcedente. Pedido do autor para que a sentença produza o mesmo efeito do contrato cumprido, condenando a ré a assinar o documento único de transferência do automóvel adquirido, viabilizando, assim, a transferência da propriedade do veículo perante o Departamento de Trânsito. TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE QUE SE FAZ PELA TRADIÇÃO. Autor que, ao adquirir o veículo que o réu alienou a terceiro, sub-rogou-se no direito de exigir do proprietário originário a transferência da propriedade. Os efeitos do desfazimento do negócio anterior não podem alcançar o adquirente de boa-fé. Sentença que comporta reforma para que o pedido do autor seja julgado procedente, condenando o réu a emitir a referida declaração de vontade, sob pena de multa diária. Caso a obrigação não seja cumprida, a decisão, após o trânsito em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida. Recurso provido para este fim. (TJSP – AP. 0013027-46.2009.8.26.0451. Rel. Des. Antonio Benedito Ribeiro Pinto. 26ª Câmara de Direito Privado. Julg. 13/04/2011)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS “ACIDENTE DE TRÂNSITO - VEÍCULO ALIENADO EM DATA ANTERIOR AO ACIDENTE - RESPONSABILIDADE DO COMPRADOR - ILEGITIMIDADE PASSIVA RECONHECIDA - RECURSO IMPROVIDO. A transferência do domínio de bem móvel opera-se pela simples tradição, traduzindo-se as providências junto à repartição de trânsito mero expediente administrativo que não interfere no negócio jurídico (TJSP – AP. 9109604-30.2006.8.26.0000 . Rel. Des. Renato Sartorelli. 26ª Câmara do Terceiro Grupo. Julg. 23/04/2007)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS “AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE VEÍCULOS. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE ATIVA POR FALTA DE APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO INDISPENSÁVEL PARA A PROVA DA PROPRIEDADE. DESACOLHIMENTO. AGRAVO RETIDO IMPROVIDO. A PROPRIEDADE DOS BENS MOVEIS SE TRANSFERE MEDIANTE SIMPLES TRADIÇÃO, e com os veículos não é diferente O registro no Detran constitui ato posterior a transmissão do domínio, relacionado ao controle administrativo, dele não decorrendo a possibilidade de afirmação da titularidade Logo, a prova da propriedade pode ser feita pelos diversos meios e o certificado oficial não constitui documento indispensável. No caso, a legitimidade ativa restou evidenciada pela efetiva demonstração da propriedade produzida pelo conjunto probatório AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE VEÍCULOS. ALEGAÇÃO DE VÍCIO PROCESSUAL POR FALTA DE INTIMAÇÃO DA JUNTADA DE DOCUMENTO. DESACOLHIMENTO ANTE A AUSÊNCIA DE INTERESSE. RECURSO IMPROVIDO. O fato de os réus não terem sido intimados da juntada do certificado de propriedade do veículo não é suficiente para gerar nulidade processual, ante a ausência de interesse, dada a irrelevância do documento para demonstrar a legitimidade ativa, o que decorreu de outros elementos de prova RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE VEÍCULOS. ABALROAMENTO EM RODOVIA. CULPA DO MOTORISTA DO VEÍCULO DA RÉ, QUE TENTOU REALIZAR MANOBRA DE ULTRAPASSAGEM E NÃO CONSEGUIU RETOMAR O POSICIONAMENTO ADEQUADO DE TRAFEGO, AO PERCEBER A INOPORTUNIDADE DA INICIATIVA. CULPA CONFIGURADA, A DETERMINAR A RESPONSABILIDADE DOS RÉUS. RECURSO IMPROVIDO. O condutor do ônibus da ré tentou realizar ultrapassagem do caminhão, mas o fez em momento inoportuno, gerando a necessidade de retornar ao posicionamento anterior. Ao fazê-lo, acabou por atingir o caminhão, fazendo com que ele perdesse o controle. Tal conduta revela imprudência e imperícia do motorista do/ ônibus, justificando o reconhecimento do dever de reparação / RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE VEÍCULOS. DANOS MATERIAIS. ADEQUADA FIXAÇÃO PELA SENTENÇA. RECURSOS IMPROVIDOS. Os elementos de prova não possibilitam alterar as conclusões da sentença, que bem fixou os valores atinentes aos danos havidos no caminhão e aos lucros cessantes AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. JULGAMENTO DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. REPARTIÇÃO DOS ENCARGOS NECESSÁRIA. RECURSO DOS RÉUS PARCIALMENTE PROVIDO. A constatação de que o autor decaiu parcialmente do pedido justifica a repartição da responsabilidade pelas despesas processuais e a redução proporcional do valor da verba honorária (TJSP – AP 9057821-33.2005.8.26.0000. Rel. Des. Antonio Rigolini. 31ª Câmara d e Direito Privado. Julg. 16/03/2010)” DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS “EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA SOBRE VEÍCULO ALIENADO. AUSÊNCIA DE REGISTRO DE TRANSFERÊNCIA PERANTE O DETRAN. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE VALIDADE EM RELAÇÃO A TERCEIROS. VIOLAÇÃO A DISPOSITIVO DA LEI DE REGISTROS PÚBLICOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. I - O Tribunal de origem afastou o registro no Detran como única prova de propriedade do veículo, nada aduzindo a respeito do art. 129, 7º, da Lei 6.015/73, tido como violado, que dispõe acerca da necessidade de registro da venda de veículos no cartório de Registro de Títulos e Documentos para validade contra terceiros. Incidência das súmulas 282 e 356 do STF. II - Ademais, já se decidiu nesta Corte que: "O fato de não ter sido realizada a transferência de propriedade do automóvel autuado junto ao DETRAN não obsta que a provada alienação se faça por outros meios"(REsp 599620/ RS, 1ª T., Min. Luiz Fux, DJ de 17.05.2004). Precedente: REsp nº 961.969/ RS, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJe de 01/09/2008. III - Agravo Regimental improvido. (AgRg no REsp 1051456/BA, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/10/2008, DJe 10/11/2008) DIREITO DE PROPRIEDADE § Questões polêmicas § TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DE VEÍCULOS “PENAL. APROPRIAÇÃO INDÉBITA. PROVA DA PROPRIEDADE E DA BOA-FÉ DA AQUISIÇÃO DE VEÍCULO. REGISTRO DE VEÍCULOS. INQUÉRITO POLICIAL. ARQUIVAMENTO. - A transcrição do registro do veículo no órgão público competente não consubstancia prova inequívoca da propriedade do bem, mas mero trâmite burocrático que nem sempre é efetivado no momento em que o contrato de compra e venda é efetivado, mediante a entrega do bem ao comprador de boa-fé, mediante simples tradição. - Apreendido veículo por autoridade policial tendo em vista notícia de crime de apropriação indébita, sua restituição é de rigor quando arquivado o inquérito. - Recurso ordinário provido. Segurança concedida. (RMS 8.836/SP, Rel. Ministro VICENTE LEAL, SEXTA TURMA, julgado em 01/07/1998, DJ 08/09/1998, p. 121)” Muito Obrigado! SUCESSO WWW.CRUZEMAIA.ADV.BR
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