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bacharelado em enfermagem
elaine silva da silva
franciney medeiros oliveira araujo
marineis de moura
rodrigo sousa alves
rosiane de oliveira silva
tema: atendimento multiprofissional na efetividade das ações em saúde
Novo Repartimento
2020
elaine silva da silva
franciney medeiros oliveira araujo
marineis de moura
rodrigo sousa alves
rosiane de oliveira silva
tema: atendimento multiprofissional na efetividade das ações em saúde
Trabalho apresentado à Unopar – Universidade de Pitágoras, como requisito parcial à aprovação no 1º semestre do curso de ENFERMAGEM.
Novo Repartimento
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
REFERÊNCIAS	9
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é informar a vivência do “atendimento multiprofissional na efetividade das ações em saúde”, mostrando as características e desafios enfrentados, em decorrência do aumento de um problema de saúde pública, especificamente de “lesão medular” e acima de tudo enaltecer a importância de trabalhar em equipe.
O trabalho em equipes multiprofissionais também é considerado um recurso
importante para atingir um dos aspectos da integralidade nas práticas em saúde, que é a concepção da integralidade como uma dimensão das práticas de saúde, que, além de contribuir na organização do trabalho nos serviços, busca uma apreensão ampliada das necessidades de saúde da população atendida.
No Brasil o Programa Saúde da Família (PSF), concebido pelo Ministério da
Saúde em 1994, após estabelecer e incorporar novas proposições, regulamentações, modalidades de incentivo financeiro, bem como apresentar experiências inovadoras e positivas em alguns municípios, consagra-se como estratégia de mudança do modelo assistencial no país dentro da política nacional.
Com o intuito de compreender melhor a importância do trabalho em equipe
dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF) é necessário observar que neste tipo de trabalho em saúde ocorre a ampliação do objeto de intervenção para além do âmbito individual e clínico. Tal peculiaridade requer mudanças na forma de atuação e na organização do trabalho, bem como demanda alta complexidade de saberes.
Entretanto, considera-se que simplesmente agrupar diferentes profissionais possibilitam a melhor performance para oferecer ao paciente e à comunidade uma visão mais ampla do problema, dando-lhes conhecimento e motivação para vencer o desafio e adotar atitudes de mudanças de hábitos de vida (PEDUZZI, 1998).
7
Através deste estudo, têm-se a percepção da pessoa com lesão medular sobre a sua condição e seus desafios enfrentados, juntamente com a equipe multiprofissional. Portanto, é importante para profissionais da área da saúde o conhecimento a respeito desse tipo de lesão, que se torna cada vez mais comum em nossa sociedade, uma vez que o processo para a reabilitação de pessoas que sofreram lesão medular envolve profissionais de diferentes áreas da saúde.
DESENVOLVIMENTO 
A lesão medular pode ser causada por acidentes automobilísticos, ferimentos por armas de fogo e outros tipos de violência, mergulho em águas rasas, acidentes esportivos e quedas, bem como pode estar relacionada com tumores, infecções, alterações vasculares, malformações e processos degenerativos ou compressivos que podem acometer a medula espinhal. 
No entanto é caracterizada pela perda da integridade física e mudanças da imagem corporal, o que pode levar à desestruturação psíquica. Após seu diagnóstico, a pessoa se depara com uma condição grave e incapacitante por um longo período de tempo, ou mesmo para o resto da vida; há alterações na sua imagem corporal e a busca do reconhecimento da nova condição física, o que pode afetar sua relação com o mundo que a cerca. 
A problemática contribui para a compreensão desta representação psíquica das ações motoras (andar, correr, movimentar-se, comer, urinar e fazer sexo, por exemplo) na medida em que apresenta o corpo humano sendo a representação de um organismo integrado pela funcionalidade e capacidade de gerar prazer e gratificação (SILVA, 2004).
Com o agravamento do problema as mudanças são expressas nas mais diversas reações, desde as mais exacerbadas até aquelas inexpressivas, que estão articuladas com as condições psicológicas, sociais e econômicas, além de outras intrínsecas à própria pessoa.
A lesão medular constitui-se numa perda da integridade física, promovendo a mudança da imagem corporal e a desestruturação psíquica (MACEDO et al., 1995; 40:11-5).
Dentre a maioria dos problemas, as pessoas com lesão medular podem apresentar agressividade, insegurança, ansiedade, impulsividade, isolamento social, desespero, sentimento de inferioridade, ambivalência, raiva, medo e desesperança. Esta deficiência constitui na atualidade uma "epidemia global" e de custo social altíssimo. 
Sendo assim, esta problemática necessita de um bom atendimento, e existe muitas políticas públicas que amparam cada paciente, e abaixo, nota-se que há uma preparação em grupo multiprofissional para realizar esse atendimento.
Estima-se que ocorram a cada ano no país, mais de 10 mil novos casos de lesão medular, sendo o trauma a causa predominante, o que representa uma incidência muito elevada quando comparada com outros países. 
A reabilitação é um processo longo e contínuo que envolve a pessoa, familiares e cuidadores, e depende também da motivação, pois devemos considerar que cada pessoa, embora tendo a mesma classificação da lesão medular, percebe e interage de maneira diferente, necessitando ser reabilitada por uma equipe multiprofissional, de acordo com as suas metas. 
As orientações do cuidado em saúde no ambiente hospitalar e o processo de reabilitação mostram a importância desses cuidados no dia a dia quando do retorno ao domicílio e de como esses cuidados aprendidos ao longo do período de internação podem auxiliar na aquisição da independência funcional no domicílio, considerando o uso de tecnologias assistivas, bem como, a realidade de cada pessoa.
A consecução dos objetivos do tratamento envolve a atuação de todos os membros da equipe e pode ser planejado em esquema de internação, acompanhamento ambulatorial ou em regime de hospital. 
A equipe do programa no momento da coleta de dados era composta por médico neurologista, médicos clínicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, terapeutas funcionais, nutricionista, professoras hospitalares, professores de educação física, professora de artes, professora de nível médio, psicólogas, assistente social e fonoaudiólogo(a).
 Além dos profissionais acima citados, ortopedistas, cirurgiões torácicos, cirurgiões plásticos, anestesistas, neurologistas, neurocirurgiões e urologistas também atuam em casos específicos.
O fisioterapeuta tem importante papel na assistência ao paciente com lesão medular na fase aguda visando facilitar uma transição rápida e eficiente para o processo de reabilitação, atuando na prevenção de deformidades, na melhora da função muscular e respiratória, e na aquisição de postura em pé.
A autonomia do profissional frente à competência da equipe foi caracterizada pela percepção de que ele é responsável por condutas relacionadas a sua área de formação, incluindo a definição de critérios para internação e acompanhamento e o planejamento das atividades que serão desenvolvidas com o paciente. É evidente o reconhecimento de que os profissionais têm formações e conhecimentos específicos, que definem seu papel junto aos demais membros da equipe.
As complicações que devem ter o acompanhamento específico são:
1. Alterações na pele:
A perda de movimentos voluntários e da sensibilidade facilita a formação de lesões na pele, denominadas úlceras de pressão ou escaras (lesões provocadas pela compressão de uma determinada região do corpo, normalmente em saliências ósseas, impedindo a irrigação sanguínea adequada da pele). Ela ocorre quando o indivíduo permanece na mesma posição por período prolongado de tempo, sentado ou deitado.
2. Disfunçãourinária:
Na maioria dos casos, a lesão medular provoca alteração na eliminação da urina, gerando o seu acúmulo na bexiga ou perda urinária frequente.
Independentemente do tipo de alteração que se tenha, o objetivo do tratamento é manter baixa quantidade de urina na bexiga, evitando o aumento da pressão e consequentemente o refluxo da urina da bexiga para os rins; assim como promover a continência e evitar infecções.
3. Disfunção fecal
A depender do nível da lesão, pode haver constipação crônica (prisão de ventre) ou eliminação acidental de fezes, sendo que em alguns casos não é possível recuperação do controle intestinal.
4. Disreflexia autonômica
A disreflexia autonômica (DA) é uma síndrome associada a lesão medular que ocorre em 85% dos pacientes que tiveram uma lesão medular a nível de T6 para cima.  Normalmente, a síndrome é desencadeada por algum estímulo que deveria ser doloroso ou incômodo.
.
Para a efetivação de todos os tratamentos existem leis que amparam estes pacientes:
De acordo com o Censo realizado no Brasil em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 24% da população brasileira tem alguma deficiência. Desse número, cerca de 7% dessa população tem deficiência motora, o que representa aproximadamente 3 milhões de brasileiros (BRASIL, 2010). A deficiência física se refere a uma alteração que impossibilita o desempenho esperado e adequado da função física de uma determinada parte do corpo afetada (BRASIL, 1999).
 A Constituição Federal e os Princípios e Diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) viabilizaram o surgimento de decretos e leis de apoio às pessoas com deficiência, a sua integração social, prioridades ao atendimento e critérios de promoção da acessibilidade. No artigo 23 da Constituição Federal, o capítulo II discorre que “é competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiências” (BRASIL, 2010).
 O direito à saúde deve conjugar a proteção da autonomia individual e a prestação coletiva de meios para efetivação desse direito (JUNGES, 2009). 
No entanto, cotidianamente, os profissionais de saúde enfrentam dilemas éticos, como as desigualdades de condições de vida, o acesso aos serviços pelos usuários do sistema e a falta de preparo/qualificação dos recursos humanos em saúde. Nesta direção, as reflexões oriundas da bioética de proteção e de intervenção se fazem (ou deveriam se fazer) presentes na efetividade das políticas públicas (VARGAS, 2013). 
Portanto, julga-se relevante contextualizar o processo de assistência à saúde da pessoa com deficiência e implicar as questões bioéticas nesse processo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o tratamento do paciente com lesão, é de fundamental importância um programa de educação continuada, envolvendo a equipe multidisciplinar, o paciente, familiares e cuidadores, para garantir a atualização do conhecimento, das necessidades e expectativas individuais de cada paciente e da sua família, em cada fase pela qual está passando.
Sendo assim, é reconhecida que a lesão medular é uma das condições mais difíceis para o ser humano, devido às sequelas, que produzem alterações fisiológicas, emocionais, sociais e econômicas na vida dos indivíduos, as quais persistem para sempre, afetando não somente o paciente, mas todos que fazem parte de seu convívio social.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO MBS, ROCHA, PM. Trabalho em equipe: um desafio para consolidação da estratégia saúde da família. Ciênc. Saúde Coletiva. 2007;12(2): 455-64.
BRASIL. Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Decreto Lei n° 3.298, 20 de dezembro de 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de Atenção com Lesão Medular. 1.ed.- Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
FERTONANI, H. P. et al. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a atenção básica brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, n. 6, 2015.
JUNGES, J.R. Direito à saúde, biopoder e bioética. In: Interface, Botucatu, v. 13, n. 29, 2009.
Macedo SP, Chiattone HB, Lianza S, Vieira MSR. Avaliação dos aspectos psicológicosde pacientes portadores de lesão medular. Med Reabil. 1995; 40:11-5
PEDUZZI M. Equipe multiprofissional de saúde: a interface entre trabalho e interação. Campinas. Tese [Doutorado]- Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas; 1998.
Silva LCA. A reinvenção da sexualidade masculina na paraplegia adquirida. [Tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo. 2004.
VARGAS, M.A.O. Ética, bioética e biopolítica: conceitos implicados na assistência à saúde. In: In: GUERREIRO, D. et al. Curso de especialização em linhas de cuidado em enfermagem – Módulo V: doenças crônicas não transmissíveis. 2013.

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