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Aula 3_Repartição de receitas tributárias

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DIREITO TRIBUTÁRIO I
 Repartição de receitas tributárias 
FEDERALISMO FISCAL (art. 1º, art. 18 e art. 60, § 4º, I, CRFB) E DISCRIMINAÇÃO CONSTITUCIONAL DE RENDAS NA FEDERAÇÃO. 
I) Discriminação horizontal de rendas. Atribuição de competência tributária para os Entes federativos pela Constituição, ou partilha do poder tributário (art. 153 a 156, CRFB), e; II) Distribuição vertical de receitas. Partilha constitucional de receitas tributárias dos Entes que tutelam interesse maior para os Entes que tutelam interesse menor. 
III) REPARTIÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS.
a) Conceito. Mecanismo constitucional de divisão de parte do produto arrecadado com tributos instituídos e cobrados por um Ente federativo maior, em favor de Entes federativos menores. *A competência tributária não é afetada, tendo em vista sua indelegabilidade. 
b) Função. Minimizar desigualdades econômicas entre Estados e Municípios em um modelo de federalismo assimétrico. **A técnica da atribuição de competência é importante porque descentraliza o poder político, porém tem o inconveniente de não atuar como mecanismo de minimização das desigualdades econômicas entre os Estados e os Municípios (art. 3º, II e III, CR). Para os Estados e Municípios pobres, nos quais não é produzida nem circula riqueza significativa, de nada adiantariam todos os tributos do sistema, razão pela qual se faz necessária também a distribuição de receitas tributárias. 
 
IV) ESPÉCIES DE REPARTIÇÃO DE RECEITA. Art. 157 a art. 162, CRFB. 
a) Direta. A transferência ocorre entre os governos. O ente federativo beneficiário da receita recebe diretamente a parcela que lhe é devida, como, p. ex., no caso do IPVA, no qual os Municípios onde os veículos são emplacados recebem 50% do produto arrecadado do imposto (art. 158, III, CRFB). 
b) Indireta. A transferência é realizada por meio de fundos especiais. P. ex. Fundo de participação dos Estados e do DF e o Fundo de Participação dos Municípios (art. 159, CRFB).
V) LIMITES À REPARTIÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS. 
a) Princípio da não afetação da receita de impostos. Art. 167, IV, CRFB. 
 
b) Ente maior para o ente menor. 
 
c) Repartição de parcela do produto da arrecadação somente de alguns impostos e da CIDE incidente sobre combustíveis (art. 159, III, CRFB). *i) impostos municipais (repartição do ente maior para o menor); ii) impostos arrecadados pelo DF (não pode ser dividido em Municípios); iii) ITCMD; iv) impostos de importação e exportação; v) o IGF, e; vi) e o imposto extraordinário em caso de guerra.
VI) PROPOSTAS DE REFORMAS TRIBUTÁRIAS. 
a) Notícia histórica. O professor Hugo de Brito Machado sugeriu à Assembleia Constituinte a criação de órgãos destinados exclusivamente para administrar a distribuição de receitas tributárias entre Estados, DF e Municípios, de modo a eliminar a dependência financeira destes Entes em relação à União, a quem cabe fazer a partilha das receitas tributárias mais expressivas, já que arrecada mais (Conselho de representantes dos Estados e Conselho de representantes dos Municípios). Assim, a técnica de distribuição de receitas deixaria de ter o grave inconveniente de deixar Estados e Municípios na dependência política do Poder Central. A proposta não prosperou. 
b) Proposta atual. PEC 45/2019. Cinco tributos tornam-se um. Proposta de ampla reforma do sistema tributário brasileiro, com a substituição de cinco tributos atuais por um único (imposto sobre bens e serviços - IBS), que resultaria da junção de três tributos federais (IPI, COFINS e o PIS), mais o ICMS, de âmbito estadual, e o ISS, de competência dos municípios. A mudança pretende acabar com a incidência de múltiplos tributos sobre a produção e consumo de bens e serviços para ter um único não-cumulativo sobre o valor agregado (imposto do tipo IVA). Com a criação do IBS, a receita seria compartilhada entre União, estados e municípios. O modelo proposto busca simplificar radicalmente o sistema tributário brasileiro, sem, no entanto, reduzir a autonomia dos estados e municípios, que manteriam o poder de gerir suas receitas através da alteração da alíquota do IBS.
 
*Instituição por lei complementar, que determinaria o modelo de três alíquotas: federal, estadual e municipal. Para o contribuinte, seria como um imposto único, mas a arrecadação de cada ente federativo estaria mais delineada. Para transações interestaduais e intermunicipais, deve ser aplicada a alíquota do estado ou município de destino. Para repor as perdas dos tributos substituídos pelo IBS, o Tribunal de Contas da União calculará as alíquotas, que serão aprovadas pelo Senado. Depois, União, Estados e Municípios podem fixar as alíquotas em valores diferentes por meio de lei ordinária. Elas valerão para qualquer bem, serviço ou direito, ou seja, não é possível fazer diferenciação para um item. Dessa maneira, ficaria preservada a autonomia de cada ente federativo.
**Gestão unificada. Para controlar a arrecadação do IBS e a distribuição da receita entre União, estados e municípios, está prevista a criação de um comitê gestor nacional, com representantes de cada ente. É esse órgão que ficará responsável por regular o imposto e definir as regras de fiscalização, que fica a cargo dos fiscos de cada esfera de governo.
***Fragmentação da reforma tributária. Implantação da reforma em fases. A primeira fase é a criação do IVA-Federal (imposto de valor agregado), chamado CBS (Contribuição sobre a Receita decorrente de Operações com Bens e Serviços). Acabam os tributos PIS e COFINS, inclusive sobre importações, bem como as tributações diferenciadas para alguns setores e alguns regimes especiais. Com a criação do CBS, cada empresa passará a pagar o imposto sobre o valor que agregará ao produto ou ao serviço, que incidirá apenas sobre a receita bruta do negócio, sendo aplicado uma alíquota de 12%. Este novo modelo busca uniformizar a tributação de bens e serviços, assim como trará o fim da cumulatividade com a cobrança apenas sobre a margem adicionada pela empresa. 
 
 
 
CASO CONCRETO
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda pelo órgão ao qual pertencia. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado.
Resposta. Apesar de a competência tributária ser da União, pertencem aos Estados e ao Distrito Federal (art. 157, I, CRFB) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem. A Súmula 447 do STJ diz que os Estados são partes legítimas para figurar no polo passivo da ação de repetição de indébito do indébito do IR retido na fonte retida de seus servidores. Logo, não procede a alegação do Estado.

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