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Princípios de desenho das PPRs

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Princípios de desenho das PPRs
Características fundamentais para o sucesso da PPR:
Deve possuir retenção, estabilidade e suporte adequados, o que permite a correta função.
Deve ser a mais estética possível
Objetivo principal de uma PPR: interromper a destruição do sistema de suporte, ela precisa
preservar o remanescente dental e de estruturas adjacentes e manter a saúde desse
conjunto
Considerações mecânicas: estrutura forte o suficiente para que seja usada por um bom
tempo sem sofrer danos
Considerações biológicas: não deve causar problema sobre o sistema de suporte em que
está integrada
Biomecânica: deve haver um equilíbrio entre os componentes mecânicos e biológicos
PPR dento-suportada: as forças mastigatórias são transmitidas aos dentes pilares a ao
osso alveolar de maneira equilibrada, não causando danos a essas estruturas
PPR dento muco-suportada/extremidade livre: as forças mastigatórias são transmitidas
ao dente pilar e ao osso alveolar, porém, também há forças compressivas que são
transmitidas ao rebordo alveolar e que causam a reabsorção do rebordo e a
movimentação da PPR.
Quanto mais resiliente essa fibromucosa for, maior será a movimentação da PPR
(resiliência é a capacidade do tecido se deformar e voltar a sua posição inicial sem sofrer
alterações)
Primeiro princípio:
AS PRÓTESES DE EXTREMIDADE LIVRE DEVEM SER PLANEJADAS PREVENDO A OBTENÇÃO DE
EFETIVO SUPORTE MUCOSO
- base extensa o suficiente e muito bem adaptada ao sistema de suporte – moldes bem
feitos, para obter bons modelos e poder delimitar e confeccionar bases com boa
adaptação e extensão
- distribui melhor as forças nessa extremidade livre, reduzindo os efeitos danosos
IMPORTANTE! A PPR, se mal planejada e/ou construída, pode se tornar destrutiva ao
sistema de suporte (causa a extração de dentes)
Planos inclinados e alavancas
- geram cargas de torção sobre os dentes pilares (cargas laterais – semelhante ao
processo de luxação para extração)
Planos inclinados
- ocorrem sempre que apoiamos a prótese em uma face que é naturalmente inclinada
- sobre a ação de forças mastigatórias, a prótese tende a deslizar sobre esses planos e
se deslocar para as estruturas adjacentes
Para impedir que isso ocorra, precisamos posicionar um APOIO que impeça o deslocamento
da prótese:
- na fase oclusal dos dentes posteriores
- no cíngulo dos dentes anteriores
- deve estar sobre um nicho previamente preparado para evitar interferência oclusal
Alavanca
São barras rígidas suportadas em algum lugar entre suas extremidades
TIPOS DE ALAVANCA
1ª Classe: gangorra, fulcro posicionado entre o braço de resistência e o braço de potência
R . D = P . d
2ª Classe: carriola, tem a potência na extremidade mais próxima, a resistência no meio e
o fulcro na extremidade mais distante
3ª Classe: vara de pesca, fulcro mais próximo, potência no centro e resistência na
extremidade mais distante
Segundo princípio:
O PLANEJAMENTO DA PPR DEVE SER CONDUZIDO DE FORMA A EVITAR O SURGIMENTO DE
ALAVANCAS E PLANOS INCLINADOS
- os planos inclinado são evitados definindo os nichos de apoio rígidos da PPR
- as alavancas sempre vão estar presentes em PPR de extremidade livre (não da pra
evitar totalmente), nesse caso, precisamos controlar a alavanca
Terceiro princípio:
NO PLANEJAMENTO DAS PRÓTESES DE EXTREMIDADE LIVRE DEVE-SE REDUZIR A MESA OCLUSAL EM
TODAS AS DIMENSÕES E MANTER A SELA, DENTRO DOS LIMITES DA ÁREA CHAPEÁVEL, O MAIS
AMPLA POSSÍVEL
- reduzir a mesa oclusal (mésio-lingual e vestíbulo-palatina) = reduzir a geração de força
da PPR, ou seja, reduzir o braço de potência, o que diminui a resistência necessária para
manter a prótese em posição
- manter a sela mais ampla possível = melhor área de distribuição de força, evitando
concentração de força que pode acelerar o processo de reabsorção
Apoio no cíngulo X Apoio incisal
- não usamos mais apoio na incisal, pois além de comprometer a estética gera um maior
braço de potência
- o apoio no cíngulo é mais estético e gera um menor braço de potência, é o que vamos
utilizar
Quarto princípio:
NAS PPR DE EXTREMIDADE LIVRE, OS APOIOS DEVEM SER POSICIONADOS NA MESIAL DOS DENTES
PILARES E ASSOCIADOS A GRAMPOS TIPO BARRA
- para controlar o tipo de alavanca gerada, para transformar a alavanca de 1ª (que é
mais prejudicial) em 2ª classe (é menos prejudicial)
Alavanca de primeira classe: a prótese tende a girar sobre o fulcro (ponto preto que
representa o apoio), e o braço de reciprocidade gera força sobre o dente
Alavanca de segunda classe: como o braço de retenção do grampo está conectado a rede
de retenção e localizado na parte baixa da coroa, quando a prótese se movimente o
grampo acompanha o movimento da prótese permanecendo passivo (a movimentação
continua ruim, porém o grampo não gera forças prejudiciais)
Determinação da linha de fulcro
A PPR é bilateral, o que faz com que seja possível a existência de uma linha de fulcro e não
um ponto de fulcro
Linha de fulcro: eixo imaginário, determinado pelos apoios mais posteriores da PPR, em
torno do qual a prótese tem tendência à rotação
CASO CLASSE I DE KENNEDY
CASO CLASSE II DE KENNEDY:
Como há apenas 1 dente pilar, teríamos um ponto de fulcro pelo qual passariam inúmeras
linhas de fulcro, por isso, definimos um ponto de apoio no lado não desdentado da arcada
e, a partir dele, traçamos a linha de fulcro (como eu escolho esse ponto? Sempre o dente
mais posterior, pois evita comprometer a estética e serão dentes maiores o que melhora
a retenção e suporte)
CASO CLASSE III DE KENNEDY:
A linha de fulcro é unilateral
CASO CLASSE IV DE KENNEDY:
Quinto princípio:
OS RETENTORES INDIRETOS DEVEM SER POSICIONADOS NA MAIOR PERPENDICULAR À LINHA DE
FULCRO PARA IMPEDIR A ROTAÇÃO DA PRÓTESE
- retentor indireto podem ser várias elementos (apoios, partes do conector maior,
conjunto de grampos)
CLASSE I: a face palatina dos dentes anteriores superiores é a face funcional desse dente
para a guia anterior, deve examinar no articulador para verificar se não há interferências
- se houver interferência não posicionamos RI
CLASSE II
CLASSE III
CLASSE IV
CLASSE III COM MODIFICAÇÃO:
Linhas de fulcro naturalmente impedidas pelo posicionamento de outros apoios em dentes
pilares
- quando houver distribuição superficial desses apoios, na prática não há ocorrência de
linhas de fulcro
Sexto princípio:
NA PPR DENTO-SUPORTADA OS APOIOS DOS RETENTORES DIRETOS DEVEM SER POSICIONADOS EM
ÁREAS ADJACENTES ÀS ÁREAS ANODÔNTICAS
- maior rigidez, os apoios vão estar próximos entre si
Regras gerais
Pilares: dentes adjacentes à área anodôntica
Apoios: adjacentes à área anodontia
- para que os pilares estejam próximos e o vão entre eles seja mais rígido, para a
transmissão e distribuição de forças ser mais favorável
EXCEÇÃO: extremidades livres (apoio na mesial e grampo tipo barra), interferência oclusal
(mudar a localização do apoio)
Retentores diretos: adjacentes à área anodôntica
EXCEÇÃO: comprometimento periodontal (dentes tratados com prognóstico duvidoso, mas
nunca condenados)
Regra absoluta
Nunca se usa um grampo circunferencial de mesial para distal, na região de caninos e
pré-molares, na maxila e mandíbula, devido ao efeito anti-estético
Sequência de desenho da PPR
1 – Delimitação da área anodôntica (classificação da arcada)
2 – Escolha dos dentes pilares e posicionamento dos apoios
3 – Determinação da linha de fulcro
4 – Posicionamento do retentor indireto
5 – Escolha e posicionamento dos conectores
A escolha dos retentores diretos finais depende do desenho que terão na clínica, pois são
os que têm mais tendência de comprometer a estética quando estiverem aparentes.
Precisamos olhar clinicamente o quanto o paciente mostra no sorriso o dente em que será
posicionado o retentor
Desenho classe I – Mandibular
- extremidade livre
- dentes pilares: pré molares
- apoios: por ser extremidade livre tem a excessão, os apoios são posicionados na MESIAL
dos dentes pilares associados a um grampo tipo barra (mudar a alavanca)
- determinar se existe linha de fulcro (sim),o retentor indireto vai ser posicionado na
maior perpendicular anterior a linha de fulcro
- placa de estabilização: impede o atrito e desgaste entre o dente pilar e os dentes
artificiais da prótese, é semelhante a um conector menor (mas chama placa de
estabilização)
- retentor direto: conector barra dupla
Desenho classe I – Maxilar
- apoios posicionados na Distal (se colocar o apoio na mesial ele vai estar associado a um
grampo tipo barra obrigatoriamente na face vestibular, se o paciente mostra muito essa
área no sorriso o prejuízo estético vai ser maior. Se na clínica verificarmos que não existe
essa exposição, podemos usar o apoio mesial + grampo tipo barra). Na maxila
EXCLUSIVAMENTE pelo apoio na distal e uso de um braço de retenção circunferência, para
que apareça menos. (pq na maxila tem o conector maior atravessando o palato, tornando
essa região um suporte para a prótese, essa área de suporte adicional impede a rotação
da prótese por ter fibromucosa dura e pouco compressível e sobre osso basal.
- retentor indireto na face palatina dos incisivos, precisa analisar se há interferência
oclusal no articulador, se houver interferência não colocamos o RI (pq a interferência
oclusal é mais prejudicial do que a ausência do RI)
- retentor direto: conector completo misto
- observar os RI posicionados nos 1ª pré molares: não é o ideal, mas quando tem mais
pilares posteriores pode posicionar dessa forma
Desenho classe II – Mandibular
- dentes pilares: canino do lado edêntulo, escolher um dente pilar no lado dentado para
definir a linha de fulcro
- apoio no canino no CÍNGULO, o conector maior desce sempre pela mesial (para mudar o
tipo de alavanca)
- na área dentada, utilizar um grampo geminado
Desenho classe II – Maxilar
- mesmo raciocínio da classe I para o posicionamento dos apoios na extremidade livre da
maxila
- RI na face palatina dos anteriores, se tiver interferência posicionamos mais
posteriormente
- grampo geminado com apoio duplo oclusal na área não desdentada
- grampo circunferencial no dente pilar da área desdentada
- conector maior: barra palatina simples
Desenho classe II modificação 1 – Mandibular
- apoios: na área dento-suportada os apoios ficam adjacentes à área anodontica, e na
área de extremidade livre o apoio é no cíngulo do canino
- linha de fulcro passa sobre os apoios mais POSTERIORES, como já existe um apoio
anterior à linha de fulcro, não tem necessidade de adicionar outro RI
- em Caninos, geralmente não há espaço para adicionar um braço de reciprocidade, o
próprio apoio faz a função de reciprocidade. Como o canino esta na curvatura do arco e
tem implantação óssea adequada, ele suporta um pouco da força lateral e não se torna
tão prejudicial
- conector maior: barra lingual
- se na extremidade livre houver movimentação exagerada, podemos remover o braço de
retenção do pré molar do lado dento-suportado e deixar apenas do de reciprocidade
(QUE?)
- na área dento-suportada, posso usar o grampo circunferencial
Desenho classe II modificação 1 – Maxila
- conector maior: barra palatina
- o desenho da PPR deve ser o mais simétrico possível, ou seja, se eu escolher um grampo
específico de um lado, o ideal é utilizar o mesmo do lado oposto sempre que possível
Desenho classe III – Maxila e mandíbula
- são desenhos semelhantes
- apoios adjacentes à área anodontica
- linha de fulcro unilateral
- retentor indireto colocado do lado oposto não desdentado da arcada, geralmente é um
grampo geminado
- na mandíbula podemos usar o grampo tipo barra do canino, pois não fica aparente na
maioria das vezes
- não existe alavanca pois é um caso dento-suportado
DIFERENÇA MAXILA X MANDÍBULA
Maxila: apoio adicional mais anterior no arco, para alargar a barra palatina e reduzir o
risco de fratura na parte afunilada
Mandíbula: barra lingual simples, alguns fazem apoio na mesial do pré-molar, para diminuir
a porção suspensa da barra
Desenho classe III modificação 1 – Maxila e Mandíbula
- não há linha de fulcro ativa nessas situações, pois sempre terá uma oposição rígida
Maxila: barra palatina
Mandíbula: barra lingual
Desenho classe IV – Maxilar e Mandibular
- apoios anteriores em cíngulo
- existe linha de fulcro, e os RI vão ser posicionados lateralmente na arcada (linhas
tracejadas laranjas)
- grampos geminados como RI na área não desdentada (como os caninos são muito
anteriores, sempre evitamos colocar braços de retenção nesse local, por isso o grampo
geminado tenta compensar)
- a retenção nos pilares anteriores é conseguido por atrito ou por planos guia preparados
(TI e TR única – muita estabilidade)
- no pré molar da mandíbula há um braço de estabilização (em azul)
Maxila: barra dupla antero posterior, se a curvatura do palato for muito acentuada,
podemos usar o em U ou ferradura (não cruza a região posterior do palato, é mais fácil
entortar – perde a prótese)
Mandíbula: barra lingual simples
Importante!
- o desenho é apenas o CONTORNO, não preencher, não fazer risquinhos, etc (pode causar
confusão)
- a identificação dos pontos de retenção são feitos na base do modelo

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