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Sistemas Logisticos de Distribuição Física_01

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DESCRIÇÃO
As interfaces do processo logístico mediante a contemplação de
seus conceitos, sistemas de distribuições, análise integrada,
evolução e tendências. Futuro da logística.
PROPÓSITO
Apresentar a distribuição física dos processos logísticos em suas
modalidades pela análise dos conceitos relacionados à logística e
às suas tendências, além dos sistemas de distribuição física, a
partir de uma análise integrada da conexão dela com os elos das
organizações, como, por exemplo, marketing, vendas,
suprimentos, operações e gestão ambiental.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos um
dicionário de logística para entender termos específicos da área.
Você pode acessá-lo na página do Imam: para isso, basta digitar
em seu campo de busca “dicionário de logística”.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir a evolução histórica da logística com conceitos e
exemplificações de seus principais tipos e especificidades
MÓDULO 2
Descrever os sistemas de distribuição física mediante a
categorização dos modelos inbound e outbound e a
comparação dos diversos modais de transporte
MÓDULO 3
Justificar a análise integrada condicionada às operações
logísticas relativas às ferramentas SCM e S&OP, além das
demais tecnologias, em benefício da logística
INTRODUÇÃO
Neste tema, conheceremos os sistemas logísticos de distribuição
física, identificando, nesse processo, as principais características
de sua distribuição. Também reconheceremos a importância da
realização de uma análise integrada. Estudaremos ainda os
processos de coleta e distribuição utilizados, verificando em que
medida eles são desafiados para atender às demandas por
agilidade, custo e eficácia tão presentes atualmente.
Desde as definições estabelecidas pelas Forças Armadas até os
dias de hoje, a logística é entendida como o processo designado
para o provimento de recursos e informações necessários para a
realização de todas as atividades de uma organização. Ela
também é vista como o setor das organizações responsável por
gerenciar planejamento, organização, controle e realização de
outras tarefas associadas à armazenagem, ao transporte e à
distribuição de bens e serviços.
Alguns historiadores defendem que a origem etimológica da
palavra “logística” provém do antigo grego logos, que, em
português, significa “razão”, “cálculo”, “pensar” e “analisar”. Isso
só confirma a máxima de que, para se garantir a eficácia de sua
operação, a integração dessas fases é imprescindível.
O processo logístico tem um papel cada vez mais relevante no
contexto da busca por produtividade, qualidade, redução de
custos e aumento da abrangência da prestação de serviços.
Cada dia torna-se mais comum a relação comercial entre
organizações separadas por enormes distâncias. A logística,
portanto, precisa de atualização, sofrendo melhorias constantes
para atender ao desafio que se apresenta. Afinal, ele é
provocado por questões, como, por exemplo, transformação
digital, novas tecnologias e inovações, novo varejo, crescimento
do E-Commerce, supply chain management e sales & operations
planning.
MÓDULO 1
 Definir a evolução histórica da logística com conceitos e
exemplificações de seus principais tipos e especificidades
LOGÍSTICA: CONCEITOS,
EVOLUÇÃO E TIPOS
PRINCIPAIS CONCEITOS
O que é a logística?
De acordo com o Council of Logistic Management (CLM), ela
significa o processo da cadeia de abastecimento que planeja,
implementa e controla o fluxo de bens, serviços e informações
relacionadas do ponto de origem ao de consumo. Isso precisa ser
feito de maneira eficiente, buscando satisfazer às necessidades
do cliente.
A LOGÍSTICA TRATA DE TODAS AS
ATIVIDADES DE MOVIMENTAÇÃO E
ARMAZENAGEM QUE FACILITAM O
FLUXO DE PRODUTOS/SERVIÇOS,
DESDE O PONTO DE AQUISIÇÃO DA
MATÉRIA-PRIMA ATÉ O PONTO DE
CONSUMO FINAL, ASSIM COMO DOS
FLUXOS DE INFORMAÇÃO QUE
COLOCAM OS PRODUTOS EM
MOVIMENTO COM O PROPÓSITO DE
PROVIDENCIAR NÍVEIS ADEQUADOS
AOS CLIENTES A UM CUSTO
RAZOÁVEL.
(BALLOU; YOSHIZAKI, 1993, p. 18)
Observemos agora um conceito moderno e aceito atualmente: o
de que ela pode ser definida como a arte de se administrar o
fluxo de materiais, serviços e informações desde a fábrica inicial
até o cliente final, fazendo isso com o menor tempo e custo
possível.
 
Fonte: Dusan Petkovic/Shutterstock
Um exemplo desse tipo de situação pode ser percebido
atualmente na integração mais efetiva das empresas. Em
determinadas situações, é frequente que o lote de determinado
produto seja entregue à transportadora após o prazo.
 
Fonte: Zephyr_p/Shutterstock
Entretanto, essa situação se dá mesmo que toda a
documentação tenha sinalizado a data previamente combinada
com o cliente. Dessa forma, tenta-se transferir a ineficiência de
um dos participantes aos demais elos da cadeia.
Apresentaremos neste vídeo os principais conceitos das eras que
compõem o processo logístico.
ELEMENTOS BÁSICOS DA
LOGÍSTICA
Partindo de seus elementos básicos, podemos identificar que ela
é contemplada pelo percurso entre os pontos de partida e
destino, cujo início é demarcado pelo estudo e pelo planejamento
do projeto ou do processo a ser implementado. Em sequência,
após esse planejamento ser aprovado, inicia-se a fase de
implementação e operação propriamente dita.
Em virtude da complexidade dos processos logísticos e de suas
características dinâmicas, esses processos devem ser
continuamente controlados e avaliados. O fluxo e a
armazenagem são compostos por:
MATÉRIA-PRIMA
PRODUTOS EM PROCESSO
PRODUTOS ACABADOS
INFORMAÇÕES E ATÉ O VALOR
MONETÁRIO ENVOLVIDO
Garantir que esse processo transcorra de forma eficiente, eficaz
e econômica, satisfazendo ainda às necessidades dos clientes,
torna-se o maior desafio.
Como as operações logísticas se caracterizam por
deslocamentos de produtos através de espaços nem sempre
curtos, os custos inerentes aos processos de transferência e de
distribuição aumentaram rapidamente, fazendo com que as
margens de comercialização crescessem. Isso torna os produtos
mais caros na ponta, ou seja, para o cliente final.
Somado a isso, o incremento da concentração de pessoas nos
centros urbanos e o aumento da frota de veículos propiciou a
expansão territorial das cidades e os congestionamentos,
fazendo com que a movimentação de caminhões no horário
comercial se tornasse mais restrita.
A utilização intensa da opção de multimodalidade no transporte
de mercadorias em geral potencializou novas alternativas de
escoamento dos fluxos logísticos. O emprego combinado de
caminhão, navio, trem e avião passou a ser explorado com o
objetivo de se alcançar uma redução de custos, bem como o de
otimizar o aproveitamento da capacidade ociosa dos diferentes
modais.
Essa combinação de modais permite um atendimento às
demandas de urgências requeridas por determinados
consumidores, mesmo que isso signifique para eles um aumento
dos custos.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA
LOGÍSTICA
O primeiro registro sobre a logística é anterior à vida de Jesus
Cristo. Historiador grego (e considerado um precursor dos
historiadores), Heródoto, ao descrever a preparação de Ciro para
invadir a Grécia no ano 547 a. C., a qualificou como parte das
artes militares que objetiva propiciar às tropas os recursos
necessários para sua so¬brevivência no campo de guerra.
Para contextualizar esse quadro, faziam parte dele as melhores
condições de movimentação, abastecimento, alojamento e
transporte. Já observávamos ali a consolidação dos pilares que
compõem a logística.
Moura (1998) informa que o emprego do termo “logística” teve
início no século XVII. No reinado de Luís XIV, o posto de
marechal (general de lógis) era responsável pelo suprimento e
pelo transporte de diversos itens necessários nas batalhas.
Vale observar que, em 120 anos de evolução, a logística passou
por seis eras, o que demonstra, de forma clara, que as mudanças
e as inovações estão sendo cada vez mais frequentes e
impositivas nesse setor.
 
Fonte:Morphart Creation/Shutterstock
O pensamento logístico, se for analisado por eras, teve seu início
no século XX, época em que a economia era predominantemente
agrária. Como consequência, a aplicação da logística limitava-se
ao transporte e à distribuição física desse tipo de produção.
Na sequência – e com base nas fases subsequentes –, passou-
se, em um primeiro momento, a entender o processo logístico
dividido entre distribuição física e suprimentos. Em seguida, a
evolução e os desmembramentos desse processo não
pararam mais.
 
Fonte: Golden Sikorka/Shutterstock
As organizações contavam com uma boa capacidade produtiva e
já possuíam meios inovadores de produção de um lado; do outro,
elas ficavam ociosas por não haver demanda suficiente capaz de
absorver a produção daqueles bens. A guerra era o grande
cliente: sem ela, não havia mais com quem comercializar.
Para as famílias, os produtos antes consumidos eram produzidos
de forma artesanal e com pouca diferenciação. Dessa forma, a
oferta deles aos consumidores comuns não chamava a atenção
dos produtores, pois toda a atividade produtiva tinha interesse em
suprir somente a demanda por víveres de guerra.
Ao longo dos demais módulos, apresentaremos os novos
momentos da logística. No módulo 3, por sua vez,
discutiremos as tendências futuras relacionadas a esse
processo.
ERAS DO PROCESSO LOGÍSTICO

ERA I:
O início - do campo ao mercado - economia agrária – de 1900 a
1940
ERA II:
Especialização - ênfase no desempenho operacional - de 1940 a
1960


ERA III:
Integração interna - funções integradas - de 1960 a 1970
ERA IV:
foco no cliente - busca por eficiência - de 1970 a 1980


ERA V:
Supply chain - logística como diferenciação - de 1980 a 2000
ERA VI:
Logística 4.0 - Quarta Revolução Industrial.

Era I: O início - do campo ao mercado - economia agrária –
de 1900 a 1940
Desde a reforma agrária realizada nas quatro primeiras décadas
do século XX, estava caracterizada a chamada primeira era da
logística conhecida como “do campo ao mercado”.
No meio da década de 1940, com o fim da Segunda Guerra
Mundial em 1945, o mundo necessitava de praticamente todos os
tipos de bens e produtos para que, aos poucos, a vida normal
pudesse ser retomada.
Era II: Especialização - ênfase no desempenho operacional -
de 1940 a 1960
A fase denominada “especialização” se fez presente em uma
época caracterizada pelos preparativos, nos Estados Unidos da
América, para a Segunda Guerra Mundial.
Nesse momento, o termo “logística empresarial” passou a ser
adotado de forma mais sistematizada, englobando
predominantemente o suprimento de armamentos, víveres e
munições para atender às demandas das missões militares. A
partir daí, logística passou a ser estendida, abrangendo ainda os
segmentos de distribuição física e suprimentos.
Após o término da Segunda Grande Guerra, percebeu-se que o
avanço na área da logística foi significativo em resposta à
necessidade do transporte tanto de pessoas quanto de materiais
de um local para o outro. Até esse momento, podíamos dizer que
a logística atuava de forma segmentada.
A partir daí, contudo, estabeleceu-se um processo de integração
dela em três níveis: rígida, flexível e estratégica. Com o passar
do tempo, por meio desses níveis diferenciados de integração, foi
possível identificar os vários elos da cadeia de suprimentos
adquiridos.
Na segunda metade da década de 1950, organizações de grande
relevância internacional, como, por exemplo, Westinghouse
Eletric Company, Bosch e GE, criaram o sistema MRP (sigla de
material requirement planning ou planejamento de necessidades
de materiais). Esse sistema ainda é amplamente utilizado nos
dias de hoje por muitas organizações.
Ainda nesse período, entre as décadas de 1950 a 1960, os meios
de comunicação e os computadores passaram a figurar como
ferramentas tecnológicas imprescindíveis para a estruturação da
área administrativa, propiciando, desse modo, um enfoque mais
sistêmico às organizações.
javascript:void(0)
Era III: Integração interna - funções integradas - de 1960 a
1970
Na década de 1960, a Toyota apresenta ao mundo a filosofia
empresarial conhecida como just in time . Ela se apoiava em
ferramentas importantes, como, por exemplo, Kanban, Kaizen e
Poka Yoke, apenas para citar algumas delas.
Em meados da década de 1960, as organizações perceberam
que planejar apenas as necessidades de materiais (MRP) não
era suficiente para atender às demandas da época. Por conta
disso, foi necessário introduzir este conceito complementar: MRP
II (manufacturing resource planning ou planejamento dos
recursos de produção).
Método de gerenciamento total de uma organização para utilizar
os recursos humanos e computacionais de forma mais produtiva,
o MRP II permite que as operações das organizações passam a
ter essas duas ferramentas: tanto o MRP quanto o próprio MRP
II. Trabalhando de forma combinada e adequada, ambas
passaram a dar uma resposta mais completa ao gerenciamento
de manufatura.
Era IV: Foco no cliente - busca por eficiência - de 1970 a 1980
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Historicamente, houve muitas crises na década de 1970, como a
segunda crise do petróleo, que tornou o custo do transporte mais
caro. Esse aumento de custo repercutiu em diversos segmentos
de negócios, fazendo com que as prioridades fossem alteradas.
Se até então as organizações priorizavam o atendimento e a
necessidade de demanda, elas passaram a se deparar com
outras questões, como, por exemplo, a manutenção e os
suprimentos. Para atender a essa demanda, surgiram os
profissionais especializados em gerenciamento de materiais.
A associação dessa década ao conceito de foco no cliente fez
com que a logística passasse a assumir uma forte preocupação
com a qualidade dos serviços prestados, além da tradicional
qualidade dos produtos.
Era V: supply chain - logística como diferenciação - de 1980
a 2000
A gestão da cadeia de logística ou suprimentos (supply chain
management) contempla todas as partes relacionadas, seja
direta ou indiretamente, na execução do pedido de um cliente.
Ela não inclui somente o fornecedor ou o fabricante, mas também
as transportadoras, os armazéns, os varejistas e os
consumidores finais. Esse tópico, aliás, será mais bem detalhado
no módulo 3 quando falarmos sobre a análise integrada.
Era VI: Logística 4.0 - Quarta Revolução Industrial
MRP
istema computadorizado de controle de inventário e produção
que auxilia a otimização da gestão de forma a minimizar os
custos, embora mantenha os níveis de material adequados e
necessários para os processos produtivos da empresa. Esse
sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos
diversos tipos que são necessários e os momentos nos quais
eles o são, assegurando que sejam providenciados no tempo
certo, a fim de que os processos de produção possam
executar. O MRP utiliza como informação de input os pedidos
em carteira, assim como a previsão das vendas, que provêm
da área comercial da empresa.
JUST IN TIME
Sistema de administração da produção que determina que
tudo deve ser produzido, transportado ou comprado na hora
exata. Pode ser aplicado em qualquer organização para
reduzir os estoques e seus custos decorrentes.
KANBAN
Cartão de sinalização que controla os fluxos de produção ou
de transportes em uma indústria. Esse cartão pode ser
trocado por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas
vazias e até locais vazios e marcados.
KAIZEN
Kaizen (do japonês "melhoria" ou "mudança para melhor")
refere-se à filosofia ou às práticas que incidem sobre a
melhoria contínua dos processos de manufatura, engenharia,
gestão de negócios ou qualquer processo, como os da área
da saúde.
POKA YOKE
Dispositivo à prova de erros destinado a evitar a ocorrência
de defeitos em processos de fabricação e/ou na utilização de
produtos.
 
Fonte: Wright Studio/shutterstockA Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0 precede o termo
“logística 4.0”. Ele, na verdade, relaciona-se de forma direta
com o processo de automação das indústrias, estando baseado
em tecnologia de ponta, como, por exemplo, inteligência artificial
(IA), Big Data e internet das coisas ou internet of things (IoT).
javascript:void(0)
LOGÍSTICA 4.0
Expressão que engloba algumas tecnologias para a
automação e a troca de dados, utilizando conceitos de
sistemas ciberfísicos, internet das coisas e computação em
nuvem. A Indústria 4.0, em suma, facilita a visão e a
execução de "fábricas inteligentes". Com suas estruturas
modulares, os sistemas ciberfísicos monitoram os processos
físicos, criam uma cópia virtual do mundo físico e tomam
decisões descentralizadas. Graças à internet das coisas, os
sistemas ciberfísicos comunicam e cooperam entre si e com
os humanos em tempo real. Por fim, por intermédio da
computação em nuvem, os dois serviços internos e
intraorganizacionais são oferecidos e utilizados pelos
participantes da cadeia de valor.
TIPOS E EXEMPLIFICAÇÕES
Três exemplos da logística baseada em tecnologias devem ser
destacados: a virtualização de material na nuvem, o GPS (global
positioning system ou sistema de posicionamento global), uma
tecnologia de localização por satélite, e os identificadores de
radiofrequência RFID (radio frequency identifiction ).
ESSES SISTEMAS (GPS, RFID E
OS DEMAIS) PERMITEM:
RESPOSTA 1 RESPOSTA 2
RESPOSTA 1
Maior agilidade e acurácia para resolver problemas por meio
do trajeto definido no planejamento de rotas ou com a
situação dos veículos.
RESPOSTA 2
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Prevenção e combate ao roubo de cargas, já que as
transportadoras passam a ter a capacidade de transmitir
essas informações em tempo real sobre cada etapa da
entrega, permitindo a utilização de horários e rotas mais
seguros e a redução de custos logísticos.
Existem ainda softwares específicos para o segmento que
possibilitam a identificação de menores percursos, permitindo a
coleta de informações sobre tarifas de pedágios e de dados
relevantes sobre as rodovias. Além disso, eles preservam a
utilização dos ativos das empresas, mantendo a força importante
de trabalho (motoristas) apta a dirigir, e ajudam na manutenção
das rodovias, estabelecendo ainda uma estimativa sobre o
consumo de combustível e as distâncias percorridas em cada
estado.
A IA é uma área da ciência da computação que permite aos
dispositivos simularem a capacidade humana de raciocinar,
perceber, tomar decisões e resolver problemas. Mesmo não
sendo tão nova, ela vem se desenvolvendo com uma forte
utilização da informática e da computação.
Qual é a função da IA?
A IA auxilia o gestor para que ele possa ter uma compreensão
melhor dos padrões de desempenho e consiga tomar decisões
acertadas com base em informações mais acuradas, buscando
sempre atender aos limites de tolerância aceitáveis dos
processos. Isso é possível graças à instrução para que um
sistema computacional possa, de forma precisa, discernir
padrões de desempenho e compará-los com respostas corretas e
apropriadas.
Que tal conhecermos agora um caso que trata dessas questões?
Syda Productions/shutterstock
Listaremos a seguir exemplos de possíveis perguntas:
Será que ocorreu uma queda repentina ou sazonal das
vendas?
Houve aumentos nas quantidades de compras ou de
produção em comparação aos períodos anteriores?
A imprecisão de forecast (previsão de vendas) aumentou
significativamente nos últimos períodos?
As remessas internas atualmente estão em níveis maiores
que os anteriormente praticados?
Os prazos de entrega de fornecedores aumentaram ou
variaram demais?
Houve maiores atrasos nas remessas externas se elas forem
comparadas às de períodos anteriores?
Em função de todas as variáveis possíveis relativas às respostas
para essas questões, a utilização da IA, por meio de vários
modelos computadorizados associados a um banco de dados
precisos, fará com que suas respostas sejam assertivas e
propiciem tomadas de decisões acertadas por parte do gerente
de logística. Dessa maneira, ele poderá gerenciar melhor o
decréscimo de giro de estoques.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. O PENSAMENTO LOGÍSTICO PODE SER
DIVIDIDO POR ERAS DESDE O INÍCIO DO SÉCULO
XX. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA UMA
DAS ERAS DA EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA,
CORRELACIONANDO O TEMA E A ÉPOCA QUE A
MARCOU.
A) Era I: do campo ao mercado - economia agrária: de 2000 aos
dias de hoje de 1900 a 1940.
B) Era VI: Logística 4.0 - 4.ª Revolução Industrial: de 1900 a
1940.
C) Era IV: Foco no cliente - busca por eficiência de 1970 a 1980.
D) Era III: Integração interna - ênfase nos desempenhos
operacionais funções integradas: de 1960 a 1970.
E) Era II: Especialização - funções integradas: de 1940 a 1960.
2. RECONHECER OS ELEMENTOS BÁSICOS DA
LOGÍSTICA É FUNDAMENTAL PARA HAVER UM
ENTENDIMENTO ADEQUADO DO PROCESSO E O
ESTABELECIMENTO DA FORMA ADEQUADA DE
SE CONTEXTUALIZAR O PROCESSO LOGÍSTICO
COMO UM TODO. IDENTIFIQUE A OPÇÃO QUE
APRESENTA O TEXTO CORRETO E QUE MELHOR
DESCREVE ESSA SEQUÊNCIA.
A) O início do processo logístico se dá pelo estudo e pelo
planejamento do projeto ou do produto a ser implementado. Após
a aprovação desse planejamento, há as fases de implementação
e operação. Para a garantia desses processos complexos e
dinâmicos, são imprescindíveis as ações de controle e avaliação
a fim de que os materiais possam sair do ponto de origem e
chegar ao de destino de forma econômica, eficiente e efetiva,
atendendo, assim, às expectativas dos clientes.
B) Para se ter um bom processo logístico, basta haver recursos e
inovações tecnológicas como as do sistema WMS, IoT, IA e a de
modelos como Supply Chain e S&OP. Não são necessárias
ações consistentes de controle e avaliação, tampouco a
avaliação do nível de expectativas dos clientes a serem
atendidos.
C) O início do processo logístico se dá pelo estudo e pelo
planejamento do projeto ou do produto a ser implementado. Em
função de os processos serem complexos e dinâmicos, em
alguns momentos não é possível garantir um controle durante as
fases de planejamento, implementação e operação. Nem sempre
é possível que os materiais saiam do ponto de origem e cheguem
ao de destino de forma econômica, eficiente e efetiva, atendendo,
assim, às expectativas dos clientes.
D) Para se ter um bom processo logístico, basta haver condições
de infraestrutura (armazéns e equipamentos de movimentação de
materiais, como, por exemplo, empilhadeiras e paleteiras) e uma
equipe de profissionais dedicada e assídua, com indicadores de
absenteísmos e rotatividade baixos. Não são necessárias ações
consistentes de controle e avaliação do nível de expectativas dos
clientes a serem atendidos.
E) O início do processo logístico se dá pela pesquisa de
satisfação de clientes. Em sequência, deve-se escolher o melhor
modal de transporte a ser utilizado. É necessário sempre
respeitar os custos previstos para a realização da operação
logística. Ações de controle e avaliação somente são pertinentes
caso sejam evidenciadas avarias durante o trajeto dos materiais
do ponto de origem até o de destino.
GABARITO
1. O pensamento logístico pode ser dividido por eras desde
o início do século XX. Assinale a alternativa que indica uma
das eras da evolução da logística, correlacionando o tema e
a época que a marcou.
A alternativa "C " está correta.
 
As demais eras citadas nas alternativas não estavam corretas em
relação ao tema que as caracterizava e/ou aos períodos
cronológicos.
2. Reconhecer os elementos básicos da logística é
fundamental para haver um entendimento adequado do
processo e o estabelecimento da forma adequada de se
contextualizar o processo logístico como um todo.
Identifique a opção que apresenta o texto correto e que
melhor descreve essa sequência.
A alternativa "A " está correta.
 
A única alternativa que apresenta o texto correto, lógicoe
sequencial é o da letra “a”. As demais opções apresentam
afirmações equivocadas. Embora se relacionem ao tema, elas se
afastam da sequência preconizada pelos elementos básicos da
logística.
MÓDULO 2
 Descrever os sistemas de distribuição física mediante a
categorização dos modelos inbound e outbound e a
comparação dos diversos modais de transporte
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
FÍSICA –
CONTEXTUALIZAÇÃO
Garantir que uma cadeia logística opere de forma eficaz é um
dos desafios enfrentados pelas organizações.
Para atender a essas demandas por entregas rápidas e
confiáveis a custos atrativos, além de assegurar a qualidade dos
serviços prestados e a satisfação dos clientes, é necessário
gerenciar os processos de recebimento (entrada) e expedição
(saída) de materiais de forma eficaz, servindo-se, para isso, das
melhores práticas disponíveis.
Os olhares dos profissionais de logística, de marketing e de
vendas são distintos quando eles analisam a distribuição de
produtos. Para os de logística, a distribuição física deles é um
processo operacional e de controle necessário para realizar a
transferência dos materiais desde o ponto onde eles são
manufaturados até aquele em que os produtos devem ser
entregues ao consumidor.

Ao enxergarem a cadeia de suprimentos, os profissionais da
área comercial (marketing e vendas) estarão mais voltados para
as questões de comercialização e propriedade dos produtos. As
atividades logísticas – divididas entre os depósitos da fábrica, o
centro de distribuição e o varejista – relacionadas à distribuição
física podem ser diretamente associadas aos canais de
distribuição, envolvendo o fabricante, o distribuidor e o varejista
até a entrega ao consumidor final.
Entender a operação logística de forma sistêmica passa pela
definição precisa dos canais de distribuição e dos serviços
associados a eles. Soluções teóricas e não simuladas podem
mostrar-se custosas quando aplicadas na prática. Vale ressaltar
que não configura uma decisão acertada alterar frequentemente
os canais de distribuição escolhidos, já que eles são compostos
por empresas, agentes e acordos comerciais que tendem a ser
fixos e duradouros.
A rede logística e o sistema de distribuição física decorrentes
podem ser estabelecidos a partir da definição dos canais de
distribuição e das rotas às quais os materiais estarão submetidos.
Entende-se por rede logística o conjunto formado por:
WAREHOUSES (ARMAZÉNS)
CD (CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO)
ESTOQUE DE MERCADORIAS
MODAIS DE TRANSPORTES
SERVIÇOS COMPLEMENTARES
WAREHOUSE
Eles primeiramente devem ser vistos como uma etapa importante
para a armazenagem de produtos, pois, a partir daí, pode-se
estabelecer a estratégia comercial da empresa, reconhecendo e
monitorando aspectos como o da sazonalidade. Também está
contemplado no warehouse a estratégia de atendimento à
demanda, incluindo, entre outros pontos, o picking (separação e
preparação de pedidos) e a velocidade de atendimento
.
Você já ouviu falar do sistema WMS?
O WMS (warehouse management system ou sistema de
gerenciamento de armazém) é um software que automatiza e
contribui com as operações rotineiras e diárias realizadas nos
armazéns das organizações.
Ele constitui parte importante da cadeia de suprimentos (supply
chain ), fornecendo, entre outras coisas, a rotação dirigida de
estoques, o endereçamento e a localização das mercadorias, o
aumento da acuracidade do estoque, as diretivas inteligentes de
picking e a consolidação de carga automática cross-docking
para maximizar a utilização do valioso espaço dos armazéns.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Outra finalidade do WMS é a de coordenar e otimizar a
disposição de put-away ou colocação no armazém. Ele o faz
baseado nas informações obtidas em tempo real sobre a situação
de uso e ocupação das prateleiras.
Assim, graças à chegada do pedido do cliente automaticamente
sincronizado com o WMS, o sistema pode indicar o melhor local
para se buscar a mercadoria, seguindo, para tal, as regras de
FIFO (first in first out ou primeiro que chega, primeiro que sai) e
os parâmetros de localização ótima.
O gerenciamento das mercadorias pode ser realizado por
intermédio de sistemas de montagem de paletes ou cargas
(dependendo do modal de transportes, carrocerias de caminhões
ou vagões) a partir de outros que otimizem os espaços, levando
em conta o fluxo de saída das mercadorias e o empilhamento
suportado pelas diversas embalagens.
O objetivo é garantir o equilíbrio dos pesos entre os eixos,
possibilitando o aumento da velocidade média e, como
consequência, a redução da possibilidade de acidentes por
tombamento (excesso de peso em apenas um lado do veículo).
CONSOLIDAÇÃO DE CARGA
Procedimento por meio do qual diversos produtos –
geralmente, oriundos de vários exportadores diferentes – são
acondicionados em um mesmo contêiner (contentor) a fim de
proporcionar o melhor aproveitamento possível do espaço,
reduzindo, com isso, os custos de transporte das
mercadorias.
CROSSDOCKING
Método de distribuição no qual a mercadoria recebida em um
armazém ou centro de distribuição não é estocada, como
seria prática comum até pouco tempo, e sim preparada para
o carregamento e a distribuição ou expedição com o
propósito de que ela seja entregue ao cliente ou ao
consumidor imediatamente – ou, pelo menos, o mais
rapidamente possível.
OBJETIVOS E FUNÇÕES DOS
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Embora isso possa variar entre as empresas por contas de suas
formas de atuar e competir no mercado, além da estrutura de
suas cadeias de suprimentos, alguns dos objetivos e das funções
dos canais de distribuição mais comuns são:
1
2
3
4
5
6
1
Estimular as ações coordenadas entre os participantes da cadeia
de suprimentos na distribuição
2
Maximizar o potencial de vendas dos produtos
3
Assegurar disponibilidade do produto nos segmentos do mercado
prioritários
4
Honrar o nível de serviço estabelecido pelos parceiros da cadeia
de suprimentos
5
Propiciar o fluxo de informações ágil entre os participantes
6
Priorizar a redução de custos por meio de atuação integrada,
analisando toda a cadeia de valor
EVOLUÇÃO DAS FORMAS DE
DISTRIBUIÇÃO
ESTAS PERGUNTAS PODEM NOS
AJUDAR A FAZER UMA
REFLEXÃO NECESSÁRIA:
PERGUNTA 1 PERGUNTA 2
javascript:void(0)
javascript:void(0)
PERGUNTA 1
Quais são os motivos da existência de intermediários no
processo de comercialização de produtos?
PERGUNTA 2
Já que fornecem uma diversidade grande de produtos, por
que os varejistas não os fabricam?
Uma das formas de responder a estas questões é o fato de ser
bastante custoso montar e manter uma fábrica para uma vasta
variedade de produtos. Além dos recursos financeiros, essa
decisão faz com a que a organização tenha de atuar em um
segmento em que ela não tem competência e experiência.
Uma alternativa mais barata seria a fabricação de suas marcas
por empresas terceiras. Gerenciar bem esse processo de
terceirização, aplicando critérios claros e rígidos de qualidade e
desempenho, é, sem dúvida, um fator crítico de sucesso para
esse tipo de operação.
A opção contrária (a manufatura assumir o processo do canal de
distribuição, incluindo as operações do varejo) também não
mostra ser viável economicamente. Para alcançar esse equilíbrio
financeiro, seria necessário que a empresa manufatureira
passasse a comercializar produtos oriundos de sua concorrência
com o propósito de atingir o volume de vendas requerido.
Imagine o que pode representar uma fábrica de
eletrodomésticos comercializando itens de diversas marcas
– algumas delas, inclusive, de seus concorrentes!
Levando em conta a cadeia de valor, fazer uso de intermediários
em sua cadeia de suprimentos para a colocação de produtos no
mercado possibilita que as organizações manufatureiras possam
concentrar-se em suas áreas de especialização, maximizando
investimentos em seu ramo principal de atividades.
Nas últimas décadas, motivados por diversasquestões
econômicas e tecnológicas e pela busca da competitividade, as
organizações têm alterado bastante seus canais de distribuição,
aliando a atenção requerida pelo consumidor final, o uso da
tecnologia da informação, uma maior diversificação da demanda
e uma distribuição física mais rápida e confiável.
1
2
3
Deve-se avaliar a possibilidade de se fazer uso dos canais de
distribuição a fim de estabelecer barreiras à entrada de
concorrentes?
Em que medida alguns desses canais favorecem uma maior
reciprocidade com os consumidores em comparação a outras
formas de distribuição?
Em qual intensidade esses canais minimizam as incertezas de
demanda no processo de suprimentos da organização?
Listaremos a seguir algumas situações indesejáveis no processo
de distribuição dos produtos quando da formação de canais
típicos de comercialização:
1
2
3
4
5
6
1
Abastecimento direto do fabricante às lojas de varejo.
2
Abastecimento do fabricante aos CD do varejista, que é o
responsável por abastecer as lojas.
3
Os produtos são distribuídos pelo fabricante para os CD de um
operador logístico, que se encarrega de abastecer as de varejo.
4
Abastecimento do fabricante aos depósitos do distribuidor ou do
atacadista, que deve abastecê-las.
5
Cabe ao fabricante encarregar-se da entrega direta do produto no
ponto final da residência do consumidor, utilizando para tanto as
opções de correio ou um serviço do tipo courier (vendas por
internet, telefone, encartes ou catálogos etc.).
6
Cabe ao fabricante encarregar-se de abastecer seus depósitos
ou CD, abastecendo, a partir desses pontos, as lojas de varejo.
CLASSIFICAÇÃO DAS
ATIVIDADES LOGÍSTICAS
Usualmente, pode-se assumir que os operadores logísticos se
ocupam do conjunto de atividades relacionadas a um destes dois
grupos: logística de entrada ou de suprimento (inbound logistics)
e logística de saída ou de distribuição (outbound logistics).
Observamos que a mesma atividade logística pode ser
encontrada em diversas fases da cadeia, como ocorre, por
exemplo, nas de transporte e armazenagem. Dessa forma, é
usual que alguns dos operadores logísticos especializem-se em
determinadas atividades encontradas em vários pontos da cadeia
de suprimentos.
Apresentaremos a seguir os sistemas de distribuição física
adotados, respeitando, nesse processo, as suas
particularidades.
INBOUND
Processo diretamente relacionado às operações pré-produtivas, o
inbound ocorre desde a disponibilização da matéria-prima até a
chegada dos produtos da indústria. Ele contempla ações
relacionadas a transporte, armazenamento e entrega de
materiais e serviços até seu recebimento por parte da empresa.
Sendo assim, o inbound envolve, em sua totalidade, o processo
inicial da manufatura de um produto. Entre as principais
atividades relacionadas a ele, destacam-se as seguintes:
1
2
3
4
1
Processamento dos dados do setor de suprimentos e do fluxo
dos materiais.
2
Pesquisa e gestão de fornecedores, incluindo a negociação com
eles e o estabelecimento sobre procedimentos de entrega.
3
Movimentação, embalagem, estocagem, recebimento e
verificação das mercadorias recebidas.
4
Auditoria do processo com base em critérios de qualidade e
desempenho estabelecidos.
Por meio do aprimoramento de seus procedimentos internos, a
logística inbound consegue prever cenários, possibilitando a
emissão de pedidos de compra aos fornecedores de forma mais
acurada e otimizando o uso do depósito. Dessa forma, propicia-
se a rotatividade de materiais, enquanto possíveis erros e atrasos
são minimizados, o que garante as entregas nos prazos
pactuados e gera ainda outros benefícios capazes de assegurar
a satisfação do cliente.
Nem sempre os consumidores ficarão satisfeitos com a qualidade
da entrega que a organização realiza. Problemas como o atraso
dela e a avaria nas cargas são ocorrências possíveis – e a
gestão do negócio precisa saber lidar com isso. Em determinados
momentos, é necessário recolher produtos, realizando-se trocas
ou devoluções.
Também existem oportunidades de melhoria nesse processo de
logística reversa. Isso ocorre quando os produtos ou as
mercadorias retornam para dentro da companhia. Uma das
atribuições dos profissionais envolvidos é a de auxiliar no
recebimento dos itens a serem trocados, realizar triagem,
mensurar os danos e reaproveitar, sempre que possível, as
embalagens.
Eles adicionalmente realizam a seleção, o acondicionamento e a
embalagem de novos produtos a serem enviados, trazendo
celeridade e assertividade ao processo.
OUTBOUND
Já no processo chamado de outbound (saída), o ponto de
partida é a empresa e o destino, o endereço do consumidor. Ele
contempla, portanto, os estágios externos de distribuição. Seu
foco é direcionado às demandas do consumidor, do varejo e dos
distribuidores e à forma como é realizada a circulação dos
produtos após o término da produção.
Como podemos constatar, a etapa outbound realiza a conexão
entre a empresa e seus clientes. Em função disso, ela deve ter o
máximo de eficácia para que suas remessas sejam rápidas,
confiáveis e atendam às expectativas dos consumidores,
cabendo ao gestor logístico compreender as reais necessidades
desses processos e adotar métodos e estratégias apropriados.
Em síntese, a logística outbound envolve:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
1
Planejamento de rotas otimizadas (roteiros).
2
Movimentação de cargas.
3
Embalagem.
4
Endereçamento.
5
Emissão de documentos e notas fiscais.
6
Entregas de cargas fracionadas ou completas.
7
Contratação de parceiros de transporte.
8
Prazos e condições de entrega.
9
Custos envolvidos.
10
Rastreamento de cargas.
11
Legislação aplicada a transporte e produto.
12
Logística reversa (trocas, devoluções e recolhimento de
produtos/resíduos).
Reunir essas informações permite um entendimento exato sobre:
o tipo de caminhão no qual seus produtos precisam ser
transportados; a necessidade de mais modais (navios, por
exemplo); quão perigosa é uma carga perigosa e se ela deve
atender a uma legislação específica; e, por fim, as melhores rotas
para que o material possa chegar ao destino com segurança. Ter
em mãos esses dados também possibilita a contratação de uma
transportadora com mais facilidade ou até mesmo a de
caminhoneiros autônomos.
TRANSPORTE - PARÂMETRO PARA A
ESCOLHA DOS MODAIS DE
DISTRIBUIÇÃO
Considerado um dos processos relevantes do serviço logístico, o
transporte geralmente é tido como o mais oneroso deles. Sua
função é assegurar o fluxo de produtos entre a origem e o destino
da cadeia de supri¬mentos – e vice-versa. A escolha do modal de
transporte – e, muitas vezes, a combinação entre alguns
(rodoviário, hidroviário, aéreo, ferroviário e dutoviário) dos que
serão utilizados – é uma questão importante.
Ainda restam outras questões, como, por exemplo, a escolha das
melhores rotas, a adequação às legislações específicas
relacionadas tanto ao transporte como aos produtos (produtos
químicos perigosos e perecíveis etc.) nas várias esferas
(municipal, estadual, federal e internacional) e o monitoramento
dos fretes.
Destacaremos a seguir alguns fatores que devem ser levados em
consideração para que haja, tendo em vista a melhor eficácia
para a operação, uma escolha precisa dos modais de transporte:
CUSTO
Diz respeito aos gastos decorrentes do transporte e das
despesas de estoque na movimentação entre duas localidades,
constituindo fatores primordiais o planejamento e as decisões por
parte dos gestores logísticos que buscam uma mini¬mização do
custo total. Das variáveis a serem analisadas atentamente,
destacam-se a distância percorrida, o peso, a densidade, a
facilidade de armazenagem, o manuseio, os riscos e o mercado.
VELOCIDADE
Contempla o tempo para a realização da operação de
movimentação: quanto mais rápida for a opção escolhida, mais
oneroso será o valor do transporte.
CONSISTÊNCIA
Ela está relacionada às oscilações no tempo duranteas
operações de movimentação, podendo afetar significativamente o
fluxo da cadeia de suprimentos.
FLEXIBILIDADE
Trata-se da capacidade de adaptação e adequação às
necessidades solicitadas pelo cliente em relação aos veículos
escolhidos ou aos serviços de transporte como um todo.
MODAIS DE DISTRIBUIÇÃO
RODOVIÁRIO
Modal mais utilizado no Brasil, ele é parte crucial do sistema
logístico das organizações, disponibilizando um serviço rápido e
confiável com poucas ocorrências de perdas ou avarias durante
sua movimentação. Uma de suas vantagens é a flexibilidade de
poder realizar o serviço “porta a porta”.
Entretanto, seus custos aumentam quando são comparados aos
de outros modais, já que existe a necessidade de um motorista e
um veículo dotado de motor, além de pes¬soal para realizar as
operações de carregamento e descarregamento. Ainda há
particularidades conhecidas, como, por exemplo, o carregamento
total e parcial (envolvendo o transporte de carga acima de uma
quantidade de toneladas) e as distâncias maiores (com ou sem
flexibilidade de paradas) entre a origem e o destino.
 
Fonte: Milos Muller/Shutterstock
HIDROVIÁRIO
Com relação a custos fixos, este tipo de modal localiza-se entre o
transporte rodoviário e o ferroviário. Já em relação aos custos
variáveis, ele apresenta-se como uma opção de menor custo.
Suas desvantagens incluem uma eficiência reduzida, assim como
a quantidade e a distância dos portos, além das associações
requeridas com outros modais de transporte (rodoviário ou
ferroviário, por exemplo). Em contrapartida, sendo um tipo de
transporte lento, ele possibilita o chamado armazenamento em
trânsito, beneficiando, assim, o sistema logístico.
 
Fonte: Mangpink/Shutterstock
FERROVIÁRIO
Seguramente, trata-se do modal de transporte mais adequado
para longas distâncias e vultuosas quantidades. Ele também
apresenta custos menores de frete e de seguros, assim como
uma maior capacidade de transporte, contando ainda com a
ausência de congestionamentos.
Por outro lado, o transporte rodoviário não é tão rápido.
Tampouco o Brasil possui grandes extensões de malhas
ferroviárias que permitam uma abrangência e um alcance nas
conexões. Em muitos casos, é necessário conciliar este modal
com o rodoviário, por exemplo, a fim de que a mercadoria possa
chegar ao seu destino ou consiga ser coletada primeiramente em
sua origem.
 
Fonte: SUPHANAT KHUMSAP/Shutterstock
AÉREO
Características como segurança, agilidade e confiabilidade são
os pontos positivos para a escolha deste tipo de modal.
Entretanto, seus altos custos pesam muito e, em muitas
situações, podem inviabilizar a operação.
Nas situações em que é preciso transportar cargas urgentes ou
mercadorias de alto valor, o aéreo permite uma representativa
redução no tempo de transporte, porém existe uma necessidade
de associação com outro modal para viabilizar sua movimentação
até o terminal aeroportuário. A velocidade proporcionada
possibilita a redução de custos decorrentes da armazenagem e
da gestão de estoques.
 
Fonte: Travel mania/Shutterstock
DUTOVIÁRIO
Muito utilizado para o transporte de líquidos e gases em grandes
volumes, ele conta com a possibilidade de funcionamento
ininterrupto durante as 24 horas do dia e os sete dias da semana.
O transporte dutoviário caracteriza-se por um custo fixo mais alto
devido aos investimentos em direitos de acesso, construção,
equipamentos de controle e bombeamento. Já seu custo variável
é maior que o hidroviário.
Ele ainda possui outra vantagem devido à sua confiabilidade ser
maior, já que este tipo de transporte não sofre interrupções por
fatores meteorológicos, apresentando, desse modo, perdas
mínimas e menos danos dos produtos.
 
Fonte: A.PAES/Shutterstock
Destacaremos neste vídeo a importância dos sistemas de
distribuição física (logísticas inbound e outbound ) e
compararemos os diversos modais de transporte.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA
ALGUNS DOS OBJETIVOS E FUNÇÕES DOS
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO.
A) Entregar os produtos no tempo proporcional ao recurso de que
dispõe; verticalizar suas operações a fim de depender menos de
empresas terceiras para a fase distribuição; não garantir a
entrega de produtos no prazo combinado caso haja imprevistos
de trânsito, não levando em conta o potencial de venda dos
produtos para definir sua estratégia de distribuição.
B) Evitar a formação de cadeia de suprimentos para não
depender de outras empresas; não garantir a entrega de
produtos no prazo combinado caso haja ausências justificadas de
sua força de trabalho; assegurar a disponibilidade do produto nos
segmentos do mercado prioritários somente para clientes com
mais de 10 anos de relação comercial e só levando em conta o
potencial de venda dos produtos a fim de definir sua estratégia de
distribuição para aqueles com faturamento acima de
R$300.000/mês.
C) Somente garantir atendimento ao SLA (garantia do nível de
serviço) pactuado para os clientes com faturamento acima de
R$300.000/mês; não garantir a entrega de produtos no prazo
combinado caso haja ausências justificadas de sua força de
trabalho; evitar a formação de cadeia de suprimentos para não
depender de outras empresas.
D) Evitar a formação de cadeia de suprimentos para não
depender de outras empresas; somente levar em conta o
potencial de venda dos produtos para definir sua estratégia de
distribuição para clientes especiais; garantir apenas o
atendimento ao SLA (garantia do nível de serviço) pactuado para
os clientes para os quais tal regra esteja em contrato; não
garantir a entrega de produtos no prazo combinado caso haja
imprevistos de trânsito.
E) Estimular ações coordenadas entre os participantes da cadeia
de suprimentos no contexto da distribuição; propiciar um fluxo de
informações ágil entre os participantes; honrar o nível de serviço
estabelecido pelos parceiros da cadeia de suprimentos;
assegurar a disponibilidade do produto nos segmentos do
mercado prioritários.
2. EXISTEM ALGUNS MODAIS DE TRANSPORTE
UTILIZADOS NO BRASIL. IDENTIFIQUE A
QUESTÃO QUE APRESENTA AS INFORMAÇÕES
CORRETAS SOBRE ELES, CONTENDO SUAS
VANTAGENS E DESVANTAGENS.
A) Aéreo – vantagem: custos baixos. Desvantagem: mais lento
do que os demais modais.
B) Hidroviário – vantagem: mais rápido do que os demais
modais. Desvantagem: não possibilita armazenamento em
trânsito.
C) Dutoviário – vantagem: baixa confiabilidade por sofrer
interrupções por fatores meteorológicos, apresentando, desse
modo, perdas e danos dos produtos. Desvantagem: custo fixo
baixo (sem investimentos em direitos de acesso, construção,
equipamentos de controle e bombeamento).
D) Rodoviário – vantagem: flexibilidade de poder realizar o
serviço porta a porta. Desvantagem: seus custos aumentam. São
necessários um motorista e um veículo com motor, além de
pes¬soal para realizar as operações de carregamento e
descarregamento.
E) Ferroviário – vantagem: consegue levar o material de porta a
porta. Desvantagem: custos maiores de frete e de seguros, assim
como uma menor capacidade de transporte.
GABARITO
1. Assinale a alternativa que indica alguns dos objetivos e
funções dos canais de distribuição.
A alternativa "E " está correta.
 
A alternativa certa apresenta quatro objetivos e funções dos
canais de distribuição. As demais contêm objetivos e/ou funções
equivocados, pois consideram condições não reconhecidas no
processo logístico.
2. Existem alguns modais de transporte utilizados no Brasil.
Identifique a questão que apresenta as informações corretas
sobre eles, contendo suas vantagens e desvantagens.
A alternativa "D " está correta.
 
As alternativas incorretas invertem os conceitos de vantagem e
desvantagem pelos modais.
MÓDULO 3
 Justificar a análise integrada condicionada às operações
logísticas relativas às ferramentas SCM e S&OP, além das
demais tecnologias, em benefício da logística
ANÁLISE INTEGRADA COMO
O FUTURO DA LOGÍSTICASCM (SUPPLY CHAIN
MANAGEMENT )
Conceituando SCM ou gestão da cadeia de suprimentos
(GCS)
Uma boa definição para a gestão da cadeia de suprimentos é que
ela contempla o conjunto de ativi¬dades relacionadas à extração
da matéria-prima, passando pelos processos de elaboração do
produto até a chegada ao consumidor final.
Outra forma de abordar esse conceito é considerar que a gestão
da cadeia de suprimentos está baseada na colaboração entre as
organizações. Elas, por sua vez, se relacionam comercialmente
tanto para impulsionar seus posicionamentos estratégicos quanto
para melhorar a eficiência e a eficácia operacional por meio de
processos gerenciais que integrem as áreas fun¬cionais das
organizações e suas inter-relações.
Em decorrência dessas definições, é possível considerar que:
1
2
3
1
Materiais ou mesmo documentos existem em qualquer
organização, seja ela indústria, prestadora de serviço ou
comércio.
2
Entre as atividades agregadoras de valor para os clientes,
merece destaque o cuidado para que os desperdícios durante as
operações logísticas sejam minimizados ao máximo.
3
A conectividade entre as organizações por meio de redes de
informa¬ções, materiais e serviços é mais necessária a cada dia.
A ESTRUTURA DE UMA
CADEIA DE SUPRIMENTOS
Listaremos a seguir alguns passos que auxiliam as organizações
na estruturação de sua cadeia de suprimentos:

Identificar os membros da cadeia de suprimentos
As organizações deverão designar as equipes responsáveis pela
estruturação dessa cadeia


Verificar quais organizações participam do processo de
comercializa¬ção, envolvendo os fluxos de materiais, os de
informações, o financeiro e o de promoções
Classificar as organizações em primárias e secundárias para
identificar onde estão as atividades principais


As organizações primárias são responsáveis pelas atividades
operacionais ou pelos processos de negócios, transformando
recursos de entrada em recursos com valor agregado para o
cliente
As organizações secundárias fornecem para as organizações
primárias conhecimento, serviços e recursos.

Na visão atual do supply chain management , é um consenso
que os canais de distribuição desempenham quatro funções
básicas:
Indução da demanda
Satisfação da demanda
Serviços de pós-venda
Troca de informações
Inicialmente, as organizações que compõem a cadeia de
suprimento necessitam gerar ou induzir a demanda para seus
produtos ou serviços. Em sequência, eles são comercializados a
fim de satisfazer a demanda e com o propósito de posteriormente
haver os serviços de pós-venda. Por fim, o canal de distribuição
permite o compartilhamento de informações ao longo da cadeia.
Neste momento, os consumidores podem fornecer um feedback
importante para os fabricantes e varejistas que compõem a
cadeia.
Quanto ao atendimento à demanda, gerenciar os elos entre a
empresa detentora da marca ou do produto principal e as demais
participantes é o objetivo de formatação da cadeia de
suprimentos. Isso ocorre para tornar o processo de atendimento
às necessidades dos consumidores mais eficiente que a de seus
concorrentes.
Por conta disso, as empresas líderes devem considerar as
seguintes questões quando resolvem adotar esse modelo de
cadeia de suprimentos:
MERCADO
OPERAÇÕES
ORGANIZAÇÃO
MERCADO:
As atividades de baixo valor agre¬gado pelo consumidor ou
consideradas não afins ao negócio principal da empresa
precisam ser terceirizadas;
OPERAÇÕES:
Com essa terceirização, a organização deve concentrar seus
esforços em integrar as operações a fim de aumentar a oferta de
novos produtos e diluir seus custos lo¬gísticos com atividades de
pedidos, estoques, armazenagem e transporte;
ORGANIZAÇÃO:
É necessário direcionar seus recursos para as principais
atividades, atuando em sinergia com seu sistema logístico e
visando à eficácia demonstrável por meio de indicadores de
desempenho.
OBJETIVOS DA GESTÃO DA
CADEIA DE SUPRIMENTOS
(GCS)
As compras, as vendas e as entregas de mercadorias,
especialmente as realizadas por meio de comércio eletrônico (E-
Commerce), têm se tornado cada vez mais frequentes a partir do
alto nível competitivo dos mercados. Tal realidade decorre de
fatores, como, por exemplo, as constantes inovações em
tecnologia de informação.
Soma-se a isso o aumento das exigências de consu¬midores por
produtos e serviços cada vez mais customizados, o que tem
conduzido boa parte das organizações a dirigirem os esforços
delas para o seu core business (negócio principal), terceirizando
as demais atividades.
A fim de garantir esse novo modelo, devem ser estabelecidas
relações firmes e confiáveis entre as organizações envolvidas
(fornecedores, transportadores, indústrias, distribuidores e
varejistas). Com isso, torna-se possível superar o modelo
anterior, no qual a empresa era responsável por diversas
atividades da elaboração de um produto.
O fluxo de informação precisa ser acurado e ágil para que as
organizações envolvidas nessa cadeia produtiva consigam
planejar e executar suas operações de forma sinérgica,
atendendo às necessidades definidas pela demanda quanto à
qualidade e à especificação de produtos, volumes, prazos e
condições de entrega.
BENEFÍCIOS DA GESTÃO DA
CADEIA DE SUPRIMENTOS
(GCS)
 
Fonte: Wright Studio/shutterstock
A implementação da gestão da cadeia de suprimentos pode
fornecer alguns benefícios:

Diminuição significativa de custos mediante a consolidação dos
planos estratégicos das organizações, possibilitando a busca da
minimização dos custos de seus processos, o que não seria tão
fácil se fosse realizado individualmente.
Possibilidade de fornecimento global por meio de integração na
cadeia. Os pilares confiança, responsabilidade, riscos e
recompensas mútuas propiciam segurança a fim de se
diversificar as operações para novos mercados.


Agregar valor ao cliente por intermédio da cadeia integrada
possibilita garantir qualidade, variedade, disponibilidade do
produto e prazos de entrega pactuados.
Em virtude da integração da cadeia, a customização e a
velocidade do atendimento permitem a detecção, a prevenção e
a correção de falhas e ajustes de planos às variações da
demanda, adaptando-se prontamente às exigências do cliente.


A integração da cadeia permite o estabelecimento de um sistema
em que a informação compartilhada flui constantemente desde o
cliente final até os demais integrantes da cadeia de suprimentos,
incrementando as decisões e conferindo rapidez de resposta às
solicitações dos processos e do mercado.
Uma cadeia de suprimentos sincronizada e ágil oferece níveis de
serviço diferenciados, sendo possível processar e formar pedidos
de forma rápida e consistente, o que permite entregas pontuais e
variadas aos clientes.

Entretanto, antes de iniciarem o processo de implementação da
cadeia de suprimentos, as organizações têm de compreender
que o tipo de aliança entre elas estará apoiado em:
COMPLEXIDADE LOGÍSTICA
Reconhecer as diferenças culturais e seus diferentes modelos de
gestão pode ser tão importante quanto estruturar e sincronizar os
fluxos de produtos, serviços, informações e aspectos financeiros
entre as organizações.
COMBINAÇÃO DE ATIVIDADES
Para sempre fazerem o melhor, as empresas de uma cadeia
poderão atingir níveis de competitividade mais elevados graças à
soma de seus esforços combinados, permitindo ganhos na
qua¬lidade do produto, no tempo e nos custos.
INTEGRAÇÃO
Feita tanto internamente quanto com os demais membros da
cadeia, a integração inclui sistemas de informação e de custeio
conectados e transparentes, suscitando uma agilidade na tomada
de decisão e na esfera operacional.
FLEXIBILIDADE
Ela diz respeito às condições da cadeia de suprimentos de
fornecer respostas rápidas e precisas às variações do mercado e
da demanda, que são cada vez mais exigentes em função do
nível de serviço ofertado.
Alguns aspectos podem, por outro lado, dificultar a
implementação dessa práticapelas organizações. Entre elas,
podemos destacar a quebra de barreiras organizacionais, outras
questões culturais distintas, o relacionamento crítico entre os
fornecedores, as deficiências em tecnologia de informação, a
dificuldade na escolha de parceiros e a resistência a mudanças.
SALES AND OPERATION
PLANNING (S & O P)
O S&OP (sigla em inglês para planejamento de vendas e
operação) já existe há mais de 20 anos. Muitas organizações já o
implementaram tanto em outros países quanto em regiões
diversas.
Ele pode ser conceituado como o processo pelo qual os planos
do negócio são agrupados para consolidar as informações
oriundas das seguintes áreas: Clientes, Vendas, Marketing,
Desenvolvimento, Fabricação, Suprimentos e Financeiro.
Consolidadas como planos táticos, elas podem auxiliar uma
empresa a gerenciar e alocar recursos críticos a fim de atender
às necessidades dos clientes com o menor custo possível.
As atividades de planejamento e controle são responsáveis pela
ligação da oferta à demanda, sendo direcionadas para a
conciliação das capacidades de fornecimento de uma operação
com as demandas dirigidas para ela. Tomando como input o
planejamento estratégico de longo prazo, o S&OP é inserido com
seus volumes agregados, desdobrando-se no curto prazo em um
plano mestre de produção (PMP). Em inglês, a sigla a ser
adotada é MPS (master production schedule ).
Alguns objetivos – se eles não forem atingidos, não será possível
alcançar a sua gestão eficaz – caracterizam o S&OP:
1
2
3
4
5
6
1
Dar suporte ao planejamento estratégico do negócio;
2
Assegurar que os planos sejam realistas;
3
Realizar o gerenciamento de mudanças de forma eficaz;
4
Gerenciar estoques e carteira de pedidos, assegurando o
desempenho adequado nas entregas;
5
Avaliar o desempenho do processo de planejamento por meio de
identificação de desvios;
6
Desenvolver o trabalho em equipe, garantindo competência
continuada.
O processo de S&OP está associado ao futuro, já que busca
alcançar o balanceamento entre a demanda e a oferta de
produtos, sinalizando, com a máxima antecedência possível,
quando e onde as ausências e as sobras de capacidade deverão
ocorrer em um determinado período.
Esse processo está baseado em um planejamento probabilístico
com o propósito de modelar a variabilidade das incertezas que o
mercado apresenta por intermédio da utilização de modelos de
simulação suportados por projeto de experimentos. Com isso,
são fornecidos valores mais apropriados para as variáveis de
decisão do processo.
Vale ressaltar que boa parte das decisões tomadas em um
processo de S&OP possui um grande potencial de risco, podendo
propiciar um número significativo de decisões incorretas que
podem gerar danos às organizações a danos, como, por
exemplo, perda de mercado e prejuízos financeiros.
Em virtude desse cenário crítico e dinâmico que caracteriza o
processo de S&OP, os gestores logísticos e comerciais precisam
lançar mão de ferramentas que possam servir de apoio às
tomadas de decisão, visando, com isso, à minimização e/ou à
mitigação dos riscos – e, consequentemente, à melhoria dos
resultados.
Vale destacar que alguns gestores que participam do processo
de S&OP às vezes não detêm uma visão sobre a totalidade de
variáveis e restrições presentes na construção dos planos
agregados. A ausência dessa visão global pode potencializar
uma tomada de decisões não assertiva pelos gestores
participantes.
Observa-se também que as ferramentas utilizadas para a
execução do processo de S&OP podem, em alguns
momentos, não oferecer a visão holística que o processo
requer, dificultando o compartilhamento de informações e o
entendimento de como cada decisão a ser tomada consegue
afetar o desempenho global da organização.
Graças aos avanços dos recursos computacionais e do estudo da
prática e da teoria do PCP (planejamento e controle de
produção), os modelos matemáticos tornaram-se uma alternativa
para o uso anterior de planilhas eletrônicas, as quais, aliás, ainda
constituem uma ferramenta de auxílio ao processo de S&OP na
maioria das organizações.
Das ferramentas comuns, algumas são baseadas em planilhas
eletrônicas. Entre as mais sofisticadas, destacam-se as técnicas
de pesquisa operacional inseridas em sistemas APS (advanced
planning systems ).
PCP
Ele consiste em uma área da manufatura cujo objetivo
principal se dá tanto no planejamento quanto no controle dos
recursos do processo produtivo. O PCP recebe informações
sobre estoques, linha de produtos, vendas previstas,
capacidades e modo de produzir. Seu objetivo é transformar
tais informações em ordens de fabricação.
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APS
Refere-se aos sistemas de planejamento avançado de
produção. Esses sistemas complementam os tradicionais
sistemas de gestão empresarial (ERPs). Os APS
caracterizam-se por um melhor controle dos recursos,
considerando tanto a capacidade real dos recursos produtivos
quanto suas regras operacionais. Isso inclui ferramentas, mão
de obra e suprimento. Além disso, as regras de negócios,
como a prioridade por cliente ou produto, também podem ser
consideradas.
O PROCESSO DE
PLANEJAMENTO
 
Fonte: KAMONRAT/shutterstock
O S&OP é o resultado das atividades de planejamento mensal.
Na maior parte das vezes, ele é baseado em um plano de
operações anual (POA) que baliza a meta anual da empresa em
termos de vendas e suprimentos . Sendo assim, os S&OP são
um meio de se atingir gradualmente as metas de POA graças à
vinculação do planejamento mensal de vendas e marketing às
operações de um negócio.
Entende-se que o horizonte de planejamento para um processo
típico de S&OP é de longo prazo, podendo estender-se de 18 a
36 meses. A seleção desse horizonte de tempo é uma decisão
importante. Há diferentes fatores que a influenciam, incluindo o
tipo de indústria, as características do produto e a época do ano
em que o planejamento S&OP ocorre.
Podemos dizer que as boas práticas de S&OP consolidam
algumas abordagens comuns:
1
2
3
4
1
Aborde-o em fases: S&OP é mais um conjunto integrado de
processos e tecnologias de negócios que um processo ou
tecnologia abrangente;
2
Siga a sequência "de fora para dentro": Normalmente, os eventos
que terão um impacto negativo em suas vendas e no
planejamento de operações devem-se às decisões e às ações de
seus clientes, parceiros e concorrentes, que têm um impacto
direto em sua receita e na estratégia de seu concorrente;
3
Privilegie as informações em vez dos dados: Os planos
geralmente são retardados pelo esforço de coleta de dados de
pouca utilidade para o projeto geral;
4
Lidere de forma eficaz: O S&OP excede os limites da empresa,
podendo ser classificado como força (em alguns momentos) e
ameaças em outros. A gestão do S&OP pela alta direção ou por
líderes estratégicos dos setores-chave poderá fazer a diferença.
O FUTURO DA LOGÍSTICA
O relatório As 8 tendências para o setor logístico em 2020
estabelecem a seguinte provocação: o que deve impactar e
ditar as regras para os segmentos de logística, transporte e
armazenagem do país nos próximos anos?
Segundo esse relatório (elaborado pela empresa Tópico, do
segmento de infraestrutura flexível para armazenagem e
cobertura), certos aspectos podem influenciar os rumos do
mercado: melhor cenário econômico; baixo investimento em
infraestrutura e transporte; ascensão das infraestruturas flexíveis
(galpões modulares revestidos em lona); geração de empregos;
same day delivery ; monitoramento em tempo real; e, por fim,
inteligência e segurança de dados.
Com base em projeções realistas, o estudo apresenta um
panorama do setor brasileiro a partir do contexto
macroeconômico com o objetivo de apontar que tipo de soluções,
de fato, terá aderência.
Há um consenso de que existem algumas tendências para a
logística no futuro. Analisaremos a seguir essas questões de
forma um pouco mais elaborada:
4PL (FOURTH-PARTY LOGISTICS OU
LOGÍSTICADE QUARTA PARTE)
O mercado logístico brasileiro acaba de ganhar um novo player
de inteligência de mercado com a criação do sistema 4PL.
Também chamado de LLP (lead logistics provider ou provedor
de logística líder), o conceito de 4PL é uma evolução da
quarteirização dos serviços terceirizados por conta dos 3PLs
(third-party logistics ) e da responsabilidade pela gestão total do
supply chain do cliente, envolvendo desde a participação do
contratado nas reuniões de planejamento e vendas até a entrega
final dos produtos ao consumidor.
O 4PL responde igualmente pelos indicadores de níveis dos
serviços (SLA, sigla para service level agreement )) prestados.
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INDICADORES DE NÍVEIS DOS
SERVIÇOS
Um acordo de nível de serviço (ANS), contrato de nível de
serviço ou garantia do nível de serviço é um compromisso
assumido por um prestador de serviços perante um cliente.
ENTREGA POR DRONES
Tecnologia inovadora que consiste no uso de aeronaves
portáteis. Com grande dinamismo em suas operações, os drones
têm sido muito usados no setor de entretenimento e em
processos logísticos.
Inicialmente concebidos como um instrumento militar destinado
ao monitoramento do espaço aéreo, os drones foram diminuindo
suas dimensões até ficarem apropriados para o carregamento de
objetos variados. Por alcançarem grandes alturas, chegando a
lugares de diferentes dificuldades, eles têm trazido muitos
benefícios em aplicações diversas.
Os drones são capazes de oferecer benefícios para o gestor
de armazéns e estoques. São ideais para o monitoramento
de operações, a segurança de cargas e o inventário de
estoque. Tais inovações podem reduzir custos e otimizar
processos.
Na entrega de mercadorias, os drones começaram a ser testados
no Brasil recentemente. Alguns podem ser acoplados a câmeras
especiais para escanear itens estocados nos corredores de um
armazém. O movimento é o mesmo feito por uma pessoa quando
utiliza a empilhadeira para fazer a inspeção de estoque.
INTERNET DAS COISAS (IOT)
A internet das coisas tem a capacidade de tornar o chão de
fábrica mais conectado, fazendo com que os processos
industriais como um todo sejam mais bem monitorados. Ela
também permite o estabelecimento de contatos permanentes
entre os caminhoneiros na estrada e as bases logísticas.
As etapas logísticas, por sua vez, passam a ter seus controles
mais precisos, permitindo que o momento e o local das cargas
sejam identificados durante todo o percurso. Dessa forma, todo o
monitoramento é melhorado, aumentando a chance de que falhas
e desvios sejam evitados.
VEÍCULOS AUTÔNOMOS
Anunciados como uma realidade próxima, os veículos chamados
de autônomos são conduzidos sem a interferência de um
condutor humano desde que as questões legais sejam
pactuadas, principalmente aquelas relativas à definição da
responsabilidade criminal.
A subtração do motorista durante a operação de entrega de
mercadorias será um fato determinante na redução de custo
inerente a esse modal de entrega.
ENTREGA ANTECIPADA
Ela foi patenteada pela empresa Amazon com o nome de
anticipatory shipping (entrega antecipada). Seu prazo de entrega
constitui um fator decisivo para o varejo, em especial com o
advento do E-Commerce , já que a diferenciação na entrega se
torna uma vantagem competitiva em um mercado com preços
similares.
O desafio que se apresenta é o seguinte: como entregar os
produtos de compras online de forma confiável e mais rápida? O
modal rodoviário é o mais usado para essa finalidade, mas não é
possível reduzir o tempo consumido no trânsito de um trajeto
com o mesmo veículo, pois é necessário atender a limites de
velocidade e rotas ótimas. Em cidades com altos problemas de
mobilidade, essa situação agrava-se ainda mais.
Para superar essa dificuldade, a Amazon desenvolveu, por meio
de recursos tecnológicos e de IA, esse sistema de entrega
antecipada. Em suma, ele consiste em entregar um produto antes
de o cliente finalizar a compra na loja virtual. Essa inovação
torna-se viável pela utilização de dados dos usuários e de
algoritmos que avaliam o comportamento do consumidor online.
Em outras palavras, estatisticamente é viável prever a
probabilidade de compra de determinados itens, baseando-se em
ações rotineiras dos clientes graças, entre outros fatores
avaliados, ao monitoramento por pesquisas e às compras
anteriores.
Em termos logísticos, assim que é identificada a probabilidade de
compra, o produto é enviado do centro de distribuição onde ele
está localizado para o HUB mais próximo do endereço do
consumidor. Dessa forma, a mercadoria já ficará mais próxima do
destino, o que propicia um menor tempo para a entrega.
Repare que as demais condições de transporte continuam sendo
as mesmas. No entanto, quando o consumidor decidir pela
compra, seu tempo de espera será menor!
Essa inovação possibilita que outras tendências, como, por
exemplo, o same day delivery (entrega no mesmo dia), se
tornem viáveis. Caso o comprador não tenha interesse em
finalizar a compra, não tem problema: o produto poderá ser
enviado a outro potencial consumidor ou para o HUB.
IMPRESSÃO EM 3D
Já faz algum tempo que vemos notícias do uso bem-sucedido de
impressoras 3D em áreas como a medicina, por exemplo.
Entretanto, essa tecnologia também pode ser bem utilizada em
outras.
Uma ideia é permitir que o cliente faça parte do processo
produtivo desde o design do produto. Desse modo, ele será
exatamente aquilo que ele necessita.
Produzir itens semelhantes em locais mais próximos de seu
ponto de uso diminui bastante as distâncias para entregas,
otimizando, desse modo, todo o processo logístico de
distribuição. Além disso, ainda se economiza por não ser mais
necessário manter estoques altos pela rapidez de produção
registrada quando o cliente requer o produto.
Já há quem diga que, com essa tecnologia, cada um terá sua
impressora 3D, sendo a própria “fábrica caseira”. Isso reduzirá
consideravelmente a necessidade da produção em massa e de
distribuição de produtos.
SUSTENTABILIDADE
Trata-se da busca por todo o processo do sistema logístico de
distribuição física mais sustentável.
Para isso, aplicam-se os conceitos da EC (economia circular) e
de ACV (análise ciclo de vida), como, por exemplo, o incentivo à
logística verde reversa ou sustentável, o desenvolvimento de
embalagens mais leves, a subtração de embalagens
intermediárias dispensáveis e feitas a partir de materiais menos
danosos ao meio ambiente e oriundas de fontes mais limpas, a
otimização de rotas para minimizar as emissões atmosféricas
desnecessárias e a escolha por modais de transporte que emitam
menos GEE (gases de efeito estufa). Essas são algumas das
medidas que já estão sendo adotadas com alguma frequência,
embora elas ainda possam ser intensificadas.
ECONOMIA COLABORATIVA
Pautada em pilares da sustentabilidade, a economia colaborativa
se trata de um movimento emergente na sociedade atual, cujo
compartilhamento é considerado um princípio básico.
Nesse modelo de economia, diversos produtos e serviços podem
ser compartilhados. Uma pessoa faz uso dos benefícios do bem,
enquanto outra se beneficia do valor financeiro e/ou social obtido
por esse compartilhamento.
 EXEMPLO
Os marketplaces para logística operam com um sistema em
simbiose. Nele, embarcadores, transportadores e caminhoneiros
testemunham seu crescimento por meio do atendimento às suas
expectativas e pela colaboração entre os negócios. As
tecnologias utilizadas são o machine learning e o Big Data.
Graças a eles, os caminhoneiros conseguem ocupar o frete da
volta, enquanto, em contrapartida, os embarcadores e os
transportadores otimizam suas operações.
Como foi para você conhecer todas essas tendências
associadas aos processos logísticos? Precisamos ficar
atentos a todas essas transformações!
]
Falaremos neste vídeo sobre SCM (supply chain management )
e S&OP (sales & operations planning ), além das tecnologias einovações importantes para o futuro da logística.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. QUANTO AO ATENDIMENTO À DEMANDA,
GERENCIAR OS ELOS ENTRE A EMPRESA
DETENTORA DA MARCA OU DO PRODUTO
PRINCIPAL E AS DEMAIS PARTICIPANTES É O
OBJETIVO DE FORMATAÇÃO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE
INDICA AS QUESTÕES CORRETAS QUE AS
EMPRESAS LÍDERES DEVEM CONSIDERAR
QUANDO RESOLVEM ADOTAR ESSE MODELO DE
CADEIA DE SUPRIMENTOS.
A) Mercado: verticalizar todas as atividades para não perder
oportunidades comerciais por depender de empresas terceiras;
operações: não terceirizar, dividir esforços entre todas as linhas
para o indicador de operações, mesmo que eles aumentem seus
custos lo¬gísticos com atividades de
pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização:
direcionar seus recursos para as atividades principais e
secundárias, reforçando o processo de verticalização.
B) Mercado: terceirizar atividades de baixo valor agre¬gado pelo
consumidor ou aquelas consideradas não afins ao seu negócio
principal; operações: adotando a terceirização, deve-se
concentrar esforços em integrar as operações a fim de aumentar
a oferta de novos produtos e diluir seus custos lo¬gísticos com
atividades de pedidos/estoques/armazenagem/transporte;
organização: direcionar seus recursos para as principais
atividades e atuar em sinergia com seu sistema logístico visando
à eficácia demonstrável por meio de indicadores.
C) Mercado: verticalizar algumas atividades para não perder
oportunidades comerciais por depender de empresas terceiras;
operações: terceirizar parcialmente e dividir esforços entre todas
as linhas para o indicador de operações, mesmo que elas
aumentem seus custos lo¬gísticos com atividades de
pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização:
direcionar seus recursos para as atividades principais e
secundárias, reforçando o processo híbrido de
verticalização/terceirização.
D) Mercado: Comercializar apenas por E-Commerce e não
atender a produtos de baixo valor agregado; operações:
terceirizar todas as atividades, mas não aquelas envolvidas com
empresas parceiras. Fechar contratos de terceirização com
muitas empresas para sempre reduzir os custos de
pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização:
direcionar seus recursos apenas para as atividades de E-
Commerce .
E) Mercado: Comercializar apenas por E-Commerce e não
atender a produtos de baixo valor agregado; operações:
terceirizar parcialmente e dividir esforços entre todas as linhas
para o indicador de operações, mesmo que elas aumentem seus
custos lo¬gísticos com atividades de
pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização:
direcionar seus recursos para as atividades principais e
secundárias, reforçando o processo híbrido de
verticalização/terceirização.
2. CONFORME DISCUTIMOS NESTE MÓDULO, AS
NOVAS TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES
TECNOLÓGICAS ORIGINADAS NA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL 4.0 MIGRARAM, EM SEGUIDA, PARA
O SETOR LOGÍSTICO. CHAMADAS DE LOGÍSTICA
4.0, ELAS SÃO DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA
PARA ESTIMULAR A CONCORRÊNCIA E
PERMITIR QUE A COMPETITIVIDADE REQUERIDA
PARA ESSE MERCADO GLOBALIZADO SE
SUSTENTE. 
 
ENTRE ESSAS TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES,
DESTACAM-SE AS SEGUINTES: 4PL (FOURTH-
PARTY LOGISTICS OU LOGÍSTICA DE QUARTA
PARTE); ENTREGA POR DRONES; INTERNET DAS
COISAS (IOT); VEÍCULOS AUTÔNOMOS;
ENTREGA ANTECIPADA; IMPRESSÃO EM 3D; E,
POR FIM, SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA
COLABORATIVA. 
 
DAS ALTERNATIVAS APRESENTADAS A SEGUIR
(E COM BASE NO RELATÓRIO ELABORADO PELA
EMPRESA TÓPICO), INDIQUE A QUE CONTEMPLA
OS TEMAS RELEVANTES QUE COMPÕEM UM
CENÁRIO ECONÔMICO DE BAIXO INVESTIMENTO
EM INFRAESTRUTURA E TRANSPORTE E QUE SE
RELACIONA COM ALGUMAS DAS TECNOLOGIAS
E INOVAÇÕES CITADAS.
A) Ascensão das infraestruturas flexíveis (galpões modulares
revestidos em lona), geração de empregos, same day delivery
(entrega no mesmo dia), monitoramento em tempo real e
inteligência e segurança de dados.
B) Estabilidade da moeda, incremento da terceirização das
operações logísticas e aplicação de MRP e MRP II.
C) Redução de impostos, capacitação de mão de obra e
aplicação da filosofia just in time .
D) Pressão política para um aumento do valor médio dos fretes,
padronização de processos e aplicação de ferramentas, como,
por exemplo, Kanban e Poka Yoke.
E) Melhoria de acordos com os sindicatos das categorias do
setor, incremento da terceirização das operações logísticas e
aplicação da filosofia just in time .
GABARITO
1. Quanto ao atendimento à demanda, gerenciar os elos
entre a empresa detentora da marca ou do produto principal
e as demais participantes é o objetivo de formatação da
cadeia de suprimentos. Assinale a alternativa que indica as
questões corretas que as empresas líderes devem
considerar quando resolvem adotar esse modelo de cadeia
de suprimentos.
A alternativa "B " está correta.
 
As alternativas incorretas descrevem estratégias equivocadas,
pois elas não possibilitam uma opção eficaz da cadeia de
suprimentos.
2. Conforme discutimos neste módulo, as novas tecnologias
e inovações tecnológicas originadas na Revolução Industrial
4.0 migraram, em seguida, para o setor logístico. Chamadas
de Logística 4.0, elas são de fundamental importância para
estimular a concorrência e permitir que a competitividade
requerida para esse mercado globalizado se sustente. 
 
Entre essas tecnologias e inovações, destacam-se as
seguintes: 4PL (fourth-party logistics ou logística de quarta
parte); entrega por drones; internet das coisas (IoT); veículos
autônomos; entrega antecipada; impressão em 3D; e, por
fim, sustentabilidade e economia colaborativa. 
 
Das alternativas apresentadas a seguir (e com base no
relatório elaborado pela empresa Tópico), indique a que
contempla os temas relevantes que compõem um cenário
econômico de baixo investimento em infraestrutura e
transporte e que se relaciona com algumas das tecnologias e
inovações citadas.
A alternativa "A " está correta.
 
A alternativa correta apresenta os temas relevantes que
compõem esse cenário econômico. As demais citam tópicos
pertinentes à logística, mas não se atêm ao contexto requerido
pela questão.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visitamos neste tema as principais eras históricas que compõem
o processo logístico, desde a reforma agrária até os dias de hoje,
quando a Logística 4.0 já é uma realidade. Para isso, associamos
essas eras aos temas centrais.
Em seguida, analisamos os elementos básicos que compõem o
processo logístico e suas interfaces, discorrendo sobre a
importância do warehouse . Descrevemos os principais sistemas
de distribuição física, categorizando os modelos inbound e
outbound . Também comparamos os diversos modais de
transporte utilizados, apresentando suas principais vantagens e
desvantagens.
Por fim, apresentamos a análise integrada, dando ênfase a dois
processos: SCM (gerenciamento da cadeia de suprimentos) e
S&OP (planejamento de vendas e operações). Destacamos ainda
as principais tendências e inovações tecnológicas já presentes ou
que devem surgir nos próximos anos, estabelecendo de que
forma elas contribuem para a melhoria do desempenho da
logística.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos:
planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2001.
BALLOU, R. H.; YOSHIZAKI, H. Logística empresarial:
transportes, administração de materiais e distribuição física. 4.
ed. São Paulo: Atlas, 1993.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão da
cadeia de suprimentos e logística. 2. ed. Rio de Janeiro:
Campus-Elsevier, 2007.
CASTIGLIONI, B.; PAOLESCHI, J. A. M. Introdução à logística.
São Paulo: Érika, 2017.
CAVALCANTE, H. S.; J. S. O. G.; NIVALDO, K. K. J. L.; SOUZA,
A.; CAMPELLO, M. Uma breve análise sobre a evolução da
logística. In : Simpósio de excelência em gestão e tecnologia.
Associação Educacional Dom Bosco, 2019.
JUNIOR, F. R. L.; CERVI, A. F. C.; CARPINETTI, L. C.

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