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Gestão de Bens Patrimoniais_03

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DEFINIÇÃO
Apresentar os conceitos de gestão patrimonial, ciclo da
administração de recursos patrimoniais, classificação pelas
características dos bens patrimoniais, política de manutenção e
conservação desse bens, programas de quebras zero, inventário,
avaliação de bens e sua depreciação.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos fundamentais da gestão de bens
patrimoniais, suas características e melhores práticas de
gerenciamento, para um bom aproveitamento de todo o seu
potencial de geração de vantagens econômicas para a empresa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir a importância da gestão dos bens patrimoniais e seu
tratamento dentro da empresa
MÓDULO 2
Identificar as classificações de gerenciamento de bens
patrimoniais
MÓDULO 3
Reconhecer as diversas formas de avaliação dos bens
patrimoniais
INTRODUÇÃO
A existência de cinco fatores é essencial para a produção de
qualquer produto: natureza, capital, trabalho e tecnologia, que
serão reunidos por uma empresa, considerado o quinto fator. A
forma pela qual os economistas entendem a empresa está
baseada na interação desses elementos.
Nessa visão, cada um desses elementos tem uma função
específica, gerando uma simbiose que faz com que entrem x
fatores e saiam x+1 produtos, ou seja, que seja gerada riqueza.
Para tais economistas, a natureza é o elemento que fornece os
insumos para a produção, tais como: matérias-primas, materiais
e produtos (insumos), que serão transformados para que surja o
produto final.
O capital será o fator financeiro que possibilitará essa
transformação. Normalmente, ele é representado por máquinas,
equipamentos, prédios, marcas e demais bens patrimoniais
necessários à produção. No capital, estão também o valor do
capital circulante, conceito que engloba todos os valores
dispendidos na compra de materiais que viabilizam a produção.
Temos ainda o trabalho que representa a mão de obra
empregada para a transformação dos materiais fornecidos pela
natureza, utilizando as máquinas e os equipamentos fornecidos
pelo capital.
Por fim, temos a tecnologia que, hoje, se tornou mais um dos
elementos que compõem a empresa e que tem, cada vez mais,
ganhado importância dentro do arranjo produtivo.
TODOS ESSES ELEMENTOS
REUNIDOS FORMAM A EMPRESA,
POIS ESSE É O FATOR QUE OS
INTEGRA DE FORMA HARMONIOSA
PARA A CRIAÇÃO DE VALOR.
Todos esses elementos são importantes para a administração de
uma empresa, mas, neste curso, estudaremos apenas a parte do
capital empregado em bens patrimoniais. Estes serão definidos
como todos os bens da empresa usados para a produção de
outros bens ou serviços que, por sua vez, serão vendidos pela
empresa para a remuneração dos sócios.
 
Fonte: Martine, Campos, 2009.
MÓDULO 1
 Definir a importância da gestão dos bens patrimoniais e seu
tratamento dentro da empresa
GESTÃO DE BENS
PATRIMONIAIS
GESTÃO PATRIMONIAL
É o ramo da administração responsável por gerir o patrimônio da
empresa que será utilizado na produção dos materiais e bens
que gerarão riqueza. Essa gestão é realizada por meio de
planejamento, estruturação de funções, conjunto racional de
técnicas, operações e procedimentos aplicados a esse
patrimônio.
Os bens patrimoniais envolvidos são classificados por suas
características e podem ser agrupados em: tangíveis, intangíveis,
fungíveis, infungíveis, móveis, imóveis etc.
QUAL É A FINALIDADE DO
CONTROLE DO PATRIMÔNIO?
O controle do patrimônio objetiva manter informações fidedignas
dos bens da empresa, a fim de garantir que a contabilidade tenha
pleno conhecimento das condições financeiras de cada um.
É de responsabilidade da administração o controle dos valores
que os bens têm no mercado, dentro da empresa, histórico,
contábil, de uso, bem como o estado de conservação. Isso é o
que fornecerá os documentos hábeis para que a contabilidade
possa fazer esse registro.
O objetivo de toda essa vigilância é garantir que a empresa saiba
qual é o seu valor de capital investido e quanto do seu desgaste
está sendo aplicado ao custo dos produtos vendidos. Essa
informação é essencial para a tomada de decisão da alta
administração da empresa, pois indica se a empresa está tendo
lucro ou prejuízo na venda de seus produtos.
Essa informação pode alterar completamente a estratégia e o
posicionamento da empresa no mercado. Segundo Porter (2005),
o custo é uma das possibilidades de posicionamento de
vantagens competitivas para uma empresa frente ao mercado
competidor, e, em alguns casos, pode representar uma barreira à
entrada de novos competidores.
É IMPORTANTE DIFERENCIAR A
GESTÃO DOS BENS PATRIMONIAIS
DA DE MATERIAIS. ESTA ÚLTIMA
ESTÁ FOCADA NOS MATERIAIS E
BENS QUE SERÃO PRODUZIDOS
PELA EMPRESA E RENTABILIZARÃO
O PATRIMÔNIO DOS SÓCIOS, OU
SEJA, O CONSUMIDOR EXTERNO.
Já a gestão de bens patrimoniais é responsável pelo patrimônio
que servirá para produzir esses bens a serem vendidos, ou seja,
o consumidor interno, tendo como função principal garantir a
conservação e manutenção dos bens da empresa.
O bom gerenciamento dos bens patrimoniais repousa na busca
pela continuidade da empresa, que só é possível se o custo de
produzir estiver sempre baixo o suficiente para que o seu produto
seja competitivo no mercado.
Por isso, a profissionalização dessa gestão é tão importante, já
que pode garantir o controle da depreciação dos equipamentos e
peças, evitando a má qualidade dos produtos produzidos.
Além disso, proporciona uma manutenção adequada dos
equipamentos, verificando os níveis de utilização dos ativos,
identificando os que não estão mais em condições de uso,
mesmo que ainda tenham valor contábil ou vida útil ativa, e
acarretando na inibição de fraudes ou furtos de seus patrimônios.
Manter um gerenciamento sempre atualizado dos bens
patrimoniais garante que os custos de produção fiquem sempre
sobre controle, pois gera informações precisas para a tomada de
decisão.
Não basta iniciar a gestão com todos os dados e informações, é
preciso mantê-los sempre atualizados, escolhendo as melhores
opções de manutenção, tempo de vida útil dos bens e outros
aspectos gerenciáveis.
Conhecer bem os ativos da empresa garante um perfeito
gerenciamento do patrimônio, possibilitando a criação de rotinas
de inclusão de novos bens, tombamento, depreciação, registro de
transferências, baixas e alienações desses bens.
Todo esse trabalho melhorará a gestão geral da empresa,
tornando-a muito melhor. A otimização dessa gestão gerará
grandes vantagens para a empresa, tornando-a muito mais
competitiva.
Ainda no tocante a esse gerenciamento, ele garante orçamentos
mais enxutos, pois existe maior confiabilidade nos equipamentos.
Além disso, os bens patrimoniais que não são mais rentáveis na
produção podem ser vendidos, gerando receitas extras para a
empresa, bem como segurança aos funcionários, uma vez que os
bens estarão mais confiáveis.
Uma gestão de excelência dos bens patrimoniais pode trazer
ganhos para todos e é uma necessidade nos dias de hoje, por
isso a boa classificação e controle devem ser feitos com o
máximo cuidado.
Com o avanço da tecnologia, são aplicadas grandes somas de
capital aos bens patrimoniais. No passado, existiam empresas
que contava com sete funcionários na linha de produção para um
da manutenção. Hoje, já existem empresas em que essa
proporção está igualada, ou seja, para cada funcionário dedicado
à produção, temos outro para a manutenção dos bens
patrimoniais.
Essa condição ocorre porque, com a automatização dos parques
fabris, dos estoques, do transporte interno na fábrica e outras
inovações, a importância da gestão desses bens cresceu em
importância e quantidade.
A importância da boa gestão dos bens patrimoniais ganha maior
relevância quando pensamos em sistemas modernos de
administração da produção, como o just-in-time. Nele, o controle
e o gerenciamento das máquinas e equipamentos dedicados à
produção devem ser muito mais precisos, pois a quebra de um
equipamento pode afetar de formadecisiva toda uma cadeia de
produção, uma vez que existem estoques para compensar essa
falha.
Nesses sistemas, a má gestão é severamente penalizada, pois a
filosofia prega a existência da menor quantidade de estoques
possível para a liberação de capital da empresa e redução do seu
custo de oportunidade.
OUTRA POSSIBILIDADE PARA
EMPRESAS QUE NÃO DOMINAM A
EXPERTISE DO GERENCIAMENTO DE
SEU PATRIMÔNIO É A
TERCEIRIZAÇÃO DESSA FUNÇÃO.
EXISTEM NO MERCADO MUITAS
EMPRESAS ESPECIALIZADAS EM
PRESTAR ESSE SERVIÇO E QUE
GARANTEM UM GERENCIAMENTO
DE QUALIDADE E COM A PRECISÃO
NECESSÁRIA.
Antes de partimos para a análise do ciclo de administração dos
bens patrimoniais, devemos nos ater um pouco mais aos
conceitos apresentados na introdução deste tema.
O QUE É RECURSO?
Segundo Matine e Campos (2009), “recurso é tudo que gera ou
tem capacidade de gerar riqueza, em sentido econômico”.
Essa definição está diretamente ligada à atividade produtiva em
uma empresa e dividida em cinco tipos de recursos, sendo eles:
MATERIAIS
PATRIMONIAIS
HUMANOS
TECNOLÓGICO
MATERIAIS
todos os recursos que fornecem condição para o processo
produtivo;
PATRIMONIAIS
conjunto de bens, valores, direitos e obrigações que pode ser
avaliado monetariamente e que tem relação direta com os
objetivos organizacionais;
HUMANOS
conjunto dos empregados ou dos colaboradores de uma
organização que fornecem o input de produção;
TECNOLÓGICO
o que garante o diferencial, por meio do conjunto de
conhecimento da Organização, em relação à concorrência,
transformando o menor custo ou inovação em uma vantagem
econômica (MARTINE; CAMPOS, 2009).
CICLO DA ADMINISTRAÇÃO
DE RECURSOS
PATRIMONIAIS
A gestão dos bens patrimoniais da empresa compreende desde a
compra dos bens que comporão o patrimônio da empresa até a
sua baixa e alienação, passando pela instalação, manutenção e
identificação sobre a capacidade de gerar de valor econômico
positivo para a empresa.
Isso implica em gerenciar de forma segregada os materiais de
insumos da produção e os bens patrimoniais, pois ambos têm
características e aplicabilidades diferentes, fora a sua
complexidade elevada. Por exemplo, não é possível gerenciar da
mesma forma o metal utilizado para a produção de peças de um
carro e os fornos que fundem metal para a confecção dos blocos
do motor.
Uma característica dos bens patrimoniais é que o que é chamado
de acessório acompanha o principal. Ou seja, o tratamento
gerencial dispensado ao bem principal é o mesmo dispensado ao
acessório, ficando os dois registrados como apenas um nos
controles administrativos.
Para que isso seja compreendido, é necessário identificarmos o
que é bem principal e o que é acessório. O principal é aquele que
existe por si, ou seja, tem existência própria. O acessório é
aquele bem móvel, que, ao ser instalado para uso, passa a fazer
parte do bem principal, ou seja, só existe porque está
incorporado a outro bem.
COMO IDENTIFICAR ESSE TIPO DE
BEM?
Um bem principal é o prédio onde a empresa está instalada. Os
acessórios, por sua vez, são todos os bens instalados de forma
fixa ao prédio, como as tomadas, os lustres etc.
Ainda sobre o tópico, temos um tipo de bens acessórios
conhecido como pertenças. Estas incorporam o principal, mas
têm a função específica de uso, serviço ou aformoseamento.
 EXEMPLO
Por exemplo, ao comprar um apartamento, é de costume
apresentá-lo no momento da aquisição com todos móveis e
eletrodomésticos, porém, ao tomar posse e mora do
apartamento, os móveis utilizados como um recurso de layout
não fazem parte da venda (MARTINS; CAMPOS, 2009).
FABRICAÇÃO DO BEM
PATRIMONIAL
Uma das opções de aquisição dos bens patrimoniais para a
empresa é por meio da sua fabricação. Esse tipo de aquisição
pode ser realizada por qualquer parte integrante da empresa.
Como é a própria empresa que produz o bem, não é necessário
documento específico para o seu registro junto ao patrimônio da
empresa.
Para que o bem seja precificado e possa ser ativado, temos dois
métodos:
A UTILIZAÇÃO DO CUSTO DE
PRODUÇÃO
É, geralmente, aceito pela Receita Federal para o registro do
valor do bem ativado e gera menor custo alocado à produção ao
longo do tempo, aumentado, assim, o lucro futuro da empresa;
PREÇO DE MERCADO DO BEM
Aqui, a empresa reconhece um lucro pela produção do bem no
presente, mas diminui o lucro futuro, pois terá um maior custo
alocado aos produtos produzidos. É mais usado pelo controle
gerencial, pois gera um custo do produto vendido mais próximo
do que realmente ocorreria se a empresa estivesse comprado o
bem no mercado.
QUANDO O BEM É PRODUZIDO
INTERNAMENTE, NÃO É
NECESSÁRIO UM DOCUMENTO
FORMAL, COMO A NOTA FISCAL OU
UM CONTRATO DE COMPRA E
VENDA PARA QUE ELE SEJA
INCORPORADO AO PATRIMÔNIO DA
EMPRESA.
Isso acontece porque, quando se opta por reconhecer o bem
patrimonial pelo custo de produção, a Receita Federal, no
Regulamento do Importo de Renda (RIR), em seu artigo 356,
garante que esses gasto podem ser depreciados ou amortizados,
quando bens intangíveis, ao longo do tempo de uso, seguindo as
regras de padrões fixados pelo próprio regulamento.
Nesse custo de produção, serão incluídos todos os insumos
utilizados, a mão de obra empregada, os custos indiretos como
eletricidade, depreciação das instalações fabris e outros
relacionados à produção do bem a ser ativado.
Toda essa informação é muito importante para a administração e
para o gestor de bens patrimoniais, pois pode influir em sua
decisão de produzir o bem internamente ou comprá-lo no
mercado, quando for possível.
COMPRA DE BEM
PATRIMONIAL
Quando a decisão é pela compra do bem, algumas etapas
precisam ser vencidas até que ele seja incorporado ao patrimônio
da empresa.
Essas etapas, diretamente relacionadas com o gerenciamento
dos bens patrimoniais, são: identificação do fornecedor, escolha
do método de aquisição, se compra, leasing, ou outra
modalidade, recepção, e, por fim, a inclusão no ativo ou
tombamento do bem — que é a etapa final do processo de
incorporação deste ao patrimônio da empresa ou do patrimônio
público, onde o termo “tombamento” é normalmente utilizado.
IDENTIFICAR O FORNECEDOR É UMA
DAS ETAPAS MAIS IMPORTANTE
NESSE PROCESSO.
Após a administração identificar a necessidade da aquisição,
atendendo ao plano de negócios estabelecido, ela envia essa
decisão para que a engenharia projete e identifique todas as
características necessárias ao bem para atender as
especificações determinadas pela administração.
COM TODAS ESSAS INFORMAÇÕES
E DECISÕES EM MÃOS, O PESSOAL
DO PATRIMÔNIO IDENTIFICARÁ OS
POSSÍVEIS FORNECEDORES QUE
ATENDAM ÀS ESPECIFICAÇÕES
TRAÇADAS PELA ENGENHARIA.
Esse processo pode levar um bom tempo, pois se trata de uma
decisão estratégica muito importante. Alguns bens patrimoniais
podem envolver vultosas somas de capital, necessitando, muitas
vezes, de financiamentos de grande monta e até financiamentos
externos ao país de origem da empresa.
 EXEMPLO
Exemplo: Quando uma empresa, como a Petrobrás, resolve
comprar uma nova plataforma de extração de petróleo — bem
que será incorporado ao seu capital, por ser patrimonial — pode
levar mais de um ano no planejamento e no ato da compra.
Ela pode precisar de financiamentos de organizações
internacionais, pois dificilmente conseguirá uma empresa
nacional que terá a capacidade de fazê-lo. Assim, poderá ser
realizado por organismos governamentais, por se tratar de
interesse nacional.
Do processo de planejamento até a tomada de decisão, a
responsabilidade é da administração da empresa. Normalmente,
o setor de patrimônio se envolve no processo a partir do
momento da procura do fornecedor. No entanto, desse ponto em
diante, a responsabilidade da compra, recebimento, instalação e
manutenção ficam a cargo do departamento de gestão de bens
patrimoniais em parceria com o setor de compras na primeira
etapa.
A RECEPÇÃO E INSTALAÇÃO DE UM
BEM PATRIMONIAL É MUITO
IMPORTANTE. ESTE PODERÁ SER
CONSIDERADOCOMO DEPRECIÁVEL
SOMENTE QUANDO ESTÁ À
DISPOSIÇÃO DA PRODUÇÃO PARA
COMEÇAR A PRODUZIR. PARA QUE
UM BEM SEJA INCORPORADO AO
PATRIMÔNIO DA EMPRESA, PRECISA
SER ACOMPANHADO DE
DOCUMENTOS FISCAIS
APROPRIADOS, SENDO O MAIS
COMUM DELES A NOTA FISCAL.
Ela é a garantia de origem do bem e indica o valor-base a ser
registrado nos controles da empresa. A este são somados todos
os custos que a empresa teve para a sua colocação no local de
produção, como fretes, impostos e despesas de instalação, entre
outros custos relacionados especificamente ao bem e à sua
instalação inicial.
Outro ponto importante a ser considerado é que os custos de
manutenção durante o uso de um bem não serão incorporados
ao custo depreciável, exceto se este modificar sua a vida útil ou
se for melhorado de alguma forma, aumentando a sua
capacidade de produção.
Um exemplo é quando fazemos um upgrade em uma máquina e
ela passa a produzir 10% a mais que antes. Esse é um caso em
que o custo do upgrade será incorporado ao valor depreciável do
equipamento. Se essa alteração for apenas decorrente de falha
no equipamento ou não representar nenhum ganho de
produtividade, ela deve ser considerada como custo de
manutenção e lançada diretamente como custo do mês/ano em
que ocorrer.
javascript:void(0)
UPGRADE
Processo em que as funcionalidades de um bem são
melhoradas de alguma forma sem que haja mudança em sua
essência.
ALÉM DA COMPRA IMEDIATA,
EXISTEM OUTRAS MANEIRAS DE SE
INCORPORAR UM BEM À PRODUÇÃO
DE UMA EMPRESA. UMA DESSAS
MODALIDADES É O LEASING, OU
SEJA, O ARRENDAMENTO, QUE
PODE SER FINANCEIRO OU
OPERACIONAL.
Cada um desses métodos tem um tratamento diferente no
registro do bem e em sua gestão financeira. A gestão física
pouco difere de um bem próprio da empresa, pois estes terão de
receber manutenção e ter seus valores de custo analisados
periodicamente para determinação de sua viabilidade econômica.
O arrendamento financeiro é o mais comum entre os dois
métodos de arrendamento. Um banco ou a própria empresa
produtora do bem o arrenda para a empresa que o está
incorporando ao seu patrimônio, apesar de ainda não ser a sua
dona.
 
Fonte: totojang1977/Shutterstock
Essa empresa que faz o arrendamento é chamada de
arrendatária, e é a verdadeira dona do bem. No entanto, como
o domínio e as vantagens do bem são passados para a empresa
arrendadora, este é registrado como se fosse dela.
Esse processo está ancorado no fato de que, ao final do contrato,
a empresa que arrendou o bem tem o direito de comprá-lo por
um valor previamente acordado. Esse modelo de arrendamento é
muito utilizado nas empresas de aviação, pois todos os seus
aviões são contratos de arrendamento, leasing, com as empresas
que fabricam os aviões.
Isso acontece porque o valor para a compra de uma aeronave é
muito elevado e a empresa aérea não teria como bancar todo o
investimento para ter os aviões, por isso, ela os divide com a
empresa construtora dos aviões e, muitas vezes, com fundos de
investimento, como forma de compartilhar o risco do negócio.
Já o arrendamento operacional é bem menos utilizado, mesmo
figurando em nosso arcabouço jurídico. Nessa modalidade, os
direitos e benefícios do bem não são totalmente transferidos para
a arrendadora, pois a proprietária terá forte ingerência sobre a
forma como o bem será administrado, seu tempo de uso, sua
forma de manutenção e outros aspectos inerentes a ele.
 EXEMPLO
Um exemplo é quando uma empresa faz o arrendamento e
oferece também a instalação, manutenção, troca em caso de
quebra ou gerenciamento da produtividade do equipamento. Isso
acontece muito com contratos de máquinas de xerox.
O bem é levado até a empresa que o utilizará, sendo
disponibilizado para o seu uso interno, mas todo o processo de
manutenção e demais problemas são resolvidos pela empresa
arrendatária. Em alguns casos, até o abastecimento da máquina
é oferecido como um serviço externo.
 ATENÇÃO
Um ponto importante a ser considerado no arrendamento é que
— à diferença do aluguel — o equipamento, mesmo não sendo
da empresa, é registrado em seu patrimônio e sua compra é
facultada ao final.
No aluguel, essa possibilidade de compra ao final não existe e o
contrato, normalmente, é por 30 meses, e — após esse prazo —
se não repactuado, passa a valer com prazo indeterminado em
casos de imóveis.
No casso do arrendamento, o prazo final é sempre
predeterminado desde o momento da contratação. Vale ressaltar
que a essência da transação comercial é superior à da forma
contratual, ou seja, vale a realidade e não o que está escrito no
contrato.
Ainda sobre arrendamento, temos a modalidade de leaserback,
que se configura quando o cliente compra o bem e, em uma
transação subsequente, o revende para o arrendatário, que o
arrenda para o primeiro comprador. Esse método é muito usado
por fundos de investimento que passam a ter a garantia do seu
investimento, o patrimônio arrendado.
No caso de bens como imóveis, estes podem ser novamente
arrendados em caso de quebra de contrato pelo primeiro
arrendador.
Por último, temos a figura da doação. Por qualquer razão, uma
empresa recebe uma doação de um bem que será incorporado
ao seu patrimônio como bem patrimonial. Este deve ser
registrado em seus controles, inclusive na contabilidade.
A FORMA CORRETA DESSE
REGISTRO PARA CONTROLE É SUA
INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO,
PELO SEU VALOR DE MERCADO OU
POSSÍVEL GANHO FUTURO QUE IRÁ
PROPORCIONAR, E SUA
CONTRAPARTIDA COMO RECEITA
DO PERÍODO EM QUE FOI DOADA.
A forma correta de recebimento dessa doação é, quando
possível, por nota fiscal de doação, mas quando esse
procedimento não ocorre, deve ser gerado um termo ou contrato
de doação, que serve de documento hábil para reconhecimento
do objeto pela gestão de bens patrimoniais.
 
Gorodenkoff / Shutterstock
A última etapa do processo de compra de um bem patrimonial é o
seu recebimento, seguido da verificação de conformidade com as
especificações desenhadas pela engenharia e a instalação.
Existem bens que não necessitam de instalação ou que esta é
feita pelo próprio comprador, como no caso de máquinas e
equipamentos simples.
Todavia, há aqueles no qual seu custo de compra está, em
grande parte, centrado exatamente no processo de instalação.
Um exemplo desse tipo de bem são os estoques automatizados,
em que suas estruturas são a base para a construção do prédio.
Nesses casos, é interessante que os gestores tenham
conhecimento de todos os aspectos que envolvem a compra e a
instalação do bem, para que possam fazer a melhor escolha.
Dentro dessa modalidade de bens que dependem de instalação
para seu completo recebimento, temos os produtos que são
desenvolvidos exclusivamente para a empresa, como alguns
robôs de linha de montagem, em que a recepção do produto
acontece ao final do processo de instalação, quando este está
apto para o uso.
Isso ocorre, também, com produtos intangíveis como softwares,
pois a entrega física pode ser um DVD contendo os códigos que
formam o programa, ou mesmo não havendo entrega física.
Nesses casos, é necessária uma auditoria de conformidade para
que o produto seja considerado entregue, com testes para saber
se todas as funções contratadas estão em correta operação e em
conformidade com o projeto que foi comprado.
Na recepção dos bens físicos, estes, normalmente, recebem
códigos de identificação que serão a base para o seu controle ao
longo do tempo. Esses códigos eram colocados em plaquetas e
esse processo recebia o nome de emplaquetamento. Hoje, são
usados códigos de barras, para que a leitura seja realizada de
forma automática por meio de aparelhos de leitura móveis.
Vemos também o emprego de tecnologias com QRcode e RFID
na busca de automatização do processo de controle dos bens
patrimoniais.
EMPLAQUETAMENTO
Ato de colocar uma identificação em um bem patrimonial, que
consiste em uma numeração previamente codificada, ou seja,
construída a partir de um padrão desenvolvido paradiferenciar os diversos grupos de bens patrimoniais em uma
empresa.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
QRCODE
Padrão de códigos de leitura eletrônica que pode conter
diversas informações sobre o bem no qual funciona como
plaqueta de identificação. Ele pode ainda remeter a algum
site ou banco de dados com capacidade infinita de armazenar
informações sobre o bem em análise.
RFID
Sistema de leitura a distância de informações baseado em
tecnologia de rádio que pode monitorar objetos em
movimentação, dependendo de sua capacidade e alcance.
Essa busca de aprimoramento dos meios de controle é constante
e busca aumentar a eficiência dos processos e torná-los cada
vez menos custosos para a empresa, além de aumentar a
segurança dos bens patrimoniais da empresa, principalmente os
de grande valor.
BAIXA DO BEM
Os bens patrimoniais que não serão mais utilizados para a
produção devem ser baixados do patrimônio imobilizado da
empresa. Isso quer dizer que o equipamento deve ser retirado
dos registros dos bens em uso, com todas as implicações para a
produção e para o custo da mesma, sendo alocado em controles
apartados.
Esse procedimento torna a gestão dos bens patrimoniais muito
mais efetiva, pois garante que os custos dos produtos não sejam
distorcidos por levarem em seus valores custos que não estão
diretamente relacionados com eles.
Toda essa postura garante à empresa a possibilidade de
capitalizar o equipamento que ainda tem valor no mercado por
meio de sua venda, ou mesmo desocupando espaço por meio da
doação desses bens a instituições ou venda como sucata.
Para a empresa, esse bem não mais usado na produção pode
garantir um ganho extra de recursos, deixando de ter parte de
seu capital investido e gerando um ganho de oportunidade.
A VENDA OU ALIENAÇÃO DE UM
BEM PATRIMONIAL PELA EMPRESA
É UM PROCEDIMENTO
RELATIVAMENTE SIMPLES, NO
ENTANTO, DEVEM SER
CONSIDERADOS TODOS OS CUSTOS
QUE ISSO PODE IMPLICAR. OS
CUSTOS DE DESMONTAGEM,
TRANSPORTE E OUTROS VALORES
GASTOS TAMBÉM DEVEM SER
CONSIDERADOS.
Como procedimento operacional, deve-se retirar a placa ou
identificação do bem dentro do patrimônio da empresa e seu
registro de ser baixado de forma correta para que não haja
distorções posteriores dos registros de bens.
Outro procedimento importante é que nenhum bem da empresa
deve sair sem nota fiscal, mesmo que seja uma doação. Nesse
caso, devem ser construídos termos de doação ou contrato de
doação, principalmente quando esses são doados para entes
com natureza jurídica de direito público, como ONGs.
Mesmo quando um bem é vendido como sucata, a nota fiscal
deve ser emitida, pois ela garante sua origem e evita possíveis
problemas com a Receita Federal ou outros órgãos de
investigação.
O equipamento da empresa também necessitar de baixa por
roubo ou extravio. O documento hábil para essa baixa é o
boletim de ocorrência lavrado junto à autoridade competente.
Isso garante aos acionistas a lisura dos gestores e concede às
autoridades competentes a oportunidade de investigarem a
ocorrência.
Temos ainda a baixa por sinistro ou avaria, quando o
equipamento é de alguma forma inutilizado por evento não
controlável pela empresa. Para esses casos, as empresas
costumam ter seguro, pois esse tipo de ocorrência pode
inviabilizar, inclusive, a continuidade da empresa.
 EXEMPLO
Um exemplo disso é que, durante o furação Katrina, uma
empresa de componentes químicos para a indústria farmacêutica
foi gravemente atingida, não podendo mais voltar a operar em
curto espaço de tempo. Como ela era fornecedora quase
exclusiva de alguns insumos básicos para outras empresas do
setor, toda a cadeia de produção foi afetada.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. (QUADRIX, 2017- ADAPTADA) A GESTÃO DO
PATRIMÔNIO, MAIS ESPECIFICAMENTE A
GESTÃO DO ATIVO IMOBILIZADO, NA MAIORIA
DAS ORGANIZAÇÕES, É FEITA POR UMA
UNIDADE ORGANIZACIONAL CUJA FUNÇÃO É
_________, _________ E __________ OS BENS
CONSIDERADOS COMO IMOBILIZADOS E,
PORTANTO, PASSÍVEIS DE DEPRECIAÇÃO.
A) Listar, fazer a manutenção, inverter.
B) Registrar, controlar e codificar.
C) Listar, registrar, desenhar.
D) Controlar, reverter, listar.
2. (FUNCERN, 2019) O ATO DE INSCREVER O BEM
NO REGISTRO PATRIMONIAL, COM A
CONCOMITANTE AFIXAÇÃO DO RESPECTIVO
CÓDIGO NUMÉRICO, MEDIANTE PLAQUETA,
GRAVAÇÃO, ETIQUETA OU QUALQUER OUTRO
MÉTODO ADEQUADO ÀS SUAS
CARACTERÍSTICAS, REFERE-SE AO:
A) Inventário
B) Impairment
C) Goodwill
D) Tombamento ou incorporação do bem patrimonial.
GABARITO
1. (Quadrix, 2017- adaptada) A gestão do patrimônio, mais
especificamente a gestão do ativo imobilizado, na maioria
das organizações, é feita por uma unidade organizacional
cuja função é _________, _________ e __________ os bens
considerados como imobilizados e, portanto, passíveis de
depreciação.
A alternativa "B " está correta.
 
O departamento de gestão dos bens patrimoniais tem, entre
outras funções, a de registar os bens patrimoniais adquiridos pela
empresa, controlar esses bens, determinado a forma como serão
feitos a manutenção e seu acompanhamento, além do controle
da depreciação e do estado desse bem, e desenvolver uma
codificação padrão para os bens que estão sobre seu controle.
2. (Funcern, 2019) O ato de inscrever o bem no registro
patrimonial, com a concomitante afixação do respectivo
código numérico, mediante plaqueta, gravação, etiqueta ou
qualquer outro método adequado às suas características,
refere-se ao:
A alternativa "D " está correta.
 
A última etapa da compra de um bem patrimonial é seu
tombamento ou incorporação ao patrimônio imobilizado da
empresa. A palavra tombamento é, normalmente, utilizada em
relação a bens patrimoniais de órgãos públicos, mas pode ser
utilizada de forma similar nas empresas privadas, não sendo
essa uma prática comum.
MÓDULO 2
 Identificar as classificações de gerenciamento de bens
patrimoniais
CLASSIFICAÇÃO DE BENS
PATRIMONIAIS
Esta etapa é uma muito importante para a sua boa gestão.
Podemos classificar os bens patrimoniais levando diversos
fatores em consideração e para funções bem diferentes dentro da
organização da empresa.
Uma das premissas para a classificação é a situação do bem.
Aqui, eles podem ser listados como: bons, ociosos, recuperáveis,
antieconômicos ou irrecuperáveis. Cada classificação receberá
um tipo de tratamento pela gestão de bens patrimoniais.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
PELA SITUAÇÃO PATRIMONIAL
DO BEM
Os bens patrimoniais classificados como bons são aqueles em
condições de uso normal, ou seja, estão sendo utilizados pela
produção e compõem os registros de bens ativados e
imobilizados. Um exemplo são as máquinas utilizadas em uma
estamparia de peças em uma fábrica de veículos.
OCIOSOS
Os classificados como ociosos são aqueles em condições de
serem utilizados pela produção, mas que não estão em atividade,
por questões externas à sua constituição ou condição. Um
exemplo são as máquinas não utilizadas de linhas de produção,
pois a empresa não tem demanda para os produtos produzidos
por elas.
Outro exemplo é quando a demanda de um certo produto está
abaixo da programada, e parte das máquinas não está sendo
usada, pois existe produção apenas para um equipamento
daquele modelo.
RECUPERÁVEIS
Os bens classificados como recuperáveis são aqueles que, por
algum tipo de defeito ou avaria, não estão sendo utilizados pela
produção. Esse tipo de classificação implica considerar que o
bem pode ser recuperado a um custo financeiramente viável, e
que sua necessidade e geração de receitas viabilize o custo do
conserto.
Esse tipo de classificação também deve levar em conta se o bem
pode ou não ser substituído por um novo, sendo esta decisão
baseada no cálculo de custo/benefício.
ANTIECONÔMICOS
Os bens patrimoniais classificados como antieconômicos são
aqueles cujo custo de mantê-los em operação é superior aos
ganhos econômicos que irá gerar. Esse cálculo deve considerar
tanto o custo de depreciação, quandohouver, quanto os de
manutenção e de oportunidade de um equipamento novo e mais
moderno.
A SOMA DESSES CUSTOS DEVE SER
MENOR QUE OS GANHOS
ECONÔMICOS GERADOS PELA
UTILIZAÇÃO DESSE BEM
PATRIMONIAL NA PRODUÇÃO.
O custo de oportunidade deve levar em consideração os ganhos
de produção e o custo de compra de um equipamento novo para
substituir o que está sendo avaliado. Essa avaliação deve ter a
menor periodicidade possível, pois a condição pode mudar,
rapidamente, de “bom” para “antieconômico”.
 EXEMPLO
Um exemplo desse tipo de ocorrência é quando surge um nova
tecnologia que torna a produção muito mais eficiente e com um
custo muito inferior. Esse fato ocorreu com uma empresa de
vidros que projetou e construiu uma enorme fábrica com
tecnologia em que os fornos de produção só produziam vidros de
uma bitola, que depois eram laminados na espessura que o
cliente necessitava.
Naquele ano, foi desenvolvida uma tecnologia em que os fornos
já produziam os vidros nas bitolas dos pedidos dos clientes,
reduzindo, assim, a necessidade de laminação.
A fábrica que entraria em operação tornou-se obsoleta, pois os
custos de produzir o vidro com aquela tecnologia tiravam a
empresa do mercado internacional.
Por fim, os bens classificados como irrecuperáveis são aqueles
cujas avarias não podem ser sanadas ou o custo para tal é maior
que os ganhos econômicos advindos de sua utilização.
Essa condição pode ocorrer após uma simples quebra quando o
bem já está desgastado ou quando uma máquina nova tem seu
custo muito reduzido. Esse tipo de classificação, quando
tratamos de bens patrimoniais de pequeno valor, ocorre de forma
frequente.
 EXEMPLO
Um exemplo de material classificado como irrecuperável é uma
parafusadeira manual com defeito. Pelo valor reduzido de compra
no mercado, quando quebra ou quando sua bateria perde a
função de reter carga, o custo de manutenção inviabiliza esse
processo, e a substituição, nesse caso, é menos custosa.
CLASSIFICAÇÃO PELAS
CARACTERÍSTICAS DOS BENS
PATRIMONIAIS
Quando são classificados considerando as suas características
intrínsecas, podemos agrupá-los como móveis versus imóveis,
tangíveis versus intangíveis e fungíveis versus infungíveis.
Essas classificações influenciarão a forma como os bens
patrimoniais serão geridos na empresa, pois quando olhamos
para um bem infungível, não podemos substitui-lo por outro
similar devido à exclusividade de suas características.
Aqui, iniciaremos definindo os bens móveis e imóveis:
MÓVEIS
são aqueles que, em essência, podem ser transportados de uma
localidade para outra sem perda de suas características;
IMÓVEIS
são aqueles que, em essência, não podem ser deslocados sem
que suas características sejam perdidas. Juridicamente, eles
podem ser divididos conforme mostra a figura a seguir, mas seu
tratamento na gestão de bens patrimoniais segue, normalmente,
o mesmo padrão.
Um exemplo de bens patrimoniais móveis são os veículos de
uma empresa de transporte, e os bens imóveis dessa mesma
empresa são os prédios onde os veículos são guardados quando
não estão em uso.
Veja, a seguir, uma figura que ilustra os tipos legais de bens
imóveis:
 
Agora, veja uma figura que ilustra os tipos de bens móveis:
 
QUANDO CLASSIFICAMOS OS BENS
PATRIMONIAIS DE UMA EMPRESA
COMO TANGÍVEIS OU INTANGÍVEIS
SEPARANDO-OS NO QUE TANGE A
TEREM CORPO FÍSICO OU NÃO.
BENS PATRIMONIAIS TANGÍVEIS
são aqueles que, essencialmente, têm um corpo físico. Por
exemplo, as máquinas e os equipamentos da empresa que serão
utilizados para a produção dos bens que rentabilizarão o capital
dos sócios.

BENS INTANGÍVEIS
são aqueles que podem trazer ganhos patrimoniais à empresa,
têm valor econômico mensurável e não possuem corpo físico.
Por exemplo, as marcas e patentes que a empresa possui e que
ajudarão a aumentar as suas vendas ou o valor agregado dos
seus produtos.
OUTRA FORMA DE
CLASSIFICARMOS OS BENS
PATRIMONIAIS DE UMA EMPRESA É
NAS CATEGORIAS DE FUNGÍVEIS OU
INFUNGÍVEIS.
BENS FUNGÍVEIS
São aqueles que podem ser substituídos por bens da mesma
espécie, qualidade e quantidade, conforme definido no artigo 85
do Código Civil. Por exemplo, uma máquina simples de parafusar
pode ser substituída de forma muito rápida por outra da mesma
espécie, qualidade e na mesma quantidade.
 
autor/shutterstock BEM INFUNGÍVEL
É aquele que não pode ser substituído por um bem igual em
espécie, qualidade e quantidade, por exclusão do Código Civil.
Por exemplo, uma marca muito forte no mercado, como a Coca-
Cola, que possui características particulares, não pode ser
substituída por outra, pois esta não terá a mesma qualidade para
a geração de receitas da anterior.
 
autor/shutterstock
POR FIM, TEMOS ALGUNS BENS
PATRIMONIAIS QUE POSSUEM
CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
QUE OS IDENTIFICAM DE FORMA
ESPECÍFICA, RECEBENDO
CLASSIFICAÇÕES ESPECIAIS PARA
UM MELHOR AGRUPAMENTO.
Um exemplo disso são os bens patrimoniais classificados como
semoventes, ou seja, que possuem movimentação própria,
como os animais domesticados. As matrizes de reprodução de
gado de corte ou leiteiro em uma fazenda são um exemplo típico.
Outro exemplo de classificação especial de bens patrimoniais são
os financeiros, definidos como bens não corpóreos,
representando os investimentos que a empresa tem em outras
empresas ou no mercado financeiro acionário.
Neste tema, esses bens não serão tratados, pois são
administrados de forma segregada dos outros bens patrimoniais
da empresa, em geral, por gestores financeiros especializados.
POLÍTICA DE MANUTENÇÃO
E CONSERVAÇÃO DOS BENS
PATRIMONIAIS
A conservação e a manutenção dos bens patrimoniais são as
tarefas que mais ocupam a gestão do patrimônio de uma
empresa. Cada vez mais, principalmente em sistemas mais
modernos de gestão da produção, a opção pela manutenção
preventiva é considerada uma vantagem na diminuição dos
custos de produção.
Isso acontece porque, quando aumentam as manutenções
preventivas, ocorre uma diminuição das corretivas, diminuindo as
paradas não programadas da produção e possíveis atrasos nos
cronogramas de produção.
 
Fonte: ysuel/Shutterstock
A política de manutenção de um parque fabril deve ser projetada
para atender às suas necessidades, observando as suas
características. Para a tomada dessa decisão, é necessário
conhecer os gastos que envolvem todo esse processo, sendo
eles: o custo de manutenção em caso de quebra, o custo que
será gerado pelo atraso na produção por conta do equipamento
em manutenção e o custo da manutenção preventiva.
O custo da correção do equipamento e o da não produção são
somados e representam a opção pelo não planejamento, ou seja,
são todos os custos decorrentes da quebra do equipamento.
Esses custos não podem ser determinados com precisão, por
isso, busca-se a faixa em que esses custos serão o mínimo
possível. Esse ponto mínimo é quando o custo de fazer a
manutenção preventiva se encontra com o custo de uma eventual
quebra dos equipamentos.
Como exibido nas curvas a seguir, esse é o ponto em que o custo
total se torna o menor, sendo esse o objetivo da política de
manutenção de uma empresa.
 
Fonte: Martins e Campos, 2009.
Como nosso objetivo é minimizar os custos gerais da empresa, é
muito importante alcançar esse mínimo na manutenção dos bens
patrimoniais.
Os principais gastos ligados à manutenção preventiva são: custo
da mão de obra interna, dos materiais empregados nessa
manutenção, dos sistemas informacionais da empresa, de
serviços externos à empresa, de terceiros, e da existência de
materiais em estoque para a substituição durante as
manutenções.
 ATENÇÃO
Todos esses custos devem ser considerados durante o
planejamento da frequência e da forma de manutenção
preventiva do parque fabril.
Em contraponto aos custos de uma manutenção preventiva,
temos os de manutenção corretiva, que são: possível perda de
produção por paradas para manutenções não programadas, de
equipamentos inteiros em algunscasos, devido à deterioração
pela impossibilidade do controle de certas especificações.
 EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar o revestimento de fornos de fusão
de metais, perda de qualidade nos produtos produzidos por
questões relacionadas a falhas no processo não detectadas a
tempo de serem corrigidas.
Além desses custos, temos ainda os de interrupção da produção
e da imposição de multas contratuais por atrasos, além da perda
de clientes em última instância.
PROGRAMAS DE QUEBRAS
ZERO
Com o desenvolvimento dos sistemas integrados de produção, a
busca por acabar com os estoques levou as empresas a
melhorarem seus processos de produção.
 Forte em Saint Tropez ao por do sol
Para que os estoques sejam mínimos, ou mesmo zerados em
alguns casos, é necessário que os equipamentos de produção
sejam confiáveis. Com essa premissa, a política de manutenção
chamada de quebra zero foi desenvolvida.
ESSA FORMA DE ENCARAR A
MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
LEVOU OS GESTORES A
CONSIDERAREM A POSSIBILIDADE
DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
COMO UMA FERRAMENTA
ESSENCIAL PARA O ALCANCE
DESSE OBJETIVO.
Um programa chamado Total Produtive Maintenance (TPM), ou
Manutenção Produtiva Total, foi desenvolvido abrangendo um
conjunto de atividades voltadas para a manutenção e melhoria da
produtividade dos bens patrimoniais utilizados no parque fabril.
Esse programa visa assegurar que a produção não será
interrompida por conta da quebra de um equipamento.
POR ESSES MOTIVOS, UMA
POLÍTICA DE MANUTENÇÃO É TÃO
IMPORTANTE EM UMA EMPRESA.
Além da própria manutenção, devem ser levados em conta certos
aspectos, como um parque fabril com mais máquinas de menor
carga de uso, treinamento específico para os operadores voltado
para o relato e a manutenção apropriada de pequenos consertos
aos equipamentos, e um projeto robusto de todo o processo
produtivo.
Para o alcance desses objetivos, podem ser usados softwares
dedicados ao controle e planejamento de programas, como o
TPM a ser implantado em uma empresa.
Martins e Campos (2009) trazem o seguinte exemplo da
implementação de um sistema TPM na fábrica da Pirelli em Izmit,
Turquia.
EM MENOS DE UM ANO, EFEITOS
TANGÍVEIS COMEÇAVAM A SURGIR
NO RESULTADO FINAL E NA
EFICIÊNCIA DA FÁBRICA, COM UM
AMBIENTE MUITO MAIS LIMPO,
REDUÇÃO NAS PARADAS DAS
MÁQUINAS, MELHORA DOS
PROCESSOS PRODUTIVOS E MAIOR
EFICIÊNCIA. ASSIM, HOJE, A PIRELLI
INCLUI PRATICAMENTE TODAS AS
SUAS FÁBRICAS NO PROGRAMA
TPM.
Martins e Campos (2009).
Qualquer sistema moderno de manutenção preventiva está
centrado na palavra “disponibilidade” e tem por objetivo básico
atender bem ao cliente interno, vinculado ao sistema de produção
da empresa.
 
Fonte: Zapp2Photo/Shutterstock
 Forte em Saint Tropez ao por do sol
Há algum tempo, a postura da manutenção era apenas reativa.
Com a mudança, duas alternativas de postura de
conservação surgiram, sendo uma preventiva ou periódica, e a
outra, preditiva ou monitorada.
 
Zapp2Photo/shutterstock
Na primeira, as manutenções são marcadas de forma rotineira,
em intervalos constantes. Peças e ferramentas são trocadas de
forma periódica, normalmente obedecendo às especificações dos
fabricantes.

 
Aunging/shutterstock
Na segunda, os equipamentos são monitorados por sensores
ligados a sistemas de Tecnologia da Informação (TI), que
controlam a capacidade e longevidade dos equipamentos
disparando alertas quando estes estão próximo ao colapso.
Esse sistema tem a restrição de possuir um custo muito elevado,
inviabilizando o seu uso em todos os equipamentos da empresa
e são, normalmente, usados apenas em equipamentos que
representam gargalos ou pontos sensíveis da linha de produção.
INVENTÁRIO
O inventário dos bens patrimoniais é um processo que acontece,
no mínimo, anualmente. Essa obrigação de fazê-lo todo ano
existe por conta do balanço patrimonial da companhia, que deve
ter seus bens inventariados pelos gestores de bens patrimoniais
e informados à contabilidade, para que esta proceda a possíveis
ajustes em seus registros, por conta de alguma inconsistência
existente.
As auditorias interna e externa fazem a conferência desse
inventário durante seus trabalhos anuais de opinião sobre o
balanço da empresa. Qualquer inconsistência ou mudança de
critério de gestão será informado nas notas explicativas do
balanço patrimonial da empresa.
MAS O QUE É O INVENTÁRIO DE
BENS PATRIMONIAIS DE UMA
EMPRESA E QUAL É O
PROCEDIMENTO PARA A SUA
CONSTRUÇÃO?
Inventário é o processo de identificação e contagem dos bens
patrimoniais de uma empresa, ele se assemelha ao inventário
dos estoques que ocorre ao final de cada ano.
Em uma empresa bem estruturada, ele é constante e periódico,
ou seja, existe um controle recorrente dos bens patrimoniais e
uma testagem cíclica e periódica das condições e quantidades de
bens patrimoniais na empresa.
 ATENÇÃO
Esse procedimento visa evitar a existência de discrepâncias entre
os registros de controle e a existência de bens físicos na
empresa. O controle e a testagem são de extrema importância,
principalmente, em relação a equipamentos pequenos e
portáteis, que podem ser facilmente extraídos da empresa sem
que isso seja notado.
Alguns desses equipamentos podem custar vultosas quantias e
causar grandes prejuízos a empresa se dela extraídos sem
autorização.
O inventário anual serve apenas para atestar a quantidade de
bens patrimoniais de uma empresa e se as depreciações ou
exaustões estão dentro de um padrão aceito pelos controles
legais da Receita Federal e dos órgãos competentes para tal.
 
Fonte: Receita Federal
O inventário constante e periódico, além de servir para a
detecção de possíveis problemas antecipadamente ao inventário
anual, serve como fonte de informações para os gestores
tomarem uma considerável gama de decisões a respeito da
gestão dos bens patrimoniais.
Uma dessas decisões a frequência com a qual se deve executar
manutenções preventivas em determinada máquina, ou se ela
terá sua depreciação acelerada por conta de características
especiais.
Podemos ainda ter dois outros tipos de inventário: o inicial e o
eventual.
O inventário inicial pode acontecer quando uma empresa cria
um novo centro de custos, por exemplo. Ao fazê-lo, é necessário
identificar todos os equipamentos que farão parte, pois os custos
de depreciação e de manutenção destes não mais serão
alocados ao antigo centro de custos do qual faziam parte.

O inventário eventual acontece quando algum tipo de alteração
é identificada na gestão desses equipamentos, e falta alguma
informação importante para a tomada de decisão.
Nesse caso, é feito um inventário para que as informações
utilizadas na tomada de decisão sejam fidedignas, em outros
termos, para que a decisão esteja baseada em declarações
precisas e em tempo presente, evitando o uso de afirmações
defasadas ou distorcidas.
Muitas vezes, quando uma empresa é negociada, é feita uma
due diligence, ou seja, uma investigação de como ela está
financeiramente, e um dos principais itens avaliados são seus
bens patrimoniais.
DUE DILIGENCE
Procedimento semelhante à investigação, mas sem o objetivo
e o poder de polícia, a due diligence é um processo de
certificação das condições de uma empresa que contrata
serviços. É realizado por um empresa externa às envolvidas
no negócio, normalmente, uma consultoria especializada, que
verifica a conformidade financeira e operacional da empresa
que está sendo avaliada.
javascript:void(0)
Em algumas negociações, os bens patrimoniais representam a
maior parte do custo de compra de uma empresa. O método de
fazer esse levantamento e certificação é por meio de inventário
eventual dos bens patrimoniais da empresa, no qual é verificado
se os registros e os bens físicos estão em conformidade, e seu
real estado de conservação e manutenção.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. (FGV, 2016) O INVENTÁRIO FÍSICO DE BENS
PATRIMONIAIS É UM DOS PROCEDIMENTOS
NECESSÁRIOS PARA QUE SE FAÇA UM
CONTROLEDA EXISTÊNCIA E DO ESTADO DOS
REFERIDOS BENS. ESTE INVENTÁRIO PODE SER
REALIZADO DE DIVERSAS FORMAS. SUPONHA
QUE DETERMINADO AMBIENTE POSSUA
MATERIAIS DE CUSTO ELEVADO E QUE, POR
ESSA RAZÃO, NECESSITEM DE UM CONTROLE
RÍGIDO, INCLUSIVE QUANTO AO SEU
RASTREAMENTO. DENTRE OS RECURSOS
MOSTRADOS A SEGUIR, ASSINALE O MAIS
INDICADO PARA A REALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO
FÍSICO DESSES ITENS:
A) Código de barras alfanumérico.
B) Código numérico com dígito de segurança.
C) Código de identificação por radiofrequência (RFID).
D) Código QR (Quick Response COde/ Resposta Rápida).
2. (UFGD, 2019) CONFORME VIANA (2000): “[...] O
RITMO DE DESENVOLVIMENTO, IMPERATIVO
PARA AS GRANDES EMPRESAS, TEM COMO
CONSEQUÊNCIA A ALIENAÇÃO DE OBJETOS
SUBSTITUÍDOS PELA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA,
ALÉM DA GERAÇÃO DE UMA MASSA DITADA
PELO PRÓPRIO DESGASTE NATURAL DOS
MATERIAIS UTILIZADOS. ASSIM, A GERAÇÃO DE
INSERVÍVEIS COMPREENDE BENS MÓVEIS,
SUCATAS DIVERSAS, SUCATAS FERROSAS,
SUCATA DE MATERIAL NOBRE, MATERIAIS
USADOS DIVERSOS, MATERIAIS OBSOLETOS
SEM USO, EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS
DIVERSAS, VEÍCULOS, MATERIAIS PRECÁRIO,
MATERIAIS DE POUCO VALOR ETC.” 
 
(VIANA, J., J. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS:
UM ENFOQUE PRÁTICO. SÃO PAULO: ATLAS,
2000) 
 
DIANTE DO EXPOSTO, ACERCA DA
OBSOLESCÊNCIA E ALIENAÇÃO DE MATERIAIS
INSERVÍVEIS, ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA.
A) O material excedente são as peças sobressalentes de
equipamentos aguardando uso.
B) O material obsoleto não possui condições de utilização, pois
foi substituído por outro mais moderno, o seja, se tornou um bem
antieconômico.
C) O material sucatado é aquele descartado devido à existência
de outros similares com reposição mais vantajosa.
D) O material inservível é aquele que, em consequência do
tempo de utilização, avaria ou deterioração, torna-se inútil ou de
recuperação técnica e/ou economicamente inviável.
GABARITO
1. (FGV, 2016) O inventário físico de bens patrimoniais é um
dos procedimentos necessários para que se faça um
controle da existência e do estado dos referidos bens. Este
inventário pode ser realizado de diversas formas. Suponha
que determinado ambiente possua materiais de custo
elevado e que, por essa razão, necessitem de um controle
rígido, inclusive quanto ao seu rastreamento. Dentre os
recursos mostrados a seguir, assinale o mais indicado para a
realização do inventário físico desses itens:
A alternativa "C " está correta.
 
Para um bom inventário, com as características de controle rígido
e rastreamento, o RFID é o sistema que garante maior
segurança. Isso está ancorado ao fato de que ele pode ser
controlado a distância, e uma extração não autorizada pode ser
identificada por sensores que dispararão alarmes de segurança.
2. (UFGD, 2019) Conforme Viana (2000): “[...] O ritmo de
desenvolvimento, imperativo para as grandes empresas, tem
como consequência a alienação de objetos substituídos pela
inovação tecnológica, além da geração de uma massa ditada
pelo próprio desgaste natural dos materiais utilizados.
Assim, a geração de inservíveis compreende bens móveis,
sucatas diversas, sucatas ferrosas, sucata de material nobre,
materiais usados diversos, materiais obsoletos sem uso,
equipamentos, máquinas diversas, veículos, materiais
precário, materiais de pouco valor etc.” 
 
(VIANA, J., J. Administração de materiais: um enfoque
prático. São Paulo: Atlas, 2000) 
 
Diante do exposto, acerca da obsolescência e alienação de
materiais inservíveis, assinale a alternativa correta.
A alternativa "B " está correta.
 
Quando classificamos os materiais em função de sua situação
patrimonial, eles podem ser: bom, ociosos, recuperáveis,
antieconômicos, sendo que os bens obsoletos se encaixam na
classificação de bens antieconômicos. Esses bens são assim
denominados, pois seu custo de permanência em produção
supera seus ganhos econômicos. Com essa condição, eles são
substituídos por bens novos que garantem esse ganho
econômico em grau superior aos seus custos.
MÓDULO 3
 Reconhecer as diversas formas de avaliação dos bens
patrimoniais
AVALIAÇÃO DE BENS
PATRIMONIAIS (IMPAIRMEMT
E GOODWILL)
Esse procedimento acontece anualmente, quando da execução
do balanço patrimonial, momento em que ocorre, também, o
inventário anual dos bens patrimoniais, chamado de
impairmemt.
IMPAIRMEMT
Essa palavra tem origem na língua inglesa e significa,
literalmente, imparidade, prejuízo, dano, diminuição ou
javascript:void(0)
enfraquecimento. (Fonte: Google Tradutor)
GOODWILL
Palavra inglesa que significa boa vontade, benevolência.
(Fonte: Google Tradutor)
AS CARACTERÍSTICAS DO
GOODWILL W DO IMPAIRMENT.
 
vectorfusionart/Shutterstock
Essa avaliação é feita sob a responsabilidade dos gestores dos
bens patrimoniais da empresa ou por empresa externa
especializada nesse tipo de avaliação. Não é obrigatória a
contratação dessa empresa externa, sendo possível a confecção
interna desse relatório quando a empresa dispõe de quadro de
pessoal qualificado para tal atestação.
O impairment anual é utilizado para a avaliação do valor de
mercado de um bem patrimonial, para que julgamentos de
viabilidade sejam feitos. Também é utilizado para a avaliação do
patrimônio real da empresa, pois possibilita a redução do valor
dos bens patrimoniais que não podem mais oferecer à empresa o
retorno econômico esperado.
Podem ser realizadas escolhas técnicas da viabilidade de
manutenção ou troca de um determinado bem em uso na
empresa. Essa é uma das formas de compor os valores para
julgamento de bens recuperáveis, que sofreram avarias ou
necessitam de upgrades.
O goodwill é, aqui, utilizado para representar o efeito inverso do
impairment.
Isso acontece quando um bem patrimonial recebe, na avaliação,
um valor superior ao seu valor histórico subtraído da depreciação
acumulada. Esse ágio é registrado nos controles de bens
patrimoniais e refletido no balanço da empresa, aumentando,
assim, o seu valor contábil e de mercado. Isso acontece quando
um bem patrimonial recebe, na avaliação, um valor superior ao
seu valor histórico subtraído da depreciação acumulada. Esse
ágio é registrado nos controles de bens patrimoniais e refletido no
balanço da empresa, aumentando, assim, o seu valor contábil e
de mercado.
javascript:void(0)
ELE É MUITAS VEZES UTILIZADO
PARA MELHORAR A AVALIAÇÃO DA
EMPRESA EM MOMENTOS DE
REQUERIMENTO DE EMPRÉSTIMOS
E FINANCIAMENTOS.
Essa prática é bastante comum em empresas do setor produtivo
que já tiveram parte dos seus bens patrimoniais totalmente
depreciados, mas que ainda os estão utilizando em sua produção
com vantagens econômica comprovadas.
 ATENÇÃO
Quando uma empresa utiliza o goodwill ou o impairment, os
valores resultantes dessa aplicação devem ser controlados e
farão parte dos registros e da gestão desses bens. A
depreciação, amortização e exaustão desses bens devem levar
em conta esse novo valor que o bem passou a ter.
Os cálculos desses novos valores e as regras aplicáveis à cada
caso concreto de goodwill ou impairment são regidos pela NBC
02 (CPC 02- IASB – IAS36), que trata da redução ao valor
recuperável de ativos. Essa norma, apesar de contábil, fornece
uma gama de definições importantes para o gestor de patrimônio
que supervisionará, ou realizará, a avaliação dos bens
patrimoniais.
A DEPRECIAÇÃO DE BENS
PATRIMONIAIS
Os bens patrimoniais sujeitos à depreciação são classificados
como tangíveis. Depreciação é o processo de identificação dos
custos que serão alocados à produção e ao produto final,
compondo o seu custo total de produção, calculado de forma
anual, podendo ser linear — pela soma dos dígitos — ou
acelerada.
Sua alocação aos custos de produção pode ser mensal ou seguir
outra periodicidade. Todavia, o processo é composto apenas por
dividir o valor anual em parcelas menores, por exemplo, divisão
em 12 partes iguais e sua alocação mensal.
A forma de cálculo depreciável considera como valor-base o
custo histórico do bem acrescido do goodwill ou subtraído doimpairment, quando for o caso, descontado o valor residual final.
Este é o provável valor de mercado do bem patrimonial ao fim do
processo de depreciação, e deve ser descontado do valor
depreciável, pois esse não será considerado como custo de
produção.
COM O VALOR DEPRECIÁVEL
DETERMINADO, DEVE-SE OPTAR
POR UMA DAS FORMAS DE
DEPRECIAÇÃO. INICIAREMOS COM A
FORMA MAIS COMUM DE
DEPRECIAÇÃO DE UM BEM, QUE É A
FORMA LINEAR.
A taxa de depreciação de um bem pode ser escolhida livremente
pela empresa para a sua tomada de decisão gerencial,
considerando suas características e representando a melhor
alocação de seu valor depreciável aos bens produzidos por esse
bem em determinado período.
No entanto, a Receita Federal determina que os bens
patrimoniais devem seguir um padrão de taxa anual de
depreciação, quando da opção pelo método linear de percentual
anual que segue um padrão por categoria.
EXEMPLOS DE CATEGORIAS DE
BENS PATRIMONIAIS E SUAS TAXAS
DE DEPRECIAÇÃO
CATEGORIAS DE BENS PATRIMONIAIS TANGÍVEIS
Espécie de Bens
Vida útil
(anos)
Taxa
anua
Edifícios 25 4%
Bens automotores 5 20%
Caminhões fora de estrada 4 25%
Máquinas e equipamentos em
geral
10 10%
Construções pré-fabricadas 25 4%
Bibliotecas 10 10%
Britadores 5 20%
Instalações elétricas 5 20%
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a
rolagem horizontal
O cálculo para a depreciação linear é bastante simples. Calcula-
se o valor depreciável de um bem e aplica-se o percentual de
depreciação anual conforme a categoria que o bem se enquadra,
ou divide-se o valor depreciável do bem pelo número de anos da
vida útil desse, conforme recomendado pela tabela da Receita
Federal.
 EXEMPLO
Um exemplo é a depreciação de um equipamento utilizado para a
produção de peças metálicas com valor de compra de
R$100.000,00 e vida útil de 5 anos. Esse valor engloba todos os
custos desembolsados para a colocação em uso do
equipamento, como fretes, impostos não recuperáveis e outros
custos diretos.
O valor que o equipamento terá ao final de sua vida útil é de
R$10.000,00, já descontado todos os custos de desmontagem e
venda. Com esses dados, os cálculos serão:
Valor histórico do equipamento = 100.000,00 
Valor residual = 10.000,00 
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00 
Vida útil do bem = 5 anos 
Valor de depreciação anual = Valor depreciável/número de anos
depreciáveis 
Valor de depreciação anual = 90.000,00/5 anos 
Valor de depreciação anual = 18.000,00 anual
Qualquer outro equipamento ou demais bens patrimoniais
tangíveis seguirão esse padrão de cálculo, variando apenas os
percentuais anuais de depreciação.
A depreciação pelo método das somas dos dígitos privilegia a
alocação de maior quantidade de custos aos produtos quando o
bem é mais novo, e uma menor alocação de custos quando os
bens estão mais desgastados.
Esse tipo de depreciação tenta equilibrar os custos que serão
alocados aos produtos, pois considera que quanto mais usado o
bem, mais necessitará de manutenção, aumentando, assim, os
gastos dispendidos em manutenção e conservação. O cálculo
dessa depreciação é um pouco mais complexo que o da
depreciação linear, mas não tem segredos.
Com o valor depreciável já calculado, identifica-se a vida útil do
bem em anos. Essa quantidade de anos é somada, considerando
cada ano como um valor em si. Por exemplo, em uma vida útil de
5 anos, somam-se os anos 1+2+3+4+5, perfazendo um total de
15.
Após encontrar essa soma, o valor depreciável deve ser dividido
por esse fator. O valor encontrado deve ser multiplicado pelo
número de anos que falta para depreciar somando mais 1.
 EXEMPLO
Por exemplo, no primeiro ano de depreciação, como ainda faltam
4 anos para depreciar, soma-se mais 1, perfazendo um total de 5.
Esse valor é multiplicado ao valor encontrado na divisão do valor
depreciável pelo fator da soma dos anos, informando, assim, o
valor depreciável nesse anos.
Vamos demonstrar esse cálculo utilizando o mesmo exemplo da
depreciação linear.
Valor histórico do equipamento = 100.000,00 
Valor residual = 10.000,00 
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00 
Vida útil do bem = 5 anos 
Fator da soma dos anos = 1+2+3+4+5 = 15 
Valor depreciável dividido pelo fator da soma dos anos =
90.000,00 / 15 = 6.000,00 
Cálculo da depreciação do primeiro ano = Nº de anos que falta
depreciar + 1* “Valor depreciável/Fator” 
Cálculo da depreciação do primeiro ano = (4+1) *6000,00 =
30.000,00 
No segundo ano, teremos = (3+1) *6000,00 = 24.000,00 
No terceiro ano, teremos = (2+1) * 6.000,00 = 18.000,00 
No quarto ano, teremos = (1+1) * 6.000,00 = 12.000,00 
No quinto ano, teremos = (0+1) * 6.000,00 = 6.000,00 
Total depreciado ao final da vida útil = 30.000,00 + 24.000,00 +
18.000,00 + 12.000,00 +6.000,00 = 90.000,00 
Por fim, o método de depreciação acelerada, normalmente,
segue um cálculo de depreciação linear, apenas diminuindo a
vida útil do bem, o que acarreta um maior valor de custo alocado
aos produtos produzidos.
 EXEMPLO
Como exemplo, podemos considerar o equipamento no qual
calculamos a depreciação nos modelos anteriores. Imaginemos
que, em vez de termos uma vida útil de 5 anos, tivéssemos uma
de 3 anos. A única mudança no cálculo seria que, no lugar de
dividir o valor depreciável por 5, ele seria dividido por 3.
Valor histórico do equipamento = 100.000,00 
Valor residual = 10.000,00 
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00 
Vida útil do bem = 3 anos 
 
Valor de depreciação anual = Valor depreciável/número de anos
depreciáveis 
Valor de depreciação anual = 90.000,00/3 anos 
Valor de depreciação anual = 30.000,00 anual 
Se compararmos os dois cálculos de depreciação linear,
observaremos uma diferença de R$12.000,00 a mais na
depreciação quando se utiliza como vida útil do bem 3 anos e
não 5, que era o padrão do primeiro exemplo.
Para que esse tipo de depreciação seja aceito pela Receita
Federal, é necessário provar que o bem realmente precisa ser
depreciado de forma acelerada. Existem casos previstos em que
essa aceleração pode ser automática. Quando não se encaixa
nesses casos, é necessário a construção de laudos técnicos que
provam essa realidade.
Os casos previstos de depreciação aceleradas ocorrem
quando os equipamentos são utilizados em mais de um
turno. Quando é acrescido mais um turno de trabalho ao parque
fabril, pode se acrescentar 50% à taxa de depreciação, ou seja,
se a taxa é de 10% ao ano, pode ser aplicada uma taxa de 15%.
Se um terceiro turno for adicionado, pode se acrescentar 100% à
taxa de depreciação básica, ou seja, dobrar o percentual de
depreciação. Se a taxa de depreciação básica for de 10% ao ano,
quando temos 3 turnos, podemos depreciar o mesmo bem por
20% ao ano.
Outra forma de depreciar o bem é determinar a quantidade de
peças que este produzirá durante a sua vida útil e utilizar esse
dado no lugar de utilizar a vida útil em anos. Nesse caso,
dividiremos o valor depreciável pelo número de peças que o
equipamento irá produzir em toda a sua vida útil, determinando
assim, o custo de depreciação por peça.
Durante o período em que a depreciação está sendo calculada, é
contado o número de peças produzidas e multiplicado pelo valor
unitário calculado anteriormente. O resultado é o custo da
depreciação total daquele período de produção. Utilizando o
mesmo exemplo anterior para uma produção estimada total de
100.000 peças temos:
Valor histórico do equipamento = 100.000,00 
Valor residual = 10.000,00 
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00 
Quantidade de peças produzidas estimada = 100.000 
 
Custo de depreciação unitário = Valor depreciável/número de
peças produzidas estimada 
Custo de depreciação unitário = 90.000/100.000 = 0,90 
 
Produção durante o primeiro ano = 10.100 peças 
Depreciação do primeiro ano = 10.100 * 0,90 = 9.900,00 
A AMORTIZAÇÃO DE BENS
PATRIMONIAIS INTANGÍVEIS
Os bens patrimoniais intangíveissão amortizáveis apenas se os
seus benefícios econômicos forem finitos e essa finitude for
identificável. Normalmente, eles não têm perda de valor pelo
simples uso.
Quando consideramos uma marca própria, por exemplo, essa
não sofre perda pelo seu uso regular, pelo contrário, pode até
ganhar maior valor de mercado quando os bens que a recebem
são percebidos como de qualidade superior.
Contudo, quando pensamos no contrato de licença de um
software com data final de utilização determinada, teremos,
então, um bem intangível amortizável. Esse bem patrimonial será
registrado pelo seu custo histórico de compra e terá seu valor
amortizado pelo tempo em que durar o contrato.
Custos de upgrade e melhorias podem ser incorporados ao valor
amortizável desse bem durante a vigência do contrato. Ele se
encaixa como amortizável, pois é finito, a empresa deixa de
poder utilizá-lo quando o contrato se encerra, podendo, assim,
identificar essa data.
A amortização de um bem segue o mesmo padrão da
depreciação, sendo que a vida útil deste é a duração temporal do
contrato. O cálculo da amortização deve seguir a mesma forma
da depreciação, ou seja, dividir o valor depreciável pelo número
de anos de vigência do contrato.
Valor amortizável anual = Valor amortizável / nº de anos de
duração do contrato.
Outras formas de amortização são possíveis e dependerão,
principalmente, da geração de ganho econômico que o bem
intangível proporcionará.
 EXEMPLO
Por exemplo, um bem patrimonial intangível que gerará ganhos
econômicos desproporcionais durante a sua vida útil pode ter seu
valor depreciado seguindo essa desproporção, desde que ela
seja previsível e previamente identificável.
A EXAUSTÃO DE BENS
PATRIMONIAIS
Os bens patrimoniais que têm como propriedade a exaustão são
os bens da natureza. Nessa categoria, encaixam-se vegetais e
minerais, pois já existem em quantidade finita na natureza e sua
extração provocará sua exaustão, ou seja, seu desaparecimento.
Exemplos desse tipo de bem são as florestas ou as minas de
metais, como o ferro. Eles podem ser explorados até a extinção.
Todos os custos de mobilização e desmobilização dos
equipamentos para essa extração também podem entrar no custo
para o cálculo da exaustão.
 
Fonte: Atstock Productions/Shutterstock
A forma de cálculo da exaustão segue todos os padrões da
depreciação, sendo o mais comum a exaustão linear dos valores
do capital imobilizado. O custo de desmontagem é regido pelo
artigo 346 do RIR, e tal regra deve ser seguida como
norteadora desse processo.
A GESTÃO DE BENS
PATRIMONIAIS INFUNGÍVEIS
Por fim, temos os bens infungíveis que não podem ser
depreciados. Esses bens são categorizados dessa forma, uma
vez não podem ser substituídos por outros iguais ou de mesma
espécie.
Em essência, esses bens não perdem o seu valor, sendo um
exemplo clássico os terrenos. Eles não podem ser
depreciados, pois não perdem as suas propriedades ao longo do
tempo.
 
Fonte: Francesco Scatena/Shutterstock
Outro bem que se encaixa nessa categoria são as marcas e
patentes próprios, que, como mencionado, não perdem o valor
pelo uso e não podem ser substituídas em espécie, quantidade e
qualidade.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. (FUNCAB – 2013) A DIMINUIÇÃO DO VALOR
DOS BENS TANGÍVEIS OU INTANGÍVEIS
CORRESPONDENTE À PERDA DE VALOR DOS
DIREITOS, QUE TÊM POR OBJETO BENS FÍSICOS
SUJEITOS A DESGASTES EFETIVOS OU PERDA
DE UTILIDADE POR USO, AÇÃO DA NATUREZA
OU OBSOLESCÊNCIA, DENOMINA-SE:
A) Depreciação
B) Impairment
C) Amortização
D) Prejuízo permanente
2. (FGV, 2016) OS BENS PATRIMONIAIS TÊM SEU
VALOR REDUZIDO AO LONGO DO TEMPO. A
REDUÇÃO DESSE VALOR OCORRE DE ACORDO
COM CONCEITOS BÁSICOS. ENTRE AS OPÇÕES
POSSÍVEIS, O CONJUNTO QUE MELHOR
REPRESENTA OS MENCIONADOS CONCEITOS É:
A) Depreciação, vida útil e vida econômica.
B) Vida econômica, depreciação e amortização.
C) Depreciação, amortização e exaustão.
D) Depreciação, vida econômica e exaustão.
GABARITO
1. (FUNCAB – 2013) A diminuição do valor dos bens
tangíveis ou intangíveis correspondente à perda de valor dos
direitos, que têm por objeto bens físicos sujeitos a
desgastes efetivos ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência, denomina-se:
A alternativa "B " está correta.
 
Quando um bem perde o seu valor de mercado e não pode mais
gerar ganhos econômicos que cubram o seu valor histórico
subtraído da depreciação acumulada, este pode ter o seu valor
reduzido, sendo essa diferença lançada como prejuízo do
período.
2. (FGV, 2016) Os bens patrimoniais têm seu valor reduzido
ao longo do tempo. A redução desse valor ocorre de acordo
com conceitos básicos. Entre as opções possíveis, o
conjunto que melhor representa os mencionados conceitos
é:
A alternativa "C " está correta.
 
Essas são as formas existentes para o cálculo da redução do
bem ao longo do tempo causada pelo desgaste por meio do uso
ou extração dos bens patrimoniais. As outras definições, como
vida útil, não têm relação com a redução do valor.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o estudo deste tema, compreendemos os conceitos
fundamentais da gestão de bens patrimoniais, distinguindo as
práticas de classificação e geração de informações confiáveis
para a tomada de decisão.
Desse modo, podemos aplicar todo esse conhecimento,
promovendo, com a melhor gestão dos bens patrimoniais,
reduções nos custos de produção e incrementando os lucros da
empresa e contribuindo para a obtenção de vantagem
competitiva no quesito menor custo.
Além dessa compreensão, entendemos como é a gestão nos
modelos tradicionais e nos modelos integrados, nos quais um
parque fabril confiável pode gerar diminuição nos estoques, e
com isso, grandes vantagem para a administração.
Ademais, esses modelos pressupõem o constante
acompanhamento dos custos gerados pelos bens patrimoniais
para uma constante avaliação da viabilidade econômica do bem
em uso, defendente, na comparação com um novo bem
disponível, desafiante.
Sendo assim, esperamos ter colaborado com esse processo de
construção de conhecimento e aprimoramento, com a colocação
de mais um tijolo nessa construção que pode levá-lo ao
crescimento na carreira profissional.
REFERÊNCIAS
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos
e gestão. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
GONÇALVES, P. S. Administração de materiais. 5. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2014.
PORTER, M. E. Estratégia competitiva. 1. ed. São Paulo: GEN
Atlas, 2005.
CAMPOS, P. R.; MARTINS, P. G. Administração de materiais e
recursos patrimoniais. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
EXPLORE+
Sugerimos a leitura do DECRETO Nº 9.580, DE 22 DE
NOVEMBRO DE 2018, que regulamenta a tributação, a
fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a
Renda e Proventos de Qualquer Natureza.
Recomendamos aprofundamento nos tópicos:
Depreciação ‒ subseção II que trata “Da depreciação de
Bens do Ativo imobilizado” – Art. 317 a 329;
Amortização ‒ Subseção IV – “Da amortização” – Art. 330 a
335;
Exaustão ‒ RIR – Subseção V – Da Exaustão – Art. 336 a
338.
Saiba mais sobre exaustão:
O Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis sobre Redução ao Valor Recuperável de Ativo
(CPC 01 (R1) NBC TG 01 (R3));
O Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis sobre Ativos Intangível (CPC 04 (R1) NBC TG 04
(R3));
O Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis sobre Ativo Imobilizado (CPC 27 – NBC TG 27
(R3)).
CONTEUDISTA
Prof. Ms. Ettore de Carvalho Oriol
 CURRÍCULO LATTES
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