Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC ENGENHARIA CIVIL AMAURI VEDOVOTO CONSTRUÇÕES ECOLÓGICAS: UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS NA CONSTRUÇÃO DE CASAS DE BAIXO CUSTO RUBINÉIA -SP MARÇO/2021 1 AMAURI VEDOVOTO CONSTRUÇÕES ECOLÓGICAS: UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS NA CONSTRUÇÃO DE CASAS DE BAIXO CUSTO Trabalho apresentado ao Centro Universitário de Caratinga – UNEC, como parte dos requisitos para a Avaliação da Prática como Componente Curricular do Curso de Engenharia Civil. RUBINÉIA -SP MARÇO/2021 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..............................................................................................03 2. OBJETIVOS...................................................................................................04 2.1 Objetivo Geral...........................................................................................04 2.2 Objetivos Específicos................................................................................ 04 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO............................................................... 04 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................06 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................ 08 6. ANEXOS.........................................................................................................09 3 1. INTRODUÇÃO Todos os países do mundo vêm passando por uma grande crise pandêmica, onde a economia nunca esteve mais frágil, a construção civil um setor vital para o crescimento econômico vem sofrendo com isso. Há anos vem se falando sobre construções sustentáveis e nunca foi tão importante colocar em pratica o que aprendemos até hoje, o uso dos recursos está sendo maior do que o poder do planeta de produzir de acordo com (Lovato et al.,2011) “Devido ao consumo excessivo de recursos naturais e à quantidade de resíduos gerados, os empreendimentos da construção civil são apontados como grandes causadores da degradação ambiental”. A questão se sustentabilidade vem sendo discutidas em muitas reuniões pelo o mundo, em 2019 a ONU (Organizações das Nações Unidas), incluí o tema de sustentabilidade está cada dia mais notório a necessidade de gerar um crescimento mais em paralelo com a sustentabilidade (anexo 1). Levantamentos falam que uma construção comum consome uma tonelada de material por metro quadrado, um alto consumo que gera muita degradação ambiental. Hoje existe muitos recursos viáveis para implantar em uma construção para que possa se tornar sustentável, mais falta a divulgação, treinamentos de profissionais e ensinar como funciona os custos-benefícios, existe materiais como o isopor que é mais caro o metro quadrado construído, porem uma casa convencional leva 6 meses para ficar pronta enquanto uma casa de isopor leva aproximadamente 2 meses, o custo com mão de obra é aproximadamente 66% a menos, e a geração de entulho é quase que nulo perante ao processo convencional (anexo 2). 4 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Esse estudo visa identificar a utilização de materiais alternativos de baixa produção de rejeitos para a construção residencial com baixo custo. 2.2 Objetivos Específicos Identificar e levantar quais materiais atendem o intuito deste estudo e poder ser utilizados na construção de casas. Especificar e determinar onde podem ser usados materiais identificados como alvo neste estudo. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA As preocupações com o meio ambiente vêm se tornando a cada dia uma iniciativa primaria, todos os processos de industrialização já nascem com estudos de impactos ambientais, assim estudos a cada dia mais minuciosos são realizados para diminuir ou até zerar os impactos ambientais, os materiais desenvolvidos e as metodologias de fabricação vêm se aperfeiçoando a todo tempo. As técnicas de construção são cada vez mais inusitadas, garrafas pet, garrafas de vidro para aproveitar a iluminação externa, telhas de caixas de leite são boas opções. É a partir daí que se pôde chegar ao atual conceito de desenvolvimento sustentável. No entanto, há um grande número de conceituações no que tange o desenvolvimento sustentável, contudo, para este projeto, valer-nos-emos do conceito exposto no Relatório de Brundtland que diz que “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”. Passando por diversas conceituações, temos o ecodesenvolvimento a fim de “procurar conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico para a melhoria da qualidade de vida para o homem”. A Gestão Ambiental, condição sine qua non para o desenvolvimento sustentável, tem, no cerne da sua conceituação, a preservação ambiental. Sendo, segundo Hurtubia (1980), “A tarefa de administrar o uso produtivo de um recurso renovável sem reduzir a produtividade e a qualidade ambiental, normalmente em conjunto com o desenvolvimento de uma atividade”. A aplicação de técnicas que promovem a sustentabilidade de uma construção em níveis de engajamento com o seu propósito. E os materiais que possibilitam um impacto menor ao meio- ambiente, bem como menos geração de detritos ou a aplicação de materiais recicláveis depende muito da finalidade da construção. Existem bons exemplos do emprego de garrafas pets, pneus velhos e vidro reciclado em construções bem sofisticadas. Mais existem técnicas com o 5 “superabobe”, também conhecido como “terra ensacada” ou “earthbag”, cujos sacos são usados como tijolos. Variações, como a vocação do espaço. Condições de terreno e aspectos da cultura local podem influenciar a decisão pela técnica a se utilizada. Hoje o EPS (isopor) é um grande vilão para o meio ambiente ele leva cerca de 8 anos para se decompor ocupando muito espaço em aterros, pois ele é formado de 2% de plástico e 98% de oxigênio, o brasil atualmente fabrica cerca de 95 mil toneladas do material. Parte desse material poderia estar sendo reciclada para a fabricação de painéis que poder ser utilizadas na construção de casas ecológicas, uma casa com painéis pode levar 2/3 a menos do tempo que gasta uma construção convencional, podendo gerar uma enorme cadeia de construção de casa populares e o impressionante é que a geração de entulhos normalmente é quase zero, principalmente na hora de passar encanamentos e conduites para instalações elétrica e hidráulica são nulas, ou seja, a diminuição nos aterros será exponencialmente menor. Existem vários tipos de recursos, incluindo os vivos e os não vivos, como metais, minerais, óleos e madeira; os recursos energéticos renováveis, como a energia das marés, dos ventos e do sol; além de outros recursos renováveis e não renováveis. No caso de edificações. As matérias-primas são tratadas diretamente nas categorias de recursos vivos e não vivos, embora os recursos energéticos renováveis também façam parte de seus ciclos de vida. Especificar os materiais de construção é essencial para projetar edificações sustentáveis. Fazer perguntas sobre a vida útil dos produtos é uma boa maneira de apreender sobre a variabilidade, a utilidade e a contribuição dos materiais para degradação do meio ambiente. (KEELER, 2018) O Ministério do meio ambiente publicou a cartilha: moradias sustentáveis – construções, com dicas para tornar sua obra mais sustentável, entre elas: Se as sobras são inevitáveis, dê a elas o melhor destino. Por exemplo: venda os azulejos e pedras nãoutilizados para cemitérios de azulejos. No caso de reformas, muitas vezes retiramos azulejos, louças, armários antigos para colocar novos. Doe o que for possível ser aproveitado por outras pessoas. Ao contratar a caçamba para entulhos, procure saber se a empresa descarta os resíduos corretamente. Garanta que sua obra esteja de acordo com a política nacional de resíduos Sólidos Preveja espaços, na residência, para a separação adequada de resíduos. Atente para a redução de geração de resíduos. Com o reaproveitamento e reciclagem de materiais. Se possível, faça compostagem de resíduos orgânicos. Hoje em dia, já existem composteiras domesticas disponíveis no mercado, adaptando-se inclusive, a apartamentos. 6 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em toda parte, existe ações, propagandas de empresas especializadas em produtos recicláveis, mais, ainda estamos distantes de tornar isso acessível à todas as classes sociais, necessitamos de anos de pesquisas; como em processo de fabricação e processamento como em conscientização da população. A população, a principal geradora de lixo, não tomou como habito a separação do próprio lixo, o não descarte em lugares inapropriados. Então acaba se tornando cada vez mais caro todo o processo. Para o uso em escala industrial sustentável, há muito que se estudar, pesquisas e desenvolvimento, cabe ai um aprofundamento nos materiais, seus usos e sua durabilidade, bem como seu custo benefício. No quadro abaixo, podemos encontrar diversos materiais para tornar as obras mais sustentáveis. Materiais Benefícios Disponível em: Captação de Água de chuva -Redução no valor da conta de água -Serve de reserva em seca ou falta d’água Reduz a necessidade de água para fins não-pataveis no imóvel, como regas e jardins, lavagem de automóveis e descarga de vasos sanitários. -Educa ambientalmente quem tem contato com o sistema. IDHE Cal Ecológica -Tinta natural mineral e saudável, lavável e hidro-repelente. -Isento de substâncias derivadas de petróleo, tais como solventes e COV’s (compostos orgânicos voláteis). -Pode ser guardada por longos períodos. -Ideal para obras naturais, ecológicas e sustentáveis. IDHE Placas Ecológicas -Material 100% reciclado pós-consumo. -Baixa absorção de umidade (<4%). -Resistente a agentes químicos em geral -Isolante termo acústico. -Auto extinguível não propaga chamas. -Fácil fixação, não trinca sob a penetração de pregos e parafusos. IDHE Ecotinta Mineral -Pintura ecológica e sustentável de casas, apartamentos, imóveis comerciais e industriais em geral. Uma tinta de estilo Home&Office, sem COV’s ou substancias derivadas de petróleo. IDHE Ecotinta Bioargila -Pintura ecológica e sustentável de obras com paredes e características naturais, rusticas ou de bioarquitetura e permacultura. Ecotinta bioargila é 100% natural. IDHE Miniestação de tratamento -Recomendada para qualquer tipo de imóvel. -Indica para casas, edifícios, condomínios, industrias, parques, casas em áreas de litoral, chácaras, sítios e fazendas. - Indica também para projetos ecológicos e sustentáveis, visando o reuso da água tratada. IDHE 7 Tijolo Ecologico -É ecológico porque diferentemente do tijolo convencional não precisa ser cozido em fornos, eliminando assim a utilização de lenha derrubada de dez árvores para a fabricação de mil tijolos. Sem a lenha, sem fumaça sem emissão de gases de efeito estufa. IDHE Telhas Tetra Pak -Antimofo -Antifungo -Não trincam -Não quebram -Máxima resistência a chuva de granizos 100% impermeáveis. -Protege até 85% da temperatura solar. -Não propaga chamas. -Suporta até 150kgs/m². -Semiacústicas, não propagam som -0% celulose (Papel/papelão) IDHE Concreto Verde -O novo concreto é de alta resistência e ainda usa menos cimento que o tradicional. Ele é bem competitivo porque em obras de maior dimensão, como edifícios altos, pontes e viadutos, podem ser usadas peças menores e se economizar nas dimensões de pilares e outras estruturas de sustentação. IDHE Piso reciclado -A Locaville desenvolveu uma fibra reciclada a partir do aço tecnologia, chamada DE Eco Fibra, é usada na mistura de concreto aplicado aos pisos. Sendo assim a indústria do aço que emite 1,46 toneladas e CO2 para cada tonelada de aço produzido, não terá mais de fabricar tanto material. IDHE Tubulação verde -A Braskem desenvolveu um plástico verde extraído de etanol de cana- de-açúcar é feito 100% e fontes renováveis. Para cada tonelada de polietileno verde produzido (e a estimativa é de que se fabrica 200 mil toneladas deles por ano) são capturados e fixadas até 2,5 toneladas de CO2 na atmosfera, segundo informações de empresa que gastou cerca de R$ 500 milhões na implementação da planta. IDHE Madeira Plástica -Opção sustentável altamente resistente imune a pragas, cupins, insetos e roedores, sua fabricação é feita com diversos tipos de plásticos e resíduos vegetais de agroindústria. IDHE Fonte: Elaborado por Vlademir Jose Wieczunski, (2014) Com esse estudo podemos perceber a importância da sustentabilidade e de como os setores da sociedade vem lidando com a necessidade de mudar culturas e de investir em pesquisas para que os produtos já existentes venham a ser cada vez mais difundidos em todas as classes e viável a nível industrial. 8 5 REFERENCIAS Cartilha do Ministério do meio ambiente - Ministério do Meio Ambiente disponibiliza cartilha com técnicas de bioconstrução | ArchDaily Brasil LOVATO, P.S. et al. Modeling of mechanical properties and durability of recycled aggregate concretes. Constructions and building Materials, 26: p. 437–447, . Relatório Brundtland – https://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland Relatório Brundtland é o documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), publicado em 1987.[1] Coordenado pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento originou um documento no qual houve a disseminação da ideia de desenvolvimento sustentável, conceito o qual vinha sendo concebido desde a década de 1970. HURTUBIA, J. Ecologia y Desarrollo: evolución y perspectivas del pensamento ecológico. In: Estillos de desarrollo y medio ambiente. México: Fundo de Cultura Econômica, 1980. Estudos sobre impactos ambientais - http://www.fepaf.org.br/download/Impactos- Ambientais.pdf GUEDES, R. C. “Responsabilidade social & cidadania empresariais: conceitos estratégicos para as empresas face à globalização. 2000. 110 f. Dissertação (Mestrado em adminsitração), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2000. KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 4 a .ed., 1996. MARQUES, S. Maximizando o valor da empresa através da ética e da responsabilidade social. Revista Brasileira de Administração. Ano XI, n°35, p. 26-31, dez. 2001. MATTAR, H. Consumo consciente e responsabilidade social empresarial. In: CAMARGO, A. Meio Ambiente Brasil: Avanços e Obstáculos pós-Rio 92. São Paulo: FGV, 2002. Disponível em: Acesso em: 18 dez. 2002. MELO NETO, F.P.de e FROES, C. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. VOLPON, C.T.; CRUZ, E.P. A Importância da Responsabilidade Social na Fidelização dos Clientes: uma Investigação no Mercado Bancário. In: ENANPAD - Encontro Nacional �de Pós Graduação em Administração, 2004 9 6 ANEXOS Anexo 1 Anexo 2
Compartilhar