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A Práxis Profissional do Assistente Social etapa_2 (2)

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A PRÁXIS PROFISSIONAL DO 
ASSISTENTE SOCIAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Curso sobre Serviço Social
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Autora
Cristiana Montibeller
Denise da Silva Vieira
Joelma Crista Sandri Bonetti
Marines Selau Lopes
Silvana Braz Wegrzynovski
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Letícia Vitorino Jorge
Revisão
Harry Wiese
DIMENSÕES DA ÉTICA PROFISSIONAL E A INSTRUMENTALIZAÇÃO 
PROFISSIONAL TEÓRICO-TÉCNICO-OPERATIVA
Profª. Joelma Crista Sandri Bonetti
APRESENTAÇÃO DA ETAPA 
O profissional de Serviço Social vem associando as teorias e as práticas durante 
toda sua caminhada acadêmica, porém, na hora da intervenção profissional, é comum 
surgirem dúvidas em relação ao que fazer ou como proceder. Por essa razão é 
imprescindível que o profissional mantenha formações continuadas.
O trabalho técnico do assistente social é vasto, por isso demanda muitos 
conhecimentos em várias áreas. A práxis profissional vem se fortalecendo como um 
trabalho multidisciplinar, realizado de maneira conjunta com outras áreas, por isso 
a necessidade de compreender as competências e atribuições profissionais inerentes 
à profissão, bem como a interpretação das políticas públicas e da legislação, a qual 
fortalece a defesa e a garantia de direitos. Porém, para que esse trabalho seja eficiente, 
efetivo e eficaz é necessário que o profissional seja ético e saiba reconhecer a situação 
de vulnerabilidade vivenciada pelos usuários.
Profª. Joelma Crista Sandri Bonetti
DIMENSÕES DA ÉTICA 
PROFISSIONAL E A 
INSTRUMENTALIZAÇÃO 
PROFISSIONAL TEÓRICO-TÉCNICO-
OPERATIVA
ETAPA 2
2 SERVIÇO SOCIAL
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TÓPICO 1 – O SERVIÇO SOCIAL E A LEGISLAÇÃO QUE O 
REGULAMENTA 
Joelma Crista Sandri Bonetti
O Serviço Social surge como ações assistencialistas embasadas no senso comum e 
em preceitos morais correspondentes a um determinado período histórico. A profissão 
do assistente social passa a se reestruturar como política a partir de 1930, quando realiza 
ações imediatistas, como o repasse de doações e benefícios. 
O serviço social foi oficializado no Brasil através da Lei nº 1.889, de 1953, e 
aperfeiçoado em 27 de agosto de 1957 por intermédio da Lei nº 3.252, associada ao 
Decreto nº 994, de 15 de maio de 1962, quando legalizou a profissão do assistente social. 
Atualmente, esta profissão é regulamentada pela Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, e 
tem o apoio do Conselho Federal de Serviço Social e dos Conselhos Regionais.
É uma profissão que se enquadra nas ciências sociais e humanas, pois tem como 
base o trabalho interventivo junto aos usuários que apresentam vulnerabilidade social, 
e multifacetadas desigualdades das expressões da questão social.
 A profissão vem se estruturando e se afirmando como uma política de atendimento 
em defesa e garantia de direitos, munida de cientificidade teórico-metodológica e de 
instrumentais técnico-operativos e principalmente ético-políticos. O profissional de 
Serviço Social se tornou uma profissão interventiva que busca, principalmente, a garantia 
e o acesso a direitos negados. 
Devido a várias manifestações em relação à competência e às atribuições do 
profissional formado em Serviço Social, destacamos que o Curso de Serviço Social 
no Brasil só foi regulamentado por intermédio da Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993. 
Essa regulamentação proporciona ao Conselho Federal e aos Conselhos Estaduais de 
Serviçlo Social o monitoramento e controle em relação às intervenções profissionais e 
não a legislar sobre os meandros relativos às Diretrizes Curiculares do Curso, isto é de 
competência do Minisério da Educação – MEC. 
Nesse momento também surgem referenciais teórico-metodológicos, que 
norteiam a intervenção profisional, não mais como uma visão assistencialista, mas sim 
como direito, tendo como apoio o Código de Ética de 1993, que fornece respaldo jurídico 
enquanto normatizador e regulamentador da profissão.
Nos dias atuais, a consolidação do projeto ético-político do Serviço Social é 
um desafio aos assistentes sociais, pois, se considerarmos que vivemos em contexto 
desfavorável à concretização dos direitos sociais, conforme exposto por Iamamoto (2004):
3SERVIÇO SOCIAL
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A consolidação do projeto ético-político profissional [...] requer remar na contra-
corrente, [...] desenvolver o trabalho profissional para reconhecer a autonomia, 
emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais, reforçando princípios e 
práticas democráticas. Aquele reconhecimento desdobra-se na defesa intransi-
gente dos direitos humanos, o que tem como contrapartida a recusa do arbítrio 
e de todos os tipos de autoritarismos (IAMAMOTO, 2004, p. 141).
Nesse sendido, o Código de Ética representa a dimensão ética da profissão, sendo 
normativo e jurídico, descrevendo os parâmetros gerais para o exercício da profissão, 
definindo os direitos e deveres dos assistentes sociais, além da legitimação social da 
profissão. É no Código de Ética que são expressadas questões referentes à renovação e 
ao amadurecimento teórico-político do serviço social, onde são evidenciados também 
os princípios fundamentais, bem como o compromisso ético-político da categoria.
4 SERVIÇO SOCIAL
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TÓPICO 2– A EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO SERVIÇO 
SOCIAL E A COMPREENSÃO DA MORAL E DA ÉTICA 
Joelma Crista Sandri Bonetti
Os resquícios históricos da profissão trazem preceitos e ações totalmente culturais, 
baseados em princípios morais, que se fundamentam na necessidade imediatista. Nesse 
sentido, segundo Motta (1984, p. 22), moral significa “um conjunto de normas que 
regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas 
pela educação, pela tradição e pelo cotidiano”.
 A falta de compreensão conceitual em relação à moral dos seres humanos os 
leva a compreender a moral como costumes e práticas desenvolvidos individualmente 
ou coletivamente, sem regulamentação, vivenciados como valores do senso comum. 
Nesse sentido é possível compreender que moral e ética são palavras que parecem 
mensurar e ter o mesmo sentido, porém em nenhum momento elas são sinônimas. Pois, 
quando referenciamos a moral, precisamos ter claro que ela sempre existiu, pois os seres 
humanos são dotados de consciência moral, a qual se justifica pela escolha do bem ou 
do mal, e esta escolha é resultado do meio em que se vive.
No entanto, a ética pode ser compreendida como uma teoria que busca 
compreender através da investigação científica o comportamento moral dos seres 
humanos. O agir não é regido pela tradição, pelos hábitos e costumes, mas sim, pela 
consciência lógica e pela articulação passível de ser comprovada.
Por essa razão, a profissão do Serviço Social surge apenas como princípios morais, 
embasados no achismo e no senso comum, pois era uma ação encarada como um favor, 
passível de ser cobrado futuramente. Essa questão era bem visível na área política, 
quando se dava algo em troca de favores políticos, reconhecido como assistencialismo.
As transformações vivenciadas na sociedade fortalecem o processo de mudança 
no Serviço Social, que abandonam os preceitos morais do senso comum e passam a se 
pautar na ética profissional.
5SERVIÇO SOCIAL
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TÓPICO 3 – DILEMAS ÉTICOS CONTEMPORÂNEOS: O 
SIGILO PROFISSIONAL
Joelma Crista SandriBonetti
 Na sociedade brasileira, a ética profissional torna-se intrínseca à questão do 
sigilo profissional do Serviço Social, através da maneira complexa com que os direitos 
e os deveres são impostos no espaço sociojurídico. 
O sigilo profissional tem a ideia de guardar um segredo, porém este pode ser 
acrescido de complexidades que migram da individualidade para um problema social 
coletivo. 
Para se compreender o significado do termo “sigilo” e do termo “segredo” 
é importante compreender a ideia de confidencialidade. Nesse sentido, segundo o 
Dicionário da Língua Portuguesa (2004, p. 285), o significado da palavra segredo é:
s.m. O que há de mais escondido; o que se oculta à vista, ao conhecimento: não 
conte este segredo a ninguém. / O que a ninguém deve ser dito; que é secreto; 
confidência: segredo confidencial. / O sentido oculto de algo: segredo do texto. / 
O que há de mais difícil; o que exige uma iniciação especial, em uma arte, uma 
ciência etc.: segredos da poesia. / Meio ou processo conhecido de uns poucos.
Na profissão de assistente social, o Código de Ética direciona a prática profissional, 
orientando sobre a imparcialidade da intervenção e da confiabilidade que o profissional 
precisa passar em relação ao sigilo profissional. 
O Código de Ética de 1993 nos traz que a quebra do sigilo profissional só é 
admissível em situações que envolvam fatos delituosos, que mostrem claramente 
prejuízos em relação aos interesses pessoais e interpessoais que afetem diretamente 
outrem ou uma coletividade. 
Conforme o Art.18 do Código de Ética de 1993:
A quebra do sigilo só é admissível quando se tratarem de situações cuja gravi-
dade possa, envolvendo ou não fato delituoso, trazer prejuízo aos interesses do 
usuário, de terceiros e da coletividade. Parágrafo único – A revelação será feita 
dentro do estritamente necessário, quer em relação ao assunto revelado, quer 
ao grau e número de pessoas que dele devam tomar conhecimento (CFESS, 
1993, p. 7).
Mesmo havendo a possibilidade de quebra de sigilo profissional em ações jurídicas, o assistente 
social é que tende a fazer a escolha da permanência ou da revelação do conhecimento adquirido durante 
os atendimentos, pois este se considera protegido pelo sigilo profissional.
6 SERVIÇO SOCIAL
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TÓPICO 4 – EVOLUÇÃO E ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS 
DO SERVIÇO SOCIAL
Joelma Crista Sandri Bonetti
O Serviço Social surge como ação caritativa e imediata prestada por pessoas 
da comunidade a indivíduos com vulnerabilidades sociais. Ou seja, mesmo sendo 
reconhecida hoje como uma política que trabalha em defesa e garantia de direitos 
baseados em critérios equânimes, ainda existem resquícios que indiquem certos 
favorecimentos ilícitos. 
Por essa razão, faz-se necessário interagir com vocês, à medida que pensamos a 
prática profissional do assistente social como estratégias de ação no tripé da eficiência, 
eficácia e efetividade, estas intrínsecas à ética profissional.
 Cada profissão tem atribuições específicas, e estas devem ser desempenhadas 
de acordo com suas pertinências, como, por exemplo: o Serviço Social é uma profissão, 
enquanto que a Assistência Social é uma política social. Este conceito torna-se similar, 
porém apresenta competências específicas, no sentido de profissão e política. 
O Serviço Social, enquanto profissão, tem as seguintes atribuições: desenvolver, 
elaborar, implementar, executar, monitorar e avaliar políticas, planos, programas e 
projetos sociais, dentro das várias esferas governamentais e não governamentais. E a 
Assistência Social, enquanto política pública, desenvolve estratégias específicas para o 
público ao qual se destinam suas ações. Estas podem ser embasadas no Sistema Único 
de Assistência Social (SUAS) e na Tipificação dos Serviços Socioassistenciais (2009).
Outra questão que não pode ser esquecida é que o trabalho ou serviço do 
assistente social tende a ser desenvolvido em uma equipe multidisciplinar, e esta equipe 
de trabalho deverá considerar o que prediz o CFESS, pois “o trabalho em equipe não 
pode negligenciar as responsabilidades individuais e competências, e deve buscar 
identificar papéis, atribuições, de modo a estabelecer objetivamente quem, dentro da 
equipe multidisciplinar, se encarrega de determinadas tarefas”. (CFESS, 2009, p. 25).
Nessa mesma linha é importante compreender que toda ação gera uma reação, 
e esta pode ou não ter sido prevista durante o planejamento da ação, mas que deverá 
ser observada, interpretada e considerada durante o processo. 
Analisando melhor as atribuições do assistente social, temos como base a Lei nº 
8.662/93, o Código de Ética e o texto Parâmetros para atuação dos assistentes sociais na 
política de assistência social, elaborado em 2009, durante o Seminário Nacional específico 
sobre o processo de trabalho dos assistentes sociais no SUAS, em que descreve em seu 
art. 5º que as 
7SERVIÇO SOCIAL
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Atividades historicamente assumidas por assistentes sociais não estão ca-
racterizadas no art. 5º, a exemplo: Visitas domiciliares, estudos socioeconômicos 
para concessão de benefício, relatórios sociais – triagem social, encaminhamento 
aos recursos da comunidade, assistência social consignada na LOAS.
Acompanhando essas atribuições históricas, também ressaltamos a necessidade 
da elaboração de documentações institucionais específicas que tendem a limitar a atuação 
profissional. Dessa maneira, ampliamos as atribuições à medida que migramos para as 
novas possibilidades de intervenções profissionais impostas pela contemporaneidade, 
bem como pelas novas configurações da profissão que surgem com as mesmas 
atribuições, porém com nomenclatura diferente, que necessita de um assistente social 
para executar, como, por exemplo, o caso do INSS que instituiu em seu quadro a função 
de analista do seguro social, onde é um assistente social que a executa. 
8 SERVIÇO SOCIAL
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TÓPICO 5 – AS DIFERENÇAS ENTRE AS ATRIBUIÇÕES E 
AS COMPETÊNCIAS DO ASSISTENTE SOCIAL 
Joelma Crista Sandri Bonetti
As competências e as atribuições do profissional de Serviço Social são norteadas 
através dos direitos e dos deveres estabelecidos na Lei de Regulamentação da Profissão 
e no Código de Ética Profissional. 
O profissional deve ter claro que sua função é trabalhar para a promoção e defesa 
e a garantia de direitos sociais, referenciados no projeto ético-político, e neste contexto 
deverá desenvolver estratégias inovadoras capazes de minimizar ou resolver a situação 
de vulnerabilidade vivenciada. 
Para reforçar esse posicionamento, referenciamos uma parte do Texto Parâmetros 
para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde (2009, p. 16): 
A intervenção orientada por esta perspectiva crítica pressupõe: leitura crítica 
da realidade e capacidade de identificação das condições materiais de vida, 
identificação das respostas existentes no âmbito do Estado e da sociedade civil, 
reconhecimento e fortalecimento dos espaços e formas de luta e organização 
dos(as) trabalhadores(as) em defesa de seus direitos; formulação e construção 
coletiva, em conjunto com os trabalhadores, de estratégias políticas e técnicas 
para modificação da realidade e formulação de formas de pressão sobre o Esta-
do, com vistas a garantir os recursos financeiros, materiais, técnicos e humanos 
necessários à garantia e ampliação dos direitos. 
Na qual repudia a maneira de trabalhos tradicionais pautados no tradicionalismo 
conservador, em que identificam o usuário de maneira isolada, não compreendendo o usuário 
como parte de um sistema problemático facilitador de expressões da questão social.
Dentro desse cenário existe muita confusão de compreensão em relação ao que écompetência e o que é atribuição. Por essa razão, traremos para análise o significado dessas 
nomenclaturas durante a intervenção profissional.
Na lei de Regulamentação da Profissão são identificadas algumas competências gerais, 
que segundo a ABEPSS (1996), são:
• apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações 
sociais numa perspectiva de totalidade; 
• análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as 
particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particulari-
dades regionais; 
• compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento 
sócio-histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as possibili-
dades de ação contidas na realidade; 
• identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular 
respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando 
as novas articulações entre o público e o privado. 
9SERVIÇO SOCIAL
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As competências permitem que o profissional faça uma análise mais profunda 
da realidade, buscando subsídios para a elaboração de um plano de trabalho com ações 
que respeitem a legislação vigente. (Grifo do autor)
São essas competências que permitem ao profissional realizar a análise crítica 
da realidade, para estruturar seu trabalho e estabelecer as competências específicas 
necessárias ao enfrentamento das situações e demandas sociais que se apresentam 
em seu cotidiano. Enquanto que as atribuições se referem aos instrumentais técnico-
operativos utilizados durante as intervenções. (Grifo do autor). 
Ao referenciarmos a Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, é importante compreender 
que a profissão de assistente social tem regulamentação própria, determinada no artigo 
5º, que enumera as atribuições privativas do assistente social:
Artigo 5 – Constituem atribuições privativas:
I – coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, 
planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
II – planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de 
Serviço Social;
III – assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, 
empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV – realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres 
sobre a matéria de Serviço Social;
V – assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como 
pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e 
adquiridos em curso de formação regular;
VI – treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
VII – dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de 
graduação e pós-graduação;
VIII – dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa 
em Serviço Social;
IX – elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras 
de concursos ou outras de seleção para assistentes sociais, ou
onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X – coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre 
assuntos de Serviço Social;
XI – fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;
XII – dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou pri-
vadas;
XIII – ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em 
órgãos e entidades representativas da categoria profissional.
Durante o exercício profissional, o assistente social deverá ter claras as suas 
atribuições dentro dos espaços sócio-organizacionais, a fim de aplicar os instrumentais 
técnicos de maneira correta. 
10 SERVIÇO SOCIAL
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Nesse sentido é possível compreender que as competências são atreladas 
às normativas vigentes (leis, regras, normas, resoluções, códigos etc.), 
que devem ser respeitadas. Sendo que as atribuições se referem à 
instrumentalidade utilizada durante a intervenção. 
Outro ponto importante a ser mencionado é que competências são qualificações 
profissionais para prestar serviços, que a lei reconhece, independentemente de serem, 
também, atribuídas a profissionais de outras categorias. 
11SERVIÇO SOCIAL
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TÓPICO 6 – A ASSOCIAÇÃO DA INSTRUMENTALIDADE E 
DA COMUNICAÇÃO NO SERVIÇO SOCIAL
Joelma Crista Sandri Bonetti
As pessoas têm o livre arbítrio quanto às possibilidades profissionais que 
pretendem seguir, mas precisam ter claro que cada profissão tem características e 
atribuições específicas. Esse processo acontece na escolha da profissão e durante todo o 
processo acadêmico, de reconhecimento de atribuições e competências, estas reforçadas 
por uma categoria profissional constituída e atuante na sociedade. 
A comunicação é instrumento fundamental para estabelecer as interpelações 
humanas. Essa comunicação pode ser desenvolvida através da oralidade, da escrita e 
através de movimentos gesticulatórios, desde que haja interação entre o emissor e o 
receptor, em que está se estabelecendo a comunicação. 
Na concepção de Chiavenato (2002, p. 158), comunicação é “troca de informações 
entre indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. Constitui um 
dos processos fundamentais da experiência humana e da organização social”. 
Na área das ciências humanas, em especial no Serviço Social, uma das principais 
estratégias empregadas durante os atendimentos é a comunicação, que é uma ferramenta 
essencial na elaboração de estratégias interventivas, e que associada aos instrumentais 
técnico-operativos resulta em uma postura ética e imparcial, como deve ser a ação do 
assistente social. 
Nesse sentido, é importante destacar o trabalho do profissional assistente social. 
O assistente social faz o planejamento e a execução de políticas públicas e de 
programas sociais voltados para o bem-estar coletivo e a integração do indi-
víduo na sociedade. Ele trabalha com questões como exclusão social, acom-
panhando, analisando e propondo ações para melhorar as condições de vida 
de crianças, adolescentes e adultos. Cria campanhas de alimentação, saúde, 
educação e recreação e implanta projetos assistenciais. Em penitenciárias e 
abrigos de menores, propõe ações e desenvolve a capacitação para a reinte-
gração dos marginalizados. É obrigatória a inscrição no Conselho Regional de 
Serviço Social para o exercício da profissão. (GUIA DO ESTUDANTE, 2015).
 Para desenvolver as ações técnico-operativas, o assistente social requer formação 
técnica e continuada, já que sua ação preconiza o desenvolvimento de estratégias para 
a defesa e a garantia de direitos sociais negligenciados ou negados pela sociedade. 
Por essa razão, o profissional do Serviço Social precisa se dedicar ao conhecimento 
de teorias para a associação da prática. Essas atribuições tendem a ser norteadas através 
da Lei n° 8.663/93 e do Código de Ética Profissional do Assistente Social, em seu artigo 
12 SERVIÇO SOCIAL
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4°, que reforça as competências específicas do assistente social: 
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da 
administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações 
populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que se-
jam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; 
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos 
e à população; 
IV - (Vetado); 
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido 
de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesade seus direitos; 
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; 
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise 
da realidade social e para subsidiar ações profissionais; 
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública dire-
ta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias 
relacionadas no inciso II deste artigo; 
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada 
às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais 
da coletividade; 
X - planejamento, organização e administração de serviços sociais e de Unidade 
de Serviço Social; 
XI - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios 
e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, 
empresas privadas e outras entidades. 
Nesse sentido, o assistente social tem parâmetros teóricos que norteiam sua 
conduta. O Serviço Social vem se reestruturando como uma política de efetivação de 
direitos sociais, baseada na universalidade e equidade nos atendimentos. 
Carvalho (2008, p. 7) referenda que 
[...] o trabalho do assistente social pode produzir resultados concretos nas 
condições materiais, sociais e culturais da vida de seus usuários, em seu acesso 
a direitos e usufruto de políticas sociais, programas, serviços, recursos e bens, 
em seu comportamento, valores, seu modo de viver e de pensar, suas formas 
de luta e organização, sua prática de resistência. 
Cabe ao assistente social o respeito e a responsabilidade diante do poder que 
lhe cabe no momento de atuação com as famílias, sabendo que o Código de Ética 
do Assistente Social traz todos os deveres, direitos e proibições que competem ao 
profissional.
As políticas públicas existentes no Brasil podem ser analisadas a partir de duas 
vertentes distintas, porém complementares: a primeira refere-se à necessidade de 
planejar, de maneira racional e imparcial, estratégias para a efetivação de ações voltadas 
à população em situação de vulnerabilidade, que visem à minimização ou a resolução 
do problema. 
13SERVIÇO SOCIAL
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Nesse sentido, Souza (2006) comprova essa teoria quando enfatiza que “as 
políticas públicas podem ser tidas como o equilíbrio entre as receitas e as despesas e 
a necessidade de equacionar seus bens para o benefício da população, mesmo porque 
é competência do Estado direcionar recursos para melhorar a condição da sociedade. 
O Brasil traz em sua história a marginalização da sociedade e a emergência das 
desigualdades sociais, em que o ser humano se torna apenas um elo entre ações políticas 
intencionais e ações políticas conclusivas de acesso e participação. Nesse sentido, 
buscamos a fundamentação de Fernandes (2007).
Entretanto, antes de qualquer coisa, a questão da pobreza e da desigualdade 
no Brasil se mostra como algo gerado por um déficit histórico de cidadania 
em um país que viveu sob o regime escravocrata por quatro séculos, no qual 
os direitos cíveis e políticos existiam de maneira ilusória no papel. Outro bom 
exemplo desse período é o pleito eleitoral brasileiro tanto no Período Imperial 
quanto no Período da República Velha, quando o território era dominado pelos 
coronéis, as eleições eram escrutínios caracterizados pela fraude e truculência, 
os eleitores eram ameaçados por capangas e homens de confiança, onde eram 
obrigados a trocar seu voto por subsídios. Evidentemente, esse comportamento 
reforça o atraso da sociedade brasileira. 
O Serviço Social passou por uma reconceituação que abandonou as questões 
caritativas e se pauta principalmente nas ações de garantia de direitos e minimização 
das mazelas sociais. O profissional tem várias legislaturas em que deve se basear para 
a realização de sua intervenção. 
14 SERVIÇO SOCIAL
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TÓPICO 7 – OS TERMOS TÉCNICOS E A ATUAÇÃO 
PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL 
Joelma Crista Sandri Bonetti
Da mesma forma que se pode observar que a profissão do Serviço Social acarreta 
responsabilidades para o exercício da sua práxis profissional, ela também requer uma 
postura profissional ético-política e linguística, pois as palavras têm sentido amplo 
e podem ocasionar sentidos dúbios. Neste sentido, é de suma importância que os 
profissionais do Serviço Social se apropriem de vocabulários próprios da sua área do 
saber, é claro que respeitando as regras gramaticais e evitando os erros de português e 
concordâncias, mas essa visão vem se aperfeiçoando ao longo da história.
Barbiero (2006) reforça essa ideia expondo que:
Nós, seres humanos, ao longo dos séculos desenvolvemos formas diferentes 
para conseguir um canal eficiente de comunicação com nossos semelhantes. 
Nos primórdios, alguns gestos e ruídos animalescos traduziam as vis ideias 
que a mente símia conseguia produzir. Depois, foram desenvolvidas a palavra 
falada, a palavra escrita, os meios de comunicação em massa e outras fontes 
tantas [...]. Tudo isso com um objetivo: transmitir o conteúdo que criamos ou 
entendemos justo para outros, informando-os ou persuadindo-os a se aliarem 
aos nossos ideais.
É de suma importância que os profissionais se apropriem da linguagem técnica 
profissional, por esta razão referenciaremos alguns conceitos do dicionário de termos 
técnicos da Assistência Social:
abrangência territorial, abordagem, abrigamento, ação socioassistencial, aces-
sibilidade, acesso, acolhida, acolhimento, acompanhamento, acompanhamento 
técnico metodológico aos serviços, albergamento, amostragem, apoio socioeco-
nômico, atendimento socioassistencial, instrumentalidade (entrevista, grupos, 
oficinas, palestras, reuniões, estudo de caso, orientação, visitas domiciliares, 
pareceres), arquivos, ato infracional e administrativo, atribuições, autonomia, 
avaliação, Benefício de Prestação Continuada BPC, benefícios eventuais, 
campanhas, Centros de Referência de Assistência Social CRAS, cidadania, co-
munidade, conceitos, conduta, conferências, conhecimento, conselho tutelar, 
conselho, conselho municipal, conselho estadual, conselho federal, acompanha-
mento, controle social, convivência familiar e comunitária, cultura, deficiência, 
demanda, descentralização, desempenho, desemprego, desenvolvimento hu-
mano, desenvolvimento sustentável, desligamento, diagnóstico social, direitos 
socioassistenciais, diretrizes, efetividade, eficácia, eficiência, empoderamento, 
enfrentamento, assalariado, encaminhamento, entidade, entrevista, equidade, 
Estatuto da Criança e do Adolescente, ética, exclusão social, formulários, fa-
mília, fórum, fundo de assistência social, habilitação, habitação, incapacidade, 
inclusão, indicadores, índice, instituição, instrumento, intersetorialidade, Jui-
zado da Infância e Juventude, Lei de Diretrizes e Bases, Lei Orçamentária Lei 
Orgânica da Assistência Social, mapeamento, medidas de proteção, medidas 
socioeducativas, metas, Ministério Público, monitoramento, moral, normas, 
ocupação, oficinas, Organização não Governamental, parcerias, padrão, qua-
lidade, participação, perfil, pesquisa, planejamento, plano, política, proteção 
social, procedimentos, programas, projetos, público-alvo, reabilitação, rede 
socioassistencial, registros, regulamentação, renda per capita, regulamentação, 
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renda, resolução, responsabilidade social, reuniões, territorialização, risco so-
cial, Sistema Único de Assistência Social, supervisão, terceiro setor, autonomia, 
trabalho infantil, trabalho forçado, trabalho protegido, universalidade, variável, 
vínculo, violação, violência, vulnerabilidade. (Prefeitura Municipal. Secretaria 
Municipal Adjunta de Assistência Social. Belo Horizonte,2007).
O fato de utilizar a mesma nomenclatura cria um meio de comunicação universal 
entre os profissionais. Além de compreenderem o relato, isto também os auxilia na 
qualificação e valorização da categoria.
Conceito de instrumentais:
Todos os profissionais têm instrumentos de trabalho específicos à sua profissão. 
O assistente social, por ser um profissional qualificado para atuar como articulador, 
minimizador de questões sociais, defensor da equidade, necessita fundamentar suas 
bases teóricas, metodológicas, técnicas e ético-políticas no desenvolvimento de sua ação 
profissional; [...] “a questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho 
cotidiano do assistente social”. (IAMAMOTO 1997, p. 14). (Grifo nosso)
A instrumentalidade no serviço social é uma reflexão teórica pouco explorada. 
Diante dessa constatação, faz-se necessário esclarecer que é a utilização de ações 
específicas à intervenção e articulação teórica-metodológica e técnico-operativa da 
ação profissional cotidiana. “Os conteúdos históricos, teórico-metodológicos e ético-
políticos que norteiam o serviço social, […] que irão distinguir o trabalho profissional 
competente”. (FÁVERO, 2004, 89).
Os instrumentais técnico-operativos dos assistentes sociais estão inseridos numa 
perspectiva dialética, em que se acredita na dinâmica social, em que a sociedade está 
diversificada e entregue à transformação. É nesta perspectiva que o serviço social está 
procurando se adequar, sendo também dinâmico e criativo para atender às demandas 
que crescem na medida em que crescem as desigualdades sociais.
A prática do assistente social tem como matéria-prima de sua ação as relações 
de poder da sociedade capitalista. Nesse sentido, faz-se necessário um posicionamento 
profissional frente às questões sociais para desenvolver uma direção a ser seguida, por 
isso se fala em assumir valores ético-morais-políticos, pois norteiam a prática através 
de valores que estão descritos no Código de Ética do Assistente Social (Resolução CFAS 
nº 273/93).
Capítulo II. Dos Deveres Fundamentais do Assistente Social
Art. 4° O assistente social no desempenho das tarefas inerentes à sua profissão 
deve respeitar a dignidade da pessoa humana que, por sua natureza, é um ser 
inteligente e livre.
Art. 5° No exercício de sua profissão, o assistente social tem o dever de respeitar 
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as posições filosóficas, políticas e religiosas daqueles a quem se destina sua 
atividade, prestando-lhes os serviços que lhe são devidos, tendo-se em vista o 
princípio de autodeterminação.
Art. 6° O assistente social deve zelar pela família, grupo natural para o desen-
volvimento da pessoa humana e base essencial da sociedade, defendendo a 
prioridade dos seus direitos e encorajando as medidas que favoreçam a sua 
estabilidade e integridade.
Art. 7° Ao assistente social cumpre contribuir para o bem comum, esforçando-se 
para que o maior número de criaturas humanas dele se beneficie, capacitando 
indivíduos, grupos e comunidades para sua melhor integração social.
Art. 8° O assistente social deve colaborar com os poderes públicos na preserva-
ção do e dos direitos individuais, dentro dos princípios democráticos, lutando 
inclusive para o estabelecimento de uma ordem social justa.
Art. 9° O assistente social estimulará a participação individual, grupal e co-
munitária no processo de desenvolvimento, propugnando pela correção dos 
desníveis sociais.
Art. 10° O assistente social no cumprimento de seus deveres cívicos colaborará 
nos programas nacionais e internacionais, que se destinem a atender às reais 
necessidades de melhoria das condições de vida para a sua pátria e para a 
humanidade.
Art. 11° Ao assistente social cumpre respeitar a justiça em todas as suas formas: 
comutativa, distributiva e social, lutando para o seu fiel cumprimento, dentro 
dos princípios de fraternidade no plano nacional e internacional.
Art. 12° O assistente social, conforme estabelecem os princípios éticos e a lei 
penal, deve pautar toda a sua vida profissional condicionalmente pela verdade.
Art. 13° O assistente social no exercício de sua profissão deve aperfeiçoar 
sempre seus conhecimentos, incentivando o progresso, atualização e difusão 
do Serviço Social.
Art. 14° O assistente social tem o dever de respeitar as normas éticas das outras 
profissões, exigindo, outrossim, respeito àquelas relativas ao Serviço Social, 
quer atuando individualmente ou em equipes.
O Código de Ética é um valioso instrumento de apoio e orientação para os 
profissionais assistentes sociais, regulamentando responsabilidades e norteando a ação.
Para Martinelli (1994, p. 138), os instrumentais técnico-operativos são como um 
“conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização 
da ação profissional”. É importante esclarecer os objetivos que se quer alcançar, o 
instrumental tende a ser diferenciado, quando diz que o instrumental e a técnica 
estão interligados, pois abrangem não só o campo das técnicas, como também dos 
conhecimentos e habilidades.
Toda intervenção profissional precisa ter clara a demanda a ser atendida e os 
objetivos que se pretende alcançar. Finalizada essa etapa, é hora de partir para as ações, 
ou seja, qual é a melhor técnica para alcançar os resultados desejados (observação, 
entrevistas, estudo socioeconômico, visitas domiciliares, pareceres ou relatórios, 
encaminhamentos).
A demanda identificada possibilita a escolha adequada do instrumental a ser 
utilizado na intervenção. Para Martinelli e Koumrouyan 1994, (apud KOSMANN, 2006, 
p. 102), os instrumentais “abrangem técnicas, conhecimentos e habilidades, os quais 
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são construídos a partir de um dado momento e de acordo com uma determinada 
finalidade”.
O assistente social atua diretamente no cotidiano dos grupos sociais, intervindo 
por meio de seus conhecimentos no contexto social. O conhecimento teórico é um 
instrumento de trabalho vinculado à prática, podendo-lhe permitir ter um olhar macro 
nas suas intervenções profissionais.
Percebemos que somente após o governo Vargas é que as pessoas passaram a 
usufruir de direitos, observou-se significativos avanços nas áreas da previdência social, 
principalmente a legislação trabalhista, nas áreas da educação, saúde com saneamento 
básico, habitação, transporte, e tudo isso resulta atualmente na melhoria das condições 
de vida, favorecendo e refletindo na classe com menor poder aquisitivo.
É de suma importância a utilização de termos técnicos condizentes em nossa área 
de atuação, pois possibilita melhor compreensão entre profissionais, além da qualificação 
e valorização da categoria. A utilização de instrumentais qualifica a intervenção, 
favorecendo assim resultados positivos nas múltiplas expressões sociais.
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