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Livro-Texto - Unidade III

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58
Unidade III
Unidade III
7 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
Entre as alterações contempladas pela Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, em relação à Lei 
n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a nova redação do art. 176, que determina as demonstrações 
financeiras, está assim:
I – balanço patrimonial
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (e/ou demonstração da mutação do 
patrimônio líquido)
III – demonstração do resultado do exercício
IV – demonstração das origens e aplicações de recursos (extinta)
→ demonstração dos fluxos de caixa
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (inclusa).
Logo, a demonstração do valor adicionado torna-se obrigatória apenas para as empresas de capital 
aberto, ou seja, empresas que negociam suas ações em bolsa de valores.
O CFC, por meio da Resolução n. 1.162 de 27 de março de 2009, apresenta a seguinte alteração na 
Resolução n. 1.138 de 21 de novembro de 2008:
Art. 1º. Alterar o item 3 da NBC T 3.7 – Demonstração do Valor Adicionado, que passa a ter a 
seguinte redação: 
A entidade, sob a forma jurídica de sociedade por ações, com capital aberto, e outras entidades que 
a lei assim estabelecer devem elaborar a DVA e apresentá-la como parte das demonstrações contábeis 
divulgadas ao final de cada exercício social. É recomendada, entretanto, a sua elaboração por todas as 
entidades que divulgam demonstrações contábeis.
A demonstração do valor adicionado é um demonstrativo contábil que auxilia na medição e 
demonstração da capacidade da empresa gerar e distribuir a riqueza de uma entidade.
59
CONTABILIDADE FINANCEIRA
 Observação
Há algumas décadas muitos governos nacionais criaram zonas francas 
para incentivar a instalação de empresas em áreas remotas, como a Zona 
Franca de Manaus pelo governo brasileiro, a Zona Franca da Terra do Fogo, pelo 
governo argentino ou a Zona Franca de Jebel Ali, pelo governo dos Emirados 
Árabes Unidos. A intenção com isso era a de promover desenvolvimento 
regional. Entretanto, descobriu-se que muitas empresas que se instalavam 
nessas áreas contribuíam muito pouco ou nada para o desenvolvimento. Essa 
foi uma das necessidades que levaram ao desenvolvimento da DVA.
Antes de adentrarmos no estudo da finalidade e da estrutura dessa demonstração, é importante 
conhecer o conceito de valor adicionado.
A Resolução CFC n. 1.138, de 21 de novembro de 2008, define valor adicionado como a riqueza criada 
pela empresa, de forma geral, medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos 
de terceiros, incluindo também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por 
terceiros e transferido à entidade.
Conforme ensina Santos (2007), “do ponto de vista da ciência contábil, poder-se-ia afirmar que 
a medição ou apuração da riqueza criada pode ser calculada por meio da diferença aritmética entre 
o valor das vendas e os insumos pagos a terceiros mais as depreciações”. Após mencionar a definição 
de valor adicionado dada por vários autores nacionais e estrangeiros, Santos infere que todas as 
definições levam ao conceito de que:
o valor adicionado representa o incremento de valor que se atribui a um 
bem durante o processo produtivo. Assim, poder-se-ia concluir que as 
empresas, ao exercerem suas atividades, utilizando-se de bens e serviços que 
são adquiridos de terceiros, aplicando seus capitais, através da utilização de 
seus equipamentos, e o trabalho de seus empregados, estarão adicionando 
valor aos novos produtos que serão colocados no mercado.
O valor adicionado demonstra a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de 
desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço 
conjugado de todos os seus fatores de produção.
Ainda sob a elucidação de Santos (2007), vejamos um exemplo sobre valor adicionado:
Exemplo de aplicação
Determinado camponês, por hipótese extremada, realiza atividades de extração manual não 
utilizando qualquer tipo de insumo. Em suas atividades, ele contrata pessoas que recebem salários 
60
Unidade III
e utiliza créditos bancários pelos quais paga juros. Seus produtos são vendidos diretamente para a 
indústria. A indústria, que se utiliza apenas de mão de obra (não utiliza qualquer outro tipo de insumo), 
após processamento, revende seu produto ao comerciante e este o repassa para o consumidor final. 
Em todo esse processo, existem valores devidos ao governo a título de impostos. Assim, admitem-se as 
seguintes demonstrações de resultados:
Tabela 8
DRE Camponês Indústria Comércio
Receitas de vendas 20.000 46.000 65.000
Custos / Despesas
 Salários (12.000) (10.000) (7.000)
 Insumos - (20.000) (46.000)
 Juros (2.000) (3.000) (1.000)
 Impostos (3.000) (8.000) (7.000)
Lucro líquido 3.000 5.000 4.000
Baseados nessas demonstrações de resultados, os valores adicionados de cada um desses 
segmentos serão: o camponês criou de riqueza um valor exatamente igual ao de sua receita, que 
foi de $ 20.000, uma vez que ele não adquiriu qualquer insumo de terceiros. A indústria criou 
$ 26.000 de riqueza, valor esse que representa o total de suas receitas ($ 46.000), diminuídas 
dos insumos adquiridos do camponês por $ 20.000. Finalmente, no comércio, foram gerados 
$ 19.000 de riquezas, resultado da diferença de suas receitas no valor de $ 65.000 e os insumos 
adquiridos da indústria por $ 46.000.
Tabela 9
Camponês Indústria Comércio
Receitas de vendas 20.000 46.000 65.000
Insumos adquiridos de terceiros - (20.000) (46.000)
Valor adicionado 20.000 26.000 19.000
A demonstração do valor adicionado evidencia a capacidade da empresa de gerar riqueza e como ela é 
distribuída entre acionistas, financiadores externos, funcionários e governo.
 Lembrete
Por meio dessa demonstração contábil, é possível apresentar a 
contribuição que tal empresa proporciona ao país, auxiliando, portanto, no 
cálculo do Produto Interno Bruto (PIB).
61
CONTABILIDADE FINANCEIRA
Quanto à estrutura da DVA e conforme dispõe a Instrução CVM n. 469, de 2 de maio de 2008, 
em seu art. 6º, a demonstração do valor adicionado poderá ser elaborada e divulgada com base 
nas orientações contidas no item 1.12 do Ofício Circular CVM/SNC/SEP/n. 01, de 14 de fevereiro de 
2007, enquanto a CVM não emitir norma específica regulando essa matéria.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, por meio do CPC 09 – Demonstração do Valor 
Adicionado, traz os procedimentos que devem ser adotados na elaboração de uma demonstração do 
valor adicionado.
Conforme dispõe a instrução da CVM citada anteriormente, o modelo a ser utilizado poderá ser 
aquele desenvolvido pelos pesquisadores da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, 
Atuariais e Financeiras). Vejamos:
Tabela 10
Demonstração do valor adicionado
Empresa: Em milhares de reais
Descrição Pela legislação societária
Em moeda 
constante
1. Receitas
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2 Provisão para devedores duvidosos – reversão/(constituição)
1.3 Não operacionais
2. Insumos adquiridos de terceiros
(Inclui os valores dos impostos – icms e ipi)
2.1 Matérias-primas consumidas
2.2 Custos das mercadorias e serviços vendidos
2.3. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.4 Perda/recuperação de valores ativos
3. Valor adicionado bruto (1 – 2)
4. Retenções
4.1 Depreciação, amortização e exaustão
5. Valor adicionado líquido produzido pela entidade (3 – 4)
6. Valor adicionado recebido em transferência
6.1 Resultado da equivalência patrimonial
6.2 Receitas financeiras
7. Valor adicionado total a distribuir (5 + 6)
8. Distribuição do valor adicionado
8.1 Pessoal e encargos
8.2 Impostos, taxas e contribuições
8.3 Juros e aluguéis
8.4 Juros sobre capital próprio e dividendos
8.5 Lucros retidos/(prejuízo do exercício)
62
Unidade III
8 INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO
As informações para elaboração da DVA devem ser extraídas da contabilidade, portanto, devem ter 
como base o princípio contábil do regimede competência de exercícios.
1. Receitas (soma dos itens 1.1 a 1.3)
1.1. Vendas de mercadorias, produtos e serviços
Corresponde à receita bruta ou faturamento bruto, estando incluídos, portanto, os valores do ICMS 
e IPI incidentes sobre essas receitas.
1.2. Provisão para devedores duvidosos – Reversão/(Constituição)
Inclui os valores relativos à constituição/baixa de provisão para devedores duvidosos.
1.3. Não operacionais
Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, como, por exemplo, ganhos ou 
perdas na baixa de imobilizados e ganhos ou perdas na baixa de investimentos.
2. Insumos adquiridos de terceiros (soma dos itens 2.1 A 2.4)
2.1. Matérias-primas consumidas
São aquelas incluídas no custo do produto vendido.
2.2. Custos das mercadorias e serviços vendidos
Não inclui gastos com pessoal próprio. Considerar os impostos (ICMS e IPI) incluídos no momento 
das compras, recuperáveis ou não.
2.3. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
Inclui valores relativos às aquisições e pagamentos a terceiros. Considerar os impostos (ICMS e IPI) 
incluídos no momento das compras, recuperáveis ou não.
2.4. Perda/Recuperação de valores ativos
Inclui valores relativos ao valor de mercado de estoques, investimentos etc.
3. Valor adicionado bruto
É a diferença entre os itens 1 e 2.
63
CONTABILIDADE FINANCEIRA
4. Retenções
4.1. Depreciação, amortização e exaustão
Incluir a despesa contabilizada no mês.
5. Valor adicionado líquido produzido pela entidade
É a diferença entre os itens 3 e 4.
6. Valor adicionado recebido em transferência (soma dos itens 6.1 E 6.2)
6.1. Resultado de equivalência patrimonial
Inclui valores recebidos como dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo.
 Saiba mais
Para saber mais sobre a demonstração do valor adicionado como 
instrumento de mensuração da distribuição da riqueza, leia o artigo:
CUNHA, J. V. A.; RIBEIRO, M. S.; SANTOS, A. A demonstração do valor 
adicionado como instrumento de mensuração da distribuição da riqueza. 
Revista Contabilidade Financeira, São Paulo, n. 37, p. 7-23, 2005.
6.2. Receitas financeiras
Inclui todas as receitas financeiras, independentemente de sua origem.
7. Valor adicionado total a distribuir (soma dos itens 5 e 6)
8. Distribuição do valor adicionado (soma dos itens 8.1 A 8.5)
8.1. Pessoal e encargos
Devem ser incluídos neste item os encargos com férias, 13º salário, FGTS, alimentação, transporte, 
Pró-labore etc., apropriados ao custo do produto ou resultado do período. Não incluir encargos 
com INSS.
64
Unidade III
8.2. Impostos, taxas e contribuições
Além das contribuições devidas ao INSS, imposto de renda e contribuição social, todos os demais 
impostos, taxas e contribuições devem ser incluídos nesse item. Os valores relativos ao ICMS e IPI devem 
ser considerados como os valores devidos ou já recolhidos aos cofres públicos, representando a diferença 
entre os impostos incidentes sobre as vendas e os valores considerados dentro do item 2 (Insumos 
adquiridos de terceiros).
8.3. Juros e aluguéis
Devem ser consideradas as despesas financeiras e as de juros relativas a quaisquer tipos de 
empréstimos e financiamentos em instituições financeiras, empresas do grupo ou outras e os aluguéis 
(incluindo-se as despesas com leasing) pagos ou creditados a terceiros.
8.4. Juros sobre o capital próprio e dividendos
Inclui os valores pagos ou creditados aos acionistas. Os juros sobre o capital próprio contabilizados 
como reserva devem constar no item Lucros retidos.
8.5. Lucros retidos/(Prejuízo do exercício)
Devem ser incluídos os lucros do período destinados às reservas de lucros e eventuais parcelas ainda 
sem destinação específica.
A seguir apresentamos um exemplo utilizando essas instruções.
A Cia. EAD apresentou seu balanço patrimonial em 20X0, com os seguintes saldos:
Tabela 11
Balanço patrimonial – 20X0
Ativo R$ Passivo + PL R$
Circulante
Caixa e bancos
Estoques
20.000
2.460
Patrimônio líquido
Capital 22.460
Total 22.460 Total 22.460
O saldo inicial de estoques no valor de R$ 2.460, relativo às mercadorias que serão utilizadas 
para revenda, proporcionou compensação de ICMS de R$ 540 (alíquota de 18%), ou seja, o valor 
bruto das mercadorias adquiridas foi de R$3.000.
65
CONTABILIDADE FINANCEIRA
 Lembrete
O valor adicionado representa o incremento de valor que se atribui a 
um bem durante o processo produtivo.
Durante o exercício social de 20X1, realizou as seguintes operações:
1. Aquisição a vista de mercadorias no valor de R$ 6.000, com incidência de 18% de ICMS. 
Assim, o valor das compras líquidas foi de R$ 4.920 e o do ICMS incluso no valor bruto das 
compras foi de R$ 1.080.
2. Venda de 70% dos estoques por R$ 12.000, com destaque para o ICMS (alíquota de 18%) de 
R$ 2.160, ou seja, o valor das vendas líquidas foi de R$ 9.840.
3. Gastos com pessoal no valor de R$ 1.700, representados por R$ 276 de contribuições devidas ao 
INSS e de R$ 1.424 relativos a salários, férias, 13º salário, FGTS etc.
4. Despesas administrativas correspondem ao consumo de energia elétrica no valor de R$ 800 e não 
foram considerados eventuais impostos sobre esse consumo.
5. O Imposto de Renda e a contribuição social foram calculados à alíquota de 33% sobre o 
lucro líquido.
A empresa apresentou as seguintes demonstrações contábeis em 20X1:
Demonstração de Resultado – 20X1 R$
Receita bruta 12.000
(-) ICMS sobre vendas (2.160)
= Vendas líquidas 9.840
(-) Custo das mercadorias vendidas (5.166)
= Lucro bruto 4.674
(-) Despesas operacionais
Salários e encargos (1.700)
Administrativas (800)
= Lucro antes do IR e CS 2.174
(-) IR/CS (33%) (717)
= Lucro líquido 1.457
66
Unidade III
Tabela 12
Balanço patrimonial – 20X1
Ativo R$ Passivo + PL R$
Circulante
 Caixa e bancos
 Estoques
23.500
2.214
Circulante
 ICMS a pagar
 IR/CS a pagar
Patrimônio líquido
 Capital
 Reserva de lucros 
1.080
717
22.460
1.457
Total 25.714 Total 25.714
Com base nas demonstrações contábeis e informações adicionais, a DVA é a seguinte:
Tabela 13
Demonstração do valor adicionado do exercício de 20X1
1. Receitas 12.000
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 12.000
1.2 Provisão para devedores duvidosos – Reversão/(Constituição)
1.3 Não Operacionais
2. Insumos adquiridos de terceiros
(inclui os valores dos impostos – ICMS e IPI)
7.100
2.1 Matérias-primas consumidas
2.2 Custos das mercadorias e serviços vendidos 6.3004
2.3. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 800
2.4 Perda / Recuperação de valores ativos
3. Valor adicionado bruto (1 – 2) 4.900
4. Retenções
4.1 Depreciação, amortização e exaustão
5. Valor adicionado líquido produzido pela entidade (3 – 4) 4.900
6. Valor adicionado recebido em transferência
6.1 Resultado da equivalência patrimonial
6.2 Receitas financeiras
7. Valor adicionado total a distribuir (5 + 6) 4.900
8. Distribuição do valor adicionado 4.900
8.1 Pessoal e encargos 1.424
8.2 Impostos, taxas e contribuições 2.0195
8.3 Juros e aluguéis
8.4 Juros sobre capital próprio e dividendos
8.5 Lucros retidos/(prejuízo do exercício) 1.457
67
CONTABILIDADE FINANCEIRA
 Observação
O valor de $4.900 referente a Valor Adicionado Total a Produzir 
(Linha 7) equivale à parcela de contribuição da empresa para a 
sociedade, ou do PIB (Produto Interno Bruto) geral do país, o quanto 
essa empresa em específico contribuiu.
 Saiba mais
SZYMCZAK, M.; LEÃO, S. E. A importância da Demonstração do Valor 
Adicionado (DVA) no ambiente econômico e social brasileiro. Contabilidade 
& Amazônia, Sinop, v. 2, n. 1, 2009.
 Resumo
Foi estudada a Demonstração do Valor Adicionado, que vem junto com 
as Normas Internacionais de Contabilidade com a missão de mostrar o 
quanto uma empresa produziu e distribuiu de riqueza, uma grande dúvida 
entre usuários da contabilidade. 
Não raramente, era possível analisar os resultados financeiros de uma 
empresa, mas não era possível dizer seo que essa empresa produziu de 
benefícios seria bom para a sociedade e o ecossistema em que estava inserida. 
Para o governo de um país que concede um incentivo fiscal, a 
expectativa é a de que a empresa beneficiada venha a ajudar a promover 
desenvolvimento regional. Mas e se a empresa resolver realizar apenas 
uma etapa da produção, sem dar treinamento, distribuir conhecimento, 
realizar apenas um trabalho parcial? Seria bom dar o incentivo para 
essa empresa? E para o investidor? Seria mais agradável ao seu perfil de 
investimento investir em empresas que distribuem mais ou menos riqueza? 
A Demonstração do Valor Adicionado traz essa oportunidade e foi estudado 
de que forma os conceitos são usados nesse sentido.
A DVA nada tem de estimativa, trata-se de um trabalho efetivamente 
contábil, que emana do sistema contábil da empresa. O profissional 
de contabilidade está no centro dos interesses divergentes e que seu 
trabalho ajuda a esclarecer e direcionar decisões racionais.
68
Unidade III
A expectativa é a de que neste momento se tenha desenvolvido 
condições de lidar eficaz e eficientemente com os três tópicos estudados 
até aqui.
 Exercícios
Questão 1. A Tabela de Recursos e Usos contém os resultados, a preços correntes e a preços 
constantes do ano anterior, e mostra os fluxos de oferta e demanda dos bens e serviços e, também, 
a geração da renda e do emprego em cada atividade econômica. As Contas Econômicas Integradas, 
núcleo central do Sistema, oferecem uma visão do conjunto da economia, descrevendo, para cada 
setor institucional, seus fenômenos essenciais – produção, consumo, acumulação e patrimônio – e suas 
inter-relações no período considerado. As tabelas sinóticas reúnem as principais grandezas calculadas 
no Sistema de Contas Nacionais e permitem identificar, para cada ano, o Produto Interno Bruto (PIB); 
a composição da oferta e da demanda agregada; a geração, a distribuição e o uso da renda nacional; a 
acumulação de capital; a capacidade ou necessidade de financiamento; as transações correntes com o 
resto do mundo; a renda per capita; a evolução da carga tributária; a desagregação das empresas não 
financeiras, por origem de capital, privado e público; e a desagregação do setor público e privado, para 
alguns agregados, entre outras informações da economia brasileira.
Fonte: BRASIL. Sistema de Contas Nacionais – SCN. Disponível em: https://bit.ly/2StLT8O. Acesso em 14 fev. 2020.
O valor adicionado da economia pode ser visto em qual matriz da tabela sinótica?
A) A.
B) A1.
C) A2.
D) B1.
E) C.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a matriz A reúne todos os valores ligados a oferta, seja doméstica, seja internacional.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: a matriz A1 está ligada aos valores de oferta doméstica, ou seja, aquilo que foi produzido 
por empresas nacionais ou domiciliadas em solo nacional.
69
CONTABILIDADE FINANCEIRA
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: na matriz A2 estão contidos os valores de produtos importados.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: a matriz B1 representa os dados de consumo intermediário, ou seja, aqueles custos que 
pessoas e empresas incorreram para que se pudesse produzir um outro bem.
E) Alternativa correta.
Justificativa: a matriz C, ou matriz de componentes do valor adicionado, como o próprio nome nos 
permite intuir, reúne os dados sobre a adição de valor de todos os setores da economia, ou seja, o que 
de fato cada setor contribui para a formação da renda nacional.
Questão 2. De posse do valor bruto da produção (VBP) para que possamos saber o PIB basta deduzir 
do VBP o(s) a(s):
A) Consumo intermediário.
B) Gastos com investimentos.
C) Gastos do governo.
D) Gastos com mão de obra.
E) Gastos com juros da dívida pública.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: o PIB é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado 
período. Para que não haja dupla contagem, o PIB é constituído apenas dos valores adicionados por 
cada setor.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: os gastos com investimentos estão diretamente ligados ao consumo intermediário e 
a adição de valor no setor onde atua, portanto, tirar o investimento da conta do VBP seria omissão de 
informação relevante.
70
Unidade III
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: os gastos do governo também geram valor acionado, portanto, não seria correto 
deduzi-los da conta do VBP para encontrar o PIB.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: os gastos com mão de obra constituem valor adicionado, sua subtração incorreria em 
erro no cálculo do PIB.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: os gastos com juros da dívida pública constituem ganhos do setor financeiro, portanto, 
não é correto retirá-lo do VBP para encontrar o PIB.
71
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Audiovisuais
GETÚLIO. Direção de João Jardim. Brasil: Globo Filmes, 2013. 100 min.
Textuais
BRAGA, H. R.; ALMEIDA, M. C. Mudanças contábeis na lei societária. São Paulo: Atlas, 2009. (Virtual).
BULLA, B. Aos 93 anos, criador da CLT continua na ativa. Última instância (Especial 70 anos da Justiça 
do Trabalho), 1 maio 2011. Disponível em: http://ultimainstancia.uol.com.br/justica-do-trabalho/aos-
93-anos-criador-da-clt-continua-na-ativa/. Acesso em: 25 jul. 2014.
CAMARGO, C. Análise de investimentos e demonstrativos financeiros. Curitiba: Ibpex, 2007.
COSTA, R. de L. Rotinas trabalhistas: departamento pessoal modelo. São Paulo: Cenofisco, 2007.
CUNHA, J. V. A.; RIBEIRO, M. S.; SANTOS, A. A demonstração do valor adicionado como 
instrumento de mensuração da distribuição da riqueza. Revista Contabilidade Financeira, São 
Paulo, n. 37, p. 7-23, 2005.
DOLME, D. Vargas criou Justiça do Trabalho para administrar tensão entre patrão e empregado. Última 
instância (Especial 70 anos da Justiça do Trabalho), 1 maio 2011. Disponível em: http://ultimainstancia.
uol.com.br/justica-do-trabalho/vargas-criou-justica-do-trabalho-para-manter-tensao-entre-patrao-
e-empregado-sob-controle/. Acesso em: 25 jul. 2014.
FERNANDES, E. C. Demonstrações financeiras: gerando valor para o acionista. São Paulo: Atlas, 2010.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades. De acordo 
com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
GRIFFIN, M. P. Contabilidade e finanças. São Paulo: Saraiva, 2012. 
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade comercial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006. (Virtual).
MARTINS, E.; GELBCKE, E. R.; IUDÍCIBUS, S. Manual de contabilidade das sociedades por ações: 
aplicável às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MARTINS, E.; GELBCKE, E. R.; IUDÍCIBUS, S. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 5. ed. 
São Paulo: Atlas, 2000. (Virtual).
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade básica. 13. ed. São Paulo: Frase, 2006.
72
NOVA regra contábil afeta 74% das companhias. Contadores CNT, São Paulo, 25 set. 2019. Disponível 
em: https://contadores.cnt.br/noticias/tecnicas/2019/09/25/nova-regra-contabil-afeta-74-das-
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https://cfc.org.br/tecnica/assuntos-internacionais/
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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