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Profa. Ma. Roberta Silva UNIDADE III Análise das Demonstrações Contábeis EBITDA – Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization Traduzindo... Representa: o potencial de geração genuinamente operacional de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir, antes, inclusive, de considerar o custo de qualquer capital tomado emprestado. Não corresponde ao efetivo fluxo de caixa físico já ocorrido no período, porque parte das vendas pode não estar recebida e parte das despesas pode não estar paga. Análise avançada das Demonstrações Contábeis Lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização É determinado pela soma do lucro operacional (antes do IR) e das despesas não desembolsáveis (depreciação/amortização). Equivale-se ao fluxo de caixa, evidenciando a capacidade da empresa em remunerar os credores e acionistas. Tem enfoque no operacional e na capacidade da empresa em gerar caixa. Por este motivo, a exclusão das receitas e despesas financeiras (juros pagos a credores), já que não apresentam vínculos com a atividade. E ainda, exclui do seu efeito a depreciação, exaustão e amortização. EBITDA Modelo simplificado – EBITDA (+) receita bruta; (–) deduções e impostos; (=) receita líquida; (–) custos; (=) lucro bruto; (–) despesas operacionais; (=) lucro operacional; (+/-) receitas/despesas financeiras; (=) Resultado EBITDA. EBITDA Cálculo do EBITDA Calcular o lucro operacional. Somar ao lucro operacional a depreciação e amortização inclusas no CMV e nas despesas operacionais. Acrescentar a despesa financeira líquida, que foge do escopo de análise do indicador, ou seja, de efetivo desempenho operacional. Assim, para o cálculo do EBITDA, adicionam-se os juros, depreciação e amortização ao lucro operacional líquido antes dos impostos. EBITDA Aplicação do EBITDA na análise da origem dos resultados das empresas, pode ser utilizado para comparar as empresas quanto à eficiência dentro de um determinado segmento de mercado. sua variação de um ano para outro aponta se a empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade. Importante destacar que o EBITDA pode dar uma falsa ideia sobre a efetiva liquidez da empresa. Além disso, o indicador não considera o montante de reinvestimento requerido (pela depreciação), fator especialmente crítico nas empresas que apresentam ativos operacionais de vida curta. EBITDA por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, pode medir com mais precisão a produtividade e a eficiência do negócio. É um indicador financeiro muito relevante; Porém deve ser utilizado combinado com outros indicadores; É certamente o mais acompanhado pelos analistas. Em determinado cenário, uma empresa pode apresentar um EBITDA verdadeiramente “astronômico” e nem sequer ter dinheiro para pagar os salários (basta que tenha vendido a clientes que não pagam, ou que tenha efetuado volumosos investimentos). Isso deve-se ao fato desse indicador analisar somente as contas de resultado, não se importando com a movimentação patrimonial. EBITDA Avalie as afirmativas apresentadas e escolha a alternativa incorreta: a) O EBITDA equivale ao fluxo de caixa, evidenciando a capacidade da empresa em remunerar os credores e acionistas. Como custo fixo observamos o aluguel da fábrica. b) O EBITDA representa o potencial de geração genuinamente operacional de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir. c) Um alto valor de EBITDA por si só garante que a empresa está com bom desempenho. d) Tem enfoque no operacional e na capacidade da empresa em gerar caixa. e) Pode ser utilizado para comparar as empresas quanto à eficiência dentro de um determinado segmento de mercado. Interatividade Avalie as afirmativas apresentadas e escolha a alternativa incorreta: a) O EBITDA equivale ao fluxo de caixa, evidenciando a capacidade da empresa em remunerar os credores e acionistas. Como custo fixo observamos o aluguel da fábrica. b) O EBITDA representa o potencial de geração genuinamente operacional de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir. c) Um alto valor de EBITDA por si só garante que a empresa está com bom desempenho. d) Tem enfoque no operacional e na capacidade da empresa em gerar caixa. e) Pode ser utilizado para comparar as empresas quanto à eficiência dentro de um determinado segmento de mercado. Resposta É uma medida de desempenho empresarial; O capital é tanto o empréstimo de terceiros quanto o dinheiro investido pelos acionistas da empresa. O custo da dívida é o que está cobrando a instituição financeira para emprestar o dinheiro. Já o custo do capital investido pelo acionista envolve a avaliação dos ativos da companhia. O custo do capital justifica os ganhos que serão obtidos em um investimento? Uma empresa só cria valor se o retorno sobre seu capital for maior do que o custo envolvido ou do que a taxa de ganho que os investidores poderiam auferir no caso de investirem em outros valores com o mesmo risco. EVA – Economic Value Added A principal mensagem do EVA é que não é suficiente ter lucro líquido positivo ou certo nível de lucro por ação. A empresa precisa ganhar o suficiente para cobrir o custo do capital de terceiros e o custo de oportunidade do capital próprio antes que ela comece a criar valor. A procura pelo valor ideal. A criação de valor é o objetivo final de qualquer organização. EVA – Economic Value Added A dificuldade está em desenvolver uma estrutura para avaliar corretamente a criação de valor em diferentes níveis operacionais e em utilizar a criação de valor para guiar a conduta de diferentes grupos dentro de uma organização. O EVA é utilizado quando há: diminuição dos resultados; aumento dos custos; perda da margem na produção e/ou na comercialização dos produtos e serviços; perda de mercado; obsolescência dos produtos e serviços. EVA – Economic Value Added EVA = NOPAT – custo do capital NOPAT (Net Operating Profir After Tax): lucro operacional pós-impostos. (+) receita bruta; (–) deduções e impostos; (=) receita líquida; (–) custos; (=) lucro bruto; (–) despesas operacionais; (=) lucro operacional; (+/-) receitas / despesas financeiras; (=) resultado antes dos resultados financeiros (EBITDA); (–) impostos; (=) NOPAT; (+) lucro operacional depois dos impostos; (–) custo do capital; (=) EVA (Economic Value Added). EVA – Economic Value Added O MVA (Valor de Mercado Agregado), que envolve o capital total da empresa (incluindo ações, empréstimos e ganhos retidos) e deduz isso do valor do capital acionário e dívidas, foi criado pela Stern Stewart & Co. Ferramenta útil para auxiliar nas decisões estratégicas. Exame da empresa acerca do futuro. O MVA é a diferença entre quanto o empresário obteria para vender todas as ações a valor de mercado e o capital investido pelos acionistas proprietários. Resumindo... MVA – Market Value Added Se o resultado do MVA for positivo, pode-se dizer que a empresa realmente criou valor para quem tiver suas ações. Existe uma íntima correlação entre as medidas do EVA e do MVA. O EVA calcula a riqueza criada em determinado tempo, um ano, por exemplo, enquanto o MVA mede o valor acumulado em toda a trajetória da empresa até determinada data. Se os administradores melhoram a medida do EVA, o MVA da empresa terá uma probabilidade maior de melhorar também. MVA – Market Value Added Aspectos a serem observados para criar eficiência ao EVA e ao MVA: cortar custos e reduzir impostos para aumentar o NOPAT (lucro operacional líquido, deduzido o Imposto de Renda) sem crescer capital; empreender todos os investimentos nos quais o aumento do NOPAT será maior do que o aumento de encargos de capital; retirar capital das operações quando as economiasdecorrentes da redução dos encargos de capital excedam qualquer redução do NOPAT; estruturar as finanças da empresa de forma tal que minimizem o custo de capital. MVA – Market Value Added Acerca do EVA e do MVA, analise as afirmações e escolha a alternativa correta: I – Segundo o conceito do EVA, a empresa precisa ganhar o suficiente para cobrir o custo do capital de terceiros e o custo de oportunidade do capital próprio antes que ela comece a criar valor. II – O EVA é utilizado em várias circunstâncias, entre as quais estão: diminuição dos resultados e o aumento dos custos. III – O MVA é a diferença entre quanto o empresário obteria para vender todas as ações a valor de mercado e o capital investido pelos acionistas proprietários. a) Os itens I e II são verdadeiros. b) O item I é o único verdadeiro. c) O item III é o único verdadeiro. d) Os itens I, II e III são verdadeiros. e) O item II não é verdadeiro. Interatividade Acerca do EVA e do MVA, analise as afirmações e escolha a alternativa correta: I – Segundo o conceito do EVA, a empresa precisa ganhar o suficiente para cobrir o custo do capital de terceiros e o custo de oportunidade do capital próprio antes que ela comece a criar valor. II – O EVA é utilizado em várias circunstâncias, entre as quais estão: diminuição dos resultados e o aumento dos custos. III – O MVA é a diferença entre quanto o empresário obteria para vender todas as ações a valor de mercado e o capital investido pelos acionistas proprietários. a) Os itens I e II são verdadeiros. b) O item I é o único verdadeiro. c) O item III é o único verdadeiro. d) Os itens I, II e III são verdadeiros. e) O item II não é verdadeiro. Resposta Conceito e aplicação Documento final da análise; Apresenta conclusões; Elaborado pelo analista de balanço; Dirigido a cada usuário; Observando as diferentes necessidades. Relatório de análise Os relatórios de análise contribuem para simplificar os dados produzidos por meio de índices. Alguns pontos devem ser considerados ao se redigir um relatório de análise: linguagem inteligível para leigos; sem opiniões pessoais sobre os resultados obtidos; poderá conter sugestões; não há um tamanho padrão; ser apresentado de forma clara e objetiva; explanação sobre a situação econômico-financeira; elucidação sobre o desempenho ao longo dos períodos analisados; apontar as tendências para o futuro. esclarecimento sobre as causas que proporcionaram o grau de endividamento, liquidez e rentabilidade encontrados, sejam eles positivos ou negativos. Relatório de análise Alguns pontos devem ser considerados ao se redigir um relatório de análise: comparação aos padrões pertencentes ao ramo da empresa em questão; Importante: no relatório não deverá constar valor dos indicadores apurados na análise. Estes deverão ser acompanhados em planilhas que facilitarão uma melhor compreensão daquele que o examina. Gráficos também são bem-vindos no relatório de análise! Relatório de análise Exemplo: indicadores de liquidez apurados na análise de balanço Situação de liquidez: 1) O índice de liquidez geral foi de 1,42; esse índice mostra que, a cada R$100,00 de dívida, a empresa tem R$142,00 para pagar, sobrando, portanto, R$42,00. Ainda está acima do índice-padrão da categoria que, conforme está apontado, é de R$1,20. Dados que devem ser relatados Indicadores Índices Índices-padrão Liquidez geral 1,42 1,20 Liquidez corrente 1,70 1,35 Liquidez seca 1,54 1,25 2) A liquidez corrente de R$1,70 também está acima do padrão de R$1,35 e também indica que, a cada R$100,00 de dívida em curto prazo, a empresa tem R$170,00 para pagar, sobrando R$ 70,00. 3) Já a liquidez seca de R$1,54 está abaixo da corrente de R$1,70, porém, não ficou inferior ao padrão de R$1,25. Mas podemos dizer que há condições de pagar as dívidas em curto prazo assumidas, uma vez que, a cada R$154,00, temos, em contrapartida, uma dívida de R$100,00. Logo, sobrarão R$54,00. Dados que devem ser relatados Conhecendo os conceitos e principalmente a interpretação pertinente a cada índice, a elaboração do relatório ocorre de maneira natural, trazendo informações que evidenciam a realidade ocorrida na empresa no período objeto da análise. Transformando os dados em informações 1) Situação de liquidez: a empresa encontra-se bem estruturada sob o ponto de vista de solvência, possuindo solidez financeira suficiente para cobrir seus compromissos de curto e de longo prazo, uma vez que opera com todos os índices de liquidez acima do padrão de seus concorrentes. Indicadores de insolvência – conceito e aplicação Os indicadores de insolvência ou fórmulas de previsão de falências são discutidos por diversos autores, por apresentarem dados subjetivos em sua constituição. Também conhecida como “termômetro de insolvência” essa ferramenta analítica utiliza métodos estatísticos quantitativos para auxiliar o gestor de crédito, justamente na concessão de créditos aos seus clientes. Dados que devem ser relatados Analise as afirmações e escolha a alternativa incorreta: a) O relatório é o documento final que apresenta as conclusões sobre a análise. b) Dentre os diversos elementos que devem compor o relatório, observamos a comparação aos padrões pertencentes ao ramo da empresa em questão. c) Todos os valores apurados mediante os índices devem constar no relatório. d) Os indicadores de insolvência ou fórmulas de previsão de falências são discutidos por diversos autores, por apresentarem dados subjetivos em sua constituição. e) Um dos pontos importantes do relatório é que o mesmo deve ter linguagem inteligível para leigos. Interatividade Analise as afirmações e escolha a alternativa incorreta: a) O relatório é o documento final que apresenta as conclusões sobre a análise. b) Dentre os diversos elementos que devem compor o relatório, observamos a comparação aos padrões pertencentes ao ramo da empresa em questão. c) Todos os valores apurados mediante os índices devem constar no relatório. d) Os indicadores de insolvência ou fórmulas de previsão de falências são discutidos por diversos autores, por apresentarem dados subjetivos em sua constituição. e) Um dos pontos importantes do relatório é que o mesmo deve ter linguagem inteligível para leigos. Resposta A técnica estatística da análise discriminante, utilizada com frequência nesses casos, incorpora os índices financeiros de lucratividade, estrutura, liquidez e atividade, para compor um modelo que, estatisticamente, tenha a capacidade de prever a probabilidade de insolvência para um período futuro previamente determinado pelo próprio modelo (IUDÍCIBUS, MARION e LOPES, 2000). Os indicadores de insolvência complementam a análise financeira, servindo de confrontação aos indicadores internos (financeiros) e externos (mercado) da empresa/entidade. Ressalta-se que diversos estudos foram realizados no Brasil, a partir de experiências positivas anteriores que foram desenvolvidas no exterior, também com o propósito de prever situações de insolvência. Dados que devem ser relatados Entre os principais estudos feitos no Brasil, Silva (2008) e Iudícibus, Marion e Lopes (2000), destacam a análise discriminante de Stephen C. Kanitz, que construiu o chamado “termômetro de insolvência”. As fórmulas mais conhecidas e desenvolvidas por autores brasileiros são: Kanitz: FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 – 1,06x4 – 0,33x5; FI = fator de insolvência = total dos pontos obtidos; X1 = lucro líquido / patrimônio líquido; X2 = ativo circulante + realizável em longo prazo / exigível total; X3 = ativo circulante – estoques / passivo circulante; X4 = ativo circulante / passivo circulante; X5 = exigível total / patrimônio líquido. Dados que devem ser relatados Classificação: FI inferior a -3 = insolvente; FI entre -3 e 0 = indefinida; FI acima de 0 = solvente.Diversos outros modelos foram desenvolvidos nessa área. Porém, Silva (2008) ressalta que esse é um critério de análise baseado na objetividade e não na subjetividade do analista. grande relevância; deficiência em informações quantitativas; compensada com informações qualitativas. Portanto, em empresas grandes ou pequenas, a decisão de crédito envolve os fatores quantitativos e qualitativos. Dados que devem ser relatados Importante os modelos estatísticos não substituem a análise por meio dos índices tradicionais; são complementares; o uso da análise discriminante contribui para identificar os índices e pesos a serem utilizados; em geral, as empresas não falem da noite para o dia; dão sinais de insolvência; medidas reversivas devem ser rápidas. Dados que devem ser relatados O relatório poderá conter muitas ou poucas informações, mediante a necessidade do usuário; Para fornecedores e bancos comerciais, costumeiramente utilizam-se relatórios breves; Para investidores, em busca da concretização de bons negócios, relatórios mais analíticos são indicados; Observação importante: Como atender às diversas necessidades dos usuários Os dois últimos apontamentos não devem ser tratados como regras absolutas. A elaboração do relatório tem como premissa atender ao motivo pelo qual foi solicitado. Tal premissa é que direciona como será a estrutura do relatório. O que os fornecedores querem saber acerca de seus clientes? Se terão ou não condições de pagar as duplicatas em dia; Se a situação de liquidez, favorável ou desfavorável, se apresenta há algum tempo, se vai perdurar por muito tempo ou se é passageira; Se diante de algum imprevisto, conseguirá levantar recursos junto a instituições financeiras; Se apresentam tendências para falência. Como atender às diversas necessidades dos usuários O que os bancos comerciais querem saber acerca de seus clientes? Se possuem solidez financeira; Se estão ou não endividados; Se apresentam tendências para falência. Como atender às diversas necessidades dos usuários Acerca dos aspectos estudados, escolha a alternativa correta: a) O relatório da análise atende a um padrão. b) O relatório deve ser sempre breve, com poucas páginas. c) O relatório deve ser sempre analítico, repleto de detalhes. d) A linguagem técnica deve prevalecer no relatório. e) O relatório deve apresentar a situação econômico-financeira, o desempenho da empresa e demais aspectos relevantes, buscando atender às necessidades dos usuários da informação contábil. Interatividade Acerca dos aspectos estudados, escolha a alternativa correta: a) O relatório da análise atende a um padrão. b) O relatório deve ser sempre breve, com poucas páginas. c) O relatório deve ser sempre analítico, repleto de detalhes. d) A linguagem técnica deve prevalecer no relatório. e) O relatório deve apresentar a situação econômico-financeira, o desempenho da empresa e demais aspectos relevantes, buscando atender às necessidades dos usuários da informação contábil. Resposta IUDICIBUS, S.; MARION, J. C.; LOPES, C. C. V. M. Curso de contabilidade para não contadores: para as áreas de administração, economia, direito e engenharia – livro de exercícios. v. 1, 2a ed. São Paulo: Atlas, 2000. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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