Buscar

Identificação tipologia documental p gestao e arquivos (Ana Célia Rodrigues)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
RODRIGUES, Ana Célia. Identificação de tipologia documental: metodologia para gestão de documentos 
e arquivos. In: Os documentos em seu contexto funcional: da análise diplomática à tipológica. São 
Paulo: Associação de Arquivistas de São Paulo (Arq-SP), 2016 (no prelo) 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DE TIPOLOGIA DOCUMENTAL: 
METODOLOGIA PARA GESTÃO DE DOCUMENTOS E ARQUIVOS1 
 
Ana Célia Rodrigues 
Universidade Federal Fluminense 
anyrodrigues@yahoo.com.br 
 
Resumo: Estudo dos processos de identificação de tipologia documental e sua relação 
com as funções arquivísticas de criação/produção, classificação, avaliação e descrição 
no contexto da gestão de documentos e dos arquivos. A identificação é uma 
metodologia de pesquisa sobre a gênese do documento de arquivo, desenvolvida para 
normalizar o seu reconhecimento e agrupamento em séries documentais para fins de 
implantação de programas de gestão de documentos e de tratamento de documentos 
acumulados em arquivos. No contexto da identificação, a etapa da identificação de 
tipologias documentais encontra na abordagem da Diplomática, em sua perspectiva 
clássica e contemporânea, a Tipologia Documental, seus fundamentos teóricos e 
metodológicos, demonstrando a efetiva contribuição desta disciplina para a construção 
teórica de metodologias em Arquivística. 
 
Palavras-chave: Tipologia Documental. Identificação Arquivística. Gestão de 
documentos e arquivos. 
 
 
1. Introdução 
A questão das metodologias sempre foi objeto de reflexão na área. O caos da 
acumulação e da produção de documentos que caracteriza a administração moderna 
levou a Arquivística a expressar preocupação com a formulação de métodos de trabalho. 
Nos anos 80, se colocava para a Arquivística o desafio de identificar imensas 
massas documentais acumuladas em depósitos de arquivos os quais cresciam 
desordenadamente, exigindo urgentes propostas de organização e avaliação para 
resolver o problema da superlotação dos arquivos. Atualmente, as questões que se 
colocam para os documentos eletrônicos conduzem o arquivista a uma aproximação 
cada vez mais intensa e profícua com outras áreas do conhecimento, como a 
 
1 Questões abordadas anteriormente em Rodrigues (2003, 2008, 2012, 2013), com revisões e atualizações. 
 2 
Administração, o Direito e a Informática, em busca de parâmetros para o planejamento 
adequado da produção documental. 
É um momento de buscas pela cientificidade da área, caracterizada pela busca de 
seus fundamentos teóricos, pautados na reflexão sobre seu objeto e método, que reflete 
a preocupação com a formulação de metodologias aplicáveis a qualquer sistema 
arquivístico. Era preciso dar ênfase às atividades de pesquisa para a elevação do nível 
de qualidade e construção da arquivística, enquanto ciência. 
A introdução da gestão de documentos nas práticas profissionais é um 
importante elemento que vem contribuir para o incremento da pesquisa na área, 
permitindo a consolidação de uma metodologia arquivística para o tratamento 
documental que passou a considerar o documento desde a sua gênese até sua eliminação 
ou preservação nos arquivos permanentes, passando por todas as operações relacionadas 
à sua custódia, uso e acesso. 
A necessidade de reconhecer os documentos em seu contexto de produção para 
planejamento de sua criação, gestão e tratamento técnico de sua acumulação nos 
arquivos, conduziu a área à reflexão sobre a identificação como processo arquivístico e 
às discussões sobre a posição que ocupa no âmbito das metodologias arquivísticas. 
A Espanha tem dado uma efetiva contribuição para as discussões sobre a 
identificação no campo da Arquivística, produzindo estudos teóricos e aplicados que 
destacam o país no cenário internacional, influenciando na construção de tradições 
arquivísticas ibero-americana, contexto em que se insere o Brasil. 
A identificação é uma metodologia de pesquisa sobre a gênese do documento de 
arquivo, que garante o seu reconhecimento e agrupamento em séries documentais a 
partir de requisitos normalizados. 
Neste período, a Diplomática revisitada pela Arquivística encontra nas 
discussões sobre a construção teórica da identificação, um espaço para a reflexão sobre 
os estudos de gênese documental e sua pertinência para a normalização da gestão de 
documentos e arquivos. 
Este artigo apresenta estudos dos processos de identificação de tipologia 
documental e sua relação com as funções arquivísticas de criação/produção, 
classificação, avaliação e descrição para padronização de procedimentos nos programas 
de gestão de documentos e no tratamento técnico dos documentos acumulados em 
arquivos. 
 3 
 
2. Diplomática e Tipologia Documental: revisitando perspectivas 
É nos anos 80 do século passado, a partir dos modernos estudos arquivísticos 
que a Diplomática ressurge, com o objetivo de aplicar os princípios teóricos e 
metodológicos aos documentos de arquivo. Uma nova abordagem do uso da 
metodologia preconizada pela Diplomática, bastante difundida na arquivística nacional 
e internacional, que deu origem a um novo campo de estudos, a Tipologia Documental. 
A Diplomática nasceu no século XVII como uma técnica analítica para 
determinar a autenticidade dos documentos emitidos por autoridades soberanas em 
séculos anteriores. Mabillon é quem efetua a primeira sistematização rigorosa sobre a 
autenticidade dos documentos de arquivo. A sua metodologia foi usada para examinar 
individualmente cerca de duzentos documentos diferentes, de várias épocas e os 
comparar. Verificou o que tinham em comum e qual era o procedimento do ambiente 
onde eles se encontravam. Os resultados obtidos neste estudo passaram a se configurar, 
como os pressupostos teóricos da disciplina. 
Na passagem do século XIX ao século XX, a Diplomática é tratada 
exclusivamente como “ciência auxiliar da História”. Os historiadores adotaram a 
Diplomática como uma ferramenta de critica documentária para avaliar a autoridade de 
documentos medievais como fontes históricas. Ocorre seu desenvolvimento como 
disciplina, favorecido pela introdução dos estudos diplomáticos na academia, no campo 
dos estudos históricos, transformando-a em uma ciência estritamente medieval. 
No final do século XX, os arquivistas “descobriram novos usos para esta velha 
ciência, baseados no seu potencial como um padrão para assegurar a confiabilidade 
geralmente dos documentos modernos e especificamente dos documentos eletrônicos”. 
(DURANTI, 1995, p.06 e 36) 
Mas é próximo aos anos 80 do século passado, que começa a se formar uma 
nova geração de estudiosos de Diplomática, que aplicando os princípios teóricos e 
metodológicos da disciplina aos documentos de arquivo, estabeleceram um profícuo 
diálogo entre as áreas, cujos estudos de natureza teórica que vem exercendo profunda 
influência no fazer arquivístico internacional, contribuindo para a construção teórica em 
Arquivística. 
A renovação desta disciplina e sua aplicação no âmbito dos arquivos estão 
representadas pelas teorias propostas na Itália por Paola Carucci e Luciana Duranti, que 
 4 
desenvolve estudos no Canadá; na Espanha, por Luis Núñez Contreras, Manuel Romero 
Tallafigo, Vicenta Cortés Alonso e Antonia Heredia Herrera e no Brasil, por Heloisa 
Liberalli Bellotto. As ideias destes autores vêm contribuindo para a consolidação de 
uma tradição arquivística brasileira na área. 
No campo da ciência Arquivística, a Diplomática tem sido adaptada como uma 
ferramenta metodológica para compreender o complexo processo de produção dos 
documentos da burocracia contemporânea. 
Em 1989, na II Conferencia Europeia de Arquivos promovida pelo Conselho 
Internacional de Arquivos, os delegados da conferencia recomendaram “que o 
desenvolvimento da disciplina da diplomática moderna seja promovido através de 
pesquisa na tipologia de documentos contemporâneos e nos processos de criação dedocumentos nas instituições contemporâneas”. (MACNEIL, 2000, p.87) 
Na Europa, a resposta a este chamado dos arquivistas para a construção de uma 
diplomática moderna, adaptável aos documentos do século XX, vem principalmente da 
Itália, destacando-se os estudos realizados por Paola Carucci (1997; 2004). Esta 
arquivista italiana deu uma contribuição substancial, redefinindo o documento de um 
modo muito amplo e concentrando as atenções na proveniência administrativa que o 
gera, antes de sua forma documental. Alarga desta forma o âmbito da Diplomática, 
integrando-a com a Arquivística, incluindo uma relação de considerações sobre o 
documento como produto do procedimento administrativo (DURANTI, 2003). 
Os estudos realizados por Luciana Duranti, através do grupo de pesquisadores da 
Universidade da Columbia Britânica, em Vancouver, Canadá, associado ao projeto 
InterPARES que teve início em 1999, tiveram como objetivo produzir conhecimento 
teórico e metodológico e formular políticas para a criação e preservação de documentos 
eletrônicos. A revisão da disciplina efetuada por Duranti e as ideias por ela divulgadas 
na construção da Diplomática Arquivística, vem nutrindo o debate teórico sobre a 
produção de documentos em ambientes eletrônicos, orientando as práticas realizadas em 
arquivos de todo o mundo. 
Nestes anos 80 a Espanha também se destaca no movimento de renovação 
teórica da Diplomática, produzindo importantes estudos teóricos e de Diplomática 
aplicados aos documentos administrativos, preocupados em definir o que entendemos 
por documento de arquivo e identificar as partes que o integram, elencando seus 
caracteres internos e externos para seu tratamento técnico arquivístico. 
 5 
Para Manuel Romero Tallafigo (1994, p.16 e 20), a Diplomática é a “ciência que 
estuda e critica o documento escrito do ponto de vista das formas internas e externas. 
Formas que são planejadas para fazê-lo compreensível e ainda fidedigno e autentico 
para a sociedade a qual se destina. (...) Cada documento singular não é senão um ponto 
de uma linha contínua e ininterrupta”. 
Antonia Heredia Herrera (1991) analisando a relação da Diplomática com a 
Arquivistica define a Diplomática como “a ciência que estuda o documento, sua 
estrutura, suas clausulas, para estabelecer as diferentes tipologias e sua gênese dentro 
das instituições escriturarias a fim de analisar sua autenticidade”. O objeto da 
Arquivística é “muito mais amplo em extensão e em limites cronológicos, não se limita 
ao documento jurídico, mas alcança e ultrapassa os nossos dias”. (HEREDIA 
HERRERA, 1991, p. 61-62) 
 
Antonia Heredia chega mesmo a aventar uma certa supremacia da tipologia 
documental sobre a diplomática, quando o enfoque é a doutrina arquivística. A 
autora diz ainda que a tipologia, por suas características intrínsecas, atribui 
maior importância ao procedimento administrativo, privilegiando o conjunto 
orgânico no qual o documento se situa e não o ‘discurso’ de cada um. 
(BELLOTTO, 2004, p.53) 
 
Feita esta distinção, a autora ressalta que a relação Arquivística-Diplomática 
assim posta, nos levará a uma normalização documental necessária nos programas de 
gestão de documentos, sobretudo quando “o uso da nova tecnologia informática obriga 
a um conhecimento profundo dos formulários, das cláusulas e dos dados informativos 
essenciais de cada série documental que delimitados claramente traz a determinação de 
cada tipologia”. (HERREDIA HERRERA, 1991, p. 61) 
Antonia Heredia Herrera (2006) reconhece a independência dos campos de 
estudo das duas áreas, da Tipologia documental e da Diplomática, mas destaca a estreita 
relação estabelecida entre elas que pode ser verificada na influência da formulação da 
metodologia da tipologia documental a partir dos parâmetros metodológicos da 
Diplomática. 
A metodologia aplicada ao tipo documental vem sendo denominada análise 
documental. Devemos muito a Vicenta Cortés sobre este e outros temas, porque 
criou um modelo de analise documental partindo do modelo de análise do tipo 
diplomático, adequando-o às necessidades arquivísticas do momento. Passado o 
tempo surgem novos conceitos, como o da identificação (...). (HEREDIA 
HERRERA, 2006, grifo nosso). 
 
 6 
Para Vicenta Cortés Alonso, a “disciplina que permite ler e transcrever 
corretamente os documentos manuscritos é a Paleografia, a que explica a gênese 
documental e analisa os caracteres internos e externos é a diplomática e a que se 
encarrega de estudar os documentos desde o ponto de vista de sua função 
administrativa, sua conservação, descrição e serviço é a arquivística” (CORTÉS 
ALONSO, 1986, p. 01). A autora espanhola distingue a análise diplomática deste 
“estudo arquivístico”, o qual considera um “trabalho de pesquisa arquivística”, cujo 
objeto é a “documentação contemporânea” e o objetivo é “fixar a tipologia documental 
produzida e solicitada, para, sem erro, formar as séries documentais dos arquivos (...).” 
(Idem, 1986, p.419, 429 e 420). 
A partir dos trabalhos publicados por estes autores, nos anos que se seguiram até 
a década dos 90, a Arquivística espanhola registra uma extensa produção bibliográfica 
abordando o tema da metodologia diplomática aplicada aos estudos de documentos 
produzidos e acumulados nos arquivos do país. 
As relações entre a Diplomática e a Arquivística conquistam um definitivo 
espaço no debate teórico dos estudiosos espanhóis, denominada estudos de Tipologia 
Documental. 
Tipo é um termo que significa “modelo, referência”. No campo da Arquivística 
seu uso vem sendo aplicado para designar o modelo de documento de arquivo, criado 
como resultado do exercício de uma atividade, o tipo documental. O termo aparece na 
literatura em 1961, utilizado por Schellenberg para referir-se “ao primeiro dos 
caracteres físicos que deve ser levado em conta na descrição dos documentos” 
(SCHELLENBERG, 1980). 
O termo tipologia documental passa a ser usado para designar o conjunto dos 
documentos de arquivo, aparecendo na Espanha nos trabalhos de Vicenta Cortés 
Alonso, do Grupo de Arquivistas Municipais de Madri, Antonia Heredia Herrera e 
Maria Luiza Conde Villaverde, sendo também utilizado por Aurélio Tanodi e Manuel 
Vázquez, na Argentina e no Brasil, por Heloísa Bellotto, entre outros. 
Na Espanha, um país de arquivística notadamente influenciada pela Diplomática, 
o termo tipo documental vem sendo usado na área da Arquivística para designar o 
documento de arquivo, embora seu uso seja típico da Diplomática, como bem salientou 
Antonia Heredia (2006). Decorrente do uso generalizado desta terminologia no meio 
arquivístico surge os estudos de identificação de documentos de arquivo a partir do 
 7 
método de análise da tipologia documental - estudos de tipologia documental - 
desenvolvidos no âmbito da identificação. 
No Brasil, os textos publicados por Heloísa Liberalli Bellotto, primeiramente em 
1982 e com novas abordagens em 1990, são considerados como referencial teórico 
sobre tipologia documental e os conceitos abordados pela autora foram incorporados à 
literatura arquivística e à prática desenvolvida nos arquivos do país. 
A concepção de Diplomática e Tipologia Documental, apresentada por Heloisa 
Bellotto vem sendo utilizada por uma corrente de estudiosos no Brasil. A autora faz 
distinção entre o objeto da diplomática, em sua perspectiva clássica, a espécie 
documental e em sua perspectiva contemporânea, o tipo documental, e dos métodos de 
análise diplomática e tipológica para se chegar à denominação do documento de arquivo 
e identificar sua gênese, o que permite por comparação chegar ao agrupamento das 
séries documentais. 
Tradicionalmente a Diplomática tem estudado o documento individual, produto 
do fato jurídico. A sua utilidade se limitou inicialmente a resolver uma disputa legal, 
sendo estendida para dar suporte a pesquisa histórica. 
Os documentos diplomáticos, objeto daDiplomática, se a disciplina for tomada 
em sua perspectiva clássica, “são os de natureza jurídica que refletem no ato escrito às 
relações políticas, legais, sociais e administrativas entre o Estado e os cidadãos, cujos 
elementos semânticos são submetidos a fórmulas preestabelecidas”. (BELLOTTO, 
2001). 
No sentido moderno da Diplomática, os documentos são analisados na direção 
de seu contexto de produção, nas relações entre as competências, funções e atividades 
do órgão produtor e neste sentido, apresentam suas profundas relações com a 
Arquivística. 
O documento arquivístico, considerado em seu conjunto, é o tipo documental, 
objeto da Tipologia Documental, identificado a partir das relações que apresenta com o 
contexto de produção. As competências, funções e atividades desempenhadas, que se 
articulam no procedimento de gestão, são elementos inovadores, introduzidos na 
metodologia da Diplomática, em sua perspectiva contemporânea, para identificar o 
documento de arquivo. 
A Tipologia Documental tem como tem como parâmetro conceitual a 
identificação do tipo, cuja fixação depende primeiramente do reconhecimento da 
 8 
espécie, sua identificação será determinada pela análise dos caracteres externos e 
internos dos documentos. 
Para efeitos de identificação da tipologia documental e seu tratamento técnico, 
ambos os métodos são necessários por serem complementares. O primeiro, da 
Diplomática clássica, porque através dele se chega à espécie documental; o segundo, 
porque contextualiza a espécie no âmbito da função que determina sua produção, 
elemento que será denominativo do tipo documental, objeto e campo de estudos da 
Tipologia Documental. (RODRIGUES, 2012) 
Por definição espécie é “a configuração que assume um documento de acordo 
com a disposição e natureza das informações nele contidas”; tipo documental é “a 
configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que ela 
representa” e a série documental é a “sequencia de unidades do mesmo tipo 
documental” (DTA/SP, 1996). 
Portanto, a denominação da série documental obedece à fórmula para a 
denominação do tipo documental: espécie + atividade (verbo + objeto da ação). São 
exemplos de espécies, o requerimento, portaria, decreto, entre outros. A espécie 
acrescida da atividade dá origem aos tipos, como requerimento de licença para 
construção, requerimento de licença de saúde, requerimento de matricula escolar, 
diferentes entre si e que dão origem a séries documentais distintas, embora possam ser 
provenientes do mesmo contexto de produção. A série documental será definida pela 
identificação e comparação dos tipos documentais, resultado da mesma atividade, e será 
parâmetro para os critérios de classificação, avaliação, descrição e planejamento da 
criação/produção documental, convencional ou digital. (RODRIGUES, 2008). 
Esta diferença se aplica metodologicamente na preparação de instrumentos de 
gestão de documentos no âmbito do Sistema de Arquivos da Universidade de São Paulo 
(SAUSP)2, do Sistema de Arquivos do Governo do Estado de São Paulo (SAESP)3, no 
Arquivo Público Municipal de Campo Belo, Minas Gerais4, no Programa de Gestão de 
Documentos da Prefeitura Municipal de Santos (PGD-Santos)5 e em outros modelos do 
país, com êxito. Atualmente se aplica como metodologia básica do Programa de Gestão 
de Documentos do Governo do Estado de Rio de Janeiro (PGD-RJ)6. 
 
2 Disponível em: http://www.usp.br/arquivogeral/instrumentos-de-gestao/. Acesso em: 30 jul. 2016. 
3 Disponível em: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/gestao/sistema/plano. Acesso em: 30 jul. 2016. 
4 Rodrigues, 2003. 
5 Rodrigues; Garcia, 2012. 
6 Disponível em:: http://www.aperj.rj.gov.br/planos_tabelas.htm. Acesso em: 30 jul. 2016. 
 9 
Para a Arquivística brasileira, a Diplomática e a Tipologia Documental são 
campos de estudos distintos, com métodos próprios de análise diplomática e análise 
tipológica, porém complementares para o estudo da gênese dos documentos e seu 
agrupamento em série documental a partir de parâmetros normalizados. 
Na dimensão do que foi exposto, pode-se afirmar que os métodos de análises da 
Diplomática, em sua perspectiva clássica para estudar a espécie documental e da sua 
perspectiva contemporânea, para estudar a tipologia documental são distintos, porem 
complementares para identificar o documento de arquivo. 
 
Por isso, a tipologia documental, ao incorporar todo o corpo teórico e 
metodológico da antiga diplomática, pode ser chamada de diplomática 
arquivística ou, melhor ainda (se se atentar para o quanto o objeto e os objetivos 
de ambas podem ser amalgamados), de diplomática contemporânea, como quer 
Bruno Delmas, Para ele, a preocupação da diplomática é, agora, menos o estudo 
da estrutura, da forma, da gênese ou da tradição e mais da tipologia dos 
documentos. (BELLOTTO, 2004, p.53) 
 
Esta perspectiva vem influenciando a construção de uma tradição arquivística 
brasileira na área, postura da qual compartilhamos, evidente em nossas pesquisas7 que 
referenciam a tipologia documental como base da gestão de documentos e do tratamento 
técnico de documentos acumulados em arquivos. 
 
3. Identificação: uma metodologia de pesquisa para reconhecer o documento de 
arquivo 
A identificação surge no contexto da Arquivística nos anos 80, quando o termo 
começou a ser utilizado na Espanha por grupos de arquivistas, primeiramente da 
Direção de Arquivos Estatais do Ministério da Cultura, para designar as tarefas de 
pesquisas realizadas sobre massas documentais acumuladas em arquivos, a fim de 
elaborar propostas de avaliação e classificação. Mas foi no âmbito do Grupo Ibero-
Americano de Gestão de Documentos Administrativos, no qual o Brasil estava 
representado por José Maria Jardim, que o conceito de identificação foi formulado e 
divulgado por Maria Luiza Conde Villaverde nas Primeiras Jornadas de Metodologia 
para a Identificação e Avaliação de Fundos Documentais das Administrações Públicas, 
realizadas em Madri, em 1991. A partir deste momento o uso do termo e o conceito se 
 
7 Recortes temáticos dessas pesquisas vêm sendo abordados no âmbito de projetos de TTC em 
Arquivologia, de Iniciação Científica (PIBIC), do Mestrado e Doutorado em Ciência da Informação da 
UFF, integrando a produção do Grupo de Pesquisas “Gênese Documental Arquivística”, UFF/CNPq. 
 
 10 
consolidaram no meio arquivístico espanhol, sendo incorporados pelo Dicionário de 
Terminologia Arquivística daquele país que a define como “fase do tratamento 
arquivístico que consiste na investigação e sistematização das categorias administrativas 
e arquivísticas em que se sustenta a estrutura de um fundo” (DTAE, 1991, p. 37). 
Para a Arquivística espanhola, a identificação é uma fase independente da 
metodologia arquivística, qualificada como do tipo intelectual a qual consiste em 
estudar analiticamente o órgão produtor e a tipologia documental por ele produzida e 
que antecede as demais funções (produção, avaliação, classificação e descrição). 
O Brasil integrou neste período o movimento internacional que se formava em 
busca de referenciais metodológicos para resolver a superlotação dos arquivos, 
problema comum do qual compartilhavam os países ibero-americanos. No Arquivo 
Nacional, os processos de identificação desenvolvidos pelos Grupos de Identificação de 
Fundos Internos e o de Fundos Externos (GIFI e GIFE), para solucionar as questões de 
transferências e recolhimentos de fundos e a metodologia de levantamento da produção 
documental aplicada para identificar documentos do Ministério da Agricultura para fins 
de avaliação, passaram a servir de referencial para experiências semelhantes 
desenvolvidas em outros arquivos brasileiros. 
Destas experiências iniciais de identificação, sobretudo dos trabalhos 
desenvolvidos pelo GIFI e pelo GIFE,resultaram a definição posta no Dicionário 
Brasileiro de Terminologia Arquivística, que também considera a identificação é como 
uma fase do processamento técnico dos arquivos, definindo-a como o “processo de 
reconhecimento, sistematização e registro de informações sobre arquivos, com vistas ao 
seu controle físico e/ou intelectual” (DBTA, 2005). No Brasil, o conceito de 
identificação remete também ao controle físico dos arquivos, propondo a coleta de 
dados e registro de informações sobre a situação de acumulação dos documentos. 
Comparando as realidades arquivísticas da Espanha e do Brasil na área, podem-
se verificar alguns aspectos relevantes da questão, quanto à construção teórica do 
conceito de identificação, como ressalta Rodrigues (2008). 
Na Espanha, o processo pressupõe duas fases de levantamento de dados que se 
complementam para a realização da pesquisa, o órgão produtor e as tipologias 
documentais produzidas. No Brasil, as metodologias formuladas apontam mais um 
elemento a ser contemplado na identificação, muito presente na preocupação dos 
autores brasileiros, mas que se não se encontra na tradição arquivística espanhola: o 
 11 
depósito de documentos como objeto de identificação para fins de implantação de 
sistemas de arquivos, aspecto típico da tradição construída no país. 
Estudos desenvolvidos anteriormente em Rodrigues (2003, 2008, 2013) sobre a 
identificação no campo da Arquivística, permitiram sistematizar os aspectos teóricos e 
metodológicos que a caracterizam e sua pertinência para o desenvolvimento das praticas 
arquivísticas. 
A identificação é uma metodologia de pesquisa para a Arquivística, tarefa de 
natureza intelectual, que precede e fundamenta as demais funções que integram a 
metodologia arquivística, ou seja, a classificação, avaliação, descrição e também o 
planejamento da produção documental, notadamente na criação dos documentos 
(convencionais ou digitais), que tem dois objetos de estudos: 
1. Órgão produtor, analisando o elemento orgânico (estrutura administrativa) e o 
elemento funcional (competências, funções e atividades). 
A informação sobre os elementos orgânicos e funcionais obtém-se através dos 
próprios documentos e da legislação. No caso de órgãos públicos, o estudo de todos os 
textos legais e normativos pertinentes à estrutura e funcionamento durante sua 
existência, permitirá conhecer as competências, funções e atividades desempenhadas 
que ficaram registradas nos documentos produzidos. São as normas oficiais que 
dispõem sobre a estrutura e funcionamento do órgão produtor, como organogramas, leis, 
decretos, portarias, regulamentos de serviços, entre outros. A base teórica da produção 
deste conhecimento vem do Direito e da Administração. 
2. Tipologia documental, estudo que se realiza com base no reconhecimento dos 
elementos externos, que se referem à estrutura física, a forma de apresentação do 
documento (gênero, suporte, formato e forma) e internos, o “conteúdo substantivo do 
documento (atividade) e natureza de sua proveniência e função” (BELLOTTO, 2004), 
para denominar o tipo e definir a série documental. 
As informações coletadas nesta pesquisa ficam registradas no manual de 
tipologia documental (ou banco de dados), instrumento no qual constam os dados 
detalhados sobre cada tipo de documento resultante dos procedimentos administrativos. 
Esta investigação revela o vinculo arquivístico que caracteriza a gênese do 
documento de arquivo, a indissociável relação que mantem com seu contexto de 
produção. Requer a busca de informações em fontes específicas, sobre o órgão produtor 
(contexto) e sobre os documentos (tipologia documental), estejam eles em fase de 
 12 
produção ou de acumulação. Aquelas informações são os “elementos que caracterizam 
este contexto, no desempenho de competências e funções específicas deste órgão 
produtor e da tipologia documental, que registra os procedimentos administrativos 
realizados para cumpri-las” (MENDO CARMONA, 2004, p. 40). 
A correta delimitação da tipologia documental, considerada em relação ao seu 
contexto de produção, é fundamental para definir sua classificação, valor para 
preservação ou eliminação, requisitos para sua criação/produção em suportes 
convencionais e eletrônicos e descrição, para recuperação de documentos e informações 
que integram as series documentais. A base teórica que sustenta esta pesquisa vem da 
Diplomática e Tipologia documental e da Arquivística. 
Nesta dimensão, a identificação apresenta estreita relação com as funções que 
sustentam a metodologia arquivística. 
3.1. Identificação e criação/produção 
A partir da identificação das características que apresentam os tipos 
documentais, são definidas as regras para simplificar os procedimentos administrativos 
e racionalizar os documentos resultantes dos mesmos; definir normas para sua execução 
e critérios para o desenho dos sistemas de informação. 
Planejamento e controle da criação dos documentos, a partir de um diálogo profissional 
interdisciplinar, com critérios normalizados para denominar e produzir o documento de 
arquivo. 
3.2. Identificação e classificação 
A classificação é uma tarefa que consiste em estabelecer a imagem do contexto 
onde são produzidos os documentos. Significa separar, diferenciar, distinguir ou dividir 
um conjunto de elementos da mesma composição (órgão produtor, competências, 
funções, atividades) em classes e subclasses documentais que se articulam formando o 
fundo de arquivo. Estes dados ficam registrados no plano de classificação, que é o 
instrumento que permite a enunciação lógica e hierárquica de um conjunto de 
documentos produzidos por um órgão. 
O estudo das características que apresentam o órgão produtor e das 
competências e funções a ele atribuídas permite que se posicione a tipologia documental 
produzidas na estrutura interna do fundo documental, revelando o vinculo entre os 
documentos e as ações do contexto de produção, ajustando-se a denominação das séries 
documentais a critérios normalizados para as mesmas funções. 
 13 
3.3. Identificação e avaliação 
A avaliação consiste em estabelecer valores para os documentos a fim de 
determinar os prazos guarda e destinação final dos mesmos, eliminação ou guarda 
permanente. Tem como produto à tabela de temporalidade, que é o instrumento de 
destinação, aprovado pela autoridade competente, que determina prazos de 
transferência, recolhimento, eliminação e reprodução de documentos. 
A metodologia da avaliação demanda o conhecimento das competências 
atribuídas às áreas e das atividades que justificam a tipologia documental produzida, 
para a correta atribuição de valores (jurídico, fiscal, administrativo e histórico), prazos 
de retenção (em cada unidade da rede municipal dos arquivos) e destinação (eliminação 
ou guarda permanente) para os documentos. As operações de avaliação devem versar 
sobre séries, portanto sobre os mesmos tipos de documentos produzidos no exercício de 
uma atividade presente na gestão administrativa do órgão. 
Os prazos de guarda dos documentos estão previstos em legislação específica 
e/ou rotinas que justificam sua produção como prova autêntica desta gestão. É a ação 
registrada no documento que deverá ser objeto de análise para determinar seu valor, se 
deve ser preservado como prova ou testemunho ou se pode ser eliminado sem prejuízo 
da perda de informações substanciais para prover o processo de tomada de decisão. Este 
conhecimento é produzido no momento da identificação da tipologia documental, 
permitindo uma criteriosa analise para determinar a destinação final dos documentos: 
eliminação ou guarda permanente. 
3.4. Identificação e descrição 
A descrição consiste na elaboração de instrumentos de pesquisa que representam 
o arquivo e suas partes. Como função arquivística, tem por objetivo garantir o acesso 
aos conjuntos de documentos, “porque perpetua e congela a relaçãoentre os 
documentos, que é uma evidência do contexto de sua produção”, como ressalta Luciana 
Duranti (2003). 
A exigência para se proceder com uma boa descrição é a de que os documentos 
se encontrem classificados e ordenados, facilitando, assim, a tarefa de retratar, por meio 
dos instrumentos de pesquisa, os dados que compõem um fundo de arquivo. 
Os instrumentos são planejados, refletindo o nível de classificação dos 
documentos. O inventário é o “instrumento de pesquisa em que a descrição exaustiva ou 
 14 
parcial de um fundo ou de uma ou mais de suas subdivisões toma por unidade a série, 
respeitada ou não a ordem de classificação” (DTA/SP, 1996). 
A identificação permite a padronização do conteúdo destes instrumentos, pois na 
análise tipológica são apresentados os elementos formais e de conteúdo que 
caracterizam a tipologia documental e que fundamentam a referida tarefa. (MENDO 
CARMONA, 2004, p.45-46) 
 
5. Identificação de tipologia documental aplicada ao programa de gestão de 
documentos: o modelo do Governo do Estado do Rio de Janeiro8 
No Brasil, a gestão de documentos esta prevista nos dispositivos da Constituição 
de 1988, onde se afirma que "compete à administração pública na forma da lei, a gestão 
de sua documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a 
quantos dela necessitem" (art. 216, parág. 2), princípio que ofereceu os fundamentos 
necessários para dotar o país de uma legislação arquivística. 
Na Lei nº 8.159, aprovada em 08 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política 
nacional de arquivos públicos e privados, conhecida como Lei Nacional de Arquivos, a 
gestão de documentos é definida como um “conjunto de procedimentos e operações 
técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase 
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda 
permanente”. (art. 3º). 
A implantação de um programa de gestão impõe-se em razão da necessidade de 
se estabelecer procedimentos comuns que visem uma boa administração da produção 
documental, a fim de que seja controlada desde o momento da produção no protocolo 
e/ou demais setores das envolvidas, da tramitação até a sua destinação final: eliminação 
ou preservação no âmbito do arquivo permanente. 
 
8 Estudo de caso de aplicação dos parâmetros da diplomática contemporânea para identificação da 
tipologia documental das Secretarias de Estado da Fazenda e de Planejamento, com o objetivo de 
desenvolver a metodologia e normalizar os procedimentos para classificar e avaliar os documentos no 
âmbito do PGD-RJ, resultado final do Projeto de pesquisa “Identificação arquivística: utilizando a 
diplomática contemporânea como fundamento metodológico no Programa de Gestão de Documentos do 
Governo do Estado do Rio de Janeiro, PGD-RJ”, financiado pelo Programa Jovem Pesquisador UFF 
2009, da PROPPI/UFF, desenvolvido através de convenio firmado entre o Arquivo Público do Estado do 
Rio de Janeiro / Secretaria de Estado da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro e o Programa 
de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal Fluminense, coordenado pela 
autora (RODRIGUES, 2013). 
 
 
 
 15 
As funções arquivísticas da identificação, criação/produção, classificação e 
avaliação sustentam a implantação dos programas de gestão de documentos, garantindo 
a normalização de parâmetros para o planejamento adequado da produção e controle da 
acumulação, seja para documentos produzidos em meio convencional (papel) ou digital 
(eletrônico). 
Nesta perspectiva foi instituído o Programa de Gestão de Documentos do Estado 
do Rio de Janeiro (PGD/RJ), com a publicação do Decreto Estadual nº 42.002, em 21 de 
agosto de 2009, que dispõe sobre avaliação e destinação de documentos produzidos e 
recebidos pela administração pública. 
Para a implantação do PGD-RJ, foram definidas as seguintes estratégias: 
1. Formação de equipe técnica, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Casa 
Civil e do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro para o planejamento e 
desenvolvimento de um programa de gestão que atendesse às expectativas 
estaduais; 
2. Estabelecimento de pareceria institucional com a Universidade Federal 
Fluminense (UFF) para ministrar treinamentos e pesquisar a definição da 
metodologia para o PGD-RJ. 
3. Nomeação de comissões gestoras nas Secretarias de Estado e treinamentos para 
identificação dos órgãos produtores, das suas atribuições e da tipologia 
documental. 
4. Desenvolvimento do Sistema de Identificação de Tipologia Documental pelo 
Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado do Rio de 
Janeiro (PRODERJ). 
 A equipe técnica do programa é formada por 08 coordenadores, integrada por 
arquivistas do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ); 115 comissões de 
gestão de documentos9, 30 subcomissões, 575 gestores, 2.875 operadores do SITD (em 
média), servidores públicos estaduais. (MENDONÇA; NASCIMENTO; BUENO, 2013, 
p. 201) 
 A metodologia básica do PGD-RJ é a identificação arquivística fundamentada 
nos parâmetros da abordagem contemporânea da Diplomática para identificar os 
 
9 As “CGDs nomeadas, estão divididas entre 25 (vinte e cinco) secretarias de Estado, 14 (quatorze) 
fundações, 5 (cinco) empresas públicas, 9 (nove) sociedades de economia mista, 23 (vinte e três) 
autarquias, 48 (quarenta e oito) conselhos, 29 (vinte e nove) fundos, 8 (oito) empresas em liquidação e 9 
(nove) institutos” (MENDONÇA; NASCIMENTO; BUENO, 2013, p. 201) 
 16 
documentos, gerando informações que são inseridas no Sistema de Identificação de 
Tipologia Documental (SITD), base para classificação e avaliação. No âmbito do 
projeto, os estudos de identificação arquivística foram desenvolvidos em três etapas: 
identificação do órgão produtor, das suas atribuições e da tipologia documental, a partir 
dos seguintes procedimentos e instrumentos: 
1. Desenvolver estudos de identificação de órgão produtor e suas atribuições 
gerando dados para alimentar o SITD. 
1.1. Órgão produtor - Elementos: secretaria, órgão produtor, setor, responsável 
pelo setor, entrevistado, entrevistador, telefone e e-mail. 
Fonte de informação: entrevista com gestores. 
Instrumento: Ficha de identificação de órgão produtor 
1.2. Atribuições do órgão produtor – Elementos: competência, função, atividade 
e unidade administrativa, (UA)10. Fontes de informações: textos legais e 
normativos que dispõem sobre a estrutura e funcionamento dos órgãos do 
Governo do Estado do Rio de Janeiro (regimentos internos, estatutos), 
Instrumento: Quadro de Identificação de Órgão Produtor 
QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DE ÓRGÃO PRODUTOR 
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (APERJ) 
Competência (s) Função (s) Atividade (s) UA 
Implementar a 
política estadual de 
arquivos 
Coordenação da gestão 
de documentos na 
administração pública 
estadual 
 
 
Implementar programas de gestão de 
documentos 
Proceder ao recolhimento de documentos 
Proceder à transferência de documentos 
211351 
 
Gerenciamento dos 
arquivos intermediários 
Identificar os arquivos em idade 
intermediária 
Gerenciamento dos 
arquivos permanentes 
 
 
 
 
 
Arranjar, identificar e descrever 
documentos textuais e não textuais 
Elaborar instrumentos de pesquisa 
Indexar documentos 
Pesquisar e expedir certidões de 
documentos probatórios 
211341 
Fonte: Programa de Gestão de Documentos do Estado do Rio de Janeiro (PGD-RJ) 
 
2. Inserir os dados do estudo de identificação de órgão produtor no Sistema de 
Identificação de Tipologia Documental, SITD: 
Módulo 1 - Identificação do Órgão Produtor: associação entre competencia, 
funções, atividades e unidade administrativa. 
 
10 O código da UA refere-se ao código do órgão no orçamento estadual. 
 17 
 
Fonte:Sistema de Identificação de Tipologia Documental (SITD). Programa de Gestão de Documentos 
do Estado do Rio de Janeiro (PGD-RJ) 
 
3. Desenvolver estudos de identificação de tipologia documental para inserção dos 
dados no SITD. 
Elementos: identificação do documento (nome atual, objetivo da produção, 
conteúdo), espécie, ação, classificação de sigilo, suporte (convencional, 
eletrônico), fundamentos legais, acervo acumulado, tramitação, sugestão de 
prazo de guarda, destino final (eliminação ou guarda permanente). 
Módulo 2 – Identificação de tipologia documental 
 
 
Fonte: Sistema de Identificação de Tipologia Documental (SITD). Programa de Gestão de 
Documentos do Estado do Rio de Janeiro (PGD-RJ) 
 
4. Analisar os dados do SITD para gerar dois relatórios: 
Instrumento: Plano de Classificação Funcional (relatório do módulo 1), associa 
competência, função, atividade à tipologia documental. 
 18 
 
Fonte: Plano de Classificação de Documentos do APERJ. Sistema de Identificação de Tipologia 
Documental (SITD). Programa de Gestão de Documentos do Estado do Rio de Janeiro (PGD-RJ) 
 
 Instrumento: Tabela de Temporalidade de Documentos (relatório do módulo 2) 
associa a classificação funcional da tipologia documental à classificação de 
sigilo, prazo de guarda (corrente e intermediário), destinação (eliminação ou 
guarda permanente), fundamentos legais e se o tipo documental avaliado 
compõe processo administrativo. 
 
Fonte: Tabela de Temporalidade de Documentos do APERJ. Sistema de Identificação de Tipologia 
Documental (SITD). Programa de Gestão de Documentos do Estado do Rio de Janeiro (PGD-RJ) 
 
5. Validação do plano de classificação e tabela de temporalidade de documentos 
pelas comissões gestoras do PGD-RJ e autoridades competentes dos órgãos, para 
publicação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro. 
6. Elaboração do manual de gestão de documentos. 
Este estudo de caso de identificação arquivística teve como resultado a 
padronização de procedimentos metodológicos para elaboração de instrumentos de 
 19 
gestão de documentos, a elaboração do Plano de Classificação11 e Tabela de 
Temporalidade de Documentos da Atividade-Meio12, com um total de 883 tipos 
documentais identificados através do Sistema de Identificação de Tipologia Documental 
(SITD), e também o Manual de Gestão de Documentos13. 
Uma das inovações da pesquisa foi à inclusão da coluna de classificação de 
sigilo da tipologia documental na tabela de temporalidade de documentos, com o 
objetivo de atender ao requisito da transparência ativa preconizado pela Lei de Acesso à 
Informação. 
Esta metodologia (da identificação) se mostra muito eficaz, pois permite 
classificar o documento em sua origem, integrando os procedimentos de gestão 
durante todo o ciclo de vida dos documentos, desde sua produção até a sua 
destinação final. Além disso, é importante ressaltar que com a aplicação da 
metodologia apresentada, o documento de arquivo já vem classificado com o 
grau de sigilo para cada documento de acordo com o que determina a Lei de 
Acesso à Informação (...) bem como as formas de controle e acesso desde sua 
produção, tornando o SITD um instrumento fundamental para a gestão de 
acesso à informação, por meio da gestão de documentos. (MENDONÇA; 
NASCIMENTO; BUENO, 2013, p. 205) 
 
A metodologia de identificação aplicada à gestão de documentos desenvolvida 
pelo projeto, responde a um dos principais objetivos do Programa de Gestão de 
Documentos do Estado do Rio de Janeiro (PGD-RJ), que é “publicizar o quadro geral da 
produção de documentos no âmbito da administração pública estadual”, permitindo ao 
cidadão dispor de um instrumento eficaz de transparencia, que informa “sobre o Estado e 
suas ações, orientando o acesso à informação, além de constituir um recurso ímpar para o 
controle do Estado”, como ressaltam Mendonça, Nascimento e Bueno (2013). 
 
6. Tipologia documental aplicada ao tratamento técnico de arquivos: proposta 
metodológica 
A base conceitual da metodologia para tratamento técnico de documentos 
acumulados em arquivos reside no estudo da tipologia documental tomado como ponto 
de partida para realização das práticas arquivísticas, base da identificação, organização 
(classificação e ordenação) e descrição das séries documentais. 
 
11 Disponível em: http://www.aperj.rj.gov.br/doc/plano%20de%20classificacao%20publicado.pdf. Acesso 
em: 03 jul. 2016. 
12 Disponível em: http://www.aperj.rj.gov.br/doc/tabela%20de%20temporalidade%20publicada.pdf. 
Acesso em: 03 jul. 2016. 
13 Disponível em: http://www.aperj.rj.gov.br/doc/manual%20de%20gestao.pdf. Acesso em: 03 jul. 2016. 
 
 20 
Por definição são considerados arquivos, “os conjuntos de documentos que 
independentes de sua natureza ou suporte físico, são reunidos por acumulação natural, 
por pessoas físicas ou jurídicas, públicas o privadas, no exercício de suas atividades”. 
(DTA/SP, 1996). 
Nesta definição se verificam características essenciais dos documentos, a primeira 
é sua natureza probatória. Ele é o registro do ato que lhe dá origem, é o espelho fiel da 
ação, o que o torna prova documental, gênese que se revela na análise de suas 
características intrínsecas e extrínsecas. A segunda característica é que o arquivo se 
forma por um processo de acumulação natural, o que significa dizer que tem o atributo 
especial de ser um conjunto orgânico e estruturado, onde seu conteúdo e significado só 
podem ser compreendidos na medida em que se possa ligar o documento ao seu 
contexto de produção, às suas origens funcionais. O conjunto é orgânico porque 
refletindo à atividade administrativa que lhe dá origem, revela que os documentos estão 
relacionados entre si. “A organicidade é uma qualidade segundo a qual os arquivos refletem a 
estrutura, as funções e as atividades da entidade acumuladora em suas relações internas e 
externas”. (DTA/SP, 1996) 
Reflexo e produto material da ação desenvolvida no processo administrativo a 
especificidade de cada arquivo vem comprovada pela tipologia documental produzida. 
A aplicabilidade da metodologia de identificação de tipologia documental para a 
organização de documentos acumulados possibilita a recuperação da proveniência 
quando não existem as condições materiais para iniciar seu tratamento técnico; permite 
a reconstrução das circunstâncias de criação de um documento, das ações, transações, 
processos e procedimentos administrativos que se materializaram na forma e na 
substância e que justificaram as relações de organicidade específicas da gestão do órgão 
produtor. A partir do reconhecimento do tipo e comparação dos seus elementos 
identificadores determinados pela ação que lhe dá origem, se forma a série documental, 
objeto do tratamento técnico. 
 Nesta perspectiva, apresentam-se os procedimentos e instrumentos para 
organização e descrição a partir da identificação da tipologia documental: 
 
6.1. Identificação e denominação do tipo 
 Manuseio e leitura individual das peças documentais. 
 Caracterização da espécie, a partir das definições apresentadas em dicionários 
 21 
especializados, como por exemplo a lista de espécies documentais publicadas 
por Bellotto (2004). 
Ex: Portaria 
 Fixação do tipo documental, a partir da denominação da atividade registrada. 
Identificar no texto do documento o verbo que explicita o início da ação 
administrativa correspondente e a matéria que se refere à ação, elementos que 
constam do dispositivo. 
Ex: Portaria – nomeação de cargo 
6.2. Definição da série documental 
 Análise comparativa da tipologia documental e agrupamento em conjuntos que 
registrem a mesma atividade (sequência de unidades do mesmo tipo documental) 
Ex: Portaria de nomeação de cargo 
 Elaboração da ficha de identificação de tipos documentais. 
 
Ficha de Identificação de Tipologia Documental 
 
Data-limite Classificação 
 
Entrada descritivada série documental 
(tipo documental e descrição do conteúdo) 
 
 
Notação Quantidade 
 
Fonte: RODRIGUES (2003) 
 
Ficha de Identificação de Tipologia Documental 
 
1870 – 1888 CM 
 Fazenda 
 Arrecadação 
 
Requerimentos de licença para o funcionamento de negócios e profissões 
Nome do requerido, assunto, local, data, assinatura do requerente. 
 
 
 
P 01 / Cx 10 20 docs 
 
Fonte: RODRIGUES (2003) 
 
6.3. Classificação e ordenação 
 Identificação de elementos do contexto de produção. Anotar na ficha de 
 22 
identificação de tipologia documental, os nomes das estruturas administrativas 
e/ou funções identificadas no documento. 
 Definição da classificação a partir dos elementos identificados na tipologia 
documental, complementando com os dados do plano de classificação. 
Quadro de Classificação (Parcial) dos Documentos do Poder Público Municipal 
(Câmara, Prefeitura e Intendência) 
 
Grupo Subgrupo 
Administração 
Material 
Patrimônio 
Pessoal 
Protocolo 
Transporte 
Manutenção 
Agricultura 
Cultura 
Equipamentos 
Eventos 
Desenvolvimento Urbano e Rural 
Habitação 
Meio Ambiente 
Uso e Ocupação do Solo 
Obras Particulares 
Obras Públicas 
Educação 
Educação Infantil 
Ensino Fundamental 
Ensino Superior 
Merenda Escolar 
Esportes 
Finanças 
Contabilidade 
Orçamento 
Tesouraria 
Tributação 
Fonte: CAMARGO (apud GUIA, 1996) 
 
 Ordenação dos documentos, de acordo com os critérios estabelecidos para a 
recuperação das informações contidas nas séries documentais. 
 Atribuição da notação às peças documentais que integram a série e 
acondicionamento em unidades de arquivamento (pastas e caixas). 
 
6.4. Descrição 
 Transcrição dos dados das fichas de identificação de tipos documentais para o 
formato de inventário, cujos tipos documentais devem ser arrolados 
alfabeticamente, assim como os formulários preenchidos por subgrupo e grupo, 
respectivamente. 
 
 23 
 
Inventário dos Documentos do 
Poder Público Municipal de Campo Belo, MG 
(Câmara / Intendência / Prefeitura) 
Classificação 
Grupo: Fazenda 
Subgrupo: Arrecadação 
Nº Tipo documental Fundo Data – Limite Quantidade Notação Obs 
1 Requerimentos de licença 
para o funcionamento de 
negócios e profissões 
 
Nome do requerido, 
assunto, local, data, 
assinatura do requerente. 
 
CM 
 
IM 
1879 – 88 
 
1890 – 92 
20 docs 
 
10 docs 
P01 / Cx10 
 
P01 / Cx10 
Campo 
Belo e 
distritos 
de 
Cristais, 
Santana 
do Jacaré 
e Porto 
dos 
Mendes 
 
2 Requerimentos de baixa 
no lançamento de 
impostos 
 
Nome do requerido, 
assunto, local, data, 
assinatura do requerente. 
CM 1886 – 89 50 docs P02 / Cx10 
Fonte: RODRIGUES (2003) 
 
7. Considerações finais 
A Diplomática é uma disciplina investigativa que fornece à Arquivística os 
parâmetros teóricos e metodológicos necessários para identificar a gênese dos 
documentos de arquivo, na busca de soluções para superar os desafios impostos para seu 
reconhecimento, gestão, organização e acesso. A relação estabelecida entre a 
Diplomática e a Arquivistica, no contexto da identificação de tipologia documental, 
revela a pertinência destes estudos para o desenvolvimento das funções arquivísticas. 
Nesta dimensão o trabalho arquivístico reveste-se de cientificidade, 
possibilitando o delineamento de um perfil profissional analítico, que fundamenta sua 
atuação na reflexão critica sobre a natureza e características do documento, 
transformando o arquivista em produtor de conhecimento científico. 
 
Referencias 
 
BELLOTTO, Heloisa Liberalli. Arquivos permanentes; tratamento documental. 2 ed. 
Rio de Janeiro: FGV Editora, 2004. 
 24 
BELLOTTO, Heloisa Liberalli. O espaço da diplomática no ensino da arquivologia. In: 
IV Congreso de Archivología del Mercosur, 2001. Disponível em: 
<http://www.pmatozo.hostmidia.com.br> Acesso em: 26 jun. 2004. 
BELLOTTO, Heloisa Liberalli. Tipologia documental em arquivística. Revista do 
Arquivo Municipal. São Paulo, n. 195, p. 9-17, 1982. 
BELLOTTO, Heloisa Liberalli. Tipologia documental em arquivos: novas abordagens. 
Arquivo de Rio Claro. Rio Claro: Arquivo do Município de Rio Claro, v.0, n.1, p.4-15, 
1990. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 
1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 03 jul. 
2016. 
CARUCCI, Paola. Documento y archivo de gestión: diplomática de ahora mismo. 
Carmona: S&C Ediciones / Universidad International Menéndez Pelayo, 2004. 
CARUCCI, Paola. Il documento contemporaneo: diplomatica e criteri di edizione. 
Roma: La nuova Italia Scientifica, 1997. 
CONDE VILLAVERDE, Maria Luisa. et al. La identificación y valoración de los 
fondos documentales de la administración estatal: problemas y metodología. 
Iberoamerica: identico tratamiento para una misma realidad. In: Actas Primeras 
Jornadas sobre Metodología para la Identificación y Valoración de Fondos 
Documentales de las Administraciones Publicas, 1991…Madrid: Dirección de Archivos 
Estatales, 1992. p. 15-19. 
CORTÉS ALONSO, Vicenta. Nuestro modelo de análisis documental. Boletín de 
ANABAD (Asociación Española de Archiveros, Bibliotecarios, Museólogos y 
Documentalistas). Madrid: ANABAD, n. 3, p. 419-434, 1986. 
DICCIONARIO de Terminologia Archivística. Madrid: Ministerio de Cultura / 
Dirección de Archivos Estatales, 1993. 
DICIONÁRIO Brasileiro de Terminologia Arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo 
Nacional, 2005. 
DICIONÁRIO de Terminologia Arquivística. Ana Maria de Almeida Camargo; Heloísa 
Liberalli Bellotto (coord.). São Paulo (Brasil): Associação dos Arquivistas Brasileiros / 
Núcleo Regional de São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1996. 
DURANTI, Luciana. Diplomatica: nuevos usos para una antigua ciencia. Trad. 
 25 
Manuel Vázquez. Carmona: Asociación de Archiveros de Andalucia, 1995. 
DURANTI, Luciana. La diplomatica dei documenti elettronici. Venezia, Università Ca’ 
Foscari di Venezia, 2003. Disponível em: 
<http://www.biblio.unive.it/sba/novita/030527Duranti.asp>. Acesso em: 28 jun. 2006. 
GUIA do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto: O Arquivo, 
1996. 
HEREDIA HERRERA, Antonia. Archivística general; teoría y práctica. 5 ed. Sevilla: 
Diputación Provincial, 1991. 
HEREDIA HERRERA, Antonia. En torno al tipo documental. Boletín de la 
ANABAD, Tomo 56, Nº 3, 2006, págs. 13-36. Disponível em: 
https://dialnet.unirioja.es/ejemplar/166232. Acesso em: 31 jul. 2016. 
MENDO CARMONA, Concepción. Consideraciones sobre el metodo en archivistica. 
In: Documenta & Instrumenta. Madrid, Universidad Complutense de Madrid, v. I, 2004, 
p. 35-46. Disponível em http://www.ucm.es/info/documen/htm/default.htm. Acesso em: 
30 jul. 2016. 
MENDONÇA, Paulo Knauss de; NASCIMENTO Mariana Batista do; BUENO Danilo 
André. Arquivos Vivos da Administração Pública: O Programa de Gestão de 
Documentos do Estado do Rio de Janeiro (PGD-RJ). Cadernos do Desenvolvimento 
Fluminense. Rio de Janeiro, n. 3, p. 186-208, nov. 2013. Disponível em: http://www.e- 
publicacoes.uerj.br/index.php/cdf/article/view/9346. Acesso em: 03 jul. 2016. 
RODRIGUES, Ana Célia & GARCIA, Nádia Dévaki Pena. A FAMS e a política de 
gestão de documentos para a Prefeitura Municipal de Santos: estudo de caso sobre a 
elaboração da Tabela de Temporalidade de Documentos da Secretaria Municipal de 
Economia e Finanças (TTD SEFIN). In: Anais do XVIII Congresso Brasileiro de 
Arquivologia. Rio de Janeiro, RJ: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 2012. 
RODRIGUES, Ana Célia. Diplomática contemporânea como fundamento metodológico 
da identificação de tipologia documental em arquivos. São Paulo: Universidade de São 
Paulo, 2008. Tese (Doutorado em História Social). Faculdade de Filosofia, Letras e 
Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Disponível em:<www.teses.usp.br/teses/.../8/.../TESE_ANA_CELIA_RODRIGUES.pdf>. Acesso em: 
26 jul. 2016. 
RODRIGUES, Ana Célia. Identificação como requisito metodológico para a gestão de 
documentos e acesso a informações na administração pública brasileira. Ci. Inf., 
 26 
Brasília, DF, v. 41 n. 1, p.64-80 jan./abr., 2013. Disponível em: 
<http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/issue/view/121>. Acesso em: 25 mar. 2016. 
RODRIGUES, Ana Célia. Tipologia documental como parâmetro para a gestão de 
documentos de arquivos: um manual para o Município de Campo Belo, MG. São Paulo: 
Universidade de São Paulo, 2003. (Dissertação de Mestrado). Disponível em: 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-25042003-181526/. Acesso em: 26 
jun. 2007. 
RODRIGUES, Ana Célia. Identificação arquivística como requisito metodológico do 
Programa de Gestão de Documentos do Governo do Estado do Rio de Janeiro (PGD-
RJ): reflexões sobre a construção teórica dos procedimentos e instrumentos. In: XIII 
ENANCIB, 2012, Rio de Janeiro, RJ. In: Anais do XIII ENANCIB. Rio de Janeiro, RJ: 
ANCIB, 2012. Disponível em: 
http://www.eventosecongressos.com.br/metodo/enancib2012/arearestrita/pdfs/19564.pd
f. Acesso em: 30 jul. 2016. 
ROMERO TALLAFIGO, Manuel. Ayer y hoy de la diplomática, ciencia de la 
autenticidad de los documentos. In: CARUCCI, Paola, et al. Documento y archivo de 
gestión: diplomática de ahora mismo. Carmona: S & C / Universidad Internacional 
Menéndez Pelayo, 1994. p. 11-49. (Col. Biblioteca Archivística, 2). 
SCHELLENBERG, Theodore Roosevelt. Documentos públicos e privados: arranjo e 
descrição. (Trad. Manoel A. Wanderley). 2 ed. Rio de Janeiro: Ed. da Fundação Getúlio 
Vargas, 1980. 
RIO DE JANEIRO (Estado). Lei nº 5.562, de 20 de outubro de 2009. Dispõe sobre os 
arquivos públicos e privados e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.aperj.rj.gov.br/legislação . Acesso em: 20 jan. 2012. 
BRASIL. Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de 
arquivos públicos e privados e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8159.htm. Acesso em: 03 jul. 2016. 
BRASIL. Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011. Lei de Acesso à Informação. 
Disponível em http://www.acessoainformacao.gov.br/acessoainformacaogov/acesso-
informacao-brasil/legislacao-integra-completa.asp. Acesso em: 03 jul. 2016.

Continue navegando