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Caracteres internos do documento diplomático intrínsecos, de forma, de substância: TEXTO Protocolo Inicial Texto propriamente dito Protocolo Final Invocação Titulação Direção Saudação Preâmbulo Notificação Exposição Dispositivo Sanção Corroboração Subscrição Datas Precação Dispositivo Caracteres internos do documento diplomático PROTOCOLO INICIAL Invocação (invocatio) Exemplo: “Em nome de Deus” Titulação (intitulatio) Nome e títulos da autoridade responsável pelo documento Direção (inscriptio) Parte em que se nomeia a quem o ato está dirigido (pessoa ou coletividade) Saudação (salutatio) Nos documentos mais antigos. Exemplo: “Vos envio muito saudar” (DURANTI, 2005). Caracteres internos do documento diplomático TEXTO PROPRIAMENTE DITO Preâmbulo (prologus ou exordium) Parte na qual se justifica a criação do ato. Pode ser de ordem moral, jurídica ou material Notificação (notificatio ou promulgatio) Exemplo: “Tenho a honra de comunicar a vós” Exposição (narratio) Onde são explicitadas as causas do ato, o que o originou, quais as necessidades administrativas, políticas, sociais que o tornaram necessário (DURANTI, 2005). Caracteres internos do documento diplomático TEXTO PROPRIAMENTE DITO Dispositivo (dispositio) É a própria substância do ato; é a parte em que se determina o que se quer; traduz o “assunto”. Sanção (sanctio ou minatio) É a parte na qual se explicitam as penalidades para o caso de não ser cumprido o dispositivo. Corroboração (valoratio ou corroboratio) Parte na qual se expõe os meios materiais ou ideológicos que asseguram a execução do dispositivo (DURANTI, 2005). Caracteres internos do documento diplomático PROTOCOLO FINAL Subscrição (subscriptio) Assinaturas do autor ou autoridade delegada ou encarregada Datas (datatio) Data tópica e data cronológica Precação (precatio) Parte na qual se reitera a legalidade do documento por meio de assinaturas de autoridades e de sinais de validação (selos, estampilhas, carimbos) (DURANTI, 2005). Objeto da Diplomática Espécie Documental: “Configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas”. (BELLOTO, 2008). A espécie documental, no sentido diplomático, caracteriza um documento- individuo, e é analisado como unidade documental, como veículo que serve de base jurídica para abrigar um conteúdo, que em sua correta estrutura semântica, se torna legítimo, fidedigno, e autêntico. A Diplomática, em sua concepção clássica, analisa a estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e notarial, além de suas características intrínsecas e extrínsecas, ou seja, a estrutura formal dos atos escritos e a disposição semântica das informações nele contidas. Crítica diplomática: partição analítica do documento Elementos intermediários: Relação matéria-conteúdo ou, suporte-informação: Veículo redacional adequado, redigido e formatado de maneira que torne válido e credível o seu conteúdo. Espécie Tipo A espécie “carregada” da função/atividade/ ação que lhe cabe. Reflete o peso e a hierarquia do seu conteúdo, classificados em: Dispositivos – Testemunhais - Informativos Categoria jurídico-administrativa O documento – considerando-se aqui, sobretudo, o documento público e o diplomático – será reconhecível por sua proveniência, espécie, tipo e categoria. GÊNESE DOCUMENTAL Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: Dispositivos Dispositivo normativo: Dispositivo de ajuste: Dispositivo de correspondência: manifestações de vontade de autoridades supremas (Lei, Portaria, Decreto, Instrução Normativa, Estatuto, Ordem de Serviço, Regimento, Decisão, Regulamento, Acórdão, Resolução e despacho decisório); pactual, representados por acordos de vontade entre duas ou mais partes (Tratado, Ajuste, Convênio, Termo, Contrato e Pacto). derivam de atos normativos, determinando- lhes a execução em âmbito mais restrito de jurisdição (Alvará, Intimação, Circular, Exposição de motivos, Aviso, Edital, Portaria e Memorando). Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: Testemunhais Testemunhais de assentamento: Testemunhais comprobatórios: registros oficialmente escritos sobre fatos ou ocorrências (Atas, Termos, Apostilados e Autos de Infração). derivam dos de assentamentos, comprovando-os (Atestados, Certidões, Traslados, Cópias Autenticadas). Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: Informativos Se constituem em documentos opinativos/enunciativos, que esclarecem questões contidas em outros documentos, e cujo conteúdo vai fundamentar uma resolução. São encontrados nas seguintes espécies: Pareceres, Informações, Relatórios, Votos, Despachos Interlocutórios. Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: organizações privadas Documentos constitutivos: Documentos de reunião: Documentos de direção: Documentos de recursos humanos e relações de trabalho: cartas-patente, estatutos, certificados, declaração de matrícula, regulamentos gerais, contrato social, livro da companhia e seus registros; aviso de convocação, ordem do dia/pauta, ata, resolução e documentos circunstanciais atinentes aos assuntos discutidos na reunião; plano de negócios, plano estratégico, políticas, diretiva, organograma e relatório anual; descrição do cargo, manual de serviço, perfil de exigências do cargo, oferta de emprego, avaliação de rendimento, contrato de trabalho individual, certificado de trabalho, atestado, convenção e livro de ingresso; Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: organizações privadas Documentos de comunicação: Documentos contábeis e financeiros: Documentos jurídicos: carta, press-release/ comunicado à imprensa, memorando/nota, relatório, jornal interno, folhetos publicitários/filipetas, plano de comunicação, plano de marketing, estudo de mercado e livro de ouro; requisição de mercadoria, especificação da mercadoria/nota fiscal, conhecimento, fatura, cheque/letra de câmbio, extrato bancário, diário, balanço, balancete, plano contábil, orçamento, subvenção e declaração fiscal; notificação, certificado de invenção, certificado de direito de autor, certificado de marca de comércio, certificado de desenho industrial, contrato de empresa ou de serviços, contrato de seguro, contrato de aluguel, contrato de venda, contrato de empréstimo de dinheiro, hipoteca e outros contratos de seguridade, certificado de ação, procuração, etc. Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: Os documentos diplomáticos, se tomados de forma ortodoxa, são os de natureza jurídica, que refletem no ato escrito as relações políticas, legais, sociais e administrativas entre o Estado e os cidadãos. Seus elementos semânticos são submetidos a fórmulas preestabelecidas. O discurso diplomático é aplicado a um quadro redacional no qual se insere o ato escrito. Há regras de composição codificadas, comandadas pelo Direito. O documento diplomático é o testemunho escrito de um ato de natureza jurídica, redigido em observância a fórmulas estabelecidas que se destinam a dar-lhe fé e força de prova. (BELLOTTO, 2002). Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: O “modelo diplomático” funciona para os documentos governamentais (relações Estado-cidadãos) do mesmo modo como funcionam as “formas notariais” no caso dos documentos privados (o registro de “fé” das relações entre cidadãos). Tanto uns como outros, se incorretamente veiculados, invalidam a aplicabilidade legal de seu conteúdo (BELLOTTO, 1981). Todo documento tem um autor ou autores, é dirigido a um indivíduo ou a uma coletividade, sua gênese está datada de um lugar (data tópica) e de um tempo (data cronológica) e seproduz por alguma razão contida em seu texto. (BELLOTTO, 2002). Crítica diplomática: partição analítica do documento Categorias jurídico-administrativa: A elaboração do documento público cumpre as seguintes etapas: 1) identificação jurídico-administrativa do ato; 2) seleção da espécie documental; 3) fórmula diplomática, fórmula sistematizada ou fórmula usual, preenchida com um conteúdo tópico e circunstancial, que resulta na redação final; 4) divulgação junto aos públicos a atingir e/ou tramitação de rotina; 5) guarda ou destinação fixada por sistemáticas de temporalidade. Espécie documental: PORTARIA Definição: Ato pelo qual as autoridades competentes (titulares de órgãos) determinam providências de caráter administrativo, visando a estabelecer normas de serviço e procedimentos para o(s) órgão(s), bem como definir situações funcionais e medidas de ordem disciplinar. 1) Título (a palavra PORTARIA), seguido da sigla do órgão, numeração e data, em letras maiúsculas, e em negrito. 2) Ementa da matéria da Portaria, em letras maiúsculas, à direita da página. 3) Preâmbulo: denominação completa da autoridade que expede o documento, em maiúsculas e negrito; fundamentação legal, seguida da palavra RESOLVE, também em maiúsculas, acompanhada de dois pontos, à esquerda da folha. 4) Texto, subdividido em artigos, parágrafos e alíneas, explicitando a matéria da Portaria. 5) Local e data, por extenso. 6) Assinatura, nome e cargo da autoridade que subscreve a Portaria. Crítica diplomática: partição analítica do documento FORMA MODERNA FORMA TRADICIONAL (Diplomática) Título (número e data) Ementa Titulação Protocolo inicial (invocação, titulação, direção, saudação) Preâmbulo Preâmbulo Considerata ou considerandos Exposição Dispositivo Dispositivo Encerramento: Cláusula de vigência e Cláusula revogatória Sanção Corroboração Fecho (data ou não) Assinatura Precação ou Referenda Subscrição Protocolo final Precação Título Ementa Titulação Preâmbulo Dispositivo Encerramento - vigência Fecho – data ou não - tópica Assinatura Proveniência ANÁLISE MODERNA (TÉCNICA LEGISLATIVA) ANÁLISE TRADICIONAL (DIPLPOMÁTICA) Título (número e data) PROTOCOLO INICIAL Invocação Titulação Direção Saudação Ementa Titulação Preâmbulo TEXTO PROPRIAMENTE DITO Preâmbulo Considerata ou considerandos Exposição Dispositivo Dispositivo Encerramento: Cláusula de vigência e Cláusula revogatória Sanção Corroboração Fecho (data ou não) PROTOCOLO FINAL Data tópica Data cronológica Assinatura Subscrição Precação ou Referenda Precação DECRETO MUNICIPAL N° 2.154/2003 APROVA O REGULAMENTO DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – RISQN E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. PREFEITA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS A PREFEITA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS, no uso da competência que lhe confere a Lei Orgânica do Município, art. 74, inciso III, e as disposições da Lei Complementar n. º 007/97, com a redação dada pela Lei Complementar n. º 126, de 28 de novembro de 2003, NÃO POSSUI DECRETA: Art. 1º. Fica aprovado o anexo Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – RISQN. Art. 2º. Ficam revogados os artigos 22 a 37 do Decreto n. º 199/77 e os Decretos n. ºs 346/96, 646/93 e 542/89. Art. 3º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2004. Florianópolis, 23 de dezembro de 2003. ANGELA R. H. AMIN HELOU Prefeita Municipal NÃO POSSUI DECRETO DE APROVAÇÃO DE IMPOSTO
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