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Disciplina: Auditoria Contábil e Operacional Aula 4: Controle Interno Apresentação A quarta aula aborda os principais aspectos do controle interno, constituído de uma série de procedimentos que podem auxiliar no processo da auditoria propriamente dito. No que se refere à Auditoria Governamental serão abordados os pontos relativos à contextualização do controle, à diferenciação do controle externo e interno e à evolução do controle no Brasil. Objetivos Identificar a ligação entre o controle interno e o planejamento de auditoria; Compreender os conceitos de controle interno; Reconhecer a importância do controle interno para as instituições; Identificar os tipos de controle interno. Ligação entre o planejamento de auditoria e o controle interno Na etapa de planejamento, o auditor deve levar em conta diversos fatores ligados à execução das tarefas. Fatores estes relacionados a: Conhecimentos de práticas contábeis Sistema contábil e de controles internos Identificação de riscos e de áreas importantes Conteúdo dos relatórios e do parecer a ser emitido ao fim dos trabalhos Algumas áreas, foco das visitas preliminares, são baseadas na análise do sistema de controle interno. A seguir, vamos ver por que o controle interno é tão importante para a auditoria, seus objetivos e suas principais funções. Controle interno Segundo Perez, Junior (2012, p. 79) Compreende o plano de organização e todos os métodos e de todas as medidas coordenados, adotados em uma empresa para proteger seus ativos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas. Segundo Attie (2011) Para o autor, citando o AICPA, os controles internos compreendem o plano de organização e o conjunto coordenado de métodos e medidas adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio e verificar a exatidão e a fidedignidade dos dados contábeis. Promovem assim a eficiência operacional e o encorajamento à política traçada pela administração. Leitura Para aprofundar seus estudos, leia sobre o conceito de controle interno <https://portaldeauditoria.com.br/conceito-de-controle-interno/> . Distinção entre controle interno e auditoria interna Crepaldi (2011) também salienta a distinção entre controle interno e auditoria interna: A auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação do trabalho, normalmente executado por um departamento especializado, ao passo que o controle interno refere- se aos procedimentos e à organização adotados como planos permanentes da empresa. O autor também destaca que antes de elaborar o plano ou programa de auditoria, é necessário observar como se encontram os controles da empresa, abordando assim, os seguintes aspectos: Quanto melhor o controle, mais segurança para o trabalho. Quanto menor o controle, mais cuidado é exigido na execução dos trabalhos. Fatores que devem ser expostos no plano de auditoria Attie (2011) afirma que com a análise dada pela definição de controles internos, é possível observar a existência de alguns fatores, os quais necessitam ser clara e objetivamente expostos. São eles: Plano de Organização É o modo pelo qual se organiza um sistema. A estrutura organizacional necessita corresponder a uma divisão adequada e balanceada de trabalho, de forma que sejam estabelecidas as relações de autoridade e responsabilidades entre os vários níveis, atribuídas pelas parcelas de trabalho exigidas para a consecução dos objetivos da empresa, definindo de forma clara as responsabilidades e autoridades dos diversos níveis. Métodos e Médias São responsáveis por estabelecer os meios de comparação e julgamento para se chegar a determinado fim, mesmo que não tenham sido preestabelecidos formalmente. O planejamento de um sistema gera que este seja eficiente, prático, econômico e útil, levando em consideração os procedimentos especificamente destinados a promover o controle sobre as operações e as atividades, de preferência com a utilização de manuais. Proteção do Patrimônio Compreende a forma pela qual são salvaguardados e defendidos os bens e direitos da empresa. Dentro deste conceito, a definição e o estabelecimento de independência das funções de execução operacional, como, por exemplo, custódia, controle e contabilização dos bens patrimoniais, conjugada a um sistema de autorizações, de acordo com as responsabilidades e os riscos, possibilitam uma forma eficiente de salvaguardar os interesses da empresa. Exatidão e Fidedignidade dos Dados Contábeis Compreendem a adequada precisão e observância aos elementos dispostos na Contabilidade. É significativo para uma fiel escrituração contábil partir da utilização de uma estrutura formal de contas, seguida de um plano de contas que facilite o seu registro, bem como a utilização de um manual descritivo de uso das contas aliado à definição de procedimentos que possibilitem a análise, a conciliação e a solução em tempo hábil de qualquer divergência. E�ciência Operacional Compreende a ação ou força a ser posta em prática nas transações realizadas pela empresa. A definição de um adequado plano de organização, aliada aos métodos e procedimentos bem definidos. A observação de normas que servem para o cumprimento dos deveres e das funções, com a existência de pessoal qualificado e treinado para resolver suas atividades adequadamente, sendo supervisionados por seus responsáveis e que, desta forma, tendem a efetuar a desejada eficiência nas operações. Políticas Administrativas Compreendem o sistema de regras relativas à direção dos negócios e à prática dos princípios, das normas e funções, para a obtenção de determinado resultado. b ê i d l i Abrangência dos controles internos O autor ainda afirma que tais elementos observados são essenciais para um controle interno adequado. Mas, e se houver uma grave de�ciência de qualquer um deles? Comprometerá o funcionamento e�ciente do sistema. Antes de dar continuidade a seus estudos, leia sobre a importância do controle interno: Partindo do princípio de que a administração da empresa é responsável pelo estabelecimento do sistema de controle interno, por sua veri�cação de seu cumprimento pelos funcionários e por sua modi�cação, visando a sua adaptação às novas circunstâncias, é preciso também compreender que ele é necessário para garantir a continuidade do �uxo das operações com os quais convivem as empresas. CREPALDI, 2011. Assim, Crepaldi (2011) observa que a abrangência dos controles internos está ligada a: 01 Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais; 02 Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente; 03 Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada; 04 Estimular a adesão às normas e diretrizes fixadas; 05 Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade; 06 Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes ou ainda antieconômicas, erros, fraudes e outros tipos de inadequações. Atividade 1. O nível de confiança dos dados contábeis e financeiros de uma empresa está diretamente ligado à eficiência dos controles internos associados aos processos. Sendo assim, existe uma relação que pode ser estabelecida entre os procedimentos de auditoria e a eficiência dos controles internos relacionados a determinado processo. Nesse sentido, essa relação se explicita da seguinte forma: a) O auditor deve realizar testes substantivos nos processos com uma alta carga de controles internos. b) O volume de testes de auditoria pode ser reduzido em um processo com controles internos eficientes. c) A aplicação de testes de auditoria não é necessária para processos com controles internos eficientes. d) A equipe de auditoria não precisa ser muito experiente em caso de testes nosprocessos com controles internos eficientes. e) Os testes de observância devem ser aplicados em todo o sistema de controles internos da empresa. Operações/informações x custos/benefícios Crepaldi (2011) afirma que a diferenciação entre empresas terem ou não controles adequados poderá ser feita ao analisar a eficiência do binômio: Operações / informações Custos / benefícios As empresas devem analisar a vantagem de ter controles rígidos que auxiliem na eficiência e confiabilidade de suas operações. Como é possível tomar decisões adequadas utilizando-se de informações que correm o risco de não serem confiáveis? Exemplo Segundo Attie (2011), na fase inicial, o dono é o ponto referencial para o controle; é quem analisa e controla todos os segmentos da empresa, verificando a pontualidade dos funcionários da empresa, a fabricação e o padrão de qualidade dos produtos, o despacho e a entrega aos clientes, bem como o pedido e o Contas a Pagar aos fornecedores, as contas a receber e o recebimento dos clientes. Você concorda que a partir do momento em que a empresa cresce e inicia sua fase de crescimento acaba-se por tornar inviável que o dono, sozinho, controle todas as operações e transações? Quanto maior vai ficando a organização, parte das atividades controladas pelo dono vai sendo delegada a outros funcionários, dos quais se espera compromisso e capacitação igual à que era empenhada pessoalmente na gestão do negócio. A partir deste momento, para o controle eficiente das operações e poder de análise, é necessário existirem relatórios, indicadores e outros índices, que mostrem como a gestão das operações pelos funcionários contratados tem funcionado, assim como o atendimento aos planos e às metas traçados. Liberdade de atuação Attie (2011) afirma que um sistema de controle interno implica que seus funcionários tenham liberdade de atuação na execução de seus compromissos, para buscar os melhores resultados. Você sabia que estes mesmos funcionários podem extrapolar suas funções e se bene�ciarem, causando prejuízos à entidade social, por erros intencionais ou ainda dolosos? Por isso é necessário um adequado sistema de controle interno. Ele limitará a prática destes atos. O sistema de controle interno previne que os funcionários possam cair em tentação, dados os possíveis problemas pessoais ou financeiros, e incorrer em atos ilícitos. Saiba mais Antes de dar continuidade, saiba mais sobre os tipos de controles internos <galeria/aula4/docs/a04_doc1.pdf> . Características de um sistema de controle interno Partindo do raciocínio de que a função da Contabilidade, como instrumento de controle administrativo, é conhecida de forma unânime, atualmente, um sistema de informação contábil que não esteja apoiado em eficiente controle interno é inútil, pois não é possível confiar nas informações apresentadas em seus relatórios. Informações contábeis distorcidas poderão levar a conclusões erradas e que ainda poderão causar danos para a empresa. Um sistema de controle interno pode ser dividido da seguinte forma, conforme Perez Júnior (2012, p. 80): Controles administrativos Seu objetivo é garantir o controle sobre as operações da empresa e a qualidade das informações e dos documentos a serem processados pelo sistema contábil. Dentro deste aspecto está o plano da organização e todos os métodos e procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e à decisão política traçada pela Administração. Tais controles se relacionam de forma indireta aos registros financeiros. Estes devem abranger análises estatísticas, estudos de tempo e movimento, relatórios de desempenho, programas de treinamento e controle de qualidade. (ATTIE, 2011) Controles contábeis Seu objetivo é garantir a qualidade dos registros e das demonstrações contábeis. Esses controles compreendem o plano da organização e todos os métodos e procedimentos diretamente relacionados sobretudo com a salvaguarda do patrimônio e a fidedignidade dos registros contábeis. Neste contexto, geralmente estão incluídos os sistemas de autorização e aprovação, separação das funções de escrituração e elaboração dos relatórios contábeis daquelas ligadas à custódia dos valores, bem como dos controles físicos sobre estes valores. (ATTIE, 2011) Saiba mais Saiba o que é necessário para que os auditores conheçam os controles internos. Atividade 2. É um processo conduzido pela estrutura de governança, administração e outros profissionais da entidade e desenvolvido para proporcionar segurança razoável, com respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade: a) Governabilidade. b) Controle externo. c) Controle Interno. d) Manual administrativo. e) Todos os itens estão corretos. Controles na área governamental Agora, conheceremos os controles na área governamental: Controle no Brasil Arlindo Rocha e Marcelo Quintiere (2011) atrelam a história do controle no Brasil, inicialmente ao período colonial, época em que sua vinculação à metrópole, bem como as atividades econômicas que eram desenvolvidas, acabava por determinar as formas de controle que deveriam ser implantados. Os autores citam que, nesta época, era ainda utilizada a lógica do Mercantilismo/Metalismo. Estas práticas eram baseadas em uma forte intervenção do Estado na economia, além disso, existia a crença de que uma nação possuía a sua riqueza baseada na acumulação de metais preciosos. Tribunal de Contas da União Segundo o próprio Tribunal de Contas da União, em 1680, foram criadas, no Brasil, as Juntas das Fazendas das Capitanias e a Junta da Fazenda do Rio de Janeiro que era controlada por Portugal. Já em 1822, o conhecido como Erário Régio foi transformado no Tesouro pela Constituição Monárquica de 1824. É neste momento que surgem os primeiros orçamentos e balanços gerais. (TCU, 2013) Criação do Decreto 966A Somente em 17 de janeiro de 1893, houve a instalação do primeiro Tribunal de Contas do país criado pelo Ministro da Fazenda do Governo de Floriano Peixoto (TCU). O Tribunal de Contas da União (TCU) é criado de acordo com o Decreto 966A de 7 de novembro de 1890: Art. 1º - É instituído um Tribunal de Contas, ao qual incumbirá o exame, a revisão e o julgamento de todas as operações concernentes à receita e despeza da República. Ainda segundo o Decreto 966A: Art 4º - Compete, outrossim, ao Tribunal de Contas: 1º - Examinar mensalmente, em presença das contas e documentos que lhe forem apresentados, ou que requisitar, o movimento da receita e despeza, recapitulando e revendo, annualmente, os resultados mensais; 2º - Conferir esses resultados com os que lhe forem apresentados pelo Governo, communicando tudo ao Poder Legislativo; 3º - Julgar annualmente as contas de todos os responsáveis por contas, seja qual for o Ministério a que pertençam, dando-lhes quitação, condemnando-os a pagar, e, quando o não cumpram, mandando proceder na fórma de direito; 4º - Estipular aos responsáveis por dinheiros públicos o prazo de apresentação de suas contas, sob as penas que o regulamento estabelecer. 1 Veri�cação da legalidade De início, o Tribunal teve competência para exame, revisão e julgamento de todas as operações relacionadas com a receita e a despesa da União. A fiscalização se fazia pelo sistema de registro prévio. A Constituição de 1891 institucionalizou o Tribunal e conferiu-lhe competências para liquidar as contas da receita e da despesa e verificar a sua legalidade antes de serem prestadas ao Congresso Nacional. (TCU, 2013) Manutenção das funções do Tribunal de Contas Em 1937, com a Carta Magna, houve a manutenção de todas as funções do Tribunal de Contas, com exceção do Parecer Prévio sobre as contas presidenciais. (TCU, 2013) O TCU (2013) ainda afirma que, com a Constituição de 1946, foi repassada ao Tribunal de Contas a responsabilidadede julgar a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e pensões. A Constituição de 1967, ratificada pela Emenda Constitucional nº 1, de 1969, retirou do Tribunal o exame e o julgamento prévio dos atos e dos contratos geradores de despesas, sem prejuízo da competência para apontar falhas e irregularidades que, se não sanadas, seriam objeto de representação ao Congresso Nacional. Atividade 3. No que se refere à definição, objetivos e componentes do controle interno, julgue o item a seguir: A salvaguarda dos ativos da entidade para evitar perdas ou uso prejudicial dos recursos é um objetivo da atuação do controle interno, sendo o componente relacionado ao ambiente de controle primordial na definição dos riscos para evitar ocorrências indesejáveis. a) Certo. b) Errado. Conclusão O controle sempre foi e é necessário dentro das atividades do Estado, porém, ainda de acordo com Castro (2011) é necessário que a entidade saiba para onde vai e quanto isso vai custar e, além disso, é necessário que se saiba como serão feitos os processos. Sem que haja isso, a função básica do controle acaba sendo esquecida e há uma criação de normas e controles desnecessários terminando por congestionar o fluxo operacional das atividades do Estado. Partindo deste raciocínio básico, de que o Estado precisa de controle, é que surgirão os conceitos mais aprofundados de controle externo e interno, os quais veremos mais à frente na Aula 9. Atividade 4. Quando o auditor avalia se uma pessoa que tem acesso aos ativos pode efetuar registros contábeis, ele está: a) Confrontando os ativos com os registros contábeis. b) Avaliando se o funcionário que controla os ativos possui competência para executar suas funções. c) Examinando se há segregação de funções. d) Examinando se há desfalques temporários. e) Avaliando se o funcionário que registra possui competência para executar suas funções. Notas Decreto 966A Ortografia da época mantida no original e destacada em itálico. Referências ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. Introdução à auditoria operacional. 4. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2008. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8. ed. São Paulo: Atlas. 2012. ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. BRASIL. Lei 6.404/76 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ leis/ l6404consol.htm <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm> >. Acesso em: 24 mar. 2013. 1 BRASIL. Lei 6.404/76 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ leis/ l6404consol.htm <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm> >. Acesso em 24/03/2013. ______. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934). Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ constituicao/ constituicao34. htm <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm> >. Acesso em: 28 abr. 2013. ______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ constituicao/ constituicao.htm <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> >. Acesso em: 24 mar. 2013. CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. ROCHA, Arlindo Carvalho; QUINTIERE, Marcelo de Miranda Ribeiro. Auditoria governamental. Uma abordagem metodológica da Auditoria de Gestão. 1. ed. (ano 2008), 3. reimpr. Curitiba: Juruá, 2011. SILVA, Moacir Marques da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as normas Internacionais de Auditoria Pública aprovadas pela INTOSAI. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. TRIBUNAL de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.tce.rj.gov.br/ <http://www.tce.rj.gov.br/> >. Acesso em: 28 abr. 2013. TRIBUNAL de Contas da União. 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Livro: A estruturação, organização e atuação dos controles internos municipais segundo a norma contábil <http://www.crcrs.org.br/download-de-livros/> .
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