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Livro Eletrônico Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) Claudenir Brito, Tatiane Sá 10420579664 - Rafael Otaviano 1 AULA 06: Controle Interno. SUMÁRIO PÁGINA 1. História do Controle Interno 2 2. Controle Interno: definição, importância 4 3. Princípios e meios de Controles Internos 6 4. Sistema de Controle Interno 15 5. Avaliação de Controles Internos 27 6. NBC TA 265 – Comunicação de Deficiências 33 Relação de questões comentadas na aula 39 Resumo do Prof. Claudenir 47 Referências 49 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Olá pessoal! Na aula de hoje, vamos nos aprofundar no estudo do Controle Interno. Dúvidas, perguntem no fórum do curso. Se forem sobre outros temas voltados aos concursos, que não sejam específicas do nosso conteúdo, podem ainda me enviar uma mensagem: (61) 98104-2123 Siga-nos nas redes sociais, pois publicamos diariamente temas referentes às técnicas de estudo e à Auditoria: Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 2 Prof Claudenir Brito profclaudenirbrito Além disso, se quiser fazer parte da nossa lista exclusiva de e-mails, por meio da qual enviamos material gratuito: Receba dicas de estudo e conteúdo gratuito de Auditoria em seu email, cadastrando-se na nossa lista exclusiva, no link a seguir http://eepurl.com/caW9Pj Uma boa aula para todos nós. 1. História do Controle Interno Este tema não é cobrado com frequência nos certames, mas entendemos que é importante conhecê-lo, para um entendimento mais abrangente do assunto, e essa visão vai auxiliá-lo na resolução de algumas questões, por meio de um raciocínio sistemático sobre os conceitos apresentados. A evolução do controle interno sempre esteve diretamente relacionada à evolução da disciplina auditoria, pois uma das atividades desemprenhadas pela auditoria – tanto interna quanto externa - é a avaliação dos sistemas de controles internos. Em linhas gerais, podemos dizer que o sistema de controles internos deve proteger o patrimônio da entidade, e para sabermos se esse sistema está implementado e é efetivo, utilizamos testes de auditoria. A doutrina não é pacífica quando trata da evolução da auditoria. Assim, vamos nos pautar pela obra de William Attie (2010) para traçarmos uma sequência lógica da evolução da auditoria, nos remetendo a outros autores, quando necessário. A Contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar e informar o administrador, e já vimos que a auditoria, como uma técnica contábil, é uma especialização da Contabilidade, destinada a ser usada como ferramenta de confirmação dessa própria ciência. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 3 O surgimento da Auditoria está ancorado na necessidade de confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto à realidade econômico-financeira espelhada no patrimônio das empresas investidas. Tudo como fruto da evolução do sistema capitalista. Attie afirma ser desconhecida a data de início da atividade de auditoria, mas cita alguns momentos marcantes para o desenvolvimento do assunto, sendo o primeiro a criação do cargo de auditor do Tesouro, na Inglaterra, em 1314. Em 1880, foi criada a Associação dos Contadores Públicos Certificados, na Inglaterra, e em 1886, sua congênere nos Estados Unidos. A partir daí, o ponto principal da evolução da auditoria foi a criação da SEC – Security and Exchange Comission (algo como a CVM aqui no Brasil), em 1934, nos Estados Unidos, quando a profissão de auditor assume sua importância, tendo em vista que as empresas listadas em Bolsa de Valores foram obrigadas a se utilizarem dos serviços de auditoria para dar mais credibilidade a suas demonstrações financeiras. No Brasil, a evolução da auditoria esteve primariamente relacionada com a instalação de filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras, e a consequente obrigatoriedade de se auditarem suas demonstrações contábeis. Como resultado, tivemos a chegada ao país de empresas internacionais de auditoria independente. Com a evolução do mercado de capitais, a criação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM – e da Lei das Sociedades por Ações, em 1976, a atividade de auditoria tomou grande impulso, mas ainda atrelada às empresas integrantes do mercado de capitais e do Sistema Financeiro. Em relação ao histórico do controle interno, segundo Castro (2011), citado por Lima (2012), “a origem do controle interno no Brasil, em 1914, era contábil, em função da necessidade de implantação de técnicas de contabilidade na área pública com certo nível de padronização de registro, orientação metodológica e controle dos atos de gestão em todos os níveis”. Em 1921, criou-se um órgão central de contabilidade da União denominada Diretoria Central Contabilidade Pública que logo depois foi transformada em Contadoria Central da República e, finalmente, em Contadoria Geral da República. Com a estrutura contábil organizada, baseada fundamentalmente em informac ̧ões para realização de balanços no setor público, mudou-se o foco para a parte técnica, aprovando-se o Código de Contabilidade Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 4 Pública, que foi dividida em orçamentária, financeira e patrimonial, vinculada ao Ministério da Fazenda. Com a estruturac ̧ão do controle financeiro surgiu a necessidade de organizar o controle administrativo, preconizadas pela Constituic ̧ão Federal de 1946, que atribuiu ao Tribunal de Contas da União (TCU) o controle prévio dos atos de gestão do Executivo. Segundo a autora, o controle interno seguiu duas linhas bem claras: controle contábil sob a responsabilidade do Ministério da Fazenda e controle administrativo sob a responsabilidade do TCU. Diante de um cenário de corrupção crescente e de instabilidade institucional, em 1964 o foco do controle passou para auxiliar o dirigente público na obtenção de resultados planejados. 2. Controle Interno: definição, importância Segundo Almeida (2010), o auditor está interessado em valores significativos, referentes a erros ou irregularidades, que afetam as demonstrações financeiras, podendo conduzir os leitores a terem um entendimento errôneo sobre estas demonstrações. Um bom sistema de controle interno funciona como uma “peneira” na detecção desses erros ou irregularidades. Portanto, segundo o autor, o auditor pode reduzir o volume de testes de auditoria na hipótese de a empresa ter um sistema de controle interno forte; caso contrário, o auditor deve aumentá-lo (o número de testes). A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. Mas o que é Controle Interno ? Conforme a NBC TA 315, Controle interno: “É o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatóriosfinanceiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.” Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 5 Ou seja, é um processo conduzido por todos os integrantes da empresa, para fornecer razoável segurança de que os objetivos da entidade estão sendo alcançados, com relação às seguintes categorias: 1 – eficácia e eficiência das operações; 2 – confiabilidade dos relatórios financeiros; 3 – conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis. O termo “controles” se refere a quaisquer aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno. Ainda segundo a norma, o auditor deve obter entendimento do seguinte: (a) fatores do setor de atividade, regulamentares e outros fatores externos relevantes, incluindo a estrutura de relatório financeiro aplicável; (b) a natureza da entidade, incluindo: (i) suas operações; (ii) sua estrutura societária e de governança; (iii) os tipos de investimento que a entidade está fazendo e planeja fazer, incluindo investimentos em entidades de propósito específico; (iv) a maneira como a entidade é estruturada e como é financiada, para possibilitar ao auditor entender as classes de transações, saldos de contas e divulgações esperadas nas demonstrações contábeis; (c) a seleção e aplicação pela entidade de políticas contábeis, inclusive as razões para mudanças nessas políticas. O auditor deve avaliar se as políticas contábeis da entidade são apropriadas para o negócio e compatíveis em contábeis e administrativos, assim como em preventivos ou com a estrutura de relatório financeiro aplicável e políticas usadas no setor de atividade pertinente; (d) os objetivos e estratégias da entidade e os riscos de negócio relacionados que possam resultar em risco de distorção relevante; (e) a mensuração e revisão do desempenho das operações da entidade. 2.1 Divisões do Controle Interno Os Controles podem ser divididos em contábeis e administrativos, em preventivos e detectivos. Controles Contábeis São procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que o compõem. Relacionam-se à veracidade e à Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 6 fidedignidade dos registros contábeis. Exemplos: . Inventários periódicos . Segregação de funções . Controle físico sobre ativos . Conciliação bancária . Sistemas de conferência, aprovação e autorização Controles Administrativos São procedimentos que visam a proporcionar eficiência e efetividade às operações e negócios da empresa. Relacionam-se às ações ligadas ao alcance dos objetivos da entidade. Exemplos: • Controle de qualidade • Análise estatística • Treinamento de pessoal • Análise de lucratividade segmentada • Desenvolvimento de estudos para aumento de eficiência produtiva Controles Preventivos Visam a identificar um erro ou irregularidade antes que isto aconteça. Exemplos: Segregação de funções, Limites e alçadas, e Autorizações. Controles Detectivos Visam a identificar um erro ou irregularidade depois que este tenha ocorrido. Exemplos: Conciliações e Revisões de desempenho. 3. Princípios e meios de Controles Internos Cada autor considera uma lista de princípios que devem ser seguidos na implementação do controle interno de uma entidade, ou meios de controles internos. Trouxemos a seguir os principais e mais cobrados em prova. 3.1 Definição de responsabilidade e autoridade: As atribuições dos funcionários, setores e departamentos internos da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por escrito, mediante o estabelecimento de manuais internos de organização. Há duas atividades de controles relacionadas à atribuição de responsabilidades: alçadas e autorizações. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 7 Limites de alçadas são os valores considerados como possíveis para a decisão de determinado nível hierárquico dentro da organização. Ou seja, é até quanto o funcionário pode decidir. Vamos a um exemplo corriqueiro. Se você for a uma loja de eletrodomésticos para comprar uma geladeira, vai conversar com um vendedor sobre aquela que te interessar e vai pedir a ele um desconto, que provavelmente será concedido. Entretanto, esse desconto só vai até o limite de alçada desse vendedor, por exemplo, 5% à vista. Caso você queira pechinchar um pouco mais, não adianta forçar a barra com o vendedor; o ideal é pedir para falar com o gerente da loja, que deverá ter um limite de alçada maior, como por exemplo, 10% do valor da geladeira. Resumindo, se você comprou uma geladeira recentemente e não pediu um desconto ao gerente, você provavelmente pagou mais caro do que poderia ter pago se tivesse saído do limite de alçada do vendedor. Acontece. Já as autorizações são as competências para que cada funcionário possa realizar determinada ação. Sem mistério. 3.2 Segregação de funções: É o princípio mais exigido em concursos. Também chamada de Princípio de Oposição de Interesse, consiste em estabelecer que uma mesma pessoa não possa ter funções incompatíveis, que gerem conflito de interesses. Por exemplo, não é recomendável que o mesmo funcionário tenha acesso aos ativos e aos registros contábeis. Outros exemplos de transações que devem ser segregadas: • Contratação e pagamento • Custódia e inventário • Normatização e fiscalização 3.3 Relação Custo x Benefício do controle: O custo do controle interno não deve exceder aos benefícios por ele gerados. Dessa forma, devem ser estabelecidos controles mais sofisticados para transações de valores relevantes e controles mais simples para transações de menor materialidade e importância. Por exemplo, não valeria a pena, em relação a esse princípio, empregar R$10.000,00 em recursos da empresa para a aplicação de procedimentos Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 8 de auditoria que tivessem por objetivo avaliar a regularidade de uma compra no montante de R$2.000,00. 3.4 Definição de rotinas internas: A empresa deve definir seus procedimentos, processos e rotinas internas, preferencialmente no manual da organização. Essa normatização visa estabelecer, de maneira formal, as regras internas necessárias ao bom funcionamento da empresa. Exemplos: • Formulários internos e externos • Procedimentos internos dos diversos setores da empresa 3.5 Limitação do acesso aos ativos: A empresa deve limitar o acesso dos funcionários a seus ativos e estabelecer controles físicos sobre estes. Ressalta-se que essa limitação não se restringe apenas a ativos tangíveis, mas também aos intangíveis, como, por exemplo, informações e dados confidenciais da organização. Exemplos de controles físicos: • Utilização de cofres para guarda de numerários • Revista de funcionários ao deixar o local de trabalho • Utilização de senhas para acessar pastas e sistemas corporativos 3.6 Comprovações e provas independentes Trata-se da previsão da existência de processos de comprovações rotineiras e da obtenção independente de informações de controle, a fim de confirmar os procedimentos referentes a determinada atividade. Os diversos registros preparados por um órgão para informar aos usuários sobre o resultado de suas atividades, somente serão meios de controle eficazes se produzidos por um sistema adequado. Por sistema adequado podemos considerar aquele que permite assegurar a fidedignidade das informações, pormeio de registros produzidos por fontes independentes que podem ser comparados com outras fontes. Caso sejam identificadas divergências, podemos suspeitar da ocorrência de falhas nos registros de transações. 3.7 Auditoria Interna: É o controle do controle. Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo as determinações impostas pelo sistema. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 9 Essa verificação realizada pela auditoria interna permite adaptações nas normas existentes ou criação de novas. 3.8 Limitações do controle interno: Por mais que o sistema de controle interno de uma empresa seja eficiente e efetivo, nenhum controle interno é 100% infalível, devendo proporcionar apenas uma segurança razoável de que os objetivos da empresa serão atingidos. As principais limitações do controle interno, segundo a doutrina, são: • Conluio de funcionários • Eventos externos • Funcionários negligentes • Custo x benefício Vamos lembrar o que aconteceu em 2001 com o World Trade Center. Imagine que uma empresa, localizada na torre norte, tivesse implementado um backup para proteger seus dados e esse arquivo ficasse na torre sul. Dentro das boas práticas de controle e segurança, ela teria agido de forma correta, pois o backup de suas operações não estava localizado no mesmo ambiente físico dos dados originais. Entretanto, devido a um evento externo (o qual não precisamos explicar aqui), houve uma limitação nesse controle. É principalmente devido a essas limitações que dizemos que não existe como reduzir o risco de auditoria a zero, pois, por mais perfeito que seja o controle interno da empresa auditada, ele pode falhar. QUESTÕES COMENTADAS 1. (CESGRANRIO/CEFET/2014) Atualmente, as instituições buscam formas de proteger seus ativos. Nesse sentido, o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade é denominado Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 10 (A) auditoria interna (B) análise de riscos (C) governança corporativa (D) conselho fiscal (E) levantamento de processos Comentários: A eficácia dos controles internos é verificada pela auditoria interna da entidade, que deverá apresentar propostas para sua melhoria, assessorando a alta administração da empresa. Gabarito: A 2. (CESGRANRIO/CEFET/2014) Para se resguardar dos diversos riscos inerentes aos processos internos, a empresa utiliza controles internos contábeis ou técnicos e administrativos. Um exemplo de controle interno administrativo é o(a) (A) sistema de conferência (B) controle físico de ativos (C) segregação de funções (D) auditoria interna (E) análise estatística Comentários: As divisões do controle estão na página 6. Vejamos: Controles Contábeis: São procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que o compõem. Relacionam-se à veracidade e à fidedignidade dos registros contábeis. Exemplos: • Inventários periódicos. • Segregação de funções. • Controle físico sobre ativos. • Conciliação bancária. • Sistemas de conferência, aprovação e autorização Portanto, as letras A, B e C estão erradas, pois se referem ao controle contábil. Os controles internos administrativos implementados em uma organização devem: I. prioritariamente, ter caráter preventivo; II. permanentemente, estar voltados para a correção de eventuais desvios em relação aos parâmetros estabelecidos; III. prevalecer como instrumentos auxiliares de gestão; IV. estar direcionados para o atendimento a todos os níveis hierárquicos da administração. São exemplos de controles internos administrativos: • Controle de qualidade • Análise estatística • Treinamento de pessoal • Análise de lucratividade segmentada Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 11 • Desenvolvimento de estudos para aumento de eficiência produtiva Assim, podemos concluir que apenas a alternativa E nos traz um exemplo de controle interno administrativo. Gabarito: E 3. (CESGRANRIO/CEFET/2014) O sistema de controles internos de uma empresa é composto por controles preventivos e detectivos. Os controles preventivos possuem o objetivo de (A) revisar o desempenho das atividades operacionais. (B) estabelecer níveis de governança corporativa na empresa. (C) evitar a ocorrência de um problema relacionado ao processo. (D) verificar onde ocorreram os problemas de um determinado processo. (E) gerenciar todos os riscos relacionados aos processos internos da empresa. Comentários: Enquanto os procedimentos de prevenção (controles preventivos) são medidas que antecedem o processamento de um ato ou um fato, para prevenir a ocorrência de omissões, inadequações e intempestividade da informação contábil; os procedimentos de detecção (controles detectivos) são medidas que visem à identificação, concomitante ou a posteriori, de erros, omissões, inadequações e intempestividade da informação contábil. Gabarito: C 4. (CESGRANRIO/IBGE/2009) Os controles que compreendem o plano de organização e de procedimentos referentes, principalmente, à eficiência operacional e à obediência às diretrizes administrativas, que normalmente se relacionam apenas de forma indireta com os registros contábeis e financeiros, são (A) contábeis. (B) especiais. (C) operacionais. (D) organizacionais. (E) administrativos. Comentários: Controles administrativos são procedimentos que visam a proporcionar eficiência e efetividade às operações e negócios da empresa, e se relacionam às ações ligadas ao alcance dos objetivos da entidade. Exemplos: ͒ • Controle de qualidade • Análise estatística • Treinamento de pessoal • Análise de lucratividade segmentada • Desenvolvimento de estudos para aumento de eficiência produtiva Gabarito: E Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 12 5. (CESGRANRIO/BNDES/2011) Na gestão empresarial cabe à Administração da empresa estabelecer o sistema de controle interno e o respectivo acompanhamento de sua correta adoção por parte dos executores, como um todo, visando a adaptá-lo rapidamente a novas circunstâncias gerenciais, se necessário. Ao se dizer que os acessos aos ativos e aos registros contábeis devem ser realizados por indivíduos distintos, está sendo enunciado o princípio do controle interno do(a) a) acesso aos ativos b) confronto dos ativos com os registros c) responsabilidade d) rotina interna e) segregação de funções Comentários: A segregação de funções é o princípio mais exigido em concursos. Também chamada de Princípio de Oposição de Interesse, consiste em estabelecer que uma mesma pessoa não possa ter funções incompatíveis, que gerem conflito de interesses. Por exemplo, não é recomendável que o mesmo funcionário tenha acesso aos ativos e aos registros contábeis. Outros exemplos de transações que devem ser segregadas: • Contratação e pagamento • Custódia e inventário • Normatização e fiscalização Gabarito: E 6. (CESPE/FUB-DF/2013) A origem da auditoria nas empresas está associada ao aumento de seu tamanho e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de administradores profissionais, que não se confundem com os próprios acionistas. Comentários: Com o aumento do tamanhodas empresas e, consequentemente, da busca por capital fora da companhia, surge a necessidade de uma avaliação independente, de fora da empresa, para uma maior credibilidade dos números apresentados ao mercado. Essa também foi a razão do surgimento de administradores profissionais, contratados apenas para gerir as companhias, em troca de salário e, frequentemente, bônus. Gabarito: C 7. (CESPE/CGE-PB/2008) Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta. a) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas de captarem recursos de terceiros. b) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 13 segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa. c) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa. d) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes. e) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar. Comentários: A necessidade de captação de recursos fez com que as empresas buscassem uma maior credibilidade dos dados apresentados em suas demonstrações contábeis, fazendo com que surgisse a auditoria externa, para atestar sua confiabilidade. Dessa forma, a letra A é o gabarito da questão. A alternativa B está incorreta, pois essa maior necessidade é dos usuários externos à empresa. Já a letra C também está errada, pois foi a auditoria interna que surgiu a partir da necessidade de um aprofundamento da situação da empresa. As alternativas D e E ficariam corretas se substituíssemos os termos auditoria interna / auditores internos por auditoria independente / auditores independentes, respectivamente. Gabarito: A 8. (ESAF/DNIT/2013) O princípio que norteia a recomendação segundo a qual deve haver diferentes servidores para as funções de compra, pagamento e contabilização de um novo equipamento para o ente público é caracterizado como: a) definição de responsabilidades. b) controles sobre as transações. c) rodízio de funcionários. d) relação custo/benefício. e) relação de funções. Comentários: A banca acabou anulando a questão. Como sabemos, o princípio que determina a separação de funções que geram conflito de interesses, como as que se encontram no enunciado, é o princípio da segregação de funções e não o princípio da relação de funções (que nem existe), como foi o gabarito preliminar dado pela ESAF. Gabarito: ANULADA (X) 9. (FCC/TRF–1/2011) Dentre as limitações inerentes dos controles internos, EXCLUI-SE a: a) possibilidade de erros e equívocos humanos; b) possibilidade de conluio para contornar as normas; c) burla por administradores; Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 14 d) falha nos sistemas de informações tecnológicas; e) eficácia do desenho do processo. Comentários: Mesmo que não soubéssemos os limites inerentes dos controles internos, poderíamos facilmente verificar que a letra E não trata de uma limitação, já que é desejável que o desenho do processo seja eficaz. As outras quatro alternativas, conforme vimos na parte teórica, podem ser consideradas limitações à eficiência dos controles internos. Gabarito: E 10. (FCC/Sefaz-SP/2010) Um procedimento de controle interno dos mais eficazes para a prevenção da ocorrência de fraudes nas empresas é a: a) identificação das áreas de risco; b) definição de cargos e funções; c) segregação de funções; d) elaboração de normas e procedimentos; e) habilitação dos executivos. Comentários: Nesta questão, a banca, embora não tenha explicitado, busca como resposta um princípio do controle interno. A doutrina (ALMEIDA, 2010; CREPALDI, 2012 e BOYNTON, 2002, entre outros), define diversos princípios de controle interno que devem ser observados pela empresa, tais como: relação custo x benefício do controle, segregação de funções, limitação do acesso aos ativos, amarrações do sistema de controle interno, limitações do controle interno, auditoria interna, confronto dos ativos com os registros, atribuições de responsabilidades e definição de rotinas internas. A única alternativa que traz um princípio do controle interno é a letra C. O princípio da segregação de funções, conforme visto anteriormente, estabelece que as operações de uma empresa devem ser estruturadas de forma que funcionários não realizem funções incompatíveis, ou seja, uma mesma pessoa (ou setor) não pode exercer atividades que gerem conflito de interesses e, dessa forma, facilite a ocorrência de fraudes nas empresas. Assim, embora as demais alternativas evidenciem procedimentos que, direta ou indiretamente, possam ajudar na prevenção de fraudes, a letra C é a opção que apresenta o procedimento mais eficaz. Gabarito: C 11. (CESGRANRIO/Petrobrás/2010) A atividade de auditoria interna deve avaliar a adequação e a eficácia dos controles, abrangendo a governança, as operações e os sistemas de informação. Essa avaliação deve assegurar que os controles internos garantam uma série de medidas, exceto: Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 15 a) confiabilidade e integridade das informações financeiras e operacionais; b) eficácia e eficiência de operações; c) salvaguarda dos ativos; d) conformidade às leis, aos regulamentos e aos contratos; e) integridade dos diretores executivos. Comentários: Os controles internos devem obedecer a diversos princípios, entre eles: relação custo x benefício do controle, segregação de funções, limitação do acesso aos ativos, amarrações do sistema de controle interno, limitações do controle interno, auditoria interna, confronto dos ativos com os registros, atribuições de responsabilidades e definição de rotinas internas. A obediência a esses princípios fará com que sejam garantidas a fidedignidade das informações financeiras e operacionais, a eficácia e eficiência das operações, a salvaguarda dos ativos, a aderência às normas internas e externas, dentre outros fatores. Entretanto, o controle interno não consegue garantir que os diretores executivos sejam íntegros, sendo essa a resposta da questão. Gabarito: E 4. Sistema de Controle Interno No presente tópico, vamos considerar as informações relativas ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. A Lei 10.180/2001 disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCI-PEF). Para nossa matéria, o que nos interessa está contido entre os arts. 19 e 38 dessa Lei, que é a parte relacionada ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. 4.1 Finalidades do SCI-PEF Item muito explorado em provas, reproduz as quatro finalidades do SCI emanadas do art. 74 da Constituição Federal. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por intermédio da fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial (para gravar, COFOP), e a apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. O SCI-PEF tem as seguintes finalidades: Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 16 I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial (OFIP) nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 4.2 Competências do SCI-PEF É importante não confundir as quatro finalidades do SCI, vistas no item anterior, com as competências dos órgãos e unidades desse Sistema de Controle Interno, que engloba as finalidades e acrescenta diversas outras, conforme veremos a seguir. I – Avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano plurianual. II – Fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo, inclusive ações descentralizadas realizadas à conta de recursos oriundos dos Orçamentos da União, quanto ao nível de execução das metas e objetivos estabelecidos e à qualidade do gerenciamento. III – Avaliar a execução dos orçamentos da União. IV – Exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União. V – Fornecer informações sobre a situação físico-financeira dos projetos e das atividades constantes dos orçamentos da União. VI – Realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados. VII – Apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos federais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as providências cabíveis. VIII – Realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentário, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais. IX – Avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da administração indireta federal. X – Elaborar a Prestação de Contas Anual do Presidente da República a ser encaminhada ao Congresso Nacional. XI – Criar condições para o exercício do controle social sobre os programas contemplados com recursos oriundos dos orçamentos da União. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 17 4.3 Atividades Complementares do Sistema de Controle Interno Podemos destacar algumas atividades complementares de um Sistema de Controle Interno governamental, quais sejam: Controle Social • A criação de condições para o exercício do controle social sobre os programas contemplados com recursos oriundos dos orçamentos visa fortalecer este mecanismo complementar de controle público, por intermédio da disponibilização de informações sobre as atividades desenvolvidas, particularmente no que se refere à avaliação da execução dos programas e avaliação da gestão. • O Sistema de Controle Interno deve avaliar os mecanismos de controle social previstos nos respectivos programas de governo, particularmente naqueles casos em que a execução das ações se realiza de forma descentralizada nas diferentes unidades da federação e nos municípios, devendo destacar se os mesmos estão devidamente constituídos, estão operando adequadamente, têm efetiva representatividade dos agentes sociais e realizam suas atividades de forma efetiva e independente. Auditoria de Tomada de Contas Especial • A Tomada de Contas Especial (TCE) é um processo administrativo, instaurado pela autoridade administrativa competente quando se configurar omissão no dever de prestar contas, não comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União, desfalque ou desvio de dinheiros, bens e valores públicos, ou, ainda, prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário. • A instauração da TCE visa apurar os fatos, identificar os responsáveis e quantificar o dano causado ao erário sempre que a Administração Pública tiver de ser ressarcida de prejuízos causados. Análise de Processos de Pessoal • A análise de processos de pessoal consiste na análise dos atos de admissão, desligamento, aposentadoria, reforma e pensão e visa a subsidiar os Tribunais de Contas no cumprimento do disposto no inciso III, do art. 71, da Constituição Federal, que trata da apreciação dos atos de pessoal, quanto à legalidade, para fins de registro. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 18 QUESTÕES COMENTADAS 12. (CESPE/CGM-João Pessoa/2018) De acordo com o art. 74 da Constituição Federal de 1988 (CF), os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com algumas finalidades. Nesse sentido, julgue o item a seguir, a respeito da governança no setor público. Aos controles internos compete verificar a utilização dos recursos públicos, mas estão dispensados de analisar recursos administrados por entidades de direito privado, como é o caso de parcerias público-privadas, em que há aplicação de recursos públicos e privados. Comentários: De acordo com o Art. 74 da CF/88, o Sistema de Controle Interno tem as seguintes finalidades: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial (OFIP) nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Assim, podemos concluir que a assertiva está ERRADA, na medida em que afirma que estão dispensados de analisar recursos administrados por entidades de direito privado, contrariando o item II do Art. 74. Gabarito: E 13. (CESPE/CGM-João Pessoa/2018) De acordo com o art. 74 da Constituição Federal de 1988 (CF), os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com algumas finalidades. Nesse sentido, julgue o item a seguir, a respeito da governança no setor público. Ao mencionar que os controles internos devem “avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 19 dos programas de governo e dos orçamentos da União”, o inciso I do artigo constitucional em questão mostra-se contraditório com as características descritas pelo COSO ICIF 2013, em que o controle interno é planejado para assegurar tanto o alcance dos objetivos relacionados às operações, quanto a produção de relatórios e a adequação às normas. Comentários: Não há contradição entre os comandos da CF/88 e os conceitos do COSO ICIF 2013, pois a avaliação prevista na CF/88 segue a mesma linha de assessoramento da alta administração pelo controle interno prevista no COSO. Gabarito: E 14. (FCC/TRT-24/2013-adaptada) O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, na forma disciplinada pela Constituição Federal de 1988, tem como finalidades: I. avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. II. comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficáciae à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. III. exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. IV. substituir, quando necessário, o controle externo no exercício de sua missão institucional. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I e IV. d) II e III. e) I, II e IV. Comentários: De acordo com o Art. 74 da CF/88, o Sistema de Controle Interno tem as seguintes finalidades: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial (OFIP) nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 20 IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Assim, podemos concluir que os itens I, II e III correspondem ao pedido no enunciado da questão, o que torna a alternativa A correta. Gabarito: A 15. (CESPE/Câmara dos Deputados/2014) Em relação aos sistemas de controle exercidos no âmbito da administração pública brasileira e da competência, da jurisdição e do exame de contas por parte do TCU, julgue o item subsecutivo. – Compete aos sistemas de controle internos mantidos pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário do governo federal exercer o controle das operações de crédito e dos direitos e haveres da União. Comentários: Exatamente como vimos no inciso IV do artigo 74 da CF/88. Gabarito: C 16. (CESPE/TCU/2013) São responsabilidades da entidade fiscalizada implantar e manter em funcionamento efetivo sistemas de controles internos que assegurem o cumprimento das normas legais e a consecução dos objetivos traçados, o que não isenta o auditor de fazer propostas e recomendações em face da inexistência ou inadequação desses controles. Comentários: A responsabilidade primária pela implementação dos controles internos é da ENTIDADE AUDITADA. Independentemente disso, o auditor governamental, caso encontre inconformidades ao avaliar esses controles, deve elaborar recomendações para melhoria dos mesmos. Gabarito: C 17. (FCC/DPE-RS/2013) Com relação ao Sistema de Controle Interno (SCI) do Poder Executivo Federal, a abrangência de sua atuação, dentre outros, inclui: a) projetos financiados por recursos externos e projetos de cooperação junto a organismos internacionais. b) avaliação do cumprimento, em cada exercício financeiro, dos limites de gastos com pessoal, com a amortização da dívida, de cada ente da federação, para efeito de autorização de operações de crédito. c) aplicação aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa, multa proporcional ao dano causado ao erário, comunicando a decisão ao Ministério Público. d) exame da regularidade e a avaliação da eficiência e a eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados pelas empresas prestadoras de serviços públicos. e) realização, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 21 Federal, inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos órgãos e entidades da administração pública federal. Comentários: Vamos aos erros: B – O SCI exerce o controle das operações de crédito, não é responsável por autorizar. C – O SCI não multa. Isso é atribuição do TCU. D – Essa responsabilidade é das agências reguladoras. E – Essa responsabilidade é do TCU. Gabarito: A 18. (FCC/TRE-AP/2011) Uma das finalidades do Sistema de Controle Interno prevista na Constituição Federal é: a) apoiar o Ministério Público no exercício de sua missão institucional; b) auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República; c) avaliar o cumprimento das metas previstas no anexo de riscos fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias; d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional; e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. Comentários: De forma objetiva, vamos aos erros: Letra A: o apoio previsto na CF/88 é ao controle externo (conforme letra D, gabarito da questão) e não ao Ministério Público. Letra B: quem auxilia o poder legislativo no julgamento das contas prestadas pelo Presidente da República é o TCU, por meio da emissão de um parecer prévio. Letra C: o SCI-PEF avalia o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. Letra E: conforme dissemos na letra B, quem faz isso é o TCU. Gabarito: D 4.4 Auditoria no setor público federal Como revisão da definição de Auditoria, vamos nos remeter à obra de Franco e Marra (2011) para definir o objeto da auditoria: “Conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais”. (Grifamos) Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 22 Neste ponto, podemos dividir a Auditoria em dois grandes grupos, e a partir daqui concentrar nosso estudo no que será objeto da presente aula. De acordo com o ambiente em que será aplicada, a Auditoria poderá ser Governamental ou Privada. A Auditoria Privada – Independente, Empresarial, das Demonstrações Contábeis, das Demonstrações Financeiras – é uma técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma empresa. Já a Auditoria Governamental – Pública, do Setor Público – é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal. Tem por objetivo primordial garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. A Auditoria Governamental engloba todas as esferas de governo – federal, distrital, estadual e municipal – e níveis de poder – Executivo, Legislativo e Judiciário – e, claro, alcança as pessoas jurídicas de direito privado, caso se utilizem de recursos públicos. Sobre a definição de SCI, para relembrar, conforme a NBC TA 315, Controle interno: “É o processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, administração e outros funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.” Ou seja, é um processo conduzido por todos os integrantes da “empresa”, para fornecer razoável segurança de que os objetivos da entidadeestão sendo alcançados, com relação às seguintes categorias: 1 – eficácia e eficiência das operações; 2 – confiabilidade dos relatórios financeiros; 3 – conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis. O SCI visa à avaliação da ação governamental, da gestão dos Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 23 administradores públicos federais e da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado, por intermédio da fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial (COFOP). A fiscalização COFOP, para atingir as finalidades constitucionais, consubstancia-se nas técnicas de trabalho desenvolvidas no âmbito do SCI, denominadas nesta Instrução Normativa de auditoria e fiscalização. Um dos objetivos fundamentais do SCI é a avaliação dos controles internos administrativos das unidades ou entidades sob exame. Somente com o conhecimento da estruturação, rotinas e funcionamento desses controles podem os Órgãos/Unidades de Controle Interno do Poder Executivo Federal avaliar, com a devida segurança, a gestão examinada. 4.5 Estrutura conceitual básica das técnicas de controle As atividades a cargo do SCI são exercidas mediante a utilização de técnicas próprias de trabalho, as quais se constituem no conjunto de processos que viabilizam o alcance dos macro-objetivos do sistema. As técnicas de controle são as seguintes: a) auditoria; b) fiscalização Como vimos, a auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal. Ou seja, na auditoria, devemos comparar o “que é” com o “que deveria ser”. A diferença entre um e outro serão evidências de auditoria, que darão suporte às constatações do auditor. Já a fiscalização é uma técnica de controle que visa a comprovar se o objeto dos programas de governo existe, se corresponde às especificações, se atende às necessidades para as quais foi definido, se guarda coerência com as condições e características pretendidas e se os mecanismos de controle administrativo são eficientes. Exemplificando: um auditor pode desejar comprovar se 1.000 banheiros públicos que estavam previstos para serem construídos em determinada cidade, com recursos de um programa do governo federal, foram realmente entregues à população. Nesse caso, ele objetiva comprovar a existência de um objeto de programa de governo (banheiros públicos) e Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 24 estará realizando uma fiscalização. O ato de fiscalizar é a aplicação do conjunto de procedimentos capazes de permitir o exame dos atos da administração pública, visando avaliar as execuções de políticas públicas pelo produto, atuando sobre os resultados efetivos dos programas do governo federal. Sobre a Auditoria no setor público, podemos dizer que se trata de todo trabalho de auditoria desenvolvido em ambiente de administração pública, o que inclui os trabalhos desenvolvidos pelo Tribunal de Contas da União – TCU –, exercendo sua atividade de Controle Externo; pelas Unidades de Auditoria Interna das entidades da Administração Indireta que, embora não façam parte do SCI, são consideradas unidades correlatas, atuando de forma complementar ao órgão central; além dos trabalhos desenvolvidos pela própria CGU, como órgão central do SCI. QUESTÕES COMENTADAS 19. (ESAF/CGU/2012) Constitui uma atividade complementar do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal avaliar: a) a execução dos programas de governo; b) o cumprimento das metas do Plano Plurianual; c) a gestão dos administradores públicos federais; d) a aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado; e) as unidades de auditoria interna das entidades da Administração Indireta Federal. Comentários: É importante ficar atento, pois a questão pede uma atividade complementar do SCI do Poder Executivo Federal. Com exceção da letra E, gabarito da questão, todas as outras alternativas se encaixam em alguns dos quatro incisos do art. 74 da CF/1988, que apresenta as finalidades desse sistema de controle. Gabarito: E 20. (ESAF/CGU/2012) Nos termos da Constituição Federal, tanto o Congresso Nacional quanto os sistemas de controle interno de Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 25 cada Poder podem exercer fiscalizações da seguinte ordem, exceto: a) contábil; b) ambiental; c) patrimonial; d) operacional; e) financeira. Comentários: Conforme se depreende do art. 70 da CF/88, “a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder”. (Grifamos) Gabarito: B 21. (ESAF/CGU/2008) De acordo com a IN SFC/MF no 001/2001, os controles internos administrativos implementados em uma organização devem possuir as seguintes características, exceto: a) prevalecer como instrumentos auxiliares de gestão; b) prioritariamente, ter caráter preventivo; c) estar direcionados para o atendimento a todos os níveis hierárquicos da administração; d) primar pela abordagem corretiva e, subsidiariamente, punitiva; e) permanentemente, estar voltados para a correção de eventuais desvios em relação aos parâmetros estabelecidos. Comentários: Os controles internos administrativos implementados em uma organização devem: I. prioritariamente, ter caráter preventivo; II. permanentemente, estar voltados para a correção de eventuais desvios em relação aos parâmetros estabelecidos; III. prevalecer como instrumentos auxiliares de gestão; IV. estar direcionados para o atendimento a todos os níveis hierárquicos da administração. Assim, a única alternativa que não cita uma das características pedidas é a D, ainda mais que o objetivo maior dos controles internos administrativos é a prevenção, e não a punição. Gabarito: D 22. (FCC/MPE-RN/2012) O objetivo geral dos controles internos administrativos é evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e instrumentos próprios. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 26 Em relação aos objetivos específicos a serem atingidos, NÃO representa um destes objetivos: a) salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto à sua boa e regular utilização e assegurar a legitimidade do passivo; b) observar as normas legais, instruções normativas, estatutos e regimentos; c) evitar o cometimento de erros, desperdícios, abusos, práticas antieconômicas e fraudes; d) assegurar a aderência das atividades às diretrizes, planos, normas e procedimentos da unidade/entidade; e) definir o controle como um instrumento de correção dos atos de gestão do administrador público. Comentários: O objetivo geral dos controles internos administrativos é evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e instrumentos próprios, destacando-se entre os objetivos específicos, a serem atingidos, os seguintes: I. Observar as normas legais, instruções normativas, estatutos e regimentos; II. Assegurar, nas informações contábeis,financeira s, administrativas e operacionais, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade; III. Evitar o cometimento de erros, desperdícios, abusos, práticas antieconômicas e fraudes; IV. Propiciar informações oportunas e confiáveis, inclusive de caráter administrativo/operacional, sobre os resultados e efeitos atingidos; V. salvaguardar os ativos financeiros e físicos quanto à sua boa e regular utilização e assegurar a legitimidade do passivo; VI. Permitir a implementação de programas, projetos, atividades, sistemas e operações, visando à eficácia, eficiência e economicidade na utilização dos recursos; e VII. Assegurar a aderência das atividades às diretrizes, planos, normas e procedimentos da unidade/entidade. A questão pergunta qual alternativa NÃO representa o objetivo do controle interno administrativo. Observe que a alternativa E não faz parte do objetivo geral dos controles internos administrativos. Gabarito: E 5. Avaliação dos Controles Internos A avaliação do sistema de controles internos pela auditoria interna é realizada durante a fase de planejamento da Auditoria Interna. Segundo a NBC TI 01, norma do Conselho Federal de Contabilidade que trata da Auditoria Interna, o planejamento do trabalho da Auditoria Interna compreende os exames preliminares das áreas, atividades, Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 27 produtos e processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade. O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes: a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade; b) o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade; c) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade; d) a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna; e) o uso do trabalho de especialistas; f) os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações; g) o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados; h) as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores internos; e i) o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade. O sistema contábil e de controles internos – SCCI – compreende o plano de organização e o conjunto integrado de método e procedimentos adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e da sua eficácia operacional. Para efeito de esclarecimento, entendo que a banca tomou por base as normas antigas. O auditor deve efetuar o estudo e a avaliação do SCCI da entidade, como base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria (as NOE dos procedimentos), considerando: a) o tamanho e a complexidade das atividades da entidade; b) os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto internos quanto externos; c) as áreas de risco da auditoria; d) a natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização adotados pela entidade; Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 28 e) o grau de descentralização de decisão, adotado pela administração da entidade; e f) o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente. Atenção: o SCCI é de responsabilidade da administração da entidade, e não do auditor; porém, o auditor deve efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho. O SCCI é de responsabilidade da administração da entidade, e não do auditor; porém, o auditor deve efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho. 5.1 Necessidade de parâmetros de avaliação Para que a avaliação dos controles internos cumpra sua finalidade, faz-se necessária a definição de parâmetros, observando diversos aspectos de implementação e funcionamento. A avaliação do SCCI pelo auditor deve considerar os seguintes aspectos: a) o ambiente de controle existente na entidade; e b) os procedimentos de controle adotados pela administração da entidade. A avaliação do ambiente de controle existente deve considerar: a) a definição de funções de toda a administração b) o processo decisório adotado na entidade; c) a estrutura organizacional da entidade e os métodos de delegação de autoridade e responsabilidade; d) as políticas de pessoal e a segregação de funções; e e) o sistema de controle da administração, incluindo as atribuições da auditoria interna, se existente. A avaliação dos procedimentos de controle deve considerar: Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 29 a) as normas para a elaboração de demonstrações contábeis e quaisquer outros informes contábeis e administrativos, para fins internos ou externos; b) a elaboração, a revisão e a aprovação de conciliações de contas; c) a sistemática revisão da exatidão aritmética dos registros; d) a adoção de sistemas de informação computadorizados e os controles adotados na sua implantação, alteração, acesso a arquivos e geração de relatórios; e) os controles adotados sobre as contas que registram as principais transações da entidade; f) o sistema de aprovação e a guarda de documentos g) a comparação de dados internos com fontes externas de informação; h) os procedimentos de inspeções físicas periódicas em ativos da entidade; i) a limitação do acesso físico a ativos e registros; e j) a comparação dos dados realizados com os dados projetados. Segundo Almeida (2010), o auditor está interessado em valores significativos, referentes a erros ou irregularidades, que afetam as demonstrações financeiras, podendo conduzir os leitores a terem um entendimento errôneo sobre estas demonstrações. Um bom sistema de controle interno funciona como uma “peneira” na detecção desses erros ou irregularidades. Portanto, segundo o autor, o auditor pode reduzir o volume de testes de auditoria na hipótese de a empresa ter um sistema de controle interno forte; caso contrário, o auditor deve aumentá-lo (o número de testes). A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. QUESTÕES COMENTADAS 23. (FGV/IBGE-Auditoria/2016) Uma determinada entidade está realizando reestruturação das suas atividades. Um dos pontos de reestruturação foi a incorporação de novos serviços, que exigirá a Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 30 contratação de mais pessoas e a aquisição de novos materiais. Em decorrência disso, a entidade identifica e avalia as mudanças que poderiam afetar, de forma significativa, o sistema de controle interno. Essa postura da entidade está relacionada ao seguinte componente da estrutura de controle interno: (A) ambiente de controle; (B) avaliaçãode riscos; (C) atividades de controle; (D) atividades de monitoramento; (E) informação e comunicação. Comentários: Ao avaliar as mudanças que estão sendo implementadas e seus impactos nos controles internos, a entidade está observando o componente “avaliação de riscos”, pois a incorporação de novos serviços, que exigiriam a contratação de mais pessoas e a aquisição de novos materiais poderia alterar a efetividade dos controles internos implementados. Observem o trecho do enunciado: “as mudanças que poderiam afetar, de forma significativa, o sistema de controle interno.” Gabarito: B 24. (Senado/2008/FGV) Não compreende a avaliação do sistema de controle interno: a) determinar os erros ou irregularidades que poderiam acontecer. b) verificar se o atual sistema de controles internos detectaria de imediato os erros e irregularidades. c) elaborar o parecer da auditoria contendo o relatório comentário com as determinações para aperfeiçoamento do sistema. d) emitir relatório-comentário dando sugestões para o aprimoramento do sistema de controle interno da empresa. e) analisar as fraquezas ou falta de controle que possibilitam a existência de erros ou irregularidades, a fim de determinar natureza, data e extensão dos procedimentos de auditoria. Comentários: A Alta Administração da entidade é a primeira responsável pela implementação e funcionamento com eficiência dos controles internos. O papel da auditoria é avaliar os controles, a fim de se definir a profundidade e a extensão dos testes de auditoria a serem aplicados, além de propor melhorias à Administração para que aplique nos controles internos. A alternativa C está incorreta, pois trata de uma “determinação” para aperfeiçoamento do sistema, sendo que, no máximo, a auditoria poderia recomendar alguns procedimentos que possam, se aplicados, trazer benefícios aos controles. As demais alternativas não necessitam de reparos. Gabarito: C Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 31 25. (ESAF/CGU/2008) Em suas incursões sobre o controle interno administrativo, segundo a IN SFC/MF n. 001/2001, o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ter em mente que: a) em decorrência do rodízio de funções, a estrutura das unidades/entidades deve prever a separação entre as funções de autorização/aprovação de operações, execução, controle e contabilização, de tal forma que nenhuma pessoa detenha competências e atribuições em desacordo com este princípio. b) os controles internos administrativos implementados em uma organização devem, prioritariamente, ter caráter repressivo, sendo de sua responsabilidade instaurar e conduzir o devido processo administrativo disciplinar, no caso de desvio ou alcance de recursos públicos. c) o objetivo geral dos controles internos administrativos é evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e instrumentos que lhe são próprios. d) a delegação de competência, conforme previsto em lei, será utilizada como instrumento de centralização administrativa e apenas nos casos em que seja imprescindível assegurar maior rapidez e objetividade às decisões. e) é finalidade do órgão de Contabilidade (e não, consequentemente, do controle interno administrativo) assegurar, nas informações contábeis, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade. Comentários: Embora a questão trate de auditoria governamental, nos traz alguns conceitos importantes. Controle interno administrativo é o conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos das unidades e entidades da administração pública sejam alcançados, de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objetivos fixados pelo Poder Público. O objetivo geral dos controles internos administrativos é evitar a ocorrência de impropriedades e irregularidades, por meio dos princípios e instrumentos próprios. Assim, fica claro que a alternativa correta é a de letra C. A alternativa A trata da definição de segregação de funções, e não de rodízio de funções. A alternativa B afirma que o caráter prioritário dos controles internos é repressivo, quando na verdade é preventivo. A alternativa D está incorreta, pois delegação de competência se refere a descentralização administrativa, e não a centralização. A alternativa E está incorreta, pois assegurar, nas informações contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, sua exatidão, confiabilidade, integridade e oportunidade é um dos objetivos do controle interno. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 32 Gabarito: C 26. (CESGRANRIO/Petrobrás/2011) As normas de auditoria estabelecem que o auditor deve avaliar o sistema de controles internos a fim de determinara natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria. A esse respeito, considere os procedimentos a seguir. I - Implementar novos controles internos que, porventura, estiverem faltando. II - Levantar e identificar o sistema de controle interno utilizado na empresa. III - Realizar o mapeamento de toda a organização, elaborando fluxos e normas de processo. IV - Verificar se o sistema levantado está realmente sendo utilizado pela empresa. V - Avaliar, por meio de testes, a eficácia dos controles internos utilizados. Durante a avaliação do sistema de controles internos, são deveres dos auditores APENAS os procedimentos apresentados em (A) I, II e V. (B) I, III e IV. (C) II, IV e V. (D) I, II, III e IV. (E) II, III, IV e V. Comentários: O item I está errado, pois a implementação de controles complementares é atribuição da própria administração. Pode até ocorrer uma recomendação da auditoria, mas não a implementação em si. O item II está correto. O item III está incorreto, por não fazer parte das atribuições da auditoria na avaliação dos controles internos. Os itens IV e V estão corretos. Gabarito: C 6. NBC TA 265 – Comunicação de Deficiências de Controle Interno A NBC TA 265 é bastante clara. O auditor deve comunicar tempestivamente por escrito as deficiências significativas de controle interno identificadas durante a auditoria aos responsáveis pela governança. Ele também deve comunicar tempestivamente à administração no nível apropriado de responsabilidade: (a)por escrito, as deficiências significativas de controle interno que o auditor comunicou ou pretende comunicar aos responsáveis pela Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 33 governança, a menos que não seja apropriado nas circunstâncias comunicar diretamente à administração; e (b)outras deficiências de controle interno identificadas durante a auditoria que não foram comunicadas à administração ou a outras partes e que, no julgamento profissional do auditor, são de importância suficiente para merecer a atenção da administração. O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências significativas de controle interno: (a) descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos; e (b)informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança e a administração entendam o contexto da comunicação. O auditor deve especificamente explicar que: (i) o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis; (ii) a auditoria incluiu a consideração do controle interno relevante para a elaboração das demonstrações contábeis com a finalidade de planejar procedimentos de auditoria que são apropriadosnas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno; e (iii) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou durante a auditoria e concluiu serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança. QUESTÕES COMENTADAS 27. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) São exemplos de deficiências significativas nos controles internos e que requerem comunicação por parte da auditoria independente, conforme estabelece a NBC TA 265 – Comunicação de deficiências no controle interno: a) Avaliação de risco e evidência de que o processo é eficaz. b) Distorção detectada pela auditoria, que foi prevenida ou detectada e corrigida pelo controle interno. c) Controles sobre riscos identificados. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 34 d) Incapacidade da administração em elaborar demonstrações financeiras de acordo com a estrutura que seja aplicável. e) Implementação de medidas corretivas para deficiências comunicadas anteriormente pela auditoria. Comentários: As letras A e C não apresentam qualquer deficiência de controle, muito pelo contrário. Na alternativa B, embora o auditor tenha detectado uma distorção, também verificou que o controle atuou em relação a essa distorção, seja de forma preventiva ou detectiva, o mesmo ocorrendo na letra E. A alternativa D, gabarito da questão, apresenta um problema que, a princípio, não foi corrigido pela administração, devendo ser relatado pelo auditor em sua comunicação sobre as deficiências no controle interno da empresa. Gabarito: D 28. (ESAF/AFRFB/2012) O auditor externo, ao realizar seu trabalho na empresa Expansão S.A., identificou vários pontos com não conformidades nos controles internos. Com relação a esses pontos, deve o auditor: a) documentá-los em seus papeis de trabalho, para apresentação à administração quando solicitado; b) evidenciá-los no relatório de auditoria, demonstrando os efeitos nas demonstrações contábeis; c) exigir a elaboração de notas explicativas, evidenciando o impacto nas demonstrações contábeis; d) encaminhar às diretorias responsáveis das áreas onde foram apontadas as não conformidades, determinando a correção dos erros, antes da emissão do relatório de auditoria; e) comunicar à administração por meio de carta, relatando os pontos de deficiências encontradas. Comentários: Embora não seja o objetivo principal do auditor independente (que, como sabemos, é opinar sobre as demonstrações contábeis), segundo a NBC TA 265 – Comunicação de Deficiências do Controle Interno, o auditor deve comunicar tempestivamente por escrito as deficiências significativas de controle interno, identificadas durante a auditoria, aos responsáveis pela governança. (Itens 9, 10 e 11 da citada norma). Observe que a citada norma não menciona que o auditor deve evidenciar o fato no relatório de auditoria. Portanto, a letra A está errada. Gabarito: E Pessoal, vamos ficando por aqui. Segue, a partir de agora, a relação de questões comentadas durante a aula. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 35 Abraços e bons estudos! Claudenir QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA 1. (CESGRANRIO/CEFET/2014) Atualmente, as instituições buscam formas de proteger seus ativos. Nesse sentido, o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade é denominado (A) auditoria interna (B) análise de riscos (C) governança corporativa (D) conselho fiscal (E) levantamento de processos 2. (CESGRANRIO/CEFET/2014) Para se resguardar dos diversos riscos inerentes aos processos internos, a empresa utiliza controles internos contábeis ou técnicos e administrativos. Um exemplo de controle interno administrativo é o(a) (A) sistema de conferência (B) controle físico de ativos (C) segregação de funções (D) auditoria interna (E) análise estatística 3. (CESGRANRIO/CEFET/2014) O sistema de controles internos de uma empresa é composto por controles preventivos e detectivos. Os controles preventivos possuem o objetivo de (A) revisar o desempenho das atividades operacionais. (B) estabelecer níveis de governança corporativa na empresa. (C) evitar a ocorrência de um problema relacionado ao processo. (D) verificar onde ocorreram os problemas de um determinado processo. (E) gerenciar todos os riscos relacionados aos processos internos da empresa. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 36 4. (CESGRANRIO/IBGE/2009) Os controles que compreendem o plano de organização e de procedimentos referentes, principalmente, à eficiência operacional e à obediência às diretrizes administrativas, que normalmente se relacionam apenas de forma indireta com os registros contábeis e financeiros, são (A) contábeis. (B) especiais. (C) operacionais. (D) organizacionais. (E) administrativos. 5. (CESGRANRIO/BNDES/2011) Na gestão empresarial cabe à Administração da empresa estabelecer o sistema de controle interno e o respectivo acompanhamento de sua correta adoção por parte dos executores, como um todo, visando a adaptá-lo rapidamente a novas circunstâncias gerenciais, se necessário. Ao se dizer que os acessos aos ativos e aos registros contábeis devem ser realizados por indivíduos distintos, está sendo enunciado o princípio do controle interno do(a) a) acesso aos ativos b) confronto dos ativos com os registros c) responsabilidade d) rotina interna e) segregação de funções 6. (CESPE/FUB-DF/2013) A origem da auditoria nas empresas está associada ao aumento de seu tamanho e à sua expansão geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de administradores profissionais, que não se confundem com os próprios acionistas. 7. (CESPE/CGE-PB/2008) Com relação às origens da auditoria e seus tipos, assinale a opção correta. a) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das empresas de captarem recursos de terceiros. b) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa. c) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa. d) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes. e) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar. Claudenir Brito, Tatiane Sá Aula 06 Auditoria Independente - Curso Regular 2019 (Com Videoaulas) www.estrategiaconcursos.com.br 1306694 10420579664 - Rafael Otaviano 37 8. (ESAF/DNIT/2013) O princípio que norteia a recomendação segundo a qual deve haver diferentes servidores para as funções de compra, pagamento e contabilização de um novo equipamento para o ente público é caracterizado como: a) definição de responsabilidades. b) controles sobre as transações. c) rodízio de funcionários. d) relação custo/benefício. e) relação de funções. 9. (FCC/TRF–1/2011) Dentre as limitações inerentes dos controles internos, EXCLUI-SE a: a) possibilidade de erros e equívocos humanos; b) possibilidade de conluio para contornar as normas; c) burla por administradores; d) falha nos sistemas de informações tecnológicas; e) eficácia do desenho do processo. 10.
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