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Diferentes dimensões da globalização
A globalização pode ser considerada a partir de dois pontos de vista: Como um fenômeno recente da economia capitalista ou como uma roupagem do velho imperialismo que sofreu avanços e retrocessos nos últimos séculos.
A partir do sec. XIX, o termo imperialismo passou a ser usado para identificar a expansão das grandes potências industriais em busca de controle político e econômico sobre outros países. E no séc. XX a palavra imperialismo foi usada como a fase monopolista do capitalismo.
Mundo: potências ocidentais e periferias dominadas
A ascensão dos Estados Unidos como potência hegemônica
Após a independência em 1776, os Estados Unidos empreenderam uma política expansionista, em direção à costa oeste no Oceano Pacífico. Também compraram o Alasca da Rússia e anexaram o arquipélago do Havaí (1900). Os EUA exerciam grande influência sobre a América Central e o Caribe, fazendo uso da chamada Doutrina Monroe(1823), que pregava “a América para os americanos”, e da política do big stick.
O século dos Estados Unidos
No século XX, o rumo das relações internacionais favoreceu muito os Estados Unidos. A Primeira Guerra Mundial representou sua primeira oportunidade de envolvimento em disputas no continente europeu. O país ingressou no conflito em 1917 e teve peso decisivo na vitória dos aliados britânicos e franceses. 
A Segunda Guerra enfraqueceu a hegemonia mundial das potências europeias, esgotadas após mais de seis anos de luta. Aos poucos, as antigas colônias foram conquistando independência e abrindo caminho para a influência e para as empresas estadunidenses.
Durante a Guerra Fria, a União Soviética conteve as pretensões estadunidenses no chamado Terceiro Mundo. Ainda assim, os Estados Unidos assumiram uma posição imperialista sobre as relações internacionais, vista como a ação de uma superpotência benevolente.
Os críticos dos estados Unidos enxergaram nessas ações uma nova versão do antigo imperialismo europeu.
A superpotência estadunidense envolveu-se em diversas guerras após 1945, tanto para deter a expansão de regimes socialistas quanto para impor seus interesses estratégicos e econômicos.
O imperialismo estadunidense assumiu também uma dimensão cultural, com a exportação de filmes, músicas, livros, expressões de linguagem, roupas, calçados, entre outros itens para o mundo todo.
O predomínio global do capitalismo
Com o fracasso da economia socialista e o fim da União Soviética, não restaram grandes alternativas à maioria dos países, a não ser realizar reformas econômicas liberalizantes. 
Principais medidas adotadas pelos países:
O ingresso na OMC e a adoção de suas regras;
A permissão de entrada de empresas e capitais estrangeiros;
A redução do protecionismo comercial, facilitando a entrada de produtos importados;
A adoção de medidas sugeridas por organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional devido aos empréstimos;
A liderança sobre os organismos financeiros internacionais é desempenhada pelo Grupo dos Sete – G7 : Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá;
O Fórum Econômico Mundial
Anualmente, políticos dos países ricos e principais líderes empresariais debatem sobre os rumos da economia internacional no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. 
Nos últimos anos, o Fórum Econômico de Davos passou a convidar os países emergentes para participar dos encontros a fim de ouvir suas propostas.
A Tríade
Ao longo da história, os países mais poderosos desenvolveram diversas formas de exercício de sua hegemonia. Entre elas é possível destacar: 
O processo de colonização; o controle militar; a hegemonia cultural; e o controle dos meios econômicos, pela imposição de regras para o comércio e as finanças. 
As constantes inovações também colocam os países em desenvolvimento em permanente situação de dependência tecnológica. A chamada tríade (EUA, União Europeia e Japão) ainda exerce grande domínio sobre o processo da globalização econômica.
Aspectos controversos da globalização
As soberanias nacionais em debate
Entende-se por soberania nacional o poder dos Estados de tomar decisões e fazer-se respeitar por meio de seus governos, exercendo sua independência em relação a outros países.
Com o avanço da globalização, surgiu a ideia de que o Estado desapareceria em favor da liberdade de ação das empresas e que as fronteiras nacionais estariam se tornando irrelevantes. No entanto, apesar de haver pressões internacionais sobre os governos dos países, ainda são eles que estabelecem as regras. Portanto, é possível dizer que houve um relativo enfraquecimento do poder dos Estados, mas não há indícios de que eles vão desaparecer ou de que sua soberania será substituída pelas regras de um mercado global.
Integração global, benefícios desiguais
O atual processo de globalização intensificou, de forma jamais vista, a integração econômica. Esta, porém, não pode ser considerada inédita na história do capitalismo. Hoje, nações como a Índia e china também se beneficiam com a globalização, ampliando as exportações de bens e serviços. Até mesmo o Brasil acumulou um grande estoque de divisas, sobretudo com exportações de commodities e a projeção internacional de grandes empresas nacionais. Porém, quando se olha o mundo de modo geral, verifica-se que vastas regiões da África, da Ásia e da América Central não se beneficiaram como aqueles países.
Pobreza e desigualdade social
Muitos críticos do processo de globalização apontam o aumento da pobreza e da desigualdade no mundo. Embora, a geração de riqueza de diversos países tenha crescido, isso nem sempre se traduziu em melhorias para todos os cidadãos.
Interferência do Estado na economia
Os defensores do neoliberalismo afirmam que no capitalismo a interferência do Estado na economia é prejudicial e deve ser evitada. No entanto, a realidade tem mostrado que, sem a mediação dos governos, as forças de mercado podem gerar crises e ampliar as distorções sociais. Exemplos históricos de crises mundiais: - quebra da Bolsa de Nova York; - a grande recessão iniciada em 2008; Em ambos os casos, os governos foram levados a intervir amplamente na economia para controlar os efeitos danosos da crise. 
O capitalismo dos países europeus destacou-se pelos benefícios sociais que o Estado garantiu aos trabalhadores, é o welfare state.
A globalização e os trabalhadores dos países ricos
Os trabalhadores dos países ricos, como os Estados Unidos, o Japão e as nações europeias, também são atingidos pelo desemprego, especialmente em momentos de crise. Muitos sindicatos de trabalhadores dessas regiões se opõem à globalização por temer que os postos de trabalho sejam transferidos para países emergentes onde, geralmente, a legislação trabalhista é menos rigorosa, os salários são mais baixos, as leis ambientais menos rígidas, etc.
Os movimentos antiglobalização
Desde a falência dos regimes socialistas os movimentos anticapitalistas tomaram rumos diferenciados. Muitos ativistas concentram-se em aspectos como a cultura e o meio ambiente. Outros defendem o socialismo, em bases diferentes daquelas adotadas pela antiga União Soviética. Há também os que propõem governos centralizados e nacionalistas, porém capazes de conviver com a iniciativa privada. De qualquer maneira, a globalização consolidou novas formas de ativismo compatíveis com o aumento da interdependência econômica dos países.
Problemas globais, ativismo internacional
Nas últimas décadas surgiram questões transnacionais, muito evidente na área ambiental. São problemas que não distinguem fronteiras, podendo originar-se em um país e afetar países vizinhos ou até mesmo distantes. Problemas como esses contribuíram para o aparecimento de uma “opinião pública transnacional” e de movimentos sociais que não se restringem a apenas um país. 
O Fórum Social Mundial
Principal encontro de movimento antiglobalização, o Fórum Social Mundial (FSM) surgiu em Porto Alegre (RS) em 2001. Seu objetivo central era estabelecer um espaço de oposiçãoao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), em que os líderes dos países capitalistas debatem os rumos da economia internacional.
As principais críticas e sugestões normalmente debatidas no evento coincidem com as propostas e demandas dos movimentos antiglobalização que ocorrem em todo mundo.
São exemplos dessas propostas: o rompimento com o programa econômico neoliberal ; a proposta de alternativas às políticas ambientais vigentes e o combate às atividades econômicas geradoras do aquecimento global; a defesa das minorias étnicas, da diversidade cultural e sexual; a ética e o controle da ciência sobre as atividades produtivas; a liberdade de migrações internacionais e o afrouxamento das políticas restritivas dos países desenvolvidos; a quebra de patentes de remédios; o software livre; a economia solidaria e o apoio às causas feministas.
Os ativistas costumam realizar grandes manifestações de rua para obter visibilidade na mídia internacional, chamando a atenção da opinião pública para as causas que defendem.
As ONG’s
Organizações Não Governamentais (ONG’s) são instituições de natureza não estatal, criadas para atuar em vários setores, como saúde, educação, meio ambiente, direitos humanos, proteção à mulher, à criança, aos homossexuais, aos refugiados, aos dependentes químicos, entre outros. No Brasil, as primeiras organizações surgiram nas décadas de 1960 e 1970, voltadas para a educação popular. A maioria dessas organizações era financiada pela Igreja Católica e por agências internacionais que denunciavam as violações dos direitos humanos e o empobrecimento da população. A atuação das ONG’s tem gerado controvérsias.
Entre as críticas, menciona-se a falta de transparência em várias ONG’s, cujas ações não são criteriosamente avaliadas pelos beneficiários e pela sociedade.
Afirma-se ainda que, nos países em desenvolvimento, essas ONG’s promovem mudanças nas práticas sociais e na relação com a natureza, facilitando, dessa maneira, a expansão do capital transnacional nessas regiões.

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