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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina- UNIFACS MR01 @biia_barreto 1 NEURÔNIOS: São células nervosas especializadas em transmitir mensagens (impulsos nervosos) CARACTERÍSTICAS • Excitabilidade: Também denominada irritabilidade, é a propriedade que permite ao neurônio responder a estímulos internos ou externos. A resposta emitida pelos neurônios é chamada impulso nervoso. • Condutibilidade: Propriedade que permite ao neurônio conduzir por toda sua extensão, em grande velocidade e em um curto espaço de tempo, o impulso nervoso. FUNÇÕES: • Receber sinais ou informação. • Processar e integrar sinais de entrada (para determinar se essa informação deve ser repassada ou não). • Comunicar sinais às células-alvo que são outros neurônios, músculos ou glândulas. Os neurônios podem ser: • motores: Somáticos- músculo estriado esquelético autonômicos- músculo liso, cardíaco e glândulas • interneurônios ou de associação • sensitivos (primários ligados a receptores) • fotorreceptores • quimioreceptores • mecanoreceptores, • termoreceptores • nociceptores ANATOMIA DE UM NEURÔNIO Corpo celular (soma): é o centro trófico (metabólico) do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. É, também, junto com os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos • O corpo celular corresponde a uma pequena parte do volume total do neurônio, sendo composto de um núcleo proeminente e a substância de Nissl; • A substância de Nissl é o retículo endoplasmático com ribossomos; • Seu citoplasma é denominado de pericário; • Está envolvido na síntese de substâncias neurotransmissoras; Axônio: parte do neurônio responsável pela condução dos impulsos elétricos que partem do corpo celular, até outro local mais distante, como um músculo ou outro neurônio. • No neurônio encontramos apenas um só axônio; • É um tubo cilíndrico de citoplasma recoberto por uma membrana plasmática: axolema; • A porção final do axônio, em geral muito ramificada, é denominada de telodendro; • Termina na célula seguinte do circuito, por meio de botões terminais, que fazem parte da sinapse; • Seu início é denominado cone de implantação; Dendritos: são projeções de um neurônio que recebe sinais (informações) de outros neurônios (neurônios sensitivos, interneurônios ou motores);. A transferência de informação de um neurônio para outro é alcançada através de sinais químicos e impulsos elétricos, isto é, sinais eletroquímicos. • Presença de gêmulas ou espinhos (contato sináptico); Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina- UNIFACS MR01 @biia_barreto 2 Classificação quanto aos prolongamentos Neurônios multipolares: Apresentam mais de dois prolongamentos celulares Neurônios bipolares: possuem um dendrito e um axônio Neurônios pseudo-unipolares: apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC. CIRCUITO NEURAL – COMPONENTES BAINHA DE MIELINA Na maioria dos axônios encontramos uma estrutura lipoprotéica, que o reveste concentricamente denominada mielina é um material isolante produzido pelas células de Schwann no SNP e por oligodendrócitos (células gliais) no SNC. Nos neurônios motores a mielinização ocorre nos primeiros anos de vida. Nos nervos periféricos é dividida em seguimentos com cerca de 1 mm de comprimento denominado de Nódulos de Ranvier. No SNP, os gliócitos, conhecidos como células de Schwann circundam os axônios motores e sensitivos e os envolvem com sua camada de mielina. A presença de mielina não é uma regra: muitas fibras periféricas não possuem mielina e são denominadas fibras nervosas amielínicas, como os neurônios pós-ganglionares do SNA simpático e algumas fibras sensitivas que mediam a dor. Continuam, contudo, envoltas por células de Schwann que lhes fornecem o neurilema. Neurilema O neurilema é uma camada de células de Schwann envolvida em torno do axônio. Se a célula de Schwann produziu uma bainha de mielina ao redor da fibra nervosa, o neurilema é apenas a bobina mais externa da célula, circundando a mielina; o termo não inclui as camadas de mielina. No SNC, os oligodendrócitos não fornecem neurilema e talvez essa característica esteja associada a dificuldade de regeneração celular neste caso, os oligodendrócitos estão associados a vários neurônios e a sua presença é facilmente reconhecida na medula e no encéfalo pela formação da substância branca. A maquinaria neuronal realiza suas funções metabólicas e sintetiza substâncias químicas especificas, os neurotransmissores, que são armazenadas em vesículas. As vesículas são transportadas e armazenadas nos terminais nervosos de onde são secretadas. NT de baixo PM: sintetizados e armazenados nos terminais nervosos NT de alto PM: sintetizados no corpo celular, transportados para os terminais onde são armazenados. Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina- UNIFACS MR01 @biia_barreto 3 TRANSPORTE AXONAL- ANTE RETRÓGRADO E RETRÓGRADO Para a vesícula do neurotransmissor chegar até a parede do botão sináptico, a vesícula será conduzida por uma proteína chamada Cinesina, que vai utilizar um neurotúbulo como um trilho. Quando chega ao botão, a cinesina libera a vesícula que contêm os neurotransmissores e a capsula dessa vesícula é recapturada quando ela faz essa liberação. (Transporte ante retrógrado) Somente essa capa proteica é reconduzida de volta para o corpo celular, através de uma outra proteína motora, chamada Dineína, para que seja reprocessada (Transporte retrógrado). Nessa volta, vírus e toxinas podem pegar carona e adentrar no corpo do neurônio. E, quando chegam no corpo celular, começam a destruí-lo. • É 30-60% mais lento que o transporte anterógrado • Transporta certas toxinas (tetânica) e alguns vírus (Herpes vírus, Vírus da poliomielite, HIV, Raiva e da Varíola. SINAPSES A transmissão (comunicação) entre os neurônios se dá por meio das terminações neurais (pré-sináptico), para o neurônio receptor (pós-sináptico), denominada de sinapse ou de junção sináptica; podem ser: • axodendrítica • axossomática • dendrodendríticas • axoaxônica A fenda sináptica, determinada por uma terminação pré-sináptica e uma membrana pós-sináptica, possui espaço de 200 Å; SINAPSE QUÍMICA 1- O potencial de ação despolariza o terminal da membrana pré-sináptica; 2- A despolarização faz com que os canais de cálcio se abram e íons de cálcio entrem no terminal; 3- Íons de cálcio ligam-se às proteínas do terminal chamadas de sítio de liberação, que se encontram na superfície interna; 4- As vesículas, que contêm neurotransmissores, são liberadas no terminal pré-sináptico. 5- Neurotransmissores são substâncias químicas encarregadas de levar esse estímulo à próxima célula. São capazes de “saltar” pela fenda sináptica até o receptor do neurônio pós- sináptico. Esse salto, é o processo de Difusão. SINAPSE ELÉTRICA As sinapses elétricas são mais comuns em invertebrados e possuem mecanismos mais simples. Nos humanos, ocorrem apenas nas células gliais ou musculares lisas (cardíaca). Neste caso não há participação de neurotransmissores, o sinal elétrico é conduzido diretamente de uma célula a outra através de canais comunicantes que conduzem íons. Elas são particularmente úteis quanto à velocidade na transmissão do impulso. É um tipo de resposta quase imediata. A rapidez na transmissão de informação entre células excitáveis, constituiu uma vantagem adaptativa no desempenho de determinadas funçõesfisiológicas: • Sistema nervoso central de vertebrados • Retina de vertebrados • Entre fibras de musculo liso • Entre fibras de musculo cardíaco • Entre neurônios sensoriais • Entre axônios Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina- UNIFACS MR01 @biia_barreto 4 NEURÓGLIA OU CÉLULAS DA GLIA: São células que ocupam os espaços entre os neurônios. • Proteção dos neurônios • auxílio na propagação do impulso / mensagem • oligodendrócitos – mielina SNC • Células de Schwann - mielina SNP • cerca de 90% das células existentes no SNC não são neurônios, mas células da glia • apesar do seu elevado número, ocupam apenas metade do volume do cérebro • servem como tecido conjuntivo do SNC e ajudam no suporte e proteção dos neurônios. FUNÇÃO: • Sustentação • Revestimento ou isolamento • Modulação da atividade neuronal • Defesa • Nutrição ASTRÓCITOS • São uma matriz de suporte não rígida e ajudam a regular a composição do líquido extracelular em torno dos neurônios. (barreira hematoencefálica → é uma estrutura de permeabilidade altamente seletiva que protege o Sistema Nervoso Central (SNC) de substâncias potencialmente neurotóxicas presentes no sangue e sendo essencial para função metabólica normal do cérebro.) • Tiram o excesso de K+ do fluído cerebral extracelular quando a atividade do potencial de ação ultrapassa a capacidade da bomba de sódio e potássio não consegue fazer retornar o fluxo de K+ aos neurónios • também retiram glutamato aos neurotransmissores excitatórios e gaba (ácido - gama - aminobutirico) aos inibitórios; • Servem de armazenamento de glicogênio (polímeros de glicose) para o metabolismo energético dos neurônios que são incapazes de utilizar outras fontes, além da glicose • Quando os neurônios são lesionados, os astrócitos se multiplicam, internalizam os restos degenerados e ocupam o sítio, cicatrizando-o. OLIGODENDRÓCITOS • Têm extensões citoplasmáticas que formam bainhas em torno dos axónios no SNC; • As extensões dos oligodendrócitos modificam-se de modo a formar invólucros chamados bainhas de mielina • A velocidade normal de propagação dos potenciais de ação ao longo dos neurônios depende das bainhas de mielina. MICRÓGLIA • São a defesa imune do SNC • Estão em estado estacionário até serem ativados agentes agressores • No estado inativo, a micróglia são células pouco espessas com longos prolongamentos • Quando ocorrem problemas no SNC, a micróglia retrai os seus prolongamentos e começa a mover-se para a área afetada para remover qualquer corpo estranho ou tecidos danificados • A micróglia ativa liberta químicos que destroem as células alvo. CÉLULAS EPENDIMÁRIAS • Forram as cavidades do SNC; • Revestem também o canal central da medula espinhal, e em alguns locais elas são ciliadas, o que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCE) através dos ventrículos encefálicos; • Tem o potencial de formar outras células de glia; • originam-se por diferenciação das células neuroepiteliais quando estas deixam de produzir neuroblastos e glioblastos;
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