Buscar

Introdução à Engenharia de Segurança no Trabalho - PÓS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA
DE SEGURANÇA NO TRABALHO
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira/
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / 
Heber Acuña Berger/ 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
3WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO MUNDO ........................................................................................................................ 5
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL ......................................................................................................................... 6
FUNDACENTRO ........................................................................................................................................................ 13
SEGURANÇA DO TRABALHO, NA ATUALIDADE ..................................................................................................... 14
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA 
SEGURANÇA DO TRABALHO
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ 
01
4WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Desde do aparecimento do homem na Terra convive com o risco. As atividades laborais 
nasceram com o homem e sempre ocorreram condições e atos inseguros. O problema dos 
acidentes e doenças profissionais acompanha o desenvolvimento das atividades do homem através 
dos séculos. E por não ter controle sobre os riscos o homem esteve sempre sujeito a todo tipo de 
acidente. Segundo Bitencourt (1998), o trabalho existe desde do aparecimento do homem, mas 
os conceitos de segurança são bem mais recentes. Partindo da atividade predatória, o homem 
evoluiu para a agricultura e o pastoreio, alcançou a fase do artesanato e atingiu a era industrial, 
sempre acompanhado de novos e diferentes riscos que afetavam e ainda afetam sua vida e saúde. 
No que diz respeito a medicina a questão entre saúde e trabalho é uma relação que 
existe de muito tempo, pois segundo Mattenberger (apud FACCHINI 2009), os marcos iniciais 
da história da medicina vão da Medicina clássica até fins do século XVIII, no qual teve com 
estudiosos como Hipócrates, Plínio e Galeno. A doença era considerada essência abstrata. Com 
o passar do tempo e o desenvolvimento da tecnologia o ser humano conheceu a roda d’água, os 
teares mecânicos, as máquinas movidas a vapor, a eletricidade até chegar a era dos computadores. 
Foi efetivamente um longo aprendizado. Se por um lado os inúmeros progressos científicos e 
tecnológicos facilitaram o processo de trabalho em vários aspectos, por outro acabaram gerando 
novos riscos e aumentando consequentemente tanto a frequência como principalmente a 
gravidade dos acidentes e das doenças do trabalho.
Com o início da revolução industrial o aldeão começou a agrupar-se nas cidades, 
substituindo o risco de ser apanhado pelas garras de uma fera, para aceitar o risco de poder 
ser apanhado pelas garras de uma máquina. Segundo Mattenberger (2009), foi também com a 
Revolução Industrial houve um desenvolvimento do mundo moderno e das ações da moderna 
Saúde Pública, sendo nesta época também surge a teoria microbiana das doenças consagradas 
por Louis Pasteur e de Robert Koch.
Até 300 anos, praticamente inexistiam as relações entre atividades laborativas e as doenças 
ocupacionais. Em 1556 foi publicado o primeiro livro da área, com o título de “De Re Metallica”, 
descrevendo problemas relacionados com a extração de minerais argentíferos e auríferos e 
a fundição da prata e do ouro. Seu autor George Bauer mais conhecido pelo seu nome latino 
Georgius Agrícola, discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, 
em destaque a “asma dos mineiros”, que segundo ele era provocada por poeiras corrosivas, cuja 
descrição dos sintomas e rápida evolução da doença demonstraram tratar-se de silicose.
Para Lamas apud Martins (2008), o Brasil nos anos 1970 e 1980 os frequentes insucessos 
de diversos programas voltados à saúde do trabalhador decorrentes de iniciativas exclusivamente 
institucionais, eventualmente em articulação com a empresa, mas sem a participação dos 
trabalhadores, provocou a falência das políticas públicas na área de saúde e segurança do trabalho. 
Ainda de acordo com o mesmo autor, o exemplo mais concreto é a publicação da Lei nº 6.367, de 
19/10/1976 que retirava da lista várias doenças profissionais, no qual resultou a redução de um 
quinto o número de acidentes de trabalho entre 1975 e 1985.
5WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO MUNDO
O rastro da Segurança do Trabalho é muito antigo, como se poderá ser observado, no 
entanto, se demorou muito séculos para que a evolução produzisse frutos fortes, e que realmente 
resultasse em melhorias na qualidade de vida do trabalhador em seu ambiente de trabalho. 
Segundo Moreira (2003), sua pesquisa bibliográfica mostra os seguintes dados da evolução da 
segurança do trabalho no mundo:
✓ Hipócrates (460-357 AC) e Plínio, o Velho (23-79 DC), indicaram nos seus trabalhos 
a ocorrência de doenças pulmonares em mineiros. 
✓ 1.556: Georg Bauer publicou o livro “Re De Metallica”, no qual estuda doenças e 
acidentes de trabalho que estão relacionados à mineração e fundição de ouro e prata.
✓ 1.567: Aureolus Theophrastur Bembastur von Hohenheim apresentou a primeira 
monografia cujo o tema era trabalho com doença.
✓ 1.700: O médico Bernardino Ramazzini italiano publicou o livro “De Morbis Artificium 
Diatriba”, no qual relatava as doenças de 50 profissões.
✓ Século XVIII: Surge a revolução Industrial na Inglaterra.
✓ 1.769: James Watt patenteou a primeira máquina a vapor com boa aplicabilidade 
substituindo a de propulsão hidráulica mudando completamente o quadro industrial da época, 
possibilitandoa instalação de indústrias longe dos cursos d`água, ou seja, nas cidades onde há 
mão-de-obra em abundância. Para sustentar as máquinas a vapor houve uma grande migração de 
pessoas para as cidades e para as minas de carvão. Neste ano haviam cinco milhões de trabalhadores 
nas minas (Grã-Bretanha, Alemanha, EUA, França, Rússia, Áutria-Hungria, Bélgica, Índia, Japão, 
Sul da África) suas condições de trabalho eram degradantes e incêndios, explosões, intoxicação 
por gases, eram comuns e muitos ficavam sepultados nas galerias. O trabalho nas minas era mais 
pesado ficavam para os homens, nas fábricas ficavam para as mulheres e crianças.
✓ 1.792: Inventado o lampião de gás, houve uma tendência de aumento da jornada de 
trabalho, que já era excessiva.
✓ 1.802: O parlamento inglês nomeou uma comissão que criou a primeira lei de proteção 
aos trabalhadores, “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o limite de 12 horas de 
trabalho diário, proibia trabalho noturno, obrigação de ventilação nas fábricas e lavar as paredes 
duas vezes por ano.
✓ 1.819: Complementação da Lei dos Aprendizes, não teve eficiência devido a oposição 
dos empregadores.
✓ 1831: A comissão de inquérito da Lei dos Aprendizes retrata as condições de trabalho 
das fábricas.
6WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
✓ 1.833: Em função do relatório publicado pela comissão de inquérito é instituída 
na Inglaterra a “Lei das Fábricas”. Aplicada a indústria têxtil, proibia o trabalho noturno para 
menores de 18 anos, carga horária de 12 horas diárias (69 horas semanais), idade mínima de 9 
anos. As fábricas precisavam ter, ainda, escolas frequentadas por todos os trabalhadores menores 
de 13 anos.
✓ 1.844: Estabelece jornada de trabalho para as mulheres de 10 horas diárias.
✓ Meados do século XIX: A França tinha jornadas de trabalho que variavam de 11 horas 
até 15 horas diárias.
✓ 1.867: Reconhecimento e determinação de providências para prevenção das doenças 
provocadas por condições de trabalho, exigiu a instalação de proteção nas máquinas e proibiu a 
realização de refeições em locais que tivessem a presença de agentes químicos agressivos.
A partir dessas datas e conquistas outros países começaram a implementarem novas 
regras para segurança de nos ambientes de trabalho.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL
 
No Brasil as primeiras mudanças iniciaram em 1.919 com a primeira lei aprovada. Moreira 
(2003), retrata bem essa questão em seu estudo segue, portanto a cronologia.
 
✓ 1.730: Existia o predomínio de trabalho escravo no qual trabalhava se 18 horas diárias, 
como a vida útil de um escravo começou a se tornar curta, cerca de 12 anos, e cada vez mais 
existiam limitações ao tráfico de negros, se inicia uma preocupação com a preservação a saúde e 
bem-estar no trabalho.
 
✓ 1.919: Primeira lei sobre indenização por acidentes de trabalho, que se limitava-se ao 
setor ferroviário. 
 
✓ 1.923: Criação da previdência social pela Lei Eloy Chaves, que criou a Caixa de 
Aposentadoria e Pensões para uma empresa de estrada de ferro.
 
✓ 1.930: Era Vargas, o mundo estava passando pela grande depressão de 1.929, portanto 
não havia importação, e Getúlio nacionalista favorece o desenvolvimento industrial brasileiro. 
Ocorreu, portanto uma profunda reestruturação da ordem jurídica trabalhista, muitas dessas 
medidas em vigor até hoje.
 
✓ 1.934: Institui várias garantias para o trabalhador como por exemplo, o depósito 
obrigatório para garantia da indenização, simplificou o processo e aumentou o valor da 
indenização em caso de morte do acidentado, entendendo a doença profissional também como 
acidente de trabalho indenizável, em complementação à legislação anterior de 1919.
 
7WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
✓ 1.938: Criado o adicional de insalubridade de 10, 20 e 40% sobre o salário mínimo 
vigente conforme a atividade que o trabalhador desenvolve.
 
✓ 1.943: Criada a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), no qual reuniu a legislação 
relacionada com a organização sindical, previdência social, justiça e segurança do trabalho.
✓ 1.955: Criado o adicional de periculosidade para os trabalhadores que prestam serviço 
em contato permanente com inflamáveis, 30% do valor do salário.
✓ 1.966: Criada a Fundacentro.
✓ 1.967: Alteração da CLT em vários pontos no que se destaca é a exigência que as 
empresas mantivessem “Serviços Especializados em Segurança e em Higiene do Trabalho”.
✓ 1.967: O seguro de acidente de trabalho somente poderia ser feito com a Previdência 
Social, tornando o seguro obrigatório um monopólio estatal, fato que permanece inalterado até 
os dias atuais.
✓ 1.978: Alteração da CLT, regulamentando a Portaria 3.214 de 08/06/1978, no qual cria 
as normas regulamentadoras que representou um grande salto qualitativo para a segurança do 
trabalho, sistemática que está em vigor até hoje. A Portaria cria 28 Normas Regulamentadoras 
que tem como finalidade estabelecer regras para orientar empregados e empregadores quanto aos 
riscos existentes no ambiente de trabalho.
✓ 1988: Promulgação da Constituição Federal de 1988, que estabelece direitos relativos a 
Segurança do Trabalho aos trabalhadores.
✓ Década 90: Várias normas regulamentadoras sofreram atualização seguindo a filosofia 
da gestão da segurança do trabalho, até porquê em 1987, nascia a ISO 9000, norma de certificação 
da qualidade nível internacional. Para Gonzalez (2017) esse acontecimento serviu de grandes 
avanços para as normas de segurança do trabalho assim como uma melhor gestão na área.
✓ 1992: Criada a FENATEST - Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do 
Trabalho. 
✓ 2002: NR 30 - Segurança no Trabalho Aquaviário. 
✓ 2003: Criação de novas normas e instruções normativas para o Perfil Profissiográfico 
Previdenciário (PPP). 
Procure ler a CLT, pois existem muitas informações existentes nas 
Normas Regulamentadoras.
8WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
✓ 2005: Criação da Radio Kosak, a primeira rádio de Segurança do Trabalho no Brasil. 
Criadas as NR 31 e 32.
✓ 2006 até 2013: Foram criadas as NRs 33, 34, 35 e 36, como pode ser verificado mais 
adiante suas portarias.
Década de 70: “Ninguém segura este País”
Em pleno regime militar no qual o Governo tinha campanhas publicitárias como 
“Ninguém segura este País”, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “Este é um País que vai pra frente”, entre 
outras, a segurança do trabalho, não ia tão bem assim. A seguir verifica-se alguns prêmios 
conquistados pelo Brasil na 70:
• Copa de 70, Brasil Tri-campeão mundial de futebol
Copa do Mundo realizada no México traria o título ao Brasil de Tri-Campeão Mundial 
de Futebol, derrotando no dia 21 de junho no Estádio Aztecana, Cidade do México, com um 
público aproximado de 108.000 torcedores, derrotando em 4 x 1 a Itália, a figura 01, mostra a 
seleção campeã.
Figura 1 – Copa de 70. Fonte: Chima (2015).
• Milagre econômico brasileiro
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu na década de 70 como nunca, tanto que 
o período ficou conhecido por “Milagre Econômico Brasileiro”, conforme mostra a figura 02, PIB 
Brasil Década 70 – IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
9WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 2 - PIB brasileiro. Fonte: IBGE.
O Governo Militar proporcionouao país um espantoso crescimento no PIB de 14% 
que causou uma grande euforia para os brasileiros e o mundo. As propagandas nacionalistas 
consolidavam que o Brasil estava no caminho certo, como mostra figura 03 e figura 04.
Figura 3 - Slogan de campanha do governo Médici (1970). Fonte: Hernadez (2012).
Figura 4 - Propaganda no governo Médici sobre a semana da pátria. Fonte: Hernadez (2012).
10WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Motivado por esse grande impulso do PIB, o Governo Militar fez grandes obras de 
infraestrutura como por exemplo:
- Rodovia Transamazônica: Ligaria o Oceano Atlântico ao Pacifico na região norte do 
país, objetivo era trazer desenvolvimento e colonizar a região com menos população do país, 
Presidente Medici disse: “levar homens sem terra para uma terra sem homens”, figura 05. A 
Rodovia Transamazônica até hoje não foi finalizada, apresentando trechos asfaltadas e outros 
não.
Figura 5 - O projeto mais faraônico do governo militar, segue até hoje inacabada. Fonte: Hernadez (2012).
- O primeiro metrô do Brasil, inaugurado em São Paulo, na década de 70. 
- Ponte Rio-Niterói, inaugurada em 1974.
- Usinas nucleares de Angra 1 e 2.
- Usina de Itaipu, em 1975, executadas pela empreiteira Mendes Junior, logo em seu início 
foram realizadas uma enorme alteração na região com a grande quantidade de trabalhadores 
das mais diversos locais do Brasil, foi utilizada a mão de obra de aproximadamente 40 mil 
trabalhadores durante a obra, a figura 06 mostra a Usina de Itaipu sendo construída.
Figura 6 - Usina Hidrelétrica de Itaipu sendo construída na década de 70. Fonte: Construção Civil PET 
(2017).
11WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
O grande crescimento na década de 70, as grandes obras para construir um grande país, 
um forte nacionalismo, e por outro lado um grande despreparo em nível técnico, sem muitas 
preocupações com o trabalhador, fez com que o Brasil tivesse um outro título não muito positivo.
• Brasil campeão mundial de acidentes de trabalho
O Brasil recebeu outro título mundial, “Campeão Mundial de Acidentes de Trabalho”, 
conforme pode ser verificado na figura 07, a cada 4,7 trabalhadores 01 morria no ambiente de 
trabalho:
Figura 7 - Brasil campeão mundial de acidentes do trabalho. Fonte: OIT.
Imaginem o seguinte cenário: Brasil década de 70, PIB média de 10%, construções de 
Megas Obras (pontes, usinas hidrelétricas/nucleares, estradas, ...) cuidado com o trabalhador 
quase zero, se hoje já ocorrem acidentes e as máquinas de hoje mais modernas com dispositivos 
de segurança, e na década de 70, existiam máquinas que possuíam dispositivos de segurança? 
Lembre-se que a engenharia de segurança do trabalho é uma ciência recente e que as engenharias 
nasceram bem antes, com a função principal de criar uma máquina para aumentar a produção, e 
jamais, o propósito de uma máquina nasceu com a preocupação em segurança do trabalho. 
Leia mais sobre o Brasil da década de 70 para se entender melhor 
contexto histórico do momento.
12WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Uma reportagem da revista Proteção, edição 239 - 11/2011
Técnico de Segurança do Trabalho é quem que faz a prevenção 
acontecer
 Por: Cristiane Reimberg
 Ano de 1975. Um jovem de 19 anos, do interior, veio realizar 
o sonho de construir sua história na cidade grande. Logo conse-
guiu emprego em uma fábrica na cidade de São Paulo e passou 
a exercer a função de ajudante de operador de máquina. O sonho, 
no entanto, esbarrou em um acidente de trabalho. Certo dia, o res-
ponsável precisou ir ao banheiro e deixou o rapaz operando o equi-
pamento. A luva dele enroscou na máquina, e ele perdeu um dedo. 
Naquele ano, o Brasil chegou a ter cerca de 1,9 milhão de aciden-
tes de trabalho. Histórias como essas se repetiam, com menor ou 
maior gravidade, mudando o rumo de vida dos trabalhadores.
	 No	caso	deste	acidentado,	ele	foi	socorrido,	ficou	afastado	e	
30 dias após a reintegração ao trabalho, pediu demissão. O super-
visor de segurança na época, Armando Henrique, tentou convencer 
o trabalhador a permanecer na empresa. Não adiantou. Chorando, 
o rapaz revelou que passados oito meses do acidente, ainda não 
havia tido coragem de escrever uma carta contando para a mãe 
o	ocorrido.	Desiludido,	queria	voltar	para	o	campo	e	ficar	junto	da	
família.
 
 Vi o quanto eu podia contribuir para a vida das pessoas fa-
zendo Segurança do Trabalho. Ele saiu da empresa e nunca mais 
tive	notícias.	Nós	que	ficamos	fizemos	um	trabalho	que	revolucio-
nou a parte da segurança da empresa. Comecei em uma época 
em que não sabíamos se fazíamos prevenção ou se socorríamos 
os acidentados. Trabalhei em indústria que tinha índice de 10% de 
acidentes e conseguimos baixar para 1%.
 No país, de cada 100 trabalhadores, 17 se acidentavam. 
Hoje, a média é de 2,5. Houve uma evolução, e o SESMT (Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Tra-
balho) teve papel decisivo nessa redução’, relembra o técnico de 
segurança Armando Henrique, que hoje é vice-presidente da Fena-
test (Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho).
	 A	própria	criação	do	SESMT	e	a	instituição	dos	profissionais	
de segurança foi uma resposta a essa alta taxa de acidentalidade. 
Nos anos 70, o Brasil foi considerado campeão mundial em aciden-
tes do trabalho. Foi quando a pressão internacional fez o governo 
federal agir. O Ministério do Trabalho publicou duas portarias para 
mudar o rumo dessa tragédia: a 3.236 e a 3.237, no dia 27 de julho 
de 1972. 
13WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
 Assim, instituiu o Plano Nacional de Valorização do Traba-
lhador,	que	tinha	entre	as	metas,	a	preparação	de	profissionais	de	
nível superior e médio para atuar no controle da Segurança e Higie-
ne do Trabalho. Um deles era o inspetor de segurança, que depois 
ganhou a denominação de supervisor de segurança, hoje corres-
pondendo ao técnico de segurança. Também se criou o SESMT - 
Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho.”
Fonte: http://www.protecao.com.br/edicoes/11/2011/J9jb 
Na década de 70, pelo visto nem todos os méritos foram tão bons, por esse motivo o 
Banco Mundial ameaçou em cortar os financiamentos para o Brasil, caso o quadro de acidentes de 
trabalho não fosse revertido, pressões políticas também ocorreram, o fato resultou na publicação 
das portarias nº 3236 e 3237, em 27 de julho de 1972, do então ministro do trabalho Júlio Barata, 
que regulamentou a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho e atualizando o 
artigo 164 da CLT. Por isto, a data foi escolhida para ser o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes 
de Trabalho.
O Brasil foi o primeiro país a ter um serviço obrigatório de Segurança e Medicina do 
Trabalho em empresas com mais de 100 funcionários. Segundo estimativas da época, 1,7 milhão 
de acidentes ocorriam anualmente e 40% dos profissionais sofriam lesões. Devido a todas as 
questões levantadas, em 14 de março de 1974 o Presidente general Ernesto Geisel, nomeou o 
deputado, gaúcho, engenheiro civil Arnaldo Prieto ao cargo de ministro do Ministério do 
Trabalho. Assumiu o ministério numa conjuntura onde começavam a reaparecer no seio da 
sociedade civil movimentos de oposição ao regime vigente. No ano de 1978, o ministro publicou 
uma portariaque seria eternizado por todos que trabalham na área de Engenharia e Medicina do 
Trabalho, na qual criou as Normas Regulamentadoras (NRs) que existem até hoje.
FUNDACENTRO
Segundo o próprio site da FUNDACENTRO, ele relata os motivos no qual foi criada 
a instituição. Criada em 1966, a FUNDACENTRO (Fundação Centro Nacional de Segurança, 
Higiene e Medicina do Trabalho) os primeiros dados estatísticos do início da década de 60, 
quando começou a preocupação com os altos índices de acidentes e doenças do trabalho. 
Figura 8 - Logomarca atual da FUNDACENTRO. Fonte: FUNDACENTRO (2017).
14WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
A FUNDACENTRO teve como presidente destaque o engenheiro civil Jorge Duprat 
Figueiredo, que se formou em 1943 na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo ficou no 
cargo de dezembro de 1968 até setembro de 1978. Jorge D. Figueiredo ficou 10 anos no cargo, 
e trouxe grandes melhorias ao setor e premiações para a FUNDACENTRO. Sendo assim, em 
1978 o Ministro Arnaldo Prieto sugeriu que a FUNDACENTRO recebesse o seu nome. A seguir, 
palavras do Ministro oficializando o novo nome da FUNDACENTRO:
Nada mais justo, Excelentíssimo Senhor Presidente, do que dar o nome de Jorge 
Duprat Figueiredo à própria Fundação que dirigiu com tanto acerto, dedicação 
e sensibilidade pela segurança do trabalhador e tranquilidade de sua família”, 
afirmou o então ministro quando foi oficializado a publicação do Diário do 
Congresso Nacional, a Lei nº 6.618, de 16 de dezembro de 1978 que mudou 
o nome da FUNDACENTRO. Portanto, hoje, a FUNDACENTRO é Fundação 
Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.
Atualmente a FUNDACENTRO dispõe de laboratórios em segurança, higiene e saúde no 
trabalho e biblioteca completa especializada, profissionais formados nas mais diferentes áreas de 
atuação de segurança do trabalho, muitos deles pós-graduados no Brasil e exterior atuando em 
praticamente em três principais frentes:
1- Desenvolvimento de pesquisas na área;
2- Difusão de conhecimento, por meio de ações educativas como palestras, cursos, 
seminários, produção de material didático, congressos, e de publicações periódicas cientificas e 
informativas;
3- Prestação de serviços à comunidade e assessoria técnica a órgãos de trabalhadores, 
empresariais e públicos.
Com todo o contexto histórico, é lógico que a FUNDACENTRO tinha como objetivo 
inicial a pesquisa, difundir ações educativas e prestação de serviços, gratuitamente, e se mantem 
até hoje, portanto caso ocorra a visita da FUNDACENTRO em sua empresa, receba de braços 
abertos, pois eles estarão lá para te ajudar. Atualmente, a FUNDACENTRO em várias capitais, 
distribuídas em 11 Estados e no Distrito Federal. Hoje atua com os princípios do tripartismo 
(CTPP - Comissão Tripartite Paritária Permanente), nele estão representados, além do governo, 
os trabalhadores e empresários, por meio de suas organizações de classe.
 
SEGURANÇA DO TRABALHO, NA ATUALIDADE
O Brasil tem demostrado, pelo menos em atualização de algumas normas, um grande 
compromisso e responsabilidade com a segurança do trabalho, como por exemplo a as atualizações 
das normas NR-10, NR-12, a criação de novas como as recentes NR-34, 35 e 36.
15WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
A atualização ou criação de Normas Regulamentadoras é realiza-
da pela CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), pois re-
únem representantes do Governo, Trabalhadores e Empregadores, 
fazendo com que a atualização ou a criação de uma nova NR seja 
estabelecida em um consenso. 
O processo de atualização de uma NR ou criação de uma não é só esse, de forma 
simplificada, em primeiro lugar um texto preliminar vai para consulta pública no site do MTE 
(Ministério do Trabalho e Emprego), depois CTPP, avaliação final e por última publicação.
A seguir, veja a relação das NRs existentes para consulta, que estão disponíveis no site do 
ministério do trabalho e durante essa disciplina irá estudar algumas delas, que estão relacionadas 
a atividades das engenharias, segundo Brasil (2018) e Moraes (2011).
• Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais
• Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
• Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição
• Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho
• Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
• Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
• Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO)
• Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações
• Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
• Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade
• Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e 
Manuseio de Materiais
• Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e 
Equipamentos
• Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações.
• Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos
• Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres
• Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas
• Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
• Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção
• Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos
• Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com 
Inflamáveis e Combustíveis
• Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
• Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
• Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios
• Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos 
Locais de Trabalho
• Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais
• Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança
• Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria GM n.º 262, 
29/05/2008 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
• Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades
• Norma Regulamentadora Nº 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
• Norma Regulamentadora Nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
• Norma Regulamentadora Nº 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, 
Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura
16WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
• Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em 
Estabelecimentos de Saúde
• Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços 
Confinados
• Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção e Reparação Naval
• Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura
• Norma Regulamentadora n.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas 
de Abate e Processamento de Carnes e Derivados
Após a Portaria 3.214 de 1978, outras NRs, como foram vistas anteriormente, foram 
criadas, segundo BRASIL (2018), segue suas portarias com suas respectivas datas de criação.
NR Nº 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Portaria SSST N.º 53, de 
17 de dezembro de 1997
NR Nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: Portaria SIT n.º 34, de 
04 de dezembro de 2002
NR Nº 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, 
Exploração Florestal e Aqüicultura: Portaria MTE n.º 86, de 03 de março de 2005
NR Nº 32 - Segurança e Saúde noTrabalho em Estabelecimentos de Saúde: 
Portaria GM n.º 485, de 11 de novembro de 2005.
NR Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Portaria 
MTE n.º 202, 22 de dezembro de 2006.
NR Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
e Reparação Naval: Portaria SIT n.º 200, de 20 de janeiro de 2011
NR Nº 35 - Trabalho em Altura: Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012
NR n.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento 
de Carnes e Derivados: Portaria MTE n.º 555, de 18 de abril de 2013
A consulta das NRs, sempre se recomenda ser realizada pelo site do Ministério do 
Trabalho e Emprego, pois é o local que se encontra as normas atualizadas, situação que as vezes 
não se encontra em livros ou outros sites, levando o pesquisador a considerações erradas. Segue 
as instruções para acessar as NRs do site do MTE:
1º Passo: entre no site: www.mte.gov.br;
2º Passo: Lado direito do site “Fiscalização” – “Segurança do Trabalho”;
As Normas Regulamentadoras (NR) diferente das demais normas, 
por exemplo ABNT, elas são fornecidas gratuitamente pelo site do 
MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e atualizadas.
17WWW.UNINGA.BR
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 1
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 9 - Coluna, direita do site www.mte.gov.br. Fonte: TEM (2017).
3º Passo: Clique em “Normatização”;
4º Passo: Clique em “Normas Regulamentadoras (português)”;
5º Passo: Tenha acesso a todas a Normas Regulamentadoras em vigor e sempre na última 
versão.
As Normas Regulamentadoras, da forma que foram estruturadas e a regra de atualização 
pela CTPP se torna muito prático e versátil sua aplicação. O que é difícil de entender o porquê uma 
NR tão importante quanto as NRs 15 e 16, não tem uma atualização mais profunda, apresentando 
limites de tolerância de produtos químicos da década de 70, bom esses detalhes serão estudados 
em outras disciplinas do curso.
UNIDADE
18WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 19
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................................................................................... 20
RESPONSABILIDADES ............................................................................................................................................ 30
ATRIBUIÇÕES, 
RESPONSABILIDADES E
ÉTICA PROFISSIONAL
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ 
02
19WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
INTRODUÇÃO
Na unidade I, foi informado um breve histórico dos principais fatos que aconteceram 
na evolução da segurança do trabalho no mundo e no Brasil. Nesse capítulo, irá se estudar as 
atribuições de cada categoria possível de trabalhar na área de Segurança do Trabalho, em especial 
vinculada ao CONFEA/CREA. Para se ter uma ideia da quantidade de profissionais existente no 
mercado, vinculado ao CONFEA/CREA, veja a figura 1:
Figura 1 – CREA. Fonte: o autor.
Observe que Engenheiros de Segurança do Trabalho são 55.000 profissionais, que 
segundo o CONFEA maior do que Engenheiro de Produção (31.641 profissionais), para uma 
ordem de grandeza os engenheiros civis são maioria no CREA, totalizando 285.428 profissionais. 
Outro detalhe interessante são os Tecnólogos em Segurança do Trabalho, o número exato são 
1.023 profissionais, essa pequena partição se deve por ser nova essa profissão e por outro motivo 
que se irá falar na sequência.
20WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
O que determina as atribuições do técnico de segurança do trabalho é a Portaria N.º 3.275 
de 21 de setembro de 1989.
Art. 1º - As atividades do Técnico de Segurança do Trabalho são as seguintes:
I - informar o empregador, através de parecer técnico, sobre os riscos exigentes 
nos ambientes de trabalho, bem como orientá-los sobre as medidas de eliminação 
e neutralização;
II - informar os trabalhadores sobre os riscos da sua atividade, bem como as 
medidas de eliminação e neutralização;
III - analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de 
risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e a presença 
de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo sua eliminação ou 
seu controle;
IV - executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os 
resultantes alcançados, adequando-os estratégias utilizadas de maneira a integrar 
o processo prevencionista em uma planificação, beneficiando o trabalhador;
V - executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças 
profissionais e do trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação dos 
trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo 
constante atualização dos mesmos estabelecendo procedimentos a serem 
seguidos;
VI - promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, 
treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o 
objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do trabalho, assuntos 
técnicos, visando evitar acidentes do trabalho, doenças profissionais e do 
trabalho;
VII - executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, 
aplicação, reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das 
medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros;
VIII - encaminhar aos setores e áreas competentes normas, regulamentos, 
documentação, dados estatísticos, resultados de análises e avaliações, materiais 
de apoio técnico, educacional e outros de divulgação para conhecimento e auto-
desenvolvimento do trabalhador;
IX - indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, 
recursos audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados indispensáveis, 
de acordo com a legislação vigente, dentro das qualidades e especificações 
técnicas recomendadas, avaliando seu desempenho;
X - cooperar com as atividades do meio ambiente, orientando quanto ao 
tratamento e destinação dos resíduos industriais, incentivando e conscientizando 
o trabalhador da sua importância para a vida;
XI - orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas, quanto aos 
procedimentos de segurança e higiene do trabalho previstos na legislação ou 
constantes em contratos de prestação de serviço;
XII - executar as atividades ligadas à segurança e higiene do trabalho utilizando 
métodos e técnicas científicas, observando dispositivos legais e institucionais 
que objetivem a eliminação, controle ou redução permanente dos riscos de 
acidentes do trabalho e a melhoria das condições do ambiente, para preservar a 
integridade física e mental dos trabalhadores;
XIII - levantar e estudar os dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças 
profissionais e do trabalho, calcular a frequência e a gravidade destes para ajustes 
das ações prevencionistas, normas regulamentos e outros dispositivos de ordem 
técnica, que permitam a proteção coletiva e individual;
21WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
XIV - articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos 
humanos, fornecendo-lhes resultados de levantamento técnicos de riscos das 
áreas e atividadespara subsidiar a adoção de medidas de prevenção a nível de 
pessoal;
XV - informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubre, 
perigosas e penosas existentes na empresa, seus riscos específicos, bem como as 
medidas e alternativas de eliminação ou neutralização dos mesmos;
XVI - avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico que 
subsidie o planejamento e a organização do trabalho de forma segura para o 
trabalhador;
XVII - articula-se e colaborar com os órgãos e entidades ligados à prevenção de 
acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho;
XVIII - participar de seminários, treinamento, congressos e cursos visando o 
intercâmbio e o aperfeiçoamento profissional.
Enfim, pelo que se pode perceber as atribuições do técnico é muito focado em executar, 
articular, informar, as tarefas de engenharia de segurança do trabalho, que é de grande importância 
para fazer funcionar a segurança dentro das empresas. Essa função é nível técnico de um curso de 
2 anos, podendo ser vinculados ao CREA ou ao Ministério do Trabalho. Para maior embasamento 
veja o que estabelece a Lei No 7.410, de 27 de novembro de 1.985, quanto quem pode ser um 
Técnico de Segurança do Trabalho.
Figura 2 - Atividade de Técnico de Segurança do Trabalho. Fonte: Iegran (2015).
Art. 2º - O exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho será 
permitido, exclusivamente:
I - ao portador de certificado de conclusão de curso de Técnico de Segurança 
do Trabalho, a ser ministrado no País em estabelecimentos de ensino de 2º grau;
II - ao portador de certificado de conclusão de curso de Supervisor de Segurança 
do Trabalho, realizado em caráter prioritário pelo Ministério do Trabalho;
III - ao possuidor de registro de Supervisor de Segurança do Trabalho, expedido 
pelo Ministério do Trabalho, até a data fixada na regulamentação desta Lei.
Parágrafo único - O curso previsto no inciso I deste artigo terá o currículo fixado 
pelo Ministério da Educação, por proposta do Ministério do Trabalho, e seu 
funcionamento determinará a extinção dos cursos de que trata o inciso II, na 
forma da regulamentação a ser exercida.
22WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
O técnico precisa estar vinculado ao Ministério do Trabalho, gratui-
tamente,	para	poder	exercer	a	profissão,	por	outro	lado,	o	profissio-
nal não recebe nenhum documento, deste modo, caso ele queira 
ter uma carteira de técnico, poderá vincula-se ao CREA, pagando 
anuidade.
Tecnólogo de Segurança do Trabalho
A Resolução Nº 313, de 26 setembro 1986, é a que determina as atribuições de tecnólogos 
em geral, tendo em vista que atualmente eles podem atuar em diversas áreas, para o qual foram 
criadas, não somente da engenharia de segurança do trabalho.
Art. 3º - As atribuições dos Tecnólogos, em suas diversas modalidades, para 
efeito do exercício profissional, e da sua fiscalização, respeitados os limites de 
sua formação, consistem em:
1) elaboração de orçamento; 
2) padronização, mensuração e controle de qualidade; 
3) condução de trabalho técnico; 
4) condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou 
manutenção;
5) execução de instalação, montagem e reparo; 
6) operação e manutenção de equipamento e instalação; 
7) execução de desenho técnico.
Parágrafo único - Compete, ainda, aos Tecnólogos em suas diversas modalidades, 
sob a supervisão e direção de Engenheiros, Arquitetos ou Engenheiros 
Agrônomos:
1) execução de obra e serviço técnico;
2) fiscalização de obra e serviço técnico; 
3) produção técnica especializada.
Art. 4º - Quando enquadradas, exclusivamente, no desempenho das atividades 
referidas no Art. 3º e seu parágrafo único, poderão os Tecnólogos exercer as 
seguintes atividades: 
1) vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
2) desempenho de cargo e função técnica; 
3) ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, 
extensão. 
Parágrafo único - O Tecnólogo poderá responsabilizar-se, tecnicamente, por 
pessoa jurídica, desde que o objetivo social desta seja compatível com suas 
atribuições.”
Percebe-se que a as atribuições dos tecnólogos estão focados em execução, operação, 
condução, função intermediária entre os Técnicos e os Engenheiro de Segurança do Trabalho, 
porém sempre bom lembrar que o tecnólogo é nível de graduação em um curso de 3 anos, sendo 
vinculados ao CREA. A função de Tecnólogo de Segurança do Trabalho foi criada, em situações 
muito estranhas, pois as instituições de ensino começaram a fornecer o curso, porém muitos 
CREAs nem sabiam ao certo o que fazer com esse profissional que nascia, dentro da segurança do 
trabalho. A legislação citada, diz respeito ao tecnólogo, mas não especificamente ao tecnólogo de 
segurança do trabalho. Outro fato muito estranho é a própria NR-04: Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), no Quadro II, que não especifica 
esse profissional. Então a grande pergunta: Porque o Ministério do Trabalho, Governo, CTPP, 
não pediu a alteração da NR-04, incluindo o Tecnólogo no Quadro II, da NR-04? Não se sabe 
o porquê, mas a impressão que se tem que criaram a função, mas não especificaram o mercado 
para ele trabalhar.
23WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Esse profissional possui a atribuição mais completa dos três e suas atribuições são as de 
maiores responsabilidades - figura 03. Veja o que diz a Lei No 7.410, de 27 de novembro de 1.985 
ou a Resolução do CONFEA N.º 359/1991 ou Decreto Federal 27 de janeiro de 1.987 - Art. 1º 
trazem textos semelhantes quanto exercer a função de engenheiro de segurança do trabalho:
Figura 3 – Engenharia de Segurança do Trabalho. Fonte: Redação Revista Proteção (2010).
24WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Art. 1º - O exercício da especialização de Engenheiro de Segurança do Trabalho 
é permitido, exclusivamente:
I - ao Engenheiro ou Arquiteto, portador de certificado de conclusão de curso 
de especialização a nível de pós-graduação, em Engenharia de Segurança do 
Trabalho;
II - ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia de 
Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário pelo Ministério do 
Trabalho;
III - ao portador de registro de Engenharia de Segurança do Trabalho, expedido 
pelo Ministério do Trabalho, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da extinção do 
curso referido no item anterior.
Parágrafo único - O curso previsto no inciso I deste artigo terá o currículo fixado 
pelo Conselho Federal de Educação, por proposta do Ministério do Trabalho, e 
seu funcionamento determinará a extinção dos cursos de que trata o inciso II, na 
forma da regulamentação a ser expedida.
Portanto, a resolução deixa claro que o profissional que tem a especialização em Engenharia 
de Segurança do Trabalho possui uma reserva de mercado, pois somente ele poderá desenvolver 
essa atividade, é a única atividade perante o CREA/CAU que garante ao engenheiro/arquiteto 
aumento de atribuição, ninguém mais poderá ser engenheiro de segurança do trabalho a não ser 
quem fizer o curso de Especialização de Engenharia de Segurança do trabalho com 630horas/
aula, ou seja, não adianta fazer doutorado no tema de engenharia de segurança do trabalho, pois 
perante ao CREA/CAU não poderá exercer a profissão.
Segundo a Resolução do CONFEA, no 1010/2005 considera como as seguintes atribuições 
dos engenheiros, que essaspodem estar relacionadas a engenharia de segurança do trabalho, são 
elas:
Atividade 01 - Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;
Atividade 02 - Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;
Atividade 04 - Assistência, assessoria, consultoria;
Atividade 05 - Direção de obra ou serviço técnico;
Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer 
técnico, auditoria, arbitragem;
Atividade 07 - Desempenho de cargo ou função técnica;
Atividade 08 - Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, 
experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão;
Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
Atividade 10 - Padronização, mensuração, controle de qualidade;
Atividade 11 - Execução de obra ou serviço técnico;
Atividade 12 - Fiscalização de obra ou serviço técnico;
Atividade 13 - Produção técnica e especializada;
Atividade 14 - Condução de serviço técnico;
Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo 
ou manutenção;
Atividade 16 - Execução de instalação, montagem, operação, reparo ou 
manutenção;
Atividade 17 – Operação, manutenção de equipamento ou instalação; 
Atividade 18 - Execução de desenho técnico.
A Resolução do CONFEA N.º 359/1991 é mais especifica quais são as atividades dos 
engenheiros de segurança do trabalho.
25WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Art. 4º - As atividades dos Engenheiros e Arquitetos na especialidade de 
Engenharia de Segurança do Trabalho são as seguintes:
1 - supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de Engenharia 
de Segurança do Trabalho;
2 - estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações 
e equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, 
controle de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, prática contra incêndio e 
saneamento;
3 - planejar e desenvolver a implantação e técnicas relativas a gerenciamento e 
controle de riscos;
4 - vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos 
e indicar medidas de controle sobre grau de exposição a agentes agressivos de 
riscos físicos, químicos e biológicos, tais como: poluentes atmosféricos, ruídos, 
calor, radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as atividades, 
operações e locais insalubres e perigosos;
5 - analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo medidas 
preventivas e corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive com 
respeito a custos;
6 - propor políticas, programas, normas e regulamentos de Segurança do 
Trabalho, zelando pela sua observância;
7 - elaborar projetos de sistemas de Segurança e assessorar a elaboração de 
projetos de obras, instalação e equipamentos, opinando do ponto de vista da 
Engenharia de Segurança;
8 - estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos de 
riscos e projetando dispositivos de Segurança;
9 - projetar sistema de proteção contra incêndios, coordenar atividades de 
combate a incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e 
catástrofes;
10 - inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a Segurança do 
Trabalho, delimitando áreas de periculosidade;
11 - especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e 
equipamentos de segurança, inclusive os de proteção individual e os de proteção 
contra incêndio, assegurando-se sua qualidade e eficiência;
12 - opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e 
equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento 
possam apresentar riscos, acompanhando o controle do recebimento e da 
expedição;
13 - elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de acidente, 
promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o funcionamento;
14 - orientar o treinamento específico de Segurança do Trabalho e assessorar a 
elaboração de programa de treinamento geral, no que diz respeito à Segurança 
do Trabalho;
15 - acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de 
medidas de segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar assim 
o exigir;
16 - colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, 
apontando os riscos decorrentes desses exercícios;
17 - propor medidas preventivas no campo de Segurança do Trabalho, em face 
do conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do Acidente 
de Trabalho, incluídas as doenças do trabalho;
18 - informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de 
seus representantes, as condições que possam trazer danos a sua integridade e 
as medidas que eliminam ou atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas.
Percebe-se que os verbos utilizados nesse profissional são muito mais fortes, por exemplo, 
inspecionar, elaborar, projetar, desenvolver (figura 04),..., portanto o Engenheiro de Segurança 
do Trabalho tem uma grande responsabilidade quando ele assume essas atividades.
26WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Figura 4 – Engenharia. Fonte: Redação Revista Proteção (2010).
A Resolução do CONFEA No 437/1999 é ainda mais especifica e possui entendimentos 
mais claros e diretos sobre o que faz o profissional de engenharia de segurança do trabalho:
Art. 4º Incluem-se entre as atividades de Engenharia de Segurança do Trabalho, 
referidas no art. 4º da Resolução nº 359, de 1991, a elaboração e os seguintes 
documentos técnicos, previstos na Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, que 
regulamentou a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que alterou o Capítulo 
V, Título II da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT:
I- programa de condições e meio ambiente do trabalho na indústria da 
construção - PCMAT, previsto na NR-18; 
II- programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA, previsto na NR-09; 
III- programa de conservação auditiva;
IV- laudo de avaliação ergonômica, previsto na NR-17;
V- programa de proteção respiratória, previsto na NR-06; e
VI- programa de prevenção da exposição ocupacional ao benzeno – PPEOB, 
previsto na NR-15.
O Engenheiro de Segurança do Trabalho no dia a dia tem um campo muito amplo de 
aplicações nas empresas, pode-se citar como a atividade mais comum:
1- Elaboração de Programas de Segurança do Trabalho: O engenheiro poderá elaborar, 
por exemplos, PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) NR-09, PCMAT (Programa 
de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil) NR-18. 
O	 profissional,	 ao	 preencher	 o	 formulário	 de	ART (Anotação de 
Responsabilidade Técnica),	especificará	em	qual	item	do	art.	4º	da	
Resolução do CONFEA	nº	359,	de	1991,	se	enquadra	o	documento	
técnico e/ou atividade técnica objeto de ART. 
27WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
2- Elaboração de laudos o mais comum deles é o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais do 
Trabalho): Esse Laudo, tem como função especificar se um funcionário tem direito ao adicional de insalubridade, 
NR-15, ou adicional de periculosidade, NR-16 ou até mesmo se o funcionário terá direito a aposentadoria especial.
3- Responsável técnico de uma empresa: O engenheiro ficará responsável pela empresa, orientando, fiscali-
zando, empregados e empregador. Verificando documentações, gerenciando riscos, estabelecendo regras e criando/
desenvolvendo ideias para evitar acidentes de trabalho.
A “venda de laudos e programas” é deprimente na área,atualmente devido a experiência 
desse autor, recomenda-se a realização de produtos mais completos, por exemplo, elaboração e 
acompanhamento de Laudos e Programas, levando para o cliente não só papel, e sim uma Gestão 
de Segurança do Trabalho, melhorando toda a estrutura da empresa, essa tática possui algumas 
vantagens:
a) possibilita uma melhor gestão da segurança do trabalho na empresa;
b) o empregador vê melhores resultados, e consequentemente valoriza o seu trabalho; 
c) cria-se um maior vínculo com a empresa;
d) os empregados tem um maior contato contigo;
e) o engenheiro tem a justificativa de cobrar mais pelo seus honorários.
É muito desagradável para o empregador receber a ligação do Engenheiro de Segurança do 
Trabalho, depois de 01 ano, informando que seu LTCAT teoricamente está vencido, e que deverá 
ser renovado, LTCAT não é apólice de seguro, não é Imposto Predial, sendo que o empregador 
nem tirou da gaveta naquele ano.
O mais desagradável é saber que existem profissionais que somente imprimem um novo, 
só troca a data e entrega para empresa, documento esse que ficará na gaveta por mais 01 ano. 
Atualmente o Ministério do Trabalho tem feito fiscalizações para coagir esse tipo de prática, 
convocando engenheiros para se explicar erros do tipo, datas repetidas, nome de empresa erradas, 
documentos idênticos por vários anos, documentos iguais em empresas diferentes e outras 
práticas eticamente péssimas para a categoria que não valoriza nada a tão importante profissão.
Outros Profissionais
O profissional que faz graduação em Arquitetura e Urbanismo, poderá fazer a 
Especialização de Engenharia de Segurança do Trabalho, tendo as mesmas atribuições que o 
engenheiro, pois isso está estabelecido na Resolução Nº 359, de 31 de julho de 1991. Considerando 
a NR-04 e novamente o seu anexo do Quadro II, temos outros profissionais que trabalham na 
área, por exemplo, auxiliar de enfermeiro do trabalho, enfermeiro do trabalho e o médico do 
trabalho, que cada conselho e outros órgãos irão regulamentar.
ÉTICA PROFISSIONAL
O “Código de Ética do Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da 
Geografia e da Meteorologia” é o que rege as questões éticas aos profissionais de engenharia. 
Segundo o Artigo 8º do Código de Ética citado acima, se define os seguintes princípios éticos aos 
quais o profissional deve pautar sua conduta da prática da profissão:
Do objetivo da profissão 
I – A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz 
de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento 
harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores;
28WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Da natureza da profissão
II – A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente 
pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-
se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida 
do homem;
Da honradez da profissão
III – A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna 
e cidadã;
Da eficácia profissional
IV – A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos 
compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando 
os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e 
observando a segurança nos seus procedimentos;
Do relacionamento profissional
V – A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com 
espírito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, 
destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de 
tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição;
Da intervenção profissional sobre o meio
VI – A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento 
sustentável na intervenção sobre os ambientes natural e construído e da 
incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores;
Da liberdade e segurança profissionais
VII – A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua 
prática de interesse coletivo.
É de extrema importância que todo profissional leia o Código de Ética referenciado nesse 
módulo, figura 05.
Figura 5 – Ética. Fonte: AEASJC (2015).
Tendo em vista a situação apresentada no texto anteriormente (Atualmente o Ministério 
do Trabalho tem feito fiscalizações para coagir esse tipo de prática, convocando engenheiros 
para se explicar erros do tipo, datas repetidas, nome de empresa erradas, etc) utilizar tal situações 
como um exercício: Como se enquadraria um engenheiro que utilizasse desses atos?
Segundo o “4 - Dos Deveres”, define-se:
29WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
IV – Nas relações com os demais profissionais:
a. atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da 
igualdade de condições;
Enganar o cliente e agir com falta de igualdade com os demais profissionais, e 
portanto não fazer um laudo respeitando todos os passos, afim de fazer serviços 
mais baratos, é estar desrespeitando a Ética.
Veja item seguinte do Código:
III – Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:
[...]
b. apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos ou 
desrespeitando tabelas de honorários mínimos aplicáveis;”
Cuidado com preços destorcidos da realidade, projetos por R$ 100,00 e ganha a 
execução, laudos por valores incompatíveis com as do mercado, simplesmente 
porque é apenas o custo de uma nova impressão, por gerar processo Ética no 
CREA.
Portanto, com os exemplos apresentados e trechos do Código de Ética do 
CREA, pode se verificar que todos os profissionais podem estar sujeito a esse 
tipo de questionamentos ou até mesmo processo no conselho. Imagine se o 
próprio Ministério do Trabalho faz essa denúncia no conselho, por verificar 
irregularidades em seu LTCAT, PPRA.
Assédio Moral
Assédio moral muito em alta e está relacionado ao tema discutido no Módulo I, no qual 
foi discutido questões que originavam algumas doenças ocupacionais que são as “doenças do 
futuro” no ambiente de trabalho. Assédio moral está relacionado com a questão da falta de ética. 
Provavelmente esse tema voltará a ser discutido em outros módulos em outras disciplinas, em 
todo caso irá se discutir um pouco agora para cada aluno ter uma noção do que significa o tema. 
Leia o texto a seguir:
Como pode ter visto a importância de saber, entender o Código de 
Ética do Conselho, por esse motivo sugere leitura para melhor en-
tendimento e resolução das questões. 
Disponível em: 
http://www.crea-pr.org.br/ws/codigo-de-etica-do-profissional-da-
-engenharia-da-agronomia-da-geologia-da-geografia-e-da-meteo-
rologia
Assédio Moral
A 3ª Turma do TST condenou o Banco Bradesco S.A. a indenizar 
por	danos	morais,	uma	profissional	chamada	de	“gerente	Gabriela”,	
pelo superior hierárquico. O gerente regional. O chefe referia-se aos 
versos da música Modinha para Gabriela, de Dorival Caymmi, co-
nhecida	na	voz	de	Gal	Costa	como	abertura	da	novela	Gabriela	“eu	
nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre 
assim” para dizer que ela era incompetente para cumprir metas. 
30WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Pelo assédio moral, a empresa deverá pagar R$ 30 mil de indeniza-
ção. Relatos de testemunhas descreveram que o assédio envolveu 
vários gerentes, inclusive a que ajuizou a ação, e que ele chegou a 
afirmar	que	“se	o	capim	mudasse	de	cor,morreriam	de	fome”.	Para	
a relatora do processo no TST, desembargadora convocada Vania 
Maria da Rocha Abensur, os atos abusivos do gerente foram devi-
damente	comprovados.	“Sua	atitude	era	de	contínua	perseguição	
e prática reiterada de situações humilhantes e constrangedoras, 
caracterizando assédio moral
Fonte: 
www.tst.jus.br (RR-1660-21.2012.5.01.0013)
Disponível em: http://www.protecao.com.br/materias/noticias_
dos_tribunais/edicao_292_abril_de_2016__assedio_moral/AJjbJj
Assédio moral é caracterizado quando geralmente um superior (ou não) ao funcionário, 
exige em excesso ou falta com respeito com piadas relacionadas ao trabalho desmoralizando, 
fazendo pressão psicológica em comprimento de metas, ações e outros. Se o ambiente de trabalho 
fosse uma “escola” e os funcionários fossem “alunos” seria chamado de bullying, nesse caso um 
assédio moral em mesmo nível hierárquico. Repare que o texto mostra brincadeiras de mal gosto, 
e esse tipo de atitude é combatido e estudado pela segurança do trabalho, pois há estatísticas que 
mostram que um funcionário que sofre constantes assédio moral fica mais suscetível a acidentes 
de trabalho.
RESPONSABILIDADES
As reponsabilidades de um Engenheiro de Segurança do Trabalho, não é diferente das 
responsabilidades de qualquer outro, talvez um pouco pior, pois o engenheiro foca mais em 
processos, já o de segurança do trabalho foca mais nas pessoas.
O texto a seguir publicado no site da IBGPAT (Instituto Brasileiro de Gestão em Prevenção 
de Acidentes do Trabalho) mostra a negligência do técnico e do engenheiro de segurança que 
tiveram de responder por suas responsabilidades. Lembrando, o que especifica o vínculo da 
empresa x engenheiro se chama ART. Ao ler o texto repare nos trechos grifados:
ENGENHEIRO E TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO SÃO PRESOS 
EM SÃO LEOPOLDO/RS
 Publicado em 29 de junho de 2015
Engenheiro e Técnicos de Segurança são presos por causa de incêndio. O 
engenheiro responsável pela Utresa (Usina de Tratamento de Resíduos) e dois Técnicos 
de Segurança do Trabalho foram presos na madrugada deste sábado em São Leopoldo, na 
região metropolitana de Porto Alegre (RS).
31WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
A Polícia Civil afirma que João Luis Bombarda (Engº), Antônio Joaquim e Felisberto 
Fonseca (TST) sabiam das diversas irregularidades que contribuíram para um incêndio de 
grandes proporções ocorrido um terminal da empresa, em Estância Velha. O fogo começou 
por volta das 12h30 de sexta-feira (24), se alastrou e só foi controlado pelos bombeiros na 
madrugada de hoje.
Os funcionários da empresa são acusados pelos crimes de poluição ambiental, 
incêndio e descumprimento de licença, legislação ambiental e Normas Regulamentadoras.
De acordo com a delegada do Meio Ambiente Elisangela Melo, Bombarda, que 
é engenheiro químico, tinha conhecimento de inúmeras irregularidades no Plano de 
Prevenção e Combate à Incêndio e Licenciamento Ambiental da empresa. ‘Não havia 
mecanismos, como hidrantes, para dar conta dos focos de incêndio. O laudo preliminar 
indicou presença de poliuretano, material altamente tóxico e inflamável e, com o calor, 
entra facilmente em autocombustão’, disse. A delegada destacou, ainda, que o responsável 
técnico da Utresa deve responder pelos crimes de poluição, incêndio e descumprimento de 
licença ambiental. Se condenado, poderá pegar até cinco anos de prisão.
Entre as irregularidades estariam a falta de hidrantes e o não funcionamento de 
uma bomba de água próxima do local do incêndio. A defesa do engenheiro e dos Técnicos 
já entraram com pedido de relaxamento da prisão, segundo a polícia.
Carece de uma discussão ampla da categoria de prevencionista do país sobre quem 
legalmente é responsável pela segurança dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
A discussão surge após a prisão, por serem acusados de negligência. De acordo com 
as primeiras informações, a autoridade policial encontrou indícios que os três profissionais 
tinham conhecimento das condições irregulares e que não tomaram as providências 
necessárias para evitar o incêndio na empresa.
Ainda conforme as informações relatadas na reportagem, a autoridade policial em 
nenhum momento cita o dono da empresa, como sabedor das condições irregulares que 
acabaram contribuindo para o incêndio em instalações na sua empresa.
Segundo especialista em Direito, a empresa deveria ter este conhecimento e 
providenciar para que as ações de controle fossem realizadas. Para os profissionais de 
segurança caberia identificar estas condições e relatar por meio de documentos, as formas 
de melhoria ao seu empregador. Se elas serão executadas ou não, isto fica a critério do 
patrão e não de seus funcionários, eles não têm o poder de execução, têm o da gestão de 
perigos ambientais.
Portanto, se existem irregularidades e elas não estão sendo executadas, por quem 
tem o poder econômico para executar, e isso o empregador tem, neste caso a culpa 
possivelmente não é dos trabalhadores, é sim da empresa. No entanto, quem deve responder 
perante o judiciário é justamente ele, o proprietário da empresa. Se os três profissionais 
tinham conhecimentos dos riscos de incêndio e o que sabia o empresário sobre tudo isto? 
Porque ele não foi preso também?”
Fonte: http://www.ibgpat.org.br/engenheiro-e-tecnico-de-seguranca-do-trabalho-sao-presos-em-sao-leo-
poldors/ Acesso: fev/2018.
O texto é muito bom, pois relata claramente a responsabilidade das pessoas que possuem 
conhecimento, que são pagas para gerenciar situações de segurança do trabalho, no entanto 
foram negligentes. Toda vez que um cidadão ou um engenheiro se torna negligente em relação a 
uma lei, ele assume a culpa. O que os técnicos e o engenheiro deveriam fazer? Encaminhar para o 
responsável pela empresa, documento formal, por escrito, coletando a assinatura dele, alertando 
aos riscos existentes devido ao sistema de prevenção de incêndio não estar funcionando, mais 
especificamente o de hidrante e bombas.
32WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Esse procedimento isentaria a culpa dos profissionais transferindo para o proprietário 
da empresa. Possivelmente, o proprietário não terá grandes problemas, pois ele é considerado 
leigo e muitas vezes “não conhece” as regras técnicas e por essa razão ele contratou 02 técnicos 
e 01 engenheiro de segurança do trabalho. O texto foi citado para explicar como é de grande 
importância as responsabilidades de um engenheiro, independentemente de sua função, seja a 
frente de uma grande empresa na produção ou na segurança do trabalho. E conforme a negligencia 
pode-se ter maiores complicações como pagamento de pensões, prisão, perda do registro, ou 
penas alternativas.
Veja o Código Civil Brasileiro: “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito”. Ou seja, a negligência ocorrida pelos técnicos e o engenheiro, faz 
torna-se um ato ilícito. “Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de 
outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos 
responderão solidariamente pela reparação”. Ou seja, o dano é para todos, técnicos e para o 
engenheiro, cada um assumindo sua culpa relativo sua responsabilidade, figura 06.
Figura 6 – Engenheiro e Técnico. Fonte: Iegran (2015).
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer 
o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a 
indenização,além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da 
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para 
que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
O texto, não informa se houve morte ou alguma lesão de algum funcionário, mas caso 
tenha ocorrido os culpados terão que arcar com esse ônus também.
33WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 2
Figura 7 – Lesões. Fonte: Iegran (2015).
Veja como é gigantesca a responsabilidade de um engenheiro, e como é grandiosa e 
magnífica, saber que em sua profissão, poderá melhorar o ambiente de trabalho dele, e até mesmo 
salvar sua vida.
UNIDADE
34WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 35
DEFINIÇÕES ............................................................................................................................................................. 36
ACIDENTE DO TRABALHO ...................................................................................................................................... 39
ACIDENTE DE TRABALHO
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ 
03
35WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 3
INTRODUÇÃO
O conceito de acidente se questionado a um leigo será uma regra muito mais severa do 
que estabelece a própria definição. O leigo irá considerar acidente de trabalho, algo do tipo, “tem 
que sair sangue”, para as regras estabelecidas atualmente, não é necessariamente isso. 
Segundo o art. 19 da Lei nº 8.213/91, 
acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da 
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do 
art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause 
a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para 
o trabalho.
Segundo a Norma de Certificação Segurança do Trabalho, padrão internacional, OHSAS 
18000, “Evento não-planejado que resulta em morte, doença, lesão dano ou outra perda”. 
Independente qual seja a definição de acidente o fato é que há uma perda, um dano, e que o 
grande prejudicado é o acidentado, o trabalhador, suas famílias. Em todo caso, se unir as duas 
definições pode-se obter o seguinte conceito: Qualquer imprevisto que ocorre durante a atividade 
do trabalhador que lhe provoca uma lesão ou doença. Observe que se coloca é algo bastante 
abrangente “qualquer imprevisto”, mais adiante se irá detalhar esses fatos mais claramente. Outra 
situação importante a ser esclarecida que para o Governo a definição de acidente de trabalho 
é: aquele que tem afastamento. No caso da engenharia de segurança do trabalho é: qualquer 
evento não planejado que pode até não ter resultado em lesão ou doença.
36WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 3
Definições
• Acidente de trabalho Típico: É aquele que ocorre no local e durante o trabalho, 
considerando como um acontecimento súbito, violento e ocasional provocando no trabalhador 
uma incapacidade temporária ou permanente, para a prestação de serviço. Pode-se citar como 
exemplos: cortes, quedas, queimaduras, batidas, contato com produtos químicos – pele/vias 
aéreas, choque elétrico, etc.
Figura 1 – Típico. Fonte: Redação Revista Proteção (2010).
O acidente típico é o mais comum, pois em sua maioria, ele ocorre dentro do espaço 
da empresa, podendo o risco e as medidas preventivas, serem avaliados, e controlados pelos 
técnicos e engenheiros de segurança do trabalho. Segundo Gonzalez 2017, uma medida simples 
para se evitar acidentes de trabalho é manter o ambiente de trabalho limpo e organizado livre de 
materiais/equipamentos inúteis, ou seja, aplicação de Programa 5S.
• Acidente de trabalho de Trajeto: É o acidente sofrido pelo empregado no percurso 
da residência para o local de trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, 
inclusive veículo de propriedade do empregado. Deixa de caracterizar-se como “acidente de 
trajeto” quando o empregado tenha, por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso 
normal.
37WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 3
Figura 2 – Trajeto. Fonte: BBB (2018).
• Doença do trabalho segundo a Lei Nº 8.213/91 - Art 20: 
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva 
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Outra explicação mais clara sobre a doença do trabalho, decorre do exercício continuado 
ou intermitente de atividade laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata. Exemplo: 
se um frentista que trabalha num determinado posto de combustível e depois de um tempo 
trabalhando nessa atividade, ele apresentou problemas respiratórios, devido a respiração de 
hidrocarboneto existente nos combustíveis, é um exemplo de doença do trabalho relacionado a 
sua atividade.
Figura 3 – Doença. Fonte: Ruff (2017).
38WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 3
• Doença profissional ou ocupacional segundo a Lei Nº 8.213/91 - Art 20: “II - doença 
do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em 
que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada 
no inciso I”. Exemplo: se um atendente que trabalha com digitação, num determinado escritório 
de um posto de combustível a beira de uma rodovia de trânsito intenso e pesado, provocando 
uma quantidade de ruído excessivo durante todo o dia, em virtude disso adquire uma Perda 
Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional (PAIR), apesar de não fazer parte de sua ocupação, 
ele teve perda auditiva, é um exemplo de doença do trabalho. Pois não está relacionada a sua 
profissão, a doença que ele poderia apresentar seria proveniente da digitação.
Figura 4 – Doenças. Fonte: Géssyca (2011).
É importante salientar que a mesma lei, estabelece o que não pode ser considerada 
doenças relativas ao trabalho:
“§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
 
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se 
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado 
pela natureza do trabalho”.
Doenças degenerativa pode se citar como sendo, alzheimer, diabetes, hipertensão, 
parkinson, arteriosclerose, osteoporose, esclerose múltipla, reumatismo, esclerose lateral 
amiotrófica, alguns tipos de câncer, e outros, lembrando que muitos canceres são provocados 
pelo ambiente de trabalho, exemplo, respiração de produtos químicos, trabalhadores em minas 
de carvão - câncer em pulmão, e outras relações. 
39WWW.UNINGA.BR
ENSINO A DISTÂNCIA
IN
TR
OD
UÇ
ÃO
 À
 E
NG
EN
HA
RI
A 
DE
 S
EG
UR
AN
ÇA
 N
O 
TR
AB
AL
HO
 | U
NI
DA
DE
 3
• Acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não 
podendo ser considerado

Continue navegando