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RESENHA CRITICA CONST

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PÂMELLA SOUZA COELHO 201803086611 
Centro Universitário Estácio De Sá 
Disciplina: Direito Constitucional II 
Professor: Igor Frederico 
Aluna: Pâmella Souza Coelho 
Matrícula: 201803086611 
RESENHA CRÍTICA 
 
Segundo Pedro Lenza, a competência concorrente é aquela que infere sobre a 
hierarquia das normas, onde, a legislação federal tem primazia sobre a estadual e municipal; e a 
estadual, sobre a municipal. De acordo com tal conceito, compete a União legislar sobre as 
medidas de combate ao coronavírus, sendo de sua competência fazê-los e os Estados, Distrito 
Federal e Municípios, têm o dever de cumprir. Dessa maneira, no artigo 3º da lei 13.979/2020, 
dispõe que a competência é do Presidente para dispor, mediante decreto, sobre os serviços públicos 
e essenciais, preservando a atribuição de cada ente federativo. Destarte, o Ministro Marco Aurélio 
do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão proferida na ADI 6.341, explicitou que as 
medidas adotadas pelo Governo Federal na MP 926/2020 para o enfrentamento do coronavírus, 
não afasta a competência concorrente dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 Posto isso, vale ressaltar que o artigo 23, II da Constituição Federal, diz que é 
competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuidar da saúde e 
assistência pública. Além disso, o artigo 24, XII da Constituição, diz que é de competência 
concorrente dos entes federativos supracitados, a defesa da saúde. Portanto, tendo isso como base, 
os Estados e Municípios têm autonomia para estabelecer as medidas necessárias para combater a 
pandemia. À vista disso, caso a União decida legislar sobre as medidas de combate ao covid-19, 
não fica obrigatório aos demais entes obedecerem a hierarquia das normas, pois com a decisão 
proferida pelo STF, a autonomia dos entes está garantida. 
A título de exemplo, no dia 11 de maio de 2020, ficou decretado no Diário Oficial 
da União, as novas diretrizes para o enfrentamento do coronavírus pelo Governo Federal, que os 
salões de beleza, as barbearias e as academias podiam abrir, alegando que são serviços essenciais. 
Dessarte, fica a critério se os Estados e Municípios irão aderir ao decreto do governo, já que foi 
constatado a autonomia dos Estados e Municípios. Em Sergipe, conforme matéria divulgada pelo 
jornal local, ficou decidido pelo governador Belivado Chagas, que tal medida não seria acatada, já 
que o número de casos no Estado é crescente.

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