Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MODELOS ASSISTENCIAIS Profª Ruth Kelly Oliveira Disciplina: Saúde da Família Noções e conceitos importantes Estado de saúde da população: • Indivíduo, grupo populacional, população • Necessidades de saúde (sentidas, não sentidas, consentidas) • Problemas de saúde da população • Indicadores (descritores) dos problemas: mortes, danos, doenças, agravos, acidentes, riscos, • Modelos explicativos em saúde: causas, fatores de risco, determinantes Noções e conceitos importantes Sistema de serviços de saúde • Ações (práticas) de saúde (promocionais, preventivas curativas e reabilitadoras) • Práticas profissionais em saúde • Processo de trabalho em saúde • Tecnologias (duras, leves e leve-duras) • Programas, serviços, redes, sistemas...(formas de organização do processo de trabalho/prestação de serviços/ações e práticas de saúde) Noções e conceitos importantes Atenção à saúde: • Domiciliar - Ambulatorial – Hospitalar • Primária, Secundária, Terciária (OMS/OPAS) • Básica, Média e Alta Complexidade (MS-Brasil) Formas de organização da Atenção à saúde • Sistemas oficiais / Sistemas “alternativos” • Sistema público / Sistema particular (privado) • Serviços isolados / Organização em Rede (integrada) MODELO ASSISTENCIAL Forma de organização das unidades de prestação de serviços de saúde (MPSS): • Estabelecimentos: unidades de produção de serviços desde os mais simples aos mais complexos Ex: centros de saúde, policlínicas, hospitais • Redes: conjunto de estabelecimentos voltados à prestação de serviços comuns ou interligados. Ex: rede ambulatorial, hospitalar, laboratorial; redes integradas de atenção a problemas/grupos populacionais específicos. MODELO ASSISTENCIAL Forma de organização do processo de prestação de serviços: • atenção à demanda espontânea (consulta); • oferta organizada (necessidades/problemas de indivíduos, famílias/grupos populacionais); • ações programáticas (programação): - programas de controle de doenças - programas de atenção a grupos populacionais específicos • vigilância da saúde (adequação oferta/demanda/ necessidades e problemas): - território, - condições e modos de vida - integralidade MODELO ASSISTENCIAL “São formas de organização das relações entre sujeitos (profissionais de saúde e usuários) mediadas por tecnologias (materiais e não materiais) utilizadas no processo de trabalho em saúde, cujo propósito é intervir sobre problemas (danos e riscos) e necessidades sociais de saúde historicamente definidas” (Paim, 2002) MODELO ASSISTENCIAL Forma de organização das práticas de saúde dirigidas ao atendimento às necessidades e problemas de saúde individual e coletiva: • Promoção da saúde: políticas públicas intersetoriais e ações voltadas à melhoria das condições de vida; • Prevenção de riscos e agravos: ações de vigilância sanitária e epidemiológica voltadas ao controle de riscos e de doenças (epidemias e endemias), vigilância ambiental, vigilância nutricional e SAT; • Diagnóstico, Tratamento e Reabilitação: diagnóstico precoce, tratamento imediato, redução de danos e sequelas, recuperação da capacidade física, mental e social; Processo de redefinição do conteúdos das relações entre usuários/profissionais de saúde • Acolhimento e vínculo (humanização). MODELOS ASSISTENCIAIS NO BRASIL Modelos “hegemônicos” • modelo médico-assistencial hospitalocêntrico; • modelo sanitarista. Modelos “alternativos” • oferta organizada • ações programáticas de saúde • modelo “em defesa da vida” • vigilância da saúde • Saúde da família Modelo médico-assistencial hospitalocêntrico • Medicina liberal: modelo em extinção; • Medicina previdenciária: CAPS, IAPS, INPS e INAMPS; • Rede de serviços assistenciais do SUS: mix: rede própria e rede contratada e conveniada (SAS/MS); • A expansão do SAMS. MODELO SANITARISTA • Campanhas sanitárias; • Programas de controle de doenças/FSESP; • Criação do SNS e Programas de Extensão de Cobertura (PMI, PCT, PECE, PIASS, etc); • Programas de controle de doenças e ações de vigilância epidemiológica e sanitária (SVS/MS e ANVISA). Elementos Estruturantes do Processo de Trabalho .Campanhas Sanitárias, . Programas especiais .Sistemas de vigilância epidemiológica e sanitária Tecnologia sanitária (educação em saúde, controle de vetores, imunização etc.) Modelos de transmissão Fatores de risco das diversas doenças. Sanitarista Auxiliares Sanitarista A rede de serviços de saúde hospitalar Tecnologia médica (indivíduo) Doença e Doentes Médico (paramé- dicos) Médico- Assistencial Privatista Formas de Organização Meios de Trabalho Objeto Sujeito Modelo (Teixeira, Paim, Vilasbôas. SUS, Modelos Assistenciais e vigilância da Saúde. IN: Promoção e vigilância da Saúde. ISC/CEPS, Salvador, 2002) CRISE DOS MODELOS HEGEMÔNICOS • Elevação dos custos (incorporação tecnológica e reorganização do processo de trabalho); • Redução de eficácia e da efetividade (mudança do perfil demográfico e epidemiológico da população); • Insatisfação dos profissionais com as condições de trabalho e remuneração (assalariamento, sindicalização, greves); • Insatisfação da população com as dificuldades de acesso, a baixa qualidade e a (des) humanização do atendimento. CONSTRUINDO ALTERNATIVAS • Ações Integradas a Saúde (AIS): racionalização da oferta • Sistema unificado e descentralizado de saúde (SUDS): criação de Distritos Sanitários • Sistema Único de Saúde (SUS) Municipalização Reorientação do modelo de atenção (propostas) - Oferta organizada - Ações programáticas - Saúde da Família - Clínica ampliada - Vigilância da saúde - Promoção da saúde Principais características de propostas alternativas Vigilância à saúde Território – processo Planejamento e programação local da intervenção sobre problemas de saúde (oferta-demanda-necessidades) Articulação intersetorial (promoção da saúde) Em Defesa da Vida (Clínica ampliada) Acolhimento (Humanização) Continuidade da assistência (Linhas de cuidado) Ações Programáticas em Saúde Re-funcionalização dos programas especiais (mulher, criança, adulto, idoso, controle de tuberculose, hanseníase, hipertensão, diabetes) Saúde da Família Base territorial (area de abrangencia das USF) Foco na família Trabalho em equipe multiprofissional Planejamento e programação das ações básicas Elementos Estruturantes do Processo de Trabalho . Políticas Públicas Saudáveis . Ação intersetorial; .Intervenções específicas (promoção, prevenção e recuperação); . Intervenção sob a forma de operação Tecnologias de comunicação social PPLS Tecnologias médico- sanitárias. Intervenção sobre danos, riscos, necessidades, determinantes dos modos de vida e saúde (condições de vida e trabalho); Equipe de Saúde População organizada V I G I L Â N C I A Formas de Organização Meios de Trabalho Objeto Sujeito Modelo D A S A Ú D E (Teixeira, Paim, Vilasbôas. SUS, Modelos Assistenciais e vigilância da Saúde. In: Promoção e vigilância da Saúde. ISC/CEPS, Salvador, 2002) DIMENSÕES DO ACOLHIMENTO Atitude do profissional de saúde frente ao usuário em seu processo de trabalho individual e coletivo (em equipe) (respeito e disponibilidade à escuta do Outro) (ETICA); • Mudança na recepção ao usuários dos serviços a partir da “releitura” de suas necessidades e demandas e reorientação do processo de trabalho na unidade de saúde (TECNICA); • Reorganização do gerenciamento da unidade visando ampliar a capacidade de disponibilizar as alternativas tecnológicas mais adequadas para o encaminhamento dos problemas dos usuários (GERENCIAL); • Diretriz para as políticas de saúde, com vistas a implementar e consolidar práticas de saúde coerentes com a defesa dos direitos dos usuários enquanto direitos humanos (POLITICA). Estratégias de mudança do MA do SUS • Universalizaçãoe qualificação da Atenção Básica através da expansão do PSF (PROESF) • Política de expansão da atenção à Saúde Bucal (PSF) • Consolidação dos programas e ações de Vigilância em saúde: VE, VISA, VA • Implantação do atendimento pré-hospitalar SAMU 192 • Reforma psiquiátrica (CAPS, RT) • Política de Promoção da Saúde (2006) Estratégias de mudança do MA (2003- 2007) • Reforma da rede hospitalar (HpPorte; HUs; HPsi); • Reorganização da média e alta complexidade: implantação de centrais de regulação da oferta e organização de redes assistenciais integradas; • Em direção a sistemas integrados de atenção? (Pactos pela vida, em defesa do SUS e de gestão) (2006) A construção da Prática da Vigilância da Saúde 1º - O Território – transcende à sua redução a uma superfície solo para instituir-se como território da vida pulsante, de conflitos de interesses, de projeto e de sonho. 2º - O Problema – é a formulação para um ator social de uma discrepância entre a realidade constatada ou simulada e uma nova aceita como referência. 3º - A Intersetorialidade – solidariedade de distintos setores. A ação intersetorial p/ ser conseqüente implica tomar problemas concretos em territórios concretos. 3 P I L A R E S B Á S I C O S (Mendes, E.V. Um Novo Paradigma Sanitário: A Produção Social da Saúde. In: Uma Agenda para a Saúde. Ed. HUCITEC. São Paulo, 1996) Vigilância da Saúde em Território específico O Planejamento e a Programação do desenvolvimento da VISAU em um território específico, EXIGE: Visão estratégica = clareza sobre o que é necessário e Possível de ser feito Ação comunicativa = participação de um diálogo permanente com representante dos diversos segmentos Poder = para analisar a viabilidade de implantação e expansão da VISAU, especialmente nos municípios. Adotar a Vigilância da Saúde visando a transformação do Modelo de Atenção no nível municipal implica: Avançar no processo de municipalização da gestão do sistema e das gerências das U.S. localizadas no território do município; Investir na articulação intersetorial; Investir na reorganização da atenção básica (oferta organizada e ações de promoção da saúde e prevenção de riscos e agravos, partindo dos territórios da “saúde da família”, aos territórios distrital e municipal); Fortalecimento do controle social sobre a gestão do sistema de saúde; (Paim, J. S. A Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais. In: Rouqueyrol, M.Z. & Almeida Filho, N. Epidemiologia e Saúde 5.ed. Rio de Janeiro, 1999) A Vigilância da Saúde no Contexto da Municipalização Referencia ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar de. Epidemiologia & Saúde. Modelos de atenção e vigilância da saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. CECÍLIO, Luiz Carlos de Oliveira. Modelos tecno-assistenciais em saúde: da pirâmide ao círculo, uma possibilidade a ser explorada. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(3): 469-478, jul-set, 1997. Teixeira, Paim, Vilasbôas. SUS, Modelos Assistenciais e vigilância da Saúde. In: Promoção e vigilância da Saúde. ISC/CEPS, Salvador, 2002. Paim, J. S. A Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais. In: Rouqueyrol, M.Z. & Almeida Filho, N. Epidemiologia e Saúde 5.ed. Rio de Janeiro, 1999. Mendes, E.V. Um Novo Paradigma Sanitário: A Produção Social da Saúde. In: Uma Agenda para a Saúde. Ed. HUCITEC. São Paulo, 1996
Compartilhar